Você está na página 1de 14

 

Leituras Obrigatórias:

 
Leituras para aprofundamento:
BOCK,  A.  M.  B.  A  adolescência  como  construção  social:  estudo  sobre  livros  destinados  a  pais  e  educadores
Psicol. esc. educ., jun. 2007, vol.11, no.1, p.63­76. ISSN 1413­8557.
 
OSÓRIO, L. C. Adolescente Hoje. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992 (Cap. 2,3,4 e 5)
 
 
1. Desenvolvimento Físico

“(...o espelho...) Aquele era seu pior inimigo. O mais cruel, o mais cínico, o mais sem piedade. Um inimigo que
falava a verdade”.

A  adolescência  tem  sido  um  tema  de  grande  interesse  na  sociedade  contemporânea.  As  características  desta
fase,  tanto  biológicas,  quanto  psicológicas  têm  sido  descritas  por  inúmeras  obras  e  autores.  Neste  sentido  é
preciso  fazer  uma  distinção  entre  a  puberdade  e  adolescência,  como  ponto  de  partida  para  o  início  dessa
discussão,  pois  tais  processos,  embora  intimamente  ligados,  não  devem  ser  identificados,  porque  não  são
exatamente simultâneos e em alguns aspectos chegam a ser completamente independentes.
Puberdade está ligada às modificações biológicas que se passam nesta fase, assinaladas por dois tipos gerais de
mudanças  físicas:  o  primeiro  relativo  ao  aumento  no  peso,  altura,  gordura  e  músculos  corporais  e  o  segundo
ligado à maturação sexual e ao desenvolvimento das características sexuais secundárias (como pêlos faciais e
corporais e o crescimento de seios nas meninas entre outros).
Um indício de amadurecimento sexual na puberdade, para os meninos é a produção de espermatozóides vivos, e
para as meninas é a menarca, isto ocorre em termos médios por volta dos 12 aos 15 anos
Nessa  fase  há  o  estirão  do  crescimento,  os  púberes  podem  crescer  de  7  a  15  centímetros  por  ano  e  também
ganhar  muito  peso  rapidamente.  Alguns  indivíduos,  inclusive,  sentem  muitas  dores  devido  ao  crescimento
acelerado, a chamada, dor do crescimento.
O  corpo  do  púbere  e  do  adolescente  não  cresce  de  forma  homogênea:  as  mãos  e  os  pés  crescem  antes,  até
atingir o tamanho final, a seguir, vêm os braços e as pernas. Portanto, o corpo do indivíduo passará por várias
transformações até o final da adolescência.
A adolescência diz respeito às transformações psicossociais que acompanham o processo biológico. No entanto
o  início  da  adolescência  pode  coincidir  ou  não  com  a  puberdade.  Há  casos  em  que  a  puberdade  antecede  a
adolescência, quando, por exemplo, um indivíduo tem o corpo completamente desenvolvido, mas ainda pensa e
age como criança; ou o contrário, há casos em que a adolescência antecede a puberdade, quando, por exemplo
uma garota sofre intensamente porque já pensa como uma adolescente e se comporta como adolescente, mas
seu corpo é de menina. 
As  alterações  físicas  da  puberdade  são  inter­relacionadas  com  os  outros  aspectos  psicossociais  do
desenvolvimento  e  tendem  a  fazer  com  que  os  adolescentes  destinem  uma  grande  atenção  à  sua  aparência
física. As transformações físicas e a importância da aceitação por parte dos outros fazem com que o adolescente
se preocupe demasiadamente com a sua imagem corporal.
  O  final  da  puberdade  se  caracteriza  pelo  amadurecimento  gonodal  e  o  fim  do  crescimento  esquelético,  o  que
ocorre em torno, dos 18 anos.
Já  o  final  da  adolescência,  não  é  tão  claramente  demarcado,  porque  é  inter­relacionado  com  fatores  sócio
culturais.    De  acordo  com  o  Estatuto  da  Criança  e  do  Adolescente  (ECA),  adolescente  é  o  indivíduo  que  tem
idade entre 12 e 18 anos.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos referentes a esse período.
 
