ISSN 1516-3601 #56, MAY/2015

GET DIGITAL,
BE EXTENSIVE, READ PAPER!
by Nora Nagy
Nuevas Rutas
La trascendencia de la
cultura invisible en el
aula de lengua extranjera 
por David R. Sousa Fernández

Nouvelles Routes
L’enseignement à
distance et les étudiants
du XXIe siècle
par Luciana Canonico Cruz

Interview with
Sara Walker
by Graeme Hodgson
POR TRÁS DA
MARCA DISAL
HÁ MUITO
CRESCIMENTO
 Sumário

EXCLUSIVA
PARA CLIENTES DISAL

05. Editorial
06. Opiniões
08. News
10. Interview
14. Cover Topic
19. How do you say...
in English?

20. Variedades
22. Dicas
23. Escola em Destaque
25. Slang Publisher
Renato Guazzelli
Colaboradores desta edição
Cristiane Teixeira
News
Carolina Kano
David R. Sousa Fernández Gleice Mori

26. Livros Editor

Jack Scholes
Denise Santos
Graeme Hodgson Nuevas Rutas
Jack Scholes Sara Tcharkhetian
Conselho Editorial Jane Revell

28/32. Articles Francisco Gomes de Matos

Graeme Hodgson
José Roberto A. Igreja
Lizika Goldchleger
Nouvelles Routes
Leonardo S. Bandeira
Heloisa Brito de Albuquerque Costa Luciana Canonico Cruz
• Tradução e retraduções de Medo, Karen Fraser Nancy Lake Eventos
uma novela de Stefan Zweig: o ‘eterno José Olavo de Amorim Nora Nagy Carolina Kano
retorno’ da popularidade do autor Lizika Goldchleger Raquel Abi-Sâmara Marcelo Franzoni
Lyle French Sara Walker
• Percepções do aprendiz sobre a Nancy Lake Arte: Projeto e Diagramação
escrita em língua estrangeira e o Profª Dra. Gretel Eres Fernández PromoMag Myatã Comunicação
papel das estratégias Profª Antonieta Celani Marcelo Franzoni
Sara Walker Jornalista Responsável

36. Nuevas Rutas

José Nello Marques / MTP: 14162

• La trascendencia de la cultura
invisible en el aula de lengua
extranjera
40. Nouvelles Routes
• L’enseignement à distance et les
étudiants du XXIe siècle
A New Routes® (ISSN 1516-3601) é uma publicação
digital, quadrimestral destinada a profissionais
de idiomas, institutos de idiomas, colégios de
ensino infantil/fundamental/médio, universidades e
faculdades.
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Os artigos e textos desta publicação não refletem necessariamente a opinião dos editores ou do conselho editorial, assim
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04 | New Ro u t e s ® D is a l

CONTRIBUTIONS FROM AROUND THE WORLD
New Routes® is proud and privileged to
always be able publish contributions
from leading experts in Brazil and also
from many other countries around the
world. In this issue, apart from Brazil,
there are contributions from a variety of
other countries.
The Cover Topic comes from Hungary
- Get digital, be extensive, read paper!
Nora Nagy asks and answers the
questions - “How can we convince our
students to read literature when they
hardly have time to do their homework?
How can we get them to read on paper
when most of the things we read are
digital? How can we integrate reading
literature in our curriculum in a digital
world? How can we take advantage of
the apps and devices our students use
on a daily basis?” In this article, Nora
explores the benefits of using literature
in the language classroom and also
shares seven of her favourite ‘digitally-
enhanced’ reading activities.
All the way from Macau, one of the
Special Administrative Regions of the
People’s Republic of China, Raquel Abi-
Sâmara, offers us the article - Tradução
e retraduções de Medo, uma novela
de Stefan Zweig: o ‘eterno retorno’
da popularidade do autor. Raquel is
Professora Adjunta de Estudos da
Tradução do Departamento de Português
da Universidade de Macau (UM). In her
article she discusses the continuing
Skype, Facebook, Whatsapp; quels sont
les usages des TIC dans l’enseignement
En este artículo el autor nos habla
sobre la importância de la cultura en
los manuales de ELE y principalmente
explica que no debemos limitarnos
solamente a mostrar los contenidos
tangibles de la cultura como los son
popularity of Stefan Zweig in Brazil and
in the world, presents the reasons for
a retranslation of Angst in Brazil, and
also comments on a translation strategy
used in the recreation of the novel from
German to Portuguese.
From England we have the article by
Denise Santos - Percepções do aprendiz
sobre a escrita em língua estrangeira e o
papel das estratégias. Denise examines
statements made by foreign language
learners about their performance in
written productions and discusses
how the development of strategies can
help these learners to deal with the
difficulties perceived, or even to notice
the problems in advance.
From her home in France, renowned
author Jane Revell offers us - Twenty
Teaching Tips in the section - Dicas.
These tips are all guaranteed to make
teaching and learning more effective and
also more fun.
The interviewee in this issue comes
all the way from England, but she has
lived in Brazil since October 1967. In
the Interview, the adorable and highly
esteemed luminary Sara Walker is
interviewed by another eminent English
person who has also made Brazil his
home - Graeme Hodgson. Sara has
closely accompanied the ELT market
in Brazil in almost every role possible
since her arrival and shares with
readers some of her experience and
aujourd’hui? Découvrez avec Luciana
Canonico Cruz. Bonne lecture!
(la gastronomia, el folclore, símbolos
de identidade colectiva,...) sino que
debemos reparar también en el
malentendido cultural que se produce
muchas veces a causa de la inoperancia
producida por el desconocimiento
Editorial
well-earned wisdom. She talks about
the major paradigm shifts during this
period: “I think the most important one
was when we began to take the focus off
the method and the teacher’s use of it
and started to think about the student
and the learning process. And now, of
course, the revolution in technology can
make an enormous contribution to both
learning and student autonomy.”
Sara also tells us about the two
constants in her professional life: a love
of teaching diplomats at the Instituto Rio
and a delight in networking, generally
through English teachers’ associations.
She describes herself as “a teachers’
association junkie”. But she also
confesses what few people know: in her
next incarnation, she hopes she’ll be a
successful novelist.
Enjoy!
Jack Scholes
Editor
newroutes@disal.com.br
Leonardo S. Bandeira
apoioped.frances@disal.com.br
de los códigos supralingüísticos
(adecuación conductual, estratégias
pragmáticas, Lenguaje corporal...)
Sara G. Tcharkhetian
apoioped.espanhol@disal.com.br
New Ro ut es® Dis a l | 05
 Opiniões - Disal nas Redes Sociais
COMENTÁRIOS NO FACEBOOK:
Luci Cardoso Silva
I love the articles. All matters are
amazing. I use the activities in my
class. Private students love new
rouges as well.
Siomara De Cássia Miranda
New Routes?! I love it... As simple as
that!...
COMENTÁRIOS NO TWITTER:
Maria Jose Madureira
@MariaJoseMadure
@disallivraria A cada edição fico mais
antenada com as novidades e novos
conhecimentos que a revista New
Routes me proporciona #IloveNR
POR QUE
EU LEIO A
NEW ROUTES?
06 | New Ro u t e s ® D is a l
Ivan Fernandes
A New Routes é uma fonte imperdível
de conhecimento e ensinamentos,
leio e recomendo! #ILoveNR
Luciana Canonico Cruz
Eu leio a revista New Routes, pois ela
traz informações muito importantes
para o professor.
Aguinaldo Flores
@aguinaldoflores
#ilovenr eu nao amo eu adoro
Como profissional da informação e
estudante de línguas, estou sempre
em busca de novidades, seja
para proveito próprio, seja para
apresentar aos meus usuários.
A revista New Routes® é sempre uma
grata surpresa e uma boa indicação,
com seus artigos interessantes e
minuciosos.
Entre suas características, uma das
mais marcantes são seus artigos
atemporais: apesar de preocupada
em trazer as principais tendências
do mercado editorial e do ensino
de idiomas, seus textos não são
datados, fazendo com que possamos
ler todos os artigos, desde o primeiro
número, com o mesmo frescor do
último número.
As colunas How do you say... in English
Juliana Santos Voltan
A New Routes é uma fonte muito rica
de informações para professores...
Envie sua opinião ou sugestão para:
twitter.com/disallivraria
www.facebook.com/disaldistribuidora
www.blogdadisal.blogspot.com.br
e Slang são excelentes ferramentas
para o aprendizado da língua inglesa,
pois fazem com que a formalidade e
rigidez muitas vezes presentes nas
construções orais e escritas dos
estudantes sejam substituídas pela
fluência, sempre tão desejada.
Por tudo isso, só posso desejar que a
New Routes® tenha vida longa e que,
com a mesma excelência mostrada
até agora, possa ampliar - e muito -
seus horizontes.
Cristiane Teixeira.
Formada em Biblioteconomia pela
Universidade de São Paulo.
Tem mais de 10 anos de experiência
em biblioteca escolar.
Atualmente trabalha como bibliotecária
do colégio Stance Dual.
 TIT FOR TAT SMITHEREENS
Conheça um tesouro de valiosas
informações sobre a língua inglesa:
o novo livro de Jack ScholeS,
pela DiSal eDitora POINT-BLANK
A BASKET CASE

RED‑HANDED
HALF-BAKED

FLY‑BY‑NIGHT OFF-THE-WALL

A BLUE mOON FREELANCE

MAVERICK
QUANDARY

IVY LEAGUE
EAGER BEAVER
GADGET

LEAP YEAR
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autor apr onde o
esenta in
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e s do inglêsKINGPIN
CAT WALK cotidiano
, mostra a
da origem história
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 News

EVENTO DISAL X HELBLING LANGUAGES:

ENGLISH COMMUNICATION SEMINAR
INSPIRING IDEAS THAT MAKE
COMMUNICATION EASY!
O evento Disal em parceria com a
Helbling Languages, realizado no dia
24 de abril de 2015 no Auditório Nobre
do Senac Consolação, foi um sucesso!
Nosso palestrante convidado, Jack
Scholes, mostrou como é possível
avaliar o próprio método de ensino
e descobrir a melhor forma de
ensinar alunos digitalmente nativos
e globalmente conscientes. Marketing da Helbling Languages.
Além disso, apresentou técnicas para
os alunos desenvolverem habilidades
de pensamento crítico para o
aprendizado da linguagem e aumento
da confiança. Tivemos também a
apresentação comercial sobre o
novo material de ensino (Helbling
Languages), ministrado por Julio
Menochelli - Gerente Comercial e de

LANÇAMENTO DO LIVRO DISAL EDITORA

JACK SCHOLES
O lançamento do livro Why do we
say that? Por que dizemos isso?
foi realizado no dia 24 de abril de
2015 no hall do Auditório Nobre -
Senac Consolação, com direito a um
coquetel e uma tarde de autógrafos
com Jack Scholes. Tivemos mais de
100 convidados presentes no local!

DISAL MATRIZ - NOVA FACHADA

A Disal Matriz, situada no bairro Vila (Distribuidora de Conhecimento).
Jaguara, modernizou sua fachada, Confira de perto e visite a nossa loja!
com a instalação da nova logomarca

Fachada

08 | New Ro u t e s ® D is a l
 News

DEPOIMENTO DE ESPANHOL
Yo estoy utilizando el libro Código ELE 3 con el noveno
año de la escuela y me agrada mucho porque abarca los
contenidos que corresponden a los objetivos comunicativos
del nivel B1 del Marco Común Europeo.
Además, el libro brinda a los estudiantes la posibilidad de
sistematizar estos contenidos, a través del cuadernillo de
actividades, estudiar de forma autónoma, con el resumen
gramatical y practicar actividades similares a las del
examen oficial de proficiencia por medio de las actividades
complementarias.
Asimismo, presenta una serie de autores y obras relevantes
para el aprendiz de la lengua y cultura española.
Tatiana Rodrigues de Oliveira
Professora de Espanhol - Fundamental II do Colégio Esfera

CALENDÁRIO DE EVENTOS DISAL 2015 - FEV/MAR/ABR

ESTUDE NOS ESTADOS UNIDOS DE GRAÇA!
O Calendário de Eventos Disal
Fevereiro, Março, Abril de 2015
encerrou com grande sucesso.
Contamos com a presença de ótimos
palestrantes, workshops interativos
e dinâmicos e, nesta edição, a
Disal, em parceria com a agência de
intercâmbios World Study, realizou
a campanha “Ganhe uma bolsa de
estudos nos Estados Unidos”.
De acordo com o regulamento, além
de participar das palestras oferecidas
pela Disal, o participante que curtisse
a página do Facebook da Disal e da
World Study, concorreria ao prêmio.
O ganhador foi Ezequias de Leite de
Araújo. Parabéns!
A bolsa de estudos será na cidade de
São Francisco na escola Intrax com
duração de 4 semanas!
Clique na imagem e veja o
depoimento do ganhador. Confira a
nova programação do Calendário de
Ganhador da Campanha" Estude nos Estados
Eventos na pag. 43 Unidos de graça!"

