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Resumo
Devido a competitividade mercadológica da construção civil nos dias atuais, ficou evidente a
necessidade da otimização de processos na construção em busca de um controle mais eficaz
na engenharia de custos e de empreendimentos imobiliários. Em uma época onde se percebe
que a redução na produção de residuos, capacitação profissional e industrialização de
processos, tomaram espaço no canteiro de obras brasileiro, metodologias empíricas
empregadas por mestres de obra foram sendo substituídas gradativamente por técnicas de
controle de insumos e planejamentos das etapas, desde o desenvolvimento de projeto de uma
edificação até a entrega das suas chaves. Nos últimos anos cada vez mais empresas que
atuam no mercado da construção, vêm investindo em recursos que otimizem processos, se
demonstrando através de domínio de técnicas, métodos e instrumentos para conhecer
deficiências e providenciar a tomada de decisões em casos onde a produtividade e os
métodos aplicados podem comprometer o custo e o prazo de uma obra. Evidende que essa
ferramenta de gerenciamento é um sistema essencial na sobrevivencia de uma empresa ou na
potencialização de seus resultados. Assim sendo, a iniciativa, incentivo e conscientização dos
corpos técnicos e de produção, o seu envolvimento e interesse na criação e desenvolvimento
da ferramenta, tem uma significância fundamental em sua implantação.
1. Introdução
O desenvolvimento sustentável está em foco no mundo moderno, devido à crescente
preocupação mundial no descarte de resíduos e aquecimento global. A sustentabilidade é
analisada essencialmente através de três aspectos, econômico, social e ambiental, esta questão
abraça todos os aspectos da construção civil, devido aos seus impactos econômicos e sociais,
e na alteração de paisagística que se inclui diretamente no quesito ambiental.
Devido ao seu alto grau de envolvimento com as questões de sustentabilidade, a construção é
um dos principais setores econômicos que podem vir a contribuir com o mundo, mas isso
somente é possível a partir de técnicas evoluídas de gerência. Este setor é um dos principais
consumidores de recursos naturais e industrializados e também um grande gerador de resíduos
devido a demolições, ao longo do ciclo de vida de grandes centros econômicos. A construção
civil de fato deve ser reestudada para o desenvolvimento de projetos e construções que visem
características sustentáveis, desde sua construção até sua operação.
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O Brasil cada vez mais se adapta a novas tendências, que foram significativas nos últimos
anos, essa evolução também se deve ao aumento da competitividade no setor, com o
surgimento de novas construtoras e incorporadoras que impuseram uma redução as margens
de lucro frente as outras empresas que já eram consolidadas no mercado.
Para entender melhor essa ferramenta gestora capaz de controlar custos e planejar atividades,
deve se pensar como um conjunto de atividades complexas capazes de desenvolver esforços
no sentido de estabelecer, planos e sistemas que permitam viabilizar a conclusão do
empreendimento.
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Situações adversas como clima, ou até mesmo paralisações de obra, podem ser corrigidas ao
longo da execução do empreendimento, cabendo ao gestor administrar os riscos e custos
envolvidos para o emprego de novos equipamentos ou redimensionamento de equipe para
restabelecer o eixo fixado no inicio do projeto para a conclusão do mesmo. É importante
ressaltar que na construção civil, grande parte das etapas são subsequentes de outra formanto
um sistema inter-relacionado, um atraso que venha ser causado por uma determinada falha,
pode ser acumulativo ao decorrer das etapas, se um planejamento corretivo adequado não for
realizado, comprometendo estudos de viabilidade e podendo resultar na inviabilização do
projeto.
Cukierman e Dinsmore em 1981, enfatizaram a idéia que na gerência de projetos deve-se
manipular um conjunto de muitas variáveis físicas e humanas, objetivando maximizar os
resultados desejados, minimizando o tempo e a utilização de recursos, com níveis aceitáveis
de risco e qualidade. Portando, para que se consiga o desempenho desejado desde a
concepção do projeto, o planejamento deverá prever seus caminhos críticos e seus pontos de
restrição, para que seus riscos possam ser administrados de forma adequada.
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A grande significância do planejamento da construção civil, parte da sua influência nos custos
empregados ao longo da execução da obra, onde as fases iniciais do projeto devem
contemplar todos os aspectos resolutivos para o inicio, conclusão e operação da edificação.
Desta forma, é visto que o maior esforço, seja físico ou financeiro devem ser dedicados a essa
fase de planejamento e estudos preliminares, pois o desvio deste planejamento inicial pode
acarretar em falhas que podem ser corrigidas ou não posteriormente sem causar um impacto
significativo no planejamento inicial.