2) Levante informações por meios tradicionais ou eletrônicos sobre a universalização do início da puberdade para
todos os povos. Cabe destacar que, segundo Osório (1992), em condições de normalidade física, a puberdade
tem  seu  início  cronológico  coincidente  em  todos  os  povos  e  latitudes,  com  raríssimas  exceções,  como  po
exemplo, os pigmeus, que são púberes aos 8 anos de idade, e cuja expectativa de vida também é bem menor do
que no restante da espécie humana.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
Maria  completou  11  anos  de  idade  há  3  meses  e  acaba  de  menstruar  pela  primeira  vez.  Sua  mãe  está
preocupada,  visto  que  além  do  início  da  menstruação,  Maria  vem  apresentando  outras  mudanças  corporais
quais  sejam:  aumento  dos  seios  e  aparecimento  de  pêlos  pubianos.  A  mãe  acredita  que  a  menina  está
atravessando a puberdade precocemente, pois em si mesma, só observou mudanças corporais semelhantes às
da filha, no final de seus 13 anos de idade.
Reflita nas afirmativas a seguir.
I)  A  mãe  está  certa,  Maria  não  tem  idade  para  apresentar  tais  mudanças  físicas.  A  puberdade,  nas  meninas
inicia­se por volta dos 13 anos de idade.
II)  A  mãe  de  Maria  apresentou  atraso  em  seu  desenvolvimento  ao  menstruar  a  partir  dos  13  anos  de  idade.  A
menarca deve ocorrer entre os 8 e 11 anos de idade.
III)  Maria  e  sua  mãe  desenvolveram­se  de  modo  saudável,  pois  a  puberdade,  de  maneira  geral,  pode  ocorre
entre os 6 e 16 anos (ou 16,5) de idade. E a menarca, em média, aparece entre os 10 e 16 (ou 16,5) anos de
idade.
IV) Maria deveria apresentar idade semelhante a da mãe para o início da menstruação e das demais alterações
corporais,  visto  que  todas  as  etapas  do  desenvolvimento  humano,  inclusive  a  puberdade,  têm  caráte
exclusivamente hereditário.
 
É correto o que se afirma em:
a) I, II e III estão corretas
b) II e III estão corretas
c) I e II estão corretas
d) Apenas II está correta
e) Apenas III está correta
 
Alternativa (E). É importante destacar que a puberdade se trata de um fenômeno universal, portanto é possíve
delimitar com exatidão o seu início, como nos casos de Maria e sua mãe. No entanto, não seria possível fazer o
mesmo no que diz respeito ao fenômeno da adolescência.
 
 
 
 
2. Desenvolvimento Cognitivo
 
Em uma de suas provas para verificar em que período do desenvolvimento cognitivo se encontra uma criança,
Piaget propõe uma questão.
“Há três meninas: Edith, Suzana e Lili. Elas diferem pela cor de seus cabelos.
Os de Edith são mais claros que os de Suzana e ao mesmo tempo mais escuros que os de Lili.
Qual das três tem os cabelos mais escuros?”
 
É necessário um pequeno raciocínio que não é imediato, mesmo no adulto, para achar a resposta que é ... (veja
abaixo, item 2, atividades recomendadas)
Para se chegar a solução dessa questão é preciso, entre outros, que o adolescente possa fazer uma discussão
interiorizada, e ela marca o início de um outro tipo de reflexão, que até então não era possível.
O desenvolvimento cognitivo do final da infância à fase adolescente se caracteriza pelas seguintes mudanças: de
esquemas  conceituais  e  operações  mentais  referentes  a  objetos  e  situações  concretas  para  formação  de
esquemas  conceituais  abstratos  (amor,  fantasia,  justiça,  etc.),  realizando  com  eles  operações  mentais  formais
(abstrato, sem necessidade do concreto).
Neste período, o pensamento é formal / hipotético­ dedutivo, isto é, o indivíduo é capaz de deduzir as conclusões
de  puras  hipóteses  e  não  somente  através  de  uma  observação  real.  Envolve  uma  dificuldade  e  um  trabalho
mental muito maior que o pensamento operacional­ concreto.
De acordo com Piaget, a personalidade começa a se formar no fim da infância (8­12 anos) com a organização
autônoma das regras, dos valores e a afirmação da vontade. Esses aspectos subordinam­se num sistema único e
pessoal e vai­se exteriorizar na construção de um programa/projeto de vida.
Após os 11 – 12 anos, as operações lógicas começam a ser transpostas do plano da manipulação concreta para
o das idéias, sem o apoio da percepção, da experiência, nem mesmo da crença. Assim, o adolescente é capaz
de lidar com conceitos como liberdade, justiça, etc.
Logo, o marco das operações formais é a libertação do pensamento.
As operações formais fornecem ao pensamento um novo poder que é o de construir a seu modo as reflexões e
teorias, ou seja, há a libertação do pensamento. Daí pode­se entender porque os adolescentes gostam tanto de
elucubrar, devanear, são capazes de passar horas pensando.
O egocentrismo intelectual do adolescente manifesta­se pela crença na onipotência da reflexão como se o mundo
devesse  submeter­se  aos  sistemas  e  não  estes  à  realidade.  O  equilíbrio  é  atingido  quando  a  reflexão
compreende que sua função não é contradizer, mas se adiantar e interpretar a experiência.
Esta  nova  capacidade  de  pensamento  traz  implicações  para  o  desenvolvimento  da  personalidade  e  as  suas
relações sociais.
Para Piaget, o adolescente é um indivíduo que constrói sistemas e teorias, liga soluções de problemas por meio
de teorias gerais, das quais se destaca o princípio. Têm facilidade de elaborar teorias abstratas que transformam
o mundo, em um ponto ou noutro.
Muitas vezes, o adolescente pretende inserir­se na sociedade dos adultos por meio de projetos, de programas de
vida, de sistemas frequentemente teóricos. A verdadeira adaptação “a sociedade vai­se fazer automaticamente
quando o adolescente de reformador transformar­se em realizador”.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos referentes a esse período.
 
