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AGO/2023

Diagnóstico Temático
Serviços de Água e Esgoto
Gestão Técnica de Esgoto
ano de referência 2021

Ministério das Cidades Sistema Nacional de


Secretaria Nacional de Informações sobre
Saneamento Ambiental (SNSA) Saneamento
Ministério das Cidades
Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental

Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento - SNIS

Diagnóstico Temático
Serviços de Água e Esgoto

Gestão Técnica de Esgoto

Brasília, agosto de 2023.


Presidente da República Equipe Técnica
Luiz Inácio Lula da Silva Caio Petrillo Vieira de Mattos (FUNAPE/UnB), Daniel
Valencia Cárdenas (FUNAPE/UnB), Kiemi de Brito Murata
Ministro de Estado das Cidades (FUNAPE/UnB), Matheus Almeida Ferreira (FUNAPE/UnB),
Jader Barbalho Filho Mayara Oliveira dos Santos (Coordenadora Equipe SNIS-
AE FUNAPE/UnB), Patrícia Pacheco de Carvalho Willman
Secretário Executivo do Ministério das Cidades
(FUNAPE/UnB), Silvia Machado Yonamine (Coordenadora
Hildo Augusto da Rocha Neto
Equipe SNIS-AE FUNAPE/UnB) e Valmir de Moraes
Secretário Nacional de Saneamento Ambiental (FUNAPE/UnB)..
Leonardo Carneiro Monteiro Picciani
Equipe de Desenvolvimento de TI e Comunicação
Chefe de Gabinete da Secretaria Nacional Abraão Alves Ribeiro (FUNAPE/UnB), Bruno José Rodrigues
de Saneamento Ambiental Lima (FUNAPE/UnB), Gabriel Gomes Gaspar (FUNAPE/
Ágata Depollo Echebarrie UnB), Marilia Candida Pinto Borges (FUNAPE/UnB), Mateus
de Siqueira Silva (FUNAPE/UnB) e Volnei Braga Machado
Diretor do Departamento de Cooperação Técnica (Coordenador Equipe SNIS-TI e Comunicação FUNAPE/
Marcello Martinelli de Mello Pitrez
UnB)
Coordenador-Geral de Gestão da Informação
Paulo Rogério dos Santos e Silva Comunicação, Editoração e Diagramação
Marilia Candida Pinto Borges (FUNAPE/UnB)
Coordenador de Gestão da Informação
Ernani Ciriaco de Miranda Coordenador do Projeto junto à FUNAPE/UnB
Carlos Henrique Ribeiro Lima (Departamento de
Assessores Técnicos Especializados Engenharia Civil e Ambiental - UnB)
Maurício Lima Reis
Sérgio Brasil Abreu

© Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental - SNSA


Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bloco N, Brasília - DF, 70070-040

Endereço eletrônico:
www.gov.br/mdr
www.snis.gov.br

Todos os direitos reservados.


É permitida a reprodução de dados e de informações contidos nesta publicação, desde que citada a fonte.
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO 5

ÍNDICES DE ATENDIMENTO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 7

ÍNDICES DE COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO 14

SOLUÇÕES ALTERNATIVAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 25


APRESENTAÇÃO
O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), administrado pela Secretaria Nacional de
Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades (SNSA/MCid), consolidou-se como instrumento para o conhecimento
dos serviços de saneamento básico sem similar no Brasil. Devido ao SNIS, o país conta com um robusto conjunto de
dados estruturados que permite avaliar a evolução dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário
(desde 1995), de manejo de resíduos sólidos urbanos (desde 2002) e de drenagem e manejo das águas pluviais urbanas
(desde 2015). Além disso, cabe destacar que o acesso à essas informações é público e gratuito. Conforme a mudança
de metodologia de publicação dos diagnósticos, definida em 2021, o documento Diagnóstico Temático sobre a
Gestão Técnica de Esgoto, ano de referência 2021, apresenta a análise de informações dos prestadores de serviços de
esgotamento sanitário sobre índices de atendimento, bem como de coleta e tratamento de esgoto e sobre as soluções
alternativas implementadas para o esgotamento sanitário no Brasil.

As publicações anteriores, Diagnóstico Temático - Visão Geral, Gestão Administrativa e Financeira de Água
e Esgoto e Gestão Técnica de Água abordaram aspectos conceituais da Lei Federal de Saneamento Básico (Lei nº
11.445/2007), bem como a descrição do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, caracterização dos
serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, participação dos municípios e prestadores de serviços
na coleta de dados, assim como informações e indicadores consolidados por estados e macrorregiões geográficas do
Brasil referentes a investimentos, receitas, despesas, macro e micromedição dos serviços de abastecimento de água,
índices de atendimento de água, consumos médios e per capita, perdas de água nos sistemas de abastecimento,
entre outros aspectos. Este conjunto de produtos dão continuidade à nova fase de publicações do SNIS, antecipando a
metodologia que será adotada com a transição do atual SNIS para o Sistema Nacional de Informações em Saneamento
Básico (SINISA).

Boa leitura!
Brasília, agosto de 2023.
Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental
Ministério das Cidades
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 6

AMOSTRA DE MUNICÍPIOS PARTICIPANTES DO SNIS 2021


ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Participantes SNIS-AE 2021 - Esgoto


2.787 municípios com sistema público
de esgotamento sanitário
(formulário completo)
1.987 municípios sem sistema público
de esgotamento sanitário
(formulário simplificado)
796 municípios não participantes
do SNIS-AE 2021

O SNIS considera sistema público de esgotamento


sanitário aquele que possui rede coletora de esgotos.

95,1% 96,7%
da população total da população urbana
abrangida pelo SNIS-AE 2021 abrangida pelo SNIS-AE 2021
(202,8 milhões habitantes) (174,9 milhões habitantes)
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No SNIS, o índice de atendimento total com os serviços de


esgotamento sanitário é calculado adotando a população
atendida, informada pelos prestadores de serviços, e a
população total residente, estimada pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE)1. Já para o cálculo do
índice de atendimento urbano de esgotamento sanitário,
a população urbana residente no ano é estimada pelo
SNIS com base no percentual de população urbana do
último censo demográfico, pois esse dado não é fornecido
anualmente pelo IBGE2.

Destaca-se que o atendimento com os serviços de


ÍNDICES DE esgotamento sanitário refere-se ao acesso por meio de rede
coletora de esgoto (rede pública), independentemente
ATENDIMENTO DE da existência de tratamento. Portanto, não inclui a coleta/
tratamento de esgotos por meio de soluções individuais
ESGOTAMENTO ou alternativas, como fossas rudimentares, fossas sépticas,
galerias de águas pluviais, valas, dentre outros.
SANITÁRIO
Os índices de atendimento de esgotamento sanitário são
calculados para o conjunto de municípios cujos prestadores
de serviços responderam o SNIS em 2021. Segundo esse
critério, os municípios que são atendidos por mais de um
prestador de serviços têm somada a população atendida,
informada por cada prestador, enquanto a população
residente é utilizada uma única vez para cada município
para que não seja contada de forma duplicada.

