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RELATÓRIO DAS AÇÕES AFIRMATIVAS

DA SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA


Empoderamento das trabalhadoras da Segurança Pública
Enfrentamento à violência contra as mulheres e meninas
Avanços e implantação de políticas LGBT
Igualdade Civilizatória e outras ações afirmativas
PREFÁCIO
Desde o início do mandato, quando a presidenta Dilma Rousseff determinou que a igualdade
de gênero fosse uma das principais metas da gestão, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro,
assumiu o tema como prioridade. Criou a Secretaria de Políticas para as Mulheres e assinou o Pacto
de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres do Governo Federal. Na Secretaria da Segurança
Pública, conseguimos transformar bandeiras feministas em projetos e ações para tirar as mulheres da
situação de vítimas e empoderá-las, conscientizando-as da negação das suas vulnerabilidades.
A Rede de Atendimento da Segurança Pública para o Enfrentamento à Violência Doméstica e
Familiar é a prova de que tratamos a agressão contra a mulher como um problema de segurança
pública. Trabalhamos diariamente para construir uma nova cultura, na qual se entenda que isso
também é problema do Estado.
A dificuldade é estabelecer que esses crimes — que envolvem relações privadas, de afeto, e
que ocorrem, geralmente dentro de casa — são, sim, caso de polícia. Foi — e ainda é — necessário
quebrar o preconceito dentro das instituições policiais, que carregam ideais e atitudes sexistas,
machistas e conservadoras. Herança histórica que se reflete também em toda sociedade. Nas
escalas hierárquicas das nossas polícias, buscamos privilegiar as mulheres em postos de comando.
Policiamento ostensivo, aquisição de equipamentos e contratação de servidores e servidoras
não é nada mais do que a obrigação de um governo. Mas só teremos soluções para problemas
históricos da criminalidade se agirmos de forma diferente e com criatividade. Por isso, todas as ações
da Rede são executadas de forma transversal, envolvendo outras secretarias do Governo, ONGs,
municípios e a própria sociedade.
Nossas políticas de gênero colocam a polícia para atuar na prevenção e também após o
crime. Isso nunca foi feito no Brasil. É uma iniciativa muito simples e que tem gerado resultados
surpreendentes, visto que nenhuma mulher atendida pelo programa morreu vítima de agressão.
Essa nova forma de combater e enfrentar a violência contra a mulher é integradora e
integrada. Integradora, porque articula e comunica os serviços da segurança pública. Nos casos de
agressão, tomamos as medidas policiais e legais necessárias, garantindo proteção a ela e sua família.
Prendemos o agressor e, quando em liberdade, ele fica sob a vigilância constante do Estado.
É também uma política integrada porque faz a interlocução com o Poder Judiciário, Ministério
Público e Defensoria Pública. Além disso, encaminha as mulheres para a rede de assistência e
proteção social, composta por serviços da União, Estado e municípios. O objetivo é que a mulher tenha
oportunidade de qualificação, emprego e renda, torne-se forte psicologicamente, não retome a
relação com o agressor e quebre esse ciclo de violência por meio de seu empoderamento.
Esse envolvimento de vários poderes e atores em prol de uma causa configura uma
segurança cidadã. As políticas para as mulheres implantadas pela Secretaria da Segurança Pública
do Rio Grande do Sul foram construídas com técnica e inteligência, mas só existem graças ao
comprometimento que nossos servidores e servidoras carregam em prol dos direitos humanos. São
homens e mulheres que acreditam que o papel do funcionalismo público é servir à população, mas,
acima de tudo, transformar a sociedade.
Até o último dia de nossa gestão, vamos insistir que por trás das estatísticas de femicídios há
mães de família. Há órfãos de mães vítimas de pais agressores. Crianças e jovens com alta
probabilidade de figurarem nas tabelas de índices de delinquência num futuro próximo. Prova disso é
que as áreas de mais casos de agressão às mulheres também são onde se registra os mais elevados
números de criminalidade. A violência contra a mulher é reprodutora das violações dos direitos
humanos e, consequentemente, das estatísticas criminais. Combatê-la com a proposição de novas
atitudes e ações eficazes resultará em melhoria nos números da segurança pública.
Prevenir, enfrentar e combater esse crime e punir os agressores é questão de evolução
civilizatória. A nossa luta é pela igualdade entre homens e mulheres, desde o combate ao preconceito
até a proteção de vidas. Almejamos que todas estas políticas resultem, no futuro, em uma igualdade
de gênero tão inquestionável que a sociedade tenha vergonha de um dia ter precisado delas.

Airton Michels
Secretário da Segurança Pública
EMPODERAMENTO
DAS TRABALHADORAS
DA SEGURANÇA PÚBLICA

Fórum Pró-Equidade de Gênero e Raça/Etnia

Instalado em 2012, por iniciativa da Secretaria da Segurança Pública (SSP), em


parceria com a Secretaria de Políticas para Mulheres, o Fórum Pró-equidade de
Gênero e Raça/Etnia no Rio Grande do Sul formaliza a adesão ao Programa
Pró-Equidade de Gênero e Raça do Governo Federal. Ao mesmo tempo, atende
aos objetivos do Estado de sugerir e promover ações de equidade de gênero e
raça/etnia no âmbito de seus Órgãos Vinculados. O grupo realiza encontros
periódicos para debater e implementar ações. Também tem um blog que inclui
estudos técnicos, artigos, projetos, notícias e materiais de pesquisa
relacionados ao tema.

