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RELATÓRIO TÉCNICO DE BOLSISTA

Pág. 01 de 10 - Documento assinado digitalmente. Para conferência, acesse o site https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo e informe o processo SDS 00002311/2022 e o código 52PB0ZB1.
EDITAL DE CHAMADA PÚBLICA FAPESC N° 43/2021 – APOIO AO PROGRAMA GENTE
CATARINA

Tipo de Relatório: ( X ) PARCIAL ( ) FINAL


Período do Relatório Técnico: 01/07/2022 a 30/12/2022

1 – Dados pessoais
Nome: Beatriz Demboski Búrigo
E-mail: beademboskiburigo@gmail.com
Telefone: (48) 999361149
Título do Projeto: Programa Gente Catarina

2 – Resumo da proposta inicial do Projeto


Atuar na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social – SDS, no âmbito do Programa
Gente Catarina para implantação de práticas de pesquisas, tecnologia e inovação, com o
aporte eficiente de esforços por parte do Governo do Estado de Santa Catarina, para a
identificação e monitoramento de fatores determinantes de modelo de governança por
processos relacionados com indicadores de desenvolvimento humano, por meio da seleção
de recursos humanos qualificados, a fim de identificar e fomentar ações para a redução das
desigualdades dos Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) da sociedade catarinense.

3 – Resumo do Projeto no momento da apresentação deste relatório


A Secretaria Do Estado de Desenvolvimento Social - SDS, dentro do Programa Gente
Catarina, possui como ações diagnosticar e monitorar as violências e violações de direitos que
ocorrem nos territórios, bem como diagnosticar e monitorar os serviços que atendem a essas
violências e violações, com o objetivo de apoiar e fortalecer nos municípios o Sistema Único
de Assistência Social, o SUAS, e o Sistema de Garantia de Direitos à luz dos Direitos
Humanos, dando devida atenção aos Direitos das Crianças e dos Adolescentes. 

Muitos dos fatores determinantes elencados na cartilha do programa Gente Catarina junto
das complexidades locais de cada região, somam-se como causa dos problemas que
diminuem o IDH: mortalidade infantil, morte prematura, evasão escolar, falta de emprego e de

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renda. As violações de direitos e violências constituem-se e relacionam-se com questões

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sociais e com as diversas políticas públicas, como por exemplo: acesso à saúde, à educação
e ao desenvolvimento social e econômico dos territórios. 
A principal ação da SDS dentro do Programa Gente Catarina são as visitas técnicas
aos municípios para reconhecimento da realidade dos territórios, dos Serviços
Socioassistenciais e dos Conselhos Tutelares. Os municípios incluídos no Programa Gente
Catarina foram divididos em quatro regiões: Serra Catarinense, Alto Vale do Itajaí, Região do
Contestado e Oeste Catarinense; e em etapas dentro de cada região.

4 – Resultados alcançados pelo Projeto no período deste relatório de acordo com o


cronograma apresentado no Plano de Trabalho do bolsista
Para a ação das visitas técnicas, efetivou-se a reformulação da metodologia, dando
continuidade a realização de visitas técnicas e cronograma dos próximos municípios a serem
visitados pela equipe da SDS. A partir das visitas, relatórios com caráter de diagnóstico e
proposição para melhoria das políticas de Assistência Social e Sistema de Garantia de
Direitos, apontam ao Gente Catarina as necessidades contextuais de cada território,
colocando tanto a política estadual, quanto a municipal, em contato e perspectiva. Foram
realizadas visitas em 45 municípios do Gente Catarina e será realizada reunião remota com
15 municípios que ainda não foram visitados.

A atuação da bolsista na ação de visitas deu-se nos seguintes eixos:

● Consultoria técnica em Ciências Sociais: Organização do cronograma de visitas


técnicas aos municípios do Gente Catarina, elaboração de metodologias de pesquisa,
auxílio em questões técnicas;
● Coleta de dados e trabalho de pesquisa: Organização, tabulação e registro dos dados
levantados nas visitas técnicas;
● Elaboração de relatórios e redação técnica: Relatório de visitas técnicas dos
municípios, auxílio na redação técnica de documentos.