Durante a Coleta de Dados, de forma a reduzir inconsistências


nos índices apresentados, quando os prestadores de serviços
informam os dados de população atendida superiores
à população residente, o SNIS solicita que o cálculo seja
revisto ou que se iguale a população atendida à residente
para que não resulte em índices de atendimento superiores
a 100%.

1
A população total é estimada anualmente pelo IBGE, em atendimento ao dispositivo da Lei n.º 8443, de 16 de julho de 1992, para todos
os municípios e para as Unidades da Federação, que observa a tendência de crescimento populacional dos municípios, entre dois Censos
Demográficos consecutivos.
2
Por exemplo, se determinado município tinha, quando da realização do último Censo Demográfico, 90% de população urbana, aplica-se
esse mesmo percentual à estimativa populacional do ano para obtenção da população urbana no SNIS.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 8

Estes ajustes são necessários porque a população atendida calculada ou estimada pelos prestadores
de serviços pode resultar em valor superior aos dados oficiais da população total do município, estimada pelo
IBGE. Isso pode ocorrer em função de diferentes metodologias de cálculo da população atendida adotada
pelos prestadores. Essas distorções de população atendida ocorrem eventualmente devido ao cálculo da
taxa de ocupação domiciliar do último Censo do IBGE, aplicada à quantidade de economias residenciais
ativas ou devido à existência de domicílios não ocupados, que são conectados à rede e cadastrados
regularmente pelo prestador de serviços como economia ativa, porém, não são descontados no cálculo
da população atendida. Para o cálculo da população urbana atendida, também pode ocorrer que áreas
consideradas como rurais pelo IBGE sejam classificadas como urbanas pelos prestadores de serviços ou vice-
versa.

Em 2021, na média do país, o índice de atendimento total de esgotamento sanitário referido aos
municípios atendidos com água (IN056) é de 55,8%, com crescimento de 0,8 ponto percentual em relação ao
índice calculado em 2020. Quanto ao índice de atendimento urbano de esgotamento sanitário referido aos
municípios atendidos com água (IN024) em 2021, verifica-se que o índice é de 64,1%, 0,9 ponto percentual a
mais em relação a 2020.

Índice de atendimento de esgotamento sanitário com rede coletora total (IN056) e urbano (IN024)

Brasil
Total - 55,8%
Urbano - 64,1%

Norte
Total - 14,0%
Urbano - 18,4%

Nordeste
Total - 30,2%
Urbano - 39,2%

Centro-Oeste
Total - 61,9%
Urbano - 68,4%

Sudeste
Total - 81,7%
Urbano - 85,9%

Sul
Total - 48,4%
Urbano - 55,3%
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 9

Na análise dos índices de atendimento por macrorregiões de 2020 para 2021, o destaque é na
macrorregião Centro-Oeste: o aumento nos índices de atendimento total e urbano é de 2,4 e 2,6 pontos
percentuais, respectivamente. Parte do crescimento nos índices do Centro-Oeste é devido ao aumento
de aproximadamente 5,1% da população total e 5,2% da urbana atendida com esgotamento sanitário
(ES001 e ES026). Adicionalmente, o número de municípios participantes do SNIS no Centro-Oeste abrange
87,2% dos municípios da macrorregião, sendo apenas 39,6% com rede de coleta de esgotos. Cabe ressaltar
também que a expansão dos sistemas de esgotamento na macrorregião contribui para o aumento dos
índices de atendimento.

As macrorregiões Norte, Sudeste e Sul apresentam aumentos menos significativos nos índices de
atendimento de esgotamento sanitário quando comparadas ao Centro-Oeste. Em comparação com o
ano 2020, a macrorregião Norte aumentou 0,9 e 1,2 ponto percentual para os índices de atendimento total
e urbano, respectivamente. No Sudeste, o aumento do atendimento total foi de 1,2 ponto percentual e 1,0
ponto percentual no índice de atendimento urbano. No Sul, ambos os índices apresentam acréscimo de
1,0 ponto percentual.

Esses aumentos podem ser explicados pelo incremento da população total e urbana atendida com
esgotamento sanitário nas três macrorregiões (Norte, Sudeste e Sul). A população total atendida das três
macrorregiões aumentou em 2.155.934 habitantes em relação a 2020, dos quais 1.945.787 fazem parte da
população urbana atendida.

Por sua vez, na macrorregião Nordeste, há redução de 0,1 ponto percentual nos índices de
atendimento de esgotamento sanitário.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 10

Índice de atendimento urbano por rede de esgotamento sanitário (IN024) por capital e estado
Manaus Boa Vista Macapá Belém Palmas São Luís Teresina Fortaleza
25,6% 94,2% 11,0% 17,3% 93,3% 52,8% 41,2% 56,0%

Natal
43,8%

RR AP João Pessoa
83,9%

Recife
45,0%

AM PA Maceió
MA CE 23,7%
RN
PB Aracaju
PI 55,2%
AC PE
Salvador
TO AL
RO 88,4%
SE
Rio Branco BA Brasília
22,7% MT
91,8%

Porto Velho GO DF Belo Horizonte


6,4% 94,0%

Cuiabá MG Vitória
77,9% ES 87,3%

Goiânia MS Rio de Janeiro


93,7% SP 90,0%
RJ
Campo Grande São Paulo
89,3% PR 100,0%

Curitiba
SC 100,0%
IN024 por Estado
0% - 20% RS Florianópolis
68,3%
20% - 40%
40% - 60% Porto Alegre
91,6%
60% - 80%
80% - 100%

Com relação aos estados, o índice de atendimento urbano por rede de esgoto (IN024) supera 90%
apenas em São Paulo (94,7%) e no Distrito Federal (91,8%). Na faixa de 80% a 90% estão os estados do Paraná
(85,4%), de Roraima (83,9%) e de Minas Gerais (83,0%). Os estados do Rio de Janeiro, do Espírito Santo, do
Mato Grosso do Sul e do Goiás variam nos percentuais de 66% a 70%. O índice de atendimento urbano de
esgoto nos estados da Bahia, da Paraíba e do Mato Grosso está na faixa de 48% a 55%. Nos estados do Rio
Grande do Sul, do Ceará, de Sergipe, do Tocantins, do Pernambuco, do Rio Grande do Norte, de Santa
Catarina, do Piauí e do Alagoas, o referido índice está entre 20% e 40%. Por outro lado, no Brasil, os índices
de atendimento urbano por rede coletora de esgoto inferiores a 20% estão concentrados na macrorregião
Norte. Junto com o estado do Maranhão, os estados do Amazonas, do Acre, do Pará, de Rondônia e do
Amapá têm um índice de atendimento inferior a 20%.

Na comparação das capitais dos estados, 13 possuem índice de atendimento urbano por rede
coletora de esgoto superior a 80% (São Paulo/SP, Curitiba/PR, Boa Vista/RR, Belo Horizonte/MG, Goiânia/
GO, Palmas/TO, Brasília/DF, Porto Alegre/RS, Rio de Janeiro/RJ, Campo Grande/MS, Salvador/BA,
Vitória/ES e João Pessoa/PB). Em contraste, apenas Belém/PA, Macapá/AP e Porto Velho/RO possuem
índice inferior a 20%, sendo Porto Velho/RO a capital com o menor índice de atendimento do Brasil, o
qual é de 6,4%.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 11

Outras três capitais (Rio Branco/AC, Maceió/AL e Manaus/AM), estados das macrorregiões Norte e
Nordeste, apresentam baixos índices de atendimento urbano, os quais estão na faixa de 20% a 30%. As
cidades de Cuiabá/MT, Florianópolis/SC, Fortaleza/CE, Aracaju/SE, São Luís/MA, Recife/PE, Natal/RN e
Teresina/PI possuem índices de atendimento urbano por rede de esgoto entre 40% e 80%.