Pesquisa “Perfil e trajetórias das mulheres na Segurança


Pública” - 2011/02 - e artigo publicado “Configurações e
obstáculos: as mulheres na segurança pública” na Revista
Brasileira de Segurança Pública – agosto/2012

A pesquisa foi realizada pelos professores José Vicente Tavares dos Santos,
Dani Rudnicki, Rochele Fellini Fachinetto e Alex Niche Teixeira e desenvolvida
pelas seguintes instituições: Secretaria da Segurança Pública do Estado do Rio
Grande do Sul (SSP/RS), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e
Centro Universitário Ritter dos Reis (UNIRITER).
Disponível em: http://www2.forumseguranca.org.br/node/31702 ou
http://revista.forumseguranca.org.br/index.php/rbsp/article/view/123

I Seminário Internacional Mulheres e a Segurança Pública

Serviu para conscientizar e impulsionar a construção de políticas de


empoderamento das mulheres e equidade de gênero. Foi realizado no Auditório
do Ministério Público do RS, em Porto Alegre, entre os dias 5 e 9 de março de
2012 e contou com a participação de mais de 600 mulheres da segurança
pública de todo Brasil e movimentos sociais.

Construção da “Carta de Porto Alegre” a partir dos resultados


obtidos no I Seminário Internacional Mulheres e a Segurança
Pública

A carta ressaltou a necessidade da implantação de políticas que reduzam


todas as formas de segregação e promovam a equidade de gênero e
empoderamento das mulheres. O documento contém as seguintes propostas:
a promoção e a implantação de um serviço de atenção à saúde mental dos
servidores e das servidoras da Segurança Pública, respeitando a perspectiva
de gênero; a regulamentação da aposentadoria especial de 25 anos para todas
as servidoras da Segurança Pública; a adequação da nomenclatura de cargos,
respeitando a diferenciação de gênero; a aquisição de equipamentos de
proteção individual (EPIs) adequados às características femininas, para todas
as mulheres servidoras da Segurança Pública; a implantação do auxílio creche
e de locais adequados para as servidoras amamentarem seus filhos; a
implementação de ações coletivas que concretizem e garantam direitos
previstos em lei, diminuindo a discriminação e utilização do gênero de forma
depreciativa; o incentivo à participação das servidoras em cursos de
capacitação e qualificação; a promoção e fortalecimento da participação
igualitária e plural das mulheres nos espaços de poder e decisão, como por
exemplo, a proporcionalidade nas promoções; a regulamentação do
afastamento das servidoras gestantes das atividades que as exponham a
condições insalubres e que ofereçam risco à gestação; o incentivo a
comportamentos e atitudes que não reproduzam conteúdos discriminatórios e
que valorizem as mulheres nos veículos de comunicação; a implementação de
serviço 24 horas para atender as mulheres vítimas de violência nas delegacias
de polícia e o fortalecimento das redes de atendimento; a reestruturação do
sistema prisional feminino; a melhoria e qualificação dos espaços e
equipamentos atinentes à Segurança Pública e tecnologia, priorizando,
também a formação profissional; e a integração e articulação dos serviços de
segurança pública, implementação de políticas e programas transversais, em
todos os níveis governamentais e a aproximação com as forças vivas da
comunidade.

II Seminário Mulheres e a Segurança Pública

Discutiu o fortalecimento e a integração dos serviços especializados de


enfrentamento e atendimento às mulheres em situação de violência no Estado.
O II Seminário Mulheres e a Segurança Pública – Fortalecendo a Rede Lilás

Relatório das Ações Afirmativas da Secretaria da Segurança Pública


ocorreu de 27 a 29 de novembro, no Auditório do Ministério Público do Estado
do RS (Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, 80 – Porto Alegre).

1º Encontro Mulheres e a Segurança Pública – Um tema para


reflexão

O Fórum de Pró-equidade de Gênero e Raça/Etnia realizou, no dia 29 de


outubro de 2012, em Lajeado, o 1º Encontro Mulheres e a Segurança Pública -
Um tema para reflexão – com as servidoras das vinculadas da Secretaria da
Segurança Pública. O encontro teve como objetivo a sensibilização das
servidoras sobre o empoderamento das mulheres na Segurança Pública e
promover debates referentes à equidade de gênero nas instituições policiais.

2º Encontro Mulheres e a Segurança Pública – Um tema para


reflexão

O Fórum Pró-Equidade de Gênero e Raça/Etnia realizou, no dia 26 de


novembro de 2012, em Caxias do Sul, o 2º Encontro Mulheres e a Segurança
Pública - Um tema para reflexão.

Exposição “Bravura e Sensibilidade”

A exposição foi promovida pelo Gabinete da Primeira Dama, em parceria com a


SSP. “Bravura e Sensibilidade” registrou o cotidiano das servidoras da
segurança pública.

Proporcionalidade nas promoções das servidoras da Segurança


Pública

Em 2011, houve a promoção das quatro primeiras Tenentes Coronéis do RS. No


ano seguinte, foram promovidas mais quatro e , em 2013, mais uma. Até 2011,
havia apenas uma delegada de 4ª classe, hoje são seis.

