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Eleitoral Concurso PDF
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DIREITO ELEITORAL
Currículo do autor
a) Graduação:
b) Pós-graduação:
c) Atividade Profissional:
Sumário breve:
Capítulo I – Introdução....................................................................................................05
Capítulo IX – Apuração...................................................................................................101
Capítulo X – Diplomação................................................................................................105
Bibliografia....................................................................................................................151
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DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1. NOÇÕES:
1
(MP/PI, Promotor de Justiça) Assinale a alternativa incorreta. É objeto do Direito Eleitoral: (a) a
distribuição do corpo eleitoral (divisão do eleitorado em circunscrição); (b) a organização do sistema eleitoral
(sufrágio universal ou restrito); (c) ditar as normas que se devem cumprir quanto à forma (voto secreto ou
público, cédula individual ou única), quanto à mecânica de representação proporcional; quanto às regras
sobre aquisição e perda da capacidade; (d) o processo eleitoral propriamente dito (conjunto de atos, desde a
organização e distribuição de mesas receptoras de votos, a realização e apuração das eleições, até o
reconhecimento e diplomação dos eleitos, que se desenvolve perante os Juizados Criminais); (e) a
especialização do conjunto normativo pertinente às eleições majoritárias e proporcionais (alternativa “d” é a
incorreta, já que a diplomação dos eleitos se dá perante as Juntas Eleitorais, ao TRE ou ao TSE,
conforme o caso, e não diante dos Juizados Criminais).
2
Curso de direito eleitoral, Editora Jus Podium, 2010, p. 37.
3
Resoluções estas que tem força de lei geral, conforme reconheceu o próprio Tribunal Superior Eleitoral no
Rec. n. 1.943/RS.
4
O art. 5o, inciso I, prevê a proibição do alistamento do analfabeto, quando se sabe que atualmente o mesmo
tem a faculdade de se alistar, ou não, nos termos do art. 14, § 1o, inciso I, alínea ‘a’, da Constituição Federal.
5
Este dispositivo atribui competência originária ao Tribunal Superior Eleitoral para julgamento de infrações
penais praticadas por seus membros e pelos juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais, mas pela nova
disciplina constitucional competirá ao STF o processo e julgamento dos membros de Tribunais Superiores
(CF, art. 102, inciso I, alínea ‘c’) e ao STJ o referente aos juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais (CF, art.
105, inciso I,’a’) (Almeida, Curso, p. 138).
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Alude a “Tribunal Federal de Recursos” (inciso II) e a “cidadãos” (inciso III), expressões substituídas por
“Tribunal Regional Federal” e “advogados” (CF, art. 120, incisos II e III).
7
Refere-se à proibição, hoje inexistente, de o Juiz Substituto funcionar como Juiz Eleitoral (Lei
Complementar 35/1979, art. 22, § 2o).
8
Nesse sentido: Resolução 14.150, de 23.08.1994.
9
Ary Ferreira de Queiroz, Direito eleitoral, p. 36.
10
(MPF, Procurador da República, 17º Concurso) A lei que alterar o processo eleitoral: (a) entrará em
vigor na data de sua publicação, retroagindo apenas para beneficiar as candidaturas já registradas na Justiça
Eleitoral; (b) terá vigência imediata, valendo para as eleições em curso de forma isonômica para todos os
Partidos Políticos; (c) entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até
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um ano da data de sua vigência; (d) deverá sempre aprimorar o regime democrático sob pena de
inconstitucionalidade moral (a alternativa “c” é a correta no gabarito oficial; CF 16).
11
(MPF, Procurador da República, 19ª Concurso) A lei que alterar o processo eleitoral: (a) terá vigência
imediata, aplicando-se às eleições em curso e às que venham a ser realizadas em breve, se já escolhidos os
candidatos em convenções partidárias; (b) somente entrará em vigor um ano após sua promulgação; (c) não
prejudicará o recurso cabível, segundo a Constituição, para o Tribunal Superior Eleitoral, de decisões dos
Tribunais Regionais Eleitorais que anulem diplomas ou versem sobre inelegibilidade nas eleições municipais;
(d) entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de
sua vigência (a alternativa “d” é a correta; sugere-se a releitura do art. 16 da Constituição Federal).
12
Torquato Jardim, Direito eleitoral positivo, p. 115.
13
Ary Ferreira de Queiroz, p. 37.
14
Ary Ferreira de Queiroz, p. 38.
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5. A JUSTIÇA ELEITORAL:
6. O EXERCÍCIO DO PODER:
15
Antes do advento do Código Eleitoral de 1932, a apuração de eleições era feita através do chamado
“Sistema de Aferição de Poderes”, conduzido e presidido pelo Poder Legislativo.
16
Roberto Moreira de Almeida, Curso de direito eleitoral, p. 64.
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popular, como o poder de o próprio povo deflagrar o processo legislativo (CF, art. 61, §
2o).
7. A NACIONALIDADE:
17
Alexandre de Moraes, Direito constitucional, 2006, p. 212.
18
CF, art. 12, inciso I, alínea ‘a’ (“os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de países
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país”).
19
CF, art. 12, inciso I, alíneas ‘b’ (“os nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe brasileira, desde que qualquer
deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil”) e ‘c’ (“os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro
ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela
nacionalidade brasileira”).
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8. A CIDADANIA:
20
Michels, Direito eleitoral, p. 13.
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1. NOÇÕES:
21
Direito constitucional, 19ª edição, 2006, p. 207.
22
“Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
desta Constituição”.
23
Curso de direito constitucional positivo, p. 349.
24
(MP-MT, Promotor de Justiça) Ao inscrever-se como candidato a determinado cargo eletivo, o
indivíduo: (a) exerce um direito político ativo; (b) exerce um direito político positivo; (c) ambas alternativas
procedem, uma vez que se completam; (d) nenhuma procede (a alternativa “b” é a correta).
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25
(MPF, Procurador da República, 17º Concurso) São condições de elegibilidade: (a) o registro de
candidatura, a intensa propaganda eleitoral e a obtenção de votos, (b) o alistamento eleitoral, a filiação
partidária e o domicílio eleitoral na circunscrição; (c) aquelas estabelecidas em lê complementar, a fim de
proteger a probidade administrativa e a moralidade para o exercício do mandato; (d) as que, nos termos do
Código Eleitoral, são estabelecidas por Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (a alternativa “b” é a
correta, nos termos do art. 14, § 3º, da Constituição Federal).
26
(Magistratura-GO, 2009, prova A01, tipo 004, questão 63) Relativamente à nacionalidade brasileira é
correto afirmar que: (a) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que houver colaborado com
atividade nociva ao interesse nacional, desde que assim o reconheça sentença judicial; (b) São privativos de
brasileiro nato os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, de Presidente da Câmara dos
Deputados, de Presidente do Senado Federal, de Ministro do Supremo Tribunal Federal, da carreira
diplomática, de oficial das Forças Armadas e do Ministro de Estado da Justiça; (c) São brasileiros natos os
nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros que estejam a serviço de seu país;
(b) Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro, nato ou naturalizado, que adquirir outra
nacionalidade, salvo nos casos de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira ou de
imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em estado estrangeiro, como
condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis (a alternativa “d” é a
correta, nos termos do art. 12 da Constituição Federal).
27
Queiroz, Direito eleitoral, p. 73.
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28
“É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: I –
cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; II – incapacidade civil absoluta; III –
condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem os seus efeitos; IV – recusa a cumprir
obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; V – improbidade
administrativa, nos termos do art. 37, § 4º”.
29
Alexandre de Moraes, Direito constitucional, 19ª edição, 2006, p. 209.
30
Queiroz, Direito eleitoral, pp. 99-100.
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durante esse prazo o cadastro eleitoral fica “fechado” até o fim dos trabalhos da junta
eleitoral, em data previamente marcada no calendário eleitoral.
31
TRE-GO, Processo n. 57/2000.
32
Michels, p. 17, citando Tupinambá Nascimento.
33
“Magistrados e membros dos Tribunais de Contas, por estarem submetidos à vedação constitucional de
filiação partidária, estão dispensados de cumprir o prazo de filiação fixado em lei ordinária, devendo
satisfazer tal condição de elegibilidade até seis meses antes das eleições, prazo de desincompatibilização
estabelecido pela Lei Complementar n. 64/90” (TSE, Pleno, Consulta 353-DF, Rel. Min. Costa Leite, DJU
21.10.1997).
34
Releva observar, apenas para efeito histórico, que o art. 84 da antiga Lei 48/1935 (“Código Eleitoral de
1935”) admitia a candidatura a requerimento de eleitores (Queiroz, Direito eleitoral, p. 74).
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35
Questão dos infiéis, Justiça precisa resolver problema da fidelidade partidária, Ronaldo Nóbrega Medeiros,
Revista Consultor Jurídico, 27 de agosto de 2007.
36
(Magistratura-GO, 2009, prova A01, tipo 004, questão 74) A respeito do registro de candidatos, é
INCORRETO afirmar que: (a) Os candidatos à Câmara dos Deputados concorrerão com o número do
partido ao qual estiverem filiados, acrescidos de dois algarismos à direita; (b) Os partidos e coligações
solicitarão à Justiça Eleitoral o registro de seus candidatos até às dezenove horas do dia 5 de julho do ano em
que se realizarem as eleições; (c) A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de
elegibilidade é verificada tendo como referência a data da eleição; (d) É facultado ao partido ou coligação,
preenchidos os requisitos legais, substituir candidato que for considerado inelegível, renunciar ou falecer
após o termo final do prazo do registro ou, ainda, tiver seu registro indeferido ou cancelado; (e) Estão sujeitos
ao cancelamento do registro os candidatos que, até a data da eleição, forem expulsos do partido, em processo
no qual seja assegurada ampla defesa e sejam observadas as normas estatutárias (a alternativa “c” é a
incorreta à luz do art. 11, § 2º da Lei 9.504/1997).
37
(MP-MA, Promotor de Justiça) Acerca da elegibilidade é incorreto afirmar: (a) idade mínima de 35
anos para Presidente da República, Vice-Presidente e Senador; (b) idade mínima de 30 anos para Governador
e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e Deputado Federal; (c) idade mínima de 21 anos para
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; (d) Idade mínima de 18 anos para
Vereador; (e) é privativo do brasileiro nato o cargo de Presidente da República (a alternativa “b” é a
incorreta, pois a idade mínima para concorrer ao cargo de deputado federal é de 21 anos, e não de 30
anos).
38
Queiroz, Direito eleitoral, p. 75.
39
(Magistratura-GO, 1998) A idade mínima constitucionalmente estabelecida como condição de
elegibilidade é verificada tendo por referência: (a) A data da inscrição do candidato na Justiça Eleitoral;
(b) A data da escolha do candidato pelo partido; (c) A data da posse; (d) A data da eleição (no gabarito
oficial, a letra “c” é a alternativa correta, recomenda-se a leitura do art. 11, § 2º, da Lei 9.504/1997).