Índice de atendimento urbano por rede de esgotamento sanitário (IN024) por município

IN024 - Índice de atendimento


urbano de esgoto
IN024 < 20,0% (317 muncípios)
20,0 ≤ IN024 < 40,0% (272 municípios)
40,0 ≤ IN024 < 60,0% (279 municípios)
60,0 ≤ IN024 < 80,0% (330 municípios)
IN024 ≥ 80,0% (1.583 municípios)
Indicador não calculado (6 municípios)
Formulário simplificado (1.987 municípios)
Sem informação (796 municípios)

Quanto à visualização das faixas de atendimento urbano de esgotamento sanitário por município,
observam-se percentuais acima de 80% em 1.583 municípios (33,2% dos 4.774 municípios que responderam
o SNIS). Outros 1.198 municípios (25,1%) apresentam índices inferiores a 80%, distribuídos em diferentes faixas.
Com índice (IN024) entre 0% e 20%, há 317 municípios; entre 20% e 40%, 272 municípios; entre 40% e 60%, 279
municípios; e, entre 60% e 80%, há 330 municípios.

Ressalta-se também que 35,7% dos municípios brasileiros (1.987 municípios) responderam ao formulário
simplificado, ou seja, informaram que, em 2021, não existia rede coletora de esgoto nesses municípios,
utilizando soluções alternativas, como apresentado no último capítulo deste diagnóstico.

No SNIS 2021, estão registrados 710 municípios com índice de atendimento urbano de esgotamento
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 12

sanitário igual a 100% (14,9% do total de municípios da amostra). Em termos de população, esses municípios
correspondem a 20% da população urbana residente de toda a amostra (34.930.235 habitantes). Ou seja,
esse é o percentual de população urbana do país que reside em municípios cujo acesso aos serviços de
coleta de esgoto sanitário estão universalizados, segundo informações dos prestadores.

Outra análise relevante dos índices de atendimento é a sua comparação por faixas da população total
residente. As faixas são distribuídas em seis: 1) menor que 30 mil habitantes; 2) entre 30 e 100 mil habitantes; 3)
entre 100 e 250 mil habitantes; 4) entre 250 mil e 1 milhão de habitantes; 5) entre 1 e 4 milhões de habitantes;
e 6) maior que 4 milhões de habitantes.

Em 2021, 2.787 municípios informaram que possuem rede de coleta de esgoto. A distribuição desses
municípios por faixa populacional é a seguinte:

• Faixa 1 – menor que 30 mil habitantes: 1.862 municípios;


• Faixa 2 – entre 30 e 100 mil habitantes: 614 municípios;
• Faixa 3 – entre 100 e 250 mil habitantes: 195 municípios;
• Faixa 4 – entre 250 mil e 1 milhão de habitantes: 99 municípios;
• Faixa 5 – entre 1 e 4 milhões de habitantes: 15 municípios;
• Faixa 6 – acima de 4 milhões de habitantes: 2 municípios (São Paulo e Rio de Janeiro).

Devido à menor quantidade de municípios nas Faixas 5 e 6, elas foram trabalhadas em conjunto,
abrangendo, portanto, uma única faixa, acima de 1 milhão de habitantes.

Índice de atendimento total e urbano por rede de esgoto (IN056 e IN024) por município
IN056 IN024 Número de municípios por faixa
27,9%

40,8%

39,7%

49,8%

57,4%

61,5%

71,7%

73,5%

80,9%

81,0%

Entre 30 e Entre 100 e Entre 250 mil Acima de


Até 30 mil
100 mil 250 mil e 1 milhão de 1 milhão de
habitantes
habitantes habitantes habitantes habitantes

99 17
195

614

1.862
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 13

Verifica-se que, à medida que a faixa populacional é maior, o índice de atendimento total é mais
elevado. O índice de atendimento total de esgotamento sanitário (IN056) é inferior a 70% nas faixas
populacionais menores que 250 mil habitantes. O indicador aponta:

• 27,9% de atendimento total de esgotamento sanitário na Faixa 1;

• 39,7% na Faixa 2;

• 57,4% na Faixa 3;

• 71,7% na Faixa 4; e,

• 80,9% nas Faixas 5 e 6 (cálculo para os municípios acima de 1 milhão de habitantes).

No índice de atendimento urbano (IN024), todas as faixas têm percentual acima de 40%:

• Faixa 1 com 40,8% de atendimento urbano de esgotamento sanitário;

• Faixa 2 com 49,8%;

• Faixa 3 com 61,5%;

• Faixa 4 com 73,5%; e,

• Faixas 5 e 6 consolidadas com 81,0%.

UNIVERSALIZAÇÃO DA COLETA E TRATAMENTO DE ESGOTO NO BRASIL


O Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab) considera como formas adequadas de atendimento
de esgoto a coleta seguida de tratamento (por meio de rede) ou o uso de fossa séptica3.

A metodologia dos indicadores de atendimento do SNIS difere da utilizada para as metas do Plano
Nacional de Saneamento Básico. As informações de população atendida com rede coletora de esgoto não
incluem a diferenciação entre coleta sem tratamento posterior ou coleta de esgoto seguida de tratamento.
Além disso, os dados sobre soluções alternativas, fornecidos pelos municípios sem a rede coletora, não são
consolidados em índices de atendimento por fossa séptica ou outras formas alternativas.

Devido às diferenças metodológicas, o Plansab utiliza as informações do IBGE (Censo Demográfico e


PNAD Contínua) para acompanhar a evolução do atendimento com esgotamento sanitário. Apesar disso,
é possível observar por meio dos indicadores de atendimento do SNIS a expansão dos serviços de esgoto
no país, uma vez que a amostra é muito representativa (85,7% dos municípios do país responderam o SNIS
referente a 2021).

A revisão do Plansab indica a meta de 80,5% dos domicílios totais atendidos com rede coletora de
esgotos ou com fossa séptica até 2023 e 92,0% até 2033. Para os domicílios urbanos, as metas são de 84,8%
até 2023 e 93,0% até 2033.

Em conformidade às metas do Plano Nacional, o Sistema Nacional de Informações em Saneamento


Básico (SINISA), a ser implantado no lugar do atual SNIS, irá incluir indicadores de atendimento a partir da
quantidade de domicílios.