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mesmo! New Ro ut es® Dis a l | 09
 I n t e r v i ew w i t h S a ra Wa l k e r b y G r a e m e H o d g s o n
SARA WALKER
GH: Could you please tell us a little bit about your
background and why and when you came to live in Brazil?
SW: Well, I suppose you could say I’m in Brazil as the result
of a series of happy accidents. At least that’s what I tell my
students when they ask me…
The first was when I was at school. I signed up to learn
a second foreign language expecting it to be German, and
it turned out to be Spanish. I went on to take French and
Spanish at Oxford and was frustrated that Spanish there
didn’t include Latin America. So after a year in France and
a couple of years teaching French and Spanish in a girls’
high school, plus a few ELT evening classes for the British
Council, I went back to university - this time in London - to
do an MA in Latin American studies.
Then it seemed logical to come to South America. I was
all set to go to Peru as a UN volunteer, to teach English
to medical students. I finished my MA and phoned the UN
about injections and visas, only to be told that I wouldn’t
be going for another six months. Feeling frustrated about
the delay, I applied for a 2-year job with the Cultura Inglesa
10 | New Ro u t e s ® D is a l
in Rio, got it - and came to Brazil before I’d even had time
to think what I was doing. I remember managing to attend
three or four language classes given by a Portuguese lady
at the University of London, where I learnt the memorable
sentence - “O comboio está a sair”. I’ve never managed to
use it - not least because there are very few trains in Brazil!
All that was in October 1967 and somehow I’m still here.
GH: Having accompanied closely the ELT market in Brazil
since the late sixties in almost every role possible ranging
from teacher, school-owner, Teacher Association president
and advisory council member, trainer, course-designer,
online course moderator, SIG coordinator, frequent speaker
at events aimed at both public and primary sector teachers
and, of course, consultant and advisor, on different
occasions, on public policy relating to ELT, what would you
say have been the key paradigm shifts or decisive moments
along the long history of ELT in Brazil?
SW: Let me take you up first on the variety of things I’ve
done in and around ELT. There have been two constants
in my professional life: a love of teaching diplomats at the
 I n t e r v i ew w i t h S a ra Wa l k e r b y G r a e m e H o d g s o n
Instituto Rio Branco - where students are intellectually
gifted and always highly motivated; and a delight
in networking, generally through English teachers’
associations. I described myself as “a teachers’ association
junkie” in the biodata for the last BRAZ-TESOL Convention
in João Pessoa.
Paradigm shifts? I think the most important one was when
we began to take the focus off the method and the teacher’s
use of it and started to think about the student and the
learning process. And now, of course, the revolution in
technology can make an enormous contribution to both
learning and student autonomy. Oh, and another decisive
change is the founding of BRAZ-TESOL and all the APLI
teachers’ associations, which help us to make new friends
and share ideas.
GH: After many years working with professional English in
high-profile urban contexts, you found yourself in charge of
a teacher education project with EFL state school teachers
in Tocantins, a northern and mostly rural state. What
insights did that bring to your perspective on the state of
ELT in the public sector today? Have there been changes
since you first started teaching in Brazil? What major
challenges still need to be overcome?
SW: Yes, Tocantins was, and still is, very special. My
involvement was another of the happy accidents in my
career. I’d been very marginally involved, as a consultant,
with a big British Council ELT project in Paraná. And when
a similar, but much smaller British Council partnership
was suggested by the Secretariat of Education of the State
of Tocantins, I was invited by the Council to become the
Project Manager. The Tocantins English Project was set up
in 2002 and ran from 2003-4 - before the days of the mobile
phone, really. At that time, most of the capacity building
was f2f… We had brilliant immersion courses in a town
with the intriguing name of Lagoa da Confusão.
We set out to use the resources available in Tocantins and
ELT expertise from inside Brazil. Ten years on, I believe the
Project has left some marks in the State, in spite of a massive
turnover of teachers. Some have moved, others have left the
profession but there is a positive attitude towards English
in most schools and a group of serious professionals at the
Federal University, the Escola Técnica Federal and around
APLITINS, the English teachers’ Association set up during
the Project. But many of the challenges around effective
English teaching in schools are still there.
GH: How can a teacher who is starting out, far away from
the big cities make professional contacts that will lead to
development without having to invest financial resources
that are beyond their reality?
SW: Things are getting better: most schools now have
coursebooks through PNLD and there are literally dozens
of free webinars provided by the publishers and BRAZ-
TESOL, not to mention online courses from companies
like Futurelearn, plus cable TV and Netflix. It’s much easier
than it used to be to become an autonomous learner. And
the tourist industry offers attractive packages, which allow
some teachers to travel now and pay in relatively modest
installments.
GH: Many people think of a job teaching English as a
stepping-stone or even a ‘hobby’ before moving on to a
career in another field. Do you believe this problem is going
away or increasing? Why should somebody who doesn’t
intend to stay in teaching bother to undertake professional
development, join Teacher Associations etc.?
SW: I’m well aware of the problem, though I simply don’t
know if it’s increasing or decreasing. Of course there are
moonlighters who teach English to earn pocket money
while they train for another profession. And we’ve all met
“cowboy” kids, making use of the English they’ve learnt on
a six-month exchange in the USA. But I’m confident that
there will always be a core of committed professionals who
believe in education.
GH: Most EFL institutions in Brazil are facing a serious
crisis in terms of the short supply of qualified teachers,
with good command of the language, who actually choose
to become teachers. What can be done to make a career
in ELT more attractive as a path for those choosing a
university course? 
SW: I think a national policy to promote language teaching
and measures such as the inclusion of ESOL and Applied
Linguistics in the Science Without Borders [Ciências sem
fronteiras] Programme would help - and I even believe I’ve
heard that this is going to happen.
If you study modern languages at a university in Britain, you
spend the third year of your four-year course in a country
where the target language is spoken, taking university
courses there and working as a teaching assistant in a
school. Establishing projects like this in Brazil would
make languages and language-teaching considerably more
exciting as a choice.
GH: Almost every year there seems to be a new panacea
which is marketed as the solution to all the challenges
students and learners of English face in Brazil, be it
Communicative Language Teaching, Task-Based Learning,
Projects, online courses, Dogme, technology (tablets,
BYOD etc.), a return to drilling, mobile apps etc. If teachers
were to apply simple criteria to evaluate the usefulness of
such ‘innovative ideas’, what criteria would you suggest?
SW: If you think about it, there are three key questions
for English teachers. What is a language? How do
students learn? and How should I teach? Consciously or
unconsciously we all have our beliefs about all three. So I
must measure each new idea against my personal beliefs
and either modify my ideas or adapt or reject the new
theory. This can be dangerous if it leads me to continue
teaching within my comfort zone, rejecting new ideas as
New Ro ut es® Dis a l | 11
 I n t e r v i ew w i t h S a ra Wa l k e r b y G r a e m e H o d g s o n

‘not for me’. So this is where the trainer/ author/ presenter
comes in. S/he must convince me that the new panacea
really works and that I can actually master the technology
it involves - a sign of the times! When I’m convinced, I can
work with enthusiasm and sell the idea to my learners.
I began teaching in the good old days of drilling and I’m
a firm believer in the principle that language does have a
behaviouristic element. But beyond that, my view is that
anything can be made to work if the students and the
teacher believe in it. Many of my audio-lingual students
went on to become outstanding speakers. Today I realise
the method is far from ideal, but possibly incomplete
rather than useless.
GH: English can be seen as a tool for social inclusion,
helping those in less privileged communities gain access
to better opportunities for employment and personal
growth, whereas, in the past, speaking a second language
was seen as a status symbol for a small elite. What are your
views on the power of English for social transformation in
a country like Brazil?
SW: Part of my own involvement with public-sector ELT
has come about in an attempt to escape from elitism. I was
once seriously shocked by a publishers’ representative
who said, in a presentation to schoolteachers, that school
English wouldn’t teach anybody to speak and a student
who wanted fluency would have to go to the private
institute down the road. This, of course, means paying to
learn.
That made me wonder whether Brazil’s excellent and
highly developed private ELT industry has a vested
interest in propagating the idea that school English
doesn’t work - in undermining the belief of students and
teachers in their school teaching-leaning process. So it’s
a real pleasure for me to witness serious public-private
partnerships developing in the ELT field. The best ELT
institutes are working hard to develop Brazilian ELT
beyond their own walls.
Yes, English has the power of transformation. Forget the
traditional concern about possible cultural domination
and make use of English to go out into the world and share
the best of Brazil!
GH: Some argue that the role of an educator in ELT goes far
beyond language instruction and should include the ability
to organise and chair discussion of current affairs, politics,
philosophy, even potentially taboo topics such as religion
and sexuality.
SW: I think the public sector may be doing better than the
private sector here, with the idea of ‘temas transversais’
that break down taboos and work across the curriculum.
The theory is excellent and gradually the practice is
improving.
GH: In 1988 you were awarded an MBE by the Queen in
recognition of your outstanding achievements. Can you
please explain what this honour is, why you think you were
nominated, and how you felt when you got it?
SW: Well, MBE stands for Member of the British Empire,
a delightfully anachronistic name for a medal, and one
which is ultimately meaningless. When there was a British
Empire, presumably any citizen was a member of it. But I
think all teachers know that it feels nice to be recognized.
The nomination came from the British Council, at a time
when a number of senior figures in the profession were
being honoured for their services to ELT in Brazil. And
being admitted to this select group felt nice, too!
GH: If you weren’t a teacher, what would you probably
be… and why?
SW: In my next incarnation, I hope I’ll be a successful
novelist. Maybe Disal Editora will publish my books!

The interviewee

Sara Walker was born and educated in England, but has spent her professional life in Brazil. She was founder principal
of IBI-Independent British Institute, a cooperative ELT group with over 6,000 students in its heyday. Since 1997, she has
been a free lance ELT consultant. She still teaches at Instituto Rio Branco (where she began in 1968-9 and has taught
regularly since 1977) and trains candidates for the entrance exam, as well as giving a weekly literature course. Sara is
a former President of BRAZ-TESOL and a firm believer in networking through teachers’ associations.

The interviewer

Graeme Hodgson began teaching in 1989 and has worked throughout Brazil and Latin America as a teacher trainer
and consultant as well as Director of English for the British Council in Brazil. He has a Masters degree in Applied
Linguistics and has completed the Cambridge University DELTA Module 3. Graeme has also been President of the
BRAZ-TESOL chapters in both Fortaleza and Brasilia and is a member of the National Advisory Council. Currently,
Graeme is Educational Partnerships Manager for Learning Factory, the publishing division of Cultura Inglesa Rio de
Janeiro, dedicating any free time to his family and the Scout Movement.

12 | New Ro u t e s ® D is a l
 Maio / Junho / Julho

GANHE UMA BOLSA DE

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Realização: Apoio:
Parceiros:
 Cover Topic
GET DIGITAL,
BE EXTENSIVE, READ PAPER!
How can we convince our students to read literature when
they hardly have time to do their homework? How can we
get them to read on paper when most of the things we read
are digital? How can we integrate reading literature in our
curriculum in a digital world? How can we take advantage
of the apps and devices our students use on a daily basis?
These are just some of the questions teachers who would
like to integrate literature into their classroom practice face
every time they try to encourage their students to read
more. As a language teacher I constantly look for ways to
inspire my students to read more, and in this article I would
like to explore the benefits of using literature in the language
classroom. At the end of the article I also share seven of my
favourite ‘digitally-enhanced’ reading activities.
WHY USE LITERATURE IN LANGUAGE TEACHING?
Using literary texts in second language education can still
feel like a luxury, and we often find ourselves in a situation
that we have to justify time spent on classic literature or
extensive reading in the classroom. Of course there is no
magic potion that will miraculously teach your students to
speak, write, comprehend and think in English with ease;
instead a combination of teaching methods will lead to
successful learning outcomes.
14 | New Ro u t e s ® D is a l
by Nora Nagy
The key focus points of language education today revolve
around concepts like ‘critical literacy’, ‘critical thinking’,
‘effective communication’, ‘multimodality’, ‘multimodal
literacy’, and ‘cross-curricular projects’. Literacy means so
much more than the ability to read and write. The etymology
of the term can help us understand its significance in
language education. It also means ‘being well-educated’ and
‘being familiar with literature’.
When we learn a language, our main objective is to ‘learn
how to mean’ in that language. What is more, we also learn
a lot about different subject areas in English. Learning
a language without literary and multimodal texts (a
combination of two or more modes of communication in the
same text, for example verbal, visual and aural texts) makes
language learning a rather difficult enterprise. A text-based
syllabus can give us the opportunity to open up language,
and achieve what the systemic functional linguist M.A.K.
Halliday describes as ‘learning language’ and ‘learning
through language’ from early childhood. John McRae calls
our attention to the representational aspect of language,
reminding us that our language is mostly representational,
and not referential (i.e. remaining close to the meaning of
words defined in a dictionary).
by Nora Nagy
These days when the school curriculum can bring various
subjects closer to each other, our ability to read (and
comprehend) complex texts gains more significance.
When we read stories on paper, we practise what is called
linear reading and deep reading which means better plot
recollection compared to digital reading which supports
non-linear and scattered reading which can help us with
exam reading strategies like scanning and skimming.
PAPER OR DIGITAL?
Multimodality also means that we cannot clearly state
whether paper-based or digital texts are better for our
students. They both support different types of reading, and
they both work better with different types of texts, and they
both activate different types of thinking skills. However,
preserving and practising our ability to perform deep, linear
reading can be an important responsibility as teachers.
Why should we focus more on paper-based reading in our
classroom? It is not only because recent studies have shown
that our digital natives prefer reading on paper, but also
because we have deep reading processes which help us
with better plot recollection. Anne Mangen at the University
of Norway found that “readers retain plot elements better
when they read in print instead of on a Kindle”. Moreover,
being a good reader means that we gain access to new
dimensions of thinking. David Rose explains that “writing
makes available the realms of knowledge that have
accumulated over the centuries, as our power to control the
natural and social worlds has expanded. But these ‘vertical
discourses’, as Bernstein (1996) calls them, are still only
available to the small minority of citizens who have
learnt how to read them, to enter their imaginary pathways
and interact virtually with their writers, primarily those of
us with a tertiary education. The hierarchy of educational
opportunity created by such disparities in reading skills
has large-scale long-term consequences for individuals and
communities.” (Dreyfus et al, 178)
What responsibilities does it imply for the language teacher
who would like to teach English language and culture at
the same time? Are we supposed to teach the language or
literature? Let me quote John McRae for an answer: “People
ask me: am I a language person or a literature person? And I
haven’t answered it because I cannot separate language from
its representational form.”
Using literary texts will only take you closer to your objectives
as long as your objectives include helping students become
avid readers and develop language and cultural awareness.
MULTIMODAL TEXTS AND ADAPTATIONS
In our digitally enhanced world multimodal texts seem to
be an excellent solution for language teachers who want
to get their students to read more and interact with texts
at the same time. Well-designed adaptations written for
language learners serve us well as they are rich examples of
multimodal texts. As Linda Hutcheon writes in her book on
adaptations, there are three modes of engagement in terms
of adaptations: telling, showing and interacting with stories.
When you bring these three modes of engagement together,
Cover Topic
you find yourself in a union which can be inspiring for
different types of students with very different interests and
learning needs. These adaptations are available in various
forms: graded readers, graphic novels, film adaptations,
drama adaptations, picture books and illustrated readers.
Hutcheon reminds us that “these ways of engaging with
stories do not, of course, ever take place in a vacuum. We
engage in time and space, within a particular society and a
general culture.” (Hutcheon 27) This idea directs us towards
the functional model of language which is concerned with
two contexts in which we use language as Susan Feez explains
the first chapter in her book on text-based syllabus design
(6-7). These are the context of situation and the context of
culture. When your students choose (either independently
or with your directions) to read a story in their free time,
they can open up the text by using the tools which highlight
the pathways into the cultural context of the text as well as
structure of its referential and representational language.
How can digital apps help you in this process? Can they
assist in strengthening your students’ language awareness?
How can web-based projects help them obtain more cultural
awareness? Which digital apps are most valuable for these
purposes?
DIGITAL APPS AND READING ACTIVITIES
David O’Brien, professor of literacy education at the
University of Georgia explains that “apps are designed with
certain affordances that invite students to employ literacy
practices. These affordances are also shaped by the design
of a certain classroom activity.  So, the affordances aren’t
simply ‘in’ an app; they are activated and exploited by how
the app is used in an activity.”
So let’s see what apps and activities you can experiment with
when you would like to encourage your students to engage more
with the texts they are reading in class or in their free time.
1) PHOTO COLLAGE OF MY FAVOURITE QUOTES
Have you ever felt that you would like to create a visual
memory of all your favourite lines in a novel? It’s easy to do
it if you have a smartphone or a digital camera.
Steps to follow
1) Ask your students to keep their smartphones or a photo
camera with them when they are reading.
2) They should point to their favourite lines or passages and
take a photo of them.
3) When they are ready, they can create a photo collage.
4) They can create a photo album of their collages.
5) Organize a class exhibition (even a virtual one on a social
media platform). You can call it ‘Favourite Reading Moments
of the Year’.
2) SHARED ANNOTATION
Have you ever borrowed a book from a library which had
someone else’s highlights, comments and underlined
New Ro ut es® Dis a l | 15
 Cover Topic
sentences? Did you like it? I especially like this experience
when I borrow a book from my University’s Institute library
and see which colleagues have read and commented on
the pages. It might condition my reading of the text but at
the same time it also makes me more aware of the text. It
is similar to the experience of receiving a proof of a text
in a PDF format and you can read the comments made by
other editors. It is an effective learning experience. You can
recreate a similar scene with shared annotation, highlights
and note-taking. Let’s see what apps and activities can help
you with this.
Steps to follow
1) Write a story in a Google Document on a Google Drive. If you
find it too difficult to write a story in class, you can upload a
PDF file with a story. Look for sample pages in graded readers
catalogues from various publishers on the Internet.
2) Share the document with your students. Give them
permission to edit the file.
3) Ask your students to read the story at home. If it is a short
text and they all have access to computers at school, they
can do it in class.
4) As they are reading the story, ask them to add their
reactions and ideas, highlight phrases they like or would like
to learn and underline sentences they find important.
5) When everybody has contributed to the shared text, read
and discuss the comments together.
3) BUILDING INTERTEXTS AND HYPERTEXTS
When you are reading a story, you easily find the cultural and
historical references, and if you need more information, you
know where to find it. However, your students might need more
help with this. You can do this together in a shared document.
Upload the story to your Google Drive and then ask your
students to create intertexts and hypertexts in the text.
Steps to follow
1) Create a Google Document on a Google Drive. You can
write a story together or upload a PDF file of a story.
2) Share the document with your students. Give them
permission to edit the file.
3) Ask your students to find interesting information about
the text: its cultural and historical background, setting,
information about the author, relevant information about
language usage. You can add your questions in the text.
4) When they have collected all this information, they can add
comments to the text (highlighted, in a different colour, in a
comment box) and they can create hyperlinks that lead other
readers to websites where the information can be found
5) Read the text and explore the hyperlinks in class together.
4) GOOGLE MAP MY READING LIST
We often choose books based on our genre preferences.
Another way to encourage your students to read is asking
them to pick books based on their location. This way the
16 | New Ro u t e s ® D is a l
by Nora Nagy
famous quote “The world is a book and those who do not
travel read only one page” from Saint Augustine can gain
immediate relevance. Who wouldn’t like to explore places like
Alaska, Brazil or the Himalayas or the English countryside?
Online maps can assist you with becoming a reading-explorer.
Steps to follow
1) Show an online map to your class and point out some of
the locations they can read about in some classic novels and
original stories.
2) Prepare a slideshow with some pictures of these locations.
3) Ask your students to pick the places they like the most.
Show them the books that are set in that area.
4) When they have finished reading their book, ask them to
prepare a mini presentation about what they have learnt about
the place and how they feel about it after reading the novel.
5) Start by exploring this map based on Helbling Readers.
The map was created in an online Google Map. Link
to the map: Travel the World with Helbling Readers.
www.google.com/maps/d/edit?mid=zirpNmWZdv4k.
krRGK5I6HN18
5) COLLABORATIVE ILLUSTRATION DISCUSSIONS
Experiment with collaborative illustration discussion,
inspired by the Visual Thinking Strategies (VTS) method.
On the official website of the VTS Group you can find the
following description of the method: “In VTS discussions,
teachers support student growth by facilitating discussions
of carefully selected works of visual art. Teachers are asked
to use three open-ended questions:
• What’s going on in this picture?
• What do you see that makes you say that?
• What more can we find?
There are three recommended facilitation techniques:
• Paraphrase comments neutrally
• Point at the area being discussed
• Linking and framing student comments
(Source: www.vtshome.org)
For more information about this method, visit the official
VTS website at www.vtshome.org.
Steps to follow
1) Take a picture of a full-page illustration from the novel
your class is reading.
2) Upload it to your computer and open it in a document or
in an image viewer.
3) Use the VTS questions to facilitate discussions.
4) Use other images in a similar way you use documents for
shared annotation. Ask the question ‘What’s going on in this
picture?’ and let your students put comments in the shared
document.
5) Students can build a story based on the illustration.
by Nora Nagy Cover Topic

