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DEMad OT Fluidos PDF
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FLUIDOS - Propriedades
Características de um fluido
Gases e liquídos podem ambos ser considerados fluidos. Há certas características partilhadas por todos os
Resistência ao corte – liquídos e gases não resistem ao corte e deformam-se continuamente para
Forma e Volume – como consequência do ponto anterior, liquídos e gases tomam as formas dos seus
recipietes; só os liquídos têm superfícies livres; os liquídos têm volume fixo relativo ao do seu
recipiente, e estes volumes não são afectados significativamente pela temperatura e pressão; os gases
tomam os volumes dos seus recipientes; se lhe permitirem o volume do gás muda com a variação da
temperatura e da pressão;
velocidade, mas a resistência para quando o movimento do liquído para; os gases tem viscosidade
muito baixa;
Espaço molecular – as moléculas dos liquídos estão muito proximas e estão ligadas entre si com
forças deatracção elevadas; elas têm baixa energia cinética; a distância percorrida por uma molécula
de água entre colisões é pequena; nos gases, asmoléculas estão relativamente afastadaseasforças
atractivas são fracas; a energia cinética das moléculas é elevada; as moléculas de um gás percorrem
Pressão – a pressão num ponto de um fluido é a mesma em todas as direcções; a pressão exercida
por um fluídos numa superfície sólida (p.ex. paredde de um recipiente) é sempre normal aquela
superfície.
IDEAIS – não têm viscosidade, ou seja,não resistem ao corte, são incompressíveis e tem distribuições
de velocidade uniforme quando fluem; não existe fricção entre camadas que se movimentam no fluido,
experimentam fricção e turbulência ao fluirem. Os reais ainda podem dividir-se em fluidos Newtonianos
e fluidos não-Newtonianos.
Por conveniência, a maioria dos problemas com fluidos assumem fluidos reais com propriedades Newtonianas.
VISCOSIDADE de um fluido
É a medida da resistência do fluido à fluência quando sobre ele actua uma força exterior como por
A maioria dos liquidos viscosos fluem facilmente quando as suas temperaturas aumentam; o
comportamento de um fluido quando varia a temperatura, pressão ou tensão depende do tipo de fluido:
F dv dv
=µ ou τ = µ Lei de Newton da Viscosidade (1)
A dy dy
F
, τ - tensão de corte do fluido
A
dv
- taxa de deformação, taxa de corte, gradiente de velocidade, taxa de deformação em corte
dy
... mas nem todos os fluidos são newtonianos; exemplos fluidos newtonianos – gases, água, álcool,
benzeno,etc.; todos os liquidos com uma forma quimica simples são newtonianos; nestes fluidos a
fluidos Bingham ou plásticos – pasta de dentes, geleias, etc. – são capazes de resistir
se torna maior;
velocidade.
A viscosidade pode mudar com o tempo (todas as outras condições ficam constantes);
A coesão molecular é a causa dominante da viscosidade nos liquídos; à medida que a temperatura de um
liquído aumenta, estas forças coesivas diminuem, resultando uma diminuição da viscosidade;
Nos gases, a causa dominante são as colisões aleatórias entre as moléculas do gás; esta agitação
molecular aumenta com a temperatura; assim a viscosidade dos gases aumenta com a temperatura;
Apesar da viscosidade dos liquidos aumentar ligeiramente com a pressão, o aumento é insignificante
num intervalo de pressões considerável; assim, a viscosidade absoluta dos gases e liquídos é usualmente
dimensões primárias Fθ ou M
L2 Lθ
Viscosidade Cinemática - υ - é o nome dado a uma combinação de variáveis que ocorre frequentemente
µ
υ=
ρ (2)
2
dimensões primárias L
θ
- a pressão média é calculada dividindo-se a força normal, que age contra uma superfície plana pela área desta;
- a pressão num ponto é o limite da relação entre a força normal e a área quando fazemos a área tender para
Equação fundamental da estática dos fluidos; variação da pressão num fluido em repouso; num fluido em
A lei da variação de pressão num fluido em repouso (na forma de componentes) é dada por
∂p ∂p ∂p
=0 = − ρg =0 (3)
∂x ∂z ∂y
As derivadas parciais, que dão a variação nas direcções horizontais, são uma forma da lei de Pascal que afirma
ser a mesma a pressão em dois pontos no mesmo nível de uma massa contínua de um fluido em repouso (os
∂p = − ρg∂z (4)
Esta equação diferencial simples relaciona a variação de pressão com o peso específico ( ρg ) e a variação
decota, sendo válida tanto para fluidos compressíveis como para incompressíveis.
