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Problemas 2013
1 depfisast@fcup, 2012/2013
Tópicos de Fı́sica Moderna e Astrofı́sica
Folha I - Escalas. Sistemas de Unidades.
I-1. Defina a unidade de massa atómica e calcule o seu valor em unidades SI.
I-3. Um protão move-se com uma velocidade de 0.95c. Calcule (expressas em MeV):
I-4. Uma partı́cula α e um eletrão movem-se ambos com a energia de 6 MeV. Determine
nos dois casos:
(b) o erro cometido na alı́nea anterior quando se usam expressões newtonianas para o
cálculo daquelas grandezas. Retire conclusões.
I-5.
(b) Um protão com a energia 5mp c2 colide com outro protão, em repouso. Após uma colisão
elástica os dois protões afastam-se simetricamente em relação à direção de incidência,
de um ângulo θ. Mostre que
1
cos θ =
1 + 4mp c2 /Ec2
e determine o valor de θ.
I-6.
A constante de Boltzmann vale 1.38 × 10−23 J K−1 .
I-8.
T 2 = r3
(c) Mostre que a generalização do resultado da alı́nea anterior para um corpo orbitando
outro de massa M , conduz à relação:
M 2
T = r3
M⊙
(d) O Sol está à distância de 30 000 anos-luz do centro da nossa galáxia; move-se com a
velocidade de 300 km/s demorando 200 × 106 anos a completar uma órbita. Use esta
informação e as leis de Kepler para determinar a massa de uma galáxia tı́pica (supondo
que a nossa galáxia é tı́pica!). Elenque as aproximações que efetuou para resolver o
problema.
Informação adicional
II-1. Radiação electromagnética emitida pelo Sol incide sobre a superfı́cie da Terra à taxa
de 1, 4 × 103 W m−2 .
(a) Faça um cálculo aproximado do número de fotões provenientes do Sol que chegam à
Terra por m2 e por segundo, admitindo que todos esses fotões têm comprimento de
onda igual a 4, 83×10−7 m. Por que razão não é detectável directamente a quantificação
da energia electromagnética?
(c) Calcule a quantidade de energia, proveniente da radiação solar, que atinge a superfı́cie
de Marte por m2 e por segundo.
(Dist.T − S = 1, 495 × 1011 m, RS = 6, 96 × 108 m, RT = 6, 37 × 106 m, RM =
3, 37 × 106 m, distM −S = 2, 78 × 1011 m)
(a) Qual o comprimento de onda predominante na radiação emitida pela estrela? Em que
zona do espectro se situa? Explique por que razão a estrela parece azul.
(b) A temperatura à superfı́cie do Sol é 5800 K e a potência total emitida pelo Sol é
3, 86 × 1026 W. Admitindo que a potência total emitida pela estrela é 105 vezes esse
valor, determine a razão entre o raio da estrela e o raio do Sol.
(c) O quociente das luminosidades totais é realmente o mesmo que o das luminosidades no
visı́vel? Explique.
hc
[lei de Wien λ kB T ≃ 5]
II-3. A fórmula de Planck para a densidade de energia por intervalo de frequência do corpo
negro é
8πhν 3 1
uν = .
c3 ehν/kB T − 1
II-1. Os potenciais de paragem dos fotoelectrões emitidos por uma superfı́cie metálica
quando esta é iluminada por radiação electromagnética de diferentes comprimentos de
onda, são:
(b) Determine a partir do gráfico a frequência limiar, o trabalho de extracção e razão h/e.
(c) Nas questões anteriores usou-se um tratamento não relativista do efeito fotoeléctrico.
Justifique a validade do procedimento.
i i
Ia(ν)
Ia>Ib
Ib(ν)
I V0 V
III-4. A energia cinética máxima dos fotoeletrões emitidos quando luz ultravioleta de
comprimento de onda 400 nm incide numa certa superfı́cie metálica é 1,10 eV. Se a
radiação emitida por um laser de potência 0,5 W, de comprimento de onda 4800 Å
incidir na superfı́cie anterior, qual é a corrente de saturação?
III-5. Mostra-se que na difusão de Compton a variação do comprimento de onda da
radiação é dada por:
∆λ = λC (1 − cos θ)
onde λC é o comprimento de onda de Compton do eletrão.
(b) Mostre que a razão entre a energia cinética do electrão de recuo e a energia do fotão
incidente é dada por:
T 2α sin2 (θ/2)
= ,
E0 1 + 2α sin2 (θ/2)
onde α = E0 /me c2 .
