Você está na página 1de 109

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA

SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÂO


PROGRAMA GENTE CATARINA

JEFFERSON RIBEIRO

DIAGNÓSTICO DOS MUNICÍPIOS PERTENCENTES ÁREA DE RIO DO SUL -


EDUCAÇÃO

RIO DO SUL
2022
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Localização dos municípios no estado de Santa Catarina ...................................... 11


Figura 2 - Vista parcial do Distrito de Angelina – 1940. ........................................................ 42
Figura 3 - Aldeia indígena Maragatu ...................................................................................... 64
Figura 4 - Anagrama representando a hierarquia dos órgãos participantes do monitoramento
.................................................................................................................................................. 84
Figura 5 - Infográfico de diagnóstico dos interesses dos jovens do ensino médio de Santa
Catarina em Relação ao ensino médio...................................................................................... 94
Figura 6 - Propostas de metas que impactam diretamente o IDHe ....................................... 101

2
LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Principais características educacionais dos municípios ....................................... 14


Quadro 2 – Quantidade de unidades educacionais participantes do monitoramento .............. 15
Quadro 3 - Descrição dos níveis socioeconômicos dos estudantes......................................... 21
Quadro 4 - Intervalos dos níveis por escala ............................................................................ 22
Quadro 5 - Indicador de nível socioeconômico por município - Primeira etapa .................... 23
Quadro 6 - Indicador de nível socioeconômico por município - Segunda etapa .................... 23
Quadro 7 – Registros no APOIA por município ..................................................................... 24
Quadro 8 - Relação da quantidade de unidades escolares que ofertam educação indígena .... 26
Quadro 9 - Porcentagem do PIB municipal investimento na área da educação em 2019 ....... 27
Quadro 10 - Comparativo do investimento por aluno no ano de 2019 ................................... 28
Quadro 11 - Comparativo do salário inicial dos professores por município ........................... 29
Quadro 12 – Quantidade de matrículas da EJA realizadas na esfera estadual em 2022 ......... 32
Quadro 13 - Número de matrículas da EJA realizadas nas esferas municipais e particulares
em 2021 .................................................................................................................................... 33
Quadro 14 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Alfredo Wagner ......... 38
Quadro 15 - Matrículas realizadas na cidade de Alfredo Wagner durante os anos de 2015 até
2021 .......................................................................................................................................... 39
Quadro 16 - Dados sobre a distorção idade/série dos estudantes de Alfredo Wagner ............ 40
Quadro 17 - Dados sobre o abandono escolar em Alfredo Wagner ........................................ 41
Quadro 18 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Angelina .................... 43
Quadro 19 - Matrículas realizadas na cidade de Angelina durante os anos de 2015 até 2021 45
Quadro 20 - Dados sobre a distorção idade/série dos estudantes de Angelina ....................... 45
Quadro 21 - Dados sobre o abandono escolar em de Angelina .............................................. 46
Quadro 22 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Anitápolis .................. 48
Quadro 23 - Matrículas realizadas na cidade de Anitápolis durante os anos de 2015 até 2021
.................................................................................................................................................. 48
Quadro 24 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Anitápolis .................... 49
Quadro 25 - Dados sobre o abandono escolar em de Anitápolis ............................................ 50
Quadro 26 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Leoberto Leal ............ 51
Quadro 27 - Matrículas realizadas na cidade de Leoberto Leal durante os anos de 2015 até
2021 .......................................................................................................................................... 52
Quadro 28 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Leoberto Leal .............. 53
3
Quadro 29 - Dados sobre o abandono escolar em de Leoberto leal ........................................ 54
Quadro 30 - Unidades escolares que participarão do monitoramento em Major Gercino ...... 55
Quadro 31 - Matrículas realizadas na cidade de Major Gercino durante os anos de 2015 até
2021 .......................................................................................................................................... 56
Quadro 32 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Major Gercino ............. 57
Quadro 33 - Dados sobre o abandono escolar em de Major Gercino ..................................... 58
Quadro 34 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Canelinha ................... 59
Quadro 35 - Matrículas realizadas na cidade de Canelinha durante os anos de 2015 até 2021
.................................................................................................................................................. 61
Quadro 36 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Canelinha ..................... 62
Quadro 37 - Dados sobre o abandono escolar em de Canelinha ............................................. 63
Quadro 38 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Imaruí ........................ 64
Quadro 39 - Matrículas realizadas na cidade de Imaruí durante os anos de 2015 até 2021 ... 66
Quadro 40 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Imaruí .......................... 66
Quadro 41 - Dados sobre o abandono escolar em de Imaruí .................................................. 67
Quadro 42 - Unidades escolares participantes do monitoramento em José Boiteux .............. 68
Quadro 43 - Matrículas realizadas na cidade de José Boiteux durante os anos de 2015 até
2021 .......................................................................................................................................... 70
Quadro 44 - Dados sobre a distorção idade/série dos estudantes de José Boiteux ................. 70
Quadro 45 - Dados sobre o abandono escolar em de Jose Boiteux ........................................ 71
Quadro 46 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Santa Terezinha ......... 73
Quadro 47 - Matrículas realizadas na cidade de Santa Terezinha durante os anos de 2015 até
2021 .......................................................................................................................................... 74
Quadro 48 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Santa Terezinha ........... 74
Quadro 49 - Dados sobre o abandono escolar em Santa Terezinha ........................................ 75
Quadro 50 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Vitor Meireles............ 76
Quadro 51 - Matrículas realizadas na cidade de Vitor Meireles durante os anos de 2015 até
2021 .......................................................................................................................................... 78
Quadro 52 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Vitor Meireles ............. 78
Quadro 53 - Dados sobre o abandono escolar em Vitor Meireles .......................................... 79
Quadro 54 - Unidades escolares participantes do monitoramento em São João do Sul ......... 80
Quadro 55 - Matrículas realizadas na cidade de São João do Sul durante os anos de 2015 até
2021 .......................................................................................................................................... 81
Quadro 56 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de São João do Sul ........... 82
4
Quadro 55 - Dados sobre o abandono escolar em São João do Sul ........................................ 83
Quadro 58 - Dados da Secretaria Estadual de Educação (SED) ............................................. 84
Quadro 59 - Coordenadorias Regionais de Educação ............................................................. 85
Quadro 60 - Prefeitos(as) e Vice-prefeitos(as) da primeira etapa do programa...................... 86
Quadro 61 - Prefeitos(as) e Vice-prefeitos(as) da segunda etapa do programa ...................... 87
Quadro 62 - Principais ações a serem realizadas entre os pontos fortes, fracos e ameaças .... 98
Quadro 63 - Metas a serem atingidas para atuação direta nas variáveis que compõem o índice
................................................................................................................................................ 102

5
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Total de matrículas (Pré-escola, ensino fundamental e ensino médio) dos


municípios participantes da primeira etapa .............................................................................. 16
Gráfico 2 - Total de matrículas (Pré-escola, ensino fundamental e ensino médio) dos
municípios participantes da segunda etapa ............................................................................... 16
Gráfico 3 - Total de ocorrências de violência registradas pelas escolas por CRE .................. 17
Gráfico 4 - Evolução taxa de distorção idade-série (2010 até 2020), municípios da primeira
etapa (Fundamental) ................................................................................................................. 18
Gráfico 5 - Evolução taxa de distorção idade-série (2010 até 2020), municípios da segunda
etapa (Fundamental) ................................................................................................................. 19
Gráfico 6 - Evolução taxa de distorção idade-série (2010 até 2020), municípios da primeira
etapa (Médio)............................................................................................................................ 19
Gráfico 7 - Evolução taxa de distorção idade-série (2010 até 2020), municípios da segunda
etapa (Médio)............................................................................................................................ 20
Gráfico 8 - Relação percentual de registros no APOIA em relação às matrículas realizadas no
ano de 2021............................................................................................................................... 24
Gráfico 9 - Porcentagem referente ao total de estudantes que não frequentavam a escola em
2010 – Etapa um ....................................................................................................................... 25
Gráfico 10 - Porcentagem referente ao total de estudantes que não frequentavam a escola em
2010 – Etapa 2 .......................................................................................................................... 26
Gráfico 11 - Porcentagem de analfabetismo da população brasileira...................................... 29
Gráfico 12 - Percentual de analfabetismo de acordo com diferentes grupos de idade – Etapa
um ............................................................................................................................................. 30
Gráfico 13 - Percentual de analfabetismo de acordo com diferentes grupos de idade – Etapa
dois ........................................................................................................................................... 30
Gráfico 14 - Nível de instrução das pessoas de 25 anos ou mais de idade, residentes em
domicílios particulares nos municípios da etapa um ................................................................ 31
Gráfico 15 - Nível de instrução das pessoas de 25 anos ou mais de idade, residentes em
domicílios particulares nos municípios da etapa dois .............................................................. 32
Gráfico 16 - Percentual de crianças que exerciam atividades profissionais (formal ou
informal, remunerada ou não) durante o ano de 2010 .............................................................. 33
Gráfico 17 - Evolução da taxa de reprovação no ensino fundamental – Fase um ................... 34
Gráfico 18 - Evolução da taxa de reprovação no ensino fundamental – Fase dois ................. 35
6
Gráfico 19 - Evolução da taxa de reprovação no ensino médio – Fase um ............................. 36
Gráfico 20 - Evolução da taxa de reprovação no ensino médio – Fase dois ........................... 36
Gráfico 21 - Comparativo da distorção idade/série entre nível fundamental e médio em
Alfredo Wagner ........................................................................................................................ 40
Gráfico 22 - Comparativo da distorção idade/série entre nível fundamental e médio em
Angelina ................................................................................................................................... 46
Gráfico 23 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível fundamental e médio em
Anitápolis ................................................................................................................................. 50
Gráfico 24 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível fundamental e médio em
Leoberto Leal ............................................................................................................................ 53
Gráfico 25 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível fundamental e médio em
Major Gercino .......................................................................................................................... 57
Gráfico 26 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível fundamental e médio em
Canelinha .................................................................................................................................. 62
Gráfico 27 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível Fundamental e Médio em
Imaruí ....................................................................................................................................... 67
Gráfico 28 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível fundamental e médio em José
Boiteux ..................................................................................................................................... 71
Gráfico 29 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível fundamental e médio em Santa
Terezinha .................................................................................................................................. 75
Gráfico 30 - Comparativo da distorção idade/série entre nível fundamental e médio em Vitor
Meireles .................................................................................................................................... 79
Gráfico 31 - Comparativo da distorção idade/série entre nível fundamental e médio em São
João do Sul ............................................................................................................................... 82
Gráfico 32 - Evolução da porcentagem de distorção idade/série no ensino fundamental ....... 89
Gráfico 33 - Evolução da porcentagem de distorção idade/série no Ensino Médio ................ 92
Gráfico 34 - Comparativo das séries que apresentam o maior abandono escolar do ensino
médio entre os municípios analisados ...................................................................................... 93

7
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 10

2. IDENTIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO OBJETO A SER


MONITORADO ..................................................................................................................... 11

2.1 TERRITÓRIOS ......................................................................................................... 11

2.2 SISTEMAS QUE PRODUZEM INFORMAÇÕES SOBRE A INFREQUÊNCIA


ESCOLAR ............................................................................................................................ 12

2.2.1 Programa Aviso Por Infrequência do Aluno (APOIA)....................................... 12

2.2.2 Núcleo de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências


(NEPRE)........................................................................................................................... 12

2.3 COMPARATIVO DA ÁREA DE ATUAÇÃO ......................................................... 14

2.3.1 Matrículas nos municípios ..................................................................................... 15

2.3.2 Violências na escola ................................................................................................ 17

2.3.3 Distorção idade/Série ............................................................................................. 18

2.3.4 Indicador do nível Socioeconômico dos estudantes............................................. 20

2.3.5 Abandono escolar ................................................................................................... 24

2.3.6 Educação Indígena ................................................................................................. 26

2.3.8 Investimentos na Educação ...................................................................................... 27

2.3.9 Nível de escolaridade da população ...................................................................... 29

2.3.10 Ensino de Jovens e adultos (EJA) ....................................................................... 32

2.3.11 Trabalho Infantil .................................................................................................. 33

2.3.12 Taxa de reprovação .............................................................................................. 34

2.4 INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE OS MUNICÍPIOS ................................. 37

2.4.1 Alfredo Wagner ...................................................................................................... 37

2.4.2 Angelina................................................................................................................... 41

2.4.3 Anitápolis ................................................................................................................ 47

3.4.4 Leoberto Leal .......................................................................................................... 50

2.4.5 Major Gercino ........................................................................................................ 54

8
2.4.6 Canelinha ................................................................................................................ 58

2.4.7 Imaruí ...................................................................................................................... 63

2.4.8 José Boiteux ............................................................................................................ 68

2.4.9 Santa Terezinha ...................................................................................................... 72

2.4.10 Vitor Meireles ....................................................................................................... 76

2.4.11 São João do Sul ..................................................................................................... 80

3 REGISTRO DAS PARTES INTERESSADAS ............................................................ 84

3.1 NÚCLEO ESTADUAL ............................................................................................. 84

3.2 NÚCLEO REGIONAL ................................................................................................... 85

3.3 NÚCLEO MUNICIPAL ................................................................................................. 86

4. DEFLAGRAÇÃO DE DIAGNÓSTICO .......................................................................... 88

4.1 PONTOS FORTES ......................................................................................................... 88

4.3 PONTOS FRACOS ........................................................................................................ 91

4.4 AMEAÇAS ..................................................................................................................... 96

4.5 OPORTUNIDADES ....................................................................................................... 97

4.6 METAS QUE IMPACTAM DIRETAMENTE NO IDHE .......................................... 101

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................. 104

6. REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 105

9
1. INTRODUÇÃO

O presente diagnóstico tem por objetivo identificar, por meio de pesquisas bibliográficas,
bem como em bases de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
Ministério da Educação e Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) os principais
fatores determinantes que auxiliam o índice de desenvolvimento em 11 municípios que
integram o Programa Gente Catarina na região de Rio do Sul dentro da esfera da educação.
Entre os principais resultados espera-se atingir os seguintes objetivos: (1) Reconhecer os
territórios abrangidos pelo programa, especificamente com relação à área da educação na
região de Rio do Sul; (2) Identificar as partes interessadas em face do objeto de
monitoramento; (3) Desenvolver diagnóstico prévio relacionado com o objeto a ser
monitorado, que compreende a evasão escolar.
Para o desenvolvimento deste estudo serão analisados dados referentes às características
econômicas dos municípios, dados educacionais referentes aos estudantes, como número de
matrículas, taxas de violências na escola, distorção da idade/série, indicador de nível
socioeconômico e abandono escolar. Também serão averiguados os dados referentes aos
investimentos dos municípios no âmbito educacional, bem como o salário e quantidade de
professores por município. Outros dados também farão parte da análise como a quantidades
de unidades escolares presentes em todas as regiões e as modalidades de ensino disponíveis.
No aspecto do intervalo de tempo entre os dados utilizados, para as questões relacionadas
as matrículas, serão empregados como intervalo de tempo os últimos sete anos. As demais
variáveis descritas anteriormente vão abranger particularidades na periodicidade dos dados
coletados devido a disponibilidades das bases.
Este diagnóstico estará dividido em (1) identificação do objeto a ser monitorado,
apresentando quais dados farão parte do monitoramento no programa Gente Catarina; (2)
comparativo geral das principais informações referentes aos 11 municípios monitorados; (3)
informações específicas e suas particularidades sobre cada localidade; (4) apresentação das
partes interessadas; (5) deflagração do diagnóstico e (6) as considerações finais.

10
2. IDENTIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO DO OBJETO A SER
MONITORADO

2.1 TERRITÓRIOS

Os municípios que participarão desse monitoramento fazem parte de sete


Coordenadorias Regionais de Educação CRE(s), conforme apresentados na figura um. É
possível observar o agrupamento dos municípios por cores. Em verde estão os municípios da
etapa um, sendo Alfredo Wagner, Angelina, Anitápolis, Leoberto Leal e Major Gercino. Na
cor laranja, observam-se os municípios pertencentes à etapa dois. É possível identificar no
mapa um núcleo de três municípios vizinhos, Santa Terezinha, Victor Meireles e José Boiteux
e três mais próximos a região do litoral, sendo as localidades de Canelinha, Imaruí e São João
do Sul.

Figura 1 - Localização dos municípios no estado de Santa Catarina

Fonte: WIKIPEDIA (2006) Adaptado pelo autor

11
2.2 SISTEMAS QUE PRODUZEM INFORMAÇÕES SOBRE A INFREQUÊNCIA
ESCOLAR

Neste tópico serão apresentados os principais sistemas que serão a base para a realização
do monitoramento no Programa Gente Catarina, durante o ano de 2022. A análise desses
dados auxiliará as entidades envolvidas, em diferentes ações a serem adotadas, para
minimizar ou eliminar a evasão escolar.

2.2.1 Programa Aviso Por Infrequência do Aluno (APOIA)

Com o objetivo de combater os problemas educacionais relacionados com a


infrequência dos estudantes, algumas políticas públicas e programas foram desenvolvidos no
Brasil, entre eles temos em Santa Catarina o Programa de combate à evasão escolar,
conhecido como Aviso Por Infrequência de Aluno (APOIA), desenvolvido no ano de 2001,
tendo como principal objetivo proporcionar o retorno dos estudantes com idade entre quatro e
17 anos as escolas (RODRIGUES, 2019).
Sua finalidade é fazer com que esses estudantes concluam todas as etapas da Educação
Básica, independente do sistema de ensino em que estão matriculados (Estadual, Municipal,
Federal ou particular), promovendo o retorno daqueles que abandonaram os estudos sem
concluí-los (SED, 2022a).
De acordo com a SED (2022a) o APOIA promove nos municípios do estado de Santa
Catarina um processo integrativo, envolvendo as Promotorias de Justiça da Infância e
Juventude, os Conselhos Tutelares, as Escolas de educação básica, as Secretarias municipais e
as Gerências Regionais de Educação, por ser integrativo também engloba as esferas da rede
de saúde e de assistência social local, entre outros órgãos.
Atualmente o acesso ao sistema APOIA Online é realizado por meio do website
http://serieweb.sed.sc.gov.br. Por essa plataforma, as unidades escolares podem incluir
informações sobre a infrequência dos alunos.

2.2.2 Núcleo de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às Violências (NEPRE)

O NEPRE, sigla para Núcleo de Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às


Violências, foi fundado na década de 80, envolvendo diferentes esferas governamentais do

12
estado de Santa Catarina, entre elas a Secretaria de Estado da Educação, as Gerências
Regionais de Educação (GEREDs) e as Escolas da Rede Pública Estadual (SED, 2022b). O
Núcleo de Prevenção, alinha-se a Proposta Curricular de Santa Catarina, ao Plano Estadual de
Educação e as demais legislações atuais correlacionadas a educação.
De acordo com Lostada (2014) o NEPRE apresenta como finalidade a possibilidade de
elaborar pesquisas com as unidades escolares a fim de identificar, por meio de diagnósticos os
problemas enfrentados nas instituições educacionais, bem como estabelecer formas para
superar os desafios reconhecidos.
Cabe ressaltar que no ano de 2011 o NEPRE institui-se como Política Estadual de
Educação, Prevenção, Atenção e Atendimento às violências na escola, expandindo-se para
uma forma intersetorial e integrada, ou seja, a qual necessita da parceria de diferentes setores,
como a justiça, segurança pública, saúde, assistência social, conselhos tutelares, e demais
parceiros que auxiliam nesse mapeamento de informações (SED, 2022b). A parceria com
esses diferentes órgãos são relevantes, pois ajudam a concretizar um trabalho que resulta no
atendimento de crianças e adolescentes, em especial nas suas necessidades de proteção e
formação (LOSTADA, 2014).
O NEPRE conecta-se em discussões sobre temas diversificados que envolvem
principalmente a saúdes dos estudantes, dentre eles aborda questões como a educação sexual,
as infecções sexualmente transmissíveis, uso e abuso de substâncias psicoativas, alimentação
saudável, o Programa Saúde nas Escolas (PSE), Combate ao Bullying entre outras ações
(SED, 2022b).
Cabe ressaltar que, no aspecto da evasão escolar, conseguir identificar as violências
que os estudantes vêm sofrendo tanto no contexto escolar assim como nos locais em que
interagem, pode auxiliar em diminuir a infrequência escolar, que consequentemente, ajuda a
minimizar os índices da evasão.
Os municípios monitorados, pertencentes a Rio do Sul, apresentam diferentes formas
de violências identificadas. Exemplos como a violência verbal, violência física, bullying e
cyberbullying são relatados pelas CREs participantes deste presente monitoramento. Essas
violências podem fazer, em alguns casos, com que os estudantes fiquem desestimulados a
frequentar as unidades escolares.

