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Rita de Cassia Dos Santos PDF
Rita de Cassia Dos Santos PDF
Aprovada por:
________________________________________________
Prof. Otto Corrêa Rotunno Filho, Ph.D.
________________________________________________
Prof. Alessandra Magrini, D.Sc
________________________________________________
Prof. Carla Bernadete Madureira Cruz, D.Sc
________________________________________________
Prof. Gutemberg Borges França, Ph.D
________________________________________________
Prof. Isimar de Azevedo Santos, D.Sc
________________________________________________
Prof. Jorge Antônio Martins, D.Sc
ii
Resumo da Tese apresentada à COPPE/UFRJ como parte dos requisitos necessários
para obtenção do grau de Mestre em Ciênciais (M.Sc.)
iii
Abstract of Thesis presented to COPPE/UFRJ as a partial fulfillment of the
requirements for degree of Master of Science (M.Sc.)
iv
À Tia Nena e à Zoé
v
AGRADECIMENTOS
às minhas melhores amigas, Zoé e tia Nena, pelo exemplo de vida que
representam e pelo apoio incondicional que dedicaram a mim nos momentos mais
difíceis nesta e em outras caminhadas.
vi
"Toda ciência seria supérflua se a forma de manifestação e a essência das
coisas coincidissem imediatamente.(...) A verdade científica é sempre um
paradoxo, se julgada pela experiência da vida cotidiana, que apenas agarra
a aparência efêmera das coisas".
Karl Marx
vii
ÍNDICE
CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA.............................................................................................45
3.1 Processamento digital da imagem..........................................................................................44
3.2 Classificação de imagem........................................................................................................47
3.2.1 Método Isodata............................................................................................................48
3.2.2 Método da máxima verossimilhança...........................................................................49
3.3 Análise geoestatística.............................................................................................................54
3.3.1 Teoria das variáveis regionalizadas.............................................................................54
3.3.2 Função variograma............................................................................................................. 58
3.3.3 Análise estrutural.........................................................................................................56
3.4 Método NGLDM de análise de textura..................................................................................57
3.5 Método GLCM de análise de textura .................................................................................... 63
CAPÍTULO 4 - ESTUDO DE CASO: BACIA HIDROGRÁFICA DOS RIOS IGUAÇU E
SARAPUÍ.................................................................................................................................... 65
4.1 Descrição da região .............................................................................................................. 65
4.2 Tendências sócio-econômicas da Baixada Fluminense......................................................... 65
4.3. Localização da região de estudo e algumas características .................................................. 70
4.3.1 Dados orbitais..............................................................................................................65
4.3.2 Dados auxiliares...........................................................................................................65
4.3.3 Tratamento Preliminar da imagem..............................................................................66
4..4 Processo histórico da ocupação e a cobertura vegetal.......................................................... 70
4.4.1 Trabalho de Campo.....................................................................................................70
CAPÍTULO 5 – RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................76
CAPÍTULO 6 - CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES .......................................................101
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................... 112
APÊNDICE A - Participação Comunitária ..............................................................................106
APÊNDICE B - Programa de Despoluíção da Baía de Guanabara ..........................................118
APÊNDICE C - Estimativa de Parâmetros................................................................................126
viii
LISTA DE FIGURAS
ix
LISTA DE TABELAS
Tabela 2.1 - Histórico do sistema Landsat e algumas características dos instrumentos .............22
Tabela 2.2 - Características espectrais e aplicações do Landsat5-TM........................................23
Tabela 2.3 - Bandas de freqüência mais utilizadas em radares....................................................26
Tabela 2.4 - Características dos satélites Landsat e Radarsat Radarsat versus Landsat...............28
Tabela 5.1- Pontos de controle terrestre para georreferenciar .................................................... 74
Tabela 5.2 - Matriz de correlação entre as bandas 1/2/3/4/5/6/7/8.............................................. 79
Tabela 5.3a - Resultados obtidos a partir da imagem Landsat – Calibração............................... 82
Tabela 5.3b - Resultados obtidos a partir da imagem Landsat – Validação................................ 82
Tabela 5.4a - Resultados obtidos a partir da imagem de radar - Calibração ............................... 83
Tabela 5.4b - Resultados obtidos a partir da imagem de radar - Calibração................................83
Tabela 5.5a - Resultados obtidos a partir da imagem Landsat - Calibração ............................... 84
Tabela 5.5b - Resultados obtidos a partir da imagem Landsat - Validação.................................84
Tabela 5.6a - Resultados obtidos a partir da imagem de radar - Calibração ............................... 85
Tabela 5.6b - Resultados obtidos a partir da imagem de radar - Validação ................................ 85
Tabela 5.7 - Análise estatística das áreas de treinamento - Calibração....................................... 90
Tabela 5.8 - Análise estatística das áreas de treinamento - Validação.........................................91
Tabela 5.9 - Análise estatística das áreas de treinamento - Calibração....................................... 92
Tabela 5.10 - Análise estatística das áreas de treinamento - Calibração..................................... 93
x
Capítulo 1 - Introdução
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÂO
1
Capítulo 1 - Introdução
com destaque especial para a abordagem geoestatística e para aplicações dos métodos
de textura GLCM e NGLDM, utilizados nesta dissertação. No Capítulo III, apresenta-
se a metodologia adotada na presente pesquisa, incluindo o procedimento de
classificação digital de imagens por métodos como isodata e máxima verossimilhança e
a discussão dos métodos de classificação GLCM e NGLDM envolvendo textura. O
Capítulo IV apresenta uma descrição da área de estudo referente a bacia hidrográfica
dos rios Sarapuí e Iguaçu, enquanto o Capítulo V mostra os resultados obtidos no
processo de caracterização da cobertura do solo através de imagem de satélite Landsat5-
TM e Radarsat. Finalmente, o Capítulo VI apresenta as conclusões da pesquisa e
recomendações para futuros trabalhos, com apreciação do papel de algoritmos de
textura em classificação digital bem como do uso de imagens de radar com fins de
classificação da cobertura e uso do solo.
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
A lei federal 9.433 de 8 de janeiro de 1997 ou aqui chamada Lei das Águas
ainda não é conhecida pela maior parte da população brasileira. A sua regulamentação
tem sido feita aos poucos, incluindo a criação da Agência Nacional de Águas (ANA)
através da lei 9.984 de 17 de julho de 2000, autarquia federal vinculada ao Ministério do
Meio Ambiente, Amazônia Legal e Recursos Hídricos com vistas a implementar a
política nacional de recursos hídricos. O princípio fundamental reside em uma gestão de
recursos hídricos por bacia hidrográfica, descentralizada, com a participação do poder
público, dos usuários e da comunidade. A Lei das Águas estabelece a criação da figura
do comitê de bacia (dimensão política) e da agência de bacia (dimensão técnica com
vistas a fornecer subsídios para as decisões do comitê).