Para a ação de diagnóstico das violências e das violações de direitos, consolidou-se o


contato com a Segurança Pública para o compartilhamento de dados, principalmente sobre
violência letal, violência doméstica, violência contra criança e adolescente, e juventude.
Relatórios com caráter de diagnóstico, a partir de análise quantitativa e qualitativa de dados,

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foram feitos para evidenciar as características das violências e violações de direitos nos

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municípios. Também se executa o diagnóstico dos serviços responsáveis pelo atendimento
das violências e violações de direitos.

A atuação da bolsista na ação de diagnóstico das violências e violações de direitos deu-se


nos seguintes eixos:

● Análise qualitativa e quantitativa de dados: Elaboração de painéis de BI sobre as


violências e violações de direitos, análise de BOs de violência letal, acesso ao APOIA
e SIPIA CT;
● Planejamento e acompanhamento de projetos: Planejamento e acompanhamento do
Projeto de Diagnóstico das Violências e Violações de Direitos nos territórios do Gente
Catarina.

Além disso a bolsista ainda trabalhou em outros projetos da SDS dentro do Programa
Gente Catarina, na elaboração, coordenação e/ou desenvolvimento destes projetos:

● Participação na elaboração do Projeto das Unidades Móveis juntamente com a


Gerência de Políticas para Mulheres e Direitos Humanos, na elaboração do Plano de
Governo para a Juventude (Projeto 1991/2021)
● Participação no Grupo de Trabalho para reformulação do Programa APOIA.
● Fortalecimento Serviços de Assistência Social (Projeto 443/2022): Fortalecer os
serviços de assistência social dos 61 municípios do Gente Catarina por meio de
capacitações técnicas acerca dos serviços da assistência social e fluxo de atendimento
integrados dos municípios.
● Fortalecimento Sistema de Garantia de direitos (Projeto 1953/2021): Propor projeto
padrão e apoio financeiro para construção de Conselhos Tutelares nos municípios do
Gente Catarina.
● SC mais moradia (Portfólio SC Mais Moradia): Apoiar financeiramente os 61
municípios que integram o Programa Gente Catarina para a construção de até 15
unidades habitacionais em cada município.
● CRAS (Portfólio CRAS): Apoiar financeiramente os municípios do Gente Catarina que
necessitam para construção de CRAS.
● Reordenamento do Conselho Tutelar de Urupema: Convite para atuar junto ao
município para revisar a Lei municipal do Conselho Tutelar.

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5 – Produção gerada pelo projeto, com a participação do bolsista (Entregáveis) do

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Plano de Trabalho do bolsista (Breve descrição das Atividades complementares,
produção técnica e artística/cultural, eventos científicos, publicações, tecnologias
desenvolvidas, produção passível de Propriedade Intelectual)
- Construção dos instrumentos de orientação para visitas técnicas aos municípios: roteiro
para a Assistência Social e roteiro para os Conselhos Tutelares; (04/2022)
- Relatório da ação de reuniões remotas com Associação de Municípios e técnicos da
Assistência Social e Conselho Tutelar; (05/2022)
- Relatório de visita aos 5 primeiros municípios da Região do Contestado; (06/2022)
- Relatório Operacional da primeira semana de atividades (17/01/2022);
- Criação do Projeto de Diagnóstico das Violências e Violações de Direitos nos territórios do
Programa Gente Catarina (26/01/2022);
- Relatório da Ordem Administrativa 001-2022 (baseado nas Regiões da Serra Catarinense
e Alto Vale do Itajaí) (07/02/2022);
- Relatório Parcial referente as políticas públicas na esfera federal, estadual e municipal,
voltadas às mulheres, pessoas com deficiência, pessoas em restrição de liberdade, tráfico de
pessoas, trabalho escravo, moradia e conflitos urbanos (01/04/2022);
- Relatório Diagnóstico sobre Violência Letal no municípios do Programa Gente Catarina
nos anos 2019, 2020 e 2021 (04/05/2022 – 31/05/2022).
- Construção do painel de monitoramento de denúncias do Disque 100, Violência contra
mulheres em SC, Violência contra crianças e adolescentes em SC e Violência letal em SC.
- Levantamento sobre políticas públicas existentes e direitos da Juventude para elaboração
de Plano de Governo.
- Relatórios técnicos municipais das visitas técnicas a 45 municípios visitados.
- Edital de Pesquisa da FAPESC para compreender os territórios a partir de falas de
crianças e adolescentes.
- Proposta de Lei para reordenar o Conselho Tutelar de Urupema.