3
Por “fossa séptica” pressupõe-se a “fossa séptica sucedida por pós-tratamento ou unidade de disposição final, adequadamente projetada
e construída”. O Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR) considera, nas áreas rurais, a fossa seca como atendimento adequado
nos casos de indisponibilidade hídrica”. (BRASIL, 2019, p. 35).
BRASIL. MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL. Plano Nacional de Saneamento Básico. Documento em Revisão submetido
à apreciação dos Conselhos Nacionais de Saúde, Recursos Hídricos e Meio Ambiente em 25 de julho de 2019. Brasília, DF: Ministério do
Desenvolvimento Regional. 2019. Disponível em:
https://antigo.mdr.gov.br/images/stories/ArquivosSDRU/ArquivosPDF/Versao_Conselhos_Resolu%C3%A7%C3%A3o_Alta_-_Capa_Atualizada.
pdf.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 14

Para a caracterização do atendimento e do déficit


em saneamento básico no Brasil, o Plano Nacional de
Saneamento Básico (Plansab) define três possibilidades: (1)
atendimento adequado, (2) atendimento precário e (3) sem
atendimento, sendo as duas últimas consideradas como
déficit. Para essas classificações de atendimento são válidas
tanto soluções coletivas quanto soluções individuais.

No caso do atendimento adequado, a solução coletiva


ÍNDICES DE considerada é o sistema de coleta de esgotos seguida do
seu tratamento, enquanto a solução individual envolve a
COLETA E utilização de fossa séptica.

TRATAMENTO Por sua vez, no atendimento precário, a solução coletiva


considerada é o sistema de coleta de esgotos, contudo, sem

DE ESGOTO a etapa de tratamento, enquanto que a solução individual


envolve a utilização de fossa rudimentar.

No SNIS, o atendimento refere-se apenas à rede pública


coletora de esgotos. Assim, não são incluídas as formas de
acesso que se utilizam de soluções individuais ou alternativas,
bem como não devem ser consideradas as ligações
domiciliares de esgoto conectadas às redes de drenagem
urbana (galerias de águas pluviais).

O SNIS calcula um indicador para a coleta de esgoto (IN015)


e dois indicadores relacionados ao tratamento de esgoto
(IN016 e IN046).
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 15

ÍNDICE DE COLETA DE ESGOTO

O índice de coleta de esgoto (IN015) é calculado pela divisão do volume de esgoto coletado (ES005)
pelo volume de água consumido (AG010), descontado desse último o volume de água tratada exportado
(AG019).

IN015
Índice de coleta de esgoto (%)

ES005
IN015 = x 100
AG010 - AG019
ES005: Volume de esgoto coletado
AG010: Volume de água consumido
AG019: Volume de água tratada exportado

No SNIS, o volume de esgoto coletado é aquele lançado na rede coletora. O gráfico a seguir mostra a
evolução na coleta de esgoto em relação ao volume de água consumido, em milhões de m³/ano, no Brasil
nos últimos 5 anos (2017 a 2021).

Evolução da coleta de esgoto em relação ao volume de água consumido (AG010), em milhões de


m³/ano, no Brasil de 2017 a 2021

10.084,1
2021
6.046,8

9.672,1
2020
6.049,9

9.492,5
2019
5.921,1

9.561,4
2018
5.899,3

9.367,6
2017
5.809,1

Volume de Água Consumido Volume de Esgoto Coletado

Para fins visuais, o gráfico apresenta as principais informações que compõem o índice de coleta de esgoto, portanto, não apresenta todos
as informações do indicador.

Pode-se observar que a proporção de esgoto coletado em relação à água consumida tem sido
constante nos últimos 5 anos no Brasil. O indicador IN015 foi igual a 58,0% em 2017 e aumentou gradativamente
até 60,3% em 2020. Em 2021, o IN015 corresponde ao valor de 60,2%, mantendo a coleta de esgotos em nível
semelhante a 2020.

O gráfico a seguir compara a coleta de esgotos e o volume de água consumido, em milhões


de m³/ano, das cinco macrorregiões do país. Observa-se que os maiores volumes estão na macrorregião
Sudeste, enquanto os menores, na macrorregião Norte.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 16

Coleta de esgoto em relação ao volume de água consumido, em milhões de m³/ano, para as


macrorregiões do país em 2021

550,9
Norte
100,1

1.878,0
Nordeste
790,0

5.324,1
Sudeste
3.987,4

1.516,3
Sul
695,1

814,8
Centro-Oeste
474,1

Volume de água consumido Volume de Esgoto Coletado

Para fins visuais, o gráfico apresenta as principais informações que compõem o índice de coleta de esgoto, portanto, não apresenta todos
as informações do indicador.

Em 2021, somente as macrorregiões Sudeste e Centro-Oeste apresentam índice de coleta de esgoto


superior a 50%, com 72,7% e 63,7%, respectivamente. As macrorregiões Sul, Nordeste e Norte tem o indicador
IN015 inferior a 50%, com 48,7%, 39,3% e 23,0%, respectivamente.

A visualização do índice de coleta de esgoto (IN015), distribuídos por faixas percentuais por municípios,
é apresentada no mapa a seguir.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 17

Índice de coleta de esgoto (IN015) dos municípios com prestadores de serviços participantes do
SNIS em 2021, distribuído por faixas percentuais, segundo município

IN015 - Índice de coleta de esgoto


IN015 < 20,0% (395 muncípios)
20,0 ≤ IN015 < 40,0% (337 municípios)
40,0 ≤ IN015 < 60,0% (373 municípios)
60,0 ≤ IN015 < 80,0% (521 municípios)
IN015 ≥ 80,0% (1.155 municípios)
Indicador não calculado (6 municípios)
Formulário simplificado (1.987 municípios)
Sem informação (796 municípios)

Observa-se que 1.155 municípios possuem percentual superior a 80,0%; 521 municípios estão na faixa
de 60,1 a 80,0%; 373 municípios encontram-se na faixa de 40,1 a 60,0%; 337 municípios, na faixa de 20,1 a
40,0%; e 395 municípios possuem índice de tratamento inferior a 20%. O mapa também destaca os 1.987
municípios que responderam ao formulário simplificado, ou seja, não possuem rede coletora de esgotos, e
796 municípios que não possuem informação, pois não responderam ao SNIS no ano de 2021. Dentre os 2.787
municípios que preencheram os dados referidos à redes coletoras de esgoto (ou formulário completo), 6 não
tiveram os índices calculados por falta de informações no formulário ou dados inconsistentes.

ÍNDICES DE TRATAMENTO DE ESGOTO


A definição de universalização contida na Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, traz de forma bem
clara a necessidade de tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários. Além disso, a lei
diz que os contratos de prestação dos serviços públicos de saneamento básico deverão definir metas de
universalização que garantam o atendimento de 90% da população com coleta e tratamento de esgotos.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 18

Por sua vez, o Plano Nacional de Saneamento Básico (Plansab), considera como atendimento adequado
apenas a coleta de esgoto seguida pelo tratamento. A ausência de tratamento dos esgotos sanitários resulta
em condições precárias de saneamento, favorecendo a proliferação de doenças parasitárias e infecciosas,
e causa a degradação dos corpos hídricos.