13
2.3 COMPARATIVO DA ÁREA DE ATUAÇÃO

Os municípios participantes do monitoramento apresentam populações de pequena


densidade (Quadro 1). Suas principais fontes de renda giram em torno da agricultura e
serviços e seus habitantes ocupam em grande parte as áreas rurais dos municípios. No
decorrer deste documento serão apresentados dados específicos sobre cada localidade.
Na etapa um, o município de Alfredo Wagner é o que apresenta a menor taxa de
escolarização do conjunto, correspondendo a 92,8%. Na questão do Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) analisando o ensino fundamental, os anos
finais apresentam os valores mais baixos, três municípios apresentam índices de 4,8, sendo
Alfredo Wagner, Anitápolis e Leoberto Leal.
De acordo com dados do IBGE (2022a) a uma estimativa de 214 professores nas escolas
de nível fundamental e 97 nas escolas de nível médio. Alfredo Wagner é o município com o
menor IDH na área da educação e ocupa a posição 272 do ranking estadual.
No grupo de municípios participantes da etapa dois, Vitor Meireles é o município que
apresenta a menor taxa de escolarização do conjunto, correspondendo a 96,9% (Quadro 1). O
IDEB mais baixo são dos municípios de Canelinha nos anos finais do ensino fundamental,
apresentando o índice de 4,2 e São João do Sul com 4,4.
Esses municípios apresentam uma estimativa de 475 professores nas escolas de nível
fundamental e 215 nas escolas de nível médio. Vitor Meireles é o município com o menor
IDH na educação (0,522), ocupando a posição 267 do ranking estadual (NECAT, 2022).

Quadro 1 – Principais características educacionais dos municípios


Município População Taxa de IDEB Professores
estimada escolarização Iniciais Finais Fundamental Médio IDH* IDH** Posição*
2021
Etapa 1
Alfredo 10.136 92,8 % 6,3 4,8 63 22 0,668 0,481 272
Wagner
Angelina 4.686 99,3 % 6,7 5,0 48 25 0,687 0,581 257
Anitápolis 3.223 98,5 % 5,8 4,8 27 15 0,674 0,524 266
Leoberto Leal 2.960 98,9 % 6,7 4,8 38 14 0,686 0,533 259
Major Gercino 3.465 98% 6,3 4,9 38 21 0,698 0,563 237
- - - Total 214 97 - - -
Etapa 2
Canelinha 12.553 98,5 % 6,8 4,2 98 45 0,697 0,542 240
Imaruí 9.764 97,5 % 5,2 5,0 111 52 0,667 0,530 273
José Boiteux 5.019 98,3 % 5,4 4,8 82 40 0,694 0,578 247
Santa Terezinha 8.760 97,4 % 6,4 - 62 27 0,682 0,575 271
Vitor Meireles 4.907 96,9 % 6,3 4,8 48 27 0,673 0,522 267
São João do Sul 7.332 98,3 % 6,0 4,4 74 24 0,695 0,587 245
- - - Total 475 215 - - -
Legenda: Posição*: Em relação aos demais municípios de Santa Catarina, IDH*: Índice de Desenvolvimento Humano
– Municipal; IDH**: Índice de Desenvolvimento Humano – Educação Fonte: (IBGE, 2022) e (NECAT, 2022)

14
No aspecto educacional, esse monitoramento vai envolver aproximadamente um total
de 47 unidades educacionais na primeira etapa e mais 76 na segunda. Englobando as
modalidades de ensino, educação infantil, fundamental, médio e Educação de Jovens em
Adultos (EJA) (Quadro 2). A maioria das unidades educacionais está localizada na área rural
dos municípios, totalizando aproximadamente 70% na primeira etapa e 55% na segunda
etapa.

Quadro 2 – Quantidade de unidades educacionais participantes do monitoramento


Município Unidades Modalidade de ensino Área
Educacionais Educação Infantil Fundamental Médio EJA Urbana Rural
Etapa 1
Alfredo Wagner 11 5 8 1 1 5 6
Angelina 14 6 8 2 0 2 12
Anitápolis 4 2 2 1 1 4 0
Leoberto Leal 9 6 6 1 1 4 5
Major Gercino 9 3 6 2 2 4 5
Total 47 19 28
Etapa 2
Canelinha 21 16 9 3 3 11 10
Imaruí 14 8 10 4 1 4 10
José Boiteux 14 7 9 3 1 3 11
Santa Terezinha 10 4 4 2 1 3 7
Vitor Meireles 10 6 7 3 1 7 3
São João do Sul 7 4 4 1 1 6 1
Total 76 34 42
Fonte: INEPDATA (2022), SED (2022c) e ESCOLAS BRASIL.ORG (2022)

2.3.1 Matrículas nos municípios

A grande maioria dos municípios da primeira etapa apresentam entre 500 a 700
matrículas por ano, dentre eles é possível citar Major Gercino, Anitápolis e Leoberto Leal
(Gráfico 1). Já o município de Alfredo Wagner é um dos municípios que apresenta a maior
quantidade de matrículas anuais, com números próximos a 1800. Nessa região estarão sendo
monitorados aproximadamente 4.300 estudantes. Durante o período de sete anos a quantidade
de matrículas na maioria desses municípios diminuíram.
Os municípios que participam da fase dois, apresentam maior quantidade de
estudantes matriculados em 2021. Esta fase vai envolver o monitoramento de
aproximadamente 8720 estudantes. É possível observar que durante os anos de 2015 até 2020,
houve uma manutenção no número de matrículas. Todavia, de modo geral houve uma
diminuição nestes registros entre 2020 e 2021 (Gráfico 2). Com exceção do município de
Canelinha na qual não foram localizados os dados das matrículas referentes às unidades
15
particulares especificamente no ano de 2021. Aos demais municípios o fator da considerável
queda pode estar correlacionado com a pandemia de Coronavírus, que potencializou a
infrequência escolar causando também a evasão escolar.

Gráfico 1 - Total de matrículas (Pré-escola, ensino fundamental e ensino médio) dos


municípios participantes da primeira etapa

Etapa 1
2000
Quantidade de Matrículas

1500

1000

500

0
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Título do Eixo

Alfredo Wagner Angelina Anitápolis Leoberto leal Major Gercino

Fonte: SED (2022d) e MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (2021)

Gráfico 2 - Total de matrículas (Pré-escola, ensino fundamental e ensino médio) dos


municípios participantes da segunda etapa

Etapa 2
2500
Quantidade de Matrículas

2000

1500

1000

500

0
2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021
Título do Eixo

Canelinha Imaruí Jose Boitex


Santa Terezinha Vitor Meireles São João do Sul

Fonte: SED (2022d) e MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (2021)

16
2.3.2 Violências na escola

No aspecto das violências no gráfico três é possível observar os registros realizados de


forma agrupada nas CREs durante o período de 2021. Devido à quantidade de unidades
escolares a região de Florianópolis é uma das localidades que apresentou o maior número de
ocorrências comparada as demais Coordenadorias. Dos municípios que participam do
monitoramento no programam Gente Catarina, fazem parte desta regional as cidades de
Anitápolis e Angelina.
É importante ressaltar que a Regional de Ituporanga também apresenta um número
considerável de ocorrências. Todavia, quando é observado apenas o total de vítimas a
Coordenadoria Regional de Ensino de Taió é a localidade que apresentou os maiores valores.
A região registrou como principais formas de violência a física e verbal. Valores altos,
conforme apresentados no gráfico podem refletir diretamente sobre os indicadores
relacionados à porcentagem de evasão na localidade. Na região de Taió localiza-se o
município de Santa Terezinha.

Gráfico 3 - Total de ocorrências de violência registradas pelas escolas por CRE

Ocorrência 2021

Araranguá

Taio

Ibirama

Laguna

Brusque

Grande Florianópolis

Ituporanga

0 100 200 300 400 500 600 700

Total de vítimas Total de agressores Total de escolas Total de ocorrências

Fonte: NEPRE (2021)

17
2.3.3 Distorção idade/Série

Outro dado relevante para a diminuição da participação dos estudantes nas aulas é a
distorção da idade em relação à série. Muitos alunos, por ficarem no mesmo ano escolar
geram uma discrepância em relação a sua idade e acabam perdendo o estímulo de frequentar
as aulas.
No gráfico quatro, referente à primeira etapa do projeto de monitoramento, bem como
o gráfico cinco, etapa dois do monitoramento é possível observar de forma geral no ensino
fundamental uma diminuição na distorção idade em relação à série. Vale destacar que as
unidades rurais, em sua grande parte, apresentam as maiores taxas dessa distorção.
Cabe relatar que a escola tem o papel fundamental no processo avaliativo dos
estudantes, para averiguar sua evolução. Por essa razão é importante que seja observado à
evolução dessa taxa frequentemente. Gestores educacionais e professores devem averiguar as
ferramentas metodológicas aplicadas nesse processo, verificando possíveis alterações nas
metodologias aplicadas em sala de aula. Essas mudanças podem potencializar melhorias na
diminuição da distorção idade/série.

Gráfico 4 - Evolução taxa de distorção idade-série (2010 até 2020), municípios da primeira
etapa (Fundamental)

Ensino Fundamental - Etapa 1


45
40
35
30
Porcentagem

25
20
15
10
5
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Ano

Alfredo Wagner Rural Alfredo Wagner Urbana Angelina Rural


Angelina Urbana Anitápolis Rural Anitápolis Urbana
Leoberto Leal Rural Leoberto Leal Urbana Major Gercino Rural
Major Gercino Urbana

Fonte: SED (2022d)

18
Gráfico 5 - Evolução taxa de distorção idade-série (2010 até 2020), municípios da segunda
etapa (Fundamental)

Ensnino Fundamental - Etapa 2


40
Porcentagem

30
20
10
0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Ano

Canelinha Rural Canelinha Urbana Imaruí Rural


Imaruí Urbana José Boiteux Rural José Boiteux Urbana
Santa Terezinha Rural Santa Terezinha Urbana Vitor Meireles Rural
Vitor Meireles Urbana São João do Sul Rural São João do Sul Urbana

Fonte: SED (2022d)

Na esfera do ensino médio, averiguando os municípios que fazem parte da primeira


etapa, é possível observar que existe uma maior parcela de localidades na qual a taxa de
distorção idade/série está aumentando, especificamente depois do ano de 2013 (Gráfico 6).
Este é outro fator que pode estar potencializando a infrequência escolar nessas localidades.
Este aumento também é observado em alguns municípios da etapa dois, com destaque para
algumas localidades rurais (Gráfico 7).

Gráfico 6 - Evolução taxa de distorção idade-série (2010 até 2020), municípios da primeira
etapa (Médio)

Ensino Médio - Etapa 1


40
Porcentagem

20

0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Ano

Alfredo Wagner Rural Alfredo Wagner Urbana Angelina Rural


Angelina Urbana Anitápolis Rural Anitápolis Urbana
Leoberto Leal Rural Leoberto Leal Urbana Major Gercino Rural
Major Gercino Urbana

Fonte: SED (2022d)

19
Gráfico 7 - Evolução taxa de distorção idade-série (2010 até 2020), municípios da segunda
etapa (Médio)

Ensino Médio - Etapa 2


60

50

40
Porcentagem

30

20

10

0
2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020
Ano

Canelinha Rural Canelinha Urbana Imaruí Rural


Imaruí Urbana José Boiteux Rural José Boiteux Urbana
Santa Terezinha Rural Santa Terezinha Urbana Vitor Meireles Rural
Vitor Meireles Urbana São Josão do Sul Rural São Josão do Sul Urbana

Fonte: SED (2022d)

Existem alguns fatores que podem agravar o aumento da taxa de distorção/série. No


caso do ensino médio, há a concorrência entre as atividades educativas e o trabalho. Nesta
fase, alguns estudantes acabam iniciando no mercado de trabalho, podendo gerar conflitos de
horário com as atividades desenvolvidas nas escolas, bem como falta de interesse em exercer
as duas atividades em conjunto.
Outro fator está na forma de como o ensino médio é aplicado nas escolas, utilizando
algumas metodologias desatualizadas para a atual década. Contudo a partir de 2017, foi
aprovado novas orientações para o ensino médio, conforme apresentado na lei nº
13.415/2017. Esse novo modelo será descrito com maiores detalhes, durante a etapa de
deflagração do diagnóstico deste presente relatório.

2.3.4 Indicador do nível Socioeconômico dos estudantes

Outro fator que tende a contribuir para aumentar as taxas de infrequência escolar é o
nível socioeconômico dos estudantes. As questões socioeconômicas podem se refletir

20
diretamente nas dificuldades encontradas pelos alunos, como por exemplo, na realização das
atividades escolares no âmbito familiar, assim como na questão do transporte para se deslocar
até a unidade escolar e dentre outros fatores que impactam diretamente a vida escolar dos
alunos.
Uma ferramenta interessante para averiguar a situação socioeconômica dos estudantes
é o Indicador de Nível Socioeconômico (Inse), construído pela Diretoria de Avaliação da
Educação Básica (Daeb), desenvolvido com base nos resultados do questionário envolvendo
alunos do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb) 2019. Esse indicador
possibilita:
[...] conhecer a realidade social de escolas e redes de ensino, bem
como auxiliar na implementação, no monitoramento e na avaliação de
políticas públicas, visando ao aumento da qualidade e da equidade
educacional (BRASIL, 2021 p.6).

Para a obtenção do indicador é aplicado um questionário em conjunto com as famílias


dos estudantes, que avalia diferentes características, como escolaridade do responsável,
quantidade de itens presentes nas casas dos estudantes, bem como a presença de itens
específicos, como, por exemplo, rede wi-fi e mesa para estudar (BRASIL, 2021). O resultado
é representado por níveis conforme descrito no quadro três. No quadro quatro é apresentado
os intervalos de níveis da escala, empregados para classificar o nível médio dos estudantes por
municípios.

Quadro 3 - Descrição dos níveis socioeconômicos dos estudantes


Níveis Descrição
Nível I Este é o nível inferior da escala, no qual os estudantes têm dois ou mais desvios-padrão abaixo
da média nacional do Inse. Considerando a maioria dos estudantes, o pai/responsável não
completou o 5º ano do ensino fundamental e a mãe/responsável tem o 5º ano do ensino
fundamental incompleto ou completo. A maioria dos estudantes deste nível possui uma
geladeira, um ou dois quartos, uma televisão e um banheiro. Mas não possui muitos dos bens e
serviços pesquisados (i.e., computador, carro, wi-fi, mesa para estudar, garagem, microondas,
aspirador de pó, máquina de lavar roupa e freezer).
Nível Neste nível, os estudantes estão entre um e dois desvios-padrão abaixo da média nacional do
II Inse. Considerando a maioria dos estudantes, a mãe/responsável e/ou o pai/responsável tem o
5º ano do ensino fundamental incompleto ou completo. A maioria possui uma geladeira, um ou
dois quartos, uma televisão e um banheiro. Mas não possui muitos dos bens e serviços
pesquisados, exceto uma parte dos estudantes deste nível passa a ter freezer, máquina de lavar
roupa e três ou mais quartos para dormir em sua casa.
Nível Neste nível, os estudantes estão entre meio e um desvio-padrão abaixo da média nacional do
III Inse. Considerando a maioria dos estudantes, a mãe/responsável e o pai/responsável têm o
ensino fundamental incompleto ou completo e/ou ensino médio completo. A maioria possui
uma geladeira, um ou dois quartos, uma televisão, um banheiro, wi-fi e máquina de lavar
roupas, mas não possui computador, carro, garagem e aspirador de pó. Parte dos estudantes
passa a ter também freezer e forno de micro-ondas

21
Nível Neste nível, os estudantes estão até meio desvio-padrão abaixo da média nacional do Inse.
IV Considerando a maioria dos estudantes, a mãe/responsável e o pai/responsável têm o ensino
fundamental incompleto ou completo e/ou ensino médio completo. A maioria possui uma
geladeira, um ou dois quartos, um banheiro, wi-fi, máquina de lavar roupas e freezer, mas não
possui aspirador de pó. Parte dos estudantes deste nível passa a ter também computador, carro,
mesa de estudos, garagem, forno de micro-ondas e uma ou duas televisões.
Nível Neste nível, os estudantes estão até meio desvio-padrão acima da média nacional do Inse.
V Considerando a maioria dos estudantes, a mãe/responsável tem o ensino médio completo ou
ensino superior completo, o pai/responsável tem do ensino fundamental completo até o ensino
superior completo. A maioria possui uma geladeira, um ou dois quartos, um banheiro, wi-fi,
máquina de lavar roupas, freezer, um carro, garagem, forno de micro-ondas. Parte dos
estudantes deste nível passa a ter também dois banheiros.
Nível Neste nível, os estudantes estão de meio a um desvio-padrão acima da média nacional do Inse.
VI Considerando a maioria dos estudantes, a mãe/responsável e/ou o pai/responsável têm o ensino
médio completo ou o ensino superior completo. A maioria possui uma geladeira, dois ou três
ou mais quartos, um banheiro, wi-fi, máquina de lavar roupas, freezer, um carro, garagem,
forno de micro-ondas, mesa para estudos e aspirador de pó. Parte dos estudantes deste nível
passa a ter também dois ou mais computadores e três ou mais televisões.
Nível Neste nível, os estudantes estão de um a dois desvios-padrão acima da média nacional do Inse.
VII Considerando a maioria dos estudantes, a mãe/responsável e/ou o pai/responsável têm ensino
médio completo ou ensino superior completo. A maioria possui uma geladeira, três ou mais
quartos, um banheiro, wi-fi, máquina de lavar roupas, freezer, um carro, garagem, forno de
micro-ondas, mesa para estudos e aspirador de pó. Parte dos estudantes deste nível passa a ter
também dois ou mais carros, três ou mais banheiros e duas ou mais geladeiras.
Nível Este é o nível superior da escala, no qual os estudantes estão dois desvios-padrão ou mais
VIII acima da média nacional do Inse. Considerando a maioria dos estudantes, a mãe/responsável
e/ou o pai/responsável têm ensino superior completo. Além de possuírem os bens dos níveis
anteriores, a maioria dos estudantes deste nível passa a ter duas ou mais geladeiras, dois ou
mais computadores, três ou mais televisões, três ou mais banheiros e dois ou mais carros.
Fonte: Elaborado por Daeb/Inep apud Brasil, 2021 p.10 -11)
Quadro 4 - Intervalos dos níveis por escala
Nível Faixa da escala
I Até 3,00
II 3,00 a 4,00
III 4,00 a 4,50
IV 4,50 a 5,00
V 5,00 a 5,50
VI 5,50 a 6,00
VII 6,00 a 7,00
VIII 7,00 ou mais
Fonte: Elaborado por Daeb/Inep baseado em Brasil. Inep (2021) apud Brasil, 2021 p. 10) adaptado pelos autores

Observando os municípios que fazem parte da primeira e segunda fase do


monitoramento do programam Gente Catarina, a média do indicador de nível socioeconômico
dos alunos das unidades escolares de acordo com o quadro quatro, representa que os
estudantes, em sua grande maioria, se encontram no nível V, conforme apresentado no quadro
três. A maioria possui mãe/responsável com o ensino médio completo ou ensino superior
completo e o pai/responsável têm o ensino fundamental completo até o ensino superior

22
completo. Também possuem como bens geladeira, um ou dois quartos, um banheiro, wi-fi,
máquina de lavar roupas, freezer, um carro, garagem, forno de micro-ondas (Quadro 3).
Todavia é importante enfatizar que o município de Alfredo Wagner apresenta alguns
estudantes no nível um e todos os demais municípios possuem estudantes no nível dois.
Nestes níveis os estudantes não têm acesso a computadores e rede wi-fi, o que pode dificultar
algumas atividades relacionadas ao ensino (Quadro 5 e 6).