6) BOOK PLAYLIST AND SOUNDTRACK Annotation tools

How often do you read a story and listen to music at the
same time? Are there certain bands and composers you like
listening to while you are reading your favourite book? Is
there a song that represents a certain scene in a novel to
you? When your students choose titles for their pleasure
reading, ask them to create a playlist for the book on their
computer, smartphone or mp3 player.
Steps to follow
1) Create a playlist and name it based on the title of the book
you are reading.
2) When you are reading the novel, choose a song for each
scene or chapter. This song can be a song that you are
listening to while you are reading, or a song that matches
the atmosphere of that scene or chapter, and matches the
emotions of the characters.
3) Compare your playlists in class.
4) Share your playlists with each other.
7) WEB-BASED RESEARCH PROJECTS
On the Helbling Readers Blog (blog.helblingreaders.com) you
can find various interactive and Internet-based lesson plans.
The idea is that you do not need to prepare excessively, you
do not need to print activity sheets. You can use your laptop
with a projector or Interactive Whiteboard instead.
These lessons introduce the novels and give cultural,
historical, linguistic and literary focus points for your
lessons. There are links to other websites you can explore
and your students can answer the questions that accompany
these websites.
RECOMMENDED APPS AND WEB TOOLS
Photo collage tools
• Photovisi
• PicMonkey
• BeFunky
• Gimp
• Picasa
Playlist tools
• Spotify
• YouTube
• A.nnotate
• Diigo
• Scrible
Shared documents
• A.nnotate.com
• Google Drive: Google Docs
• Microsoft Office Online
REFERENCES
Feez, Susan. Text-based Syllabus Design. Sydney: National
Centre for English Language Teaching and Research, 1998 
Halliday, M.A.K. “Towards a Language-Based Theory of
Learning.” In: Linguistics and Education 5, 93-116 (1993)
Hutcheon, Linda. ‘Beginning to Theorize Adaptation.’
A Theory of Adaptation. New York: Routledge, 2006. 1-32.
Mangen, A. et al. (2014). Mystery story reading in pocket
print book and on Kindle: possible impact on chronological
events memory. Conference paper presentation, IGEL (The
International Society for the Empirical Study of Literature
and Media), Turin, Italy July 21-25
Martin, Daniel. From White to Web 2.0. Helbling Languages, 2015.
McRae, John. “Representational language learning from
language awareness to text awareness.” Language, Literature
and the Learner. Ed. Roland Carter and John McRae. London:
Routledge, 2014.
McRae, John. “Why literature is not a bad word for
linguistics.” Lecture transcript by Transcribed by Fábio do
Espírito Santo Palladino (monitor SR-1), Patrícia Andréa
R.F. Pinheiro and Ana Lúcia Mariano, bolsistas SR-2/CNPq.
Projeto LEILITI. at the Federal University of Rio de Janeiro on
October 19th, 1995.
O’Brien, David. “Defining App Affordances in Terms of Social
Genres: Visual Collaboration and Argumentative Genres.” Apps
for Learning with Literacies., 8 Aug. 2012. Web. 16 March 2015.
Rose, David. ‘Meaning beyond the Margins: Learning to
Interact with Books.’ Semiotic Margins. Ed. Dreyfus et al.
London: Continuum, 2011.
Yenawine, Philip. Visual Thinking Strategies. Harvard
Education Press, 2013.

The author

Nora Nagy graduated from the Institute of English and American Studies, University of Debrecen (Hungary) in 2005. After
graduation she worked as an English language teacher first in Hungary, then in Italy for seven years. In Italy she started
working as an ELT editor and materials writer, mainly focussing on graded readers and exam preparation courses. At
present, she works as a part-time instructor at the University of Debrecen and as a freelance English Language Teacher
in Budapest, Hungary. She is also one of the authors of the Helbling Readers Blog - blog.helblingreaders.com
Her main teaching and research fields include extensive reading, reading education, arts-based education, visual
literacy, museum education, multimodality, literary theory and art history.

New Ro ut es® Dis a l | 17

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EMBRULHAR PARA PRESENTE

GIFT-WRAP / HAVE SOMETHING
GIFT-WRAPPED

“Can you please gift-wrap it?”, Randy

asked the store clerk.
“Você pode por favor embrulhar
para presente?”, Randy pediu ao
atendente da loja.

“Can I have this gift-wrapped please?”,

Heather asked the store clerk.
“Você pode por favor embrulhar
para presente?”, Heather perguntou
à atendente da loja.

DAR DESCARGA ONG (ORGANIZAÇÃO PARA VARIAR

FLUSH
Don’t forget to flush after you use the toilet.
Não se esqueça de dar descarga
depois de usar o vaso sanitário.
PERDER A CONTA DE…
LOSE TRACK OF…
Walter travels to Europe on business so
often that he has lost track of how many
times he’s been there.
Walter viaja para a Europa a negócios
com tanta freqüência que já perdeu a
conta de quantas vezes esteve lá.
NÃO POSSO ME DAR AO LUXO DE …
I CAN`T AFFORD TO …
I can’t afford to go to swanky restaurants
all the time. They are too expensive for
my pocket.
Não posso me dar ao luxo de ir sempre
a restaurantes sofisticados. Eles são
caros demais para o meu bolso.
NÃO - GOVERNAMENTAL)
NGO (NON-GOVERNMENTAL
ORGANIZATION)
Marylin runs a non-governmental
organization that defends the rights of
animals.
Marylin dirige uma ONG que defende
os direitos dos animais.
CALEJADO
SEASONED
You can count on Carl to do that job
properly. He’s a seasoned professional.
Pode contar com Carl para fazer
aquele serviço direito. Ele é um
profissional calejado.
Nesse contexto, o adjetivo
experienced (experiente) é sinônimo
bastante usual de seasoned.
FOR A CHANGE
I’m sick of fast food. Can we have a real
meal for a change?
Já estou cheio de fast food. Será que
podemos comer uma refeição de
verdade só para variar?
MANTER ALGUÉM INFORMADO
KEEP SOMEONE POSTED
Surfing the Web is a great way to keep
posted on what’s going on in the world.
Navegar na Internet é uma ótima
forma de manter-se informado sobre o
que está acontecendo no mundo.
keep someone informed tem o
mesmo significado de keep someone
posted.

O autor

José Roberto A. Igreja has a BA in English and Literature from PUC/SP. He is the author of Inglês Fluente em 30
Lições; Fale tudo em Inglês nos Negócios!; Como se diz em inglês?; How do you say ... in English?; Say it all in Brazilian
Portuguese!; Fale Tudo em Inglês!; Fale tudo em Inglês em Viagens! and Falsos Cognatos - Looks can be deceiving!. He´s
also the co-author of Inglês de Rua - American Slang; Fluent Business English; English for Job interviews!; Fale Inglês
como um Americano; Phrasal Verbs and American Idioms!, all published by Disal Editora. You can check out his blog at
www.faletudoemingles.com.br

New Ro ut es® Dis a l | 19

 Variedades
VACATION COMPLAINTS
Apparently, these are actual complaints received by a major
global travel company from dissatisfied British customers
who went on holiday abroad.
1. It’s lazy of the local shopkeepers in Puerto Vallarta to
close in the afternoons. I often needed to buy things during
‘siesta’ time – this should be banned.
2. I think it should be explained in the brochure that the
local convenience store does not sell proper biscuits like
custard creams or ginger nuts.
3. On my holiday to Goa in India, I was disgusted to find that
almost every restaurant served curry. I don’t like spicy food.
4. We booked an excursion to a water park but no one
told us we had to bring our own swimsuits and towels. We
assumed it would be included in the price.
5. The beach was too sandy. We had to clean everything
when we returned to our room.
6. We found the sand was not like the sand in the brochure.
Your brochure shows the sand as white but it was more
yellow.
7. They should not allow topless sunbathing on the beach. It
was very distracting for my husband who just wanted to relax.
8. No one told us there would be fish in the water. The
children were scared.
9. Although the brochure said that there was a fully equipped
kitchen, there was no egg slicer in the drawers.
20 | New Ro u t e s ® D is a l
10. We went on holiday to Spain and had a problem with the
taxi drivers as they were all Spanish.
11. The roads were uneven and bumpy, so we could not
read the local guidebook during the bus ride to the resort.
Because of this, we were unaware of many things that would
have made our holiday more fun.
12. It took us nine hours to fly home from Jamaica to
England. It took the Americans only three hours to get
home. This seems unfair.
13. I compared the size of our one-bedroom suite to our
friends’ three-bedroom and ours was significantly smaller.
14. When we were in Spain, there were too many Spanish
people there. The receptionist spoke Spanish, the food
was Spanish. No one told us that there would be so many
foreigners.
15. We had to line up outside to catch the boat and there
was no air-conditioning.
16. It is your duty as a tour operator to advise us of noisy or
unruly guests before we travel.
17. I was bitten by a mosquito. The brochure did not
mention mosquitoes.
18. My fiancée and I requested twin beds when we booked,
but instead we were placed in a room with a king bed. We
now hold you responsible and want to be re-reimbursed
for the fact that I became pregnant. This would not have
happened if you had put us in the room that we booked.

PUNCTUATION IS IMPORTANT
1. Compare the two letters below.
A
Dear John,
I want a man who knows what love is all about. You are
generous, kind, thoughtful. People who are not like you
admit to being useless and inferior. You have ruined me for
other men. I yearn for you. I have no feelings whatsoever
when we’re apart. I can be forever happy – will you let me
be yours?
Jane
B I’m sorry you can’t come with us.
Dear John,
I want a man who knows what love is. All about you are
generous, kind, thoughtful people, who are not like you.
Admit to being useless and inferior. You have ruined me. For
other men, I yearn. For you, I have no feelings whatsoever.
When we’re apart, I can be forever happy. Will you let me be?
Yours,
Jane
2. An English teacher wrote this sentence on the board, and
asked the students to punctuate it correctly:
A woman without her man is nothing
All the male students wrote:
A woman, without her man, is nothing.
All the female students wrote:
A woman: without her, man is nothing.
MURPHY’S LAWS
Law of Gravity
Any tool, nut, bolt or screw when dropped will roll to the
least accessible place in the universe.
Law of Random Numbers
If you dial a wrong number, you never get a busy signal -
someone always answers.
Doctors’ Law 
If you don’t feel well, make an appointment to go to the
doctor.  By the time you get there, you’ll feel better. But if
you don’t make an appointment, you’ll stay sick.
Variation Law
If you change checkout lines or traffic lanes, the one you
were in will always move faster than the one you are in now.
Law of the Bath
When the body is fully immersed in water, the telephone will ring.
Variedades
3. Now consider the difference in meaning in these pairs
of sentences.
Let’s eat grandpa.
Let’s eat, grandpa.
The butler stood by the door and called the guests names.
The butler stood by the door and called the guests’ names.
A clever dog knows its master.
A clever dog knows it’s master.
I’m sorry. You can’t come with us.
The Democrats say the Republicans will lose the election.
The Democrats, say the Republicans, will lose the election.
Do not break your bread or roll in your soup.
Do not break your bread, or roll in your soup.
“The criminal,” says the judge, “should be hanged.”
The criminal says, “The judge should be hanged.”
I saw a man eating shark.
I saw a man-eating shark.
She finds inspiration in cooking her family and her dog.
She finds inspiration in cooking, her family, and her dog.
Law of Close Encounters
The probability of meeting someone you know increases
dramatically when you are with someone you don’t want
to be seen with.
Law of the Result 
When you try to prove to someone that a machine won’t
work, it will.
Law of Lockers 
If there are only 2 people in a locker room, they will have
adjacent lockers.
Law of Physical Appearance 
If the clothes fit, they’re ugly.
Law of Commercial Marketing Strategy 
As soon as you find a product that you really like, they will
stop making it or the store will stop selling it.
New Ro ut es® Dis a l | 21
 Dicas

TWENTY TEACHING TIPS

1) ELICIT rather than tell. (Assume students may know at 14) EXPLAIN YOUR APPROACH (whether you are teaching
least some language or content … until you are proved adults or younger learners.)
wrong!)
15) EXPLOIT TEXTS FULLY (but don’t overdo it and bore
2) ENCOURAGE rather than criticise. (Make the classroom them stupid.)
a great, welcoming place to be.)
16) GO BEYOND THE COURSE BOOK (Explore things
3) VARY THE INTERACTION (Whole class, group work, pair online, do mini-projects, find out more…)
work, half class, rows…)
17) ALLOW CHOICES (1. Don’t force people to join in! 2.
4) APPEAL TO DIFFERENT LEARNING STYLES Let them choose questions or activities sometimes. Why
(VAK - visual/auditory/kinaesthetic, Multiple should they answer every single question?!)
Intelligences…)
18) EVEN THE PLAYING FIELD (Ask students to put up
5) BALANCE INPUT: STT v TTT (student talking time v their hand / think for a moment…or some will dominate.)
teacher talking time)
19) DELEGATE (Get students to help with class
6) CHECK UNDERSTANDING (with concept questions. management, help / correct each other…)
Asking: “Do you understand?” - is not helpful. Nobody likes
to say no!) 20) RECYCLE FREQUENTLY (at the beginning / end of
every lesson, every week, after every unit…)
7) CORRECT SENSITIVELY (be funny or make a joke > elicit
corrections from students rather than tell them.)