Decreto 51.243, de 5 de março de 2014

O decreto garante igualdade de direitos entre os servidores públicos homens e


mulheres. O estágio probatório das servidoras públicas gestantes e adotantes
era interrompido para fins de promoção na carreira durante a licença
maternidade. O decreto veio corrigir essa distorção, dispensando a avaliação
no período da licença.
Portaria SSP nº 68, de 12 de junho de 2012

Regulamentou o afastamento das servidoras gestantes das atividades que as


exponham às condições insalubres e que ofereçam riscos à gestação.
Estabeleceu que a servidora gestante tem o direito de não participar de
atividades e operações que coloquem em especial risco à sua saúde e a sua
integridade física e o direito de não trabalhar em horário noturno, nas
instituições vinculadas à Secretaria da Segurança Pública: Polícia Civil, Brigada
Militar, Instituto-Geral de Perícias e Susepe.

Relatório das Ações Afirmativas da Secretaria da Segurança Pública


ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA
CONTRA AS MULHERES E MENINAS

Rede de Atendimento da Segurança Pública para o


Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar

A Rede de Atendimento para o Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar


foi implementada pela SSP em 20 de outubro de 2012. É formada pela Brigada
Militar, pela Polícia Civil e pelo Instituto-Geral de Perícias e tem como objetivo a
fiscalização das medidas protetivas de urgência, solicitadas ao Poder
Judiciário, bem como a prestação do atendimento qualificado às vítimas de
violência. É o primeiro projeto da área da segurança pública no país que atua
no enfrentamento à violência doméstica e familiar, integrando órgãos da
segurança pública e as demais instituições envolvidas nesta problemática.
Foram captados pela SSP R$ 11 milhões para a Rede, garantindo recursos,
inclusive para 2015. Além disso, há R$ 2 milhões do orçamento da SSP,
também assegurados para 2015.

Fluxo de trabalho da Rede

1 - A Polícia Civil registra a ocorrência policial e encaminha ao Poder Judiciário


(Juizado da Violência Doméstica e familiar) as medidas protetivas de urgência
solicitadas pela vítima.

2 - Ao mesmo tempo, identifica os casos mais graves e repassa esses pedidos


para a Brigada Militar (Patrulha Maria da Penha), composta por policiais
militares homens e mulheres.

3 - A Patrulha Maria da Penha, com viatura identificada, comparece à


residência da vítima para fiscalizar se a medida protetiva está sendo cumprida,
verifica a situação atual, esclarece dúvidas e realiza encaminhamentos aos
Centros de Referência ou a outros órgãos, conforme a necessidade do caso. Se
necessário, visita o agressor para orientá-lo sobre o cumprimento da medida e
suas consequências. Após cada atendimento, é elaborado um relatório
circunstanciado. Com isso, os casos mais graves são identificados e remetidos
imediatamente à delegacia para ser juntado ao inquérito policial (marcado com
um carimbo específico Patrulha Maria da Penha). Esse inquérito é remetido
com prioridade ao Judiciário e, dependendo do caso, com o pedido de prisão
preventiva do agressor.

Observatório da Violência contra a Mulher

De forma inédita, realiza o registro e monitoramento de dados da violência


contra a mulher. É o primeiro do Brasil que produz e analisa estudos e
estatísticas criminais para subsidiar a implementação de políticas transversais
que resultem na redução dos índices de violência.

Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher

São 20 DEAMs no Estado e 20 postos policiais especializados, sediados dentro


das delegacias comuns. Em 26 anos da existência das DEAMs, foram criadas
13 e nesta gestão (2011-2014) foram criadas sete, com previsão de mais cinco
a serem instaladas até começo de 2015. As delegacias fazem o atendimento
humanizado, registram as ocorrências, orientam e encaminham as medidas
protetivas ao Poder Judiciário.

Onde serão implantadas: Montenegro, Porto Alegre (Restinga) Santana do


Livramento, Santo Ângelo e São Leopoldo.

Implantadas entre 2011 e 2014: Alvorada, Bagé, Bento Gonçalves, Gravataí,


Santa Rosa, Uruguaiana e Viamão.

Já existiam: Santa Maria, Cruz Alta, Passo Fundo, Rio Grande, Caxias do Sul,
Erechim, Santa Cruz do Sul, Pelotas, Lajeado, Ijuí, Porto Alegre, Novo Hamburgo
e Canoas.

Patrulha Maria da Penha

Instalada em outubro de 2012, a Brigada Militar, pela primeira vez no país,


trabalha para que a Lei Maria da Penha seja cumprida. Fiscaliza o cumprimento
da medida protetiva de urgência, solicitada pelas vítimas de violência
doméstica. A Patrulha (com viaturas identificadas e PMs capacitados/as) faz
visitas regulares à casa da vítima e presta o atendimento no pós-delito. Se
necessário, a encaminha para uma casa-abrigo e monitora o agressor também.

Relatório das Ações Afirmativas da Secretaria da Segurança Pública


Onde existe: (18 cidades, 26 Patrulhas) Alvorada, Cachoeirinha, Canoas (2),
Caxias do Sul, Charqueadas, Cruz Alta, Esteio, Gravataí, Novo Hamburgo, Passo
Fundo, Pelotas, Porto Alegre (8), Rio Grande, Santa Cruz do Sul, Santana do
Livramento, Uruguaiana, Vacaria e Viamão.