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2.2.7. ALFABETIZAÇÃO:
40
Destaque meu.
41
Fávila Ribeiro, Direito eleitoral, p. 285.
42
TSE, REsp 30.131-RN, Rel. Min. Eros Grau.
43
Nesse sentido: Na doutrina, Torquato Jardim, Direito eleitoral positivo, p. 73 e, na jurisprudência, TSE,
Acórdão 12.827, Rel. Min. Alckimin, julgado em 27.09.1992.
44
TSE, Acórdão 12.741, Rel. Min. Carlos Velloso, julgado em 24.09.1992.
45
TRE-GO, Processo 169.003.2004, Rel. Dr. Antônio Heli de Oliveira.
46
Resolução-TSE 22.717/2008 e Resolução-TSE 23.221/2010.
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3.1. INALISTABILIDADES:
47
José Afonso da Silva, Curso de direito constitucional positivo, p. 382.
48
Para Ary Ferreira de Queiroz, a restrição em tela origina-se no fato de que o conscrito, pela sua situação
hierárquica, seria “facilmente influenciável, ou ‘dobrável’ por seus superiores, de modo que poderia viciar o
processo eleitoral” (Direito eleitoral, p. 68).
49
Relembre-se que somente se exige os dezesseis anos completos, para efeito de alistamento, na data do
pleito, sendo lícita, portanto, a formulação de pedido de inscrição eleitoral quando o pretendente encontrar-se
ainda com quinze anos (Resolução-TSE 21.538/2003, art. 14, caput); mas o título emitido nessas condições
“somente surtirá efeitos com o implemento da idade de 16 anos” (art. 14, § 2º do diploma citado).
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3.2. INELEGIBILIDADES:
50
(MP-MA, Promotor de Justiça) Com relação à inelegibilidade, no direito brasileiro, é correto afirmar:
(a) decorre exclusivamente da Constituição Federal e do Código Eleitoral; (b) decorre exclusivamente da
Constituição Federal e de Lei Complementar; (c) decorre exclusivamente da Constituição Federal; (d)
decorre exclusivamente de Lei Complementar; (e) decorre exclusivamente do Código Eleitoral (a alternativa
“b” é a correta).
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51
Redação atribuída pela Emenda Constitucional 16, de 04.06.1997, com vigor a partir de 05.06.97.
52
Alexandre de Moraes (Direito constitucional, 2006, p. 219-220), autor que também sustenta que esse
sistema brasileiro é diferente do norte-americano, em que ninguém poderá ser eleito mais de duas vezes para
o cargo de Presidente da República.
53
Nesse sentido: Alexandre de Moraes, Direito constitucional, 2006, p. 221, citando o entendimento
esposado pelo TSE na Resolução 21.438, Rel. Min. Carlos Velloso.
54
Nesse sentido: TSE, Consulta 364, Rel. Min. Nilson Naves, 04.03.1998.
55
Redação dada pela Emenda Constitucional 16, de 04.06.1997.
56
TSE, Consulta n. 397, Rel. Min. Eduardo Alckim.
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57
Nesse sentido: Alexandre de Moraes, 2006, p. 228.
58
Direito constitucional, 2006, pp. 229-230.
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elegíveis para o mesmo cargo do titular, quando este for reelegível e tiver se afastado
definitivamente até seis meses antes do pleito”. 59
59
Acórdãos 19.442, de 21.08.2001 e 3.043, de 27.11.2001.
60
RE n. 344.882, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgado em 08.04.2003, ficando vencido o Min. Moreira
Alves (extraído do Boletim Informativo do TRE-GO, n. 54).
61
Alexandre de Moraes, Direito constitucional, 2006, p. 231.
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3.2.3.2. CONTEÚDO:
62
O destaque não consta no texto original.
63
(Magistratura-GO, 2009, prova A01, tipo 004, questão 71) É de quatro meses o prazo para
desincompatibilização, para candidatarem-se aos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República,
dentre outros, dos que: (a) Estejam ocupando cargo ou função de direção administração ou representação
em entidades representativas de classe, mantidas com recursos arrecadados ou repassados pela Previdência
Social; (b) Estejam exercendo as funções de membros dos Tribunais de Contas da União, dos Estados e do
Distrito Federal, bem como a de Diretor Geral do Departamento de Polícia Federal; (c) Estejam exercendo os
cargos de Presidente, Diretor e Superintendente de Autarquias e Empresas Públicas; (d) Tiverem
competência apara aplicar multas relacionadas com as atividades de lançamento, arrecadação ou fiscalização
de impostos, taxas e contribuições de caráter obrigatório; (e) Estejam exercendo nos Estados ou no Distrito
Federal cargo ou função de nomeação pelo Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do Senado
Federal (a alternativa “a” é a correta, nos termos do art. 1º, inciso II, alínea “g”, da Lei Complementar
64/1990).
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(...)
d) os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça
Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado, em
processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na
qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem
nos 8 (oito) anos seguintes;
..........................................................................................................................
......................................................................................................................................
.....
A divergência foi aberta pelo ministro Dias Toffoli, para quem negar a
retratação seria apenas adiar o problema, já que a defesa pode entrar com Ação
Rescisória contra a decisão do Supremo e, assim, obter o direito ao registro. Em
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"Está se fazendo um case para Jader barbalho. É uma situação que nos
coloca num quadro de perplexidade enorme. Porque, vejam: há dois impugnados.
Um vence a eleição e o outro é terceiro lugar. O terceiro logra e vai assumir e o
vencedor, não", sustentou Gilmar Mendes.
Assim como o ministro Luiz Fux, a nova ministra terá de assumir para
pacificar a decisão do Supremo em relação à Lei da Ficha Limpa.
Segundo lugar
O senador foi o segundo mais votado nas eleições, atrás de Flexa Ribeiro
(PSDB), com 1,81 milhão. Depois de Jader, ficaram Paulo Rocha (PT), com 1,73
milhão de votos, e Marinor Brito (PSOL), que teve 727 mil. É Marinor quem hoje
exerce a segunda vaga do Senado destinada ao estado do Pará, porque Jader e
Rocha tiveram os registros indeferidos antes das eleições.
O recurso de Jader Barbalho contra a Lei da Ficha Limpa ficou parado por
conta da licença médica do ministro Joaquim Barbosa, relator do processo. Barbosa
saiu de licença médica em 15 de junho para se submeter a uma cirurgia no quadril.
Nesse meio tempo, Jader Barbalho teve quatro pedidos liminares rejeitados
por outros ministros e o presidente do Supremo, ministro Cezar Peluso, chegou a
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Cartas do Pará
Os ministros reclamaram das cartas que Jader Barbalho mandou para suas
casas. O relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, disse que se sentiu
ameaçado com as correspondências. "Recebi cartas em minha residência que
significavam ameaças. As cartas significavam isso: 'Olha, eu sei o seu endereço'."
64
Direito eleitoral, p. 120.
65
“Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que: I – tiver cancelada sua naturalização por
sentença judicial, em virtude de atividade nociva ao interesse nacional”.
66
Saliente-se, por oportuno, que a doutrina pátria não é pacífica acerca da classificação entre os casos de
suspensão e de privação; Alexandre de Moraes, exemplificativamente, entende que são casos de perda o
cancelamento da naturalização e a escusa de consciência (art. 5o, incisos I e VIII da CF), e de suspensão a
incapacidade civil absoluta, a condenação criminal transitada em julgado e a improbidade administrativa
(Direito constitucional, pp. 235-237). No mesmo sentido pensa José Afonso da Silva.
67
Moraes, Direito constitucional, p. 236.
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68
(MPF, Procurador da República, 17º Concurso) Os direitos políticos: (a) não pode ser cassados ou
suspensos em nenhuma hipótese; (b) podem ser suspensos nos casos de improbidade administrativa e de
condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem os seus efeitos; (c) serão cancelados, por
decisão do Tribunal Superior Eleitoral, nas hipóteses de cassação de mandato de Parlamentar por violação do
decoro; (d) podem ser cassados definitivamente, nos casos de prática de crimes hediondos e terrorismo (a
alternativa “b” é a correta, nos termos do ensinamento predominante da doutrina).
69
(Magistratura-GO, 2009, prova A01, tipo 004, questão 67) “Aquele que sofre condenação criminal
transitada em julgado perde definitivamente os direitos políticos” (assertiva incorreta).
70
Em seu artigo “Condenação criminal e suspensão dos direitos políticos” (Boletim Informativo do TRE-
GO, n. 27).
71
Nesse sentido: TSE, AC 13.012, Rel. Min. Jardim, 8.10.92; RMS 20, Rel. Min. Alckimin, DJU 10.09.96,
entendendo que o “sursis, porque mera suspensão temporária da execução da pena (CPP, art. 696), não afasta
a inelegibilidade”; REsp 12.745, Rel. Min. Ilmar Galvão, de 21.06.96 e, ainda, na doutrina, Michels, p. 19.
Em sentido contrário: José Afonso da Silva, ao dizer que em tal caso há suspensão também dos efeitos
secundários da sentença condenatória.
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ao juiz: “aceito o acordo penal para não me submeter ao processo, mas não assumo a culpa
pela infração”).
4. CANDIDATURAS ESPECIAIS:
72
Alexandre de Morais, Direito constitucional, 2006, pp. 239-240, citando importante julgado do STF (RE n.
179.502-6/SP, Rel. Min. Moreira Alves).
73
TSE, REsp n. 13.324-BA, Rel. Min. Ilmar Galvão.
74
Alexandre de Morais, Direito constitucional, 2006, p. 241 (admitindo em nota de rodapé a alteração de seu
posicionamento inicial, a partir da 6ª edição de sua obra).
75
STF, RE n. 179.502-6/SP, Rel. Min. Moreira Alves.
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4.2. MAGISTRADOS:
76
Nesse sentido: TSE, Resolução n. 21.608/2004 (“A filiação partidária contida no art. 14, § 3º, V,
Constituição Federal não é exigível ao militar da ativa que pretenda concorrer a cargo eletivo, bastando o
pedido de registro de candidatura após prévia escolha em convenção partidária”) e TSE, acórdão 11.314, de
30.08.90, Rel. Min. Octávio Gallotti (“Ao candidato militar da ativa, para cumprimento do requisito de
filiação partidária, basta o pedido de registro da candidatura, após prévia escolha em convenção partidária”).
77
Queiroz, Direito eleitoral, p. 94.