2)  Faça  uma  pesquisa  na  obra  de  Piaget  para  confirmar  se  sua  resposta  à  questão  proposta  no  início  da
discussão  está  correta.  Em  seguida,  levante  informações  por  meios  tradicionais  ou  eletrônicos  sobre  o
desenvolvimento cognitivo na adolescência, à luz dos autores mais renomados na área.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
 
“Tenho certeza que com minhas idéias, serei eleito. Devo ser o mais votado para Presidente de meu país. E,
acredito, que com o passar do tempo, após executar todos os meus planos, com certeza, haverá no futuro, uma
estátua minha, numa das principais praças da capital de meu país” (Guilherme, 14 anos)
PORQUE
 
Nessa  fase,  Guilherme,  como  muitos  outros  adolescentes,  apresentam  a    capacidade  para  criticar  o  sistema
social,  propor  novos  códigos  de  conduta,  discutir  valores  morais  e  construir  os  seus  próprios,  em  função  da
autonomia no pensamento, recentemente conquistada.
 
É correto o que se afirma em:
a) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira.
b) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa.
c) as duas afirmações são falsas.
d) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda é uma justificativa correta da primeira.
e) as duas afirmações são verdadeiras, mas a segunda não é uma justificativa correta da primeira.    
 
 
 
A alternativa ( D ) está correta. O estágio operatório formal se caracteriza, entre outros, pela consecução de um
sistema  “pessoal”,  um  programa  de  vida,  caracterizado  por:  sentimentos  generosos,  projetos  altruístas,  fervo
místico, inquietante megalomania, egocentrismo inconsciente.
Nele,  estão  presentes  também,  a  construção  de  hipóteses,  gosto  pela  discussão,  apresentação  de  conceitos
espaciais  além  do  tangível  finito.  O  adolescente,  consciente  de  seu  próprio  pensar  (reflete  sobre  ele),  oferece
justificações  lógicas;  busca  identidade  e  autonomia.  Além  disso,  atinge  sua  forma  final  de  equilíbrio,  podendo
compreender doutrinas filosóficas ou teorias científicas. 
 
 
3. Desenvolvimento psicossocial
 
“A adolescência e os adolescentes sempre foram malditos e sempre significaram inquietação. O próprio sentido
do devir, da novidade, sempre o fez acompanhar de medo e de alguma resistência a esses movimentos de
mudança. O mudar exige a capacidade de reelaborar sentimentos internos e reorganizar uma nova relação com
os outros. É o desafio que a aventura da adolescência impõe ao adolescente e também às famílias!”
(Daniel Sampaio, Vozes e Ruídos, 1993).
 
