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Informações para
planejar a
Drenagem e o
Manejo das
Águas Pluviais
Urbanas
DIAGNÓSTICO SNIS-AP 2019
Do SNIS ao SINISA
Informações para
o planejar a
SAUS, Quadra 1, Lote 1/6, Bloco H, 9º andar - Edifício Telemundi II. Brasília - DF. CEP 70.070-010
Endereço eletrônico:
www.mdr.gov.br
www.snis.gov.br
Equipe Editorial
Supervisão editorial
Paulo Rogério dos Santos e Silva
Sergio Brasil Abreu
Produção
Carlos Augusto Dambrós Bortolás e Equipe MDR
Editoração e infográficos
Marilia Candida Pinto Borges
SEMIÁRIDO 44
Ao longo desses anos, o conhecimento estruturado pelo SNIS tornou-se elemento que norteia
atividades como planejamento e a gestão do setor, formulação de políticas públicas e programas, definição
e monitoramento de metas e atividade de regulação e fiscalização dos serviços. Ele também contribuiu
para a estruturação do marco legal do saneamento, instituído pela Lei nº 11.445/2007 e atualizado pela Lei
nº 14.026/2020.
Assim como não há planejamento sem conhecimento, é fato que o SNIS é o sistema de informações de
saneamento básico do Brasil. Este protagonismo foi consolidado com processos contínuos de aprimoramento
das coletas anuais de informações que abrangem prestadores de serviços de saneamento básico de todo o
país. Hoje, por exemplo, todo o processo é feito por meio de plataformas digitais (SNIS Web e SNIS-AP).
O aprimoramento também está presente na difusão pública das informações produzidas pelo SNIS. Em
2019, a Secretaria Nacional de Saneamento modernizou a apresentação dos Diagnósticos Água e Esgotos
(SNIS-AE), Manejo dos Resíduos Sólidos Urbanos (SNIS-RS) e Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas
(SNIS-AP). E alcançou novos públicos com o lançamento da plataforma digital Painel de Informações sobre
Saneamento, que trouxe novos formatos de apresentação dos dados consolidados.
Em 2020, este processo avança com lançamento dos Cadernos Temáticos do SNIS ao SINISA, um conjunto
de cinco publicações em formato digital que apresentam o cenário institucional do setor e informações mais
concisas e visuais dos Diagnósticos SNIS. Um fato deve ser destacado nesses novos produtos: a apresentação
em cadernos específicos dos dados de Água e Esgotos, que, atualmente, são apresentados pelo SNIS em
um único Diagnóstico (SNIS-AE). Ele antecipa a a metodologia que será adotada com passagem de guarda
do SNIS para o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (SINISA), reunidos em um único
Diagnóstico (SNIS-AE).
O SINISA é a evolução do SNIS, assim como os Cadernos Temáticos do SNIS ao SINISA representam
um passo adiante na busca de maior alcance da apresentação e difusão das informações coletadas e
divulgadas anualmente pelo sistema de informações de saneamento básico do Brasil. Contribuir para facilitar
e ampliar o entendimento do setor e a visibilidade do trabalho do SNIS e, futuramente, do SINISA é o propósito
desta publicação da Secretaria Nacional de Saneamento.
Boa leitura!
Brasília, dezembro de 2020.
Secretaria Nacional de Saneamento
Ministério do Desenvolvimento Regional
Do SNIS ao SINISA - Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas 2019 7
OS MÓDULOS DO SNIS
Os dados coletados pelo SNIS abrangem os quatro componentes do saneamento básico (Lei nº
11.445/2007, atualizada pela Lei nº 14.026/2020). No Sistema, as informações e os indicadores são agrupados
em três módulos: (1) Água e Esgotos; (2) Resíduos Sólidos; e (3) Águas Pluviais. As nomenclaturas, terminologias,
definições, unidades de medida e equações de cálculo de cada módulo são padronizadas pelos Glossários
de Informações e de Indicadores SNIS.
Fonte: SNIS.
Do SNIS ao SINISA - Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas 2019 11
3.653 municípios
abrangidos pelo SNIS-AP 2019
(65,6% dos 5.570)
79,4% da 83,0% da
população total população urbana
abrangida pelo SNIS-AP 2019 abrangida pelo SNIS-AP 2019
(166,8 milhões de 210,1 milhões) (147,7 milhões de 178,0 milhões)
SISTEMA DE DMAPU
1.985 (54,3%) informam contar com sistema exclusivo
para drenagem e 822 (22,5%), com sistema misto com
esgotamento sanitário. Em 295 (8,1%) é utilizado outro tipo
de sistema. Em 551 (15,1%) não há sistema de drenagem
implantado.