Pode-se estabelecer essa questão em relação ao Programa de Despoluição da
Baía de Guanabara (PDBG), uma vez que a região de estudo desta dissertação, a bacia
dos rios Iguaçu e Sarapuí, é área contribuinte da baía de Guanabara. PDBG é um
programa criado pelo governo do estado do Rio de Janeiro, resultante da ECO/92 e
implementado a partir de 1994 (Potsch e Rotunno, 1998 - Apêndice A). Esse programa
foi elaborado a fim de melhorar as condições das águas que compõem a baía de
Guanabara e recebeu ajuda de órgãos na esfera municipal, estadual e federal, mas
mesmo assim está bem longe de cumprir seu objetivo principal. Os modelos
hidrológicos e hidrodinâmicos foram criados com o objetivo de tentar modelar a
natureza na intenção de estudar soluções para diversos problemas que afligem a nossa
população. Nesse contexto, abrigam-se ainda questões que passam pelo gerenciamento
de recursos hídricos, até a forma como as organizações surgem, desenvolvem-se e
estruturam-se de acordo com seus objetivos e relacionamentos com o ambiente, seja na
esfera pública ou privada. Mas antes deve-se estabelecer e esclarecer o núcleo da
discussão, de forma que se possa, aos poucos, chegar a um entendimento sistêmico do
PDBG.
6
Capítulo 2 – Considerações Teóricas
7
Capítulo 2 – Considerações Teóricas
comunitária, uma vez que, no juízo da autora, este tópico é fundamental para a
realização de uma verdadeira gestão de recursos hídricos (Apêndice B).
está afastado do objeto e a análise dos dados para interpretar os atributos físicos do objeto.
Essa é uma definição bem ampla. Convencionalmente, contudo, o termo sensoriamento
remoto implica uma distância bastante significativa entre sensor e objeto, da ordem de
quilômetros ou centenas de quilômetros. Em tal situação, o espaço interveniente é
preenchido de ar (plataforma aérea) ou até mesmo parcialmente constituído do vácuo
(plataforma espacial), onde somente as ondas eletromagnéticas são capazes de servir de
ligação eficiente entre o sensor e o objeto. Sensoriamento remoto, como Gupta (1991)
afirma, tem, por essa razão, significado a aquisição de dados de radiação eletromagnética
(comumente situada na faixa de comprimentos de onda entre 0,4 µm and 30 cm) a partir
de sensores colocados em plataformas aéreas ou espaciais e interpretação das
características dos objetos terrestres.
O princípio básico envolvido nos métodos de sensoriamento remoto é que, em
diferentes faixas de comprimentos de ondas/freqüências, cada tipo de objeto reflete ou
emite uma certa intensidade de luz, que é dependente dos atributos físicos ou da
composição do objeto em estudo. Assim,utilizando essa informação de uma ou mais
faixas de comprimentos de ondas, há possibilidade de se diferenciar diferentes tipos de
objetos e mapear a sua distribuição, seja no solo seja na água.
O espectro eletromagnético é a ordenação das radiações eletromagnéticas de
acordo com os comprimentos de onda ou, em outras palavras, freqüência ou energia. O
espectro é usualmente apresentado entre raios cósmicos e ondas de rádio, com as partes
intermediárias constituindo os raios gama, raios X, ultravioleta, visível (VIS),
infravermelho próximo (NIR), infravermelho intermediário (MIR), infravermelho afastado
(FIR) e microondas (Figura 2.1). O espectro eletromagnético entre comprimentos de onda
de 0.02 µm a 1 m pode ser dividido em duas partes principais: faixa ótica e faixa de
microondas. A faixa ótica refere-se àquela parte do espectro eletromagnético em que
fenômenos óticos de reflexão e refração podem ser utilizados para análise da radiação.
Essa faixa estende-se dos raios X (0.02 µm de comprimento de onda) passando pelo
visível e incluindo o infravermelho afastado (1 mm de comprimento de onda). A região de
microondas compreende a faixa de comprimentos de onda de 1 mm a 0.8 m.
A seguir, apresenta-se, com mais detalhes, as principais faixas do espectro
eletromagnético representadas na Figura 2.1:
10
Capítulo 2 – Considerações Teóricas
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
e imagem Landsat foram fornecidas ao modelo HEC-1 (U.S. Army Corps of Engineers,
1981) para gerar curvas de freqüência de descarga. As diferenças nos resultados foram
consideradas insignificantes. Também chegaram à conclusão de que, para bacias
maiores do que 26 km2, a abordagem envolvendo imagem Landsat era mais eficiente em
termos de custo.
Fortin et al. (1986) forneceu um exemplo da aplicação da cobertura do uso do
solo para previsões de enchentes no modelo CEQUEAU.. Simulações feitas com
imagem Landsat deram resultados similares ou melhores do que dados cartográficos
convencionais. Mais recentemente, Tao e Kouwen (1989) compararam duas
alternativas, com e sem imagem Landsat, usando o modelo WATFLOOD (Kouwen,
1988) em bacia hidrográfica discretizada por uma malha de 10 km X 10 km. Dados
horários de chuva forma empregados. O modelo foi utilizado em dois modos:
concentrado, sem imagem Landsat, e distribuído, com imagem Landsat. Os resultados
indicam um melhora na estimativa do hidrograma de cheia.
Estudos realizados por Abreu (2000) e Ribeiro et al. (2000) abordam o
problema do mapeamento da cobertura do solo e o problema da detecção de mudanças
nessa cobertura através do uso de imagens Landsat obtidas para a bacia hidrográfica dos
rios Iguaçu e Sarapuí, Rio de Janeiro, Brasil.
Com respeito à detecção de água, um grande esforço de pesquisa tem sido feito
para a análise de dados de radar meteorológico (Brandes, 1975; Creutin e Obled, 1982;
Collier, 1989; Messaoud e Pointin, 1990; Bhargava e Danard, 1994; Barbosa, 2000).
Aplicações de dados de radar à previsão de vazões podem ser encontradas em
publicações como Dalezius (1982), Garland (1986), Collinge e Kirkby (1987), Collier
(1989), Kouwen e Soulis (1993) e Pereira Filho e Crawford (1999).
Trabalhos relacionados ao mapeamento de neve (área, profundidade e conteúdo
de água) estão em andamento. Rango (1993) apresentou uma revisão dos estudos
desenvolvidos nessa área. Exemplos de aplicações desse tipo de mapeamento em
modelos hidrológicos podem ser encontrados em Martinec e Rango (1986), Leavesley e
Stannard (1990) e Donald et al. (1995), entre outros.
Finalmente, na área de detecção de umidade do solo, a faixa de microondas do
espectro eletromagnético tem sido explorada com vistas à aplicação em modelos
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
hidrológicos (Schmugge et al., 1980; Jackson et al., 1981, Engman, 1990; Pietroniro,
1993; Rotunno, 1995). Há dois modos importantes de utilizar a umidade do solo em
modelos hidrológicos. É reconhecido que a umidade inicial tem um importante papel na
definição do hidrograma (vazão ao longo do tempo) para eventos chuvosos. A segunda
forma consiste em se empregar a umidade do solo em diferentes tempos para controlar e
corrigir o desempenho do modelo (Kuczera (1983a, 1983b)).
Verifica-se, pois, que a grande variabilidade espacial das características físicas
de uma bacia hidrográfica coloca, em evidência, o uso do sensoriamento remoto como
provedor de uma nova base de dados. Essa nova base de dados é um dos elementos
essenciais no desenvolvimento dos novos modelos hidrológicos distribuídos com base
física.