Quadro 5 - Indicador de nível socioeconômico por município - Primeira etapa


Percentual de alunos da Escola classificados no Nível
Ano Nome Município Localização Alunos* Média* I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII.

2019 Alfredo Wagner Urbana 198 5,5339 0,65 1,37 7,32 13,36 23,28 28,07 23,81 2,15
2019 Alfredo Wagner Rural 56 5,4044 0 0 2,86 22,6 38,45 19 17,1 0
2019 Angelina Urbana 121 5,6477 0 0,76 3,55 9,46 25,89 31,11 25,92 3,31
2019 Angelina Rural 86 5,1605 0 0 11,58 21 45,43 18,42 2,49 1,08
2019 Anitápolis Urbana 98 5,6247 0 1,92 4,93 11,93 27,24 23,41 26,92 3,65
2019 Leoberto Leal Urbana 110 5,479 0 1,07 6,53 13,02 23,81 35,56 20,01 0
2019 Major Gercino Urbana 75 5,4638 0 6,42 2,47 19,09 25,68 20,25 26,09 0
2019 Major Gercino Rural 32 5,3112 0 3,2 9,6 9,26 33,84 31,48 12,63 0
Legenda: Alunos*: Quantidade de alunos INSE calculado; Média*: Média do Indicador de Nível
Socioeconômico dos alunos da escola. Fonte: (SED, 2019)

Quadro 6 - Indicador de nível socioeconômico por município - Segunda etapa


Percentual de alunos da Escola classificados no Nível
Nome
Ano Localização Alunos* Média* I. II. III. IV. V. VI. VII. VIII.
Município
2019 Canelinha Urbana 253 5,3928 0 2,83 6,69 19,57 23,44 27,93 19,18 0,36
2019 Canelinha Rural 68 5,2471 0 2,49 8,64 26,52 29,3 22,35 9,06 1,64
2019 Imaruí Urbana 123 5,5139 0 2,48 5,14 16,58 23,57 31 18,79 2,45
2019 Imaruí Rural 157 5,2539 0 0 16,56 18,92 30,61 20,39 12,37 1,15
2019 José Boiteux Urbana 108 5,4717 0 0,99 7,08 19,43 21,69 27,33 22,43 1,04
2019 José Boiteux Rural 83 5,0169 0 5,45 14,65 30,13 30,61 11,26 7,89 0
2019 Santa Terezinha Urbana 116 5,1649 0 4,5 14,18 16,25 35,34 21,35 7,57 0,8
2019 Santa Terezinha Rural 148 5,1114 0 7,6 9,91 23,35 30,79 19,28 9,07 0
2019 Vitor Meireles Urbana 125 5,408 0 2,19 5,22 17,39 34,32 23,64 16,61 0,62
2019 Vitor Meireles Rural 26 5,384 0 0 3,69 26,77 19,38 38,77 11,38 0
186 5,2436 0 3,63 9,34 19,56 30,91 24,77 10,63 1,16
2019 São João do Sul Urbana
47 5,1069 0 4,09 6,73 29,69 36,66 20,91 1,92 0
2019 São João do Sul Rural
Legenda: Alunos*: Quantidade de alunos INSE calculado; Média*: Média do Indicador de Nível
Socioeconômico dos alunos da escola. Fonte: (SED, 2019)

23
2.3.5 Abandono escolar

Na questão do abandono escolar, entre agosto e dezembro de 2021, na primeira etapa


do projeto de monitoramento, Alfredo Wagner detêm a maior quantidade de estudantes com
registros no Programa Aviso Por Infrequência do Aluno (APOIA) (Quadro 7). Contudo em
comparação com as matrículas realizadas em 2021 no município, apresenta apenas 1% de
registros no APOIA (Gráfico 8). Já na etapa dois, os municípios com as maiores taxas de
abandono, em ordem decrescente são as localidades de Imaruí, Vitor Meireles e José Boiteux
respectivamente com 35, 29 e 24 estudantes registrados no APOIA. Dentre esses três
municípios, Vitor Meireles apresenta a maior porcentagem de registros, contabilizando 3% de
registros no APOIA em relação às matrículas realizadas em 2021 (Gráfico 8).

Quadro 7 – Registros no APOIA por município


Municípios Total de escolas com Total de estudantes com
Total de registro no APOIA registros no APOIA registro no APOIA
Etapa 1
Alfredo Wagner 22 2 22
Angelina 8 2 8
Anitápolis 0 0 0
Leoberto Leal 7 2 5
Major Gercino 3 2 3
Etapa 2
Canelinha 36 1 5
Imaruí 27 8 35
Jose Boiteux 14 4 24
Santa Terezinha 30 4 14
Vitor Meireles 36 6 29
São João do Sul Obs: Informações indisponíveis da cidade durante a coleta – Site fora do ar
Fonte: Registros realizados de agosto a dezembro de 2021 (SED, 2021)

Gráfico 8 - Relação percentual de registros no APOIA em relação às matrículas realizadas no


ano de 2021

Abandano escolar 2021

10%

5% 3%
2% 2%
1% 1% 1% 1% 1%
0% 0%
0%
Alfredo Angelina Anitápolis Leoberto Major Canelinha Imaruí Jose Santa Vitor
Wagner Leal Gercino Boiteux Terezinha Meireles

Fonte: Dados de abandono de agosto a dezembro de 2021. (SED, 2021) e (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO,
2021)

24
Apenas no município de Canelinha foram utilizados os dados das matrículas de 2020
para a realização do comparativo, pois o município tem unidades educacionais particulares
que não estavam presentes no censo de 2021 (Gráfico 8).

Estudantes que não frequentavam a escola (Censo 2010)

Todos os municípios da primeira etapa apresentaram valores elevados para a


frequência de estudantes que não frequentavam a escola com idades entre 16 e 17 anos.
Leoberto leal apresentou a maior porcentagem sendo 39%. Contudo chama a atenção três
municípios, Alfredo Wagner, Angelina e Major Gercino com estudantes que não
frequentavam a escola na faixa de idade de 10 a 13 anos (Gráfico 9).

Gráfico 9 - Porcentagem referente ao total de estudantes que não frequentavam a escola em


2010 – Etapa um

Porcentagem em relação a idade

Alfredo Wagner

Angelina
16 ou 17 anos
Anitápolis
14 ou 15 anos
Leoberto Leal 10 a 13 anos

Major Gercino

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Fonte: IBGE: Censo (2010)

No grupo de municípios referentes à etapa dois, o Município de Canelinha apresentou


40% e Vitor Meireles 42% de estudantes que não frequentavam a escola com idades entre 16
ou 17 anos. Outro ponto que traz preocupação, apesar de ser uma porcentagem menor em
comparação com as demais faixas de idade, está no grupo de 10 a 13 anos que confirmou a
existência em todos os municípios da segunda fase de estudantes que não estão participando
das aulas (Gráfico 10).

25
Gráfico 10 - Porcentagem referente ao total de estudantes que não frequentavam a escola em
2010 – Etapa 2

Porcentagem em relação a idade

Canelinha

Imaruí

José Boiteux 16 ou 17 anos

São João do Sul 14 ou 15 anos


10 a 13 anos
Santa Terezinha

Vitor Meireles

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Fonte: IBGE: Censo (2010)

2.3.6 Educação Indígena

Durante a realização deste presente estudo diagnóstico, foram identificados municípios


com a presença de aldeias indígenas em seus territórios.

No estado de Santa Catarina, existem aproximadamente 16 mil indígenas vivendo


em 27 Terras Indígenas demarcadas ou em processo de demarcação, pertencentes a
três povos distintos: Povo Kaingang, com maior contração no Oeste; Povo Guarani
Mbya e Nhandeva, com maior concentração na região litorânea; Povo
Laklãnõ/Xokleng, concentrado no Alto Vale do Itajaí (SANTA CATARINA, 2019,
p92.)

Nos municípios de José Boiteux, Canelinha e Major Gercino foram observados a


presença da educação indígena, contemplando seis unidades educacionais de acordo com o
quadro oito.

Quadro 8 - Relação da quantidade de unidades escolares que ofertam educação indígena

Municípios Quantidade de unidades escolares


José Boiteux 4
Canelinha 1
Major Gercino 1
Fonte: INEPDATA (2022), SED (2022c) e ESCOLAS.ORG (2022)

26
2.3.8 Investimentos na Educação

Nos municípios monitorados em 2019 houve investimentos entre 3,22% a 7,10% em


relação ao seu PIB. A média entre o grupo dos 11 municípios foi de 5%, todavia alguns
municípios estão investindo abaixo de 4%. Neste caso a destaque para os municípios de
Alfredo Wagner e Angelina com respectivamente 3,22% e 3,67% (Quadro 9).

Quadro 9 - Porcentagem do PIB municipal investimento na área da educação em 2019

Valor Liquidado Gastos educação


Municípios Educação Valor PIB em relação ao PIB
Alfredo Wagner R$ 8.699.025,22 R$ 270.029.703,00 3,22%
Angelina R$ 4.891.243,50 R$ 133.382.626,00 3,67%
Anitápolis R$ 4.106.222,47 R$ 62.259.069,00 6,60%
Leoberto leal R$ 4.126.537,83 R$ 97.975.227,00 4,21%
Major Gercino R$ 3.339.628,26 R$ 52.370.164,00 6,38%
Canelinha R$ 10.274.455,57 R$ 206.053.489,00 4,99%
ImaruÍ R$ 11.128.364,79 R$ 196.002.027,00 5,68%
José Boiteux R$ 7.587.890,37 R$ 106.904.312,00 7,10%
Santa Terezinha R$ 8.429.096,76 R$ 193.936.048 4,35%
Vitor Meireles R$ 5.249.495,84 R$ 118.888.250,00 4,42%
São João do Sul R$ 9.137.833,41 R$ 204.292.155,00 4,47%
Fonte: (TCE/SC, 2022)

De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico


(OECD) em 2018 o Brasil gastava com um estudante da educação básica a média anual de
3.800 dólares (OECD, 2018). Realizando conversão direta com dólar cotado em 2018 no
valor de R$ 3,87 o Brasil investia R$ 14.706 por estudante anualmente. No quadro 10 é
possível observar o valor estimado investido por municípios participantes do programa Gente
Catarina no ano de 2019.
Levando em consideração o valor liquidado na educação em relação ao número de
matrículas no mesmo ano, é possível observar que o valor estimado por estudante partiu de
8.380,56 reais em Alfredo Wagner, chegando até 14.095,80 reais em Angelina. Conforme
observado anteriormente apesar do Município de Angelina investir baixo porcentual do seu
PIB em educação, por haver uma menor quantidade de matrículas na rede municipal, é
notável a diferença final no investimento individual por aluno. Além disso, o município é um
dos únicos que proporciona remuneração consideravelmente superior ao piso salarial nacional
do professor, conforme será apresentado no decorrer desse monitoramento.

27
Quadro 10 - Comparativo do investimento por aluno no ano de 2019

Estudante
Valor Liquidado Quantidade de
Municípios Educação matrículas Anual Mensal
R$ 8.699.025,22 1038 8.380,56 R$ 847,86
Alfredo Wagner
R$ 4.891.243,50 347 14.095,80 R$ 1.684,31
Angelina
R$ 4.106.222,47 326 12.595,77 R$ 1.226,47
Anitápolis
R$ 4.126.537,83 381 10.830,81 R$ 1.088,22
Leoberto leal
R$ 3.339.628,26 312 10.703,94 R$ 1.001,09
Major Gercino
R$ 10.274.455,57 1233 8.332,89 R$ 937,79
Canelinha
R$ 11.128.364,79 1366 8.146,68 R$ 770,88
ImaruÍ
R$ 7.587.890,37 871 8.711,70 R$ 857,97
José Boiteux
R$ 8.429.096,76 890 9.470,90 R$ 962,23
Santa Terezinha
R$ 5.249.495,84 571 9.193,51 R$ 930,76
Vitor Meireles
R$ 9.137.833,41 1138 8.029,73 R$ 669,14
São João do Sul
Fonte: TCE/SC (2022)

Salário base dos professores

Um ponto forte que potencializa o ensino é a valorização dos profissionais da


educação. Quando um profissional tem uma boa remuneração se sente valorizado para
desempenhar seu papel com mais qualidade. No quadro 11 é apresentado um comparativo
que detalha a diferença salarial dos profissionais com base em informações dos anos de 2020
e 2021 coletadas de editais de concursos dos respectivos municípios. Com exceção de
Angelina, todas as localidades apresentavam salários muito próximos do piso nacional.
Vitor Meireles foi o único município que não detalhou nos editais o valor do salário
base de professor. Apenas em Canelinha foi identificado valores abaixo do piso salarial de
2021 de acordo a publicação dos editais (Quadro 11).

28
Quadro 11 - Comparativo do salário inicial dos professores por município
Ano Edital
Município Piso salarial em 2021
2020 2021
Alfredo Wagner - R$ 2.886,24 PS nº01/2021
Angelina R$ 3.508,98 - PS nº01/2020
Anitápolis - R$ 2.886,14 PS nº01/2021
Leoberto Leal - R$ 2.886,24 PS nº02/2021
Major Gercino - R$ 3.016,70 PS nº02/2021
Canelinha - R$ 1.904,96 PS nº06/2021 R$ 2.886,00
Imaruí - R$ 2583,51 PS nº01/2021
José Boiteux - R$ 2.936,57 PS nº03/2021
Santa Terezinha - R$ 2.886,24 PS nº01/2021
Vitor Meireles - - PS nº01/2021
São João do Sul R$ 2.866,86 PS nº02/2020
Legenda: PS: Processo Seletivo. Fonte: Editais de concursos realizados entre os anos de 2020 e 2021, publicados
pelas prefeituras

2.3.9 Nível de escolaridade da população

De acordo com dados do IBGE na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios


Contínua Anual (PNAD) de 2019, foi observado no Brasil uma taxa aproximada de 7% de
brasileiros analfabetos no país com 18 anos ou mais. No gráfico onze é possível observar a
diferença entre a média do país, do estado de santa Catarina e a taxa do município de
Florianópolis.

Gráfico 11 - Porcentagem de analfabetismo da população brasileira

Taxa de analfabetismo população 2019


18 anos ou mais

Brasil 6,9%

Santa Catarina 2,4%

Florianópolis 1,6%

Fonte: IBGE (2019)

Com base no último Censo de 2010, sobre a faixa que compreende as crianças e
adolescentes da etapa um é possível observar que apenas um município não registrou a

29
presença de analfabetismo em sua população. O maior percentual é do município de Leoberto
Leal que apresentou 6,6% da população com idade entre 16 ou 17 anos. No perfil que engloba
a faixa de 10 a 13 anos o analfabetismo é presente em dois municípios. Angelina e Anitápolis
com 1% e 0,9% respectivamente (Gráfico 12).

Gráfico 12 - Percentual de analfabetismo de acordo com diferentes grupos de idade – Etapa


um

Crianças e Adolescentes analfabetas

Alfredo Wagner

Angelina
16 ou 17 anos
Anitápolis
14 ou 15 anos
Leoberto Leal 10 a 13 anos

Major Gercino

0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0%

Fonte: IBGE (2010)

Já na etapa dois os municípios apresentaram índices menores de analfabetismo. Dois


municípios, sendo José Boiteux e São João do Sul não apresentara percentagem nos três
grupos analisados. A maior taxa observada foi do município de canelinha com 2,4% referente
ao grupo de 10 a 13 anos. Canelinha também apresentou porcentagens consideráveis nos
grupos (14 ou 15 anos) e (16 ou 17 anos) (Gráfico 13).

Gráfico 13 - Percentual de analfabetismo de acordo com diferentes grupos de idade – Etapa


dois

Crianças e Adolescentes analfabetas


Canelinha
Imaruí
José Boiteux 16 ou 17 anos
São João do Sul 14 ou 15 anos
Santa Terezinha 10 a 13 anos
Vitor Meireles

0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0%

Fonte: IBGE (2010)

30
Escolaridade da população

No âmbito da escolarização, averiguando os municípios da primeira etapa, observa-se


que as pessoas com 25 anos ou mais, estavam em 2010 no grupo “Sem instrução e
fundamental incompleto” com porcentagens superiores a 70%. O Segundo maior grupo da
etapa um compreende o ensino médio completo e superior incompleto contemplando entre
8% e 11% da população (Gráfico 14).

Gráfico 14 - Nível de instrução das pessoas de 25 anos ou mais de idade, residentes em


domicílios particulares nos municípios da etapa um

Nivel de instrução - Etapa 1


90%
80%
70%
60%
Alfredo Wagner
50%
Angelina
40%
30% Anitápolis
20% Major Gercino
10%
Leoberto Leal
0%
Sem Fundamental Médio Superior Não
instrução e completo e completo e completo determinado
fundamental médio superior
incompleto incompleto incompleto

Fonte: IBGE: Censo (2010)

Na etapa dois, apesar de semelhante as taxas são minimamente menores no que diz
respeito ao nível sem instrução e fundamental incompleto. O Município de Canelinha
apresentou taxas menores que 70%. A destaque também para índices maiores que o grupo um
no que diz respeito ao ensino fundamental completo e ensino médio incompleto, bem como
para o ensino médio completo e superior incompleto, com destaque para São João do Sul
apresentando 14% da sua população nesse nível de ensino (Gráfico 15).

31
Gráfico 15 - Nível de instrução das pessoas de 25 anos ou mais de idade, residentes em
domicílios particulares nos municípios da etapa dois

Nivel de instrução - Etapa 2


90%
80%
70%
60% Canelinha
50% Imaruí
40% José Boiteux
30% Santa Terezinha
20%
Vitor Meireles
10%
São João do Sul
0%
Sem instrução e Fundamental Médio completo Superior Não
fundamental completo e e superior completo determinado
incompleto médio incompleto
incompleto

Fonte: IBGE: Censo (2010)

2.3.10 Ensino de Jovens e adultos (EJA)

Nos municípios que fazem parte da região de Rio do Sul, foi observado a
disponibilidade do Ensino de Jovens e adultos (EJA) sendo ofertado pelo estado. Dos 11
municípios averiguados nas duas etapas do programa, oito apresentam matrículas em 2022
pela esfera estadual, conforme descrito no quadro 12. Vale destacar que em 2022 não ocorreu
atendimento na modalidade do EJA em três municípios sendo, Angelina, José Boiteux e São
João do Sul.

