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DISSERTAÇÃO: POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PNRS)

Nome: Antonio Vilas Boas Quintiliano Junior

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), lei 12305/2010, foi criada com a
intenção de melhorar o ciclo de produção e consumo, com a reutilização e disposição
adequada dos resíduos sólidos. Esta lei atribui responsabilidades a todos que estão envolvidos
com a geração de materiais ou serviços que possam gerar resíduos, englobando desde os
fornecedores até os consumidores finais e até mesmo aqueles que não se enquadram nessa
faixa, mas que possam gerar algum rejeito.
Para cumprir o objetivo estabelecido por essa lei, deve-se aproveitar ao máximo os
resíduos e diminuir a quantidade de rejeitos adotando a seguinte ordem de prioridade: não
geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento de resíduos sólidos e disposição final
ambientalmente correta dos rejeitos.
Com exceção dos nucleares e aqueles que possuem suas próprias leis, a PNRS trata
dos resíduos perigosos e não perigosos, urbanos, domiciliares, decorrentes de limpeza urbana,
de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, dos serviços públicos de
saneamento básico, industriais, de serviço da saúde, da construção, agrossilvopastoris, de
serviços de transporte e de mineração.
Esta lei foi baseada nas políticas adotadas na Europa e nos Estados Unidos da
América. No primeiro caso o poluidor é responsabilizado principalmente por meio da
obrigação acrescentada ao produtor. Neste caso, ao produzir-se deve pensar no destino do
produto ao final de sua vida útil, impulsionando à produção e comercialização de produtos
que gerem o mínimo de resíduos que precisarão de uma destinação final. Já no segundo, a
maior responsabilidade é concedida ao consumidor final, adotando a idéia do poluidor-
pagador, valorizando, especialmente o conceito do ciclo integral do produto.
Por ser uma lei baseada em países que são referência no assunto, ela é completa e se
bem aplicada resolve a maior parte dos problemas ambientais, especialmente os urbanos; além
do fato de que uma análise de custo-benefício mostraria que os gastos com coleta seletiva e
disposição adequada são menores do que os custos diretos, indiretos e custos de oportunidade.
No entanto, por abordar vários assuntos, a lei não estabelece prioridades, atribuindo uma
responsabilidade generalizada, deixando para o executivo regulamentar; além do fato de
ignorar a possibilidade de utilizar instrumentos econômicos utilizados nos países
desenvolvidos na temática dos resíduos sólidos.

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