78
Segundo Ary Ferreira de Queiroz, o termo “agregado” é “empregado no direito militar no sentido de que o
militar será retirado das escalas de serviço e mesmo da escala numérica de seu quadro, como se dela fosse
excluído, de modo que não ocupará a vaga pertinente ao seu posto, graduação ou antiguidade. Não sairá do
serviço público, por isso continuará recebendo seus soldos, mas não será considerado, para efeitos práticos,
como se na ativa estivesse” (Direito eleitoral, p. 94).
79
(MPF, Procurador da República, 13º Concurso) Oficial, da ativa, de qualquer das Forças Armadas, com
mais de dez anos de serviço: (a) é inelegível, porque proibida constitucionalmente sua filiação a partido
político; (b) é elegível, não se lhe aplicando o prazo de filiação partidária, mas, apenas, o de registro de
candidato; (c) se eleito Deputado Estadual, torna-se agregado, no ato de diplomação; (d) se eleito Senador,
passa para a inatividade, independentemente do ato de diplomação (a alternativa “b” é a correta, nos
termos da lição ministrada acima).
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80
Alexandre de Moraes, Direito constitucional, 2006, p. 564, citando o posicionamento do Tribunal Superior
Eleitoral (Resolução n. 22.045, Rel. Min. Marco Aurélio e Consulta n. 1.154, Rel. Min. César Asfor Rocha).
81
TSE, Consulta n. 1.154, Rel. Min. César Asfor Rocha, DJU de 24.10.2005.
82
Alexandre de Moraes, Direito constitucional, 2006, p. 565.
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1. NOÇÕES:
(e) por ser direto (salvo hipótese excepcional prevista no art. 81, §
1º da Constituição Federal);
83
(Magistratura-GO, 2009, prova A01, tipo 004, questão 72) Sufrágio é o: (a) Ato de assinalar na urna
eletrônica o nome de um candidato, manifestando sua vontade para escolha de governantes em um regime
representativo; (b) Comparecimento à seção de votação e assinatura da folha de votação, para a escolha de
candidatos regularmente registrados em pleito eleitoral; (c) Instrumento através do qual o cidadão manifesta
sua vontade para escolha de governantes em um regime representativo; (d) Direito público subjetivo de
eleger, ser eleito e de participar da organização e da atividade do poder estatal; (e) Documento oficial onde o
cidadão assinala o nome de um candidato, manifestando sua vontade para escolha de governantes em um
regime representativo (a alternativa “d” é a correta).
84
As Constituições de 1824, 1934 e 1937 não previram em seu texto o voto secreto, o que somente veio a
ocorrer a partir da Carta Magna de 1946 (Alexandre de Moraes, Direito constitucional, 2006, p. 211).
85
É bom registrar que o citado art. 103 do Código Eleitoral não foi revogado pela Lei 9.504/1997, estando
em pleno vigor, mas é evidente que sua aplicação integral somente ocorre no caso de votação manual.
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2. CLASSIFICAÇÕES DO SUFRÁGIO:
Vejamos a seguir.
86
Direito constitucional, 2006, pp. 210-211.
87
(MP-MT, Promotor de Justiça) O regime de sufrágio adotado pela Constituição Brasileira é: (a)
universal censitário; (b) universal inigualitário, (c) universal capacitário; (d) universal igualitário (a
alternativa “d” é a correta, nos termos do art. 14, caput, da Constituição Federal).
88
Direito constitucional, 19ª edição, 2006, p. 209.
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Sob essa ótica, relativa ao seu valor, o sufrágio pode ser igual ou
desigual.
Era este o sistema adotado pelo Brasil como regra até a eleição do
Presidente Tancredo Neves (de 1964 a 1984). 89
Veja-se, porém, que o critério (da eleição indireta) em tela não foi
banido do Direito Brasileiro, sendo utilizado atualmente pelo art. 81, § 1o, da Constituição
Federal, 90 que trata da eleição na hipótese de vacância dos cargos de presidente e vice-
presidente da república na última metade do mandato.91
89
Durante o período citado, o “Presidente e o Vice eram designados por um Colégio dito Eleitoral, que
correspondia ao Congresso Nacional reforçado, uma vez que eram adicionados seis representantes provindos
de cada Assembléia Legislativa Estadual, escolhidos pelos integrantes das bancadas partidárias majoritárias”
(Michels, p. 28).
90
“Ocorrendo vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será
feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei”.
91
Queiroz, Direito eleitoral, p. 43.
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92
Queiroz, Direito eleitoral, p. 45.
93
Santana, Jair Eduardo. Direito eleitoral: para compreender a dinâmica do poder político, p. 44.
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94
José Afonso da Silva, Curso de direito constitucional positivo, p. 372.
95
Ressalte-se que o art. 106, par. único, do Código Eleitoral foi expressamente revogado pelo art. 107 da Lei
9.504/1997.
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candidatos mais votados, em cada legenda, serão os eleitos, para ocupar as cadeiras que
lhes toquem”.96
96
José Afonso da Silva, Curso de direito constitucional positivo, p. 376.
97
Na doutrina, José Afonso da Silva (Curso de direito constitucional positivo, p. 373) e, na jurisprudência,
TRE-GO, Processo n. 178.012.004 (Rel. Dr. Eládio Augusto Amorim Mesquita, julgado em 28.02.2005).
98
Direito eleitoral, p. 67.
99
(Magistratura-GO, 1998) Assinale a alternativa correta: (a) No caso de nenhum partido ou coligação
alcançar o quociente eleitoral, considerar-se-ão eleitos os candidatos mais votados, independentemente da
legenda; (b) O suplente pode substituir o parlamentar em caso de impedimento, mas não pode assumir o
mandato em caso de vaga; (c) A Lei permite celebrar coligações para a eleição majoritária e para a eleição
proporcional, exceto para ambas as disputas: a majoritária e a proporcional; (d) Na constância do processo
eleitoral, às coligações são atribuídos direitos e obrigações próprios, distintos daqueles atribuídos aos
partidos políticos (no gabarito oficial, a alternativa “a” é a correta, recomendando-se a releitura do
texto principal e a consulta ao art. 111 do Código Eleitoral).
100
José Afonso da Silva, Curso de direito constitucional positivo, p. 377.
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2.6.2.5. SUPLENTES:
101
Santana, Jair Eduardo. Direito eleitoral: para compreender a dinâmica do poder político, p. 44-45.
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102
Também conhecido como “segundo escrutínio” ou “degola”.
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103
Na mesma ocasião também são escolhidos os substitutos em igual número (CF, art. 121, § 2º).
104
(MP/PI, Promotor de Justiça) Quanto à composição do Tribunal Superior Eleitoral assinale a
alternativa incorreta: (a) três juízes dentre os Ministros do STF; (b) dois juízes nomeados pelo presidente
do TSE; (c) dois juízes dentre os Ministros do STJ; (d) dois juízes dentre seis advogados de notável saber
jurídico e idoneidade moral; (e) o corregedor eleitoral será escolhido dentre os Ministros do STJ (a
alternativa “b” é a incorreta).
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Convém notar, todavia, que não podem fazer parte das listas de
advogados, os magistrados e membros do Ministério Público aposentados (CE, art. 15, §
2º), tendo esta norma inclusive tido sua constitucionalidade recentemente reafirmada
incidentemente pelo Supremo Tribunal Federal. 107
105 (Magistratura-MS, 2010) “Quanto à composição dos Tribunais Regionais eleitorais, indique pelo menos
dois dos pressupostos ou exigências constitucionais para que um advogado se torne temporariamente
um juiz eleitoral” (a resposta desta questão se encontra no texto principal).
106
Em rigor, o Tribunal de Justiça elaborará duas listras tríplices (uma para cada vaga), submetendo-as,
através do TSE (CE, art. 23, XI), ao Presidente da República para escolha, conforme exsurge do RITJGO, art.
9o-A, inciso XIII (Queiroz, Direito eleitoral, pp. 42-44).
107
STF, RMS 23.123-PB, Rel. Min. Nelson Jobim (março de 2004).
108
RITREGO, art. 7º, caput.
109
(Magistratura-GO, 2006, questão 89) Os Órgãos da Justiça Eleitoral estão previstos pelo art. 118, da
“Carta de Outubro”, sendo eles o Tribunal Superior Eleitoral – TSE, os Tribunais Regionais Eleitorais
– TRE’s, os Juízes Eleitorais e as Juntas Eleitorais. Sobre a composição dos órgãos da Justiça Eleitoral
assinale o que for correto: (a) Dentre os dois Ministros que compõem o Tribunal Superior Eleitoral,
indicados pelo Supremo Tribunal Federal, um exerce a função de Presidente e o outro a de Corregedor Geral;
(b) Os membros do TSE filiados à OAB são nomeados pelo Presidente da República, enquanto nos TRE’s a
escolha é feita pelo Governador do Estado; (c) Os Juízes Eleitorais no exercício dessas funções gozarão de
plenas garantias e serão inamovíveis, prerrogativa que não se aplica aos demais integrantes das Juntas
Eleitorais; (d) O Tribunal Regional Eleitoral elegerá o seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os
Desembargadores (no gabarito oficial, a letra “d” é a alternativa correta; sugere-se a leitura do art. 120,
§ 2º, da Constituição Federal).
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110
Como se observa, não há propriamente um cargo de Juiz Eleitoral, mas apenas uma função que é exercida,
geralmente, pelo próprio Juiz de Direito da Comarca (Queiroz, Direito eleitoral, p. 34).
111
Nesse sentido: Queiroz, Direito eleitoral, p. 34.
112
(Magistratura-GO, 1998) Assinale a única alternativa correta: (a) O Juiz eleitoral pode votar em
qualquer seção eleitoral do país; (b) Junto ao TRE, a representação de partido político é feita pelo delegado;
(c) Os membros das juntas eleitorais são nomeados pelo TRE; (d) A denúncia por fato previsto como crime
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2.4.1. GARANTIAS:
2.4.2. COMPETÊNCIA:
eleitoral é oferecida pelo Procurador Geral da República (no gabarito oficial, a alternativa correta é a “c”,
sendo essencial a leitura do art. 36, § 1º, do Código Eleitoral).
113
“Na prática, tem-se mostrado muito mais eficaz quando as Juntas Eleitorais são formadas por 3 membros
(Resolução TSE n. 10.038/76)” (Michels, p. 53), ou seja, o Juiz Eleitoral (presidente) e outros dois cidadãos,
sendo isso que se recomenda na prática.
114
Naqueles “municípios onde houver mais de uma Junta Eleitoral, a expedição dos diplomas será feita pela
que for presidida pelo Juiz Eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os documentos da eleição” (art.
40, par. único).
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mandato eletivo (CF, art. 14, §§ 10 e 11, e Lei Complementar n. 64/1990) e de demandas
penais.
1. ZONA ELEITORAL:
2. SEÇÃO ELEITORAL:
3. MESA RECEPTORA:
115
Michels, Direito eleitoral, p. 35.