Quadro 12 – Quantidade de matrículas da EJA realizadas na esfera estadual em 2022


EJA
Cód Ens. Fund. Total de
Município Nome da UE Ens.
SISGESC Anos Anos Matrículas
Médio
Iniciais Finais
ALFREDO UD DE ALFREDO
WAGNER 703575 WAGNER - 20 36 56
ANITÁPOLIS 153699 UD DE ANITAPOLIS - 3 9 12
CANELINHA 703834 UD DE CANELINHA - 24 13 37
IMARUÍ 153460 UD DE IMARUI - - 22 22
LEOBERTO LEAL 703532 UD DE LEOBERTO LEAL - 20 41 61
MAJOR GERCINO 703796 UD DE MAJOR GERCINO - 4 9 13
VITOR MEIRELES 703443 UD DE VITOR MEIRELES - 14 - 14
SANTA UD DE SANTA
TEREZINHA 703290- TEREZINHA - - 9 9
Fonte: Levantamento realizado pela Secretaria Estadual de Educação de Santa Catarina em 2022

32
Com base em dados obtidos da Secretaria de Educação Estadual de 2021 é possível
identificar alunos do município participando do EJA em apenas duas cidades, envolvendo a
esfera municipal e particular (Quadro 13). Conforme evidenciado no quadro anterior a maior
parcela dos estudantes estão matriculados na rede estadual. Vale destacar que a responsável
por essa oferta de ensino é a própria rede estadual.

Quadro 13 - Número de matrículas da EJA realizadas nas esferas municipais e particulares


em 2021
EJA
Município Ens. Fund. Total de Matrículas
Ens. Médio
Municipal
Canelinha 6 6
São João do Sul 36 24 60
Fonte: (SED, 2022e)

2.3.11 Trabalho Infantil

Com base no último Censo realizado pelo IBGE (2010) foi possível observar a
presença do trabalho infantil em todos os municípios que compõem a região de Rio do Sul.
Os valores mais elevados são dos municípios de Leoberto Leal, Vitor Meireles e Angelina
com respectivamente 34,9%, 33,5% e 33,2% das crianças com idade entre 10 a 13 anos
desenvolvendo atividades profissionais (formal ou informal) durante o ano de 2010 (Gráfico
16).

Gráfico 16 - Percentual de crianças que exerciam atividades profissionais (formal ou


informal, remunerada ou não) durante o ano de 2010

Crianças de 10 a 13 anos
40,0%
35,0%
30,0%
Título do Eixo

25,0%
20,0%
15,0%
10,0%
5,0%
0,0%
Alfredo Leoberto Major José São João Santa Vitor
Angelina Anitápolis Canelinha Imaruí
Wagner Leal Gercino Boiteux do Sul Terezinha Meireles
Total 20,7% 33,2% 18,3% 34,9% 15,9% 7,2% 10,3% 10,2% 16,0% 18,1% 33,5%

Fonte: IBGE: Censo (2010)

33
É relevante destacar que o trabalho infantil impacta diretamente sobre a frequência
escolar dos estudantes. Muitos alunos ao ajudarem suas famílias com as atividades
trabalhistas não conseguem conciliar com sua participação nas aulas. Em alguns casos,
mesmo frequentando a escola os estudantes apresentam baixo desempenho escolar, pois
geralmente estão cansados, bem como não tem tempo disponível para realizar as tarefas
escolares em suas casas.
A eliminação do trabalho infantil em especial nas atividades agropecuárias familiares
é algo essencial para melhorar a qualidade da vida do estudante. Ao atingir esse objetivo
possibilita-se impactos positivos diretamente no IDH em específico na área da educação,
portanto é uma ação relevante de ser averiguada para todos os municípios da região de Rio do
Sul, visto que a presença é confirmada em todos.

2.3.12 Taxa de reprovação

Outro importante indicador que influência o IDHe é a taxa de reprovação. Conforme


observado nos municípios da primeira etapa a taxa referente ao ensino fundamental subiu
atingindo o seu ápice, na grande maioria das cidades, durante os anos de 2014 e 2018.
Todavia, nos últimos anos essa taxa diminuiu consideravelmente. Esse fenômeno se repetiu
com os municípios da fase dois (gráfico 17), contudo em comparação com a primeira etapa a
variação entre taxas mais baixas e mais altas é menor.

Gráfico 17 - Evolução da taxa de reprovação no ensino fundamental – Fase um

Ensino Fundamental - Etapa 1


25,0%
2010

2011
20,0%
2012

2013
15,0%
2014

2015
10,0%
2016

2017
5,0% 2018

2019
0,0% 2020
Alfredo Wagner Angelina Anitápolis Leoberto Leal Major Gercino

Fonte: IBGE: Censo (2010)

34
Na fase um, Anitápolis em 2016 apresentou 21,4% de reprovação no ensino
fundamental, contudo em 2020 o município apresentou apenas 2,1%. Essa diminuição
acentuada pode estar associada com a pandemia de corona vírus, pois devido as novas
estratégias empregadas para conter a propagação do vírus as aulas foram ministradas de forma
remota o que pode ter impossibilitado um diagnóstico mais acurado pelos professores.
Na fase dois em específico no ano de 2020, três municípios apresentara na esfera do
ensino fundamental taxas elevadas de reprovação, sendo Canelinha com 7,0%, Vitor Meireles
com 5,3% e José Boiteux com 4,7% (Gráfico 18). Todavia é importante destacar que todos os
municípios desta etapa apresentaram considerável diminuição em relação ao ano anterior de
2019. Reforçando o possível impacto causado pelo novo modelo de ensino, adotado
excepcionalmente durante a pandemia.

Gráfico 18 - Evolução da taxa de reprovação no ensino fundamental – Fase dois

Ensino Fundamental - Etapa 2


25,0%
2010
2011
20,0%
2012

15,0% 2013
2014
10,0% 2015
2016
5,0% 2017
2018
0,0%
2019
Canelinha Imaruí São João do Santa José Boiteux Vitor
2020
Sul Terezinha Meireles

Fonte: IBGE: Censo (2010)

Para a esfera do ensino médio, os municípios da fase um, apresentaram entre os anos
de 2013 a 2019 as maiores taxas de reprovação. Também é importante comentar que nesse
nível de ensino foram evidenciadas as maiores taxas de reprovação no contexto geral
envolvendo ensino fundamental e médio. Entre os exemplos, temos Alfredo Wagner que em
2014 apresentou 21,8% e em 2019 Major Gercino apresentou 21,9% (Gráfico 19).

35
Gráfico 19 - Evolução da taxa de reprovação no ensino médio – Fase um

Ensino Médio - Etapa 1


25,0% 2010

2011
20,0% 2012

2013
15,0%
2014

2015
10,0%
2016

2017
5,0%
2018

2019
0,0%
2020
Alfredo Wagner Angelina Anitápolis Leoberto Leal Major Gercino

Fonte: IBGE: Censo (2010)

Já na fase dois as maiores taxas foram observadas no ano de 2020. Vitor Meireles
apresentou 17% e São João do Sul 22,6% (Gráfico 20). Esses altos índices podem estar
associados com as elevadas taxas de infrequências que os estudantes apresentam nessa fase do
ensino, o que possivelmente poderia potencializar reprovação por frequência, em especial pela
modalidade que foi ofertado o ensino em decorrência da pandemia.

Gráfico 20 - Evolução da taxa de reprovação no ensino médio – Fase dois

Ensino Fundamental - Etapa 2


25,0%
2010

20,0% 2011

2012
15,0% 2013

2014
10,0%
2015
5,0% 2016

2017
0,0%
2018
Canelinha Imaruí São João do Santa José Boiteux Vitor Meireles
2019
Sul Terezinha

Fonte: IBGE: Censo (2010)

36
2.4 INFORMAÇÕES ESPECÍFICAS SOBRE OS MUNICÍPIOS

2.4.1 Alfredo Wagner

O município de Alfredo Wagner compõe a bacia do Itajaí, a maior do estado de Santa


Catarina com 15.500 km (REIS, 2015). Alfredo Wagner, apresenta relevo acidentado com
considerável risco de enchentes, em virtude da sede urbana, ficar localizada no fundo de um
vale, e na sua grande parte ocupando áreas ciliares desmatadas, próximas a três rios de forte
correnteza (SILVA, 2013).
No aspecto da vegetação o município está inserido em uma localidade que
compreende a vegetação primária da Floresta Latifoliada, sendo possível citar, dois tipos de
composições vegetais presentes nessa categoria, sendo a Floresta Ombrófila Densa, conhecida
como Mata Atlântica e encontrada principalmente nas áreas de altitude mais baixas, bem
como a Floresta Ombrófila Mista, popularmente conhecida como Floresta de Araucárias,
localizada originalmente em locais de maior altimetria (REIS, 2015).
De acordo com o estudo de Oliveira (2005) que analisou o uso e cobertura do solo no
Município de Alfredo Wagner é possível elencar cinco classes: (1) agropecuária, envolvendo
o cultivo de cebola, pastagem mista (plantada e natural) e agroindústria; (2) reflorestamento,
com expressiva presença das espécies Eucalipto e Pinus; (3) solo exposto, sem cobertura
devido à consequências das atividades antrópicas; (4) vegetação secundária, apresentando
vários estágios de regeneração e (5) área urbana.
Cabe destacar que nos últimos treze anos a cebola é uma das culturas mais plantadas
em Alfredo Wagner, município no qual é possível encontrar outras lavouras como o fumo,
batatas, feijão, arroz e milho (OLIVEIRA, 2005).

Características educacionais

Em 2022 Alfredo Wagner apresenta nove escolas municipais e duas escolas estaduais.
Atualmente, neste município não existem unidades particulares na rede regular de ensino e
nem entidades de nível superior. No quadro 14 é possível verificar as unidades escolares que
estarão inseridas no monitoramento do programa Gente Catarina. Do total das unidades 55%
estão localizadas em áreas rurais.

37
Quadro 14 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Alfredo Wagner
CO* Municipais
AF1 Unidade: CMEI Angela Amim
Código INEP: 42097231
Endereço: Rua Joao de Deus, Centro. 88450-000 Alfredo Wagner - SC.
Telefone: (48) 32762024
Modalidades: Educação Infantil
AF2 Unidade: EI Lomba Alta
Código INEP: 42097495
Endereço: Estrada Geral Lomba Alta, Lomba Alta. 88450-000 Alfredo Wagner - SC.
Telefone: (48) 91171269
Modalidades: Ensino Fundamental
AF3 Unidade: EB Passo da Limeira
Código INEP: 42097533
Endereço: SC 350 - Passo da Limeira, Passo da Limeira. 88450-000 Alfredo Wagner - SC.
Telefone: (48) 984197890
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
AF4 Unidade: EI Mun Rio Adaga
Código INEP: 42097584
Endereço: Estrada Geral Rio Adaga, Rio Adaga. 88450-000 Alfredo Wagner - SC.
Telefone: (48) 40621980
Modalidades: Ensino Fundamental
AF5 Unidade: EI Mun Rio Lessa
Código INEP: 42097630
Endereço: Estrada Geral Rio Lessa, Rio Lessa. 88450-000 Alfredo Wagner - SC.
Telefone: (48) 32761001
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
AF6 Unidade: ER Balcino Matias Wagner
Código INEP: 42106567
Endereço: Rua Padre Cristovao Arnold, Sn, 00 Estreito. 88450-000 Alfredo Wagner - SC.
Telefone: (48) 32761758
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
AF7 Unidade: CEI Mun Primeiros Passos
Código INEP: 42144086
Endereço: Rua Pascoal Martini, 54, CENTRO. 88450-000 Alfredo Wagner - SC.
Telefone: (48) 32762023
Modalidades: Educação Infantil
AF8 Unidade: SCFV- Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vinculo
Código INEP: 42258200
Endereço: Estrada Geral de Demoras, Demoras. 88450-000 Alfredo Wagner - SC.
Telefone: Não Informado
Modalidades: Ensino Fundamental
AF9 Unidade: EI Picadas
Código INEP: 42097550
Endereço: Não Informado
Telefone: Não Informado
Modalidades: Ensino Fundamental
C* Estaduais
AF10 Unidade: EEB Silva Jardim
Código INEP: 42097720
Endereço: Rua Anitápolis, 175 Salas. CENTRO. 88450-000 Alfredo Wagner - SC.
Telefone: (48) 36655508
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
AF12 Unidade: UD de Alfredo Wagner
Código INEP: 42147433
Endereço: Jose de Anchieta, 119 2º Andar. Centro. 88450-000 Alfredo Wagner - SC.
Telefone: (48) 36657397
Modalidades: Educação de Jovens Adultos, Educação Especial
Legenda: CO*: Código da escola de acordo com seu município de origem. Fonte: INEPDATA (2022), SED
(2022c) e ESCOLAS.ORG (2022)

38
Vale destacar que de acordo com Cunha (2021) a educação do município de Alfredo
Wagner sofreu algumas modificações no decorrer dos anos. Inicialmente existiam as escolas
conhecidas como isoladas, em outras palavras, escolas pequenas em que um profissional da
educação atuava em todas as disciplinas, incorporando turmas da primeira à quarta série. De
acordo com o autor essas eram escolas recorrentes no município, inseridas nas comunidades
do interior e ficavam relativamente próximas as casas dos alunos.
Todavia, com o passar dos anos essas unidades escolares foram fechadas e no ano de
2000 foi construída a Escola Básica Passo da Limeira, unidade municipal nucleada, localizada
próximo de uma rodovia, facilitando acesso de várias comunidades (CUNHA, 2021).
Contudo, o autor apresenta algumas informações que demonstram dificuldades para
que os estudantes que residem no interior cheguem à escola. Alguns alunos necessitam usar o
transporte escolar, em alguns casos viajam distâncias superiores a trinta quilômetros, sendo
necessário sair de casa cedo antes de realizar refeições como café da manhã ou almoçar.
Outro ponto é a má condição das estradas que nos dias de chuva ficam difíceis de transitar
(CUNHA, 2021). Fatores como os citados anteriormente pelo autor interferem diretamente no
desempenho escolar.
Na comparação das matrículas Alfredo Wagner apresenta como média 1752
matrículas anuais, referente aos últimos sete anos. O ano de 2017 apresentou o maior número
de matrículas e 2016 o menor. A maior parte dos estudantes encontram-se matriculados na
rede estadual de ensino (Quadro 15).

Quadro 15 - Matrículas realizadas na cidade de Alfredo Wagner durante os anos de 2015 até
2021
Ano Esfera Pré-escola Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio Total geral
Municipal 243 408 167
2021 Estadual 178 404 352
Total 243 586 571 352 1752
Municipal 254 410 184
2020 Estadual 176 415 331
Total 254 586 599 331 1770
Municipal 215 444 196
2019 Estadual 176 413 304
Total 215 620 609 304 1748
Municipal 188 484 395
2018 Estadual 172 195 293
Total 188 656 590 293 1727
Municipal 197 652 396
2017 Estadual 161 205 221
Total 197 813 601 221 1832

39
Municipal 176 522 409
2016 Estadual 150 174 269
Total 176 672 583 269 1700
Municipal 170 541 374
2015 Estadual 167 169 318
Total 170 708 543 318 1739
Fonte: (SED, 2022d) e (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2021)

Alfredo Wagner apresentava uma taxa de distorção idade/série alta no ensino


fundamental especialmente durante os anos de 2010 e 2011, contudo essa taxa diminuiu
consideravelmente em 2020 (Quadro 16). Todavia no município a maior distorção, está
relacionada com o ensino médio que vem se mantendo em alta nos últimos sete anos. Em
2015 chegou a 27%, caindo para 19% em 2021 (Quadro 16). No gráfico 21 é possível
observar essa prevalência no ensino médio durante praticamente todo o período analisado.

Quadro 16 - Dados sobre a distorção idade/série dos estudantes de Alfredo Wagner


Ensino Ensino
Ano Fundamental Médio Ano Fundamental Médio
2010 21% 20% 2016 16% 22%
2011 20% 19% 2017 16% 22%
2012 16% 15% 2018 14% 21%
2013 13% 17% 2019 14% 21%
2014 15% 23% 2020 13% 22%
2015 15% 27% 2021 9% 19%
Fonte: (SED, 2022d)

Gráfico 21 - Comparativo da distorção idade/série entre nível fundamental e médio em


Alfredo Wagner

Comparativo - Ensino Fundamental e médio

40%

20%

0%
2010 2011
2012 2013
2014 2015
2016 2017
2018 2019 2020 2021

Ensino Fundamental Ensino Médio

Fonte: (SED, 2022d)

40
De acordo com os dados referentes à taxa de abandono, o ensino médio apresenta
índices elevados (Quadro 17). O primeiro ano do ensino médio representa os maiores valores,
todavia diminui drasticamente nos últimos anos, caindo de 25% em 2011 para 1,4% em 2020.
Entretanto, ao comparar o fundamental e médio é relevante atentar-se as taxas do primeiro e
terceiro ano do ensino médio, as quais são as mais altas em Alfredo Wagner ao averiguar as
diferentes etapas da educação básica.

Quadro 17 - Dados sobre o abandono escolar em Alfredo Wagner


Abandono
Ens, Anos Anos Ens., 1ª Série 2ª Série 3ª Série
Ano
fundamental* Iniciais Finais médio* EM EM EM
2010 0,3% 0,3% 0,4% 6,4% 11,3% 3,7% 1,2%
2011 0,4% 0,0% 0,9% 13,0% 25,0% 4,2% 1,1%
2012 0,6% 0,0% 1,4% 10,8% 20,9% 5,1% 3,6%
2013 0,0% 0,0% 0,0% 9,8% 16,8% 6,6% 1,1%
2014 0,2% 0,0% 0,6% 5,8% 9,1% 1,9% 0,0%
2015 0,0% 0,0% 0,0% 10,8% 33,0% 3,6% 2,1%
2016 0,0% 0,0% 0,0% 7,8% 10,0% 20,0% 2,6%
2017 0,3% 0,2% 0,5% 3,7% 3,8% 3,1% 6,2%
2018 0,3% 0,0% 0,6% 3,0% 4,0% 2,3% 2,4%
2019 0,5% 0,0% 1,0% 2,6% 3,9% 1,0% 2,5%
2020 0,2% 0,0% 0,5% 1,2% 1,4% 0,9% 1,1%
Legenda: Fundamental*: Percentual total de abandando ensino fundamental; Médio: Percentual total de
abandando ensino fundamental. Fonte: (SED, 2022d)

2.4.2 Angelina

Denominada inicialmente de Colônia Nacional Angelina, essa localidade era composta


por nativos da própria região, bem como dos imigrantes açorianos advindos da Vila de São
José (ELI, 2014). A fundação da Colônia Nacional Angelina, ocorreu em 1860, utilizando
força de trabalho luso-brasileira, advinda do litoral. Em 1891 essa localidade tornou-se o
distrito de São José (Figura 2), que se elevaria para a categoria de município apenas no ano de
1961 (ARAÚJO, 2010). De acordo com Araújo, 2010 a colônia foi criada com a finalidade de
ocupar a região que antes era habitada pelos índios.
A economia de Angelina, desde seus primórdios, esteve principalmente relacionada
em torno da agricultura e pecuária, sendo que a agricultura ainda hoje é uma das mais
importantes na economia básica municipal (ELI, 2014). Atualmente o município tem sua
economia relacionada à produção agropecuária, apicultura, avicultura, olericultura, de leite,

41
fumo e de grãos, apresentando uma população predominantemente rural, espalhado em
minifúndios e uma pequena parcela, correspondente a 20% vivendo no núcleo urbano ou
próximo a ele (CASTELLANOS, 2018).

Figura 2 - Vista parcial do Distrito de Angelina – 1940.