 
É  uma  fase  na  qual  se  enfrenta  a  crise  de  identidade.  Por  crise,  entende­se,  como  um  ponto  conjuntura
necessário ao desenvolvimento, é o momento no qual o repertório que o indivíduo possuía entra em colapso, não
é suficiente frente a novas demandas e, então, é necessária uma mudança desenvolvimental qualitativa.
Identidade  é  a  consciência  que  o  indivíduo  tem  de  si  mesmo  como  “um  ser  no  mundo”.  Traz  o  sentimento  de
pertinência  e  de  diferenciação  (apesar  de  ter  características  específicas  por  pertencer  a  vários  grupos,  tem
características que o tornam único).
Construir a identidade implica em formar uma auto­imagem e integrar as idéias que se tem sobre si mesmo e os
feed­backs que os outros emitem a seu respeito. 
Na busca da construção de sua identidade o adolescente faz uma série de experimentações tentando identificar
quem ele é.
Quando não se tem a definição de algo, parte­se do contraste definindo­se primeiramente o que não é.
Muito frequentemente, o adolescente quer experimentar uma série de esportes ou cursos, para depois consegui
definir  os  mais  compatíveis  com  ele.  A  escolha  vocacional  é  um  dos  grandes  dilemas  do  adolescente,  pois
implica  em  analisar  e  inter­relacionar  uma  série  de  fatores  e,  entre  inúmeras  opções,  escolher  apenas  uma
Evidentemente este não é um processo fácil e gera muita ansiedade.
Erikson  afirma  que  a  adolescência  é  um  período  de  moratória  no  qual  a  pessoa  necessita  de  tempo  e  energia
para representar papéis  diferentes  e  viver  com  auto­imagens  também diferentes. Assim, para o autor, o dilema
desta  fase  é  identidade  versus  confusão  de  papéis.  A  resolução  dessa  crise  contribui  para  que  o  indivíduo
desenvolva  um  senso  de  auto­identidade,  de  coerência  interna.      Por  outro  lado,  aqueles  que  não  conseguem
atingir  uma  identidade  coesa,  apresentarão  uma  confusão  de  papéis.  São  pessoas  que  no  geral,  não  sabem
quem  são,  ou  o  que  querem  para  as  próprias  vidas,  não  sabem  que  trajetórias  seguir  em  termos  de  escolha
profissional, vida afetiva, etc.
Ainda segundo  Erikson,  a  força  básica  que  deveria  se  desenvolver  durante  a  adolescência  é  a  fidelidade,  que
surge  de  uma  identidade  de  ego  coesa  e  engloba  sinceridade,  genuinidade  e  um  senso  de  dever  nos  nossos
relacionamentos com as outras pessoas.
Quando se pensa nas interações sociais que ocorrem nessa fase, é preciso salientar que, na maioria dos casos
há  uma  tendência  para  a  dissolução  dos  grupos  de  meninas  (Turma  da  Luluzinha)  e  dos  meninos  (“Turma  do
Bolinha”).  Portanto,  formam­se  os  grupos  mistos  e,  posteriormente,  no  decorrer  desta  fase,  há  a  formação  de
casais.  Como  já  mencionado,  os  grupos  de  amigos  são  muito  importantes  e  exercem  uma  forte  influência
recíproca, podendo ser traduzida, muitas vezes, como uma “grande pressão sobre os companheiros“.
O  adolescente  é  impulsivo  tende  a  se  perceber  com  indestrutível  e  ilimitado  e  por  isso,  os  grupos  de
adolescentes se envolvem em atividades que permitem o confronto com todos os limites de resistência, coragem
e capacidades, tais como os esportes radicais, disputas de “rachas”, entre outros.
Freqüentemente os adolescentes transferem a relação fusionada que mantinham com os pais para os amigos ou
namorado(a).  Quer  dizer,  os  adolescentes  vivem  as  relações  como  se  fossem  um  só:  um  só  desejo,  uma  só
necessidade.  Por  isso,  parece  ser  comum  as  explosões  dos  adolescentes  por  sentirem­se  traídos  em  suas
relações afetivas, ou com os amigos, como por exemplo quando um elemento de um grupo conversa com alguém
que não faz parte deste grupo, isso pode ser interpretado como traição, provocando discussões ou brigas entre
os membros do grupo.
Na  adolescência  a  sexualidade  e  a  definição  da  orientação  sexual  são  temas  centrais  no  desenvolvimento  e
corroboram para a definição da identidade. É fácil observar, nas situações diárias, o quanto o comportamento do
adolescente é recorrentemente voltado para questões inerentes à sexualidade.
Portanto, como já haviam identificado Knobel & Aberastury (1981), na adolescência o indivíduo tem que elabora
três lutos, a saber, luto pelo corpo infantil; luto pela identidade e papel infantil; luto pelos pais da infância. Ou seja
o adolescente terá que se reorganizar frente às perdas integrando as aquisições próprias desta fase.
Embora  o  período  da  adolescência  seja  freqüentemente  descrito  por  muitos  autores,  como  uma  fase  de
tempestade e tormenta, cheio de revoluções, muitos adolescentes não têm essa vivência e podem experimenta
sentimentos de admiração e confiança nos pais, lidando de forma positiva com os desafios dessa fase.
 
 Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos referentes a esse período.
 
2)  Faça  uma  pesquisa  através  dos  meios  tradicionais  ou  eletrônicos  sobre  alguns  poemas,  poesias  ou
pensamentos de grandes escritores ou filósofos que discutem a adolescência. Em seguida, procure identificar e
relacionar ao material pesquisado, os conceitos fundamentais que caracterizam tal fase.
Abaixo, um exemplo dessa atividade.
 
“Mas o homem, em geral, não foi feito para permanecer na infância. Sai dela no tempo prescrito pela
natureza; e esse momento de crise, embora muito curto, tem influências duradouras...
Aos indícios morais de um humor que se altera, juntam­se mudanças sensíveis na aparência. Sua
fisionomia se desenvolve e marca­se com um aspecto; a penugem rala e delicada que cresce sob suas faces
escurece e toma consistência. Sua voz muda, ou melhor, perde­se: não é nem criança nem homem e não
consegue tomar os modos de nenhum dos dois.
Tudo isso pode acontecer lentamente e ainda lhe deixar tempo: mas se sua vivacidade se torna
demasiado impaciente, se seu arrebatamento se transforma em furor, se ele se irrita e se enternece de um
momento para outro, se derrama lágrimas sem motivo, se, próximo a objetos que começam a tornar­se perigosos
para ele, sua pulsação aumenta e seu olhar se inflama, se a mão de uma mulher pousando sobre a sua o faz
estremecer, se  perturba ou se intimida perto dela..., os ventos já se desencadearam”.
(Jean­Jacques Rousseau ­ Emílio, livro quinto)
 