8) ENSURE PLENTIFUL REPETITION (in fun / interesting

ways because repetition is essential.)
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The right grammar at the right time plus of the lesson • Motivating topics
upper intermediate

• Cross culture
upper intermediate

• Emphasis on speaking
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Real language & Real language & Real language &

• Personalisation
intermediate

memory training memory training memory training

Real language & Real language & Real language &

a full grammar reference

advanced

Amanda Maris Jane Revell ∙ Mary Tomalin Jane Revell ∙ Mary Tomalin

Get you interested and communicating

memory training memory training memory training
intermediate

Dialogue karaoke Dialogue karaoke Everyday English

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Everyday English Everyday English Everyday English

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Maximise your social and cultural awareness Engaging activities to get you talking
JETSTREAM Cloud JETSTREAM Cloud JETSTREAM Cloud
Jeremy Harmer ∙ Jane Revell Jeremy Harmer ∙ Jane Revell Mary Tomalin with LMS with LMS with LMS

Your opinion, your voice - right from the start

JETSTREAM Cloud JETSTREAM Cloud JETSTREAM Cloud
Student’s Book Student’s Book Student’s Book

• Grammar to go
with LMS with LMS with LMS
Student’s Book Student’s Book Student’s Book beginner elementary pre-intermediate

• Emphasis on speaking intermediate upper intermediate advanced

of the lesson • Focus on vocabulary
pre-intermediate

Real language & Real language & Real language &

memory training memory training memory training

• Stories • Thinking & Memory The right grammar at the right time plus
elementary
beginner

10) MAKE STUDENTS (AND TEACHERS) THINK about

Everyday English Everyday English Everyday English
upper intermediate

videos videos videos

Engaging activities to get you talking Helps you find the right words
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intermediate

JETSTREAM Cloud JETSTREAM Cloud JETSTREAM Cloud

a full grammar reference

with LMS with LMS with LMS
advanced

Jeremy Harmer ∙ Jane Revell Jeremy Harmer ∙ Jane Revell Mary Tomalin
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Lively stories for extra reading practice Encourages thinking and memory training intermediate upper intermediate advanced
• Grammar to go
• Thinking & Memory
Real language & Real language & Real language &

• Personalisation
memory training memory training memory training

• Emphasis on speaking The right grammar at the right time plus Dialogue karaoke Dialogue karaoke Everyday English

• Dialogue karaoke videos

upper intermediate

• Cross culture
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Real language & Real language & Real language &
memory training memory training memory training
intermediate

JETSTREAM Cloud JETSTREAM Cloud JETSTREAM Cloud

Encourages thinking and memory training

with LMS with LMS with LMS

a full grammar reference Your opinion, your voice - right from the start
advanced

Everyday English Everyday English Everyday English

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An exciting way to practise real language Maximise your social and cultural awareness
JETSTREAM Cloud
with LMS
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with LMS
JETSTREAM Cloud
with LMS
Engaging activities to get you talking
on
Student’s Book Student’s Book Student’s Book

of the lesson
Real language & • Cross culture • Thinking & Memory • Emphasis on speaking
Student’s Book

Student’s Book

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Real language & Real language & Real language &

memory training memory training memory training

• JETSTREAM Workbook • Stories

Jeremy Harmer ∙ Jane Revell Jeremy Harmer ∙ Jane Revell Mary Tomalin

• Cloud Book • Mp3 audios

Everyday English Everyday English Everyday English

memory training Maximise your social and cultural awareness • Grammar to go

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Encourages thinking and memory training

JETSTREAM Cloud JETSTREAM Cloud JETSTREAM Cloud

Engaging activities to get you talking

advanced

with LMS with LMS with LMS

Revision and practice, progress checks

Student’s Book Student’s Book Student’s Book

Lively stories for extra reading practice

intermediate upper intermediate advanced

• Cyber Homework • Pronunciation The right grammar at the right time plus
upper intermediate

and writing skills development • Stories • Thinking & Memory

intermediate

• Dialogue karaoke • Exam practice • Cross culture a full grammar reference

advanced

• Dialogue karaoke videos

all kinds of things in all kinds of ways: language, ideas,

videos • CLIL Projects Dialogue karaoke Lively stories for extra reading practice Maximise your social and cultural awareness Encourages thinking and memory training
• PLUS - fully integrated digital components on An exciting way to practise real language • Emphasis on speaking
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Real language & Real language & Real language &
memory training memory training memory training

w w w.helbling-ezone.com Lots of options for flexible blended learning Real language &• Videos • Cross culture
Everyday English Everyday English Everyday English
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• JETSTREAM Workbook • Stories Engaging activities to get you talking

JETSTREAM Cloud JETSTREAM Cloud JETSTREAM Cloud
with LMS with LMS with LMS
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• Cloud Book • Mp3 audios

Revision and practice, progress checks on memory training Everyday English brought to life Lively stories for extra reading practice Maximise your social and cultural awareness
• Cyber Homework • Pronunciation
JETSTREAM Cloud Real language & • Thinking & Memory
• Dialogue karaoke • Exam practice and writing skills development • Cloud Book • Mp3 audios • JETSTREAM Workbook memory training • Videos • Stories Encourages thinking and memory training
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www.helblinglanguages.com w w w.helbling-ezone.com Student’s
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Real language &
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Everyday English brought to life

creatively, critically ….
Revision and practice, progress checks on
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Lots of options for flexible blended learning

JETSTREAM Cloud
with LMS
Student’s Book

11) GIVE THEM THINKING TIME … if you want them to think.

www.helblinglanguages.com

Author
12) PLAN LESSONS CAREFULLY… but be flexible and
prepared to deviate from your plan.
Jane Revell, author of - JETSTREAM - (Helbling
13) SURPRISE YOUR STUDENTS! (Do things in different Languages) - the brand-new 6-level course for adult
ways: wear a silly hat, teach from the back of the room…) learners.

22 | New Ro u t e s ® D is a l
 Escola em Destaque

ESFERA ESCOLA
INTERNACIONAL
Associada à UNESCO e certificada pelo IB
(International Baccalaureate), a Esfera Escola
Internacional atua nos segmentos da Educação
Infantil e do Ensino Fundamental.

Tecnologia a favor da aprendizagem

Desde a sua fundação, em 2004, destaca-se pela forma de pensar,

trabalhar e refletir sobre a relação constante entre currículo e
aprendizagem, com uma visão de mundo ampliada e focada na
formação de crianças e jovens com mentalidade internacional.

A ação educativa baseia-se na diferenciada equipe docente Esfera e

na oferta de formação continuada e programas de aperfeiçoamento
relacionados aos eixos centrais da proposta pedagógica da escola.
Alguns realizados internamente, outros oferecidos por meio
da participação da equipe Esfera em Congressos e Seminários
educacionais diversos, ou ainda pelos seminários internacionais
promovidos pela escola e abertos a educadores da cidade ou
do país. Sala de aula: diversidade, autonomia e responsabilidade

A escola realiza, bienalmente, o Esfera International Seminar,

que em 2015, na sua 5ª edição, abordou o tema “Teaching for
Understanding” com a presença das palestrantes internacionais
Tina Blythe (EUA) e Rebeca Anijovich (Argentina), além de
conceituados educadores da própria escola e de renomadas
instituições.

O ENSINO PARA A COMPREENSÃO E PARA A DIVERSIDADE:

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA

Com abordagem construtivista, a Esfera atende às premissas do

ensino para a diversidade e para a compreensão de conceitos-
chave, integrando as diversas áreas de conhecimento em prol
da formação de alunos ativos, críticos, reflexivos, cientes de
seus valores; alunos em busca do melhor desempenho e capazes
de se autogerenciar; alunos preparados para aplicar seus
conhecimentos na prática e fazer a diferença.
A Esfera parte do pressuposto de que as pessoas são dotadas
de múltiplas inteligências e trabalha com turmas heterogêneas
no amplo sentido da aprendizagem. Conceitos e conteúdos são
trabalhados de forma a possibilitar trabalho individual e em
grupo. As aulas atendem à diversidade por meio de estações de
trabalho, projetos e participação ativa dos alunos.
Estudos de meio e intercâmbios internacionais compõem uma
oferta diversificada de aprendizagem em consonância com a
formação pretendida.
EDUCAÇÃO BILÍNGUE: PORTUGUÊS E INGLÊS
A educação bilíngue se contextualiza nas premissas de
internacionalidade da escola, oferecendo efetivamente um idioma
universal aos alunos, desde a educação infantil, em contexto de
imersão, bem como idioma de instrução de diferentes disciplinas
no currículo da escola em todos os segmentos.
Valorização da infância, das artes, das múltiplas inteligências
RIGOR ACADÊMICO, COMPLEXIDADE NA
INTEGRAÇÃO DO CURRÍCULO E CERTIFICAÇÕES
INTERNACIONAIS
A metodologia, assim como os referenciais e padrões
estabelecidos pela certificação IB sustentam
uma prática contemporânea, que leva o aluno a
compreender, estabelecer relações e agir por meio
de projetos, atividades diversificadas e avaliações
rigorosas. Para atestar o trabalho realizado, a escola
aplica exames institucionais externos em todas as áreas
de conhecimento, bem como exames de proficiência
em Língua Inglesa (Cambridge Exams) e em Língua
Espanhola (DELE - Instituto Cervantes).
“A Esfera não só me capacitou a ver além das fronteiras
e a respeitar o que é diferente, como também me deu
continuidade dos valores que aprendi em casa. Levarei as
oportunidades e experiências que aqui vivenciei para toda
minha vida.” Aluna Year 9 - Esfera 2012.
www.escolaesfera.com.br

New Ro ut es® Dis a l | 23

FINES ESPECÍFICOS
ESPAÑOL PARA EL MUNDO DE LOS NEGOCIOS

ENTORNO LABORAL FUERA DEL ENTORNO ENTORNO Empresarial

Nivel A1 hasta B1 en
un solo volumen
• Es un material ágil con una
progresión rápida enfocada al mundo
laboral.
• Se da mucha importancia a la
comunicación oral, a los intercambios
del mundo de la empresa.
• Se organiza en 23 temas de 8
páginas.
LABORAL
Nivel A1 hasta A2
• 10 temas para comunicar fuera de
la oficina. Rápido (léxico, funciones,
actividades etc.)
• Contiene además las claves de
Entorno Laboral y Fuera del entorno
laboral.
Nueva edición actualizada - es
un manual pensado y dirigido
a estudiantes de nivel B2 que
desean:
• aprender el lenguaje relacionado con
el mundo de la empresa, las operaciones
comerciales,bursátiles, bancarias y la
economía en el mundo hispano.
• Conocer todo lo relacionado con el
mundo de las negociaciones tanto en
España como en Hispanoamérica.
• Saber cuál es la clave del éxito de
las empresas españolas e hispanas
más importantes.

Para más información entre en contacto con:

Sara Ganimian Tcharkhetian | Apoio Pedagógico Espanhol
apoioped.espanhol@disal.com.br | Fone: 11 3226-3102
by Jack Scholes Slang

SHORT RESPONSES
NO SWEAT
SEM PROBLEMA

“Can you give me a lift?”

“Sure, no sweat.”
“Você pode me dar carona?”
“Claro, sem problema.”

ISH
UM POUCO, MAIS OU MENOS

“Did you get nervous during the

interview?”
“Ish.”
“Você ficou nervoso durante a
entrevista?”
“Um pouco.”
Coloquialmente, ish é usado
como resposta a perguntas.
Também é empregado como
sufixo para significar por volta de,
aproximadamente, neste sentido, por
exemplo:
Let’s have dinner around sevenish.
Vamos jantar às sete, mais ou menos.
YOU’RE ON
“EU TOPO” “COMBINADO” “SIM”
“Let’s go hang gliding.”
“You’re on.”
“Vamos voar de asa-delta.”
“Eu topo.”
Usa-se principalmente quando se
aceita um convite para competir ou
para fazer algo difícil ou perigoso.
JOIN THE CLUB
“EU TAMBÉM” “IDEM”
“I’m completely broke.”
“Join the club.”
“Estou completamente duro.”
“Eu também.”
BIG DEAL!
“GRANDE COISA!”
“I cycled ten kilometres today.”
“Big deal! I cycle twenty kilometres
every day.”
“Eu andei dez quilômetros de
bicicleta hoje.”
“Grande coisa! Eu pedalo 20
quilômetros todos os dias.”
OUCH!
“AI!”
Ouch! That really hurt!
Ai! Isso doeu muito!
Diz-se também Ow!. Jocosamente,
usa-se Ouch! em resposta a alguma
fala cruel ou insensível:
“Are you sure you can still do that at
your age?”
“Ouch! That wasn’t very subtle.”
“Você tem certeza de que ainda
consegue fazer isso na sua idade?”
“Ai, essa não foi muito sutil!”
YOU BET!
“PODE APOSTAR!” “GARANTIDO!”
“Are you going to the party on
Saturday?
“You bet!”
“Você vai à festa no sábado?”
“Pode apostar!”
THE PITS
ALGO MUITO RUIM; UM INFERNO, O
FIM DA PICADA
“How was the meeting?”
“The pits.”
“Como foi a reunião?”
“Um inferno.”
OKEY-DOKEY / OKEY-DOKE
OK, COMBINADO, DE ACORDO
“I’ll see you at seven then.”
“Okey dokey.”
“Então eu te vejo às sete.”
“Combinado.”
Trata-se de duas corruptelas de OK.

Diz-se Join the club quando se tem o

mesmo problema que outra pessoa
acaba de mencionar.