45
40
35
30
25
20
18
15 14 14
11
10 10
10
6
5 4
3 3
2 2
1 1
0
Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste
TIPOS DE DRENAGEM
MICRODRENAGEM MACRODRENAGEM
Estruturas de menor dimensão. Orientadas Estruturas de maior dimensão. Orientadas
pelo traçado das ruas, drenam água pela rede de drenagem natural, são
pluvial em áreas públicas (lotes, ruas, formadas por galerias subterrâneas, canais
calçadas, praças, dentre outros). superficiais e cursos d’água (rios, córregos,
riachos).
Principais estruturas
Principais estruturas
• Sarjeta - Canaleta entre o limite da
• Canais naturais ou artificiais - Cursos
rua e da calçada que escoa a água
d’água naturais (rios, córregos, dentre
da chuva.
outros) ou artificiais que recebem
• Boca-de-lobo e de leão - Capta água escoamento final das águas pluviais
da chuva conduzida pelas sarjetas e a captadas pela microdrenagem.
direciona para galerias.
• Reservatórios de amortecimento
• Galerias - Tubulações que levam a - Estruturas (reservatórios, piscinões,
água captada em bocas-de-lobo aos tanques bacias de detenção e
sistemas de macrodrenagem. retenção) que amortecem vazões e
• Poços de visita - Estruturas (câmaras) minimizam impactos do escoamento
para inspeção e serviços de das águas pluviais.
manutenção ao longo da rede de
galerias.
PERÍODO DE RETORNO
Parâmetro de referência para dimensionar a capacidade do sistema de
drenagem. A referência é a relação intensidade chuva/vazão gerada
num espaço de tempo. Um projeto desenvolvido para conduzir uma
vazão correspondente a uma chuva de tempo de retorno de 100 anos,
por exemplo, possui, em média, um risco admissível de ter sua capacidade
superada uma vez nesse período de tempo. Quanto maior o prejuízo a ser
evitado, maior deve ser o período de retorno da chuva de projeto.
Do SNIS ao SINISA - Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas 2019 22
INFRAESTRUTURA subterrâneos.
IN020
Taxa de cobertura de pavimentação e meio-fio na área
urbana do município (%)
IN021
Taxa de cobertura de vias públicas com redes ou canais
pluviais subterrâneos na área urbana (%)
566 municípios
com vias públicas urbanas com soluções de
drenagem natural no SNIS-AP 2019
IN051
ESTRUTURAS DE CAPTAÇÃO
Densidade de captações de águas pluviais na área urbana
Instalações em áreas urbanas
(m³/km²)
(bocas de lobo, de leão, bocas
de lobo múltiplas) que coletam Quantidade de bocas de lobo existentes no município +
Quantidade de bocas de leão ou bocas de lobo múltiplas (duas
e conduzem as águas da chuva
ou mais bocas de lobo conjugadas) existentes no município
para galerias e canais dos IN051 =
Área urbana total, incluindo áreas urbanas isoladas
sistemas de DMAPU.
RESERVATÓRIOS DE IN035
AMORTECIMENTO Volume de reservação de águas pluviais por
Estruturas de detenção e unidade de área urbana (m³/km²)
retenção das águas da chuva
que contribuem para controlar Capacidade de reservação
os impactos de inundações e de IN035 =
Área urbana total, incluindo áreas urbanas isoladas
enchentes em áreas urbanas.
PARQUES LINEARES
Estruturas de manejo das águas pluviais em corpos hídricos urbanos
que evitam ocupação irregular de áreas de várzeas, ampliam
zonas de inundação e reduzem a vazão e a velocidade da água
à jusante (abaixo) durante enchentes. Também contribuem para
proteção contra erosão, recomposição da vegetação ciliar,
redução da poluição difusa, ampliação de áreas verdes e criação
de áreas de lazer.
ENXURRADA
Imagens: CEMADEN
Fonte: Glossário de Defesa Civil - Estudos de Riscos e Medicina de Desastres (2ª Edição).
Do SNIS ao SINISA - Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas 2019 30
ÓBITOS
(por 100,0 mil habitantes)
Norte 0,62
Nordeste 0,15
Sudeste 0,12
Sul 0,50
Centro-Oeste 0,30
IN041 IN046
Parcela da população impactada por eventos Índice de óbitos (óbitos por 100 mil habitantes)
hidrológicos (%)
a ocorrência de enxurradas.