6 – Conclusões (parciais ou finais) do projeto:


Percebeu-se o quanto se faz necessário elucidar que a SDS comporta 4 políticas: a
Assistência Social, os Direitos Humanos, a Habitação e a Segurança Alimentar. Quatro
políticas prioritárias para que a dignidade humana nos territórios possam ser garantidas e
quatro políticas que precisam ser robustas e eficientes. Foi possível constatar que a falta
de servidores para dar conta da complexidade das ações destas políticas foi um fator que
diminuiu a capacidade interventiva da SDS, como também o fato da SDS não contar com

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“regionais” - como a educação e a saúde - fez com que as intervenções nos municípios

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fossem mais morosas em comparação com as outras secretarias. Em função disso, foi
ainda mais relevante a importância do trabalho das especialistas FAPESC que
caminharam junto à SDS durante todo ano de execução do Gente Catarina.
Praticamente a maioria dos municípios receberam muito bem a ideia das visitas e
reconheceram a importância desse olhar sobre os territórios, resultando na aproximação
entre estado e município. Foram construtivas as parcerias firmadas entre a SDS e as
Associações de Municípios e os gestores e serviços socioassistenciais, bem como com
outros atores do Sistema de Garantia de Direitos das Crianças e Adolescentes (saúde,
educação, etc).
Uma das principais propostas apresentadas foi de propor ações dialógicas, onde em
conjunto com os municípios foi possível verificar os nós, as potências e os desafios dos
programas e políticas públicas municipais. Dessa maneira, o estado assumiu seu papel de
articulador na compreensão das ações conjuntas entre estrutura estadual e municipal.
Dentre as dificuldades enfrentadas, podemos citar a falta de comunicação para articular a
rede de Assistência Social, problemas com questões materiais (falta de computador,
celular, internet), mas também questões de esforço conjunto para efetivar essa
articulação.
A maior parte dos municípios integrantes do Gente Catarina são de pequeno porte e
muitos não possuem o equipamento do Centro de Referência Especializado de
Assistência Social/CREAS, que é responsável por oferecer apoio e orientação às famílias
e indivíduos em situação de risco pessoal e/ou social por violação de direitos. Dentro
desta configuração, os casos de média e alta complexidade ficam prejudicados em seu
atendimento, ficando ao encargo da equipe do Centro de Referência de Assistência
Social/CRAS ou da equipe de Proteção Social Especial na gestão.
As visitas oportunizaram o reconhecimento da importância do fortalecimento dos espaços
coletivos de controle social das políticas públicas, como os Conselhos Municipais dos
Direitos das Crianças do Conselho Municipal de Assistência Social. Identificou-se que
estes espaços de gestão da política pública a partir da participação da sociedade civil
organizada está enfraquecida e sem reconhecimento de sua vital importância.
Não diferente deste contexto, encontra-se o Conselho Tutelar. Criado a partir do Estatuto
da Criança e do Adolescente com a promessa de zelar pelos direitos das crianças e
adolescentes, hoje configura-se nos territórios visitados um serviço sem vida e sem

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propósito. A grande maioria dos Conselhos Tutelares não têm estrutura física e

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organizacional para cumprir o que lhe foi destinado legalmente.
Os municípios reconhecem a necessidade de ações continuadas de capacitação, porém
percebe-se que as capacitações oferecidas e realizadas não estão impactando os serviços
em relação a sua melhoria. Outro fator importante é a desarticulação do Sistema de
Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes dos municípios. Apresentaram-se
inúmeras dificuldades de terem como metodologia o trabalho articulado e intersetorial.
Lembrando que o Gente Catarina não pretendeu levar soluções prontas, mas sim
compreender junto dos municípios o que pode estar acontecendo em relação ao IDH e
quais possíveis encaminhamentos e soluções para o enfrentamento das dificuldades
vividas. Com a aproximação com os municípios foi possível constatar uma distância
preocupante entre o Estado e os municípios, questão esta que devemos nos debruçar
com responsabilidade e comprometimento.
Esta gama de subsídios para o trabalho da SDS foi sistematizada e organizada a partir do
trabalho das especialistas, que tiveram e têm um papel essencial nas produções de
conhecimentos, realizações de pesquisas e análise de dados contribuindo sobremaneira
para que as ações desenvolvidas nesta primeira fase pudessem ter seus resultados
alcançados e para embasar a continuidade do trabalho.