A construção civil, por ser tão abrangente, em tipologias construtivas como em métodos o
planejamento pode ser subdividido em categorias, cada uma delas com suas particularidades.
Segundo Gonzáles no ano de 2008, de forma geral, os planejamentos de obras civis são
subdivididos em três categorias principais:
O nível de planejamento a longo prazo, consiste em um baixo grau de detalhamento se
considerado as grandes definições, como o emprego de mão de obra própria ou terceirizada,
nível de mecanização, organização do canteiro de obra, prazo de entrega, forma de
contratação (preço de custo ou empreitada) e relacionamento com o cliente. O plano inicial
apresenta um pequeno nível de detalhamento, em geral indicando macroitens, tais como
fundações, estrutura, alvenaria e assim por diante. Em uma obra de dois a três anos, o plano
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da obra é definido em semestres, por exemplo. Esse nível é utilizado para a compreensão da
obra e tomada de decisões de nível organizacional (gerência da empresa).
No nível de planejamento de médio prazo, trabalha-se com atividades ou serviços a serem
executados nos 4 a 6 meses seguintes. Nesse nível de planejamento a atenção está voltada
para a remoção de empecilhos à produção, através da identificação com antecedência da
necessidade de compra de materiais ou contratação de empreiteiros (“lookahead planning”).
O planejamento a curto prazo, visa à execução propriamente dita. Esse planejamento
desenvolve uma programação para um horizonte de 4 a 6 semanas, detalhando as atividades a
serem executadas. Nesse caso, existe a garantia do fornecimento de materiais e mão de obra,
bem como o conhecimento do ritmo normal da obra, adotando a idéia de produção protegida
contra os efeitos da incerteza (“shielding production”), ou seja, as atividades programadas têm
grande chance de ocorrerem. É comum medir a qualidade desse plano através da medição do
Percentual de Planos Concluídos (PPC), com a identificação das causas das falhas, desta
forma o planejamento das próximas atividades poderá ser aprimorado.
Tendo em mente as noções primárias para se iniciar a definição de contexto do projeto, alguns
tópicos devem ser considerados. Segundo Tardelli no ano de 2004, a identificação de fatores
que devem ser considerados no planejamento executivo de um projeto, além da sua tipologia,
deve ser a definição de metas e identificação dos fatores críticos para a resolutividade com
sucesso do mesmo.
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- Desenvolvimento de Produto
- Construção
- Manutenção
- Lançamento de Novos Produtos
- Tecnologia de Informação
- Projetos de Reengenharia
- Outros
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Idealização e Criação
Estudo de Viabilidade
Definição de Requisitos
Design
Execução
Encerramento
Pela visão de Tardelli, ao final de cada fase é caracterizado pela conclusão de um ou mais
produtos ou serviços (“deliverables”), tal como o telhado de uma residência, um documento
de especificações técnicas de um equipamento ou relatório dos resultados dos testes de um
“software” que está sendo desenvolvido. É no final de cada fase, na verificação e conteúdo
dos deliverables que foram produzidos, na análise do desempenho da execução e no
julgamento das possibilidades de se terminar o projeto com sucesso, que se toma à decisão de
dar continuidade ao projeto. Esta é uma decisão da equipe de projeto, mas o processo é
conduzido pelo gerente do projeto. Quando a opção do gerente é pela continuação, é
providenciado um melhor detalhamento da fase subsequente.
Franco em 1991, atestou que a etapa de concepção é de fundamental importância, visto a falta
de padronização em soluções construtivas. As soluções em sua maioria se submetem a cultura
e a economia local do projeto a ser executado, além do perfil da empresa que a executará. O
autor reforça que o falta de compreensão a essas condicionantes poderá acarretar além dos
erros de concepção, um provável insucesso no lançamento do produto.
Após a concepção, detalhamento de etapas, e seu posterior estudo de viabilidade, se faz
necessário o início dos projetos ou estudos preliminares, é nessa etapa que arquitetos e
engenheiros iniciam o desenvolvimento dos projetos em forma de esboço, onde a essência do
projeto é criada, desenvolvida e definida.
Esta etapa é definida como “design”, onde todo os estudos anteriores são concebidos em
forma de um esboço de produto final, que ainda será desenvolvido de forma executiva e
posteriormente contabilizado.