NATUREZA JURÍDICO-ADMINISTRATIVA
3.610 36 7
REGULAÇÃO
“ (...) todo e qualquer ato que discipline ou organize determinado
serviço público, incluindo suas características, padrões de
qualidade, impacto socioambiental, direitos e obrigações dos
usuários e dos responsáveis por sua oferta ou prestação e fixação e
revisão do valor de tarifas e outros preços públicos…
(Artigo 2, inciso II do Decreto 7.217/2010)
HIDROGRÁFICA
A bacia hidrográfica também é referência da Política
Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei nº 12.608/2012),
que define o mapeamento de áreas urbanas com risco de
inundação como um dos instrumentos de prevenção de
desastres relacionados a corpos d’água. No SNIS-AP, 1.240
municípios (33,9%) mapeiam áreas de risco, com maiores
percentuais no Sudeste e no Sul.
MONITORAMENTO HIDROLÓGICO
Variáveis hidrológicas como volume de chuvas e nível e vazão dos rios são monitoradas no
Brasil por mais de 4 mil estações da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN), coordenada
pela Agência Nacional de Águas (ANA), com dados disponibilizados nos sistemas Hidroweb
(todas as informações coletadas) e Telemetria (em tempo real). No SNIS-AP 2018, 817
municípios com estações da RHN em seu território informaram não dispor de instrumentos de
controle e monitoramento hidrológico, evidenciando deficiência na gestão de DMAPU nos
municípios.
SEMIÁRIDO
Entre as peculiaridades regionais que caracterizam o Brasil, o Semiárido se sobressai por baixos índices
pluviométricos (média anual igual ou inferior a 800 mm), déficit hídrico (igual ou superior a 60,0%, considerando-
se todos os dias do ano) e índice de aridez de até 0,50 (Índice de Aridez de Thorntwaite). A região abrange
1.262 municípios nos nove estados do Nordeste e em Minas Gerais (Sudeste). Desses, 685 participam do SNIS-
AP 2019 (54,3%). Em 52 (7,6%), houve eventos com impactos sobre a população em 2019.
A amostra identifica 271 municípios sem sistemas de drenagem das águas pluviais (39,6% da amostra),
situação, em geral, justificada pela escassez de chuvas. Outra característica é a carência do planejamento.
Entre os participantes do Semiárido, 635 (92,7%) não possuem Plano Diretor de DMAPU e 537 (78,4%), não
possuem cadastro técnico da infraestrutura instalada.
50 271
(7,3%) (39,6%)
148 172
(21,6%) (25,1%)
149
(21,8%) 93
(13,6%)
com sistema
de drenagem com outro tipo de
exclusivo para drenagem
águas pluviais
834 municípios
enquadrados como sujeitos a eventos
hidrológicos impactantes no SNIS-AP 2019
MÉDIA DE EVENTOS/MUNICÍPIO/2018
MACRORREGIÃO MUNICÍPIOS CRÍTICOS TOTAL DA AMOSTRA
NORTE 24 12
NORDESTE 16 8
SUDESTE 10 11
SUL 14 62
CENTRO-OESTE 5 4
DESABRIGADOS E DESALOJADOS EM
MUNICÍPIOS CRÍTICOS E NÃO CRÍTICOS
(total por macrorregião geográfica, em 2019)
MECANISMOS DE COBRANÇA
(total e % referentes a 40 municípios participantes do SNIS-AP 2019)
7 8
(17,5%) (20,0%)
Cobrança de tarifa ou Taxa específica
preço público
4 21
(10,0%) (52,5%)
Tipo de cobrança não Outras formas
especificado
DMAPU 0,27
IN001
Participação do pessoal próprio sobre o total de pessoal alocado nos serviços de
DMAPU (R$/hab./ano)
IN049
Investimento per capita em DMAPU (R$/hab./ano)
IN053
Desembolso de investimento per capita (R$/hab./ano)
Desembolso total de investimentos em DMAPU realizado pelo município no ano
de referência
IN053 =
População urbana residente no município (estimada conforme taxa de
urbanização do último Censo)
OBJETIVOS DO SINISA
I - Coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos serviços
públicos de saneamento básico;
SINISA
AVANÇOS DO SINISA
I – Criação de módulo específico para informações sobre esgotamento sanitário;
III – Inclusão dos gestores públicos dos titulares dos serviços no fornecimento de informações;
Fonte: SNIS.
SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
SAUS, Quadra 01, Lote 1/6, Edifício Telemundi II, 9º andar, sala 905
CEP 70.070-010 - Brasília - DF - Brasil
www.snis.gov.br