* Baseando­se no fragmento do texto acima e considerando a obra de Griffa (2001) sobre a adolescência, pode
se destacar os seguintes conceitos:
­  A  fragilidade  e  a  instabilidade  emocionais,  que  caracterizam  os  estados  afetivos  típicos  da  adolescência
aparecem retratadas no texto acima.
­  Pode  ser  observada  uma  descrição  do  processo  puberal,  deflagrado  pelas  transformações  biológicas  que
marcam a passagem da infância para a idade adulta.
­  A  flutuação  do  humor  e  dos  estados  de  ânimo  fazem  parte  do  que  Knobel  denominou  de  “síndrome  da
adolescência  normal”,  uma  vez  que,  segundo  ele,  os  adolescentes  atravessam  desequilíbrios  e  instabilidades
extremos.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
 
A  definição  da  identidade,  de  uma  autodefinição,  é  apresentada  por  Griffa  e  Moreno  (2001)  como  tarefa
fundamental do adolescente:
“A  tarefa  do  adolescente  [...]  consiste  em  conquistar  e  atribuir­se  um  novo  lugar,  a  partir  do  qual  poderá
desenvolver­se como pessoa. Esse novo lugar não deve ser simplesmente reconhecido pelos outros, concedido
ou dado; deve ser um lugar descoberto e apropriado pelo próprio indivíduo. Implica estar consciente de si mesmo
como sujeito de sua atividade e fonte da qual flui o que lhe é próprio.”
Em relação ao processo de desenvolvimento da identidade pessoal do adolescente é correto afirmar que:
A) trata­se de um processo abrupto que decorre das alterações neurofisiológicas próprias da puberdade.
B) trata­se de um processo marcado pela ausência de contradições, ambigüidades e conflitos psicossociais.
C) relaciona­se direta e necessariamente com a identificação positiva ou negativa em relação a outros indivíduos
e/ou grupos.
D) decorre da afirmação das tendências e aptidões próprias ao indivíduo desde seu nascimento.
E) não ocorrerá quando da ausência do pai e da mãe.  
 
 
Alternativa (C). Justificativa: Tal processo é construído cotidianamente nas relações que se estabelecem e que
segundo  Erikson,  têm  início  no  enfrentamento  da  primeira  crise  psicossocial:  confiança  X  desconfiança.  Este
processo é marcado por contradições, ambigüidades e conflitos. Ainda, de acordo com o referido autor, a auto
definição  é  eminentemente  psicossocial,  e  sendo  assim,  não  está  atrelada  diretamente  em  “quem”  são  os
principais cuidadores, mas em “como” se deram as relações.
 
 
 
4. A adolescência como construção social e as características do processo psicossocial na adolescência.
 
Quando tinha 21 anos, Sander Mecca foi preso em um bar, acusado pela polícia de ser traficante e colocado na
prisão por quase dois anos, onde dormia ao lado de criminosos barra­pesada.
 
Bock (2007) faz uma análise da adolescência à luz perspectiva sócio­histórica em Psicologia. Afirma que tanto no
campo  da  Psicologia  do  Desenvolvimento,  quanto  nas  áreas  da  Psicologia  da  Educação  e  Psicologia  Social,  a
adolescência tem sido apresentada dentro de uma concepção liberal, uma visão naturalizante. Nessa, o sujeito é
tomado  como  independente,  livre,  racional  e  natural.  Assim,  o  adolescente  estaria  sujeito  às  leis  naturais  e  ao
mesmo tempo, autônomo, capaz de usar a razão soberana.
Tal  posicionamento  que  grassa  na  maioria  das  obras  da  Psicologia  contemporânea,  postula  características  da
adolescência, como expressões da natureza humana, independente da realidade material. Portanto, as práticas
decorrentes desta visão são curativas e remediativas, e se propõe apenas a observar o trajeto do adolescente
cuidando para que ele siga o que está previsto pela natureza. Caso haja alguma alteração nesta caminhada, é
preciso  que  o  profissional  de  psicologia  ajude­o  a  se  adaptar  e  voltar  ao  caminho.  Portanto  as  práticas  são
intervenções que contribuem a adaptação do que está de antemão estabelecido pela sociedade vigente.
Este posicionamento de adaptação aponta para políticas públicas voltadas à juventude que não contribuem para
desvelar as relações sociais e formas de vida relacionadas à gênese das características da adolescência, e se
voltam exclusivamente à tolerância.
A  referida  autora  alerta  para  a  necessidade  de  compreensão  da  adolescência,  como  uma  fase  de
desenvolvimento  constituída  nas  relações  sociais  e  nas  formas  de  produção  da  sobrevivência,  o  que  leva
necessariamente  a  uma  ressignificação  e  a  busca  de  novas  maneiras  de  relacionamento  que  tenham  no
adolescente um parceiro social. Portanto, as ações, comportamentos e pensamentos dos adolescentes são fruto
das relações sociais, das condições de existência e dos valores sociais que permeiam a cultura em que ele está
inserido e isto é responsabilidade de todos os que fazem parte de um conjunto social.
Osório  (1992)  contribui  para  a  ampliação  da  compreensão  da  adolescência,  evidenciando  algumas  de  suas
características. Segundo o autor, são elas:
­ Redefinição da imagem corporal ­ perda do corpo infantil e da conseqüente aquisição do corpo adulto.
­ Culminação do processo de separação/individuação dos pais da infância.
­ Elaboração de lutos referentes à perda da condição infantil.
­ Estabelecimento de uma escala de valores ou código de ética próprio.
­ Busca de pautas de identificação no grupo de iguais.
­ Estabelecimento de um padrão de luta/fuga no relacionamento com a geração precedente.
­ Aceitação dos ritos de iniciação como condição de ingresso ao status adulto.
­ Assunção de funções ou papéis sexuais auto­outorgados, ou seja, consoante inclinações pessoais
independentemente das expectativas familiares e eventualmente (homossexuais) até mesmo das imposições
biológicas do gênero a que pertence.
Ainda de acordo com Osório, para o indivíduo finalizar a adolescência deve preencher as seguintes condições
estabelecimento de uma identidade sexual e possibilidade de estabelecer relações afetivas estáveis; capacidade
de  assumir  compromissos  profissionais  e  manter­se  (independência  econômica);  aquisição  de  um  sistema  de
valores  pessoais;  relação  de  reciprocidade  com  a  geração  precedente  (sobretudo  com  os  pais).  Em  termos
etários, isto ocorreria por volta dos 25 anos na classe média dos grandes centros brasileiros, com variações para
mais ou para menos de acordo com as condições sócio­econômicas da família do adolescente.
 
Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os principais aspectos referentes a esse período.
 
2)  Faça  uma  busca  no  site  (http://www.skyscraperlife.com/boteco/21073­ecstasy­conquista­uma­nova­classe­de
usuarios­adolescentes­no­brasil.html) para obter mais informações sobre o artigo “Ecstasy conquista uma nova
classe de usuários adolescentes no Brasil” e conheça melhor o caso de Sander Mecca e outros adolescentes
A partir dos referencias teóricos propostos no início do módulo 5, compreenda porque eles têm sido atraídos para
o uso e venda de drogas.
 
3) Reflita no exemplo de exercício a seguir:
 
Considere o trecho da música:
 

Geração Coca­cola
Quando nascemos fomos programados
A receber o que vocês
Nos empurraram com os enlatados
Dos U.S.A., de nove as seis.
Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês
Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca­Cola (...)

 
Renato Russo e Fê Lemos, através desta música colocam a “Geração Coca­Cola” em uma posição de rebeldia
segundo Griffa (2001), do tipo:
(A) Rebeldia transgressiva, indo contra as normas sociais, questionando­as através de um disfarce crítico.
(B)  Rebeldia  agressiva,  através  da  qual  o  adolescente  pretende  retornar  a  uma  vida  com  menos
responsabilidades.
(C) Rebeldia regressiva, gerada pelo medo de agir e assumir novas responsabilidades.
(D) Rebeldia progressiva, uma forma de expressão negativa da rebeldia, de expressão violenta.
(E) Rebeldia transgressiva, uma rebeldia muda e passiva de um adolescente assustado e temeroso.  
 
 
A alternativa correta é (A) Trata­se de uma rebeldia extrafamiliar, criticamente disfarçada porque acaba por leva
o adolescente a prepotência de elaborar, inventar e impor uma ordem à sua própria imagem e conveniência. A
conseqüência  é  uma  atitude  de  negação  e  destruição  de  tudo  que  já  existe.  Portanto,  consiste  em  ignorar  as
próprias raízes, a memória da sociedade, suas tradições e crenças. Assim, pela produção do vazio, sem passado
e  raízes,  o  adolescente  fica  à  mercê  da  moda  imposta  pela  mídia,  que  como  também  não  apresenta  ‘o  novo’
transforma  o  adolescente  em  conformista  social  que  é  facilmente  manipulável.  Segundo  Griffa,  “a  pretensa
rebeldia, então, se transforma no pior tipo de submissão, em uma verdadeira escravidão”.

 
 

 
GRIFFA,  M.  C.  ­  Maturidade,  Vida  Adulta,  Velhice  in  Chaves  para  a  psicologia  do  desenvolvimento,  Tomo  2
São Paulo: Paulinas, 2001. (cap. IV)
 
 
 

Exercício 1:

O adolescente realiza três lutos fundamentais, são eles:
 
A)
Luto pelos ganhos infantis; luto pelo papel e a identidade infantis; luto pelos pais infantis.
 
B)
Luto pelo corpo infantil; luto pela personalidade infantil; luto pelos pais da infância.
 
C)
Luto pelo corpo infantil: luto pelo papel e a identidade infantis; luto pelos pais da infância.
 
D)
Luto pelos sonhos infantis; luto pela personalidade infantil; luto pelos pais infantis.
 
E)
Luto pela dissolução da simbiose parental; luto pelos amigos da infância; luto pelas transformações 
corporais.
 

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)

Comentários:

C) Correto 

Exercício 2:
Amanda é uma menina de 15 anos. Tem dias que chega em casa com muita energia, canta, pula, 
dança. Em outros dias, está calada, quieta e às vezes, confusa; explode fácil quando questionada. A
mãe de Amanda, preocupada, procura você como um profissional e pede ajuda.  
 