O SNIS possui dois indicadores relacionados ao tratamento de esgotos, o índice de tratamento de


esgoto (IN016) e o índice de esgoto tratado referido à água consumida (IN046). O índice de tratamento
dos esgotos coletados (IN016) é calculado pelo somatório do volume de esgotos tratado (ES006), o volume
de esgoto importado tratado nas instalações do importador (ES014) e o volume de esgoto bruto exportado
tratado nas instalações do importador (ES015) , dividido entre o somatório do volume de esgotos coletado
(ES005) e o volume de esgoto bruto importado (ES013).

IN016
Índice de tratamento de esgoto (%)

ES006 + ES014 +ES015


IN016 = × 100
ES005 + ES013
ES006: Volume de esgotos tratado
ES014: Volume de esgoto importado tratado nas instalações do importador
ES015: Volume de esgoto bruto exportado tratado nas instalações do importador
ES005: Volume de esgoto coletado
ES013: Volume de esgotos bruto importado

O gráfico que segue mostra a evolução no tratamento em relação à coleta de esgotos, em milhões
de m³/ano, no Brasil nos últimos 5 anos (2017 a 2021).

Evolução no tratamento em relação à coleta de esgotos, em milhões de m³/ano, no Brasil nos


últimos 5 anos (2017 a 2021)

6.046,8
2021
4.862,5

6.049,9
2020
4.830,0

5.921,1
2019
4.647,4

5.899,3
2018
4.393,6

5.809,1
2017
4.280,9

Volume de Esgoto Coletado Volume de Esgoto Tratado

Para fins visuais, o gráfico apresenta as principais informações que compõem o índice de tratamento de esgoto, portanto, não apresenta
todos as informações do indicador.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 19

Pode-se observar que a proporção de esgoto tratado em relação ao coletado também tem sido
constante no país nos últimos 5 anos. O indicador IN016 foi igual a 73,7% em 2017 e subiu até os atuais 80,8%
em 2021.

O gráfico a seguir mostra uma comparação entre os volumes de esgotos tratado e coletado, em
milhões de m³/ano, por macrorregião do Brasil em 2021.

Tratamento de esgoto em relação à coleta de esgoto, em milhões de m3/ano, para as macrorregiões


do país em 2021

100,1
Norte
84,3

790,0
Nordeste
616,7

3.987,4
Sudeste
3.056,6

695,1
Sul
655,4

474,1
Centro-Oeste
449,5

Volume de Esgoto Coletado Volume de Esgoto Tratado

Para fins visuais, o gráfico apresenta as principais informações que compõem o índice de tratamento de esgoto, portanto, não apresenta
todos as informações do indicador.

Nesse gráfico é possível ver que todas as macrorregiões tratam mais de 75% do esgoto coletado. O
indicador IN016 para as macrorregiões Centro-Oeste, Sul, Norte, Sudeste e Nordeste é igual a 94,8%, 94,3%,
84,1%, 77,4% e 77,9%, respectivamente.

O mapa a seguir apresenta a distribuição espacial do índice de tratamento de esgoto coletado.


Observa-se que 805 municípios possuem índice de tratamento inferior a 30%; 88 municípios se encontram
na faixa entre 30,0 e 60,0%; 155 municípios estão na faixa entre 60,1 e 90,0%; e 1.730 municípios possuem
percentual superior a 90,0%. O mapa também destaca os 1.987 municípios que responderam ao formulário
simplificado, ou seja, não possuem rede coletora de esgotos, e 796 municípios que não possuem informação,
pois não responderam ao SNIS no ano de 2021. Dentre os 2.787 municípios que preencheram os referidos
dados, nove não tiveram os índices calculados por falta de informações no formulário.

A grande quantidade de municípios com índice de tratamento de esgoto coletado (IN016) superior a
90,0% (1.730) pode trazer a conclusão equivocada de que há elevado tratamento de esgotos nos municípios
da amostra do SNIS, porém, o índice apenas indica que quase todo o esgoto que é coletado no município
possui tratamento, refletindo, portanto, a capacidade das estações de tratamento de esgotos, e não o nível
de tratamento em relação aos esgotos gerados. Assim, para que o índice de tratamento de esgoto coletado
(IN016) seja interpretado corretamente é interessante que ele seja analisado em conjunto com o índice de
tratamento de esgoto referido à água consumida (IN046).
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 20

Índice de tratamento de esgoto (IN016) dos municípios com prestadores de serviços participantes
do SNIS em 2021, distribuído por faixas percentuais, segundo município

IN016 - Índice de tratamento de esgoto


IN016 < 30,0% (805 muncípios)
30,0 ≤ IN016 < 60,0% (88 municípios)
60,0 ≤ IN016 < 90,0% (155 municípios)
IN016 ≥ 90,0% (1.730 municípios)
Indicador não calculado (9 municípios)
Formulário simplificado (1.987 municípios)
Sem informação (796 municípios)

Os valores do IN016 devem ser utilizados com cautela, uma vez que podem mascarar a situação
do tratamento dos esgotos em determinado local, se mal compreendidos. Por exemplo, assumindo-se a
situação em que determinado município gere 100 m³ de esgoto ao ano, colete 10 m³/ano e trate os mesmos
10 m³/ano que coleta. Para esse município, o resultado do IN016 será 100%, uma vez que ele trata todo o
esgoto que coleta. Em um segundo exemplo, tem-se o caso de um município que, anualmente, gera 100 m³,
coleta todos os 100 m³, mas trata somente 10 m³. Para esse município, o resultado do IN016 será 10%, uma vez
que ele trata somente 10% de todo o esgoto que é coletado.

Assim, o SNIS destaca o indicador de tratamento dos esgotos gerados (IN046), que é calculado pela
divisão do volume de esgotos tratado (ES006), somado ao volume de esgoto bruto exportado tratado nas
instalações do importador (ES015), pelo volume de água consumida (AG010), descontado do volume de
água tratada exportado (AG019). Em 2021, o valor desse indicador na média nacional foi igual a 51,2%, valor
que vem subindo gradualmente nos últimos anos.

O gráfico que segue mostra a evolução no tratamento de esgoto em relação ao volume de água
consumido, em milhões de m³/ano, no Brasil nos últimos 5 anos (2017 a 2021). Observa-se que os volumes
de esgoto tratado e de água consumido aumentaram nos últimos 5 anos. Consequentemente, o indicador
IN046 foi igual a 46,0% em 2017 e aumentou gradativamente até cerca de 51,2% em 2021.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 21

Volume de esgoto tratado em relação ao volume de água consumido, em milhões de m³/ano, no


Brasil nos últimos 5 anos (2017 a 2021)

10.084,1
2021
4.862,5

9.672,1
2020
4.803,0

9.492,5
2019
4.594,1

9.561,4
2018
4.346,1

9.367,6
2017
4.221,8

Volume de Água Consumido Volume de Esgoto Tratado

O gráfico a seguir compara os volumes de esgoto tratado e de água consumida, em milhões de m³/
ano, para as cinco macrorregiões do país. Novamente, os maiores volumes estão na macrorregião Sudeste,
enquanto os menores são observados no Norte, seguidos pelo Centro-Oeste.

A partir dos dados a seguir, é possível obter uma melhor dimensão do quanto efetivamente se trata de
esgoto em cada macrorregião do país, pois compara com a estimativa do esgoto que é gerado representado
pelo volume de água consumido. Somente as macrorregiões Sudeste e Centro-Oeste, com 58,6% e 60,5%,
respectivamente, tratam mais da metade do esgoto gerado. O indicador IN046 para as macrorregiões Sul,
Nordeste e Norte é igual a 46,7%, 35,5% e 20,6%, respectivamente.