7 – Sugestão de continuação do projeto ou nova etapa:


Necessidade de visita técnica aos 15 municípios restantes integrantes do Programa Gente
Catarina (Coronel Martins, São Bernardino, Entre Rios, Ipuaçu, Caxambu do Sul, Abelardo
Luz, Ouro Verde, Passos Maia, Vargeão, Ponte Serrada, Matos Costa, Macieira, Água Doce,
Rio das Antas e Lebon Régis)
Projeto de Diagnóstico das Violências e Violações de Direitos recebeu mais duas bolsistas
para atuarem nas regiões do Programa Gente Catarina, possibilitando agora análise e
sistematização dos painéis BI de dados construídos, ampliando o diagnóstico para os
seguintes dados:
- denúncias recebidas pelo Disque 100,
- denúncias recebidas diretamente pelo Conselho Tutelar,
- dados sobre violência contra mulher,
- dados de violência contra criança e adolescente,
- dados sobre criminalidade e juventude.
Além disso, outras bases de dados devem ser consultadas para análise: SIPIA CT e
APOIA SC.

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De forma sistemática, as bolsistas especialistas da SDS devem continuar trabalhando no

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Programa Gente Catarina nos seguintes eixos:

Falta de dados

O Desenvolvimento Social necessita de dados para formular suas políticas públicas, a


Vigilância Socioassistencial apresenta dificuldades de gerar dados fidedignos, principalmente
devido às fragilidades da alimentação por parte dos municípios;
falta de dados consistentes das ouvidorias - nacional e estadual, comprometendo dados da
política de direitos humanos;
Necessidade de um projeto de sistema de dados para a SDS.

Assistência Social

As secretarias de Assistência Social em muitos municípios não são comando único,


dividem gestão com a Saúde ou Administração.
Os atendimentos de média e alta complexidade são feitos com recursos escassos dos
municípios, existe a necessidade de um olhar para os municípios menores para serem
auxiliados. A gestão municipal faz média e alta complexidade, é de suma importância a
intervenção do estado para qualificação da execução da política.
Existem atitudes equivocadas nos trabalhos da assistência social nos municípios, certo
descaso com a política de assistência social por parte dos gestores e também é papel da SDS
manter uma agenda de constante capacitação e acompanhamento do que está sendo
realizado nos territórios.
Assistência Social não tem recursos, não tem equipe e não consegue trabalhar com
prevenção, pois tem que resolver problemas de todas as políticas no município que não estão
funcionando, além das resoluções de conflitos e atendimento às violências que acontecem.
Municípios não estão sofrendo sanções quando não exercem o que foi pactuado e o que é
de responsabilidade da política municipal, necessidade de retomada do plano de providências
- pacto SC e municípios.
Também faltam recursos materiais e humanos na própria SDS, que realiza as visitas nos
municípios para assessoria, ajuda para estruturar os municípios, mas sempre conforme a
capacidade do efetivo. Essas ações deveriam ser mantidas sempre pela SDS.

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Necessidade da SDS ter uma equipe ou estrutura regional para atender os municípios, ou

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então uma equipe que viaje constantemente para os municípios (interlocução, assistência,
capacitação, assessoria).

Trabalho infantil

Inexistência de denúncias de trabalho infantil oportunizada pelo não reconhecimento desse


fenômeno nos territórios. Por exemplo, o INSS demonstra acidentes com crianças trabalhando
nos municípios, dados acessados através do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil -
PETI, enquanto dados dos CRAS e CREAS não demonstram casos de trabalho infantil.

Violência contra crianças e adolescentes

Muitas vezes, apesar da vontade da assistência social do município de fazer ações nas
escolas, professores não querem expor os casos de violência e comumente não sabem quais
são as soluções para essas violências.
Nos municípios pequenos, as pessoas não querem denunciar abusos para não perder
vínculos e se indispor com pessoas conhecidas.
Técnicos das mais diversas políticas (assistência social, saúde, educação) lidam com
políticas da criança e do adolescente sem nem conhecer as leis pertinentes.