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
Cabe ressaltar que todo objeto com uma temperatura acima do zero absoluto
emite energia eletromagnética. Com o objetivo de melhor descrever as características
radiativas dos objetos, introduziu-se o conceito de corpo negro. Corpo negro é definido
como um objeto que irradia energia a uma taxa máxima, por unidade de área e
comprimento de onda, em uma dada temperatura. Assim, emite toda energia que possui,
com emissividade igual a 1 para todos os comprimentos de onda, e absorve toda energia
incidente.
Entre as leis da radiação, cabe destacar as leis de Planck, Stefan-Boltzmann,
Wien, Kirchhoff, Lambert, Beer-Bouguer-Lambert, sinteticamente apresentadas a
seguir.
A intensidade de radiação monocromática é relacionada com o comprimento de
onda e a temperatura do emissor através da lei de Planck como (Kidder et al., 1995):
Mλ = 2hc2
λ5 (ehc/kλT – 1) (2.2)
onde
Mλ - energia radiante espectral emitida em W m-2 sr-1 µm-1;
h - constante de Planck = 6.6262 x 10-34 Ws2 ;
c -velocidade da luz = 3 x 108 ms-1 ;
k - constante de Boltzman =1,38054 x 10-23 J °K-1;
T - temperatura absoluta do corpo negro (ºK);
λ - comprimento de onda em metros.
Já a lei de Stefan-Boltzmann é obtida através da integração da função de Plank
sobre todos os comprimentos de onda. Conforme Kidder et al.(1995), a emitância por
um corpo negro é dada por
∞
F= ∫ Fλdλ = σT 4 (2.3)
0
onde
σ- é a constante de Stefan-Boltzmann;
Fλ- densidade de escoamento monocromática (W m-2 µm-1)=
5,67x10-12W.cm-2.ºK-4;
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
21
Capítulo 2 – Considerações Teóricas
com número superior de bandas espectrais, a resolução espacial obtida pelo sensor TM é
superior de 30 m x 30 m (Campbell 1987; Novo, 1988). A Tabela 2.2 apresenta as
características espectrais do TM a bordo do Landsat-5, satélite este que forneceu dados
utilizados neste estudo.
23
Capítulo 2 – Considerações Teóricas
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
índices reais de chuva ou com sua acumulação em um certo período (Fattorelli et al.,
1995). A Tabela 2.3 apresenta as bandas de radar mais utilizadas em meteorologia, onde
a nomenclatura de diferentes faixas do espectro através de letras funcionavam como
códigos para evitar que se soubesse os comprimentos de onda efetivamente utilizados.
Fonte: Pessoa,1993
Tabela 2.3 - Bandas de freqüência mais utilizadas em radares (Ulaby et al., 1986).
Banda Freqüência Comp. de onda (cm)
(GHz)
K 30,0 1,0
X 10,0 3,0
C 6,0 5,0
S 3,0 10,0
L 1,5 20,0
imagem de K bandas, há K níveis de cinza associados a cada píxel, sendo um para cada
banda espectral. As características do píxel são denominadas atributos espectrais.
O conceito de espaço de atributos é essencial para se entender como funciona a
classificação de imagens multiespectrais. A Figura 2.5 mostra um gráfico de espaço de
atributos, para o caso de uma imagem com apenas duas bandas espectrais. Nesse
espaço, encontram-se plotados 1 píxel de três diferentes tipos de materiais superficiais,
denominados A, B e C. Se apenas a banda 1 for considerada, é fácil notar que os
materiais B e C não poderiam ser separados, pois ambos apresentam um número digital
DN de aproximadamente 200. Porém, ao se considerar as bandas 1 e 2, esses três
materiais superficiais teriam posições distintas no espaço de atributos, que seriam
características, servindo, portanto, para distingui-los e identificá-los dos demais
(Crósta, 1992).
DN 25
BANDA 2
20 C
15 B
10 A
50 BANDA 1
0
0 50 10 15 20 25
TONS DE CINZA (DN)
Figura 2.5- Gráfico de espaço de atributos para o caso de uma imagem com apenas duas
bandas espectrais (fonte: Duda e Hart, 1973).
30
Capítulo 2 – Considerações Teóricas
31
Capítulo 2 – Considerações Teóricas
Classificação Supervisionada
cada píxel a uma ou outra classe dependendo de qual classe ele está mais próximo. Essa
questão da proximidade ou similaridade permeará a discussão dos métodos de
classificação supervisionada. Através do procedimento de classificação supervisionada,
o usuário identifica alguns dos píxeis pertencentes às classes desejadas e submete ao
algoritmo computacional, definido segundo alguma regra estatística pré-estabelecida, a
tarefa de classificar todos os demais píxeis.
Pode-se considerar a questão da proximidade entre classes com base em
estatísticas dos dados. Uma forma de definir cada classe é calcular a média estatística
para cada classe em cada banda espectral. Um método de classificar que considera,
como métrica para o cálculo das distâncias de um píxel às diferentes classes, médias
espectrais por banda e matriz de covariância espectral das bandas selecionadas é o
método da máxima verossimilhança.
Para que a classificação por máxima verossimilhança seja precisa, é necessário
um número razoavelmente elevado de píxeis para cada conjunto de áreas de treinamento
ou interesse, número esse preferencialmente acima de uma centena (Campbell, 1987).
Esse número permite uma base segura para tratamento estatístico. Devido a esse número
alto de píxeis, não é possível representá-los graficamente de maneira individualizada.
Utiliza-se, nesse caso, isolinhas ou curvas de contorno no espaço de atributos,
representando a função densidade de probabilidade de píxeis correspondentes às áreas
de treinamento para cada classe. Na realidade, os contornos representam um ajuste
baseado em distribuições normais ou gaussianas dos píxeis das áreas de treinamento. Do
contrário, os contornos seriam totalmente irregulares, o que não seria desejável devido à
dificuldade de computá-los. Ressalta-se que, devido a esse ajuste, os contornos são
simétricos ao redor da média e sua forma será circular se os desvios-padrão nas duas
bandas forem os mesmos, ou elíptica se os desvios-padrão forem diferentes. Esses
mesmo conceitos podem ser estendidos para mais do que duas dimensões, o que é
freqüente em imagens de sensoriamento remoto, sendo que, nesse caso, os contornos
tornam-se elipsóides em três dimensões.
Essas probabilidades representam uma ferramenta de classificação poderosa e
flexível, através da qual pode-se escolher, por exemplo, classificar apenas os píxeis
desconhecidos que estão bastante próximos à média de uma classe. Por outro lado,
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
BANDA 2
BANDA 1
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
dentro das classes B e C, mas com uma probabilidade de 10% de pertencer à classe C
contra 0,1% de pertencer à classe B, sendo portanto atribuído à classe C.
A decisão de atribuir o píxel 3 à classe C exemplifica um outro conceito
importante na classificação pelo método da máxima verossimilhança, que é a definição
dos limites de decisão entre classes contíguas. Esses limites são traçados a partir dos
pontos onde contornos de igual probabilidade entre duas classes contíguas se cruzam,
como mostrado na Figura 2.7.