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4. CIRCUNSCRIÇÃO ELEITORAL:
5. DOMICÍLIO ELEITORAL:
116
(Magistratura-GO, 2009, prova A01, tipo 004, questão 73) A respeito da composição das Mesas
Receptoras de votos considere: I – Serventuários da justiça; II – Agentes policiais; III – Eleitores da
própria Seção Eleitoral; IV – Os que pertencerem ao serviço eleitoral; V – Os parentes por afinidade
de candidatos, até o segundo grau, inclusive. NÃO podem ser nomeados presidentes e mesários, dentre
outros, os indicados SOMENTE em: (a) II, IV e V; (b) III, IV e V; (c) I, II e V; (d) I, II, III e IV; (e) I, III e
IV (a alternativa correta é a “a”, nos termos do art. 120, § 1º, do Código Eleitoral).
117
“Recusar ou abandonar o serviço eleitoral sem justa causa: Pena – detenção até 2 (dois) meses ou
pagamento de 90 (noventa) a 120 (cento e vinte) dias-multa”.
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6. TRANSFERÊNCIA ELEITORAL:
118
TRE-GO, Processo n. 57/2000.
119
Michels, p. 17, citando Tupinambá Nascimento.
120
Releva ressaltar que referido preceito revogou o art. 55, § 1º, inciso I, do Código Eleitoral, que previa
prazo de 100 (cem) dias antes das eleições como limite para o protocolo do pedido de transferência eleitoral.
121
(Magistratura-GO) Em caso de mudança de domicílio, a transferência do eleitor somente será
admitida se o requerimento for feito no cartório eleitoral do novo domicílio até: (a) Cem (100) dias antes
da data da eleição; (b) Cento e cinqüenta dias antes da data da eleição; (c) A qualquer tempo, desde que antes
da data da eleição; (d) Cento e vinte (120) dias antes da data da eleição (a alternativa certa é a “b”,
conforme se vê no texto principal e no art. 91 da Lei 9.504/1997).
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122
Este prazo encontra-se previsto na Resolução-TSE 19.875/1997 (art. 19), estando afastada a previsão
contida na parte final do art. 57, caput, do Código Eleitoral (10 dias).
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1. CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS:
2. AS COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS:
durante o período compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para
impugnação do registro de candidatos” (Lei 9.504/1997, art. 6º, § 4º, com redação da Lei
12.034/2009).
124
Em tal caso, “o pedido de registro dos candidatos deve ser subscrito pelos presidentes dos partidos
coligados, por seus delegados, pela maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção ou
por representante da coligação” (Lei 9.504/1997, art. 6º, § 3º, inciso II).
125
Relembre-se que a filiação para efeito de candidatura deve ter sido deferida pelo menos um ano antes do
pleito (Lei 9.504/1997, art. 9º, caput, in fine).
126
“A certidão de quitação eleitoral abrangerá exclusivamente a plenitude do gozo dos direitos políticos, o
regular exercício do voto, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos
relativos ao pleito, a inexistência de multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral e não
remitidas, e a apresentação de contas de campanha eleitoral” (Lei 9.504/1997, art. 10, § 7º, com redação da
Lei 12.034/2009).
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Municipais) até 150% (cento e cinqüenta por cento) do número de lugares a preencher
(Lei 9.504/1997, art. 10, caput); a coligação, diversamente, terá direito de pedir registro do
dobro do número de vagas a preencher, independentemente do número de partidos que a
integrem (art. 10, § 1º). 127 Em qualquer caso, será desprezada a fração, se inferior a meio e
igualada a um, se igual ou superior (Lei 9.504/1997, art. 10, § 4º).
127
Mas “nas unidades da Federação em que o número de lugares a preencher para a Câmara de Deputados
não exceder a 20 (vinte), cada partido poderá registrar candidatos a Deputado Federal e a Deputado Estadual
ou Distrital até o dobro das respectivas vagas; havendo coligação, estes números poderão ser acrescidos de
até mais 50% (cinqüenta por cento)” (Lei 9.504/1997, art. 10, § 2º), tendo a Resolução 20.046, de 9.12.1997
estabelecido que o acréscimo “de até 50%” a que se refere a cláusula final deste § 2º incide sobre “até o
dobro das respectivas vagas”.
128
“A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos,
alternadamente, por um e dois terços”.
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129
Queiroz, Direito Eleitoral, p. 112.
130
Redação dada pela Emenda Constitucional 52/2006, mas o destaque não consta no texto original.
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131
Trata da proibição, nos três meses que antecederem as eleições, da contratação, em inaugurações, de
shows artísticos pagos com recursos públicos, conduta que poderá gerar, sem prejuízo da suspensão imediata
do ato, a cassação do registro ou do diploma.
132
Cuida da proibição de qualquer candidato “comparecer, nos 3 (três) meses que precederem o pleito, a
inaugurações de obras públicas”, comportamento que sujeita o infrator à cassação do registro ou do diploma.
133
(Ministério Público do Estado de Goiás, 2004) Assinale a alternativa correta acerca da Ação de
Impugnação de Registro de Candidatura: (a) Deverá ser proposta no prazo de 10 dias, contados da
publicação do pedido de registro do candidato; (b) A legitimidade para a propositura da ação é exclusiva dos
partidos políticos, coligações e candidatos; (c) A sentença que cassa o registro de candidatura é passível de
recurso no prazo de 5 (cinco) dias; (d) Poderá ter como fundamento somente fatos que envolvam o candidato
até a data do registro (no gabarito oficial, a alternativa “d” é a correta; releva observar que a
legitimidade para referida ação é do Ministério Público, dos candidatos, dos partidos e das coligações,
devendo ser proposta no prazo de 5 dias, e não em 10 dias, da publicação do pedido de registro).
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6.1. LEGITIMIDADE:
134
Nesse sentido: Joel José Cândido, Direito eleitoral brasileiro, p. 136, argumentando que por ocasião do
prazo da AIPRC, ninguém tem o registro ainda deferido, como parece ser óbvio. Contra: Fávila Ribeiro
sustenta que a “condição de candidato para compartilhar dessa qualidade postulacional é definida
precisamente com o registro”, razão pela qual, em sua visão, “enquanto não se efetiva o registro há apenas o
estado potencial de candidato” (p. 281).
135
(MPF, Procurador da República, 21º Concurso) A impugnação do registro de candidatura pode ser
feita: (a) nas hipóteses de inelegibilidade, apenas pelo Ministério Público; (b) em petição fundamentada, por
candidato, partido político, coligação ou Ministério Público; (c) somente no prazo de 5 (cinco) dias contados
do registro, sob pena de preclusão mesmo se se tratar de inelegibilidade constitucional; (d) por qualquer
eleitor, desde que filiado a partido político (a alternativa “b” é a correta, nos termos do art. 3º da LC
64/1990).
136
Nesse sentido: Torquato Jardim, Direito eleitoral positivo, p. 69 e Joel José Cândido, Direito eleitoral
brasileiro, p. 136.
137
Roberto Moreira de Almeida, Curso de direito eleitoral, p. 426.
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138
Note-se que os prazos nesta ação são peremptórios e contínuos não se suspendem nos feriados e finais de
semana (LC 64/1990, art. 16).
139
Se eventualmente este terceiro, sem justa causa, não exibir o documento, poderá o Juiz contra ele
requisitar providências criminais por crime de desobediência (CE, art. 347), efetivando-se a prisão em
flagrante (melhor interpretação do art. 5º, § 5º da LC 64/1990).
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Registre-se mais uma vez que até 45 (quarenta e cinco) dias antes
da data das eleições, “todos os pedidos de registro de candidatos, inclusive os
impugnados, e os respectivos recursos, devem estar julgados em todas as instâncias, e
publicadas as decisões a eles relativas” (Lei 9.504/1997, art. 16, § 1º, com redação da Lei
12.034/2009).
6.5. RECURSO:
140
“Constitui crime eleitoral a argüição de inelegibilidade, ou a impugnação de registro de candidato feito
por interferência do poder econômico, desvio ou abuso de poder de autoridade, deduzida de forma temerária
ou de manifesta má-fé: Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa de 20 a 50 vezes o valor do
Bônus do Tesouro Nacional – BTN e, no caso de sua extinção, de título público que o substitua”.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 65
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salvo intimação pessoal anterior, só se conta do termo final daquele tríduo” (Súmula 10,
do TSE).
141
(Ministério Público-GO, 2010, questão 93) Assinale a alternativa correta: (a) No processo de registro de
candidatos, o partido que não o impugnou não tem legitimidade para recorrer da sentença que o deferiu, salvo
se se cuidar de matéria constitucional; (b) Das decisões das juntas eleitorais não cabem recursos; (c)
Enquanto o Tribunal Superior não decidir o recurso interposto contra a expedição do diploma, não poderá o
diplomado exercer o mandato em toda sua plenitude; (d) Sempre que a lei não fixar prazo especial, o recurso
deverá ser interposto em 5 (cinco) dias da publicação do ato, resolução ou despacho (a alternativa “a” é a
correta, nos termos da Súmula 11 do TSE).
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7.1. NOÇÕES:
7.3. COMPETÊNCIA:
7.4. RITO:
142
Cândido, Direito eleitoral brasileiro, p. 141.
143
Cândido, Direito eleitoral brasileiro, p. 141.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 67
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144
Nesse sentido: “(...) A ação de Investigação Judicial Eleitoral prescinde de prova pré-constituída para sua
instauração, bastando ao autor apenas relatar fatos e indicar provas, indícios e circunstâncias, conforme
inteligência do art. 22 da Lei Complementar n. 64/90” (TRE-GO, Processo 178.977.2004, Rel. Dra. Carmecy
Rosa Maria Alves de Oliveira, julgado em 04.04.2005).
145
CE, arts. 303 e 304.
146
CE, art. 305.
147
CE, arts. 346 e 377.
148
Lei 6.091/1974.
149
Lei 4.117/1962.
150
TRE/GO, Processo 134.132/2003, Rel. Des. Arivaldo da Silva Chaves, julgado em 17.03.2003.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 68
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
representado e de quantos hajam contribuído para a prática do ato, isto pelo prazo de 8
(oito) anos (LC 64/1990, art. 22, XIV).
151
Destaque meu.
152
(Ministério Público-GO, 2010, questão 95) “Julgada procedente a investigação judicial, antes da
proclamação dos eleitos, o Tribunal declarará a inelegibilidade do representado, cominando-lhe sanção de
inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 03 (três) anos subsequentes à eleição em que se verificou,
além da cassação do registro do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômico ou
pelo desvio ou abuso do poder de autoridade, determinando, em conseqüência, a remessa de cópia dos autos a
Polícia Federal, para instauração de inquérito, se for o caso, ordenando quaisquer outras providências que a
espécie comportar” (assertiva incorreta, pois o prazo atualmente é de 8 oito anos de inelegibilidade – LC
135/2010).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 71
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previsto no art. 25 da Lei Complementar 64/1990, 153 caso em que cópia dos autos será
encaminhada ao Ministério Público Eleitoral para as providências cabíveis (CPP, art. 40).