Gravidez precoce

Cultura de muitos lugares naturaliza e culpabiliza vítimas de violência quando acontecem


casos de gravidez precoce, cultura machista arraigada nos territórios.

Pouco uso dos sistemas

Disque 100: poucos municípios receberam denúncias de violação de direitos humanos


através do Disque 100, evidenciando a necessidade de fortalecimento desta ferramenta nos
territórios;
Os Conselhos Tutelares não alimentam o SIPIA CT, ferramenta prevista na legislação.

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Conselho Tutelar

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Estruturas físicas precárias, a estrutura deveria ter condições básicas para o
funcionamento do serviço;
Falta de capacitação;
Falta de monitoramento dos casos;
Faltam diagnósticos e indicadores nos municípios;
APOIA é o único indicador de violações de direitos que os conselheiros usam, sendo que
esse uso ainda é bastante frágil;
Conselheiros têm interesses políticos e agem conforme camaradagem, não querem
denunciar os amigos;
Os conselheiros tutelares não têm uma identidade, cada município faz como quer, de
formas precárias;
Falta de indicadores de violência para saber o que está acontecendo nos municípios;
Conselho Tutelar deve zelar pela criança e adolescente até que a violação de direito cesse.
Não só encaminhar, mas também acompanhar o processo;
Enfrentam dificuldades de articulação da rede;
Necessidade de reestruturação dos conselhos, participação e articulação da rede. As
pessoas não compreendem o funcionamento dos conselhos;
Conselhos Tutelares não estão fortalecidos.

Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente

Existem em todos os municípios, porém estão distante de cumprir seu papel;


Não funcionam em rede.

Políticas de Direitos Humanos

Necessidade de fortalecer e estruturar essa política;


Necessidade de orçamento próprio para os Direitos Humanos.

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8 – Desempenho do bolsista*: (Comentar sobre o desempenho do bolsista no decorrer

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do projeto)

A bolsista especialista vem atuando de forma muito eficaz na condução das ações da SDS
junto ao Programa Gente Catarina. Vem apresentando e implantando práticas de pesquisas,
tecnologia e inovação contribuindo na construção de instrumentos de orientação, consultoria
em pesquisa e projetos e coleta e análise de dados. Sua atuação está sendo determinante
para a perfeita condução do Programa.
A equipe da SDS trabalhou incessantemente para o êxito das ações propostas, mesmo com
uma equipe bastante restrita em comparação a outras Secretarias integrantes do Programa.
Dessa forma, foi ainda mais relevante a importância do trabalho das especialistas FAPESC
que caminharam junto à SDS durante todo ano de execução do Gente Catarina.
A gama de subsídios para o trabalho da SDS foi sistematizada e organizada a partir do
trabalho das especialistas, que possuem um papel essencial nas produções de
conhecimentos, realizações de pesquisas e análise de dados contribuindo sobremaneira
para as ações desenvolvidas na primeira fase do Programa. O trabalho das especialistas
FAPESC ainda pode alcançar muitos resultados na continuidade das ações da SDS no
âmbito do Gente Catarina.
* A ser preenchido pelo Coordenador ou Supervisor

_________________________________
Bolsista: Beatriz Demboski Búrigo

_________________________________
Coordenadora: Renata Roseli Sagas da Silva

___________________________________
Supervisora: Renata Roseli Sagas da Silva

Florianópolis, 03/01/2022

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Assinaturas do documento

Código para verificação: 52PB0ZB1

Este documento foi assinado digitalmente pelos seguintes signatários nas datas indicadas:

BEATRIZ DEMBOSKI BURIGO (CPF: 087.XXX.619-XX) em 03/01/2023 às 17:39:55


Emitido por: "AC Final do Governo Federal do Brasil v1", emitido em 24/06/2022 - 17:58:39 e válido até 24/06/2023 - 17:58:39.
(Assinatura Gov.br)

RENATA ROSELI SAGAS DA SILVA (CPF: 004.XXX.749-XX) em 05/01/2023 às 16:41:11


Emitido por: "SGP-e", emitido em 13/02/2020 - 12:48:54 e válido até 13/02/2120 - 12:48:54.
(Assinatura do sistema)

Para verificar a autenticidade desta cópia, acesse o link https://portal.sgpe.sea.sc.gov.br/portal-externo/conferencia-


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