Serão implantadas até dezembro de 2014: Lajeado, São Leopoldo e Venâncio


Aires.

Onde serão implantadas até março de 2015: Bagé, Bento Gonçalves,


Erechim, Ijuí, Lajeado, Santa Maria, Santa Rosa, Sapucaia do Sul e Santo
Ângelo.

Sala Lilás

Projeto do Instituto-Geral de Perícias, a Sala Lilás é um espaço especializado –


junto aos Departamentos ou Postos Médico-legais – para as mulheres vítimas
de violência física, sexual e psicológica. O local oferece atendimento médico,
psicológico e social, logo após o crime. Antes, as vítimas ficavam expostas ou
até mesmo junto aos agressores durante a espera para exames. Pensando nas
vítimas de estupro, que têm de deixar peças de roupa para exame de DNA, a
Sala Lilás também oferece um kit com roupas íntimas. O projeto começou em
2012.

Onde tem: Porto Alegre, Sant’Ana do Livramento, Ijuí, Caxias do Sul, Vacaria,
Bagé, Rio Grande, Lajeado.

Onde serão implantadas: Alegrete, Canoas, Cruz Alta, Erechim, Passo Fundo,
Santa Cruz do Sul, Santa Maria, Santa Rosa, Osório, Pelotas, Santo Ângelo e
Uruguaiana. Serão junto aos Postos Médico-Legais. Além de novas Salas Lilás,
os Departamentos e Postos Médico-Legais serão reaparelhados.

Projeto Metendo a Colher

Projeto da Assessoria de Direitos Humanos da Superintendência de Serviços


Penitenciários (Susepe), visa o combate aos casos de reincidência na violência
contra a mulher. A ideia é conscientizar os agressores enquadrados na Lei
Maria da Penha de que a segurança pública irá monitorá-los, mesmo em
liberdade, além de educá-los para que não voltem a agredir. Ao saírem da
cadeia, os homens continuarão com o acompanhamento de uma rede externa
- Patrulha Maria da Penha, Escuta Lilás, Poder Judiciário, Ministério Público,
entre outros, que trocarão informações em tempo real. O projeto é pioneiro no
Brasil, existindo um nos mesmos moldes somente na Espanha.
Programa de Acolhimento às Vítimas de Violência nas Delegacias
de Polícia

Coordenado pelo RS na Paz, as vítimas de violência, quando forem registrar a


ocorrência na delegacia, terão atendimento humanizado em uma sala
reservada, com profissionais de psicologia e de serviço social. A intenção é
diminuir o trauma, especialmente em casos de abuso sexual e agressão. O
programa, inicialmente implantado em Porto Alegre, é em parceria com o a
Unesco e com as secretarias estaduais da Saúde e da Segurança Pública.

Onde tem: nas delegacias dos bairros Rubem Berta, Restinga, Lomba do
Pinheiro e Santa Tereza. Além de uma sala na Delegacia Especializada no
Atendimento à Mulher (Deam) e outra na Delegacia do Idoso.

PC BM
DEAM PATRULHA

“CICLO COMPLETO”

SUSEPE IGP
CORDENADORIA SALA LILÁS
DA MULHER
OBSERVATÓRIO
DA MULHER

Indicadores da Rede de Atendimento para o Enfrentamento à


Violência Doméstica e Familiar de outubro de 2012 a junho de
2014

Brigada Militar – Patrulha Maria da Penha: 5.132 vítimas atendidas no RS

Polícia Civil – Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam):


Procedimentos policiais encaminhados à Justiça pela Deam de Porto Alegre:
11.361. Agressores presos: 422.

Relatório das Ações Afirmativas da Secretaria da Segurança Pública


Instituto-Geral de Perícias (IGP) – Sala Lilás: Atendimentos de violência
sexual: 1.084. Atendimentos de lesões corporais: 12.408 (incluindo lesões
odonto). Atendimento psicossocial: 943.

Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) – Programa


Metendo a Colher: Atendimentos individuais: 120 agressores. Atendimentos
em grupo: 330 agressores. Participantes da prevenção do aprisionamento
feminino: 2.736 mulheres.

Ponto focal no Disque-Denúncia 181

O atendimento do Disque-Denúncia 181 é focado no auxílio da população às


investigações policiais. Cerca de 20% das ligações recebidas por este canal são
de denúncias de crimes de violência doméstica, que são encaminhadas ao
Projeto Ligue 180 da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Esses relatos
colhidos pela SPM são repassados ao Disque-Denúncia 181 que rastreia a
origem do depoimento através de um software próprio. A partir do rastreio, as
denúncias são encaminhadas para as delegacias mais próximas. Se o risco for
iminente, uma Patrulha Maria da Penha é deslocada de imediato para verificar
a denúncia. Caso contrário, o depoimento fica arquivado na delegacia para ser
anexado a uma futura denúncia formal por parte da vítima. Todos os dados são
repassados novamente para a SPM e, se a vítima volta a contatar o 180, a
Secretaria informa para qual delegacia a denúncia anterior foi enviada.