The author

Jack Scholes is the author of many books, including Slang - Gírias Atuais do Inglês, Modern Slang and Slang Activity
Book. He is also co-author with Jane Revell of Sucesso nos Exames. His most recent publications are Inglês Rápido and
Quick Brazilian Portuguese. All published by Disal Editora.
Email: jack@jackscholes.com

New Ro ut es® Dis a l | 25

 Livros

Book Review

SUCESSO
NOS EXAMES!
COMO SE PREPARAR E
ENFRENTÁ-LOS COM
CONFIANÇA

Jane Revell & Jack Scholes,

Disal Editora 2012,
140 páginas

When one first looks at this little
book, it seems to be either basically
about taking college entrance tests
or international language certification
exams, but in fact, it is solid advice for
any moment when we might be looking
at a personal or professional challenge
or change, whether it includes a
testing context or not. I found the
book particularly useful because it is
written in clear Portuguese which I
can use to speak to my students when
they need feedback in their mother
tongue and a bit of solid advice, and
it comes complete with some quotes
from famous authors which have
been nicely translated from English
and sprinkled throughout the book at
useful moments. Each of the quotes
has been related to one of the chapter
topics.
Although there is a smooth flow guiding
the reader from each concept to the
next, the six chapters can be used
independently. A good example of this
is Chapter 3 where I decided to begin
because I am interested in learning
styles and multiple intelligences. This
chapter has a concise mind map of the
intelligences and refers the reader to
an excellent questionnaire to find out
which one s/he prefers and how to
interpret preferences, but, most of all,
how to make the most out of one’s own
intelligences.
I also liked Chapter 2 because it has
a focus which I think can help our
intermediate level learners in terms
of how to study. They are often the
learners who want to take their first
exams but lack confidence and the
organizational skills to decide what
and how to learn more and get off the
famous “intermediate plateau”. The
series of suggestions in this chapter
can only help them improve concretely
and see their own progress.
The TIGER or TIGRE chapter is
powerful for learners and just about
everyone in any situation because it
suggests five things we really can do
- strategies we can plan for and use
to make anything we do a success.
The authors go into great detail with
excellent examples of real life things
that we can all recognize as working
well in a variety of situations, not
only exams. We have examples
of metaphors, lists of successful
moments and the importance of
physical and mental balance to guide
us in our choices towards success.
The final chapters of the book are
very down-to-earth in terms of how
to prepare for testing moments
themselves. There’s nothing like the
practical, last minute preparation
and being ready for the test itself to
guarantee success, and this little book
offers a brief summary of how to wrap
up those final moments as well.
Both authors, Jane Revell and Jack
Scholes, are success stories in their
own right, and they have truly set
out to help their reader become one,
too, by so wisely suggesting that we
all do exactly as suggested in the
Chinese proverb on p. 92 - Enjoy!
And this is exactly what readers will
do when they take advantage of the
techniques and strategies offered in
Sucesso nos Exames.

The reviewer

Nancy Lake is the Manager of Pre-Service Teacher Training for the Cel.Lep group. She has an MA in TEFL/TESL from
the University of Birmingham (UK) and is currently a local tutor for the Distance MA Programme of the University of
Birmingham in Brazil. Nancy is a Speaking Examiner and Regional Team Leader for Cambridge English examinations.
She has a BSc from the University of Minnesota (US) in Spanish and French Education, graduate studies in ESL and
recently concluded a year-and-a-half course on Reflective Teaching at PUC São Paulo.

26 | New Ro u t e s ® D is a l

Lizika Goldchleger
Reitora da Faculdade Cultura Inglesa.
Mestrado em Educação pela USP.
www.faculdadeculturainglesa.com.br
VOCABULANDO - VOCABULARIO
PRATICO - 2º ED
Editora: Disal Editora
Autor: Isa Mara Lando
569 Páginas
LIFE
Introduzimos no curso avançado da
Faculdade Cultura Inglesa, o Livro Life,
P. Dummett, J. Hughes, H. Stephenson,
2013, Cengage.
Life é um livro moderno, as unidades
tem um enfoque no uso funcional da
língua o que é muito relevante ao aluno
que já tem um conhecimento no nível
C1 do ‘Common European Framework’
(CEF).
Life oferece um enfoque na habilidade
oral compreendida como uma
competência e como tal, atrela a
pronúncia como parte integrante. Seu
‘syllabus’ lexical, e suas sugestões
de atividades orais comunicativas ao
final de cada unidade, possibilitam
ao professor implementar com mais
riqueza uma metodologia ativa e dar
um fechamento comunicativo ao ciclo
da unidade de estudo.
Sugestões da Disal
THE HUNCHBACK OF
NOTRE-DAME E MP3 PACK
Editora: Longman Penguin (Pearson)
Autor: Victor Hugo
60 Páginas
Livros
Eu Recomendo
Life tem vídeos integrados com a
National Geographic, o que oferece
um mundo de conhecimento e
descobertas aos alunos, assim como
os textos semi-autêncos de leitura e
compreensão do livro, com seus temas
variados, atuais e muito relevantes.
Eu recomendo Life a todos que querem
obter resultados de satisfação.
P. Dummett,
J. Hughes, H.
Stephenson,
2013, Cengage.
ENGLISH COMPACT
GRAMMAR - A TO Z
Editora: Disal Editora
Autor: Elisabeth Prescher
221 Páginas
New Ro ut es® Dis a l | 27
 Article
TRADUÇÃO E RETRADUÇÕES DE MEDO,
UMA NOVELA DE STEFAN ZWEIG: O
‘ETERNO RETORNO’ DA POPULARIDADE
DO AUTOR
A novela Angst (Medo) de Stefan Zweig (1881-1942),
célebre autor austríaco de origem judaica, foi escrita em
1910 e publicada pela primeira vez em 1920, e foi traduzida
e retraduzida para o português no Brasil nas primeiras e
na última década do século XX. Mais de um século após
sua criação, e depois de algumas adaptações para o
cinema, a novela continua a despertar interesse e a exigir
novas traduções. A mais recente tradução de Angst para o
português foi feita por mim e publicada pela Editora Zahar
no livro Três novelas femininas (2014), que reúne outras
duas novelas de Zweig traduzidas pela escritora Adriana
Lisboa. Este artigo discute a popularidade contínua de
Zweig no Brasil e no mundo, apresenta os motivos para
uma retradução de Angst no Brasil e comenta brevemente
uma estratégia de tradução utilizada na recriação da
novela do alemão para o português.
28 | New Ro u t e s ® D is a l
por Raquel Abi-Sâmara
Atualmente fala-se de um boom mundial de Zweig (www.
casastefanzweig.org), de revivals, de zweigemania (NYT,
28.05.2014) ou de eterno retorno (O Globo, 13.04.2013) de
sua obra. O escritor é apresentado em matéria de Le Figaro
(15.04.2014) como um verdadeiro fenômeno editorial, pois
no ano de 2013 havia 160 edições diferentes de títulos de
Zweig à venda nas livrarias francesas. Um de seus livros
traduzidos para o francês, Joueur d’échoes (em alemão,
Schachnovelle) vendeu em 10 anos mais de um milhão
de exemplares. Como se sabe, nas décadas entre as duas
guerras mundiais, Stefan Zweig era um dos autores mais
vendidos e traduzidos na Europa. Após esse período, o
autor entrou numa espécie de esquecimento no mundo de
língua inglesa, diferentemente do que acontece na última
década na França.
por Raquel Abi-Sâmara
O revival de Zweig em língua inglesa ocorre sobretudo
em 2014, ano em que foram lançados The Impossible Exile
(biografia de Zweig escrita por George Prochnik) e The
Grand Budapest Hotel (filme baseado em contos de Zweig
e dirigido por Wes Anderson). Recentemente foi também
publicada em inglês a autobiografia de Zweig (1942), com
o título The World of Yesterday. Ainda associado ao boom
do autor no mundo de língua inglesa está o fato de que
2014 assinala o centenário do início da Primeira Guerra
Mundial, um bom motivo comercial para novas edições de
autores proeminentes no cenário europeu da época.
No Brasil, no entanto, o interesse editorial por Stefan
Zweig nunca deixou de existir, e isso deve-se em grande
parte ao fato de o escritor ter escolhido o Brasil para se
exilar durante a Segunda Guerra Mundial, após ter passado
pela Inglaterra e os Estados Unidos. Viveu em Petrópolis
entre 1941-42, onde escreveu o famoso ensaio “Brasil
país do futuro” e onde se suicidou junto com a esposa,
Lotte, em 1942, poucos dias depois do afundamento de
um navio brasileiro pelo exército alemão. Alberto Dines,
autor da biografia de Zweig, Morte no paraíso: a tragédia
de Stefan Zweig (1981) e um dos maiores estudiosos do
autor atualmente, acredita que sua obra está “acima das
modas”, como escreve no prólogo de sua biografia. Dines
foi o organizador do livro Três novelas femininas.
Medo é uma novela psicológica narrada de modo
extraordinário, que tem como cenário a cidade de Viena
de fin de siècle. A influência da psicanálise de Sigmund
Freud, amigo e conterrâneo de Stefan Zweig, é bastante
expressiva na literatura de fin de siécle, como destaca
Wiechert (2006: 9). Medo tornou-se num dos clássicos de
Zweig, e recebeu cinco adaptações para o cinema. Uma
delas dirigida por Roberto Rosselini, com Ingrid Bergman
no papel principal. A protagonista Irene, jovem senhora,
bem casada e confortavelmente acomodada em sua vida
burguesa e no círculo social da alta sociedade vienense,
envolve-se com um jovem pianista de renome, “por uma
espécie de preguiça de resistir ao seu desejo e por uma
certa curiosidade inquietante” (Zweig: 2014, 16-7). Ao sair
de uma de suas visitas ao amante, Irene é descoberta e
chantageada por uma mulher que se diz namorada do
amante. Um susto que em poucas semanas se transforma
num medo a tal ponto incontornável, levando Irene a
acreditar que a única saída desse enredo seria o suicídio.
As tempestades emocionais e sensuais vividas pela
protagonista revelam excepcional qualidade literária e
sofisticação de imagens e metáforas de Zweig, um desafio
significativo para qualquer tradutor.
A obra Angst foi traduzida pela primeira vez no Brasil
na década de 1930, por Elias Davidovich, e em 1999
foi retraduzida por Lya Luft. Se já existe tradução e
retradução de Medo para o português brasileiro, por que
traduzi-la novamente em 2014? Conforme John Milton e
Article
M.Torres (2003), “uma nova tradução pode ser apenas
uma estratégia comercial, pois irá atrair mais publicidade,
por ser um produto “fresco”, novo, supostamente mais
‘próximo do original’ e ‘mais precisa’ que as traduções
anteriores”. Além das estratégias de marketing envolvidas
nos projetos de retradução da novela Medo, há também
a necessidade de novas traduções, por razões tais como
cortes de trechos da obra original e atualização da
linguagem na língua de chegada. Na versão de Davidovich,
por exemplo, que não foi traduzida diretamente do
alemão (o que seria ainda mais um motivo para uma nova
tradução), não aparecem 656 linhas da novela original,
e isso significa um corte de aproximadamente 20 por
cento da novela. As passagens cortadas (ou censuradas)
nessa tradução nos fazem pensar em questões que numa
determinada época ou sociedade são intraduzíveis. Os
cortes, coincidentemente ou não, relatam desejos sexuais
ou detalhes de cenas íntimas da protagonista, senhora
jovem, atraente e bem casada, com o amante, questões
talvez ousadas para a literatura da década de 1930
no Brasil.
As traduções passam por um processo de envelhecimento,
pois as línguas modificam-se incessantemente, portanto,
torna-se necessária a retradução. Conforme Henri
Meschonnic, quanto mais datada, quanto mais marcada
ideologicamente for uma tradução, mais rapidamente ela
ficará desatualizada (Meschonnic: 1973, 321). Há no entanto
aquelas poucas traduções que, conforme Antoine Berman
(2012), não envelhecem, pelo fato de consistirem em um
evento na língua de chegada, como é o caso de Antígona
de Sófocles traduzida por Hölderlin, ou o Paraíso Perdido
de Milton traduzido por Chateaubriand. Essas traduções,
conforme Berman, seriam mais próximas da “letra” da
obra original, ou, dito de outro modo, seriam traduções
“estrangeirizadoras” (Venuti: 2008). Uma tradução não
estrangeirizadora, como é o caso de Medo de Davidovich,
apesar da elegância e da sofisticação de sua linguagem,
que a torna de certo modo atemporal, apresenta marcas
de envelhecimento, o que é compreensível, se pensarmos
que foi feita há mais de oito décadas. Essas marcas tornam-
se evidentes sobretudo na transposição das gírias.
Vejamos um exemplo de envelhecimento de gíria na
tradução da novela de Zweig. A protagonista Irene oferece
dinheiro para a suposta namorada de seu amante, uma
mulher de nível social visivelmente inferior ao de Irene,
a fim de que a mulher não continue a perseguindo. Em
alemão: “Mit einem bösen Blick nahm die Person das Geld.
“Luder”, murmelte sie dabei.” Na tradução de Davidovich:
“Com um olhar torvo, a mulher segurou o dinheiro. _
Marafona ! murmurou.” Na tradução de Luft: “A criatura
pegou o dinheiro com um olhar mau. _ Vagabunda –
murmurou.” Na minha tradução: “Com um olhar cáustico,
a mulher pegou o dinheiro, e murmurou: _ Vadia.” Para
o leitor atual, a palavra “marafona” (que corresponde à
New Ro ut es® Dis a l | 29
 Article
gíria “Luder” em alemão), pelo fato de ser datada e por ter
caído em desuso há várias décadas, acaba por provocar
um efeito risível, engraçado, não desejável no diálogo
entre as duas mulheres.
Algumas perguntas serviram-me como ponto de partida
para a definição de estratégias de tradução da novela
Medo, entre elas: Como potencializar o interesse do leitor
contemporâneo pela novela? Como recriar certos graus
de intimidade entre os personagens? Como graduar
proximidades e/ou distanciamentos sociais entre os
personagens? Vamos ilustrar aqui uma dessas estratégias,
relacionadas ao modo como o narrador apresenta
a personagem. Logo na primeira frase da novela, a
protagonista, ao descer as escadas do apartamento de seu
amante, é apresentada pelo narrador como “Frau Irene”.
Se traduzíssemos “Frau Irene” de modo literal, teríamos
em português “Sra. Irene” (ou Senhora Irene), o que
acabaria por criar um distanciamento do leitor atual para
com a protagonista. Optamos portanto por traduzir “Frau
Irene” por simplesmente “Irene”.
Em países de língua alemã, em geral usa-se o tratamento
“Frau” (Sra.) seguido do sobrenome (e não do prenome)
da mulher, em situações de formalidade. Se a mulher
for casada, como no caso de Irene Wagner, o tratamento
formal na vida cotidiana seria “Frau Wagner”, e não “Frau
Irene”. E aqui recorremos à tradição da literatura alemã
anterior ao século XX a fim de entendermos o efeito do uso
de ‘Frau Irene’ na ficção de Zweig. Segundo Zimmerman
(1991), o uso de ‘Frau’ + ‘Vorname’ (prenome) é frequente
na literatura ficcional no sul da região de língua alemã.
Esse modo de tratamento é associado sobretudo à ficção
de Gottfried Keller, Die Leute von Seldwyla (1855), e torna
a senhora ficcional, no caso, ‘Frau Irene’, mais próxima
do leitor, embora ainda se trate de uma relação com uma
senhora desconhecida (Zimmermann: 1991, 247). Em
português, no entanto, se quisermos criar esse efeito de
aproximação e de relativa intimidade com o leitor, não
funcionaria na narrativa o uso de “Sra. Irene”, pois esse
tratamento criaria justamente um efeito contrário àquele
produzido por Stefan Zweig em sua novela magistral. E,
a título de conclusão, consideramos que as recentes
retraduções de obras do autor, ao reconsiderarem suas
estratégias ficcionais, contribuem significativamente para
A autora
Raquel Abi-Sâmara é Professora Adjunta de Estudos da Tradução do Departamento de Português da Universidade
de Macau (UM). Traduz literatura e filosofia do alemão para o português. Entre os autores traduzidos: Paul Celan,
Hans-Georg Gadamer, Vilém Flusser, Martin Luther, Imre Kértesz, Tilman Spengler, Stefan Zweig. Traduziu recentemente
a novela Angst (Medo) de Zweig para o português (2014). Uma de suas pesquisas na Universidade de Macau consiste
em uma catalogação historiográfica de poesia traduzida do par linguístico chinês-português.
30 | New Ro u t e s ® D is a l
por Raquel Abi-Sâmara
a perpetuação da popularidade de Zweig ao longo do
século XXI.
Referências bibliográficas
Berman, Antoine (1985) La traduction et la lettre ou
l’auberge du lointain / A tradução e a letra ou o albergue
do longínquo (2012). Tradução de Marie-Hélène Catherine
Torres, Mauri Furlan, Andréia Guerini. 2nd ed. Tubarão:
Copi- art.
Meschonnic, Henri (1973). Pour la Poétique II. Épistémologie
de l’Écriture - Poétique de la Traduction. Paris: Gallimard.
Milton, John; Torres, M. “Apresentação”. In: Cadernos
de Tradução, Vol. 1, n° 11, 2003. Disponível em:
www.periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/
view/6174/5729. Acesso em: 21 novembro 2014.
Venuti, Lawrence (2008) The Translator’s Invisibility:
A History of Translation. London; New York: Routledge. 2nd ed.
Wiechert, Carolin (2006/07) Stefan Zweigs Novelle ‘Angst’
als typishes Beispiel für das Fin de Siècle. Carl von Ossietzky
Universität Oldenburg. Institut für Germanistik. eBook,
Studienarbeit. Grin (www.grin.com).
Zimmermann, Gerhard. “Frauenreden und literarhistorisher
Sicht. Ein rück-besinnlicher Beitrag zur gegenwärtigen
Diskussion der sprachlichen Gleichstellung der Frau”
(1991) In: Muttersprache 3/101, pp243-251. Wiesbaden:
Gesellschaft für deutsche Sprache (GfdS).
Zweig, Stefan (1991) Angst. Frankfurt am Main: Fisher
Taschenbuch.
______ (2014) “Medo”. Tradução de Raquel Abi-Sâmara. In:
Dines, Alberto (ed.) (2014) Três novelas femininas. Rio de
Janeiro: Zahar.
______ (1999) Medo. Tradução de Lya Luft. Rio de Janeiro:
Editora Record.
______ (s/d) Medo. Tradução de Elias Davidovich. Prefácio
de Romain Rolland. Rio de Janeiro: Guanabara.
por Raquel Abi-Sâmara Article