Para fluidos que possam ser considerados homogéneos e incompressíveis, ρg é constante e a equação 4
p = ρgh (5)
na qual h é medido verticalmente para baixo (h=-z) a partir da superfícies livre de um liquído e p é o aumento
1. Começar numa extremidade (ou em qualquer menisco se o circuito for contínuo) e escrever a pressão do
local numa unidade apropriada (Pa, p.ex.) ou indicá-la por um símbolo apropriado se a mesma fôr
incógnita;
2. Somar à mesma a variação de pressão, na mesma unidade, de um menisco até ao próximo (com sinal
positivo se estiver mais baixo e negativo se estiver mais alto) – usando Pascals a pressão será o produto
3. Continuar desta forma até alcançar a outra extremidade do manómetro (ou o menisco inicial) e igualar a
Para um manómetro simples, a expressão irá conter uma incógnita ou, no caso de um manómetro
onde z0, z1,..., zn-1, zn são as cotas de cada menisco em unidades de comprimento e ρ 0 g , ρ1 g ,..., ρ n−1 g são os
A expressão fornece a resposta em unidades de força por área, que pode ser convertida para outras unidades
PRESSÂO HIDROSTÀTICA
É a pressão exercida por um fluido no objecto submergido ou numa parede de um recipiente; é igual à força
A pressão hidrostática num fluido estacionário e incompressível comporta-se de acordo com as seguintes
É apenas função da profundidade vertical (e da densidade); a pressão será a mesma em dois pontos à
mesma profundidade;
a pressão num ponto tem a mesma intensidade em qualquer direcção (lei de Pascal); a pressão é uma
quantidade escalar;
A distribuição das forças resultantes da acção do fluido, numa superfície de área finita, pode ser substituida por
uma força resultante conveniente; pode determinar-se a intensidade e a linha de acção (centro de pressões) da
força resultante por integração, por fórmula e pelo conceito de prisma das pressões.
Superfícies Horizontais
Uma superfície plana horizontal, mergulhada num fluido em repouso, estará sujeita a uma pressão constante em
Linha de acção da resultante – ponto da área onde é nulo o momento das forças distribuidas em relação a um
eixo qualquer que passa por este ponto; numa superfície horizontal sujeita à pressão estática de um fluido, a
Superfícies Inclinadas
Considerando uma superfície plana com inclinação θ em relação à horizontal, podemos dizer que a intensidade
da força que age de um lado de uma superfície submersa num líquido é igual ao produto da área da superfície
pela pressão que actua no seu centro de gravidade; deve notar-se que não é necessária a existência de uma
superfície livre e que pode ser utilizado qualquer meio para determinar a pressão no centro de gravidade; se pG
com y a distância no eixo da inclinação do ponto 0 até ao centro de gravidade da superfície e h a distância
O centro de pressões é o ponto (de coordenadas xp, yp) por onde passa a linha de acção da força resultante; ao
contrário das superfícies horizontais, o centro das pressões de uma superfície inclinada não coincidirá com o
Outro método: a força F exercida por um liquido numa área plana A é igual ao produto do peso específico ρg
F = ρghcg A (9)
Note que o produto do peso específico e a profundidade do centro de gravidade da área corresponde à
A linha de acção da força passa através do centro de pressão, que pode ser localizada através da fórmula:
I cg
ycp = ycg (10)
ycg A
com Icg o momento de inércia da área no seu centro de gravidade; as distâncias y são medidas ao longo de um
plano localizado na intersecção do plano da área e a superfícies do líquido, ambos extendidos se necessário.