7.4.8. RECURSO:
153
“Constitui crime eleitoral a argüição de inelegibilidade, ou a impugnação de registro de candidato feito
por interferência do poder econômico, desvio ou abuso de poder de autoridade, deduzida de forma temerária
ou de manifesta má-fé: Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa de 20 a 50 vezes o valor do
Bônus do Tesouro Nacional – BTN e, no caso de sua extinção, de título público que o substitua”.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 72
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
Como o próprio nome está a dizer, esta ação é a que visa, com
base em alegação de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude, impugnar o
mandato eletivo angariado pelo candidato ímprobo.
154
TSE, Acórdãos 19.518/2001, 3.095/2001 e 646/2004 (mas em todos esses julgados não se exige que tenha
havido pronunciamento judicial sobre a prova pré-constituída).
155
Cândido, Direito eleitoral brasileiro, pp. 257-258.
156
(Ministério Público do Estado de Goiás, 2004) Assinale a alternativa incorreta: (a) O prazo previsto na
Constituição Federal para que se proceda a impugnação do mandato eletivo na Justiça Eleitoral é de 15 dias
após a diplomação; (b) A ação de impugnação de mandato eletivo tramitará em segredo de justiça; (c) Nos
termos do art. 14, § 10, da Constituição Federal, a ação de impugnação de mandato eletivo deverá ser
instruída com indícios de abuso de poder econômico, corrupção ou fraude; (d) O Ministério Público, caso não
seja o autor da ação de impugnação de mandato eletivo, atuará sempre como custos legis (no gabarito
oficial, a letra “c” é a incorreta, pois na redação do art. 14, § 10, da Constituição Federal fala-se em
‘prova de abuso’ e não em ‘indícios de abuso’).
157
Cândido, Direito eleitoral brasileiro, p. 258.
158
Nesse sentido: na jurisprudência, TSE, Recurso Especial Eleitoral 15.248-MG, Rel. Min. Eduardo
Alckmin e, na doutrina, Roberto Moreira de Almeida, Curso, p. 431.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 73
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
8.2. LEGITIMIDADE:
159
Código eleitoral anotado, 2010, p. 137.
160
TSE, REspe 35.916, de 29.09.2009.
161
(Ministério Público-GO, 2010, questão 95) “O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça
Eleitoral no prazo de 10 (dez) dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder
econômico, corrupção ou fraude, tramitando a mesma de forma pública, respondendo o autor, na forma da
lei, se temerária ou de manifesta má-fé” (assertiva incorreta, primeiro porque o prazo é de 15 dias,
segundo porque a ação corre em segredo de justiça).
162
Nesse sentido: Na jurisprudência, TSE, Acórdão 498/2001; na doutrina, Joel José Cândido, Direito
eleitoral brasileiro, pp. 259-260, sustentando a aplicabilidade do art. 3o da LC 64/1990 por analogia posto que
este instituto é menos abrangente e restritivo que a AIME. Além disso, alega como reforço que a outorga de
legitimidade ao eleitor enfraqueceria os partidos políticos, dificultaria a manutenção do segredo de justiça e
propiciaria o ajuizamento de ações temerárias.
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8.3. COMPETÊNCIA:
8.4. RITO:
8.4.1. 1ª CORRENTE:
163
Acórdão 14.979-DF, de 26.05.1995.
164
Roberto Moreira de Almeida, Curso de direito eleitoral, p. 433.
165
Nesse sentido: Michels, Direito eleitoral, p. 143 e José Rubens Costa, Ação de impugnação de mandato
eletivo, p. 28.
166
TSE, Acórdão 12.286-SC, Rel. Min. Torquato Jardim, e Acórdão 11.911-GO, Rel. Min. Marco Aurélio.
167
TRE-GO, Recurso 123.161.2002, Rel. Des. José Lenar de Melo Bandeira, julgado em 06.08.2002.
168
“Distribuídos os autos” (de ação de impugnação de mandato eletivo), “o Relator imprimirá à ação o rito
ordinário estabelecido on Código de Processo Civil, observando-se, inclusive, seus prazos processuais”.
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8.4.2. 2ª CORRENTE:
169
Direito eleitoral, p. 143.
170
TSE, Resolução 21.634, Instrução 81-DF, de 19.2.2004, Rel. Min. Fernando Neves, REspe 25.443, de
14.02.2006.
171
Note-se, contudo, que o TSE nos julgados mais recentes vem dispensando a prova pré-constituída também
para o ingresso com o recurso contra a diplomação.
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172
TSE, Acórdão 3.009/2001.
173
TSE, Acórdão 888/2005.
174
Nesse sentido: TRE/GO, Processo 980.013.060.8.
175
(Magistratura-GO, 2007, questão 094) Marque a alternativa correta. Ação de impugnação de
mandato eletivo proposta contra Prefeito, que seja julgada procedente, tem como conseqüência: (a) a
declaração de nulidade dos votos que lhe foram dados e a convocação de nova eleição; (b) a declaração da
nulidade dos votos que lhe foram dados, que deverão ser somados aos votos nulos, só devendo ser convocada
nova eleição se o resultado dessa soma for superior a 50% dos votos; (c) a declaração da nulidade dos votos
que lhe foram dados, aos quais não deverão ser somados os votos nulos, não se convocando nova eleição,
mas sim o segundo colocado para ser diplomado e empossado no cargo de Prefeito, caso os votos declarados
nulos não sejam superiores a 50%; (d) apenas a perda do mandato eletivo, com a posse de seu Vice-Prefeito
eleito (no gabarito oficial, a resposta correta é a “c”).
176
O destaque não consta no texto original.
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177
“Constitui crime eleitoral a argüição de inelegibilidade, ou a impugnação de registro de candidato feito
por interferência do poder econômico, desvio ou abuso de poder de autoridade, deduzida de forma temerária
ou de manifesta má-fé: Pena – detenção de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa de 20 a 50 vezes o valor do
Bônus do Tesouro Nacional – BTN e, no caso de sua extinção, de título público que o substitua”.
178
Nesse sentido: Joel José Cândido, Direito eleitoral brasileiro, pp. 267-268.
179
TSE, REspe 28.391, 4.03.2008, MC 1833, 28.06.2006 e Ac.-TSE 1.302/2004, 1.277/2004 e 21.403/2003.
180
Nesse sentido: Roberto Moreira de Almeida, Curso de direito eleitoral, p. 435.
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9.1. NOÇÕES:
181
(MPF/Procurador da República – 20º Concurso) Constitui captação de sufrágio, vedada por lei: (a) as
promessas de campanha eleitoral de caráter demagógico e sem fundamento em dados reais; (b) a veiculação
de propaganda eleitoral ilícita, captada pelos eleitores visando a induzi-los a erro na avaliação de fatos
públicos e notórios; (c) o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o
voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro
da candidatura até o dia da eleição, inclusive, ressalvado o disposto no art. 26 e seus incisos da lei das
eleições; (d) a captação, por escuta telefônica ilegal durante a campanha eleitoral, de informações de
conversas com candidatos adversários sobre o sufrágio dos eleitores (a alternativa “c” é a correta).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 79
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sentença ou acórdão que acatou a pretensão,182 inaplicando-se o disposto no art. 15, da Lei
Complementar 64/1990. 183
9.2. CONSTITUCIONALIDADE:
182
STF, ADI n. 3.592-DF e TSE, REsp n. 19.739, Rel. Min. Fernando Neves, julgado em 13.08.2002.
183
“Transitada em julgado a decisão que declarar a inelegibilidade do candidato, ser-lhe-á negado registro, ou
cancelado, se já tiver sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido”.
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esta, ao menos na sua versão original), (b) ação de captação de sufrágio apenas se vale do
ritual previsto para a ação de investigação judicial eleitoral (sem com ela se confundir), (c)
o art. 41-A da Lei 9.504/1997 não criou nova hipótese de inelegibilidade, tratando apenas
da perda do registro ou do diploma em caso de prova de corrupção eleitoral (e a
Constituição Federal não proíbe isso), e (d) o julgamento de referida ação tem eficácia
imediata, ainda que sujeita a recurso eleitoral (ou seja, o recurso eleitoral eventualmente
interposto não tem potência para afastar a cassação decretada pelo juízo originário). 184
184
Nesse sentido: STF, MS 27.613-DF, 20.10.2009.
185
O destaque não consta no texto original.
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186
O destaque não consta no texto original.
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187
TSE, MS 3.567, de 4.12.2007.
188
O destaque não consta no texto original.
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1. INTRODUÇÃO:
189
Lei 9.504/1997, art. 36, § 2º.
190
Joel José Cândido, Direito eleitoral brasileiro, p. 153.
191
Resolução-TSE n. 22.261/2006, art. 4º, § 3º.
192
“Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção de 6 (seis) meses a (um) ano, com
alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de 5.000 (cinco mil)
a 15.000 (quinze mil) UFIR: (...) II – a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna; III – a
divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos” (Lei 9.504/1997,
art. 39, § 5º).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 85
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193
Recorde-se, por oportuno, que as convenções deverão se realizar “no período de 10 a 30 de junho do ano
em que se realizarem as eleições” (Lei 9.504/1997, art. 8º, caput).
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DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
194
Bens de uso comum, para fins eleitorais, são os assim definidos pelo Código Civil e também aqueles a que
a população em geral tem acesso, tais como cinemas, clubes, lojas, centros comerciais, templos, ginásios,
estádios, ainda que de propriedade privada (Lei 9.504/1997, art. 37, § 4º, com redação da Lei 12.034/2009).
195
Como se percebe, não “é a propaganda vedada que desafia de logo a aplicação da multa, mas sim a
contumácia do responsável em cumprir a determinação de restaurar o bem ao estado anterior, no prazo
assinado pelo juiz eleitoral em sua ordem, no exercício do seu poder de polícia” (Adriano Soares Costa,
“Comentários à lei 11.300/2006”, Jus Navigandi, p. 13).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 87
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meio da fixação de faixas, placas cartazes, pinturas ou inscrições, desde que não excedam a
4m² (quatro metros quadrados) e que não contrariem a legislação eleitoral” (Lei
9.504/1997, art. 37, § 2º, com redação da Lei 12.034/2009).