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New Ro ut es® Dis a l | 37
 Article por Denise Santos

PERCEPÇÕES DO APRENDIZ SOBRE A

ESCRITA EM LÍNGUA ESTRANGEIRA E O
PAPEL DAS ESTRATÉGIAS
O objetivo deste artigo é examinar alguns depoimentos de aprendizes a lidarem com as dificuldades percebidas, ou
aprendizes de línguas estrangeiras (no caso, inglês) sobre mesmo a perceber problemas que não saberiam identificar
seu desempenho em produções escritas e discutir como de antemão. Os depoimentos são:
o desenvolvimento de estratégias pode auxiliar esses

Claro que meu texto

Sei que vou me dar mal. Meu Tive muita dificuldade para
está bom! Eu escrevo
professor nunca entende o escrever o texto. Como Não sei escrever esse
bem em português e
que quero dizer e sempre sempre, as instruções eram texto! Tenho problemas
portanto sei escrever
me dá notas baixas. muito confusas! com verbos e tempos
bem em inglês!
verbais em inglês.

32 | New Ro u t e s ® D is a l
por Denise Santos Article

Antes de examinarmos tais depoimentos é importante inglesa como exemplo, podemos citar aberturas de e-mails
apresentar três conceitos que, sob uma ótica teórica, como ilustração de algumas diferenças: em português
vão nos permitir compreender melhor os cenários acima brasileiro usa-se “Bom dia”, “Boa tarde” ou “Boa noite”
e contemplar encaminhamentos mais sólidos para os nesses casos, juntamente com o nome do destinatário. Tais
depoimentos articulados. São eles: auto-eficácia, atribuição escolhas não vão soar bem em língua inglesa, e um leitor
de relação de causalidade e estratégias. anglófono irá provavelmente achar estranhar um e-mail que
comece com “Good morning” ou “Good afternoon”. Uma
Auto-eficácia reação similar de estranhamento acontecerá se o e-mail
terminar com “Kisses” (literalmente, “Beijos”) ou “Hugs”
De acordo com Bandura (1997), a auto-eficácia refere-se (“Abraços”). Ainda envolvendo e-mails, uma importante
à percepção de um indivíduo de que é capaz de ser bem diferença entre convenções em língua inglesa e portuguesa
sucedido em uma tarefa. Pesquisas na área de produção envolve aspectos ortográficos: em português, é comum o
escrita em língua estrangeira apontam que há uma uso de letras maiúsculas no corpo de uma mensagem ou
correlação positiva entre auto-eficácia e sucesso na escrita mesmo formando todo o seu título. Tal prática é inaceitável
em língua estrangeira (Pajares, 2003), isto é, quanto maior em inglês: palavras cujas letras são todas maiúsculas são
a auto-eficácia, melhor tende a ser o desempenho escrito. percebidas, nessa língua, como se o escritor estivesse
gritando com o leitor. Outra diferença entre a escrita em
Atribuição de relação de causalidade inglês e português é que, de uma forma mais geral, em
português usam-se sentenças mais longas e mais complexas
De acordo com a teoria da atribuição (Weiner, 1979), os do que em inglês; há, também, notáveis diferenças entre o
aprendizes que atribuem causas de fracasso em uma tarefa uso de registro formal e informal em discurso escrito nos
a fatores sobre os quais eles têm controle (por exemplo, dois idiomas.
uso indevido de estratégias ou esforço insuficiente na
preparação para a tarefa) tendem a apresentar maior Neste ponto o leitor pode estar se perguntando: o que o
motivação e melhor desempenho ao realizar tarefas conhecimento dessas diferenças têm a ver com estratégias
semelhantes. Se o fracasso na tarefa é atribuído a fatores de escrita? A resposta para esta pergunta reside no fato
externos (por exemplo, ao professor que não soube explicar de que um bom escritor monitora e avalia sua escrita de
bem, ou à dificuldade da tarefa), é mais provável que tal forma competente, sabendo identificar áreas que precisam
aprendiz perceba que será malsucedido futuramente em ser reconsideradas tanto no processo de uma produção
tarefas similares. escrita específica quanto em produções futuras. Um tipo de
monitoramento importante envolve atenção a convenções
Estratégias de gênero textual: ao aplicar tal monitoramento, um escritor
se pergunta se seu texto está de acordo com convenções
Aqui, estratégias são definidas como ações que facilitam a genéricas naquele sistema linguístico, se está estruturado
realização de uma tarefa que envolve aprendizagem e/ou de forma apropriada, se usa vocabulário e tom adequados.
uso da língua estrangeira. Adicionalmente, conceitualiza-se
a noção de estratégias dentro de um cenário que envolve O autor do depoimento 1 parece não fazer esse
algum tipo de dificuldade para o aprendiz, o que lhe cria monitoramento, o que pode levá-lo a não perceber
uma espécie de “situação-problema”. potenciais problemas no seu texto. Outro monitoramento
que não parece ser feito pelo aprendiz em questão é o
Retomemos, então, o depoimento 1: ao mencionar seu monitoramento de dificuldades pessoais, que envolve
esperado bom desempenho na tarefa de escrita em língua autoquestionamento sobre potenciais problemas que o
estrangeira, o aprendiz apresenta uma forte crença de auto- escritor costuma ter ao escrever. O autor do depoimento
eficácia, o que é positivo. No entanto, a justificativa de tal 1 insinua que não encontra problema algum ao escrever
expectativa é equivocada devido à relação de causalidade em língua estrangeira, o que é muito improvável. Mesmo
atribuída à competência na escrita em língua materna. Por os melhores escritores encontrarão alguma dificuldade
um lado, é mesmo possível que um bom escritor em língua ao escrever!
materna tenha mais facilidade do que um mau escritor ao
aprender a escrever em uma língua estrangeira. Os depoimentos 2, 3 e 4 diferem do depoimento 1 porque
articulam dificuldades encontradas pelo escritor. Sob a
No entanto, não há garantia de que isso vá acontecer: nem ótica das estratégias, tal articulação é positiva, já que
sempre há coincidência de convenções do discurso escrito o primeiro passo para a resolução de uma “situação-
entre duas línguas, e o desenvolvimento da aprendizagem problema” é a identificação, por parte do aprendiz, de uma
da escrita em língua estrangeira muitas vezes envolve ou mais dificuldade enfrentada. De certa forma, então, os
familiarização de práticas de escrita que diferem de três depoimentos finais configuram-se em bons pontos de
práticas discursivas em língua materna. Usando a língua partida para a solução das dificuldades percebidas pelos

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 Article por Denise Santos

aprendizes. Não são, no entanto, garantia de que tais seguinte autoquestionamento ao escrever: Estou usando
dificuldades serão superadas, como discutimos a seguir. o vocabulário adequado? O tempo verbal está correto? A
conjugação do verbo está satisfatória? Este aluno pode,
O autor do depoimento 2 apresenta uma fraca categorização também, acionar estratégias de verificação: O que posso
de auto-eficácia; além disso, a dificuldade é atribuída a fazer para verificar a acuidade dos verbos no meu texto?
fatores externos ao aprendiz-escritor (a incompreensão do Onde posso achar explicações sobre os tempos verbais que
professor). Ou seja, o cenário apresentado é o reverso da preciso usar? Onde posso encontrar exemplos similares?
percepção e atribuição dada no depoimento 1, e estabelece
um enquadre em que o aprendiz não detém controle de sua Como nas outras habilidades linguísticas, o uso de
produção escrita. Antes de qualquer coisa, este aprendiz estratégias ao escrever em língua estrangeira pode auxiliar
precisa ser sensibilizado ao fato de que um escritor é o aluno a tornar-se um escritor autônomo, em controle
responsável pelo sucesso - ou fracasso - de sua produção de seus processos de escrita. Conhecer as estratégias é
escrita, e que aprendizes que manifestam controle em sua um passo importante nessa jornada, mas uma verdadeira
aprendizagem tendem a ser mais bem sucedidos. “apropriação” das estratégias requer conscientização de sua
relevância, experimentação guiada, prática independente e
Assim como o autor do depoimento 2, os autores dos autoavaliação dos resultados obtidos.
depoimentos 3 e 4 articulam frágeis percepções de auto-
eficácia, o que é problemático. No entanto, eles diferem nas Mais informações sobre o assunto e ideias para ensino
suas atribuições de causalidade às suas dificuldades. No de estratégias de escrita podem ser encontrados no
depoimento 3, a dificuldade é atribuída a fatores externos: livro “Como Escrever Melhor em Inglês”, publicado pela
falta de clareza nas instruções. Como discutido anteriormente, DISAL Editora.
enquanto esse aprendiz atribuir sua dificuldade na escrita
a fatores sobre os quais não tem controle, é provável que
ele tenha baixo nível de motivação - e, consequentemente, REFERÊNCIAS
desempenho não satisfatório - ao escrever na língua Bandura, A. (1997). Self-efficacy: The exercise of control. New
estrangeira. York: Freeman.

Ao identificar a sua falta de conhecimento sobre verbos e
tempos verbais como a sua maior dificuldade ao escrever
na língua estrangeira, o autor do depoimento 4 aponta
a causa de sua dificuldade para fatores internos, sobre
os quais pode ter controle. Tal atribuição de causalidade
pode levar esse aprendiz a concluir que ele é agente do seu
desempenho.
Pajares, F. (2003). Self-efficacy, beliefs, motivation, and
achievement in writing: A review of the literature. Reading &
Writing Quarterly, 19, 2, 139-158.
Weiner, B. (1979). A theory of motivation for some classroom
experiences. Journal of Educational Psychology, 71, 1, 3-25.

Consequentemente, ele pode desenvolver um plano de

aprendizagem sobre os tópicos que lhe causam dificuldade
que o leve, a médio prazo, a ter melhor desempenho em
suas produções escritas. A curto prazo, a percepção dos
elementos causadores de dificuldade pode apoiar seu uso
de estratégias de monitoramento pessoal, orientando o

A autora

Denise Santos tem bacharelado e licenciatura em Português e Inglês pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, é
mestre em educação em língua inglesa pela University of Oklahoma (Estados Unidos) e doutora em linguística aplicada
pela University of Reading (Inglaterra). Tem participação frequente em congressos nacionais e internacionais, e possui
vários trabalhos publicados em livros e revistas acadêmicas no Brasil e no exterior, bem como livros didáticos para
o ensino de inglês e de português como língua estrangeira. Mais informações em www.denisesantos.com ou no e-mail
denise@denisesantos.com.

34 | New Ro u t e s ® D is a l
por Denise Santos Article

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CECÍLIA BLASCO

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de e da FMU. Atualmen • Glossáriocédulas um carro, você encontrará • Perguntas e frases mais usuais.
Fale tudo carro, você encontrará neste
dático para o ensino de es- te dá portuguê moedas utilizadas
e s-francês como assistente do profes-
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diálogosReside textualizadas. Instru- dos Unidos; cardápios co- longo de 25 anos de carreira, textualizadas. português-alemão e alemão-portu
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francesa.
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ceiving!, False Friends, e co- • Dicas e informações culturais.mental em Gastronomia e consolidouInsua • Dicas e informações culturais. o
• Glossário
diálogos situacionais.
apresenta também valiosas
anos e conhece de perto as muns nos países de língua clui relação com
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temáticos. em francês em dicas e informações cultu-
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espanhol-português.
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português-italiano vre de Berlim em Literatura
de
e italiano-português. rais sobre os países de lín-
os falantes de português Fale tudo em inglês que fezedo Spazio referência
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 Nuevas Rutas
LA TRASCENDENCIA DE LA CULTURA
INVISIBLE EN EL AULA DE LENGUA
EXTRANJERA
En las últimas décadas, un gran número de publicaciones
y estudios relacionados con la enseñanza de ELE han
prestado atención a la importancia de los saberes
socioculturales y los aspectos extralingüísticos
vinculados a la comunicación.
Existe una voluntad patente por incluir en las unidades
didácticas, junto al desarrollo de las destrezas
comunicativas, el tratamiento del conocimiento
sociocultural de la lengua meta. Si bien, esta voluntad
no se debe limitar a mostrar la parte tangible de los
contenidos culturales (gastronomía, folclore, símbolos
de la identidad colectiva…) sino que hemos de reparar
en que, habitualmente, el malentendido cultural se
produce a causa de la inoperancia producida por el
desconocimiento de los códigos supralingüísticos
(adecuación conductual, estrategias pragmáticas,
lenguaje corporal…).
Debemos entender que la comunicación se basa en
la interacción entre individuos que viven en una
comunidad que, de manera ineludible, representa
3 6 | Nu eva s Ru tas ® D is a l
por David R. Sousa Fernández
una identidad cultural. Así, las “conceptualizaciones
del mundo hechas por los hablantes, y determinadas
empírica, social o culturalmente” (Escandell, 1996:
32) afectan directamente a la comunicación. Por tanto,
para descodificar correctamente los mensajes debemos
atender a las “codificaciones sociales genéricas que
funcionan en toda comunicación verbal, codificaciones
que, según toda evidencia, no corresponden a una
teorización estrictamente lingüística” (Adam, 1992:5)
Una de las teorías a la que podemos recurrir para
conceptualizar todo este corpus supralingüístico al que
nos enfrentamos cuando aprendemos una nueva lengua
es la del modelo iceberg (Brembeck, 1977 - Weaver, 1986),
que compara el conjunto de elementos socioculturales
con una gran masa de hielo en el océano. Toda cultura
presenta, por una parte, elementos visibles (literatura,
música, gastronomía, folclore…) - que conformarían
la punta del iceberg- y otros que no son perceptibles
a simple vista (organización del tiempo, nociones de
modestia, patrones discursivos…), pero que componen
un bloque que sustenta toda la estructura.
por David R. Sousa Fernández Nuevas Rutas

referencias supralingüísticas en relación a la comida

y la gastronomía que, por excelencia, se erigen como
elementos recurrentes a la hora de abordar ámbitos
culturales.
a
y la hispanoamerican
Cierto es que toda colectividad maneja LEE
La tortilla española

unos platos típicos que representan

la
La tortilla españo
de los es-
El plato preferido patatas entre
tortilla de
pañoles es la mía,
de nuestra gastrono
más de 35 platos paella, las croquetas, el

su idiosincrasia culinaria y que estas

o, la
como el gazpach es, según el Estudio Coca-
cocido o los calamar y beber en verano.
Cola: Comer
huevos. Hay una
se prepara con patatas y es, natural-
La tortilla El aceite de oliva
variedad con cebolla. añadir otros
. Además, se pueden

muestras visibles suelen estar recogidas

esencial salsa
mente, pimientos, chorizo, a Central
ingredientes, comoSe come como ración, La tortilla de Améric
mayonesa, etc. bocadillo. Se toma
como tapa, o en o fría. muy di-
Esta es una tortillapasta de maíz
caliente de
ferente. Está hechamuchas recetas mexi-
de
cocida. Es la base

en los manuales. En el caso de VENTE1

que-
los tacos y las
las enchiladas, Centroamérica.
En
canas, como
se come en toda forma de
sadillas. También la la llaman arepa, pero la
Colombia y Venezue .
cocinarla es parecida Incluso
numeros as tortillerías.
tortillas en las la calle.