Quais seriam as orientações adequadas para a mãe de Amanda?
 
I ­ A senhora deve repreender sua filha toda vez que ela apresentar mau humor.
II ­ A senhora deve vigiá­la constantemente e repreender todas as atitudes incoerentes da mesma, 
pois ela já é praticamente adulta.
III ­ A senhora deve procurar entender que estas oscilações de humor e atitudes são normais da fase 
(adolescência) em que ela se encontra.
IV ­ Evite criticar, mas procure se aproximar e dialogar o mais frequentemente possível, pois essa é uma 
fase cheia de dúvidas.
V ­ Se a adolescente se enveredar para o caminho das drogas e do álcool não precisa se preocupar, 
pois isto faz parte dessa fase.
 
 
Está correto o afirmado em
 
A)
I, II, III, IV e V.
 
B)
I. 
 
C)
III e IV. 
 
D)
I e III. 
 
E)
I, III e V. 
 

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)

Comentários:

C) Correto 

Exercício 3:

Um  jovem  de  15  anos  de  idade  está  cursando  o  ensino  médio  numa  escola  de  seu  bairro.  É  uma  pessoa
bastante  popular  entre  os  colegas  e  principalmente  em  relação  a  alguns  professores.  Esses  últimos  o
consideram  bastante  pelo  seu  interesse  em  discussões  sobre  ideologias  políticas.  Faz  parte,  inclusive,  do
grêmio  estudantil  da  escola.  Local  onde,  além  de  fazer  suas  discussões,  encontra  ótimo  espaço  para
atividades sociais. Têm muitos amigos, e a família já está deixando de ser o centro da sua existência.Tem
discussões com os pais em razão de algumas posturas rebeldes que apresenta, principalmente em relação
aos  horários  de  chegar  em  casa  à  noite.  Apesar  disso  sempre  que  tem  algum  problema,  procura
compartilhar com os pais, se sente orientado.

A maioria dos colegas são do mesmo sexo, outros jovens com quem pode falar e comentar sobre as garotas.
Inclusive sobre aquelas que estarão na festinha no fim de semana.

Gosta de futebol e pratica sempre que pode. Está cheio de dúvidas sobre o que fazer na faculdade,  cursar
História, Arte, Sociologia ou Psicologia. Mas não consegue se decidir.

 
Em relação ao caso descrito  e a adolescência, reflita sobre as afirmações abaixo e depois assinale
a alternativa correta..

I. O interesse por ideologias políticas pode indicar um conflito pessoal com autoridades.

II. A necessidade que sente das orientações paternas indica que fortes laços afetivos foram
estabelecidos em relação à família.

III.  Não  deveria  sentir  necessidades  de  orientações  dos  pais,  pois  está  numa  idade  em  que  o
afastamento familiar é normal.

IV. O jovem se encontra na primeira fase da adolescência, pois ainda busca pares do mesmo sexo
para se relacionar.

V.  Apesar  de  já  ter  certa  autonomia,  e  um  maior  distanciamento  familiar  parece  ter  uma
significativa  confiança  em  relação  a  essa.  Isso  demonstra  sua  imaturidade,  pois  já  deveria  ser
completamente independente.

 
A)

Apenas, III, IV e V

 
B)

Apenas, I e II.

 
C)

II, III e V, apenas.

 
D)

V, apenas.

 
E)

I, apenas.

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)

Comentários:

B) Correto 
B) Correto 
C) Correto 
A) Correto 

Exercício 4:

Fernando passou no vestibular para cursar oceanografia muito cedo, aos 17 anos. Ao término do 
primeiro semestre, para o desespero de seus pais, resolveu trancar a faculdade e fazer algumas viagens
para conhecer outras culturas. Conseguiu um emprego, guardou algum dinheiro e começou seu passeio
pelo mundo. Depois de um ano viajando, voltou ao Brasil e resolveu cursar a faculdade de Psicologia. 
Hoje, aos 39 anos, Fernando é um respeitado psicólogo da área clínica. 
 
O que aconteceu com Fernando na adolescência é comum, pois segundo Erik Erikson a adolescência 
é período de
 
A)
moratória psicossocial durante a qual o indivíduo depende de um tempo de reflexão para integrar 
elementos da identidade do ego, ao qual são adiados os compromissos da vida adulta.
 
B)
moratória egóica durante a qual ocorre a superação de defesas menos elaboradas, que permitirão a 
passagem para o estágio subsequente como um ego progressivamente mais integrado, em que dúvidas
e incertezas são recorrentes.
 
C)
moratória psicossexual que se apresenta a partir de elementos contraditórios: como o desejo de ser 
alguém e a necessidade de fantasiar, o que demanda sua resolução para que a passagem para a fase 
adulta seja possível.
 
D)
moratória parcial, de duração decrescente, que favorecerá ensaios de papéis sociais exigidos nos 
estágios subsequentes. 
 