Volume de esgoto tratado em relação ao volume de água consumido, em milhões de m³/ano, para
as macrorregiões do país em 2021

550,9
Norte
84,3

1.878,0
Nordeste
616,7

5.324,1
Sudeste
3.056,6

1.516,3
Sul
655,4

814,8
Centro-Oeste
449,5

Volume de Água Consumido Volume de Esgoto Tratado

Para fins visuais, o gráfico apresenta as principais informações que compõem o índice de tratamento de esgoto, portanto, não apresenta
todos as informações do indicador.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 22

Diferente do indicador IN016, o índice de tratamento de esgotos gerados (IN046) apresenta os volumes
de esgoto tratado em relação ao volume de água consumido. Vale destacar que esse índice, por ter em
seu denominador o volume de água consumido, dificilmente alcançará índices acima de 90,0%, já que nem
toda a água consumida gera esgotos. Em contrapartida, as infiltrações de águas pluviais nas redes de esgoto
também podem superestimar o indicador, sendo possível que o índice, inclusive, supere 100%.

O mapa a seguir mostra a visualização espacial dos municípios com os índices de tratamento de
esgotos gerados (IN046). Observa-se 656 municípios com índice superior a 80,0%; 398 municípios com índices
na faixa de 60,1 a 80,0%; 303 municípios com valores que se enquadraram entre 40,1 e 60%; 323 municípios na
faixa imediatamente inferior, de 20,0 a 40,0%; e, na última faixa, abaixo de 20,0%, 1.101 municípios. No total, o
mapa apresenta o resultado de 4.774 municípios, sendo 2.781 com o índice calculado; 1.987 municípios que
responderam ao formulário simplificado de esgoto, ou seja, que não possuem rede coletora de esgoto; e 6
municípios que responderam ao formulário completo de esgoto, mas não tiveram os índices calculados por
falta de informações no formulário.

Índice de esgoto tratado referido à água consumida (IN046) dos municípios com prestadores de
serviços participantes do SNIS em 2021, distribuído por faixas percentuais, segundo município

IN046 - Índice de esgoto tratado


referido à água consumida
IN046 < 20,0% (1.101 muncípios)
20,0 ≤ IN046 < 40,0% (323 municípios)
40,0 ≤ IN046 < 60,0% (303 municípios)
60,0 ≤ IN046 < 80,0% (398 municípios)
IN046 ≥ 80,0% (656 municípios)
Indicador não calculado (6 municípios)
Formulário simplificado (1.987 municípios)
Sem informação (796 municípios)
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 23

EVOLUÇÃO DA COLETA E DO TRATAMENTO DE


ESGOTOS
O gráfico que segue mostra a evolução no tratamento e na coleta de esgoto em relação ao volume
de água consumido, em milhões de m³/ano, no Brasil nos últimos 5 anos (2017 a 2021).

Evolução da coleta e do tratamento de esgoto em relação ao volume de água consumido, em


milhões de m³/ano, no Brasil nos últimos 5 anos (2017 a 2021)
10.084,1
2021 6.046,8
4.862,5

9.672,1
2020 6.049,9
4.803,0

9.492,5
2019 5.921,1
4.594,1

9.561,4
2018 5.899,3
4.346,1

9.367,6
2017 5.809,1
4.221,8

Volume de Água Consumido Volume de Esgoto Coletado Volume de Esgoto Tratado

Pode-se observar que a proporção de esgoto tratado e coletado em relação à água consumida tem
sido bem constante nos últimos cinco anos no Brasil. Ainda, verifica-se que há uma parcela considerável de
esgoto que sequer é coletada, sendo que a parcela ainda é devolvida aos corpos hídricos sem o devido
tratamento.

O gráfico a seguir mostra a comparação entre os volumes de esgoto coletado e tratado e o volume
de água consumido, em milhões de m³/ano, para as cinco macrorregiões do país. Sudeste e Centro-Oeste
apresentam melhor situação, apesar de requererem evolução. Por sua vez, o Sul encontra-se em uma posição
intermediária, mais próxima à média nacional. Por fim, Nordeste e Norte, principalmente, ainda têm um longo
caminho a percorrer para evoluir na coleta e no tratamento dos esgotos gerados.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 24

Volumes de esgoto coletado e tratado e volume de água consumido, em milhões de m³/ano, para
as macrorregiões do país em 2021

550,9
Norte 100,1
84,3

1.878,0
Nordeste 790,0
616,7

5.324,1
Sudeste 3.987,4
3.056,6

1.516,3
Sul 695,1
655,4

814,8
Centro-Oeste 474,1
449,5

Volume de Água Consumido Volume de Esgoto Coletado Volume de Esgoto Tratado


Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 25

Ao longo do Diagnóstico da Gestão Técnica de Esgoto


foram discutidos os dados dos prestadores de serviços
que se utilizam de soluções coletivas públicas, ou seja, por
intermédio de redes de coleta de esgotos. Neste capítulo
serão abordadas as informações relacionadas às soluções
alternativas que não utilizam rede de coleta de esgotos.

Para a caracterização do atendimento e do déficit


em saneamento básico no Brasil, o Plano Nacional de
Saneamento Básico (Plansab) define três possibilidades:
atendimento adequado, atendimento precário e sem
atendimento, sendo as duas últimas consideradas como
déficit. Para essas classificações de atendimento são válidas
tanto soluções coletivas quanto soluções individuais.

No caso do atendimento adequado, a solução coletiva

SOLUÇÕES considerada é o sistema de coleta de esgotos seguida do


seu tratamento, enquanto a solução individual envolve a

ALTERNATIVAS DE utilização de fossa séptica.

ESGOTAMENTO
Por sua vez, no atendimento precário, a solução coletiva
considerada é o sistema de coleta de esgotos, contudo, sem

SANITÁRIO a etapa de tratamento, enquanto que a solução individual


envolve a utilização de fossa rudimentar.

No SNIS, o atendimento refere-se apenas à rede pública


coletora de esgotos. Assim, não são incluídas as formas de
acesso que se utilizam de soluções individuais ou alternativas,
bem como não devem ser consideradas as ligações
domiciliares de esgoto conectadas às redes de drenagem
urbana (galerias de águas pluviais).

O SNIS calcula um indicador para a coleta de esgoto (IN015)


e dois indicadores relacionados ao tratamento de esgoto
(IN016 e IN046).

Basicamente, o provimento de esgotamento sanitário


pode se dar através de soluções coletivas ou individuais
(alternativas). As soluções alternativas desprovidas de
rede coletora de esgotos são aquelas utilizadas quando
os domicílios não estão conectados aos serviços públicos
de coleta e/ou tratamento de esgotos. Tais soluções são
utilizadas principalmente em comunidades isoladas.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 26

Segundo Tonetti4, esse isolamento pode ocorrer por conta de inviabilidade técnica, econômica e/ou
política, sendo fruto de diversos fatores, tais como: grande distância em relação à sede do município, difícil
acesso, baixa densidade populacional, grande dispersão entre os domicílios ou situação de irregularidade
fundiária. Nessas localidades, as redes de distribuição de água e de coleta/tratamento de esgoto não
existem ou são insuficientes, levando à adoção de soluções locais, unifamiliares ou semicoletivas. Isso ocorre,
geralmente, em municípios pequenos, na zona rural e nas periferias dos municípios, pois tais localidades não
são atendidas pelos prestadores de serviços, ficando sob a responsabilidade de cada morador.