Ponto focal no 190

Com a Copa do Mundo, foi implantado o serviço especializado de atendimento


do telefone 190, desde junho de 2014. São posições especialmente
direcionadas para mulheres e crianças vítimas de violência doméstica e
exploração sexual. Após o mundial, a Secretaria da Segurança Pública manteve
o serviço no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC). O grupo conta
com oito integrantes (quatro do Instituto-Geral de Perícias e quatro da Brigada
Militar) que atendem dois pontos telefônicos para acolher e encaminhar os
casos de violência contra a mulher e exploração de menores. A ação é pioneira
e é o único CICC no Brasil com este tipo de serviço. Durante o mundial foram
atendidas 166 vítimas.
Delegacias Itinerantes da Mulher – DEAM Móvel

Em 2011, o projeto foi expandido para todas as cidades com sede da Delegacia
da Mulher (DEAM) e localidades próximas. É composta por uma equipe com a
delegada de Polícia, duas escrivãs e dois inspetores, que se deslocam para os
bairros mais distantes e com índices elevados de violência a fim de realizarem
o atendimento especializado da Polícia Civil na comunidade. Juntamente com
a equipe da Polícia Civil, acompanham o atendimento uma advogada, uma
psicóloga e uma assistente social, sendo a vítima de violência orientada sobre
os seus direitos tanto na área cível, quanto na área criminal.

Prêmio internacional Governarte: A Arte do Bom Governo

A Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul foi vencedora do


prêmio internacional Governarte: A Arte do Bom Governo, concedido pelo
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A Rede de Atendimento da
Segurança Pública para o Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar foi
contemplada na categoria Governo Seguro: Prevenir o Crime e a Violência. O
reconhecimento representa prioridade em relação aos demais países na busca
por recursos no exterior – especialmente do BID – voltados às políticas de
gênero. Além disso, o selo Governo Seguro coloca a Rede da segurança pública
gaúcha como modelo a ser copiado internacionalmente. O Rio Grande do Sul
concorreu com outros 70 projetos inscritos de diversos Estados e províncias da
América Latina e Caribe.

Prêmio Concurso de Boas Práticas no Enfrentamento à


Violência Contra a Mulher – Campanha Ponto Final

A Rede de Atendimento à Violência Doméstica e Familiar foi premiada no


“Concurso de Boas Práticas no Enfrentamento à Violência Contra a Mulher –
Campanha Ponto Final. Foi no dia 10 de dezembro de 2012, às 17 horas, na
Casa de Cultura Mario Quintana, em Porto Alegre. As atividades se inseriram na
Agenda dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher,
promovida pelo Coletivo Feminino Plural.

Capacitação de policiais militares para a Patrulha Maria da


Penha

Para a implementação do plano, a capacitação da Patrulha Maria da Penha foi


desenvolvida através de aulas expositivas, ministradas com base em parcerias
entre a Brigada Militar, Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias, Secretaria
Estadual de Políticas para Mulheres, Ministério Público, Judiciário e
organismos sociais, focados na melhoria da prestação de serviços à
comunidade. Assim efetivou-se políticas transversais, sob a supervisão
docente do Departamento de Ensino e Treinamento da Secretaria da
Segurança Pública/RS. A capacitação dos mais de 1.000 policiais militares foi
desenvolvida de 26 a 31/08/2012.

Capacitação para atendimento à violência doméstica na Polícia


Civil

A Coordenadoria das Delegacias da Mulher (DEAMs) realizou uma capacitação

Relatório das Ações Afirmativas da Secretaria da Segurança Pública


para mais de 2.000 agentes e delegados e delegadas de Polícia da cidade de
Porto Alegre. Foram treinados para o atendimento das vítimas de violência
doméstica familiar.

Capacitação das servidoras da Superintendência dos Serviços


Penitenciários (SUSEPE), para atenção integral às mulheres em
privação de liberdade

Esta proposta objetivou a capacitação das servidoras da Superintendência dos


Serviços Penitenciários (SUSEPE), que trabalham diretamente com mulheres
privadas de liberdade, para o entendimento das relações de gênero,
proporcionando atenção integral nas diversas dimensões da execução penal.
Além disso, o projeto contempla a criação de um Centro de Educação
permanente em estudos de Gênero e Sistema Prisional. Ocorreu de abril a
dezembro de 2012 (1ª turma) e de março a dezembro de 2013 (2ª turma).

Portaria IGP/SSP nº 058/2011 sobre coleta para exame de DNA


em casos de crimes sexuais

Resolve que, no caso de crimes sexuais, serão coletadas secreções biológicas


com objetivo de identificar agressor por meio de exame de DNA, bem como
material de referência da própria vítima, independentemente de solicitação da
autoridade competente (delegado/a).

Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria da Segurança


Pública do Estado do Rio Grande do Sul (SSP), Secretaria de
Políticas para as Mulheres do Rio Grande do Sul (SPM) e a
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Pesquisas relacionadas à violência contra as mulheres, especialmente contra


a mulher do campo, que vem sendo desenvolvidas desde 2011.

Palestras e trabalho preventivo à violência contra a mulher

Todas as delegadas das Deams realizaram, mensalmente, palestras em


escolas, universidades, empresas, unidades básicas de saúde, ONGS,
associações e conselhos municipais, entidades sindicais, buscando divulgar a
Lei Maria da Penha, orientar as mulheres sobre os seus direitos e como
acessá-los.