Fonte: Livro de Relatórios da Congregação das Irmãs Franciscanas de São José (2012) apud Eli (2014 p.39)

Em relação à fumicultura, de acordo com Brasil (2005) Angelina é um dos doze


municípios que apresentam foco de trabalho infantil neste setor. Os autores Aued et al (2009,
p.106) apud Araújo (2010, p. 59) descrevem:

[...] em pesquisa realizada junto a uma escola da área rural do município de


Angelina, foram coletados inúmeros depoimentos de crianças dizendo como
trabalhavam. Dentre eles, encontramos muitas crianças que se identificam como
trabalhadores e demonstram o orgulho de participar dos processos de trabalho que
ocorrem nas lavouras. Brincam e estudam quando lhes sobra algum tempo. Sua
condição de infância, muitas vezes, é apenas uma questão de pertencimento a
determinada faixa etária.

De acordo com Rachadel (2014) o município tem Hospital e maternidade, mas para as
consultas e exames com especialistas, como colonoscopia e algumas cirurgias eletivas, conta
com parcerias com Rancho Queimado e São Pedro de Alcântara, cidades vizinhas. No quesito
da saúde, também apresenta atendimento à população por meio de quatro unidades de saúde,
sendo dois Centros de Saúde e dois Postos de Saúde (RACHADEL, 2014).
Na composição florestal prevalecem no município as características da Mata Atlântica,
bioma no qual grande parte do estado de Santa Catarina está inserido. Angelina apresentava
uma cobertura densa e fechada, conhecida como Floresta Ombrófila, todavia essa cobertura
nativa, componente da mata atlântica, está consideravelmente reduzida, por fatores que

42
envolvem ações antrópicas, tais como o mau uso do solo e desmatamento que reduziram
drasticamente a vegetação local (PAULI, 2018).
Devido ao seu relevo, na região também é possível observar os eventos de enchentes,
os quais estão correlacionados com características locais do clima úmido, do relevo de
encostas e dentre outros fatores que potencializam esses fenômenos (PAULI, 2018). No
aspecto das atrações turísticas, esse município é reconhecido pelo turismo religioso,
apresentando destaque a pontos conhecidos como a Gruta Nossa Senhora de Lourdes e a
Colina da Louvação (RACHADEL, 2014).

Características educacionais

O município de Angelina apresenta 12 escolas municipais e duas escolas estaduais.


Não existem unidades particulares na rede regular de ensino e nem entidades de nível
superior. No Quadro 18 é possível verificar as unidades escolares inseridas no
monitoramento do programa Gente Catarina. Do total das unidades escolares 86% estão
localizadas em áreas rurais. A maioria dos estudantes está matriculada na rede de ensino
estadual.

Quadro 18 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Angelina


CO* Municipais
AG1 Unidade: CMEI Chapeuzinho Vermelho
Código INEP: 42004578
Endereço: Rua São Francisco de Assis, 1668 Centro. 88460-000 Angelina - SC.
Telefone: (48) 32741365
Modalidades: Educação Infantil
AG2 Unidade: Nucleo Escolar Municipal Jose Joao Heck
Código INEP: 42004748
Endereço: Estrada Geral Garcia, S/N Casa. Garcia. 88460-000 Angelina - SC.
Telefone: (48) 32741155
Modalidades: Ensino Fundamental
AG3 Unidade: NEM Barra Clara
Código INEP: 42004918
Endereço: 388 Casa. Barra Clara. 88460-000 Angelina - SC.
Telefone: (48) 32742500
Modalidades: Ensino Fundamental
AG4 Unidade: CMEI Barra Clara
Código INEP: 42129168
Endereço: Estrada Geral Barra Clara, 388 Casa. Barra Clara. 88460-000 Angelina - SC.
Telefone: (48) 32742500
Modalidades: Educação Infantil
AG5 Unidade: CMEI Cantinho Feliz
Código INEP: 42129176
Endereço: Estrada Geral Coqueiros, s/n Escola. Garcia. 88460-000 Angelina - SC.
Telefone: (48) 32741155
Modalidades: Educação Infantil
AG6 Unidade: CMEI Rio Novo
Código INEP: 42134153

43
Endereço: Não informado
Telefone: (48) 32741155
Modalidades: Educação Infantil
AG7 Unidade: NEM Prof Ermelinda Goedert Pereira
Código INEP: 42143780
Endereço: Estrada Geral Rio Novo, s/n Casa. Rio Novo. 88460-000 Angelina - SC.
Telefone: (48) 32742600
Modalidades: Ensino Fundamental
AG8 Unidade: CMEI Fartura
Código INEP: 42147590
Endereço: Estrada Geral Rio Novo, S/N Rio Novo. 88460-000 Angelina - SC.
Telefone: (48) 32742500
Modalidades: Educação Infantil
AG9 Unidade: EI de Rio Fartura
Código INEP: Não informado
Endereço: Estrada Geral Fartura, s/n Casa. Fartura. 88460-000 Angelina - SC.
telefone: não informado
Modalidades: Ensino Fundamental
AG10 Unidade: EI Mun de Rancho de Tabuas
Código INEP: Não informado
Endereço: Estrada Geral SN
Telefone: Não informado
Modalidades: Ensino Fundamental
AG11 Unidade: CMEI de Betania
Código INEP: Não informado
Endereço: Estrada Geral SN
Telefone: Não informado
Modalidades: Educação Infantil
AG12 Unidade: Nucleo Esc Mun Prof Maria Schappo
Código INEP: Não informado
Endereço: Rua Geral SN
Telefone: Não informado
Modalidades: Ensino Fundamental
CO* Estaduais
AG13 Unidade: EEB Norberto Teodoro de Melo
Código INEP: 42004861
Endereço: Estrada Geral Barra Clara, 388 Centro. Barra Clara. 88465-000 Angelina - SC.
Telefone: (48) 36644506
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
AG13 Unidade: EEB Nossa Senhora
Código INEP: 42004977
Endereço: Rua São Francisco De Assis, 1315 Centro. 88460-000 Angelina - SC.
Telefone: (48) 36654413
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
Legenda: CO*: Código da escola de acordo com seu município de origem. Fonte: INEPDATA (2022), SED
(2022c) e ESCOLAS.ORG (2022)

A média de matrículas no município de Angelina nos últimos sete anos foi de 907,
contudo as matrículas vêm diminuindo consideravelmente. Em 2015, foram registradas 988 e
em 2020 totalizou 873. Essa diminuição também foi percebida em 2021 com 846 matrículas
realizadas na educação básica. O ano 2021 apresentou valores abaixo da média, conforme era
esperado de acordo com o decrescimento dos anos anteriores, mas seu número baixo pode ter
relação também com a pandemia de coronavírus (Quadro19.

44
Quadro 19 - Matrículas realizadas na cidade de Angelina durante os anos de 2015 até 2021
Ano Esfera Pré-escola Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio Total geral
Municipal 95 157
2021 Estadual 142 261 191
Total 95 299 261 191 846
Municipal 107 153
2020 Estadual 141 283 189
Total 107 294 283 189 873
Municipal 78 164
2019 Estadual 147 307 166
Total 78 311 307 166 862
Municipal 116 159
2018 Estadual 144 331 160
Total 116 303 331 160 910
Municipal 140 195
2017 Estadual 123 328 132
Total 140 318 328 132 918
Municipal 125 204
2016 Estadual 109 347 173
Total 125 313 347 173 958
Municipal 131 238
2015 Estadual 119 299 201
Total 131 357 299 201 988
Fonte: (SED, 2022d) e (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2021)

Sobre a distorção entre a idade/série o ensino fundamental apresentou as menores


taxas, bem como a oscilação das mesmas. No ensino médio os valores além de serem maiores,
se matem consideravelmente altos nos últimos anos. Em 2020 e 2021 a taxa respectivamente
foi de 20% e 18% (Quadro 20). No gráfico 22 é possível observar a diferença entre o ensino
fundamental e médio.

Quadro 20 - Dados sobre a distorção idade/série dos estudantes de Angelina


Ensino Ensino
Ano Fundamental Médio Ano Fundamental Médio
2010 16% 15% 2016 18% 21%
2011 14% 12% 2017 17% 18%
2012 9% 11% 2018 16% 19%
2013 10% 12% 2019 14% 21%
2014 14% 10% 2020 14% 20%
2015 17% 20% 2021 13% 18%
Fonte: (SED, 2022d)

45
Gráfico 22 - Comparativo da distorção idade/série entre nível fundamental e médio em
Angelina

Comparativo - Ensino Fundamental e médio

40%

20%
0%
2010 2011
2012 2013
2014 2015
2016 2017
2018 2019 2020 2021

Ensino Fundamental Ensino Médio

Fonte: (SED, 2022d)

No aspecto do abandono as maiores taxas encontram-se no ensino médio, contudo


durante o período de 11 anos é possível observar uma diminuição considerável nesses valores.
Em 2022 a segunda e terceira série do ensino médio não apresentaram taxas de abandono,
mas a primeira série evidenciou o maior valor do município, sendo 3,1% (Quadro 21).

Quadro 21 - Dados sobre o abandono escolar em de Angelina


Abandono
Ano Ens, Anos Anos Ens., 1ª série 2ª série 3ª série
fundamental* Iniciais Finais médio* EM EM EM
2010 0,2% 0,0% 0,5% 5,2% 8,0% 6,6% 0,0%
2011 0,3% 0,0% 0,6% 3,9% 10,0% 0,0% 0,0%
2012 0,3% 0,5% 0,0% 1,6% 4,0% 0,0% 0,0%
2013 0,7% 0,0% 1,6% 3,7% 7,5% 1,4% 0,0%
2014 0,2% 0,0% 0,4% 0,8% 1,8% 0,0% 0,0%
2015 0,0% 0,0% 0,0% 2,5% 9,3% 1,0% 0,0%
2016 0,1% 0,3% 0,0% 1,1% 1,4% 6,6% 0,0%
2017 0,6% 0,0% 1,2% 3,7% 5,2% 2,2% 0,0%
2018 0,9% 0,0% 1,8% 1,2% 1,9% 1,6% 0,0%
2019 0,6% 0,0% 1,3% 1,8% 4,3% 0,0% 0,0%
2020 0,8% 0,0% 1,7% 1,6% 3,1% 0,0% 0,0%
Legenda: Fundamental*: Percentual total de abandando ensino fundamental; Médio: Percentual total de
abandando ensino fundamental. Fonte: (SED, 2022d)

46
2.4.3 Anitápolis

Anitápolis é uma cidade de pequeno porte localizada no interior do Estado de Santa


Catarina, inserida na região da Grande Florianópolis (ANITÁPOLIS, 2022). O início da
colonização no município ocorreu por meio de um plano de ocupação e desenvolvimento
territorial, iniciado pelo Governo Federal (RACHADEL, 2014). No ano de 1906 o Governo
decidiu implementar o Núcleo Colonial com a finalidade de acolher imigrantes de origem
européia (ANITÁPOLIS, 2022).
Desde sua fundação, a agricultura sempre foi uma das maiores fontes de renda para a
população, entretanto com a 1ª Guerra Mundial, muitos imigrantes, optaram por voltar para a
Europa, provocando o uma diminuição do Núcleo Colonial, contudo outra estratégia
econômica foi adotada para a região, estando relacionada com o Patronato Agrícola
(ANITÁPOLIS, 2022).
O Patronato Agrícola era similar a uma espécie de Escola Correcional, apresentando o
objetivo de abrigar jovens infratores, de regiões como São Paulo e Rio de Janeiro, que durante
sua estadia obtinham tratamento de recuperação e junto aprendiam uma profissão
(ANITÁPOLIS, 2022).
Inicialmente as terras de Anitápolis faziam parte do município de Santo Amaro da
Imperatriz, mas em 1961 a localidade foi emancipada, seu nome é proveniente de uma
homenagem à heroína Anita Garibaldi (SANTA CATARINA, 2022).
No aspecto da economia, a maioria da população trabalha no campo. A agricultura é
considerada à base econômica local (RACHADEL, 2014). Isso ocorre desde sua colonização,
já pecuária é presente na região, mas apenas para a subsistência (SANTA CATARINA,
2022).
De acordo com Schmidt et al., (2014) um produto de destaque durante a década de 80,
foi a produção de leite, proporcionando melhores condições econômicas para muitos
estabelecimentos rurais, os quais utilizavam como matéria prima para a produção de queijos
coloniais, destinados a abastecer o mercado local e regional. Contudo, com o advindo do
sistema semi-confinado tradicional essa produção das pequenas propriedades foi inviabilizada
(SCHMIDT et al., 2014).
Na saúde, o município de Anitápolis apresenta Hospital e Maternidade, com
atendimento de emergência 24 horas, além disso, conta com uma unidade básica de saúde
(RACHADEL, 2014).

47
A cidade está inserida em numa área que contempla vegetação diversificada, com
vasto conjunto de nascentes, o que torna o município uma região com potencial para práticas
relacionadas ao turismo rural e ecológico, dentre as atividades que tem destaque estão à
prática de canoagem e pescaria (SANTA CATARINA, 2022).

Características educacionais

O município apresenta duas escolas municipais e duas escolas estaduais. Não existem
unidades particulares na rede regular de ensino e nem unidade de ensino superior. No Quadro
22 é possível verificar as unidades escolares inseridas no monitoramento do programa Gente
Catarina. Esse é único município que não possui unidades escolares localizadas em áreas
rurais. A maior parcela dos estudantes está matriculada na rede estadual de ensino.

Quadro 22 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Anitápolis


CO* Municipais
AT1 Unidade: Centro Educação Infantil Vovó Margarida
Código INEP: 42005361
Endereço: Rua Arcelina de Souza Brand, s/n Prédio. Centro. 88475-000 Anitápolis - SC.
Telefone: (48) 32560022
Modalidades: Educação Infantil
AT2 Unidade: Escola Municipal Professora Manila Campos da Rosa
Código INEP: 42144507
Endereço: Rua Bernardino Candido da Silva, N 26 Prédio. CENTRO. 88475-000 Anitápolis - SC.
Telefone: (48) 32560355
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
C Estaduais
AT3 Unidade: EEB Altino Flores
Código INEP: 42005655
Endereço: Rua Paulico Coelho, 23 Centro. 88475-000 Anitápolis - SC.
Telefone: (48) 36654414
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
AT4 Unidade: UD de Anitápolis
Código INEP: 42151490
Endereço: Rua Paulico Coelho, 23 Centro. 88475-000 Anitápolis - SC.
Telefone: (48) 32560133
Modalidades: Educação de Jovens Adultos
Legenda: CO*: Código da escola de acordo com seu município de origem. Fonte: INEPDATA (2022), SED
(2022c) e ESCOLAS.ORG (2022).

O Município de Anitápolis também apresentou considerável diminuição no número de


matrículas durante o período de sete anos. A média no município foi de 566, sendo que em
2015 foram registradas 608 matrículas e em 2021 totalizou-se 540 (Quadro 23).

Quadro 23 - Matrículas realizadas na cidade de Anitápolis durante os anos de 2015 até 2021
Ano Esfera Pré-escola Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio Total geral
Municipal 64 199
2021
Estadual 189 88

48
Total 64 199 189 88 540
Municipal 61 199
2020 Estadual 183 99
Total 61 199 183 99 542
Municipal 74 205
2019 Estadual 192 95
Total 74 205 192 95 566
Municipal 67 214
2018 Estadual 172 107
Total 67 214 172 107 560
Municipal 70 228
2017 Estadual 183 89
Total 70 228 183 89 570
Municipal 70 213
2016 Estadual 188 108
Total 70 213 188 108 579
Municipal 65 215
2015 Estadual 203 125
Total 65 215 203 125 608
Fonte: (SED, 2022d) e (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2021)

Diferente do observado nos municípios anteriores, a maior taxa recente referente a


distorção idade/série está localizada no ensino fundamental. Em 2021 totalizava 19% dos
estudantes. Já a taxa do ensino médio em 2021 foi de 31% (Quadro 24). Este aumento que o
ensino médio apresentou nos últimos anos é evidenciado no gráfico 23.

Quadro 24 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Anitápolis

Ensino Ensino
Ano Fundamental Médio Ano Fundamental Médio
2010 29% 31% 2016 19% 22%
2011 25% 29% 2017 28% 32%
2012 21% 29% 2018 26% 22%
2013 16% 33% 2019 25% 23%
2014 20% 25% 2020 22% 17%
2015 19% 22% 2021 19% 31%
Fonte: (SED, 2022d)

49
Gráfico 23 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível fundamental e médio em
Anitápolis

Comparativo - Ensino Fundamental e médio

40%

20%
0%
2010 2011
2012 2013
2014 2015
2016 2017
2018 2019 2020 2021

Ensino Fundamental Ensino Médio

Fonte: (SED, 2022d)


As taxas mais elevadas sobre o abandono escolar eram do ensino médio, contudo em
2020 foram zeradas. O ensino fundamental também apresentou diminuição, todavia em 2020
os anos finais registraram a maior taxa de abandono do município, apresentando 0,6% dos
estudantes deste nível de ensino (Quadro 25)

Quadro 25 - Dados sobre o abandono escolar em de Anitápolis


Abandono
Ano Ens, - Anos Anos Ens., 1ª série EM 2ª série EM 3ª série EM
fundamental* Iniciais Finais médio*
2010 2,9% 0,4% 4,9% 9,1% 8,3% 17,2% 0,0%
2011 1,7% 0,0% 3,6% 3,2% 5,9% 0,0% 3,3%
2012 1,1% 0,4% 1,9% 1,9% 0,0% 8,0% 0,0%
2013 0,3% 0,5% 0,0% 7,2% 7,4% 5,9% 9,5%
2014 0,7% 0,0% 1,9% 8,6% 15,9% 5,5% 0,0%
2015 0,7% 0,5% 1,0% 10,6% 38,5% 4,1% 2,1%
2016 2,8% 0,0% 5,8% 5,6% 11,5% 0,0% 0,0%
2017 1,8% 0,0% 4,0% 7,9% 11,7% 0,0% 16,7%
2018 0,5% 0,0% 1,2% 2,9% 4,6% 0,0% 2,8%
2019 0,2% 0,5% 0,0% 6,2% 11,1% 5,7% 0,0%
2020 0,2% 0,0% 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
Legenda: Fundamental*: Percentual total de abandando ensino fundamental; Médio: Percentual total de
abandando ensino fundamental. Fonte: (SED, 2022d)

3.4.4 Leoberto Leal

O município está localizado no Alto Vale do Rio Alto Braço, próximo da capital
catarinense Florianópolis, cerca de 137 km, apresentando uma área de 297,8 km2. Seu clima é

50
classificado como mesotérmico úmido, e sua temperatura média é de 19,5°C (LEOBERTO
LEAL, 2022).
A região onde a cidade se localiza era habitada por índios, pertencentes à tribo
Xokleng e Kaigang, e de forma pejorativamente eram comumente chamados pelos homens
brancos de “bugres” (IBGE, 2022b). Todavia, houve mudanças significativas nesta região em
relação a sua ocupação. Notícias se espalharam apresentando que essa localidade possuía
ótimas terras para a agricultura e assim em 1918, chegaram grupos de famílias, oriundas dos
municípios de Angelina e Santo Amaro da Imperatriz (IBGE, 2022b).
No decorrer dos anos vieram mais famílias para a localidade, descendentes de
alemães, italianos, portugueses, poloneses fortalecendo o processo de colonização da região.
O município de Leoberto Leal foi criado pela Lei nº 856 referente ao ano de 1962. Sua
instalação aconteceu no dia 17 de fevereiro de 1963 (IBGE, 2022b).
O município de Leoberto Leal fica inserido em uma região turística do Vale Europeu
e limita-se com os municípios de Imbuia, Vidal Ramos, Nova Trento, Major Gercino,
Angelina, Águas Mornas e Alfredo Wagner (SANTA CATARINA, 2022).