BANDA 2
BANDA
Porcentagem de píxeis
limite de decisão
Classe 1 Classe 2
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
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Capítulo 2 – Considerações Teóricas
37
Capítulo 2 – Considerações Teóricas
40
Capítulo 2 – Considerações Teóricas
44
Capítulo 3 – Metodologia
CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA
O presente capítulo aborda o processo desenvolvido para obtenção da
classificação da cobertura do solo de uma bacia hidrográfica utilizando imagem
Landsat5-TM e imagem Radarsat. O fluxograma apresentado na Figura 3.1 fornece
inicialmente uma visão simplificada da metodologia adotada.
Imagem Landsat5-TM Imagem Radarsat
27/06/1994 23/07/1997
Georreferenciamento
•
Classificação
Análise Geoestatística
Textura
45
Análise comparativa entre as diversas classificações obtidas.
Figura 3.1 – Fluxograma metodológico
Capítulo 3 – Metodologia
46
Capítulo 3 – Metodologia
A classificação pelo algoritmo isodata pode ser vista como uma variação do
método da distância mínima. Entretanto, o método isodata produz resultados que são,
muitas vezes, superiores ao derivados pelo cálculo da distância mínima. Alguns autores
(Richards, 1986; Velasco, 1989) identificam o procedimento isodata como uma técnica
de classificação híbrida, com características dos métodos de classificação não
supervisionada e supervisionada.
Procedimento de cálculo
onde:
M - é o número de classes;
50
Capítulo 3 – Metodologia
51
Capítulo 3 – Metodologia
52
Capítulo 3 – Metodologia
n
Ap = ∑ pi Ai (3.2)
i=1
Supondo que as variáveis aleatórias associadas a elementos de classes diferentes
são estatisticamente independentes, os autores propõem uma expressão simplificada
para a matriz de covariância da combinação das classes, dada por:
n
M p = ∑ pi M i (3.3)
i=1
A seguir, é descrito o método proposto por Horwitz et al. (1971) para estimar as
proporções.
Mp −1 2 1
F (y) = L = exp - ( y - A p ) T M -p1 ( y - A p ) (3.4)
(2π) m
2
onde:
Mp- é o determinante da matriz de covariância Mp ;
Mp – 1- é a inversa da matriz de covariância Mp ;
y e Ap - são vetores coluna.
−1
F = ln Mp + y - A p , M p (y - Ap ) (3.5)
53
Capítulo 3 – Metodologia
onde
u, v é o produto interno dos vetores u e v ,
sendo
u = (u1, u2, ..., un);
v = (v1, v2, ..., vn);
u, v = u1 v1 + u2 v2 + ...+ un vn.
Nesse modelo, o número de classes (n) deve ser menor ou igual ao número de
canais espectrais (m) mais uma unidade, isto é:
n ≤ m+1
φ (p) = y - A p , M -1 ( y - A p )
n
∑ pi = 1;
i=1
pi ≥ 0,
onde:
i = 1,..., n (número de componentes).
Sejam conhecidas:
C(wkwi ) - custo de tomar por uma classe wk quando a verdadeira classe é wi,
com i, k = 1,..,N.
55
Capítulo 3 – Metodologia
f (x w k P(w k )
P( w k x) = (3.11)
f (x)
para cada vetor de atributos x observados, de forma que o vetor x seja classificado como
pertencente a classe wk que fornece a máxima função discriminante. A Figura 3.2 ilustra
tal esquema.
56
Capítulo 3 – Metodologia
g1(δ)
g2(x)
MAX DECISÃO
X
x1
x
x= 2
. gM(x)
x
n
Figura 3.2 - Decisão por funções discriminadas (fonte: Mascarenhas e Velasco, 1984).
Adicionalmente, cabe ainda uma breve referência sobre a identificação e a
correlação das informações presentes nas áreas de treinamento segundo as diversas
bandas espectrais da imagem fornecida pelo satélite Landsat5-TM. Neste trabalho,
também procedeu-se a análise dessa informação espectral através da matriz de
correlação das bandas. As informações contidas nessa matriz permitem fazer uma
previsão sobre o potencial sucesso comparativo do uso de uma determinada combinação
de bandas em relação a outra composição no processo de classificação.
Com relação à avaliação da precisão do procedimento de classificação, as áreas
de treinamento ou interesse foram utilizadas como amostras de calibração para
definição da precisão de calibração. A precisão de calibração é um indicador da
adequabilidade de um esquema de classificação e da separabilidade espectral das
classes. Todavia, esses resultados não podem ser estendidos para o restante da área de
estudo, uma vez que as áreas de treinamento foram utilizadas para definir as regras de
decisão estatísticas no algoritmo de classificação supervisionada empregado. Portanto, o
indicador de precisão na calibração representa uma estimativa inflada e tendenciosa da
precisão do processo de classificação. Por essa razão, em adição às amostras de
calibração, foram selecionadas aleatoriamente amostras para validar o processo de
classificação.
O indicador utilizado para avaliar a precisão do processo de classificação tanto
na calibração quanto na validação foi o coeficiente kappa. O coeficiente kappa é uma
medida da concordância entre as amostras da cena e aquelas derivadas através da
57
Capítulo 3 – Metodologia
Sejam dois valores z(x) e z(x+h), nos pontos x e x+h separados pelo vetor h. A
variabilidade entre esses dois valores é caracterizada pela função variograma 2γ(x,h),
que é definida como a esperança da variável aleatória [Z(x)-Z(x+h)]2, isto é,
58
Capítulo 3 – Metodologia
onde C(0) é a covariância para o vetor de separação zero, ou seja, C(0) é igual à
variância σ2 da variável aleatória em estudo.
Outra maneira de representar a estrutura espacial de uma função estocástica é
através do cálculo de um correlograma, que relaciona a covariância à variância como
uma função de h :
C ( h) γ ( h)
ρ ( h) = = 1− (3.15)
σ 2
σ2
59
Capítulo 3 – Metodologia
longo da imagem, avaliando a relação do tom de cinza do píxel central com os tons de
cinza dos píxeis vizinhos. Estatísticas de textura podem ser definidas como, por
exemplo, número não-uniforme (NNU), ênfase nos números pequenos (SNE), ênfase
nos números grandes (LNE), segundo momento (SMT) e entropia (ENT). As texturas
caracterizam e quantificam a distribuição de entradas na matriz do NGLDM.
Para uma dada imagem M(i,j), com i=1,2,..,n e j=1,2,...,m, o domínio espacial
horizontal pode ser representado por Zr= (1,2,..,n), e o domínio espacial vertical por
Zc=(1,2,..,m). Por essa razão Zr X Zc representa o conjunto dos elementos de resolução
da imagem M. Adicionalmente, seja k=1,2,...,Ng, de forma que represente a possível
amplitude de tons de cinza na imagem (M), e seja G a relação binária no espaço Zr X Zc
de tal modo que sejam agrupados, aos pares, os elementos de resolução na relação
espacial desejada.
A matriz de tons de cinza vizinhos dependentes da imagem M, referida aqui
como Q, é definida, então, por
onde:
(i,j), (q,r) ∈ G;
# - identifica o número de elementos no conjunto;
ρ ((i,j,),(q,r)) - é a distância entre os elementos (i,j) e (q,r);
α- define a similaridade de tons de cinza;
β - é a máxima distância entre elementos;
k - é o tom cinza;
s - é o número de píxeis similares presentes na vizinhaça definida por β.