Atuação nos Territórios de Paz e trabalho de acolhimento

Desenvolvido pelo Programa RS na Paz, em parceria com o Centro de


Referência Vânia Araújo, uma equipe da Delegacia da Mulher (DEAM)
compareceu a cada 15 dias, em 2012, em um dos Territórios de Paz realizando
palestra e um diálogo com a população acerca dos direitos das mulheres.

Divulgação do Dossiê sobre violência contra a mulher no Estado


Relatório das ações desenvolvidas pela Secretaria da Segurança
Pública do Estado do Rio Grande do Sul (SSP) de enfrentamento
à violência de gênero

Foi divulgado na audiência pública, realizada no dia 30 de maio de 2012, na


Sala de Reuniões do Fórum Democrático da Assembleia Legislativa do Estado,
pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos “Dossiê do movimento de
mulheres do RS - Relatório das ações desenvolvidas pela Secretaria da
Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul (SSP) de enfrentamento à
violência de gênero”. Foi abordada a violência doméstica contra a mulher no
Brasil e as iniciativas que resultem na melhor aplicação da Lei Maria da Penha
no Estado.

Exposições “Retratos da Penha” e “Liberdade do Olhar”

As exposições foram promovidas pelo Gabinete da Primeira Dama, em parceria


com a SSP, realizadas entre 2011 e 2013. As ações visaram recuperar a
identidade de grupos em situação de vulnerabilidade. Todo o material irá
compor um livro “Um Novo Olhar sobre o Rio Grande do Sul, que documentará
as ações realizadas pelo Gabinete da Primeira Dama. “Liberdade do Olhar:
novas perspectivas de uma vida no cárcere” exibiu imagens captadas por
detentas da Penitenciária Feminina Madre Pelletier e a “Retratos da Penha”
fotografou vítimas de violência doméstica que fizeram a denúncia, se
empoderaram e passaram a ser atendidas pela Patrulha Maria da Penha.

Criação do Termo de Cooperação Técnica e Integração dos


Bancos de Dados com o Tribunal de Justiça - Polícia Civil e
Militar serão informadas sobre o deferimento de medidas
protetivas

Um acordo firmado no dia 14 de agosto de 2012, entre a Secretaria da


Segurança Pública e o Tribunal de Justiça, dará acesso às Polícias Civil e Militar
sobre a decisão do Judiciário em relação às medidas protetivas solicitadas por
mulheres vítimas de agressões. Os policiais da Patrulha e das Deams têm
acesso às decisões do Poder Judiciário, por meio do Sistema de Consultas
Integradas. Com essa informação, é possível melhorar as ações preventivas e
de fiscalização das medidas protetivas.

Relatório das Ações Afirmativas da Secretaria da Segurança Pública


Participação na elaboração do Relatório Lilás - 2013

O relatório traz números e detalhamento das ocorrências policiais, como o


perfil da vítima e do agressor, locais dos crimes, etc. Ainda apresenta um artigo
intitulado “Femicídio: um tema para debate (Um Raio X dos Femicídios nos
cinco anos da Lei nº. 11.340/06)”, que fundamentou a construção da Rede da
SSP. O Relatório Lilás foi elaborada pela Comissão dos Direitos Humanos da
Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul.

Recursos captados pela Rede de Atendimento para o


Enfrentamento à Violência Doméstica e Familiar
Valor do
Valor da
Concedente Órgão Objeto Repasse da Valor Total
Contrapartida
União
Capacitação de policiais civis no atendimento às R$ R$
SPM/PR PC R$ 113.088,00
mulheres vítimas de violência doméstica 90.470,40 22.617,60
Capacitação de servidoras penitenciárias visando
R$ R$
SPM/PR SUSEPE o manejo quanto à atenção integral de mulheres R$ 137.920,05
em privação de liberdade para o fortalecimento 110.336,04 27.584,01
de seus direitos humanos
Capacitação das servidoras e dos servidores
policiais para atendimento qualificado de R$ R$
SPM/PR BM R$ 100.268,54
ocorrência da Lei Maria da Penha: Enfrentamento 79.822,14 20.446,40
à violência – Prevenção
R$ R$
SPM/PR SUSEPE Construção de um Módulo de Oficina no Presídio R$ 278.824,93
Estadual Feminino de Torres 223.059,94 55.764,99
Fortalecimento das Delegacias de Atendimento R$ R$
SPM/PR PC R$ 654.169,00
Especializado à Mulher (DEAMs) 523.335,20 130.833,80
R$ R$
SPM/PR IGP R$ 1.424.111,20
Sala Lilás – IGP 1.139.288,96 284.822,24
R$ R$
SPM/PR BM R$ 2.247.600,00
Aparelhamento da Patrulha Maria da Penha 1.798.080,00 449.520,00
R$ R$
OC/SSP Observatório da Violência Contra a Mulher do R$ 133.621,16
SENASP/MJ Estado do Rio Grande do Sul 114.462,11 19.159,05
Fortalecimento das Delegacias de Atendimento R$ R$
PC R$ 1.357.487,00
SENASP/MJ Especializado à Mulher (DEAMs) 1.221.738,30 135.748,70
Reparelhamento do Departamento Médico-Legal R$ R$
IGP R$ 3.341.465,00
SENASP/MJ e Postos do Interior do Estado (Sala Lilás) 2.974.178,10 367.286,90
R$ R$
R$ 828.071,13
SENASP/MJ RSNAPAZ Mulheres da Paz 745.263,63 82.807,50
Núcleos de acolhimento nas Delegacias de Polícia R$
UNESCO R$ 645.120,00
RSNAPAZ (8 núcleos) 645.120,00
R$ R$
Totais: R$ 11.261.746,01
9.665.154,82 1.596.591,19
Quadro comparativo da violência contra mulheres e meninas com o
recorte da Lei Maria da Penha entre 2012 e 2014