196
TSE, Resolução 7488-SC.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 88
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Até a antevéspera das eleições (até dois dias antes) (antes da Lei
11.300/2006 era até o dia das eleições), será permitida mediante pagamento normal197, “a
divulgação paga, na imprensa escrita, e a reprodução na internet do jornal impresso, de até
10 (dez) anúncios de propaganda eleitoral, por veículo, em datas diversas, para cada
candidato, no espaço máximo, por edição, de 1/8 (um oitavo) de página de jornal padrão e
1/4 (um quarto) de página de revista ou tablóide” (Lei 9.504/1997, art. 43, caput, com
redação da Lei 12.034/2009).
197
Michels, p. 89.
198
TRE-GO, Processo 133.030/2002, Rel. Dra. Ionilda Maria Carneiro Pires, j. 10.04.2003.
199
Adriano Soares da Costa, “Comentários à lei 11.300/2006”, Jus Navigandi, p. 16.
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§ 1o (VETADO)
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“Art. 57-H. Sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis, será
punido, com multa de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) a R$ 30.000,00 (trinta mil
reais), quem realizar propaganda eleitoral na internet, atribuindo indevidamente sua
autoria a terceiro, inclusive a candidato, partido ou coligação.”
200
Art. 40-B, da Lei 9.504/1997.
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1.2.8. INCRIMINAÇÃO:
201
Relevante registrar aqui a revogação do art. 244, parágrafo único do Código Eleitoral.
202
O destaque não consta no texto original.
203
TSE, Res. 7.488-SC, Rel. Newton Varella Júnior.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 93
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
204
A propriedade particular eventualmente requisitada será obrigatória e gratuitamente cedida (art. 135, § 3o).
205
“Art. 312. (...) Pena – detenção até dois anos”.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 94
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registro por instância superior” (Lei 9.504/1997, art. 16-A, com redação da Lei
12.034/2009).
206
(Ministério Público-GO, 2010, questão 95) “Ao presidente da mesa receptora e ao juiz eleitoral cabe a
polícia dos trabalhos eleitorais, sendo que a força armada conservar-se-á a 100 (cem) metros da seção
eleitoral e não poderá aproximar-se do lugar da votação, ou nele penetrar, sem ordem dos mesmos”
(afirmação correta, nos termos do art. 141, do Código Eleitoral).
207
(Magistratura-GO, 2009, prova A01, tipo 004, questão 77) A respeito do encerramento da votação, é
correto afirmar que: (a) Se, por qualquer motivo, tiver havido interrupção da votação, o horário de
encerramento será prorrogado pelo tempo que tiver durado a interrupção; (b) Terminada a votação e
declarado o encerramento pelo Presidente, somente poderão votar eleitores que apresentarem atestado
médico que justifique o atraso; (c) Poderão votar após às 17 horas e 15 minutos os eleitores que tiverem
apresentado justificativa por escrito ao Presidente da Mesa Receptora; (d) O encerramento da votação
ocorrerá às 17 hora, com tolerância de 15 minutos; (e) Só poderão votar após às 17 horas os eleitores que
tiverem recebido senha e entregue seus títulos à Mesa (a alternativa “e” é a correta).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 96
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8.1. NOÇÕES:
Caso o eleitor exiba o título, mas seu nome não esteja na lista de
votação, além de não ser permitido seu voto, o título de eleitor será retido pelo presidente
de mesa (Resolução 20.105/1996).
8.4. PRECLUSÃO:
208
É interessante notar desde logo que a votação eletrônica a partir do pleito de 2000 passou a ser a regra
geral, tornando-se a votação por cédulas meramente subsidiária, levada a cabo apenas no caso de eventual
defeito da urna eletrônica.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 99
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9. VOTO IMPRESSO:
Convém anotar, todavia, que essa regra foi suspensa por força de
medida cautelar deferida na ADI 4543-DF (Rel. Min. Cármen Lúcia, em 19.10.2011).
209
Transcrição dos §§ 1º a 5º do art. 5º da Lei 12.034/2009.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 100
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
CAPÍTULO IX - APURAÇÃO
3.2. FISCALIZAÇÃO:
210
Relembre-se que na votação eletrônica não se admite qualquer tipo de colheita de voto em separado (Lei
9.504/1997, art. 62).
211
Na votação eletrônica não há permissão para a colheita de voto de eleitor não cadastrado na seção, mesmo
que se trate do Juiz Eleitoral ou do Promotor Eleitoral (Lei 9.504/1997, art. 62). Em casos que tais, deverão
tais autoridades se valer da justificação eleitoral.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 103
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CAPÍTULO X – DIPLOMAÇÃO
3. ABRANGÊNCIA:
212
Joel José Cândido, Direito eleitoral brasileiro, p. 221.
213
Joel José Cândido, Direito eleitoral brasileiro, p. 222.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 106
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anúncio dos que foram eleitos, habilitando estes últimos “a exercerem seus respectivos
cargos”. 214
6. IMPUGNAÇÃO DA DIPLOMAÇÃO:
214
Joel José Cândido, Direito eleitoral brasileiro, p. 224.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 107
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
1. CONCEITO E OBJETIVO:
2. SALVO-CONDUTO:
3.3. CANDIDATOS:
215
“Não assegurar o funcionário postal a prioridade prevista no art. 239: Pena – pagamento de 30 a 60 dias-
multa”.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 109
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
2. AUTONOMIA E PRINCÍPIOS:
3. REGISTRO DÚPLICE:
216
Curso de direito eleitoral, p. 103.
217
O STF reconheceu a inconstitucionalidade do preceito no que tange às eleições do ano de 2006 (ADI n.
3.685-DF, Rel. Min. Ellen Gracie, j. em 22.3.2006).
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registro junto ao Cartório de Pessoas Jurídicas da Capital Federal (CF, art. 17, § 2o e Lei
9.096, art. 8º, caput).218
218
(MPRN, Promotor de Justiça) O partido político adquire personalidade jurídica: (a) mediante inscrição
na Junta Eleitoral; (b) mediante registro no Tribunal Superior Eleitoral; (c) na forma da lei civil; (d) mediante
registro no Tribunal Regional Eleitoral do Estado onde está sediado; (e) após registro no Supremo Tribunal
Federal (a alternativa “c” é a correta, nos termos do art. 17, § 2º, da Constituição Federal).
219
(Magistratura-GO, 2009, prova A01, tipo 004, questão 68) No que se refere ao regime constitucional
dos partidos políticos no Direito brasileiro, é correto afirmar que os partidos políticos: (a) Podem
receber recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros, desde que a eles não se subordinem; (b)
Podem preconizar regime de governo diferente do democrático; (c) Após adquirirem personalidade jurídica,
na forma da lei civil (são pessoas jurídicas de direito privado), devem registrar seus estatutos no TSE; (d)
Têm autonomia para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, mas é obrigatória
a vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal; (e) Têm direito a
recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei ou de medida provisória
(a alternativa “c” é a correta, nos termos dos arts. 17 da Constituição Federal e 7º, § 1º, da Lei
9.096/1995).
220
Além dessas cautelas, o partido somente poderá concorrer às eleições caso tenha constituído seu órgão de
direção (nacional, estadual ou municipal) até a data da convenção (Teles, Direito, p. 26 e Lei 9.504, art. 4o).
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DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
4. FUNCIONAMENTO PARLAMENTAR:
5. FILIAÇÃO PARTIDÁRIA:
221
O partido político poderá fixar prazo superior ao previsto na lei eleitoral para filiação (art. 20, caput),
sendo vedada neste caso a alteração do mesmo em ano de eleição (art. 20, par. único).
222
Veja-se, contudo, que a “falta do nome do filiado ao partido na lista por ele encaminhada à Justiça
Eleitoral, nos termos do art. 19 da Lei 9.096, de 19.9.95, pode ser suprida por outros elementos de prova de
oportuna filiação”.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 112
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6. FIDELIDADE PARTIDÁRIA:
223
Em tal caso, os “prejudicados por desídia ou má-fé poderão requerer, diretamente à Justiça Eleitoral, a
observância do que prescreve” o art. 19, ‘caput’.
224
Observe-se, porém, que nos termos da Súmula 14 do Tribunal Superior Eleitoral a “duplicidade de que
cuida o parágrafo único do art. 22 da Lei 9.096/95 somente fica caracterizada caso a nova filiação houver
ocorrido após a remessa das listas previstas no parágrafo único do art. 58 da referida lei”.
225
(Ministério Público-GO, 2010, questão 91) A filiação partidária é condição indispensável para a
elegibilidade. Visando candidatar-se, um nacional filiou-se ao partido político A, mas no ano seguinte,
desentendendo-se com os correligionários, filiou-se ao partido político B, sem qualquer comunicação
ao partido A ou ao juiz eleitoral. Consultando o Cadastro Eleitoral, foi verificada a dupla filiação e
cientificados os representantes dos partidos políticos A e B e o nacional duplamente filiado, sem que
nenhuma das partes se manifestasse. Diante disto: (a) Prevalece a primeira filiação, uma vez que era
válida no momento de sua realização; (b) Prevalece a segunda filiação, uma vez que indica a manifestação
última da vontade do filiado; (c) As duas filiações são consideradas nulas, uma vez que é vedada a dupla
filiação; (d) Cometeu o nacional o crime do artigo 320 do Código Eleitoral, que reza: “Inscrever-se o eleitor,
simultaneamente, em 2 (dois) ou mais partidos” (a alternativa “c” é a correta, nos termos do art. 22,
parágrafo único da Lei 9.096/1995).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 113
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Mas é bom ver que o relator foi muito claro (a) ao repudiar a
migração de parlamentares durante o mandato, referindo-se inclusive a um “Princípio
Constitucional da Fidelidade Partidária”; (b) ao atribuir especial relevo à Consulta n.
1.398-DF do TSE e (c) ao externar nas entrelinhas que apenas indeferia o pedido de
liminar por se manter fiel, na sede da cognição ainda sumária, às decisões emanadas do
226
STF, MS n. 23.405-GO, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 22.03.2004.
227
A pergunta feita pelo PFL era a seguinte: “Os partidos e coligações têm o direito de preservar a vaga
obtida pelo sistema eleitoral proporcional quando houver pedido de cancelamento de filiação ou de
transferência do candidato eleito por um partido para outra legenda?”
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228
STF, MS 26.602, 26.203, 26.604, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgados em 03 e 04 de novembro de 2007.
229
Julgamentos já citados.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 115
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
230
Ficaram vencidos nestes julgamentos os Ministros Marco Aurélio e Eros Grau, que julgavam procedente o
pedido, ao fundamento de que as citadas resoluções seriam inconstitucionais, haja vista não caber ao TSE
dispor normas senão tendo em vista a execução do Código Eleitoral e da legislação eleitoral, que não
trataram da perda de cargo eletivo em razão de infidelidade partidária (Informativo 528 do STF).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 116
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
231
Katia de Carvalho, “Cláusula de barreira e funcionamento parlamentar”, fevereiro de 2003, p. 03.