Para calcular as texturas pelo NGLDM, há dois parâmentros a serem definidos: o
intervalo de tom de cinza ou amplitude de similaridade (α) e a distância em relação ao
píxel central (β ). Cada entrada na matriz Q para uma classe Q(k,s) é gerada pelo
número de ocorrências em que a diferença no nível de cinza entre cada píxel na classe
61
Capítulo 3 – Metodologia
com um dado tom de cinza k e s dos seus vizinhos seja igual ou menor do que α para
um valor específico de β. O valor máximo para s, Ns, dependerá de β.
Nesta dissertação explorou-se, para efeito de classificação da imagem, as
estatísticas de textura com ênfase nos números pequenos (SNE), ênfase nos números
grandes (LNE), número não-uniforme (NNU), segundo momento (SMT) e entropia
(ENT), dadas por Sun e Wee (1983):
∑ [Q (k, s ) / s ] / ∑ ∑
Ng Ns Ng Ns
SNE = ∑ 2
Q (k , s ) (3.18)
k =1 s =1 k =1 s =1
∑ [s ]
Ng Ns Ng Ns
LNE = ∑ 2
Q (k, s ) / ∑ ∑ Q (k, s ) (3.19)
k =1 s =1 k =1 s =1
2
Ng
Ns
Ng Ns
NNU = ∑ ∑ Q(k, s) / ∑
s =1 k =1
∑ Q (k, s ) (3.20)
k =1 s =1
Ng Ns Ng Ns
SMT = ∑ ∑ [ Q (k, s )] / ∑ ∑ Q (k , s )
2
(3.21)
k =1 s =1 k =1 s =1
Ng Ns Ng Ns
ENT = ∑ ∑ Q (k, s) log [Q (k, s )] / ∑ ∑ Q (k, s ) (3.22)
k =1 s =1 k =1 s =1
A SNE fornece uma medida de rugosidade. Para uma textura rugosa, as entradas
na matriz Q serão feitas especialmente nas colunas mais à esquerda. Valores maiores de
SNE estão associados com texturas mais rugosas. A LNE fornece uma medida de
suavidade. Entradas na matriz Q do método NGLDM tenderão a ser feitas nas colunas
mais à direita para um campo com textura suave. Valores altos de LNE indicam textura
suave. Por outro lado, as estatística do número não uniforme (NNU), segundo momento
(SMT) e entropia (ENT) indicam medidas de homogeneidade com respeito às entradas
na matriz Q.
Finalmente, cabe salientar que os parâmetros do método NGLDM utilizados
nesta dissertação foram β=1 e α=16,32,64. O tamanho da janela para o qual foi
definida a matriz Q foi 11 píxeis X 11 píxeis, levando-se em conta os variogramas
62
Capítulo 3 – Metodologia
com
n
C ij = Pij / ∑ Pij (3.24)
ij=1
n n
DIS = ∑ ∑ Cij /(i − j) / (3.26)
i =1 j=1
n n
CON = ∑ ∑ Cij (i − j) 2
(3.27)
i =1 j=1
63
Capítulo 3 – Metodologia
menor variação local na textura. Quanto mais dissimilares os níveis de cinza, maiores
serão as estatísticas de dissimilaridade (DIS) e contraste (CON).
Finalmente, cabe salientar que os parâmetros do método GLCM utilizados nesta
dissertação foram β=1 e α= 900. O tamanho da janela para o qual foi definida a matriz
de co-ocorrências C foi 11 píxeis X 11 píxeis, levando-se em conta os variogramas
elaborados para as diferentes classes de cobertura do solo. Esses variogramas estão
mostrados no Capítulo 5.
64
Capítulo 4 – Estudo de Caso
65
Capítulo 4 – Estudo de Caso
69
Capítulo 4 – Estudo de Caso
A bacia dos rios Iguaçu e Sarapuí abrange uma área de drenagem de 726 km2,
sendo que 168 km2 representam a sub-bacia do Sarapuí, contém parte dos municípios
do Rio de Janeiro, Nilópolis, São João de Meriti ,Nova Iguaçu, Belford Roxo e Duque
de Caxias. Todos esses municípios estão dentro da área metropolitana do Rio de
Janeiro.
A bacia está limitada ao norte com a bacia do rio Paraíba do Sul; ao sul, com a
bacia dos rios Pavuna e Meriti; a leste, com as bacias dos rios Inhomirim e Estrela; a
oeste, com a bacia do rio Guandu e afluentes da bacia de Sepetiba.
O rio Iguaçu tem nascentes na serra do Tinguá a uma altitude de cerca de 1000
m. Seu curso vai no sentido sudoeste, com uma extensão total de cerca de 43 km,
desaguando na baía de Guanabara, tendo como afluentes principais os rios Tinguá, Pati,
e Capivara pela margem esquerda e Bota e Sarapuí pela margem direita. A bacia do rio
Iguaçu apresenta duas características morfológicas distintas: a serra do Mar e a Baixada
Fluminense.
O clima da bacia é quente e úmido com estação chuvosa no verão e uma
temperatura média anual em torno dos 22º C e precipitação média variando em torno de
1700mm.
A cobertura vegetal do solo da bacia, ainda remanescente, ocorre com
predominância ao norte e nordeste, na região do Tinguá, e algumas áreas na serra de
Madureira. Na serra do Tinguá, está localizada a reserva biológica do Tinguá, onde um
trecho da Mata Atlântica é área de proteção ambiental.
70
Capítulo 4 – Estudo de Caso
“A colonização foi, mais ou menos, simultânea nos vales dos rios que
cortam toda a Baixada Fluminense. A partir de 1566, os colonizadores
foram se estabelecendo pelos vales dos demais rios iguassuanos, sendo,
entretanto, mais procurado o do Rio Iguaçu, em cujas margens avultaram as
doações de terras, em grandes e pequenas áreas. Mas os vales do Meriti, do
Sarapuí ,do Saracuruna ,do Jaguaré, do Pilar e as zonas de Marapicú,
Jacutinga e do rio do Ramos, que corre da Mantiqueira, muito próximo à
encosta, hoje percorrida, na Serra da Estrela pela estrada Rio-Petrópolis,
foram igualmente disputados, como também o do Inhomirim, já para o lado
de Magé, cuja importância se destacou nos primeiros tempos do Brasil-
Colônia, nesta região, o primeiro ciclo econômico que deu início à
destruição das matas na costa brasileira foi o pau-brasil (Celsalpinease
echinata). No entanto, Pereira (1977) destaca que:” embora o ciclo
econômico do pau-brasil tenha sido puramente predatório e, por isso
mesmo, fadado à curta duração, a cana de açúcar foi a base da colonização
que estaria dentro do contexto histórico da evolução brasileira .O início do
ciclo econômico da cana data realmente de 1532, quando Martim Afonso de
Souza trouxe mudas de “cana doce” da Ilha de madeira para sua capitania
de São Vicente”.
Segundo Pereira (1977), a cana de açúcar começou a ser cultivada por volta de
1611, quando o mosteiro de São Bento recebeu uma sesmaria nas imediações do rio
Iguaçu, (no atual município de Belford Roxo). Pereira (1977) relata:
71
Capítulo 4 – Estudo de Caso
72
Capítulo 4 – Estudo de Caso
altura. São formados principalmente por gnaisses e também por granitos, geralmente
recobertos por uma camada espessa aluvial resultante do intemperismo das rochas.