Características educacionais

O município apresenta sete escolas municipais e duas escolas estaduais. Não existem
unidades particulares na rede regular de ensino e nem entidades de nível superior. Vale
destacar que nessa região existem unidades escolares dedicadas ao ensino de povos indígenas.
No Quadro 26 é possível verificar as unidades escolares inseridas no monitoramento do
programa Gente Catarina. Leoberto Leal possui 56% das unidades escolares localizadas em
áreas rurais.

Quadro 26 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Leoberto Leal


CO* Municipais
LL1 Unidade: CEI Sossego da Mamãe
Código INEP: 42096839
Endereço: Rua Paulo Guckert, 138 Prédio. Centro. 88445-000 Leoberto Leal - SC.
Telefone: (48) 32681185
Modalidades: Educação Infantil
LL2 Unidade: NE Alto Vargedo
Código INEP: 42096910
Endereço: Estrada Geral Alto Vargedo, SN Prédio. Alto Vargedo. 88445-000 Leoberto Leal - SC.
Telefone: (48) 32681212
Modalidades: Educação Infantil
LL3 Unidade: NE Ribeirão dos Ovos
Código INEP: 42096944

51
Endereço: Estrada Geral Ribeirão dos Ovos, SN Prédio. Ribeirão dos Ovos. 88445-000 Leoberto Leal - SC.
Telefone: (48) 32681212
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
LL4 Unidade: NE RIO DA PARADA
Código INEP: 42096960
Endereço: Estrada Geral, SN Prédio. Rio da Parada. 88445-000 Leoberto Leal - SC.
Telefone: (48) 32681212
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
LL5 Unidade: NE RIO DAS PEDRAS
Código INEP: 42096979
Endereço: Estrada Geral, Prédio. Rio das Pedras. 88445-000 Leoberto Leal - SC.
Telefone: (48) 32681212
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
LL6 Unidade: EMEF Vargem dos Bugres
Código INEP: 42097002
Endereço: Estrada Geral, SN Prédio. Vargem Dos Bugres. 88445-000 Leoberto Leal - SC.
Telefone: (48) 40529878
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
LL7 Unidade: NE Mun Prof Joao Maria De Souza Junior
Código INEP: 42151562
Endereço: Rua Ângelo Silva, Casa. Centro. 88445-000 Leoberto Leal - SC.
Telefone: (48) 32681178
Modalidades: Ensino Fundamental
CO* Estaduais
LL8 Unidade: EEB Bertino Silva
Código INEP: 42096847
Endereço: RUA Ângelo Silva, 247 Centro. 88445-000 Leoberto Leal - SC.
Telefone: (48) 32681152
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
LL9 Unidade: UD de Leoberto Leal
Código INEP: 42147468
Endereço: RUA Ângelo Silva, 167 EEB Bertino Silva. Centro. 88445-000 Leoberto Leal - SC.
Telefone: (48) 36657397
Modalidades: Educação de Jovens Adultos
Legenda: CO*: Código da escola de acordo com seu município de origem. Fonte: INEPDATA (2022), SED
(2022c) e ESCOLAS.ORG (2022)

Com uma média de 650 matrículas durante o período de 7 anos, Leoberto Leal em
2021 apresentou uma taxa de crescimento, diferente do esperado, visto que nos últimos anos
as matrículas vinham diminuindo. Em 2021 foram registrados o valor de 633, superior às 609
de 2020. A maior parcela dos estudantes está matriculada na rede estadual (Quadro 27).

Quadro 27 - Matrículas realizadas na cidade de Leoberto Leal durante os anos de 2015 até
2021
Ano Esfera Pré-escola Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio Total geral
Municipal 85 200 21
2021 Estadual 185 142
Total 85 200 206 142 633
Municipal 84 185 27
2020 Estadual 214 99
Total 84 185 241 99 609
Municipal 81 210 25
2019 Estadual 216 95
Total 81 210 241 95 627

52
Municipal 84 201 23
2018 Estadual 238 107
Total 84 201 261 107 653
Municipal 92 230 24
2017 Estadual 217 89
Total 92 230 241 89 652
Municipal 124 224 24
2016 Estadual 208 108
Total 124 224 232 108 688
Municipal 97 250 29
2015 Estadual 192 125
Total 97 250 221 125 693
Fonte: (SED, 2022d) e (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2021)

No comparativo da distorção idade/série, Leoberto Leal teve um aumento da


porcentagem de estudantes no ensino fundamental (Quadro 28). No ensino médio esse
número, vem diminuindo. Contudo, atualmente os dois níveis estão próximos, conforme
observado no gráfico 24.

Quadro 28 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Leoberto Leal

Ensino Ensino
Ano Fundamental Médio Ano Fundamental Médio
2010 9% 12% 2016 10% 23%
2011 9% 11% 2017 12% 16%
2012 7% 11% 2018 13% 11%
2013 6% 10% 2019 14% 10%
2014 10% 9% 2020 14% 13%
2015 10% 23% 2021 11% 15%
Fonte: (SED, 2022d)

Gráfico 24 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível fundamental e médio em


Leoberto Leal

Comparativo - Ensino Fundamental e médio


50%

0%
2010 2011 2012
2013 2014
2015 2016
2017 2018 2019 2020 2021

Ensino Fundamental Ensino Médio

Fonte: (SED, 2022d)

53
Sobre a taxa de abandono é possível observar os maiores valores no ensino médio. Em
2019 essa taxa chegou a zerar em todas as séries do ensino médio, mas no ano seguinte subiu
novamente. A segunda série do ensino médio apresenta os maiores índices, com 5,9% em
2020 (quadro 29

Quadro 29).

Quadro 29 - Dados sobre o abandono escolar em de Leoberto leal


Abandono
Ano Ens, fundamental* - Anos Iniciais Anos Finais Ens., médio* 1ª série EM 2ª série EM 3ª série EM

2010 0,2% 0,0% 0,3% 3,9% 4,0% 4,7% 2,9%


2011 0,0% 0,0% 0,0% 2,3% 5,8% 0,0% 0,0%
2012 0,2% 0,0% 0,4% 6,5% 13,8% 2,7% 0,0%
2013 0,0% 0,0% 0,0% 3,0% 3,0% 3,2% 2,9%
2014 0,2% 0,0% 0,6% 0,5% 0,0% 2,1% 0,0%
2015 0,0% 0,0% 0,0% 2,5% 7,7% 1,4% 0,0%
2016 0,0% 0,0% 0,0% 6,9% 9,2% 19,1% 1,4%
2017 0,2% 0,0% 0,4% 1,9% 3,7% 0,0% 0,0%
2018 0,0% 0,0% 0,0% 1,6% 0,0% 1,9% 2,9%
2019 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
2020 0,0% 0,0% 0,0% 2,9% 1,9% 5,9% 0,0%
Legenda: Fundamental*: Percentual total de abandando ensino fundamental; Médio: Percentual total de
abandando ensino fundamental. Fonte: (SED, 2022d)

2.4.5 Major Gercino

O município de Major Gercino apresenta área de 292 km² e está localizado no Vale do
Rio Tijucas, região vinculada a Grande Florianópolis, seu relevo envolve altitudes que variam
de 30 metros a 800 metros em relação ao nível do mar (SANTA CATARINA, 2022).
O início da formação do município de Major Gercino ocorreu aproximadamente 120
anos atrás, sua ocupação acontece com a vinda de imigrantes portugueses, na sequência, por
volta de 1870 a 1890 vieram os imigrantes italianos, alemães e poloneses (LEBECK et al.,
2015).
Com a fixação de colonos luso-brasileiros, há aproximadamente 120 anos, seguidos
pelos demais imigrantes, deu-se início a colonização das terras. Major Gercino, pertenceu
primeiramente ao município a Tijucas e depois a São João Batista, obtendo emancipação

54
política no ano de 1961, com terras sendo desmembradas deste último município (IBGE,
2022c).
A maior parte da economia local é baseada em produção agrícola e serviços, todavia
outra pequena parte é representada pela produção industrial, com destaque para a produção de
sapatos, de fios, sendo possível também localizar na região um pequeno número de
confecções (LEBECK et al., 2015).
Na região é possível observar a fabricação artesanal de bebidas como o vinho, uma
especialidade dos descendentes de italianos que ali vivem, além dos sabores tradicionais,
essas famílias produzem espumantes (MORITZ, 2020).
De acordo com Moritz (2020) como forma de homenagem ao major Gercino Gomes
pelos serviços prestados à localidade o município recebeu o seu nome. Major Gercino é
considerado um lugar tranquilo e apreciado para o Turismo, tendo como destaque várias
Cachoeiras e Rios (MORITZ, 2020).

Características educacionais

O município apresenta cinco escolas municipais e quatro escolas estaduais. Não


existem unidades particulares na rede regular de ensino e nem a presença de entidades de
nível superior. No Quadro 30 é possível verificar as unidades escolares inseridas no
monitoramento no programa Gente Catarina. Atualmente a cidade possui 56% das unidades
escolares em localidades rurais.

Quadro 30 - Unidades escolares que participarão do monitoramento em Major Gercino


CO* Municipais
MG1 Unidade: PE Chapeuzinho Vermelho
Código INEP: 42082269
Endereço: Estrada Geral, sn Boiteuxburgo. 88260-000 Major Gercino - SC.
Telefone: (48) 32733050
Modalidades: Educação Infantil
MG2 Unidade: Nucleo EI Clubinho Infantil
Código INEP: 42082277
Endereço: Rua José Manoel David, SN Centro. 88260-000 Major Gercino - SC.
Telefone: (48) 32731280
Modalidades: Educação Infantil
MG3 Unidade: Escola Municipal Pinheiral Atalino Giacomelli
Código INEP: 42082315
Endereço: Estrada Geral Pinheiral, sn Pinheiral. 88260-000 Major Gercino - SC.
Telefone: (48) 32733041
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
MG4 Unidade: Escola Municipal Josefina Boiteux
Código INEP: 42082412
Endereço: Rua Geral, Sn Boiteuxburgo. 88260-000 Major Gercino - SC.
Telefone: (48) 32733050
Modalidades: Ensino Fundamental

55
MG5 Unidade: EEIEF Monsenhor Jose Looks
Código INEP: 42131570
Endereço: Rua Manoel Jose David, sn Centro. 88260-000 Major Gercino - SC.
Telefone: (48) 32731280
Modalidades: Ensino Fundamental
CO* Estaduais
MG6 Unidade: EEB Prof Tercilio Bastos
Código INEP: 42082382
Endereço: Rua Geral, 0 Pinheiral. 88260-000 Major Gercino - SC.
Telefone: (48) 32733046
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
MG7 Unidade: EEB Manoel Vicente
Código INEP: 42082390
Endereço: Rua Joaquim Silveira, 114 Prédio. Centro. 88260-000 Major Gercino - SC.
Telefone: (48) 36655589
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
MG8 Unidade: UD de Major Gercino
Código INEP: 42147140
Endereço: Rua Manoel David, 0 Centro. 88260-000 Major Gercino - SC.
Telefone: (48) 32731199
Modalidades: Educação de Jovens Adultos
MG9 Unidade: EIEF Nhemboea Vya
Código INEP: 42330378
Endereço: Estrada Geral Negra Chica, 0 Aldeia Indígena. Negra Chica. 88260-000 Major Gercino - SC.
Telefone: (48) 36655589
Modalidades: Ensino Fundamental, Educação de Jovens Adultos, Educação Indígena
Legenda: CO*: Código da escola de acordo com seu município de origem. Fonte: INEPDATA (2022), SED
(2022c) e ESCOLAS.ORG (2022)

No aspecto das matrículas, recentemente o município de Major Gercino, apresentou


575 matrículas realizadas no ano de 2021 (Quadro 31). Esse valor foi menor em relação ao
número obtido no ano de 2020, todavia cabe enfatizar que essa diminuição pode ser um
reflexo da pandemia de coronavírus que potencializou a evasão escolar. Em anos anteriores a
tendência de matrícula representava um crescimento. Outro dado importante relaciona-se a
esfera que a maioria dos estudantes estão matriculados. Uma grande parcela dos alunos está
vinculada a rede estadual.

Quadro 31 - Matrículas realizadas na cidade de Major Gercino durante os anos de 2015 até
2021
Ano Esfera Pré-escola Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio Total geral
Municipal 84 175
2021 Estadual 26 187 103
Total 84 201 187 103 575
Municipal 87 199
2020 Estadual 25 182 105
Total 87 224 182 105 598
Municipal 77 201
2019 Estadual 20 182 94
Total 77 221 182 94 574
Municipal 70 186
2018 Estadual 16 177 104
Total 70 202 177 104 553

56
Municipal 83 186
2017 Estadual 14 161 86
Total 83 200 161 86 530
Municipal 76 179
2016 Estadual 13 197 76
Total 76 192 197 76 541
Municipal 64 183
2015 Estadual 18 192 86
Total 64 201 192 86 543
Fonte: (SED, 2022d) e (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2021)
No que se refere à distorção de idade/série, há dois pontos interessantes para serem
observados. No ensino fundamental, durante os últimos anos, houve considerável diminuição
da distorção, chegando a 9%. Todavia no ensino médio o processo foi inverso obtendo valores
elevados, próximo de 22% (Quadro 32). No gráfico 25 é possível observar essa diferença
entre o ensino médio e o fundamental. Sendo perceptível a maior discrepância na escala
ocorrendo a partir do ano de 2016.

Quadro 32 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Major Gercino

Ensino Ensino
Ano Fundamental Médio Ano Fundamental Médio
2010 16% 11% 2016 15% 12%
2011 15% 8% 2017 11% 19%
2012 15% 8% 2018 9% 20%
2013 14% 10% 2019 9% 22%
2014 17% 11% 2020 10% 26%
2015 16% 14% 2021 9% 22%
Fonte: (SED, 2022d)

Gráfico 25 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível fundamental e médio em


Major Gercino

Comparativo - Ensino Fundamental e Médio

40%

20%

0%
2010 2011
2012 2013
2014 2015
2016 2017
2018 2019 2020 2021

Ensino Fundamental Ensino Médio

Fonte: (SED, 2022d)

57
No município de Major Gercino, no aspecto do abandono escolar, houve um aumento
considerável em 2020 no ensino fundamental com 2,3% apresentando destaque aos anos
iniciais, com a taxa de 2,7%. Já o ensino médio, durante o período dos 11 anos, teve uma
oscilação, a taxa média mais elevada foi 7,3% que caiu para 3,9% em 2020. Neste mesmo ano
a terceira série apresentou 8,7% de abandono escolar (Quadro 33).

Quadro 33 - Dados sobre o abandono escolar em de Major Gercino


Abandono
Ano Ens, - Anos Anos Ens., 1ª série EM 2ª série EM 3ª série EM
fundamental* Iniciais Finais médio*
2010 0,7% 0,0% 1,2% 5,8% 11,3% 0,0% 2,2%
2011 1,1% 0,0% 2,8% 5,2% 7,0% 5,2% 0,0%
2012 1,2% 0,9% 1,7% 2,3% 2,4% 4,8% 0,0%
2013 0,5% 0,0% 1,0% 3,2% 6,5% 0,0% 2,5%
2014 3,0% 0,0% 6,6% 3,9% 1,9% 7,5% 2,7%
2015 2,1% 1,0% 3,2% 3,5% 25,0% 2,1% 3,0%
2016 0,0% 0,0% 0,0% 6,8% 6,5% 25,0% 5,1%
2017 0,6% 0,5% 0,6% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0%
2018 0,0% 0,0% 0,0% 6,9% 6,0% 6,8% 8,3%
2019 0,2% 0,0% 0,6% 7,3% 7,9% 7,4% 6,4%
2020 2,3% 2,7% 1,7% 3,9% 3,5% 0,0% 8,7%
Legenda: Fundamental*: Percentual total de abandando ensino fundamental; Médio: Percentual total de
abandando ensino fundamental. Fonte: (SED, 2022d)

2.4.6 Canelinha

A cidade de Canelinha é localizada na bacia do Rio Tijucas no Litoral catarinense e


apresenta área de 134 km2. Limita-se ao norte com Brusque, a nordeste com Camboriú, a leste
com Tijucas, ao sul com Biguaçú, a oeste com São João Batista, a noroeste com Nova Trento
(CANELINHA, 2020). O município de Canelinha obteve sua emancipação no ano de 1962
(SANTA CATARINA, 2022).
Destaca-se que Canelinha possui uma comunidade indígena situada no bairro
Papagaios, essa comunidade é atendida por uma escola indígena que conta com 12 alunos,
sendo sete nas séries iniciais e cinco, nas séries finais do ensino fundamental os quais são
atendidos por duas professoras não indígenas. A unidade escolar é mantida pelo Estado, que
fornece toda assistência financeira e pedagógica (CANELINHA, 2020).

58
Em 2019, surge nessa aldeia uma demanda de Educação Infantil, que foi atendida pelo
município, que passou a atender disponibilizando um professor com competências
direcionadas as exigências da cultura indígena (CANELINHA, 2020).

Características educacionais

O município apresenta 16 escolas municipais, quatro escolas estaduais e uma


particular. Não foram localizados unidades de ensino superior no município. No quadro 34 é
possível verificar as unidades escolares inseridas no monitoramento do programa Gente
Catarina. Atualmente Canelinha possui 48% das unidades escolares em localidades de áreas
rurais.