(c) Mostre que o ângulo que a direção de movimento do fotão difundido faz com a direção
de movimento do fotão incidente satisfaz à equação
θ h
cot = 1 + tan φ.
2 λ 0 me c
III-7. A energia de um fotão, após ter sofrido uma difusão de Compton por um eletrão
(que pode ser suposto em repouso) de 60o , é metade da sua energia inicial. Calcule a
energia inicial do eletrão, e situe a frequência do fotão no espetro eletromagnético.
Tópicos de Fı́sica Moderna e Astrofı́sica
Folha IV - Perı́odo de transição - parte III
IV-1.
Determine a energia limiar de produção de um par eletrão-positrão, na presença de
um núcleo e na presença de um eletrão.
IV-2.
Na vizinhança de um núcleo em repouso, um fotão dá origem a um par eletrão-positrão.
O positrão fica em repouso (no referencial do núcleo) e o eletrão segue na direção inicial
do fotão com a energia de 1 MeV.
(b) Determine a fração do momento inicial do fotão que é transferida para o núcleo.
IV-3.
(a) Explique o modo de produção de raios X. Mostre que existe um comprimento de onda
mı́nimo para o raios X. Este comprimento mı́nimo é um efeito quântico?
(b) Calcule a energia máxima e o comprimento de onda mı́nimo dos fotões produzidos num
tubo de RX que opera a 100 kV.
1 2Ze2
d=
4πε T
Faça uma aplicação numérica para o caso do ouro (Z = 79) e a energia cinética das
partı́culas α 5,30 MeV.
(b) Calcule a fração de partı́culas α, com a energia considerada na alı́nea anterior, que
é difundida segundo ângulos superiores a 90o por uma folha de ouro (ρ=19,3 g/cm3 ,
M=197 g/mole) com a espessura 0,21 µm.
V-3.
(a) O átomo de Rutherford não tem um tamanho caracterı́stico. Usando análise dimen-
sional, verifique que não é possı́vel construir um comprimento com base apenas nas
constantes me e e.
V-4. Um eletrão no estado fundamental do átomo de hidrogénio tem energia E=-13,6 eV.
Determine:
(b) a energia potencial do par eletrão-protão e a força que actua sobre o eletrão.
(d) O eletrão no seu movimento circular é equivalente a uma corrente elétrica. Calcule a
sua intensidade. Mostre que o momento magnético devido ao movimento orbital do
eletrão, é dado por:
µB~l
µ
~= .
~
Estime o seu valor para a situação apresentada.
(e) Calcule o campo magnético criado pelo eletrão no ponto onde se encontra o protão.
V-5. Expresse as energias dos estados estacionários e o raio de de Bohr à custa da constante
de estrutura fina e de outras constantes fundamentais.
V-6. Calcule a frequência da radiação emitida quando o eletrão transita do nı́vel n + 1
para o nı́vel n átomo de H. Verifique que para n ≫ 1 a frequência da radiação emitida
coincide com a frequência do movimento do eletrão na órbita de raio Rn −− o resultado
clássico!
V-7. As frequências das riscas espectrais emitidas por um gás de um dado ião hidrogenóide
(número atómico Z) são dadas, no modelo de Bohr, por:
1 1
ν = 2, 96 × 1016 − s−1
n21 n22
(b) Faça um diagrama das energias dos três nı́veis de energia com menor energia e calcule
a frequência da risca emitida na transição entre o primeiro estado excitado e o estado
fundamental.
V-8. O muão (µ) é um leptão (partı́cula fundamental), que forma com o protão um átomo,
semelhante ao átomo de hidrogénio - o átomo muónico. A carga elétrica do (µ) é igual
à carga elétrica do eletrão e a sua massa em repouso é cerca de 207 vezes a do eletrão.
(b) Explique os diferentes valores dos comprimentos de onda correspondentes às transições
ni = 1 para nf = 2 observados.
V-10.
(a) Derive a expressão para a frequência das riscas espectrais no átomo de H, considerando
um núcleo de massa M e obtenha a constante de Rydberg considerando este efeito.
(b) Esta correção permite detetar a presença de isótopos. Calcule a separação entre os
comprimentos de onda correspondentes à transição entre um mesmo par de nı́veis no
caso do 1 H e no caso do deutério (2 H).