As florestas das encostas montanhosas existentes nos Maciços de Madureira e
Tinguá, encontram-se ainda bem preservadas, não se podendo dizer o mesmo das
florestas das planícies costeiras que, tanto nas pequenas colinas, como nas várzeas,
foram praticamente dizimadas, uma vez que a exploração dessas planícies se deu
intensamente já no início da colonização (séculos XVI e XVII).
Finalmente, segundo Teixeira (1994), na atualidade, aproximadamente 430 km2 de
uma área total de 726 km2 da bacia Iguaçu-Sarapuí correspondem a áreas sem ocupação
urbana, resultando, portanto, em uma área urbanizada correpondente a cerca de 40% da
bacia.
Para a realização desta pesquisa, foram utilizadas duas imagens, sendo uma
Landsat5-TM com data de 27 de junho de 1994 e outra Radarsat com data de 23 de
julho de 1997, polarização HH. Ambas foram trabalhadas no sistema de tratamento de
imagens Envi-3.2 (2000).
75
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Nº DE PÍXEIS
250000
Banda 1
Banda 2
Banda 3
200000 Banda 4
Banda 5
Banda 6
150000 Banda 7
100000
50000
0
0 50 100 150 200 250
76
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Miguel Pereira
Metros
1:5000
tanto nas cartas plani-altimétricas quanto na imagem. Nesse sentido, foram utilizadas
feições características e notáveis como cruzamento de estradas, pontes, junção de canais
de rios, entre outras. A partir das coordenadas UTM de cada ponto e suas respectivas
coordenadas coluna e linha na imagem, juntamente com o método de reamostragem do
vizinho mais próximo e uso de um polinômio de primeira ordem, foi possível fazer a
retificação da imagem. O erro no procedimento de georeferenciamento da imagem
Landsat foi da ordem de 1 píxel. A Tabela 5.1 apresenta as coordenadas dos pontos de
controle utilizados no processo de georeferenciamento, enquanto a Figura 5.3 ilustra a
disposição desses pontos na imagem Landsat5-TM. Note-se a distribuição uniforme dos
pontos de controle na área de estudo, que é um dos requisitos para assegurar a qualidade
do trabalho de retificação. A Figura 5.4 mostra a imagem georeferenciada com o
sistema de coordenadas UTM e o limite da bacia dos rios Iguaçu e Sarapuí com seus
cursos de água através da composição colorida 4, 5 e 3 nas cores vermelho, verde e azul
respectivamente.
79
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
80
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Figura 5.3 - Composição colorida das bandas 4, 5 e 3, nas cores vermelho, verde e
azul respectivamente, com os pontos de controle que foram utilizados para o registro da
imagem Landsat5-TM obtida em 27 de junho de 1994.
81
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Figura 5.4 – Composição colorida das bandas 4, 5 e 3, nas cores vermelho, verde e azul
respectivamente, georeferenciada com sistema de coordenadas UTM e o limite da bacia dos rios
Iguaçu e Sarapuí com seus cursos de água
82
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
83
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Legenda:
• Densidade Urbana Alta • Várzea • Várzea
• Cultura • Densidade Urbana Média • Floresta
• Água • Mangue
85
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
87
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Tabela 5.3 a - Análise estatística das áreas de treinamento A1 (calibração), bandas 1/2/7 (kappa=0,87)
Matriz de erros
Classe nuvem água mangue floresta Capoeira Cultura Varzea sombra urbmedio urbalta Total
Não 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Classificado
nuvem 1356 16 04 0 0 3 4 0 0 37 1552
água 0 5610 0 0 0 0 0 22 0 0 5801
mangue 2 109 673 0 5 0 86 0 0 0 724
floresta 18 0 1 2633 47 0 7 208 0 0 2855
capoeira 5 0 2 87 1536 102 348 0 0 0 1923
cultura 20 0 0 0 137 1888 180 0 0 0 2114
varzea 7 03 37 35 195 97 2202 0 16 0 2876
sombra 0 5 0 190 0 0 0 1960 0 0 2258
urbmedio 42 0 0 0 0 5 4 0 2253 176 2294
urbalta 208 0 0 0 0 3 0 0 0 985 1252
Total 1658 5823 717 2945 1920 2098 2831 2190 2269 1198 23649
Tabela 5.3 b - Análise estatística das áreas de treinamento A1 (validação), bandas 1/2/7 (kappa=0,66)
Tabela 5.4 a - Análise estatística das áreas de treinamento A1 (calibração), bandas 3/4/5(kappa= 0,97)
Matriz de erros
Classe nuvem água mangue floresta capoeira cultura Várzea sombra Urbmedio urbalta Total
Não 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Classificado
nuvem 1504 14 0 0 0 8 3 0 0 23 1552
água 0 5801 0 0 0 0 0 0 0 0 5801
mangue 0 6 717 0 0 0 1 0 0 0 724
floresta 18 0 0 2787 0 0 8 42 0 0 2855
capoeira 9 0 0 0 1899 15 0 0 0 0 1923
cultura 18 0 0 0 21 2075 0 0 0 0 2114
varzea 15 0 0 43 0 0 2795 7 16 0 2876
sombra 0 2 0 115 0 0 0 2141 0 0 2258
urbmedio 17 0 0 0 0 0 24 0 2253 0 2294
urbalta 77 0 0 0 0 0 0 0 0 1175 1252
Total 1658 5823 717 2945 1920 2098 2831 2190 2269 1198 23649
Tabela 5.4 b - Análise estatística das áreas de treinamento A1 (validação), bandas 3/4/5 (kappa=0,73)
Classe água mangue floresta Capoeira urbalt várzea Total
Não Classificado 0 0 0 0 0 0 0
água 2789 2 0 0 0 0 2815
mangue 0 66 0 0 2 0 68
floresta 0 118 770 217 0 0 1105
capoeira 0 0 213 698 17 1 929
urbalta 0 0 0 5 204 2 211
varzea 0 728 1 67 63 1175 2034
Total 2789 938 984 987 286 1178 7162
89
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Tabela 5.5 a- Análise estatística das áreas de treinamento A2(calibração), bandas 3/4/5 (kappa=0,95)
Classe água mangue floresta cultura Capoeira várzea sombra Urbmedio Urbalta Total
Não Classificado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
água 5371 4 0 0 0 0 0 0 0 5375
mangue 0 732 0 0 0 98 0 0 0 830
floresta 0 0 869 4 0 4 66 0 0 943
cultura 0 1 0 1520 17 24 0 1 2 1565
Capoeira 0 1 0 135 427 7 0 0 0 570
Várzea 0 36 8 23 1 2426 0 78 2 2574
Sombra 0 0 57 0 0 0 1092 0 0 1149
Urbmedio 0 0 0 0 0 58 0 2228 14 2300
urbalta 0 0 1 3 0 7 0 36 758 805
Total 5371 774 935 1685 445 2624 1158 2343 776 16111
Tabela 5.5 b- Análise estatística das áreas de treinamento A2(validação), bandas 3/4/5 (kappa=0,72)
90
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Tabela 5.6 a- Análise estatística das áreas de treinamento 2(calibração), bandas 3/4/8 (kappa=0,92).