Quadro 34 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Canelinha


CO* Municipais
CA1 Unidade: Creche Dona Osvaldina Souza Orlandi
Código INEP: 42035562
Endereço: Leonel Marcelino Pereira, 4867 Creche. Índia. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 32644013
Modalidades: Educação Infantil
CA2 Unidade: Creche Mun Maria Carlota Cordoso
Código INEP: 42075670
Endereço: Ramiro Goncalo Cardoso, sn Creche. Porto da Galera. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 99320381
Modalidades: Educação Infantil
CA3 Unidade: Creche Municipal Durvalina Venier Serpa
Código INEP: 42075726
Endereço: Egidio Piva, sn Creche. Fazenda Vitoria. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 99911979
Modalidades: Educação Infantil
CA4 Unidade: Creche Municipal Virgina Grimm Nunes
Código INEP: 42075955
Endereço: Abrosio Borgonovo, sn Creche. Galera. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 998609900
Modalidades: Educação Infantil
CA5 Unidade: EEBM Profª Maria de Lourdes Nicolau Zimmermann
Código INEP: 42081440
Endereço: AV Cantorio Florentino da Silva, 1683 Bloco Escolar. Centro. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 32644016
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
CA6 Unidade: CEIM Carochinha
Código INEP: 42081467
Endereço: Rua Joao Gomes, sn Escola. Papagaios. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 999264899
Modalidades: Educação Infantil
CA7 Unidade: CEIM Colibri
Código INEP: 42081491
Endereço: Rua Jose Celso Pereira, 119 Prédio. Centro. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 999264899
Modalidades: Educação Infantil
CA8 Unidade: CEIM Florzinha
Código INEP: 42081521
Endereço: Cuba, sn Bloco. Moura. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 32644000
Modalidades: Educação Infantil

59
CA9 Unidade: UNEJA - Unidade Educacional De Jovens E Adultos
Código INEP: 42081564
Endereço: AV Cantorio Florentino da Silva, 1663 Fundo Secretaria SME. Centro. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 32644000
Modalidades: Educação de Jovens Adultos
CA10 Unidade: EEB Mun Cantorio Florentino da Silva
Código INEP: 42081637
Endereço: Joao Busnardo, 160 Bloco. India. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 32644013
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
CA11 Unidade: EEB Mun Profª Herminia Alves Reis
Código INEP: 42081645
Endereço: Av Prefeito Silvestre Mumes Junior, 901 Bloco. Areao. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 32640821
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
CA12 Unidade: EEBM Senador Francisco Benjamim Gallotti
Código INEP: 42081653
Endereço: Rua Ambrosio Borgonovo, 41 Bloco Escolar. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 991547623
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
CA13 Unidade: EEBM Fazenda Vitoria
Código INEP: 42081661
Endereço: Rua Antero Jose Dias, 835 Porto Da Galera. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 99911979
Modalidades: Educação Infantil
CA14 Unidade: Escola de Educação Básica Municipal Cobre
Código INEP: 42081742
Endereço: Rua Manoel Reinaldo Correia, 115 PREDIO ESCOLAR. COBRE. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 96670794
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
CA15 Unidade: EEBM Prof Realina Feller Roberti
Código INEP: 42113008
Endereço: Francisco Damiao Garcia, SN Escola. Moura. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 32645035
Modalidades: Educação Infantil
CA16 Unidade: Creche Dona Zita
Código INEP: 42201004
Endereço: Maria Jose Espindola, 283 Casa. Cobre. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 32644013
Modalidades: Educação Infantil
CO* Estaduais
CA17 Unidade: EIEF Kuaray Papa
Código INEP: 42048710
Endereço: Area Rural Rio da Dona, 0 Aldeia Indígena. Rio Da Dona. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 36656369
Modalidades: Ensino Fundamental, Educação de Jovens Adultos, Educação Indígena
CA18 Unidade: EEB Bartolomeu da Silva
Código INEP: 42081629
Endereço: Rua Vr Otaviano Angelo Darosci, 63 Moura. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 36654695
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
CA19 Unidade: EEB Prof Minervina Laus
Código INEP: 42081823
Endereço: Rod SC 411 Km 10, 2423 Centro. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 36656369
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
CA19 Unidade: UD de canelinha
Código INEP: 42147158
Endereço: Avenida Cantorio F Da Silva, 1 EEBM Prof Maria de L. Centro. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 36657397
Modalidades: Educação de Jovens Adultos
Privada
CA20 Unidade: Centro Educacional Novo Ideal

60
Código INEP: 42146275
Endereço: Rua Francisco Souza Filho, 50 Escola. Centro. 88230-000 Canelinha - SC.
Telefone: (48) 32641527
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio
Legenda: CO*: Código da escola de acordo com seu município de origem. Fonte: INEPDATA (2022), SED
(2022c) e ESCOLAS.ORG (2022)
Esse município apresentou a maior quantidade de matrículas dentre as demais
localidades levantadas. Entre 2015 a 2020 teve uma média de 2217 matrículas na rede básica
de ensino. Nos últimos anos apresentou uma oscilação no número, com tendência a diminuir.
Em 2020, último ano com as informações conjuntas das escolas públicas e particulares o
município apresentou 2208 matrículas (Quadro 35). Em 2021 o número foi de 1933, mas é
importante comentar que os dados referentes as matrículas da rede particular não estavam
disponíveis no censo escolar de 2021.

Quadro 35 - Matrículas realizadas na cidade de Canelinha durante os anos de 2015 até 2021
Ano Esfera Pré-escola Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio Total geral
Municipal 289 609
Estadual 105 631 299
2021
Privada - - - -
Total 289 714 631 299 1933
Municipal 298 593
Estadual 101 623 305
2020
Privada 27 100 110 51
Total 325 794 733 356 2208
Municipal 311 602
Estadual 101 626 303
2019
Privada 25 114 112 41
Total 336 817 738 344 2235
Municipal 281 621
Estadual 115 644 318
2018
Privada 29 81 113 51
Total 310 817 757 369 2253
Municipal 303 638
Estadual 75 619 254
2017
Privada 27 109 107 45
Total 330 822 726 299 2177
Municipal 296 685
Estadual 68 607 287
2016
Privada 32 107 95 40
Total 328 860 702 327 2217
Municipal 294 738
Estadual 68 600 255
2015
Privada 30 110 87 32
Total 324 916 687 287 2214
Legenda: - : Dados não disponíveis. Fonte: (SED, 2022d) e (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2021)

61
No ano de 2021 o município de Canelinha apresentou diminuição nas taxas de
distorção/série do ensino fundamental e aumento nas do ensino médio, contudo ambos estão
com as taxas próximas, sendo 16% para o ensino fundamental e 21% para o ensino médio
(Quadro 36). De acordo com o gráfico 26 é possível observar a semelhança entre os dois
níveis de ensino no aspecto da distorção, em especial nos últimos anos registrados.

Quadro 36 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Canelinha

Ensino Ensino
Ano Fundamental Médio Ano Fundamental Médio
2010 23% 17% 2016 20% 10%
2011 18% 15% 2017 18% 14%
2012 15% 10% 2018 17% 15%
2013 17% 11% 2019 16% 17%
2014 20% 11% 2020 17% 19%
2015 19% 12% 2021 16% 21%
Fonte: (SED, 2022d)

Gráfico 26 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível fundamental e médio em


Canelinha

Comparativo - Ensino Fundamental e Médio

30%
20%
10%
0%
2010 2011
2012 2013
2014 2015
2016 2017
2018 2019 2020 2021

Ensino Fundamental Ensino Médio

Fonte: (SED, 2022d)

Sobre o abandono escolar, atualmente o ensino médio apresenta as maiores taxas, com
6%. Os maiores índices se concentrando na segunda série com 6,1% e na terceira série com
9,3% (Quadro 37).

62
Quadro 37 - Dados sobre o abandono escolar em de Canelinha
Abandono
Ano Ens, - Anos Anos Ens., 1ª série EM 2ª série EM 3ª série EM
fundamental* Iniciais Finais médio*
2010 5,6% 0,0% 10,7% 15,0% 24,0% 7,9% 5,7%
2011 1,3% 0,1% 3,0% 10,0% 17,0% 4,8% 7,3%
2012 0,8% 0,0% 1,9% 5,9% 6,4% 10,5% 1,6%
2013 0,0% 0,0% 0,0% 4,3% 5,0% 4,7% 2,5%
2014 0,4% 0,0% 0,9% 3,8% 5,8% 3,2% 0,0%
2015 0,7% 0,5% 1,0% 0,7% 0,0% 1,5% 0,0%
2016 1,6% 0,3% 3,4% 6,8% 6,4% 16,2% 4,7%
2017 1,1% 0,4% 1,9% 4,1% 3,8% 3,0% 10,7%
2018 1,2% 0,2% 2,4% 5,7% 5,4% 6,7% 5,0%
2019 1,2% 0,0% 2,6% 6,7% 10,8% 5,4% 2,1%
2020 0,4% 0,0% 1,0% 6,0% 3,9% 6,1% 9,3%
Legenda: Fundamental*: Percentual total de abandando ensino fundamental; Médio: Percentual total de
abandando ensino fundamental. Fonte: (SED, 2022d)

2.4.7 Imaruí

Realizada por um grupo de pescadores oriundos de Laguna, a primeira colonização da


região onde hoje localiza-se Imaruí aconteceu antes de 1800 (IBGE, 2022d). Esses primeiros
moradores, eram na grande maioria agricultores que utilizam a pesca como uma forma de
sustento complementar de suas famílias. Em alguns casos o excedente deste pescado era
comercializado, auxiliando na renda familiar (AMARAL, 2002).
Esta região foi habitada por índios carijós, de origem Tupi-guarani, sendo sua presença
confirmada por evidências nos sítios arqueológicos presentes em seu território (PEREIRA,
2016). Imaruí faz parte da Região dos Lagos e apresenta como destaque seus recursos
naturais. Assim, é relevante destacar que o município possui a maior lagoa de Santa Catarina,
que também é um viveiro natural de reprodução de camarões. Atualmente a pesca artesanal é
considerada sua segunda maior atividade econômica, a primeira é a agricultura (SANTA
CATARINA, 2022).
De acordo com Amaral (2002) um fato importante sobre a região está vinculado com o
maior número de imigrantes que Imaruí já recebeu, depois da emancipação. Em 1999, 67
índios da tribo Guarani-M’byá, que vieram do município de palhoça, para a localidade
conhecida como Várzea do rio D’uma, onde foi criada a Aldeia Tekoá Maragatú (Figura 3).
Isso ocorreu devido a medidas compensatórias provenientes dos impactos ambientais
ocasionados pela empresa Gasbol S. A (AMARAL, 2002).

63
Figura 3 - Aldeia indígena Maragatu

Fonte: (AMARAL, 2002, p.109)


Características educacionais

Em 2022 Imaruí apresenta nove escolas municipais e cinco escolas estaduais.


Atualmente, neste município não existem unidades particulares na rede regular de ensino e
nem entidades de nível superior. No Quadro 38 é possível verificar as unidades escolares que
estarão inseridas no monitoramento do programa Gente Catarina. Do total das unidades 71%
estão localizadas em áreas rurais.

Quadro 38 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Imaruí


CO* Municipais
IM1 Unidade: EEF Municipal Professor José Tomas Ribeiro
Código INEP: 42094453
Endereço: Estrada Geral Cangueri De Fora, S/N Bar do Aurelio. Cangueri de Fora. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 36435112
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
IM2 Unidade: CEIM Carlos Gomes
Código INEP: 42094461
Endereço: Rua Antônio Bittencourt Capanema, 302 Próximo APAE. Centro. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 36431242
Modalidades: Educação Infantil
IM3 Unidade: Centro de Educação infantil municipal Olímpio Cordova valente
Código INEP: 42094500
Endereço: Estrada Geral De São Tomas, sn Casa. São Tomas. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 36430338
Modalidades: Educação Infantil
IM4 Unidade: EEFM Prof Larice Cavalcanti Caldas
Código INEP: 42094577
Endereço: Estrada Geral Aratingauba, S/N Próximo Igreja. Aratingauba. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 996382726
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental

64
IM5 Unidade: EEFM Vereador Osvaldo de Souza Siqueira
Código INEP: 42094780
Endereço: Estrada Geral Forquilha do Rio Duna, S/Nº Prédio. Forquilhado Rio Duna. 88770-000 Imaruí -
SC.
Telefone: (48) 996190135
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
AN6 Unidade: EEF Municipal Prefeito Portinho Bittencourt
Código INEP: 42094852
Endereço: Rua Antônio de Bittencourt Capanema, s/nº Próximo a delegacia. Centro. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 36430296
Modalidades: Ensino Fundamental
IM7 Unidade: EEF PE Itamar Luiz Da Costa
Código INEP: 42118778
Endereço: Estrada Geral Ponta Grossa, s/n Ponta Grossa. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 996665918
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
IM8 Unidade: EEF Guilhermina Ana Pereira
Código INEP: 42119308
Endereço: Estrada Geral de Sitio Novo, s/n Igreja Católica. Sitio Novo. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 988162709
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
IM9 Unidade: CEIM Herculano Vicente Luiz
Código INEP: 42119383
Endereço: Rodovia SC 437 KM 18, sn Igreja Católica. Riberao Do Cangueri. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 36430533
Modalidades: Educação Infantil
CO* Estaduais
IM10 Unidade: EEB Prof Luiz Felix Barreto
Código INEP: 42094437
Endereço: Estrada Geral, 0 São Tomas. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 36644773
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
IM11 Unidade: EEB Pref Pedro Bittencourt
Código INEP: 42094836
Endereço: Com Jose Inácio da Rocha, 104 Prédio. Centro. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 36477999
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
IM12 Unidade: EEB Prof Eulina Heleodoro Barreto
Código INEP: 42094844
Endereço: Rodovia SC 437 - KM 14, 0 Cangueri. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 36477796
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
IM13 Unidade: EIEF Tekoa Marangatu
Código INEP: 42142270
Endereço: Estrada Geral, 0 Aldeia. Riacho Ana Matias. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 36644782
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação Profissional, Educação de Jovens Adultos
IM14 Unidade: UD de Imaruí
Código INEP: 42151287
Endereço: Rua Antônio de Bittencourt Capanema, 0 Centro. 88770-000 Imaruí - SC.
Telefone: (48) 36477403
Modalidades: Educação de Jovens Adultos
Legenda: CO*: Código da escola de acordo com seu município de origem. Fonte: INEPDATA (2022), SED
(2022c) e ESCOLAS.ORG (2022)

No aspecto das matrículas, a média nos últimos sete anos foi de 1986. A cidade de
Imaruí apresentava pouca divergência, até o ano de 2021 quando evidenciou-se uma queda.
Neste mesmo ano o número de matrículas total foi de 1726 (Quadro 39). Diferente da maioria

65
dos municípios averiguados neste presente relatório, a maior quantidade dos estudantes está
vinculada a rede municipal de ensino.

Quadro 39 - Matrículas realizadas na cidade de Imaruí durante os anos de 2015 até 2021
Ano Esfera Pré-escola Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio Total geral
Municipal 293 465 251
2021 Estadual 170 336 211
Total 293 635 587 211 1726
Municipal 358 508 282
2020 Estadual 149 338 392
Total 358 657 620 392 2027
Municipal 356 528 319
2019 Estadual 142 319 401
Total 356 670 638 401 2065
Municipal 333 551 332
2018 Estadual 147 309 405
Total 333 698 641 405 2077
Municipal 314 594 372
2017 Estadual 135 306 319
Total 314 729 678 319 2040
Municipal 308 634 368
2016 Estadual 134 256 195
Total 308 768 624 195 1895
Municipal 251 681 312
2015 Estadual 148 367 315
Total 251 829 679 315 2074
Fonte: (SED, 2022d) e (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2021)

Na comparação da distorção idade/série, em Imaruí, houve uma manutenção de taxas


altas no ensino fundamental de 27% em 2010 que diminuiu para 18% em 2021 (Quadro 40).
Já o ensino médio subiu consideravelmente nos últimos anos, chegando em 2021 em 29%
(Gráfico 27). Mesmo apresentando diminuições na taxa a partir do ano de 2017 o ensino
médio ainda apresenta a maior distorção (Gráfico 27).

Quadro 40 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Imaruí

Ensino
Ano Fundamental Médio Ano Fundamental Médio
2010 27% 18% 2016 25% 30%
2011 27% 17% 2017 24% 40%
2012 24% 17% 2018 20% 35%
2013 24% 19% 2019 19% 33%
2014 24% 20% 2020 20% 27%
2015 25% 24% 2021 18% 29%
Fonte: (SED, 2022d)

66
Gráfico 27 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível Fundamental e Médio em
Imaruí

Comparativo - Ensino Fundamental e Médio

60%
40%
20%
0%
2010 2011
2012 2013
2014 2015
2016 2017
2018 2019 2020 2021

Ensino Fundamental Ensino Médio

Fonte: (SED, 2022d)

Recentemente no ano de 2020 a maior taxa de abandono escolar é proveniente do


ensino médio com 2,3%, apresentando a primeira série deste nível com os maiores índices, ou
seja, 3,7%. Vale destacar que durante o período de um ano, houve uma considerável
diminuição nessa fase do ensino médio. Em 2019 a taxa era de 9,3% (Quadro 41).

Quadro 41 - Dados sobre o abandono escolar em de Imaruí


Abandono
Ano Ens, - Anos Anos Ens., 1ª série EM 2ª série EM 3ª série EM
fundamental* Iniciais Finais médio*
2010 1,1% 0,0% 1,9% 3,9% 3,8% 3,4% 4,3%
2011 0,5% 0,0% 1,3% 1,7% 3,4% 1,9% 0,0%
2012 0,7% 0,2% 1,3% 4,7% 4,3% 8,3% 2,1%
2013 1,0% 0,3% 2,0% 6,6% 11,1% 1,7% 2,3%
2014 0,6% 0,1% 1,1% 5,8% 9,7% 3,7% 0,9%
2015 1,0% 0,5% 1,5% 4,9% 22,4% 3,0% 0,0%
2016 0,9% 0,5% 1,4% 3,6% 3,6% 2,8% 4,1%
2017 1,9% 0,3% 3,6% 4,9% 6,2% 2,8% 5,2%
2018 0,2% 0,3% 0,2% 2,0% 2,6% 1,6% 1,9%
2019 0,2% 0,0% 0,4% 10,5% 9,3% 9,1% 8,5%
2020 0,2% 0,0% 0,5% 2,3% 3,7% 1,7% 1,0%
Legenda: Fundamental*: Percentual total de abandando ensino fundamental; Médio: Percentual total de
abandando ensino fundamental. Fonte: (SED, 2022d)

67
2.4.8 José Boiteux

Em 1920, as companhias colonizadoras da cidade de Rio do Sul levaram imigrantes


alemães para as localidades vizinhas, e o perímetro de José Boiteux foi um dos escolhidos. As
terras pertenciam aos índios Xokleng, Kaingang e Guarani, que com o passar dos anos foram
encaminhados para reservas (IBGE, 2022e).
Inicialmente José Boiteux, fazia parte do município de Blumenau até o ano de 1934,
tornando-se em seguida um distrito do município de Ibirama em virtude da emancipação
daquela região (JOSÉ BOITEUX, 2022). Avançando na escala do tempo, José Boiteux inicia
seu processo de emancipação em 1989 através da Lei Estadual n° 7580 (JOSÉ BOITEUX,
2022).
Na região, o setor industrial envolve principalmente as atividades madeireiras, seguido
por pequenas indústrias de conserva e algumas facções têxteis, já o setor de comércio e
serviços, existe em pequena quantidade proporcionado uma rede de serviços que abastece o
mercado local (JOSÉ BOITEUX, 2022).
Vale destacar que a economia municipal gira principalmente em torno da agricultura,
caracterizada pelas pequenas propriedades rurais e dentre os cultivos a produção de fumo é
uma das principais fontes e renda do município, mas devido às grandes dificuldades
enfrentadas pelos produtores, alguns estão migrando para culturas alternativas, como a
produção de hortaliças, bem como a produção de leite (JOSÉ BOITEUX, 2022).

Características educacionais

Em 2022 José Boiteux apresenta oito escolas municipais e seis escolas estaduais.
Atualmente, neste município não existem unidades particulares na rede regular de ensino e
nem entidades de nível superior. No Quadro 42 é possível verificar as unidades escolares que
estarão inseridas no monitoramento no programa Gente Catarina. Do total das unidades 79%
estão localizadas em áreas rurais.