LESÃO FEMICÍDIO (FEMICÍDIO)


Período AMEAÇA
CORPORAL
ESTUPRO
CONSUMADO* (TENTADO)

2012/Jan 4.258 2.657 134 12


2012/Fev 4.036 2.571 97 14
2012/Mar 3.913 2.310 119 8
2012/Abr 3.523 2.058 80 5
2012 2012/Mai 3.613 2.015 101 8
2012/Jun 3.185 1.723 95 2
2012/Jul 3.183 1.712 121 12
2012/Ago 3.627 2.152 126 13
2012/Set 3.396 2.085 108 9
Janeiro a Setembro 2012 32.734 19.283 981 83 0

2013/Jan 4.531 2.677 123 7 26


2013/Fev 3.850 2.422 119 12 21
2013/Mar 3.836 2.302 95 8 19
2013/Abr 3.673 2.069 96 9 19
2013 2013/Mai 3.227 1.972 100 10 13
2013/Jun 3.258 1.797 113 9 18
2013/Jul 3.307 1.726 96 5 13
2013/Ago 3.291 1.767 96 6 19
2013/Set 3.242 1.938 92 8 22
Janeiro a Setembro 2013 32.215 18.670 930 74 170

2014/Jan 4.203 2.457 105 5 38


2014/Fev 3.859 2.270 95 8 24
2014/Mar 3.937 2.319 114 10 29
2014/Abr 3.582 2.009 90 8 15
2014 2014/Mai 3.385 1.735 87 4 17
2014/Jun 3.142 1.808 81 3 17
2014/Jul 3.446 1.709 85 3 24
2014/Ago 3.457 1.985 66 3 23
2014/Set 3.168 1.805 68 6 26
Janeiro a Setembro 2014 32.179 18.097 791 50 213

Diferença 2013/2014 -36 -573 -139 -24 43

Variação %
Janeiro a Setembro 2013/2014 -0,1 -3,1 -14,9 -32,4 25,3
Fonte: SSP/RS/SIP - Extração em: 03/10/2014 - * Homicídios enquadrados pelo recorte de gênero.

Relatório das Ações Afirmativas da Secretaria da Segurança Pública


AVANÇOS E
IMPLANTAÇÃO
DE POLÍTICAS LGBT

Grupo de Trabalho de Segurança Pública para LGBT

O GT foi criado a partir da assinatura do Termo de Cooperação Técnica com a


Secretaria Nacional de Direitos Humanos da Presidência da República. Tem o
objetivo de articular esforços e parcerias para enfrentar as causas e efeitos da
violência e discriminação homofóbica no RS. O Grupo tem a participação de
órgãos do Estado, ONGs, OAB e universidades. Uma das primeiras ações foi
capacitar policiais de todas as unidades do Estado para lidar com ocorrências
relacionadas a crimes de ódio e intolerância.

Carteira de Nome Social

Por meio do Instituto-Geral de Perícias, com apoio da Secretaria de Justiça e


Direitos Humanos, a SSP criou o documento para que travestis e transexuais
pudessem usar o nome social – como são reconhecidas/os e como se
reconhecem. Passou a ser emitida dia 16 de agosto de 2012. Foi lançada pelo
governador Tarso Genro em 18 de maio de 2012, como parte da campanha Rio
Grande sem Homofobia, demonstrando o respeito às diferenças e uma
garantia de cidadania para travestis e transexuais.

Ala gay no sistema prisional

Em março de 2012, foi inaugurada a 3ª Galeria do bloco H para gays, travestis


e companheiros de travestis, com o objetivo de dar um atendimento mais
humanizado a esta população que, anteriormente, independentemente do
crime praticado, ficava na galeria destinada às pessoas que praticaram crimes
sexuais.
Estatísticas LGBT

A Divisão de Estatística Criminal realiza o levantamento da violência sofrida por


travestis e transexuais com Carteira de Nome Social no RS. O objetivo é reco-
nhecer e enfrentar a violência motivada pelos sentimentos sociais transfóbi-
cos.
IGUALDADE CIVILIZATÓRIA
E OUTRAS AÇÕES AFIRMATIVAS

Portaria SSP nº 64 de 6 de junho de 2012

A portaria criou o Grupo de Trabalho Igualdade Civilizatória na Segurança


Pública, em novembro de 2011, com o objetivo de desenvolver uma política de
prevenção à violência sobre minorias éticas raciais, especialmente a
população negra. Foi elaborado um diagnóstico considerando as necessidades
que se apresentam no interior do sistema de segurança pública e as demandas
dos movimentos sociais. O GT está vinculado ao Gabinete do Secretário e é
composto por integrantes das vinculadas da Secretaria da Segurança Pública.