Classe Água mangue floresta cultura Capoeira várzea Sombra urbmedio Urbalta Total
Não Classificado 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
água 5366 2 0 0 0 0 0 0 0 5368
mangue 3 712 0 0 0 180 0 5 0 900
floresta 0 0 865 2 0 26 66 0 0 959
cultura 0 2 0 1440 31 35 0 3 5 1516
capoeira 0 1 0 210 412 23 0 0 0 646
várzea 1 57 9 28 2 2294 1 64 2 2458
sombra 1 0 61 0 0 0 1091 0 0 1153
urbmedio 0 0 0 0 0 55 0 2185 19 2259
urbalta 0 0 0 5 0 11 0 86 750 852
Total 5371 774 935 1685 445 2624 1158 2343 776 16111
Tabela 5.6 b- Análise estatística das áreas de treinamento 2 (validação), bandas 3/4/8 (kappa=0,71).
91
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
5.8) presentes na imagem, enquanto, na água, esse efeito foi menos pronunciado (Figura
5.6). Note-se que esses variogramas apresentam o patamar em torno de 1, uma vez que
foram adimensionalizados pela variância dos tons de cinza. O efeito pepita existe em
função de que o suporte de amostragem é o píxel (30 m X 30 m), onde variabilidades
que ocorrem em escalas inferiores ao tamanho do píxel são contabilizadas na origem.
No entanto, há diferenças no que diz respeito, por exemplo, ao alcance ou zona de
influência, medido em píxeis, para os diferentes tipos de cobertura examinados nas
Figuras 5.6, 5.7 e 5.8. Por exemplo, a área de mangue apresentou alcance da ordem de
50 píxeis. As áreas de floresta apresentaram alcances variando de 20 a 40 píxeis
conforme a banda utilizada. Esse tipo de informação é essencial em algoritmos que
pretendam fazer estimativas de atributos em processo de interpolação e
extrapolação.
1,8
1,6
s
e 1,4
m
i
1,2
v
a
r 1 banda1
i banda4
â banda5
n 0,8
c banda8
i
a 0,6
0,4
0,2
0
0 10 20 30 40 50 60
distância(píxel)
93
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
2,5
s
e 2
m
i
v
a
r
i 1,5
â
banda1
n
c banda4
i banda5
a 1
0,5
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Distância(píxel)
3,5
s
e
m
i 3
v
a
r 2,5
i
â banda1
n banda8
c 2
i banda4
a banda5
1,5
0,5
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160
Distância(píxel)
NNU (número não uniforme), segundo momento (SMT) e entropia (ENT), foram
preliminarmente analisadas para as bandas 5 e 7 da imagem Landsat5-TM e banda 8
(Radarsat). Os parâmetros definidos para o algoritmos NGLDM foram β= 1, α=16, 32 e
64 e janela com tamanho 11 X 11. Esses parâmetros devem ser melhor explorados em
futuros trabalhos, especialmente no que diz respeito aos parâmetros α e tamanho da
janela. O tamanho da janela 11 X 11, por exemplo, foi definido arbitrariamente. Um
maior investigação com base nos variogramas construídos pode dar margem inclusive
ao desenvolvimento de algoritmos mais poderosos de classificação. A título de
ilustração, estão apresentados nas Figuras 5.9 e 5.10 os resultados correspondentes às
texturas NNU e LNE aplicadas na banda 5 do sensor Landsat5-TM.
No caso do método GLCM, três estatísticas, HOM (homogeneidade ou
uniformidade), DIS (dissimilaridade) e CON (contraste), foram aplicadas às bandas 5 e
7 da imagem Landsat e à banda 8 (Radarsat). O ângulo para a análise foi arbitrado como
95
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
96
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
900. Essa é uma devantagem desse método, mais utilizado na literatura e disponível em
códigos computacionais comerciais como, por exemplo, o ENVI(2000).
97
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
98
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Tabela 5.7 - Resultados relativos à precisão do processo de classificação obtidos a partir da imagem Landsat – Calibração
99
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Tabela 5.8 - Resultados relativos à precisão do processo de classificação obtidos a partir da imagem Landsat - Validação
100
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Tabela 5.9 - Resultados relativos à precisão do processo de classificação envolvendo a imagem de radar - Calibração
101
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Tabela 5.10 - Resultados relativos`a precisão do processo de classificação envolvendo a imagem de radar - Validação
102
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Por outro lado, quando se passa para a análise das Tabelas 5.9 e 5.10, constata-se
que a textura pode contribuir em procedimentos de classificação envolvendo imagem de
radar. Deve-se destacar novamente, neste ponto, que o presente trabalho contribui para a
utilização da imagem de radar em aplicações hidrológicas. No caso, o enfoque está
direcionado para o procedimento de classificação da cobertura e uso do solo. Uma vez
que a imagem de radar não é afetada por nuvens, como é o caso da imagem Landsat (em
muitas regiões, são poucas as imagens Landsat disponíveis em função da cobertura
constante de nuvens), pode-se antever o uso desse tipo de informação também em
aplicações agrícolas, como é o caso de previsão de safras. Nesse caso, é necessário um
acompanhamento mais dinâmico e sistemático, que os sensores na faixa de microondas,
como é caso do Radarsat, podem proporcionar.
Mais especificamente, com relação aos resultados, pode-se observar que a
combinação 3/4/5 do Landsat (k=95%)t apresentou desempenho ligeiramente superior
que a combinação 3/4/R (k=92%), lembrando-se que a banda R diz respeito à imagem
de radar. Quando se subtitui a banda R (3/4/R) por uma banda sintética como, por
exemplo, R-DIS-GL, formando 3/4/R-DIS-GL (k=94%), há melhora no desempenho do
algoritmo de classificação. No método GLCM, a estatística dissimilaridade (DIS)
forneceu resultados superiores (3/4/R-DIS/GL, k=94%) quando comparada com as
estatísticas média (MED) (3/4/R-MED-GL, k=81%) e homogeneidade (HOM) (3/4/R-
HOM-GL, k=86%). Quando, no entanto, fazemos uso apenas de imagem de radar e
bandas sintéticas derivadas a partir desse tipo de imagem, os resultados pioram, como
mostram as combinações R/R-HOM-GL/R-MED-GL( k=39%), R/R-VAR-GL/R-MED-
GL (k=49%), R/R-NNU-NG16/R-CON -NG16 (k=37%) e R/R-LNE-NG16/R-NNU-
NG16 (k=48%). Mas há um resultado surpreendente (R/R-SNE-NG16/R-SMT-NG16,
k=94%), em que a performance foi equivantente a composição 3/4/5 do Landsat
(k=95%), o que incentiva que esforços sejam empreendidos na incorporação da imagem
de radar e de textura em estudos de classificação da cobertura e uso do solo.
Um último comentário pode ainda ser feito com relação às diferentes classes de
cobertura do solo quando se analisam os índices de acerto para algumas classes nas
combinações envolvendo textura. Classes com maior homogeneidade espectral como
água, por exemplo, apresentaram baixos valores para os índices de acerto. Por outro
104
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
105
Capítulo 5 – Resultados e Discussão
Legenda:
Legenda:
• Densidade Urbana Alta • Várzea • Várzea
• Cultura • Densidade Urbana Média • Floresta
• Água Mangue•
Figura 5.10 - Classificação supervisionada pelo método da máxima verossimilhança
envolvendo as bandas 3, 4 da imagem Landsat e a banda de radar (Radarsat).