Neste capítulo, serão apresentadas as informações dessas soluções individuais ou alternativas,


conforme declaração dos prestadores de serviços ao sistema SNISWeb.

PREENCHIMENTO NO SNISWEB
O SNIS Água e Esgoto classifica os tipos de serviços cadastrados no sistema online (SNISWeb) em três
possibilidades:

• Água: prestadores de serviços que atendem com rede de abastecimento de água e


obrigatoriamente respondem à pesquisa de esgoto (exceto regionais e microrregionais),
informando dados sobre as soluções alternativas de esgotos ou se existe outro prestador de serviço
que atende o município com rede coletora de esgoto;

• Esgoto: prestadores de serviços responsáveis pelo esgotamento sanitário no município.


Respondem a dados relacionados à rede coletora de esgoto quando existe ou às soluções
alternativas de esgotos quando não existe rede coletora;

• Água e Esgoto: prestadores de serviços que atendem com rede de abastecimento de água e
rede coletora de esgoto.

Caso o município cadastrado como prestador de serviços de esgoto responda no sistema online do
SNIS (SNISWeb) que não possui sistema público de coleta de esgoto, o SNISWeb abrirá para preenchimento
o formulário simplificado, também chamado de pesquisa de esgotos, cujas informações dizem respeito às
soluções alternativas ou individuais, tais como: fossas sépticas/sumidouro, fossas rudimentares, galerias de
águas pluviais, lançamento de esgotos em curso d’água, dentre outras. Em geral, quem responde a esse
tipo de formulário de esgoto são as prefeituras, pois os prestadores regionais e microrregionais respondem
obrigatoriamente ao formulário completo de água e/ou esgoto.

Outra situação ocorre quando o prestador não possui rede de abastecimento de água e nem rede
coletora de esgoto. Nesses casos excepcionais, é disponibilizado para o prestador o formulário simplificado
de água e o formulário simplificado de esgoto. No formulário simplificado de água, o município informa
dados sobre as soluções alternativas de água como carro-pipa, chafarizes, cisternas, açudes, poços raso ou
profundo e outros.

No Brasil, para que se consiga a universalização da coleta e tratamento de esgotos são necessárias
formas alternativas, além das soluções coletivas em rede utilizadas em áreas urbanizadas. O SNIS possibilita
avaliar as soluções alternativas, classificá-las, quantificá-las ou mapeá-las, por macrorregião, com o auxílio do
formulário simplificado aplicado aos municípios que declaram informações ao sistema.

4
Tonetti, Adriano Luiz, 1973- Tratamento de esgotos domésticos em comunidades isoladas: referencial para a escolha de soluções. /Ana
Lucia Brasil, Francisco José Peña y Lillo Madrid, et al. -- Campinas, SP.: Biblioteca/Unicamp, 2018.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 27

Destaca-se que há municípios que possuem rede pública de abastecimento de água, mas não
possuem rede de coleta de esgoto, portanto, respondem ao formulário simplificado do SNIS de esgoto
simultaneamente ao formulário completo de água.

Responderam que não


possuem rede coletora
1.987 de esgoto e utilizam
Municípios somente soluções
alternativas

Possuem rede de

1.964 abastecimento de água e

4.774 Municípios
utilizam somente soluções
alternativas de esgotos
Municípios
responderam
dados de esgoto ao

23
SNIS Utilizam exclusivamente
soluções alternativas de
Municípios água e de esgotos

2.787 Possuem rede de


abastecimento de água e
Municípios rede coletora de esgoto

No ano de 2021, um total de 4.774 municípios responderam dados sobre esgotos ao SNIS, sendo que
2.787 municípios possuem rede de abastecimento de água e rede coletora de esgotos e 1.987 não possuem
rede coletora de esgotos4. Dentre o total de formulário simplificados, 1.964 municípios possuem rede de
abastecimento de água, mas não possuem rede coletora de esgotos e 23 municípios não possuem rede de
abastecimento de água e nem rede coletora de esgoto.

DISTRIBUIÇÃO DAS SOLUÇÕES ALTERNATIVAS NO BRASIL


E NAS MACRORREGIÕES
O Plansab define como atendimento adequado com esgotamento sanitário, no caso de soluções
individuais, o uso de fossas sépticas, que devem ser sucedidas por pós-tratamento ou unidade de disposição
final, adequadamente projetados e construídos, conforme descrito na NBR 7.229 da Associação Brasileira de
Normas Técnicas - ABNT. Nesse caso, o formulário simplificado do SNIS permitirá dizer se as soluções existentes
são adequadas, segundo o Plansab.

Destaca-se, ainda, que as soluções individuais de esgotamento sanitário só devem ser utilizadas se o
solo se apresentar em condições adequadas de infiltração e se o nível de água subterrânea se encontrar a
uma profundidade que evite o risco de contaminação por micro-organismos transmissores de doenças.

Segundo o glossário do SNIS, fossas rudimentares são poços escavado em terra, destinados a receber

4
Na consulta da Série Histórica do SNIS estão disponíveis os formulários simplificados de esgotos, mas, para fins do Diagnóstico, foram
desconsiderados da contagem 20 formulários cujas pesquisas foram respondidas por mais de um prestador e 15 municípios que tiveram
um formulário simplificado preenchido por um prestador local e um formulário completo (informando que possui rede coletora) por outro
prestador de serviço. Nessa última situação, considerou-se que o município possui rede coletora, devido a isso, o formulário simplificado foi
desconsiderado.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 28

e acumular todo o esgoto, incluindo as situações em que ocorre o lançamento apenas de esgotos primários
(excretas humanas – fezes e urina) e o lançamento de esgotos primários e secundários (demais esgotos
domiciliares produzidos). Por sua vez, valas a céu aberto são valas ou valetas por onde escorre o esgoto a
céu aberto em direção a cursos d’água ou ao sistema de drenagem, atravessando os terrenos das casas
ou as vias públicas. Ainda, lançamentos em cursos d’água são lançamentos do esgoto sem tratamento,
diretamente em rios, lagos, mar etc. Por fim, galerias de águas pluviais são lançamentos do esgoto sem
tratamento, diretamente nas tubulações de águas pluviais. Assim, essas quatro formas de esgotamento
sanitário são consideradas pelo Plansab como soluções inadequadas.

Ainda, segundo o glossário do SNIS, fossas sépticas/sumidouros são dispositivos tipo câmara,
enterrados, destinados a receber o esgoto para separação e sedimentação do material orgânico e mineral,
transformando-o em material inerte, seguido de unidade para a disposição da parte líquida no solo. Essa
forma de esgotamento sanitário é a única considerada pelo Plansab como solução alternativa adequada.