destacaremos, por ejemplo, la atención que se

La gente compra comprar tortillas hechas en
se pueden con los ingredientes
la tortilla
hay que rellenar picada, etc. En
Después solo jamón, chile, carnepizza: masa de
preferidos: queso, que la
mismo sistema toma
realidad es el se rellena, se
de como soporte: Sin duda es
el mismo nombre la harina cocida

presta a la tortilla en la Unidad 7 (Ilustración I:

¿Por qué tienen s? Pues por y… ¡a comer!
con las manos tortilla
tortilla si son
tan diferente que hace a la
es decir, de disco,
redondo su sencillez lo
forma de torta, significa simplem
ente tan popular.
y plano. Tortilla
.
torta pequeña
de América Central
3. La tortilla

Vente1 - pág. 90) dedicada a la comida.

te se puede nte con…
preguntas. 2. ¿Qué ingredien está hecha normalme
Contesta a las de patatas?
añadir a la tortilla a. trigo.
de…
de patatas es típica a. Maíz. b. maíz.
1. La tortilla
Sur.
a. América del b. Carne. c. patatas.
mismo nom-
b. España. c. Cebolla. qué tienen el
y Venezuela ? 6. ¿Por
c. América Central. en Colombia bre las dos tortillas?

5. ¿Comen tortillas español.
americana? llaman arepas. a. Por su origen

Martinelli (2000: 19)

4. ¿Cómo se come la tortilla a. Sí, pero las redonda y plana.
tortillas. b. Por su forma
a. Sola. b. Sí, y las llaman muy de su inventor.
arepas, que son c. Por el nombre
b. Rellena. c. No, ahí comen
c. Mojada en
bebidas. diferentes.

Cabe destacar que, aunque en este momento

13/12/13 11:49

(90)
7ok.indd 90

Al igual que en las rutas de navegación marítima los
iceberg suponen un peligro porque sobresale del agua
solamente una pequeña parte de su volumen total
y las embarcaciones pueden dañarse con la parte
sumergida, en la travesía discursiva por aguas de una
lengua extranjera podemos “esquivar” fácilmente los
elementos perceptibles, pero desconocemos muchas de
las implicaturas conversacionales de la parte sumergida,
un verdadero obstáculo que puede generar multitud de
malentendidos comunicativos.
En los discursos se reflejan los valores,
las formas de vida, las tradiciones y
la manera de concebir el mundo que
ha aprehendido e interiorizado cada
individuo, por ello cuando alguien se
comunica en una lengua extranjera tiende
a teñir el idioma foráneo con sus propias
pautas y patrones sociales. Esto puede
producir innumerables problemas de
comunicación y malentendidos, además
de crear inseguridades y limitaciones
concreto se pone sencillamente de relieve una
parte visible del iceberg, desgrana el concepto
de tortilla española e hispanoamericano incidiendo en
la idea de que una misma lengua, al ser compartida por
cientos de millones de hablantes en diversos países, aporta
diferentes perspectivas de un mismo elemento. Destaca,
por tanto, dentro de la punta del iceberg, los contrastes
basados en las diferentes cosmovisiones, en las diversas
maneras de interpretar la realidad según la óptica a través
de la cual percibamos lo que nos rodea. Esta visión,
además de poner de relieve los elementos culturales,
refuerza el desarrollo de la competencia intercultural
y multiplica el concepto de “sensibilidad intercultural”
(Benett, 1993) que experimenta una persona expuesta a
estímulos culturales que divergen de los propios.
Si bien, este tipo de aproximación no es suficiente ya
que, como antes comentábamos, los malentendidos o
contrastes suelen producirse por la inoperancia de los
patrones culturales que afectan a las pautas de interacción
y que, habitualmente, se encuentran en la
parte no visible del iceberg cultural. Preparar una comida
y comer en un
restaurante

Lección
2
z de…
Eres capa

en el desarrollo lingüístico, porque

ESCUCHA

RANTE
45

EN UN RESTAU del camarero.

JORGE COMEel diálogo y marca la opción correcta. Después
completa la nota

el valor intrínseco de estos rasgos En el caso de VENTE1, veremos que la

lee
4. Escucha, uno, caballer
o?
¿Mesa para
Camarero: Segundos
Sí, para uno.
Jorge: sígame. Primeros
Muy bien,
Camarero:
e-

parte no visible del iceberg cultural se

… por favor? mixta o espagu o

epistemológicos puede propiciar que un

¿Tiene menú, , ensalada
Jorge: tenemos lentejas filete de ternera
Sí, de primero o: pollo asado,
Camarero: con tomate. De segund
tis .
plancha
salmón a la o,
tomar? uetis. De segund
¿Qué va a /ensalada/espag
quiero lentejas tiene?

aborda de modo holístico y que, además

Sí, de primero lmón. ¿De postre qué

mensaje intercambiado con alguien que no

Jorge:
pollo/ternera/sa tenemos melón.
caseros . También
de queso
Flan y tarta queso/el flan.
Camarero: a tarta de
Pues el melón/l sed.
Jorge: tengo mucha
¿Y para beber? botella grande,
Camarero: sin gas. Una
Agua mineral
Postres

pertenece a la misma comunidad no surta de prestarle atención en la propia unidad

Jorge:
Muy bien.
Camarero:
favor?
… cuenta, por
¿Me trae la o en
Jorge: con tarjeta o:
¿Va a pagar plat
Camarero: er
efectivo? Prim ato:

[ver, por ej. Ilustración II - Vente 1 - unidad 7

/Con tarjeta. o pl

el efecto que se pretendía.

En efectivo nd
Jorge: la cuenta. Segu INTERACTÚA
Aquí tiene
Camarero: str
e:

YA?
¿LE TOMO NOTA
Po
:
da
Bebi
un
Pago
:
s, estáis en
6. En pareja representad el

(Sousa, 2013:74) - pág. 83, en la que se plasman las conductas restaurante, el cliente y B,
diálogo. A es
el camarero.
tas por la bebida

que seguimos al comer en un restaurante,

Saludas y pregun
Eliges la bebida
COMUNICA por la comida
Preguntas
O?
¿TOMAMOS ALG
delante Eliges la comida
o CL (cliente) algo más
y escribe CA (camarero) Preguntas
si quieren
las columnas Pides la cuenta
5. Relacionafrase.
, por favor.

los modos de pago, las partes que componen

s de naranja

Por tanto, a nivel docente, no se debe descuidar en el aula

cuenta
de cada _ _ 1. Dos refresco
to. Entregas la
por favor! _ _ 2. Sí, un momen cincuenta céntimos.
_ _ a. ¡Oiga, beber? con
pongo de _ _ 3. Seis euros de patatas
.
_ _ b. ¿Qué les comer? de tortilla
¿Y algo de _ _ 4. Un pincho
_ _ c. Muy bien.
_ _ 5. Muchas
gracias. (83)
_ _ d. Aquí tienen.

de lengua extranjera el tratamiento de ninguno de los dos un menú del día…] también se interrelaciona
o es?
_ _ e. ¿Cuánt 11:48
13/12/13

segmentos del iceberg cultural. Por otra parte, desde el con las lecciones anteriores y posteriores.
83
7ok.indd

ámbito editorial, cabe realizar un esfuerzo por incluir en

los manuales no sólo los elementos culturales tangibles, Si observamos, por ejemplo, la
sino aquellos elementos invisibles que conforman nuestra Ilustración III (Vente1 - unidad
6 - pág. 78), veremos cómo se
Un día en la vida de los español
manera de comunicarnos y de desarrollar los discursos. LEE Contesta las preguntas sobre
el texto. es

Entre semana
Por la mañana, los españoles
media mañana muchos
o un pincho de tortilla.
desayunan poco. La
toman un segundo desayuno mayoría empieza a trabajar
en un bar. Unos toman
entre las 8:30 y las 9.
A
facilita al alumnado (justamente
antes de comenzar la unidad
café, otros un bocadillo

Debe, pues, reflejarse lo largo de las unidades didácticas el

La palabra mediodía
no significa las doce,
presas esta pausa es sino la
de dos horas y la mayoría hora de comer, en general a las dos. En
plato, un segundo y un de los trabajadores toman muchas em-
postre o café- en un un menú completo -un
20, ya que es frecuente restaurante cerca de primer
quedarse más tiempo su oficina. En general,
no es tan abundante en el trabajo. Se cena se sale tarde, entre las
como la comida. tarde también, entre 19 y las
las 21 y las 22 horas y
la cena

esfuerzo por imbricar los aspectos invisibles de la cultura

Durante el fin de semana
Antes de comer, muchos
acompañada de tapas,
Después de la comida,
van a «tomar el aperitivo»
pequeñas cantidades
muchos se echan la
sobre la una: la bebida
de comida. puede ser
7 dedicada a la comida) una
serie de comportamientos
de esta sana costumbre siesta. Pero ¿cuáles

meta. Veamos un ejemplo concreto de dicha práctica

de son los motivos
justo después de comer dormir un rato después de comer? En un
es cuando hace más país caluroso,
por la noche y por la calor.
mañana trabajan o estudian Además, muchos jóvenes salen
que dormir! Por fin, la y claro… ¡en algún momento
comida del mediodía hay
comer a muchos les es la más abundante
gusta descansar. así que después de
A media tarde algunos
meriendan, sobre todo

típicos relacionados con los

los niños y algunas personas

vinculado, ya desde un nivel inicial, a un manual específico.

Vida nocturna mayores.
Por la noche es muy
normal salir con amigos
Después, muchos van a cenar o «de tapeo»,
a tomar algo, salen de a
terraza cuando el tiempo copas: toman una bebida tomar unas tapas.
lo permite. en un bar o en una
¿Dónde es posible un

hábitos diarios. Se habla sobre

atasco
Respuesta: naturalmente a las dos o tres de la noche?

En este caso, nos centraremos en el manual VENTE1 -

las ciudades los fines , en España, en los centros de
de semana.
Vida al aire libre
¿Cuándo salen a la
calle los españoles?
casa? La calle es su Es mejor preguntar:
medio. ¿cuándo entran en
pasear a parques y calles, Además del aperitivo en terraza, por

niveles A1/A2- y reflejaremos, de modo somero, algunas la distribución del tiempo y la

quedan a «dar una vuelta». la tarde van a
sitio que una terraza Y por la noche, ¿qué
para tomar copas y charlar mejor
con los amigos?
1. En general los españoles
lo hacen todo ____
2. ¿A qué se llama que la gente de otros
«mediodía»? a. Las países. a. más tarde
doce en punto b. b. más temprano
3. ¿Qué costumbre Cuando el sol está c. al revés
se debe, al menos en alto c. Cuando se
parte, al calor? a. come
4. ¿Qué significa lo Las tapas b. La siesta
del atasco por la noche? c. Trabajar hasta tarde
a. La gente trabaja
hasta muy tarde. b.
c. Mucha gente sale A la gente no le gusta
por la noche. andar, van en coche
5. ¿Cuándo van los a todas partes.
españoles a las terrazas?
a. Solo por las tardes.
(78) b. Por las tardes y
por las noches. c.
Al mediodía, por las
tardes y por las noches.

6ok2.indd 78

13/12/13 11:47

Nuevas Rut as® Dis a l | 37

 Nuevas Rutas por David R. Sousa Fernández

organización de los horarios en relación a las comidas,
se citan costumbres y pautas de interacción social
vinculadas a la hostelería y, en definitiva, se esboza un
modelo de conducta social construida alrededor del bar,
del restaurante y de la terraza. De este modo, antes de
trabajar el tema de la alimentación, se anticipan los usos y
costumbres “sumergidos” culturalmente.
Además, posteriormente,
cuando se aborda el tema
de los planes y las citas
(Vente 1 - unidad 9 - pág.
103), podemos observar
que se nos muestran
patrones conductuales
para aceptar o rechazar
ofrecimientos, es decir,
nociones y habilidades
dialógicas marcadas,
entre otros elementos,
por la cortesía y la
pragmática, nuevamente desarrollados
alrededor de la mesa y la comida (Ilustración IV - Vente
1 - unidad 9 - págs. 104-105)]
En definitiva, vemos a través de este pequeño ejemplo,
como hacer hincapié en el valor del aprendizaje
intercultural de una lengua, destacando la importancia
de la cultura visible e invisible y atendiendo al concepto
global de la competencia sociocultural.
Con todo, hemos visto a lo largo de este artículo que,
para conseguir comunicarnos de manera efectiva en una
lengua extranjera, no solo debemos prestar importancia al
aprendizaje netamente lingüístico y gramatical, sino que
debemos también atender a los aspectos extralingüísticos
que envuelven toda comunicación. Un modo de tipificar
estos elementos es el modelo iceberg (Brembeck, 1977)
que nos sugiere que, además de conocer los aspectos
visibles y tangibles de la lengua meta, es crucial para
evitar problemas de comunicación dominar, entre otros
muchos elementos, los comportamientos característicos
en determinada sociedad, sus valores, la organización del
tiempo o la distribución del espacio.
Resumiendo, los aspectos de cada identidad cultural que se
reflejan en los actos de habla deben ser tratados durante el
proceso de enseñanza/aprendizaje de una lengua extranjera
y reflejados de modo holístico en los manuales.
Bibliografía
Adam, J.M. (1992). Los textos: tipos y prototipos. Relato,
descripción, argumentación, explicación, diálogo.
Paris, Nathan.
Bennett, M. (1993). “‘Towards ethnorelativism: A
developmental model of intercultural sensitivity’”.
Citado en Martinelli & Taylor (eds.) 2000 [2009].
Aprendizaje Intercultural, Catálogo de publicaciones
del Ministerio de Educación.
Brembeck, C. (1977). Sociología de la Educación. Buenos
Aires, Paidós
Escandell Vidal, M. V. 1996 [2008]. Introducción a la
pragmática, Barcelona, Ariel.
Martinelli, S. (coord.) (2000). Aprendizaje Intercultural.
Catálogo de publicaciones del Ministerio de
Educación. Editorial del Consejo de Europa.
Sousa Fernández, D. R. (2013). “El iceberg cultural en el aula
de lengua extranjera”. En Actas del V congreso
sobre la enseñanza del español en Portugal.
Catálogo general de publicaciones del Ministerio
de Educación.
Weaver. Gary R. 1986. “Understanding and coping with
cross-cultural adjustment Stress”. En R.M. Paige (Ed).
Cross-cultural orientation. New conceptualizations
and applications, Lanham MD: University Press of
America.