232
Idem, p. 03.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 117
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nas decisões que influem nos destinos da sociedade como um todo, enfim, de
participar plenamente da vida pública”. 233
8. PRESTAÇÃO DE CONTAS:
233
STF, ADI 1.351-DF e ADI 1.354-DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 7.12.2006.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 118
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
9.1. COMPOSIÇÃO:
destacados para entrega, em partes iguais, a todos os partidos que tenham seus estatutos
registrados no Tribunal Superior Eleitoral e 95% (noventa e cinco por cento) do total do
Fundo Partidário serão distribuídos a eles na proporção dos votos obtidos na última eleição
geral para a Câmara de Deputados” (art. 41-A, da Lei 9.096/1995).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 120
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
234
TSE, BE 258/561, Reclamação n. 10/AM e RTJ 32/614.
235
Direito penal eleitoral e processo penal eleitoral, p. 47.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 121
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236
Nesse sentido: Marcos Ramayana, Direito eleitoral, Telejur (Fita 2).
237
(Ministério Público-GO, 2010, questão 96) “Sempre que o Código Eleitoral não indicar o grau
mínimo, entende-se que será ele de 30 (trinta) dias para a pena de detenção e de 1 (um) ano para a de
reclusão, considerando, ainda, que quanto a lei determina a agravação ou atenuação da mesma sem
mencionar o quantum, deve o juiz fixá-lo entre 1/6 (um sexto) e 1/3 (um terço), guardados os limites da
pena cominada ao crime” (a alternativa é incorreta na sua segunda parte, pois a agravação prevista na lei
eleitoral é de 1/5 a um 1/3 – CE, art. 285).
238
(Magistratura-GO, 2004) Caso o tipo penal, em matéria eleitoral, seja omisso no quantum, a pena
mínima aplicável será de: (a) 45 (quarenta e cinco) dias para os crimes punidos com detenção e 01 (um) ano
para os punidos com reclusão; (b) 15 (quinze) dias para os crimes punidos com detenção e 01 (um) ano para
os punidos com reclusão; (c) 60 (sessenta) dias para os crimes punidos com detenção e 06 (seis) meses para
os punidos com reclusão; (d) 30 (trinta) dias para os crimes punidos com detenção e 01 (um) ano para os
punidos com reclusão (no gabarito oficial, a letra “b” é a correta; recomenda-se a releitura do art. 284
do Código Eleitoral).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 122
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
239
Julio Fabbrini Mirabete, Manual de direito penal, v. 1, pp. 294-297.
240
Damásio Evangelista de Jesus, Direito penal, v. 1, pp. 508-512.
241
Há quem sustente (Michels, Direito eleitoral, p. 164) que a multa criminal deve ser revertida atualmente
para o Fundo Partidário, e não ao Tesouro Nacional, raciocínio que se baseia no art. 38, inciso I, da Lei
9.096/1995.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 123
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
Sob essa ótica pode-se dizer que “nos crimes eleitorais o sujeito
passivo é sempre o Estado”, nada impedindo que exista simultaneamente outro sujeito
passivo, “ou seja, outro cidadão lesado ou ameaçado no exercício de seu direito”. 243
a) Crimes contra a Organização Administrativa da Justiça Eleitoral (arts. 305, 306, 310,
311, 318 e 340, do Código Eleitoral);
b) Crimes Contra os Serviços da Justiça Eleitoral (arts. 289 a 293, 296, 303, 304, 341 a
347, do Código Eleitoral e outros previstos na legislação especial);
c) Crimes Contra a Fé Pública Eleitoral (arts. 313 a 316, 348 a 354 e outros);
d) Crimes Contra a Propaganda Eleitoral (arts. 323 a 327; 330 a 332 e 334 a 337 do
Código Eleitoral);
e) Crimes Contra o Sigilo e o Exercício do Voto (arts. 295, 297 a 302, 307 a 309, 312,
317, 339 e outros insculpidos na lei esparsa);
f) Crimes Contra os Partidos Políticos (arts. 319 a 321 e 338, do Código Eleitoral).
5. ANALISE PONTUAL:
242
(Ministério Público-GO, 2010, questão 92) Não constitui crime eleitoral: (a) Fazer propaganda, qualquer
que seja a sua forma, em língua estrangeira; (b) Não apresentar o órgão do Ministério Público, no prazo legal,
denúncia ou deixar de promover a execução de sentença condenatória; (c) Colher assinatura do eleitor em
mais de uma ficha de registro de partido; (d) Colocar cartazes, para fins de propaganda eleitoral, em muros,
fachadas ou qualquer logradouro público (a alternativa “d” é a correta; ver os arts. 335, 342 e 321 do
Código Eleitoral).
243
Michels, pp. 159-160.
244
Direito eleitoral brasileiro, pp. 277-278.
245
Aqui refiro-me especialmente aos trabalhos do brilhante Joel José Cândido (consulte-se na bibliografia).
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DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
Passo adiante.
246
“Efetuar o juiz, fraudulentamente, a inscrição de alistando”.
247
(Magistratura-GO, 2009, prova A01, tipo 004, questão 79) Não constitui crime eleitoral: (a) Fazer
propaganda, no horário eleitoral gratuito, em língua estrangeira; (b) Intervir o Juiz eleitoral no funcionamento
da Mesa Receptora; (c) Perturbar ou impedir de qualquer forma o alistamento; (d) Reter título eleitoral contra
a vontade do eleitor; (e) Votar ou tentar votar em lugar de outrem (a alternativa “b” é a única que não
constitui crime eleitoral).
248
“Constituem crimes, no dia da eleição, puníveis com detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, com a
alternativa de prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período, e multa no valor de 5.000 (cinco mil)
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 125
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a 15.000 (quinze mil) UFIR: (...)II – a arregimentação de eleitor ou a propaganda de boca de urna; III – a
divulgação de qualquer espécie de propaganda de partidos políticos ou de seus candidatos”.
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2. INVESTIGAÇÃO POLICIAL:
249
Adotando posicionamento semelhante a este, mas quanto ao procedimento especial nas ações penais
originárias de tribunais: TSE, HC 652, Rel. Min. Arnaldo Versiani Leite Soares, julgado em 22.10.2009
(“As invocadas inovações do CPP somente incidiriam em relação ao rito estabelecido em lei especial, caso
não houvesse disposições específicas, o que não se averigua na hipótese em questão”).
250
Nesse sentido: Roberto Moreira de Almeida (Curso de direito eleitoral, p. 383).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 127
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2. COMPETÊNCIA:
251
Nesse sentido: na norma, TSE, Resolução 23.222/2010 (art. 2º, parágrafo único) e, na doutrina, Roberto
Moreira de Almeida (Curso de direito eleitoral, 2010, p. 357).
252
Ou “Termo Circunstanciado Eleitoral” (TCE), como sugere Joel José Cândido (Direito penal eleitoral e
processo penal eleitoral, 2006, p. 568).
253
Nesse sentido: Roberto Moreira de Almeida (Curso de direito eleitoral, 2010, p. 357).
254
“Na determinação de competência por conexão ou continência, serão observadas as seguintes regras: (...)
IV – no concurso entre a jurisdição comum e a especial, prevalecerá esta”.
255
TSE, NC 2/SC, DJ 16.08.96.
256
TSE, acórdão 6911/AC, DJ 14.09.88.
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105, inc. I, “a”), não tendo sido recepcionado pela nova ordem constitucional o disposto
no art. 22, inciso I, alínea ‘d’ do Código Eleitoral. 257
257
Aliás, o Tribunal Superior Eleitoral não tem competência criminal originária por prerrogativa de função,
nem mesmo para julgar os juízes de Tribunais Regionais Eleitorais (Roberto Moreira de Almeida, Curso de
direito eleitoral, p. 378).
258
Art. 61. “Consideram-se infrações penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei, as
contravenções penais e os crimes que a lei comine pena máxima não superior a 1 (um) ano, excetuados os
casos em que a Lei preveja procedimento especial” (destaquei) (a redação do art. 61, da Lei 9.099/1995,
foi alterada pela Lei 11.313/2006, conforme consta do texto principal).
259
Nesse sentido: Joel José Cândido (Direito penal eleitoral e processo penal eleitoral, pp. 567-569) e
Roberto Moreira de Almeida (Curso de direito eleitoral, p. 374).
260
Nesse sentido: Aldo Sabino de Freitas, Direito processual penal, IEPC Editora, p. 218.
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4. ESPECIALIDADES PROCEDIMENTAIS:
261
Nesse sentido: Roberto Moreira de Almeida (Curso de direito eleitoral, p. 373).
262
Nesse sentido: TSE, REsp 21.295, Rel. Min. Fernando Neves da Silva, julgado em 14.08.2003.
263
Atualmente, consideram-se de menor potencial ofensivo as infrações penais cuja pena máxima não exceda
a 2 (dois) anos (Leis 9.099/1995, art. 61, com redação outorgada pela Lei 11.313/2006).
264
Releva observar que se a infração penal for de menor potencial ofensivo e o autor do fato recusar a
proposta de transação penal (ou não merecer o benefício por ter o passado “sujo”), o Promotor Eleitoral
deverá ofertar denúncia oral, observando o Juiz Eleitoral daí em diante o rito sumaríssimo, previsto na Lei
9.099/1995, e não o rito especial previsto no Código Eleitoral (CE, arts. 357-363).
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265
No processo penal comum, o prazo para a oferta de denúncia será de 5 (cinco) dias, se preso o
investigado, e de 15 (quinze) dias, se solto (CPP, art. 46).
266
Nesse sentido: Mirabete, Processo penal, p. 133.
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267
Nesse sentido: Roberto Moreira de Almeida (Curso de direito eleitoral, p. 381).
268
Nesse sentido: Thales Tácito Pontes Luz de Pádua Cerqueira, Reforma criminal, p. 109.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 132
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
269
Nesse sentido: STF, AP 363-RS, Rel. Min. Marco Aurélio, julgada em 9.12.2004.
270
“As disposições dos arts. 395 a 398 deste Código aplicam-se a todos os procedimentos penais de primeiro
grau, ainda que não regulados neste Código”.
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271
“Ouvidas as testemunhas de acusação e da defesa e praticadas as diligências requeridas pelo Ministério
Público e deferidas ou ordenadas pelo juiz (...)”.
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1. INTRODUÇÃO:
2. PRAZOS:
272
Exemplo: “Caso Pedro Wilson” no pleito eleitoral do ano de 2004.
273
Nesse sentido: Joel José Cândido, Direito eleitoral brasileiro, pp. 267-268.
274
TSE, REspe 28.391, 4.03.2008, MC 1833, 28.06.2006 e Ac.-TSE 1.302/2004, 1.277/2004 e 21.403/2003.