E)
moratória individual que requer uma evolução da dependência para a autonomia, com a gradativa 
substituição do apego individual pela responsabilidade social.
 

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)

Comentários:

A) Correto 

Exercício 5:

 Não Vou Me Adaptar (Composição: Arnaldo Antunes)
 Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia 
 Eu não encho mais a casa de alegria 
 Os anos se passaram enquanto eu dormia 
 E quem eu queria bem me esquecia
 Será que eu falei o que ninguém ouvia? 
 Será que eu escutei o que ninguém dizia? 
 Eu não vou me adaptar, me adaptar (3x)
 Eu não tenho mais a cara que eu tinha 
 No espelho essa cara já não é minha 
 É que quando eu me toquei achei tão estranho 
 A minha barba estava deste tamanho
 Será que eu falei o que ninguém ouvia? 
 Será que eu escutei o que ninguém dizia? 
 Eu não vou me adaptar, me adaptar 
 Não vou me adaptar! 
 Me adaptar! 
 
A partir da leitura da composição acima e dos seus conhecimentos adquiridos sobre a
adolescência, é possível afirmar que:
 
I ­ o adolescente vive a perda de seu corpo infantil com a transformação brusca que sofreu na puberdade,
mas sem ter ainda uma personalidade adulta.
II ­ a transformação do corpo coloca o adolescente diante da inevitabilidade das mudanças e da perda 
de sua condição de criança: “tenho de agir como um adulto, de acordo com o meu corpo”.
III ­ deve abandonar também sua identidade e papéis infantis.
 
Está correto o que se afirma em:
 
A)
I, II e III.
 
B)
I.
 
C)
III.
 
D)
II e III.
 
E)
I e III.
 

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(A)

Comentários:

A) Correto 

Exercício 6:

Definir o momento em que a adolescência termina é uma tarefa difícil, pois é necessário  considerar que:
 
A)
o início da adolescência define­se em termos fisiológicos. Já a duração desse estágio, bem como
seu término, são definidos em termos psicológicos.
 
B)
os adolescentes passam por um período de negativismo, especialmente com os pais, bem no início 
da puberdade.
 
C)
o início da adolescência é uma época de transição, com grandes crises de identidade para todos os 
jovens, o que torna fácil a identificação de seu término por parte dos pais que observam seus filhos.
 
D)
psicológica e cronologicamente, a adolescência chega ao fim quando o indivíduo atinge certo grau 
de maturidade em quase todos os aspectos, sendo difícil determinar o que se considera por maturidade 
em termos sociais e culturais.           
 
E)
o término da adolescência, para as meninas, está relacionado à época da menarca, que sinaliza a 
entrada da criança para a vida adulta, sendo capaz de gerar filhos. 
 

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)

Comentários:

D) Correto 
Exercício 7:

(ENADE) Estudos antropológicos indicaram que em alguns grupos culturais não ocorre o periodo da 
adolescência. Isto significa que
 
A)
também não ocorre a puberdade, que é necessariamente um fenômeno cultural.
 
B)
os indivíduos desse grupo estão em atraso em relação aos de outros grupos culturais, já que a 
adolescência é um fenômeno universal.
 
C)
os critérios de definição da adolescência podem variar em função do grupo cultural, gerando distintas 
transições da infância para a vida adulta.
 
D)
os diferentes hábitos culturais interferem na adolescência mais do que na puberdade.
 
E)
nos grupos em que não ocorre o período da adolescência, os indivíduos não ultrapassam a infância.
 

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(C)

Comentários:

C) Correto 

Exercício 8:

Uma mãe reclama que sua filha de 12 anos tem se mostrado diferente do que era: mais rebelde, arredia
a quase tudo que a mãe fala, muito mais agitada, mais egoísta e mais isolada da família. Estes 
comportamentos estão lhe parecendo típicos da adolescência, mas estranhamente a filha ainda não 
apresenta grandes transformações corporais e também ainda não passou pela menarca.
 
Fazendo uma reflexão entre o caso apresentado e o período da adolescência, pode­se afirmar que:
 
 
I ­ A caracterização da adolescência é definida por uma sequência de transformações puberais, sendo 
as mudanças de comportamento consequência das mudanças físicas.
II ­ A adolescência é um período do ciclo vital em que o indivíduo apresenta uma série de comportamento 
diferenciados, como a busca para ser independente dos pais e a autonomia psíquica, para o surgimento 
de um novo papel social.
III ­ Ser adolescente é uma maneira nova de estar no mundo, em que o indivíduo apresenta comportamentos 
próprios dessa fase, que podem trazer modificações em relação a atitudes anteriores, à família, à busca 
de amigos etc.
 
Está correto o afirmado em
 
A)

I.

 
B)

II.
 
C)

I e II. 

 
D)

II e III. 

 
E)

I, II e III. 

O aluno respondeu e acertou. Alternativa(D)

Comentários:

E) Correto 
D) Correto 

Você também pode gostar