El autor del artículo es:

David R. Sousa Fernández. Nacido en Vigo, es licenciado en Filología Hispánica, Máster en Lengua y Sociedad de la
Información y Máster en Mediación Intercultural. Posee también 3 títulos de postgrado: Especialista universitario en
enseñanza del español como lengua extranjera; Especialista en didáctica del español de los negocios y Especialista en
el tratamiento de la literatura, el cine, el cómic y la música hispánicos para la enseñanza del ELE. Ha sido profesor en
la Escuela Superior de Educación del IPB [Bragança] y responsable académico de un centro de enseñanza de español
y centro de examen DELE en Portugal, donde ejerció como organizador y presidente de tribunal de los exámenes del
DELE. Cuenta también con experiencia como formador de profesores y, en España, trabajó como docente de ELE en el
Centro de Lenguas de la Universidad de Vigo. Actualmente es Asesor Didáctico de la Editorial Edelsa.

3 8 | Nu eva s Ru t a s ® D is a l
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 Nouvelles Routes
L’ENSEIGNEMENT À DISTANCE ET LES
ÉTUDIANTS DU XXIE SIÈCLE
À cause de l’évolution de la technologie, les étudiants
du XXIe siècle semblent parfois très différents de ceux
d’autrefois.
Beaucoup de choses ont changé ces vingt dernières
années et les enseignants qui ont commencé leurs
carrières il y a quinze ou vingt ans ont parfois l’impression
de ne plus trouver leur place dans le panorama actuel de
l’enseignement des langues étrangères.
Même s’il est difficile de s’y retrouver parmi tant des
nouveaux appareils et de changements de comportement
de nos apprenants, il est toutefois possible de s’adapter
aux nouvelles façons d’enseigner et d’apprendre en
faisant appel aux nouvelles méthodologies.
Les nouveaux enseignants trouvent leur place et leur
fonction est très important ; contrairement à ce que
l’on pourrait supposer, les anciennes méthodologies
ont un rôle très important à jouer dans la construction
des nouvelles.
40 | No u ve lle s R o u te s ® D is a l
por Luciana Canonico Cruz
Les intérêts des nouveaux étudiants
Autrefois, les étudiants faisaient leurs devoirs à l’aide
de manuels de grammaire pendant quelques heures
par semaine sans se rendre compte que la langue qu’ils
étudiaient était une matière vivante utilisée par une
société que semblait lointaine.
Je me souviens que j’avais cherché partout du matériel,
des magazines, des journaux pour connaître le
vocabulaire que l’on ne mentionne pas dans les manuels
de cours de langue.
Les étudiants du XXIe siècle sont en mesure d’être en
contact avec n’importe quelle langue du monde en
quelques secondes. Il leur suffit d’un clic pour voyager
sans avoir besoin de prendre l’avion.
Le travail a changé et les rapports aussi. Il est possible
de travailler au sein d’une entreprise ou de manière
indépendante partout dans le monde.
por Luciana Canonico Cruz
Les réunions de travail et les entretiens d’embauche
sur Skype ont révolutionné la vie professionnelle et les
rapports dans le travail. C’est pourquoi les enseignants
doivent changer leurs méthodes et leurs pratiques pour
toucher à la réalité des vrais besoins de ce siècle.
Le rôle du manuel
Le rôle du manuel est encore essentiel en salle de classe.
En revanche, il doit être adapté aux nouveaux besoins
des apprenants ainsi qu’à leur réalité. Cette adaptation
doit être basée sur une modification du lexique voire la
mise à jour de la partie interculturelle.
En outre, il est essentiel d’intégrer le manuel et le cahier
d’activités à la vie quotidienne de leur public en se posant
cette question : qu’est-ce qu’étudier une langue ? Est-ce
que cela consiste tout simplement à faire des exercices
de grammaire ou bien est-ce aussi regarder un film en
langue française, écouter de la musique et sélectionner
une autre langue sur son mobile, etc ?
Lorsque nous accepterons de modifier nos conceptions
à propos de l’apprentissage et d’accepter et encourager
d’autres activités, nos apprenants obtiendront de
meilleurs résultats.
Les étudiants passent leurs temps sur les réseaux
sociaux
Nos étudiants n’ont pas le temps d’étudier, mais ils
passent des heures sur Facebook. D’un côté, sur Facebook
ils ont l’opportunité, peut-être, d’être en contact avec
leurs amis et de faire une activité que leur semble plus
amusante, et de l’autre, le livre de grammaire ne leur
paraît pas si intéressant.
Les étudiants adultes disent constamment : « je n’ai pas
le temps » d’étudier,  « je n’ai pas le temps » de faire des
Nouvelles Routes
exercices. Naturellement, la plupart du temps, c’est
parce qu’ils choisissent d’utiliser leur temps autrement.
C’est-à-dire qu’ils préfèrent faire autre chose que de faire
des exercices dans un livre de grammaire.
Tout cela ne veut pas dire qu’il faille abolir les livres,
c’est l’approche qu’on en a qu’il faut changer. Autrement
dit, il faut concilier le livre aux activités habituelles des
étudiants. Ainsi, ils peuvent se servir des réseaux sociaux
et de leurs outils habituels en français pour vivre leur
langue étrangère pendant leurs activités quotidiennes.
Ils n’ont donc pas besoin de changer leurs habitudes, il
leur suffit de changer la langue et d’introduire peu à peu
le manuel et le cahier de l’élève au sein de leurs activités.
Les possibilités que la technologie met à notre
disposition et les changements engendrés ont joué un
rôle fondamental dans le processus d’apprentissage.
Certains enseignants disent que ces nouvelles
générations n’aiment pas l’école et ne veulent pas lire
ou étudier. En fait, les outils technologiques sont plus
attrayants que les anciennes méthodes d’enseignement.
Les adolescents lisent-ils souvent ?
Quand on pose cette question à des professeurs, la
réponse est presque toujours unanime : non, ils ne lisent
jamais. Mais sur Facebook, ils lisent toute la journée.
En réalité, ils lisent beaucoup, mais pas ce qu’il faudrait.
Il leur manque un bon matériel moderne, dans un format
qui corresponde mieux à leurs besoins.
Par conséquent, nous, professeurs, devons préparer
les cours de façon différente, en pensant à des sujets
d’actualité, en produisant des contenus du siècle
nouveau ; car les livres sont les mêmes, qu’ils soient au
format papier ou e-pub.
No uvel l es Ro ut es® Dis a l | 41
 Nouvelles Routes
On peut avoir une nouvelle littérature écrite dans un
langage correct, même si le vocabulaire est nouveau et
l’orthographe est différente.
Peut-être pourrait-on aussi adapter la littérature du XIXe
siècle pour mieux la travailler avec nos élèves et ainsi
valoriser la culture de toutes les époques de l’humanité.
Ce qu’il faudra faire, c’est adapter la méthodologie et les
outils.
Pour réussir, il faudra cesser d’affronter les nouvelles
technologies et les adapter à nos besoins en tant
qu’enseignant.
Le SMS va-t-il tuer la langue ?
Le SMS est un code comme beaucoup d’autres qui ont
existé à toutes les époques de l’humanité. Alors le
langage SMS n’est pas le véritable problème.
Il est évident que les jeunes doivent lire plus souvent des
livres et doivent plus écrire en langage standard, mais
pour cela, il faudra leur présenter une meilleure façon
de le faire, des sujets nouveaux, en leur permettant
d’intégrer leurs outils modernes tels que la tablette dans
la salle de classe.
D’ailleurs, il est important d’évoquer des sujets actuels
qui correspondent aux situations avec lesquelles ils
seront confrontés à l’avenir, telles que rédiger leur CV,
écrire un e-mail formel et informel, réserver une chambre
d’hôtel, etc.
Technologie, méthode et enseignement à distance
Utiliser la technologie en classe ne veut pas dire
l’absence totale de méthodologie ; bien au contraire, il
faut une nouvelle méthode qui puisse gérer de manière
correcte les nouvelles informations et introduire les
études formelles dans la vie de nos adolescents et de
nos enfants.
Effectivement, la technologie n’est qu’un outil dans la
salle de classe dont il faut savoir se servir pour atteindre
le but de l’apprentissage, puisque la méthodologie est le
principal outil du professeur.
C’est ainsi que se déroule aussi l’enseignement à
L'auteur:
Enseignante FLE depuis 1998 (Aliança Francesa et Senac) , a suivi le cours supérieur de français (Nancy 2005-2006) et
possède le certificat Dalf C2. Elle s'est especialisée en cours à distance à l'issue de sa formation en informatique en
2007 (unisul). Au présent, Luciana suit le Mastère en langue portugaise (universidade metodista).
42 | No u ve lle s R o u te s ® D is a l
por Luciana Canonico Cruz
distance. Un enseignement qui dans le passé était vu
comme une autre issue ou un moyen d’étudier pour ceux
qui ne pouvaient pas suivre des cours dits « normaux » ;
il est vu souvent comme un enseignement de moindre
qualité.
Actuellement, les chercheurs dans ce domaine confirment
de plus en plus que l’enseignement en ligne (la modalité la
plus usitée actuellement pour l’enseignement à distance)
a une qualité équivalente à l’enseignement présentiel,
étant donné que les outils ne sont pas en rapport direct
avec la qualité la plupart du temps.
Les traductions automatiques vont-elles remplacer les
professeurs ?
À toutes les époques, les gens ont toujours eu peur de
l’avenir et se sont souvent posé ce genre de questions.
Les professeurs ne sont pas les seuls à avoir ces craintes.
Autrefois, les architectes et projeteurs de machines
industrielles, de même que d’autres professionnels,
pensaient que les logiciels servant à faire des projets
et des plans de maisons allaient faire disparaître
leur métier.
L’être humain a toujours craint la technologie et il est
facile de s’en rendre compte quand on voit les films
futuristes où les robots tuent toujours des êtres humains
ou les réduisent en esclavage.
Malgré leurs craintes, ces professionnels se servent
aujourd’hui très bien de ces logiciels pour travailler plus
efficacement et rapidement ; ils se demandent d’ailleurs
souvent comment ils ont pu travailler si longtemps sans
ces outils.
Le métier de professeur ne disparaîtra jamais, car cette
technologie nous apporte une grande aide.
Les traductions automatiques peuvent être utiles, mais
il faut être prudent. On peut parfois travailler avec des
mots isolés, ou faire des recherches, mais seulement
dans la salle de classe, car elles ne remplacent jamais
les professeurs ou les traducteurs. Il leur est impossible
de raisonner comme un être humain, car le langage de
même que la décision d’employer un terme ou un autre
dépendent du sentiment et des capacités émotionnelles
dont seuls les humains sont dotés.
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Las perífrasis verbales permiten dar la expresividad e intención apropiada a las frases en cada
contexto. Este libro está destinado a estudiantes de niveles B y C.
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útiles para valorar el nivel de aprendizaje y de los conocimientos adquiridos.

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04 | New Ro u t e s ® D is a l
 Activities

ORDER OF ADJECTIVES
7. My husband is________________________ man.
A ordem dos adjetivos é algo bastante importante em inglês. a big, dark-haired
Uma ordem fora do usual dá à frase um tom “estranho” a dark-haired, big
facilmente percebido por nativos do idioma.
8. I love __________________________Spanish wine.
A tabela a seguir resume a ordem em que adjetivos em série fine, old
devem ser colocados. É pouco comum o uso de mais de três old, fine
ou quatro adjetivos para um substantivo. A longa frase foi
construída apenas para exemplificar. 9. The _____________________dog slept under the couch.
black, old, big
big, old, black
ADJECTIVE MASTER CHART
10. We saw a nice round ________________________house.
brick old white
ADJECTIVE1 EXAMPLE SENTENCE old white brick
1. articles, possessives, demonstratives the, a, this, my,… The
11. We gave him __________________________clock.
2. ordinal number first, second… first
a wonderful old Italian
3. quantity one, much, some… two an old wonderful Italian
4. opinion, description good, bad,… good
5. size, height, length big, small… big 12. Archeologists have found ______________animal bones.
6. age, temperature old, hot… old large, prehistoric
prehistoric, large
7. shape round, square… square
8. color blue, brown… brown 13. Give me the_____________________ box.
9. participle known, amazing… known big square blue
10. origin, location Asian, Chinese… Chinese square big blue
11. material rock, wooden… stone
14. He prefers _____________________leather furniture.
12. purpose sleeping, frying… religious
Italian, black
noun man, house… buildings black, Italian

1. Artigos, possessivos, demonstrativos e quantitativos também 15. I have _____________________brothers.

recebem a denominação de determiners. Adjetivos descritivos e three little
advérbios também recebem a denominação de modifiers.
little three

CHECK THE CORRECT ADJECTIVE ORDER. Check the correct adjective order.
15. three little
14. black, Italian
1. There are_________________ houses in our street. 13. big square blue
three empty 12. large, prehistoric
empty three 11. a wonderful old Italian
10. old, white, brick
9. big, old, black
2. She lives in _________________Victorian cottage. 8. fine, old
a pretty, old 7. a big, dark-haired
an old, pretty 6. fresh British
5. an expensive big
4. an interesting, old
3. She wants to become___________________ star. 3. an international singing
a singing international 2. a pretty, old
an international singing 1. three empty

4. Her neighbor is ___________________ Dutch man

an old, interesting
an interesting, old

5. He drives __________________German car.

a big, expensive
an expensive, big

6. We use _____________________ ingredients.

fresh British
British fresh

New Ro ut es® Dis a l | 45

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15/05 15h45 às 17h15 Cultura Inglesa - Focus on... YOU! (the teacher) Carina Galo Febrônio Alves
22/05 14h00 às 15h30 Cultura Inglesa - Practice: Meaningful or Painful? José Carlos Diogo
22/05 15h45 às 17h15 Cultura Inglesa - Teaching with songs Karina Nazzari
29/05 14h00 às 15h30 Tripppin - Teaching Online to all levels: Private x Groups Mauricio Buchler
29/05 15h45 às 17h15 Cambridge - Empower your students with a learner-centered approach Luiz Rose
12/06 14h00 às 15h30 Cultura Inglesa - Bridging the gap: promoting cultural awareness in Marcela Cintra
the classroom
12/06 15h45 às 17h15 Cultura Inglesa - Outside the box: helping learners develop critical Andréia Zakime
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26/06 15h45 às 17h15 Cultura Inglesa - Level it up: how to add challenge to your lessons Catarina Pontes
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What do studies in the language teaching field have to say to us?
03/07 15h45 às 17h15 Disal Editora - Motivating learners and activities to achieve this Bjarne Z A Vonsild
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10/07 15h45 às 17h15 Caltabiano - Teaching Advanced Learners Higor Cavalcante
24/07 14h00 às 15h30 Actus Idiomas - How to work with multilevel classes Juliana dos Santos
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