107
Capítulo 6 – Conclusões e Recomendações
108
Capítulo 6 – Conclusões e Recomendações
111
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Referências Bibliográficas
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Engineering, University of Waterloo, Waterloo, Ontário, Canadá.
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2001)
RUSS, J. C., (1992), “The image processing handbook”, CRC. Press. Inel., Boca
Ratton, Florida, pp. 442.
121
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SILVA, M. ; LUIS, A ZICARDI, (1979), Notas para uma discussão sobre movimentos
sociais urbanos, pp.15.
SIMPSON, J.J. (1992), Remote Sensing and Geographical Information System: Their
Past, Present and Future Use in Global Marine Fisheries In Fisheries and Oceanography.
v. 3, pp. 238-280.
SINGER, P., (1979), ANPOCS - III Encontro de Movimentos de Bairros em São Paulo,
Belo Horizonte, MG.
SUN, C. E. G. WEE (1983), Neighboring grey level dependence matrix for texture
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SWAIN, P., H. (1978), Remote Sensing: The Quantitative. New York, N.Y., U.S.A.,
McGraw-Hill.
TAO, T. e N. KOUWEN (1989), “Remote sensing and fully distributed modelling for
flood forecasting”, J. of Water Resources Planning and Management, ASCE, 115, pp.
809-823.
122
Referências Bibliográficas
123
Apêndice A – Programa de Despoluição da Baía de Guanabara
APÊNDICE A
Detalhamento:
• saneamento básico (CEDAE - Companhia Estadual de Água e Esgoto).
• esgotamento sanitário (município RJ/baixada fluminense/Niterói/São
Gonçalo) Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Nilópolis, São João de Meriti,
Nova Iguaçu, São Gonçalo, Niterói, Ilha do Governador, Ilha de Paquetá
• construção de plantas de tratamento primário de esgotos:
3
5/capacidade:7,1m /s;
• planta de tratamento secundário/Ilha de Paquetá/emissário submarino-
extensão: 2.500m/diâmentro: 300mm.
• coletores troncos - extensão: 108,4 km
• redes coletoras - extensão: 1.005 km/estações de bombeamento: 35
124
Apêndice A – Programa de Despoluição da Baía de Guanabara
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Apêndice A – Programa de Despoluição da Baía de Guanabara
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Apêndice A – Programa de Despoluição da Baía de Guanabara
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Apêndice A – Programa de Despoluição da Baía de Guanabara
Prazo de execução
• 5 anos (1994/1998).
Custo/financiamento
• custo total: US$ 760 milhões (BID: US$ 405 milhões; US$ 355 milhões).
Organismo executor
• CEDEG - Grupo executivo de descontaminação da baía de Guanabara.
• Entidades participantes: CEDAE; SERLA; RIO-URBE; SOSP;
COMLURB; FEEMA; IEF; SEMAN; SERLA;
• ADEG/CEDAE (Unidade Gerencial/principal entidade executora do
programa).
Informação à comunidade
• UERJ - Universidade do estado do Rio de Janeiro: Apresentação/Debates
com ONGs (26/03/93);
128
Apêndice A – Programa de Despoluição da Baía de Guanabara
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Apêndice A – Programa de Despoluição da Baía de Guanabara
130
Apêndice A – Programa de Despoluição da Baía de Guanabara
131
Apêndice A – Programa de Despoluição da Baía de Guanabara
Figura A.3- Valão do bairro Comendador Soares, curso de água receptor de esgoto e
lixo do bairro, Nova Iguaçu (fonte:PNUD/BRA/93/22, 1995)
132
Apêndice B – Participação Comunitária
APÊNDICE B
Participação Comunitária
136
Apêndice B – Participação Comunitária
137
Apêndice C – Estimativa de Parâmetros
APÊNDICE C
^
utilização de θ como estimador de θ, de forma que maximize a função de
^
verossimilhança. Intuitivamente, corresponde a escolher o valor θ que implique numa
138
Apêndice C – Estimativa de Parâmetros
um vetor de parâmetros.
cálculo diferencial.
∂
∂ θ1
M
∆θ =
∂
∂θm
n
F (θ) = log L (x1, ... ,xn; θ) = ∑ log f ( x i / θ ). (C.3)
i =1
n
∇ θi F = ∑ ∇ θi log f (x k / θ i ) = 0 com i=1, ..., m. (C.4)
k =1
139
Apêndice C – Estimativa de Parâmetros
parâmetros do modelo linear padrão, seja pelo método dos mínimos quadrados,
^ ^
b = Ax + ε (C.5)
onde:
x - vetor n-dimensional
^
b - vetor m-dimensional
^
ε - vetor m-dimensional estocástico dos erros observados, que satisfaz.
^
E( ε ) = 0 e (C.6)
E (εε t ) = S (C.7)
em que,
^ ^ ^ ^ ^
S = ∑ b = E [ ( b - E( b )) ( b - E( b ))T] (C.8)
140
Apêndice C – Estimativa de Parâmetros
^
Se todos os b j são não correlatos, então S torna-se uma matriz diagonal. Se,
S = σ2 I (C.9)
^
E (b) = Ax (C.10)
^ ^ ^
∑ b = E[(b− Ax).(b − Ax)T = S (C.11)
forma quadrática:
^ ^ ^ ^
θ( x ) = (b− A x ) T S−1 (b − A x ) (C.12)
dθ ^ ^
^
= −2A TS−1 b + 2A TS−1A x = 0 (C.13)
dx
ou
^ ^
A TS−1A x = A TS−1 b (C.14)
141
Apêndice C – Estimativa de Parâmetros
Essas equações são chamadas de equações normais e sua solução é dada por:
^ ^
x = (A TS−1A) −1 A TS−1 b (C.15)
^
E( x ) = x (C.16)
^
cov(x ) = (A TS−1A) −1 (C.17)
^ ^
x = (A T W −1A) −1 A T W −1 b (C.18)
^ ^ ^ ^ ^
θ( x ) MQ = (b − A x ) T W −1 (b − A x ) (C.19)
Supondo que o vetor de resíduos ∈ tem distribuição normal e uma vez que o
modelo linear padrão garante que eles são não correlatos (S é diagonal) conforme
Equação (C.8), com média zero e variâncias iguais, assume-se que os erros são
142
Apêndice C – Estimativa de Parâmetros
^ 1 1 T −1
L( x ) = exp − (b − A x ) S (b − A x ) (C.20)
2
2π
m/2
S
1/ 2
^ m 1 1 ^ ^ ^ ^
log e L( x ) = − log e 2π − log e S − (b− A x ) T S −1 (b− A x ) (C.21)
2 2 2
obtenha seu maior valor. Como o terceiro termo da expressão (C.23) é o único que
^ ^ ^ ^ ^
θMV ( x ) = (b − A x )S−1 (b− A x )T (C.22)
^ ^ ^ ^ ^
θ MV ( x ) = (b − A x ) T S −1 (b − A x ) (C.23)
143