Para Tardelli, é um pouco antes do encerramento desta etapa que o gerente do projeto amplia
o Plano de Ação que começou na fase anterior (sequência de atividades, designação de
pessoas e estimativa de custos). Ao final, em uma reunião com a presença de usuários,
designers e outros interessados, o gerente de projeto apresenta o design global e o Plano de
Ação do Projeto. Caso seja aprovado, passa-se à execução.
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A conceito principal do termo projeto, é um conjunto de metas que seguem para um propósito
definido, devido a esses critérios, algumas etapas devem ser cumpridas de maneira ordenada e
sequencial, devido a dependência da conclusão de uma etapa para o prosseguimento de uma
seguinte.
No caso da construção civil, desde a etapa de desenvolvimento dos projetos básicos e
executivos de um empreendimento, metas sequenciais como o desenvolvimento de um projeto
arquitetônico e posterior desenvolvimento dos projetos estruturais e complementares, se faz
necessário o atendimento de todos os requisitos de cada etapa, antes de avançar para a
próxima. Uma mudança no projeto de arquitetura posterior ao início dos projetos estruturais e
complementares pode comprometer suas metas de custo e prazo inicialmente estabelecidas
em uma viabilidade financeira.
No caso de uma execução de obra, por exemplo, a sistemática é um pouco diferente, pois o
atraso na execução de certas atividades podem acarretar em um atraso em cadeia nas demais
subsequentes, um atraso no lançamento estrutural, pode afetar diretamente as etapas de
vedação vertical.
Na construção civil, o exercicio de atividades repetitivas, principalmente em obras verticais
ou condomínios onde exista grande repetição da tipologia de edificação, como observados nas
obras do Minha Casa Minha Vida do Governo Federal, o aprimoramento de metas, com o uso
de novos recursos metodológicos e tecnológicos são bem vindos a medida que a equipe,
devido a repetição também se aperfeiçoa a cada entrega de unidade ou pavimento.
De acordo com Prado em 1998, o estabelecimento de metas deve ser feito ao longo da fase de
criação do projeto e a partir dele, deve as fases seguintes serão aprimoradas, de modo que na
fase de execução não exista mais nenhuma dúvida. Segundo o autor uma meta contém:
- Um objetivo gerencial
- Um prazo a ser atingido
- Um custo correspondente
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De certa forma, essas ferramentas conferem uma redução no grau de incerteza que envolve as
metas de um projeto, mas não elimina o risco dela. Em um trabalho onde o fator humano é
preponderante, algumas situações que fogem ao nosso controle podem ainda assim afetar
nosso planejamento inicial estabelecido.
O estudo dos fatores humanos segundo Valeriano no ano de 1999, em uma atividade
produtiva, um projeto, precisa considerar um fluxo de duas mãos: o balanceamento entre o
desempenho do profissional e a compensação ou a satisfação das necessidades do executante.
Pode-se dizer que o desempenho resulta da conjugação de três fatores: a definição de um
projeto, a capacidade em buscá-lo e a motivação, ou em outras palavras: saber o que fazer,
saber como e ter vontade ou energia para fazer.
Os dois primeiros fatores já foram observados nos itens anteriores, portanto esta seção discute
o terceiro item determinante no desempenho do projeto: a motivação.
Todo projeto segue um ciclo de atividade, que no caso da engenharia civil, Tardelli faz suas
considerações seguindo uma analogia com os projetos voltados a este fim, veremos as
diversas disciplinas a serem desenvolvidas no projeto de um empreendimento. As quais
podemos citar:
- Arquitetura;
- Estrutura;
- Fundações;
- Instalações Elétricas / Hidráulicas;
- Paisagismo;
- Instalações Especiais (Ar-condicionado, Automação, Telefonia e etc.).
Como definidos pelos autores, para cada disciplina será necessário um recurso humano com a
capacitação técnica compatível com as necessidades de projeto. Assim como, a relação de
interdependência das atividades das diversas disciplinas pode variar de projeto para projeto.
Pode-se gerar um exemplo para demonstrar uma situação genérica quanto as relações de
dependência entre os projetos.
Figura 4: Interdependência das atividades em desenvolvimento de projetos
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Todos os componentes da equipe do projeto estão ali por tempo determinado, deslocados de
seus locais de trabalho, sob outros supervisores e outros subordinados, enfrentando tensões de
cronograma e de avaliações mediante apresentação de resultados que deverão ser utilizados
por outros.