275
Nesse sentido: Roberto Moreira de Almeida, Curso de direito eleitoral, p. 435.
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3. PRESSUPOSTOS RECURSAIS:
276
(Magistratura-GO, 2009, prova A01, tipo 004, questão 78) O prazo para interposição de recurso
ordinário e recurso especial contra decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais e de agravo de
instrumento contra despacho denegatório de recurso especial é de: (a) 5, 5 e 10 dias, respectivamente; (b)
15, 15 e 10 dias, respectivamente; (c) 3 dias; (d) 3, 5 e 5 dias, respectivamente; (e) 5 dias (a alternativa “c” é
a correta, nos termos do art. 258 do Código Eleitoral).
277
(Magistratura-GO, 2004) Os prazos para recurso contra decisão sobre o exercício do direito de
resposta, contra diplomação, ação de impugnação de mandato e impugnação ao registro de
candidatura é de, respectivamente: (a) 24 (vinte e quatro) horas; 03 (três), 15 (quinze) e 05 (cinco) dias; (b)
03 (três) dias; 15 (quinze), 15 (quinze) e 05 (cinco) dias; (c) 03 (três) dias; 24 (vinte e quatro) horas; 05
(cinco) e 15 (quinze) dias; (d) 05 (cinco), 15 (quinze) dias; 24 (vinte e quatro) horas e 03 (três dias) – (no
gabarito oficial, a alternativa “a” é a correta, recomendando-se a releitura do texto principal, e
também dos arts. 14, § 10, da Constituição Federal e 3º, caput, da Lei Complementar 64/1990).
278
Por esta norma, o prazo eleitoral poderá se iniciar em fim de semana ou feriado.
279
Queiroz, Direito eleitoral, pp. 136-136.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 137
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4.1.1. EFEITOS:
280
Sobre os pressupostos recursais: Aldo Sabino de Freitas, Manual de processo civil, v. 1, pp. 280-283.
281
“Não será admitido recurso contra a apuração, se não tiver havido impugnação perante a Junta, no ato da
apuração, contra as nulidades argüidas”.
282
Acórdão n. 2.424-DF, Rel. Min. João Thomaz da Cunha Vasconcellos Filho.
283
Salvo absolutória (CPP, art. 596) ou se presentes os pressupostos de aplicação do art. 312, do CPP.
284
Nesse sentido: Michels, p. 169.
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4.2. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (arts. 364 do Código Eleitoral c/c 581 a 592
do Código de Processo Penal):
285
Nesse sentido: TJMG, RC 1792008, Rel. Sílvio de Andrade Abreu Júnior, julgado em 29.04.2008.
286
Nesses três últimos casos, a opinião é de Joel José Cândido (Direito eleitoral brasileiro, p. 237).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 139
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4.3.3. RITO:
4.4.2. EFEITO:
287
Além disso, os embargos protelatórios sujeitam o embargante à multa prevista no art. 538 do Código de
Processo Civil (TSE, ac. 2.105, de 23.5.2000).
288
Cf. acórdãos 12.071, de 8.8.94, e 714, de 11.5.99.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 140
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
5.1.1. CABIMENTO:
5.2.2. FORMA:
289
Nesse sentido: Joel José Cândido, Direito eleitoral brasileiro, p. 239.
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5.2.3. RITO:
290
Roberto Moreira de Almeida, Curso de direito eleitoral, p. 438.
291
Nesse sentido: TSE, REsp 19.518, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira e TRE-GO, Recurso de Diplomação
115.122.2001, Rel. Dr. Sílvio Mesquita, j. 04.03.2002.
292
TSE: “Recurso especial eleitoral. Recurso contra expedição de diploma. A hipótese do art. 262, inciso IV,
do Código Eleitoral, pressupõe prova pré-constituída em investigação judicial eleitoral (LC n. 64/90, art. 22),
independentemente de decisão transitada em julgado” (REsp 19.518, Rel. Min. Luiz Carlos Madeira).
293
TSE, Resp 19.568, Rel. Min. Fernando Neves, de 12.03.2002, onde se fixou também o entendimento de
que a “declaração de inelegibilidade com trânsito em julgado somente será imprescindível no caso de o
recurso contra a diplomação vir fundado no inciso I do art. 262 do Código Eleitoral, que cuida da
inelegibilidade” (Boletim do TRE-GO n. 54); no mesmo sentido: TRE-GO, Processo 179.512.2004, Rel. Dr.
Eládio Augusto Amorim Mesquita, julgado em 25.04.2005 e Processo 179.703.2004, Rel. Dra. Carmecy
Rosa Maria Alves de Oliveira, julgado em 04.05.2005.
294
Nesse sentido: na doutrina, Ney Moura Teles, Novo direito eleitoral, teoria e prática e, na jurisprudência,
TRE-GO, Processo n. 179.512.2004, Rel Dr. Eládio Augusto Amorim Mesquita, julgado em 25 de abril de
2005.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 142
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
5.3.1. EFEITO:
5.3.2. LEGITIMIDADE:
295
Nesse sentido: Cândido, Direito eleitoral brasileiro, pp. 239-240.
296
Cf. TSE, Ac. 12.375, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJU 21.09.92.
297
TRE-GO, Recurso de Diplomação n. 115.122.2001, Rel. Dr. Sílvio Mesquita, j. 04.03.2002.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 143
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prazo de interposição (três dias contra quinze dias), e ainda, no que pertine à exigência da
prova pré-constituída dos fatos que ensejarem a sua propositura, opinião mais correta e
que tem prevalecido.
298
(Magistratura-GO, Concurso de 2007, questão 093) Marque a alternativa correta. Estando de posse
das provas necessárias, o Promotor Eleitoral de certo município pretende interpor Recurso contra
Diplomação do candidato a Prefeito eleito e recém diplomado. Esse recurso: (a) Deverá ser interposto
perante o Juízo da Zona Eleitoral respectiva, onde será processado e julgado; (b) Deverá ser interposto
perante o Tribunal Regional Eleitoral, pelo Procurador Regional Eleitoral, onde ser processado e julgado; (c)
Deverá ser interposto perante o Juízo da Zona Eleitoral respectiva, onde será processado, mas será remetido
ao Tribunal Regional Eleitoral para julgamento; (d) Deverá ser interposto perante o Juízo da Zona Eleitoral
respectiva, que o remeterá imediatamente ao Tribunal Regional Eleitoral, a fim de ser processado e julgado
(a alternativa “d” é a correta no gabarito oficial, devendo-se ter atenção apenas para o fato de que o
Juiz Eleitoral, antes de enviar o Recurso contra Diplomação para o TRE, deve dar oportunidade para
a oferta de contra-razões pelo recorrido, como se encontra dito no texto principal da apostila).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 144
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
6.2. RECURSO CONTRA DIPLOMAÇÃO (art. 276, inciso II, alínea ‘a’ e § 1o):
6.4. RECURSO ESPECIAL (CF, art. 121, § 4º, incs. I e II, e CE, art. 276, inc. I):
6.4.2. PREQUESTIONAMENTO:
299
Direito eleitoral brasileiro, p. 245.
300
Elcias Dias da Costa, Direito eleitoral, p. 25.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 145
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6.4.3. PROCEDIMENTO:
6.5. RECURSO ORDINÁRIO (CF, art. 121, § 4º, incs. III a V e CE, art. 276, inc. II):
6.5.1. ADMISSIBILIDADE:
301
Inclusive o assunto foi cobrado na prova objetiva do concurso para ingresso na magistratura do Estado de
Goiás no ano de 2007, veja-se: Questão 091 – Marque a alternativa correta. Caberá recurso das decisões
dos Tribunais Regionais Eleitorais somente quando: (a) versarem sobre inelegibilidade ou expedição de
diplomas nas eleições federais ou estaduais; (b) ocorrer divergência na interpretação de resolução entre dois
ou mais tribunais eleitorais; (c) versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições
estaduais ou municipais; (d) anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos estaduais ou
municipais (a alternativa ‘a’ foi considerada a correta, nos precisos termos do art. 121, § 4º, inciso III
da Constituição Federal).
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 146
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
6.5.2. PRAZO:
302
Os destaques não constam no texto original.
303
“É de três dias o prazo para interposição de recurso extraordinário contra decisão do Tribunal Superior
Eleitoral, contado, quando for o caso, a partir da publicação do acórdão, na própria sessão de julgamento, nos
termos do art. 12 da Lei 6.055/74, que não foi revogado pela Lei 8.950/94”.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 147
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7.3. RECURSO ORDINÁRIO (CE, art. 281 e CF, art. 121, § 3º):
304
Tito Costa, Recursos em matéria eleitoral, p. 137.
305
STF, AI n. 664.567, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgado em 18.6.2007.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 148
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8.1.1. PRAZO:
8.1.2. INSTÂNCIAS:
8.2.1. CABIMENTO:
8.2.2. PRAZO:
306
No caso de decisão concessiva em primeira instância haverá também a remessa obrigatória, nos termos do
art. 574, inciso I, do Código de Processo Penal.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 149
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
o mandado de segurança para conferir efeito suspensivo a recurso eleitoral que não o tenha
e também para combater decisão judicial teratológica. 307
8.4. AÇÃO RESCISÓRIA ELEITORAL (CE, art. 22, inc. I, al. ‘j’, inserida pela Lei
Complementar n. 86/1996):
307
Nesse sentido: “Mandado de segurança. Ato judicial. Decisão teratológica. Cabimento. Concessão da
segurança” (TRE-GO, Processo n. 175.588.2004, Rel. Des. Elcy Santos de Melo, julgado em 07.03.2005)
308
Roberto Moreira de Almeida, Curso de direito eleitoral, p. 437.
309
Michels, Direito eleitoral, p. 122.
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8.4.2. COMPETÊNCIA:
8.4.4. RECURSO:
8.4.5. EFEITOS:
310
Curso de direito eleitoral, p. 435.
311
TSE, acórdão 89, de 27.03.2001.
312
(MP/MA – Promotor de Justiça) Em relação à ação rescisória eleitoral é correto afirmar: (a) é
admitida no prazo de 30 (trinta) dias perante o Juiz Eleitoral; (b) é admitida no prazo de 120 (cento e vinte)
dias perante o Tribunal Regional Eleitoral; (c) é admitida no prazo de 180 (cento e oitenta) dias perante o
Tribunal Superior Eleitoral; (d) não é admitida na Justiça Eleitoral em nenhuma hipótese, em razão do
princípio da celeridade; (e) é admitida somente em casos de inelegibilidade (a alternativa “e” é a correta).
313
STF, ADI n. 1.459-5/DF, DJ de 7.5.1999.
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DE GOIÁS 151
DIREITO ELEITORAL – PROFESSOR ALDO SABINO
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