Dos 1.987 municípios que responderam ao formulário simplificado, ressaltando que é permitido mais
de uma resposta, 961 informam ter fossas sépticas/sumidouros, 732 têm fossas rudimentares, 296 usam valas a
céu aberto, 315 fazem lançamentos em cursos d’água, 356 utilizam galerias de águas pluviais, 196 dizem ter
outras soluções alternativas e 9 municípios não responderam. Como é permitida mais de uma resposta, 1.026
municípios relataram ter pelo menos duas ou mais soluções para o esgotamento sanitário.

961
1.026 municípios relataram ter
duas ou mais soluções alternativas

732

356
315
296 196
9

Fossas sépticas / Fossas Galerias de Lançamento em Valas a céu Não


Outros
Sumidouros rudimentares águas pluviais cursos d’água aberto responderam
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 29

É perceptível que as macrorregiões Nordeste e Sul concentram maior quantidade de municípios com
fossas sépticas/sumidouro. Em termos relativos, as macrorregiões Sul e Centro-Oeste possuem 58,6% e 45,5%
dos municípios utilizando essa alternativa. Apesar de não ser uma alternativa considerada adequada, as
fossas rudimentares representam a segunda alternativa mais utilizada nas macrorregiões, exceto na Sudeste.
Outras alternativas seguem proporções semelhantes. As elevadas quantidades de uso de fossas sépticas e
outras soluções alternativas no Norte, no Nordeste e no Sul podem estar associadas à carência de soluções
coletivas para tratamento de esgotos. Em contraste, observa-se que a macrorregião mais desenvolvida
economicamente, a Sudeste, apresenta menor quantidade de municípios que não possuem rede coletora
de esgotos.

Quantidade de municípios por tipo de solução alternativa de esgotos utilizada em 2021

Norte Nordeste
Fossas sépticas/ sumidouros 203 Fossas sépticas/ sumidouros 624
Fossas rudimentares 141 Fossas rudimentares 325
Valas a céu aberto 61 Valas a céu aberto 199
Lançamento em cursos
59 Lançamento em cursos d'água 159
d'água
Galerias de águas pluviais 51 Galerias de águas pluviais 158
Outros 27 Outros 133

Centro-Oeste Sudeste
Fossas sépticas/ sumidouros 185 Fossas sépticas/ sumidouros 45
Fossas rudimentares 102 Lançamento em cursos d'água 36
Galerias de águas pluviais 12 Fossas rudimentares 31
Lançamento em cursos
8 Galerias de águas pluviais 13
d'água
Outros 6 Outros 10
Valas a céu aberto 2 Valas a céu aberto 3
Sul
Fossas sépticas/ sumidouros 653
Fossas rudimentares 257
Galerias de águas pluviais 137
Lançamento em cursos d'água 79
Valas a céu aberto 45
Outros 44

Em relação às principais soluções alternativas utilizadas, considerando que essa informação não
permite mais de uma resposta:

• 1.382 municípios responderam que são as fossas sépticas/sumidouros;

• 352 municípios, as fossas rudimentares;

• 43 municípios, as valas a céu aberto;

• 83 municípios, os lançamentos em cursos d’água;

• 59 municípios, as galerias de águas pluviais;

• 45 municípios dizem ter outras soluções como alternativa principal; e,

•23 municípios não responderam ao item.


Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 30

Assim, segundo a definição do Plansab sobre soluções adequadas, considerando as alternativas


principais, pode-se dizer que 1.382 municípios a princípio possuem soluções adequadas de esgotamento
sanitário (fossas sépticas), 582 não possuem soluções adequadas e 23 municípios nada se pode afirmar,
pois deixaram o campo em branco. Apesar de um grande número de municípios informarem possuir fossas
sépticas como principal soluçao alternativa, destaca-se que, de forma geral, as informaçoes indicadas nos
formulários simplificados nao possuem precisao do nível de atendimento em cada município.

Quantidade de municípios por principal solução alternativa de esgotos utilizada em 2021

Fossas sépticas/ sumidouros 1.382

Fossas rudimentares 352

Lançamento em cursos d'água 83

Galerias de águas pluviais 59

Valas a céu aberto 43

Outros 45

Não respondeu 23

A seguir são mostradas as quantidades de municípios, a partir dos 1.987 municípios que responderam
dados sobre a principal solução utilizada (fossas sépticas/sumidouros, fossas rudimentares, valas a céu aberto,
lançamentos em cursos d’água, galerias de águas pluviais e outros), divididas por macrorregião geográfica.
Diagnóstico Temático - Serviços de Água e Esgoto - Gestão Técnica de Esgoto 31

Quantidade de municípios por principal solução alternativa de esgotos utilizada


em 2021 por macrorregião

Norte Nordeste
Fossas sépticas/ sumidouros 164 Fossas sépticas/ sumidouros 470
Fossas rudimentares 64 Fossas rudimentares 128
Lançamento em cursos d'água 11 Galerias de águas pluviais 36
Valas a céu aberto 8 Valas a céu aberto 34
Galerias de águas pluviais 5 Lançamento em cursos d'água 32
Outros 3 Outros 31
Total - 255 municípios Total - 731 municípios

Total Total
- 255 - 255 municípios
municípios Total - 255 municípios
Total - 255 municípios Total - 255
Total municípios
- 255 municípios

Centro-Oeste Sudeste
Fossas sépticas/ sumidouros 147 Lançamento em cursos d'água 33
Fossas rudimentares 71 Fossas sépticas/sumidouros 25
Lançamento em cursos d'água 2 Fossas rudimentares 20
Galerias de águas pluviais 1 Galerias de águas pluviais 4
Outros 1 Outros 2
Valas a céu aberto 0 Valas a céu aberto 0
Total - 222 municípios Sul Total - 84 municípios
Fossas sépticas/ sumidouros 576
Total - 255 municípios Total Total
- 255 - 255 municípios
municípios
Total - 255
Total municípios
- 255 municípios Fossas rudimentares 69 Total - 255 municípios

Galerias de águas pluviais 15


Outros 6
Lançamento em cursos d'água 5
Valas a céu aberto 1
Total - 672 municípios

Considerando o total de municípios que responderam sobre a principal solução alternativa utilizada,
é possível observar que a maior parte das soluções alternativas de esgotamento sanitário se encontram
nas regiões Nordeste (36,8%) e Sul (33,8%). Com relação às fossas sépticas/sumidouros, solução considerada
adequada pelo Plansab, 69,6% dos municípios utilizam principalmente essa alternativa. Nas macrorregiões
Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste esses valores são de 64,3% do total de municípios da macrorregião,
64,3%, 29,8%, 85,7% e 66,2%, respectivamente.

Outras informações relevantes sobre as soluções alternativas em 2021 são que em 1.637 municípios o
responsável pelo sistema alternativo de esgotos é o próprio indivíduo e em 1.909 municípios não há cobrança
pelos serviços de esgotos alternativos. Também é possível concluir que em 1.576 municípios não há melhorias
executadas nos sistemas alternativos.
SNIS - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bloco N,
Brasília - DF, 70070-040 - Brasília - DF - Brasil

www.snis.gov.br

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