Serviços por contrato de empreitada hoje são comuns na construção civil, além de facilitar a
administração, onde a cobrança pelo prazo e custo estabelecido se concentram em apenas um
gestor e não na equipe do mesmo. Desta forma, um contrato deve dispor sobre itens tais como
(CASAROTTO et al., 1999):
- Organização e escopo de serviço;
- Forma de Remuneração;
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- Condições de pagamento;
- Prazos;
- Impostos e Taxas;
- Garantias e Responsabilidades.
Para Tardelli uma negociação de contratação na área da construção civil, se vê fruto das
vontades do contratante e contratado, verificando a inclusão de cláusulas específicas
dependendo do serviço a ser executado. No entanto, de forma genérica se identifica como os
principais itens em uma contratação esses supracitados. A escolha da modalidade de
contratação, segundo Casarotto et al., 1999, é prerrogativa da constratante e resultado da
análise de fatores como:
- Grau de abrangência e detalhe de escopo;
- Natureza do serviço a ser executado;
- Tipo de informações de controle requeridas;
- Porte do projeto ou atividades a ser contratado;
- Duração;
- Experiência e capacidade de ambas as partes;
- Custo do controle.
Assim, subsidiando a escolha da modalidade da contrtação que podem ser: Preço Global,
Admnistração e Empreitada Global, essas são as mais comuns na contrução civil, segundo
Tardelli.
A programação de obras, seguem realizadas primeiramente com base nos dados decorrentes
ao orçamento estabelecido, com isso, podemos alocar a programação de atividades seguindo
esses dados. A maior parte dos softwares hoje disponibilizados para orçamento de obra, não
possuem uma ferramenta de gerência de recurso, limitando-se apenas ao orçamento, para isso,
alguns softwares foram desenvolvidos especialmente para essa programação de atividades.
Os métodos mais aplicados a gerência em contrução civil, são os gráficos tipo: PERT-CPM e
GANTT. Mas para sua correta aplicação é necessário o conhecimento das quantidades
relacionadas a cada serviço a ser executado, isso quer dizer, mão de obra, isumo e
equipamentos, além da duração e custo conforme o dimensionamento dos itens anteriores.
A organização dos serviços na programação de curto prazo pode não ser a mesma do
orçamento. No orçamento, a divisão obedece a critérios específicos, como facilidade
de medição, identificação visual ou discriminação orçamentária empregada. Quando
se realiza a programação, precisa-se dividir ou agrupar os serviços, de acordo com a
forma como serão executados. Os que serão executados de forma intermitente e
simultânea devem ser divididos (estrutura de concreto, pisos, alvenaria,
revestimentos), enquanto que os de execução contínua devem ser agrupados
(instalações hidráulicas e elétricas), (GONZÁLEZ, 2008).
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Sendo assim, a montagem do planejamento gestor, deve ser feito através de uma estrutura de
divisão do trabalho (EDT) ou também chamada de estrutura analítica de projeto (EAP).
De acordo com Boiteaux, a EDT é uma divisão natural do projeto, de caráter essencialmente
prático, que se realiza levando-se em conta os produtos finais: bens de consumo, máquinas,
equipamentos, informações, serviços e etc. e suas divisões funcionais, isto é, as funções e
operações suscetíveis de controle em que ele se divide. Em resumo, a Estrutura de Divisão do
Trabalho nada mais é do que uma síntese estrutural do projeto (LIMMER, 1997).
A estrutura de divisão de trabalho pode conter qualquer número de níveis de partição ou de
desdobramento, não se devendo entretanto, passar de seis níveis (o grau de detalhamento
torna-se muito grande a partir daí, comprometendo a visão do projeto como um todo), sendo
quatro o número recomendado de níveis.
A partição do projeto é feita segundo elementos decorrentes do tipo de projeto, podendo, por
exemplo, obedecer a sequência apresentada na ilustração:
A sequência apresenta uma decomposição do trabalho em cinco níveis, mas o nível de divisão
deve variar conforme a complexidade das atividades. Sendo que, para atividades com maior
simplicidade são aceitas divisões em níveis inferiores.
De acordo com Viana em 2000, a EDT (Estrutura de Divisão do Trabalho) é a ferramenta de
gerenciamento de escopo de projeto. Cada nível descendente do projeto representa um
aumento no nível de detalhamento do projeto, como se fosse um organograma. O
detalhamento pode ser realizado até o nível desejado, apresentando dados genéricos ou
detalhados. O detalhamento mais usual é até o pacote de trabalho (work package).