Seminário de Igualdade Civilizatória no contexto da Segurança


Pública

Foi realizado no dia 3 de julho de 2012, no Auditório do Centro Administrativo


Fernando Ferrari. O evento propôs uma reflexão aos servidores e servidoras
sobre o resgate da civilização de matriz africana no contexto da Segurança
Pública do Estado do Rio Grande do Sul.

Evento em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra


Latino-americana e Caribenha

Cerca de 70 servidores das instituições do Instituto-Geral de Perícias (IGP), da


Superintendência dos Serviços Penitenciários (SUSEPE), da Polícia Civil (PC) e
da Brigada Militar (BM) assistiram à solenidade que ocorreu no saguão da
Secretaria da Segurança Pública (SSP/RS), durante a tarde do dia 25 de julho
de 2012. Seis mulheres negras que fazem história no serviço público do Estado
foram homenageadas pela Coordenadoria da Igualdade Civilizatória (CIC), da
SSP e Coordenadoria Penitenciária da Mulher (CPM), da Superintendência dos
Serviços Penitenciários (SUSEPE).

Inserção da religião de matriz africana nos espaços prisionais


femininos e confecção de uma cartilha informativa voltada aos
agentes do sistema prisional

Foi desenvolvida pela Superintendência dos Serviços Penitenciários (SUSEPE)


a inserção da religião de matriz africana nos espaços prisionais femininos,
inicialmente nas Penitenciárias Femininas Madre Pelletier e Estadual de
Guaíba. Primeiramente, foi trabalhada a sensibilização dos servidores quanto à
finalidade e necessidade da manutenção destes laços religiosos dentro destes
espaços. Esta iniciativa foi o resultado de uma demanda originada na
Conferência Temática para as Mulheres em Situação de Prisão, realizada na
Penitenciária Feminina Madre Pelletier.

Encontro “População Negra e a Revolução Farroupilha”

Encontro e debate com a temática “População Negra e a Revolução


Farroupilha” foi realizado no Acampamento Farroupilha, no Galpão do Instituto
Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF), no dia 14 de setembro de 2012.

Programação de Cinema no Madre Pelletier - ações abordando a


questão racial no RS

O Grupo de Trabalho Igualdade Civilizatória na Segurança Pública - Coordenaria


Penitenciária da Mulher/SUSEPE promoveu nos dias 04, 11, 18 e 25 de
outubro de 2012, diversas ações abordando a questão racial no RS, como a
cultura afro-gaúcha e os entendimentos sobre o culto da religião de origem
africanista dentro do espaço prisional. Foram exibidos documentários, debates
e palestras.

Participação no Mundo da Igualdade Racial - Fórum Social


Temático de Porto Alegre. Democracia, Cidades e
Desenvolvimento Sustentável – 26 a 31/01/2013

O Grupo de Trabalho (GT) da Igualdade Civilizatória na Segurança Pública,


realizou no dia 31 de janeiro de 2013, às 14 horas, a oficina sobre a questão
racial e a segurança pública: “O encarceramento das mulheres e o extermínio
da juventude negra”.
Programação da Semana da Consciência Negra na Segurança
Pública em 2014

A Secretaria da Segurança Pública do Estado participou da Semana da


Consciência Negra em novembro de 2014. Foram promovidas diversas
atividades no pátio da SSP, como apresentações de dança, da banda da
Brigada Militar, mostra culinária típica africana feira de livro, artesanato e
exposição. A programação foi organizada por meio do governo do Estado, GT
Igualdade Civilizatória da SSP, prefeituras, coordenadorias de igualdade racial
e movimentos sociais.

Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (NEPT/RS)

O Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas - NETP/RS, dentro do RS na


Paz, foi criado em 2012 para fomentar criação de política estadual de
enfrentamento, mapear e fortalecer a rede de atenção e apoio às vítimas,
incentivar e desenvolver ações de prevenção e informação, bem como apoiar
ações de repressão ao crime.

Disciplinas disponibilizadas nos currículos do curso de formação


de policiais civis e militares “Direitos Humanos aplicados à
Função Policial” e "Legislações Especiais aplicadas a Grupos
Vulneráveis” – 2012-2013

No âmbito da Polícia Civil, o tema Violência de Gênero está incluído nas


disciplinas denominadas Direitos Humanos aplicados à Função Policial e
Legislações Especiais aplicadas a Grupos Vulneráveis. No âmbito da Brigada
Militar, a disciplina de Direitos Humanos também faz parte do currículo de
todos os cursos de formação, sendo que o tema Violência de Gênero é nela
abordada, bem como nas disciplinas de Legislação Esparsa e Sociologia da
Violência. Os cursos são ministrados no Departamento de ensino e
Treinamento da Secretaria da Segurança Pública. Foram mais de 1.500
capacitados.
Tarso Genro
Governador

Airton Michels
Secretário da Segurança Pública

Raquel Arruda Gomes


Chefe de Gabinete da Secretaria da Segurança Pública

Conteúdo e Edição Layout e Diagramação


Patrícia Pinto Lemos Gustavo Zuchowski
Jornalista Mtb 14.186

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