Uma vez obtidas as tarefas da EDT e suas respectivas durações, deve-se empreender agora, a
montagem dessas tarefas ou blocos em uma sequência temporal, de maneira racional,
exequível e eficiente, de forma a dispô-las na melhor ordem para o projeto. Esta montagem
não pode ser arbitrária, pois há, normalmente, restrições ou condições que devem ser
consideradas (Valeriano, 1999). Estas restrições são classificadas quanto:
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- A precedência que certas tarefas tem sobre outras: algumas só podem ser iniciadas depois
que outras foram concluídas ou estiverem em andamento como, por exemplo, a sequência
observada na construção civil: sondagem, terraplenagem, fundações, alvenaria etc.
- Aos conflitos de insumos, isto é, pode ocorrer impossibilidade de execução simultânea de
algumas tarefas, devido ao comprometimento de mesmos insumos (pessoas, equipamentos,
instalações ou materiais).
- Ao fluxo de certos insumos, por exemplo, os desembolsos de recursos financeiros que
obedecem a alguma forma de captação ou fluxo de caixa.
- Ás janelas de oportunidades, como estratégias quanto à concorrência, ciclos ecológicos
(safras), estações do ano (modas), feiras de “marketing” etc.
As precedências ou condicionantes entre tarefas podem ser dos seguintes tipos:
- Início no Término – tarefa que só pode iniciar depois que outra terminou, como a
construção da parede e a fundação;
- Início no início – tarefa que só pode iniciar depois que outra iniciou, como controle
estatístico da produção e a produção propriamente dita;
- Término no início – tarefa que só pode terminar depois que outro inicie: o serviço da
“turma da noite” em uma instalação industrial e o da “turma da manhã”;
- Término no Término – tarefa que só pode terminar depois que outra já foi concluída, como
a prestação de contas de uma tarefa e a própria tarefa.
Por uma larga margem, o caso mais comum, é o que só permite o início de uma tarefa depois
da finalização de outra (início no término), sendo que muitas tarefas são independentes de
outras, podendo ter curso antes, durante ou depois.
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Segundo Tardelli, o caminho crítico também é definido como o caminho com folga de tempo
zero e determina a duração do projeto. As atividades que compõe o caminho crítico são
chamadas de atividades críticas e se atrasadas causam atraso na execução do projeto. Segundo
o autor as modificações de tempo em atividades não criticas não tem efeito sobre a data de
término do projeto, desde que estas não convirjam para o caminho crítico.
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Deficiência nos sistemas de planejamento e controle de Estabelecer padrões de segmentação da obra que tornem
produção coerentes os níveis de planejamento.
destes, iniciando sua operação ou uso. Esta é uma fase de suma importância, pois qualquer
deficiência nos sistemas que venha a ser identificado por usuário, pode ocasionar danos
irreversíveis, ou ações judiciais por falta de cuidade do construtor. Segundo Tardelli,
problemáticas como estas podem surgir devido:
- Mudança de Instalações;
- Conversão do sistema antigo para o novo sistema;
- Treinamento do usuário.
Segundo o autor, ao término da fase de instalação e testes, entra a fase produtiva do objeto,
então é feito o encerramento do projeto, onde todos os procedimentos utilizados são revistos,
documentados e arquivados. Isto poderá ser útil em projetos futuros.
4. Conclusão
Ao perceber a atividade da construção civil brasileira, uma importante atividade no que se diz
respeito ao extrativismo e geração de residuos ao meio ambiente, se tornou de importância
social e econômica o seu planejamento visando um ambiente mais sustentável. Com o
aprimoramento de técnicas e revoluções tecnologicas no ramo, as empresas viram a
necessidade em ampliar seus conhecimentos onde, o alavacamento de lucros estava
diretamente associado a sustentabilidade.
O trabalho trouxe uma abordagem geral sobre o assunto, visando o aspecto empreendedor no
conhecimento de planejamento de projetos, onde se inicia as transformação e a quebra de
barreiras culturais em construtoras que estão entrando no mercado imobiliário, onde os riscos
com prazos de entrega e margens de lucro reduzidas assombram investidores. Traz também,
uma linguagem simplificada e abrangente sobre o tema, abordamos desde a montagem do
escopo de um projeto, passando por seu detalhamento executivo, incluindo técnicas de
controle, que gerenciam custos e prazos através do estabalecimento de metas em suas etapas.
Referências
MATTOS, Aldo Dórea. Cultura empresarial. Revista Construção e Mercado, São Paulo, jul.
2002.
RODRIGUES, Mariuza. É assim que se faz. Revista Construção e Mercado, São Paulo, jul.
2002.
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