Quadro 42 - Unidades escolares participantes do monitoramento em José Boiteux


CO* Municipais
JB1 Unidade: Centro de Educação Infantil Branca de Neve
Código INEP: 42024056
Endereço: 15 de agosto, 64 Prédio. Centro. 89145-000 José Boiteux - SC.
Telefone: (47) 33527143
Modalidades: Educação Infantil
JB2 Unidade: Centro De Educação Infantil Rio Wiegand
Código INEP: 42024420
Endereço: Rio Wiegand, Predio Escolar. Rio Wiegand. 89145-000 José Boiteux - SC.
Telefone: (47) 33580206

68
Modalidades: Educação Infantil
JB3 Unidade: Escola Municipal De Ensino Fundamental Francisco Bertelli
Código INEP: 42024463
Endereço: Volta Grande, s/n Prédio. Volta Grande. 89145-000 José Boiteux - SC.
Telefone: (47) 984379222
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
JB4 Unidade: Centro De Educação Infantil Tia Pascoa
Código INEP: 42114888
Endereço: Ribeirao Griesebach, s/n Predio. Ribeirao Griesebach. 89145-000 José Boiteux - SC.
Telefone: (47) 33527030
Modalidades: Educação Infantil
JB5 Unidade: Escola Isolada Municipal Jesuino Dias De Oliveira
Código INEP: 42124794
Endereço: Aldeia Cafusos, s/n Prédio Escolar. Rio Laiesz. 89145-000 José Boiteux - SC.
Telefone: (47) 33527030
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
JB6 Unidade: Centro Educacional Municipal Amalia De Marchi Lunelli
Código INEP: 42148219
Endereço: 13 de Maio, 2757 Prédio. Centro. 89145-000 José Boiteux - SC.
Telefone: (47) 33527257
Modalidades: Ensino Fundamental
JB7 Unidade: Centro Indígena De Educação Infantil Olímpio Severino Da Silva
Código INEP: 42208220
Endereço: Aldeia Bugio, Sala. Terra Indígena. 89145-000 José Boiteux - SC.
Telefone: (47) 33527030
Modalidades: Educação Infantil, Educação Indígena
JB8 Unidade: Centro Indígena De Educação Infantil Jo To Aju
Código INEP: 42216214
Endereço: Aldeia Palmeirinha, S/N Sala. Terra Indígena. 89145-000 José Boiteux - SC.
Telefone: (47) 33527030
Modalidades: Educação Infantil, Educação Indígena
C Estaduais
JB9 Unidade: EEB Jose Clemente Pereira
Código INEP: 42024498
Endereço: Rua Sete de Setembro, 157 Centro. 89145-000 José Boiteux - SC.
Telefone: (47) 33527144
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
JB10 Unidade: EIEF Vanhecu Patte
Código INEP: 42104866
Endereço: Aldeia Do Bugio Jose Boiteux, 0 Escola. Aldeia Bugio. 89145-000 José Boiteux - SC.
Telefone: (47) 36644584
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
JB11 Unidade: EIEF Luzia Meiring Nunc Nfoonro
Código INEP: 42114870
Endereço: Rio Do Toldo, 0 Escola. Toldo. 89145-000 José Boiteux - SC.
Telefone: (47) 36644586
Modalidades: Ensino Fundamental
JB12 Unidade: EIEB LAKLANO
Código INEP: 42144205
Endereço: Terra Indígena Laklano, 0 Estrada Geral. Aldeia Palmeirinha. 89145-000 José Boiteux - SC.
Telefone: (47) 36644583
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens Adultos, Educação Indígena
JB13 Unidade: EEF Prof Joao Bonelli
Código INEP: Não informado
Endereço: Estrada Geral
Telefone: (47) 8468084
Modalidades: Ensino Fundamental
JB14 Unidade: EIEF Taquaty
Código INEP: Não informado
Endereço: Reserva Indígena Bugio
Telefone: Não informado
Modalidades: Ensino Fundamental, Educação Indígena
Fonte: INEPDATA (2022), SED (2022c) e ESCOLAS.ORG (2022)

69
No município de Jose Boiteux houve um crescimento das matrículas nos últimos sete
anos, com uma média de 1378. Em 2021 foram realizadas 1433 matrículas. A rede municipal
contempla a maioria dos estudantes (Quadro 43).

Quadro 43 - Matrículas realizadas na cidade de José Boiteux durante os anos de 2015 até
2021
Ano Esfera Pré-escola Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio Total geral
Municipal 199 376 187
2021 Estadual 172 250 249
Total 199 548 437 249 1433
Municipal 205 357 189
2020 Estadual 154 255 270
Total 205 511 444 270 1430
Municipal 191 338 208
2019 Estadual 148 251 258
Total 191 486 459 258 1394
Municipal 181 322 183
Estadual 162 285 281
2018
Privada 2 3
Total 181 486 471 281 1419
Municipal 153 320 171
Estadual 169 285 209
2017
Privada 4
Total 153 493 456 209 1311
Municipal 165 250 217
2016 Estadual 238 228 232
Total 165 488 445 232 1330
Municipal 157 280 222
2015 Estadual 242 232 202
Total 157 522 454 202 1335
Fonte: (SED, 2022d) e (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2021)

No aspecto da distorção da idade/série, o ensino médio apresenta a maior parcela com


níveis de 31% no ano de 2021 (Quadro 44). Apesar do ensino fundamental também apresentar
níveis altos, esses valores vêm diminuindo, de forma sutil, nos últimos anos (Gráfico 28).

Quadro 44 - Dados sobre a distorção idade/série dos estudantes de José Boiteux

Ensino Ensino
Ano Fundamental Médio Ano Fundamental Médio
2010 19% 27% 2016 17% 32%
2011 13% 25% 2017 17% 34%
2012 17% 23% 2018 16% 31%
2013 16% 24% 2019 15% 31%
2014 16% 25% 2020 15% 32%
2015 17% 24% 2021 14% 31%
Fonte: (SED, 2022d)

70
Gráfico 28 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível fundamental e médio em José
Boiteux

Comparativo - Ensino Fundamental e Médio

50%

0%
2010 2011
2012 2013
2014 2015
2016 2017
2018 2019 2020 2021

Ensino Fundamental Ensino Médio

Fonte: (SED, 2022d)

No caso do abandono escolar a média do ensino médio apresenta as maiores taxas.


Entre os anos de 2017 a 2020, houve uma diminuição partindo de índices de 15,9% para
6,7%, contudo uma atenção maior deve ser destinada para a terceira série do ensino médio
com 13,8% em 2020 (Quadro 45).

Quadro 45 - Dados sobre o abandono escolar em de Jose Boiteux


Abandono
Ano Ens, - Anos Anos Ens., 1ª série EM 2ª série EM 3ª série EM
fundamental* Iniciais Finais médio*
2010 1,0% 0,0% 2,1% 9,7% 9,9% 13,3% 3,9%
2011 0,8% 0,4% 1,5% 11,8% 16,1% 13,2% 4,5%
2012 1,1% 0,0% 2,5% 10,2% 10,9% 13,2% 6,0%
2013 0,8% 0,0% 1,9% 8,2% 7,2% 12,3% 3,6%
2014 0,5% 0,4% 0,6% 7,7% 9,5% 7,4% 4,3%
2015 0,2% 0,0% 0,5% 5,6% 6,4% 8,1% 0,0%
2016 1,0% 0,0% 2,1% 14,3% 15,0% 36,3% 6,1%
2017 0,8% 0,0% 1,7% 15,9% 13,9% 15,8% 25,0%
2018 0,4% 0,0% 0,9% 6,9% 6,2% 7,9% 7,0%
2019 0,2% 0,0% 0,4% 7,7% 11,8% 6,2% 3,2%
2020 0,4% 0,0% 0,9% 6,7% 2,0% 4,7% 13,8%
Legenda: Fundamental*: Percentual total de abandando ensino fundamental; Médio: Percentual total de
abandando ensino fundamental

71
2.4.9 Santa Terezinha

O município é um dos principais núcleos de colonização eslava de Santa Catarina.


(SANTA CATARINA, 2022). Sua emancipação ocorreu em 26 de setembro de 1991, pela lei
8.349, fazendo com que o município deixasse de ser um distrito pertencentes à Itaiópolis. Seu
território conta com uma extensão de 718.81 km² (SANTA TEREZINHA, 2022).
A colonização do município de Santa Terezinha iniciou-se na década de 1930 a 1940,
e recebeu o maior número de pessoas entre os anos de 1940 e 1980. Como destaque a cidade
apresenta principalmente a alimentação, os ritos religiosos e o idioma, devido a colonização
por famílias de descendência ucraniana e polonesa (SANTA TEREZINHA, 2022).
A principal atividade econômica no Município é a agricultura, em especial pelo
cultivo do fumo e da produção de mel, já no aspecto do turismo as belezas naturais estão
presentes em todo território, como principal atração turística do Município a destaque para o
Morro do Taió, sendo possível localizar na cidade cachoeiras, pequenas grutas situadas ao
longo do Rio Itajaí bem como lindos vales com vegetação nativa (SANTA TEREZINHA,
2022).
Um ponto interessante sobre está na permanência da população na localidade.
Inicialmente, os jovens que moram na área rural do município de Santa Terezinha não
observam oportunidades para sua permanência na localidade (STALOCH e ROCHA, 2018).
De acordo com uma pesquisa desenvolvida pelos mesmos autores, após execução de projeto
para sensibilização da comunidade sobre sua permanência no campo, novas possibilidades
foram enxergadas e representadas, tais como: a possibilidade de produção de orgânicos,
implementar a multicultura, empregar os saberes populares para impulsionar o artesanato, a
culinária, o turismo rural e dentre outros aspectos (STALOCH e ROCHA, 2018).

Características educacionais

Em 2022 Santa Terezinha apresentou sete escolas municipais e três escolas estaduais.
Atualmente, neste município não existem unidades particulares na rede regular de ensino e
nem entidades de nível superior. No quadro 46 é possível verificar as unidades escolares que
estarão inseridas no monitoramento do programa Gente Catarina. Do total das unidades 70%
estão inseridas em áreas rurais.

72
Quadro 46 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Santa Terezinha
CO* Municipais
ST1 Unidade: Centro de Educação Infantil Vovó Maria
Código INEP: 42039541
Endereço: Estrada Geral Rio da Anta, S/N Rio da Anta. 89199-000 Santa Terezinha - SC.
Telefone: (47) 35560044
Modalidades: Educação Infantil
ST2 Unidade: Escola Básica Municipal Cristo Redentor
Código INEP: 42039550
Endereço: Estrada Geral Craveiro, 1167 Escola. Craveiro. 89199-000 Santa Terezinha - SC.
Telefone: (47) 31351035
Modalidades: Ensino Fundamental
ST3 Unidade: Escola Municipal Itaio Sertão
Código INEP: 42039606
Endereço: Estrada Geral Itaio Sertão, S/N Itaio Sertão. 89199-000 Santa Terezinha - SC.
Telefone: (47) 997380177
Modalidades: Ensino Fundamental
ST4 Unidade: Centro de Educação Infantil Professora Maria Oribka Keretz
Código INEP: 42087775
Endereço: Estrada Geral Craveiro, s/n Escola. Craveiro. 89199-000 Santa Terezinha - SC.
Telefone: (47) 96367012
Modalidades: Educação Infantil
ST5 Unidade: Pré-Escolar Pequeno Príncipe
Código INEP: 42122082
Endereço: Estrada Geral Itaio Sertão, s/n Itaio Sertão. 89199-000 Santa Terezinha - SC.
Telefone: (47) 997380177
Modalidades: Educação Infantil
ST6 Unidade: Escola Básica Municipal Alto Rio Da Anta
Código INEP: 42131375
Endereço: Estrada Geral Rio Da Anta, 1663 Escola. Rio da Anta. 89199-000 Santa Terezinha - SC.
Telefone: (47) 31350038
Modalidades: Ensino Fundamental
ST7 Unidade: Centro de Educação Infantil Criança Feliz
Código INEP: 42142393
Endereço: Brunislau Blonkowski, 194 Centro. 89199-000 Santa Terezinha - SC.
Telefone: (47) 35560151
Modalidades: Educação Infantil
C Estaduais
ST8 Unidade: EEB Pe João Kominek
Código INEP: 42039576
Endereço: Rua Bruno Pieczarka, 1118 Centro. 89199-000 Santa Terezinha - SC.
Telefone: (47) 35628452
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
ST9 Unidade: UD de Santa Terezinha
Código INEP: 42146488
Endereço: Rua Silvino Longen, 0 Prédio. Centro. 89199-000 Santa Terezinha - SC.
Telefone: (47) 35560274
Modalidades: Educação de Jovens Adultos
ST10 Unidade: EEB Joao Kuchler
Código INEP: 42274265
Endereço: Estrada Geral de Rio da Anta, 1163 Rio da Anta. Rio da Anta. 89199-000 Santa Terezinha - SC.
Telefone: (47) 36644800
Modalidades: Ensino Médio
Legenda: CO*: Código da escola de acordo com seu município de origem. Fonte: INEPDATA (2022), SED
(2022c) e ESCOLAS.ORG (2022)

Santa Terezinha é outro município com taxas consideráveis no aspecto da diminuição


de matrículas. Em 2015 foram registradas 1622, já em 2021 o número passou para 1357. A
média do município foi de 1481 matrículas, durante período de 11 anos. Apesar da pandemia

73
de coronavírus possivelmente ter influenciado na diminuição de 2021, essa queda já era
observada em anos anteriores (Quadro 47). A maioria das matrículas foram realizadas nas
escolas municipais.

Quadro 47 - Matrículas realizadas na cidade de Santa Terezinha durante os anos de 2015 até 2021
Ano Esfera Pré-escola Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio Total geral
Municipal 206 299 202
2021 Estadual 174 182 294
Total 206 473 384 294 1357
Municipal 187 306 233
2020 Estadual 185 198 295
Total 187 491 431 295 1404
Municipal 186 294 250
2019 Estadual 178 196 306
Total 186 472 446 306 1410
Municipal 204 296 277
2018 Estadual 174 225 326
Total 204 470 502 326 1502
Municipal 200 303 297
2017 Estadual 173 223 293
Total 200 476 520 293 1489
Municipal 207 331 308
2016 Estadual 172 252 317
Total 207 503 560 317 1587
Municipal 175 375 285
2015 Estadual 157 282 348
Total 175 532 567 348 1622
Fonte: (SED, 2022d) e (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2021)

Em relação ao ensino a taxa de distorção por idade/série diminuiu em ambos os níveis


do ensino fundamental e médio. A prevalência das maiores taxas está no ensino médio, que
em 2021 apresentou o valor de 11% (quadro 48). No gráfico 29 observar-se uma considerável
diminuição das porcentagens durante o decorrer dos anos no ensino fundamental.

Quadro 48 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Santa Terezinha


Ensino Ensino
Ano Fundamental Médio Ano Fundamental Médio
2010 17% 19% 2016 9% 14%
2011 16% 20% 2017 7% 23%
2012 11% 22% 2018 5% 19%
2013 10% 20% 2019 5% 11%
2014 11% 13% 2020 5% 13%
2015 11% 11% 2021 5% 11%
Fonte: (SED, 2022d)

74
Gráfico 29 - Comparativo da distorção Idade/Série entre nível fundamental e médio em Santa
Terezinha

Comparativo - Ensino Fundamental e Médio

40%

20%

0%
2010 2011
2012 2013
2014 2015
2016 2017
2018 2019 2020 2021

Ensino Fundamental Ensino Médio

Fonte: (SED, 2022d)

Santa Terezinha apresentou consideráveis diminuições nas taxas de abandono escolar


entre 2010 até 2020, em especial para o ensino médio. Contudo a média desse nível de ensino
continua mantendo os maiores valores em relação aos demais níveis, sendo em 2020 de 1,4%,
com destaque a terceira série do ensino médio, que apresentou 3,8% do total de estudantes
(Quadro 49).

Quadro 49 - Dados sobre o abandono escolar em Santa Terezinha


Abandono
Ano Ens, fundamental* Anos Iniciais Anos Finais Ens., médio* 1ª série EM 2ª série EM 3ª série EM

2010 0,6% 0,0% 1,2% 7,4% 13,6% 5,4% 0,9%


2011 0,3% 0,0% 0,6% 7,2% 12,1% 6,0% 0,9%
2012 0,2% 0,0% 0,4% 3,5% 5,5% 3,2% 0,9%
2013 0,1% 0,0% 0,2% 3,9% 5,8% 3,9% 1,0%
2014 0,0% 0,0% 0,0% 1,6% 1,8% 2,1% 0,9%
2015 0,3% 0,2% 0,4% 1,5% 0,0% 1,9% 1,4%
2016 0,4% 0,0% 0,7% 2,6% 2,5% 2,2% 2,7%
2017 0,0% 0,0% 0,0% 1,3% 0,7% 2,8% 0,0%
2018 0,2% 0,0% 0,4% 4,0% 3,4% 6,0% 2,1%
2019 0,1% 0,0% 0,2% 3,3% 1,7% 6,6% 2,1%
2020 0,2% 0,0% 0,4% 1,4% 0,9% 0,0% 3,8%
Legenda: Fundamental*: Percentual total de abandando ensino fundamental; Médio: Percentual total de
abandando ensino fundamental. Fonte: (SED, 2022d)

75
2.4.10 Vitor Meireles

O município teve sua colonização englobando principalmente imigrantes Italianos,


Alemães e Poloneses (VITOR MEIRELES, 2022). De acordo com os dados históricos, por
volta do ano de 1935, chegam os primeiros imigrantes, assim originou-se um pequeno
povoado com o nome de Rio Preso (VITOR MEIRELES, 2022).
Em 1989, após todo o trabalho feito pelas lideranças locais e tendo o apoio da maioria dos
Deputados da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina, ocorreu a emancipação do
município de Vitor Meireles por meio da Lei Estadual Nº 7.579 (IBGE, 2022f).
Atualmente Vitor Meireles, possui uma área territorial que abrange 371,560 km²,
inserido no Bioma Mata Atlântica, pertencente ao Vale Norte do Alto Vale do Itajaí, distante
a 270 km da capital do Estado de Santa Catarina. (VITOR MEIRELES, 2022).
No município é presente a arquitetura religiosa, visível por meio da Igreja Matriz
Santa Catarina. Além da sua beleza externa, essa construção apresenta em seu interior
arabescos do artista Cechet Pierrú. Vitor Meireles apresenta destaque para o artesanato, como
exemplos temos o crochê, pintura, tricô, o trabalho confeccionado por índios da Reserva
Duque de Caxias e dentre outros (VITOR MEIRELES, 2022).
Cabe destacar que no município temos as aldeias Palmeira e Coqueiro, que fazem
parte da Reserva Indígena Duque de Caxias, onde residem aproximadamente 70 famílias de
origem das tribos Xocleng, Kaigang, Guaranis e Botocudos (VITOR MEIRELES, 2022).

Características educacionais

Em 2022 Vitor Meireles apresenta Seis escolas municipais e quatro escolas estaduais.
Atualmente, neste município não existem unidades particulares na rede regular de ensino e
nem entidades de nível superior. No quadro 50 é possível verificar as unidades escolares que
estarão inseridas no monitoramento no programa Gente Catarina. Do total das unidades 30%
estão inseridas em áreas rurais.

Quadro 50 - Unidades escolares participantes do monitoramento em Vitor Meireles


CO* Municipais
VM1 Unidade: Escola Municipal Serra da Abelha
Código INEP: 42024587
Endereço: Serra da Abelha I, S/N Estrada Geral. Serra da Abelha I. 89148-000 Vitor Meireles - SC.
Telefone: (47) 984863236
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental

76
VM2 Unidade: ESCOLA MUNICIPAL RIO DENECKE
Código INEP: 42024714
Endereço: Rio Denecke II, s/n Interior. Localidade. 89148-000 Vitor Meireles - SC.
Telefone: (47) 32580542
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
VM3 Unidade: Escola Municipal Salto Dolmann
Código INEP: 42024749
Endereço: Salto Dollmann, sn Area Rural. Localidade. 89148-000 Vitor Meireles - SC.
Telefone: (47) 32580496
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
VM4 Unidade: Escola Municipal Barra Da Prata
Código INEP: 42070163
Endereço: Barra da Prata, 39 Barra da Prata. 89148-000 Vitor Meireles - SC.
Telefone: (47) 984980890
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
VM5 Unidade: Centro de Educação Infantil Chapeuzinho Vermelho
Código INEP: 42143047
Endereço: Afonso Rinaldi, 176 Palmitos. 89148-000 Vitor Meireles - SC.
Telefone: (47) 32580391
Modalidades: Educação Infantil
VM6 Unidade: Escola Municipal Vitor Meireles
Código INEP: 42331315
Endereço: João Francisco Coser, 71 Palmitos. 89148-000 Vitor Meireles - SC.
Telefone: (47) 32580366
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental
CO* Estaduais
VM7 Unidade: EEB Professor João Vendrami
Código INEP: 42024528
Endereço: Rua Frederico Schramm, 0 Barra da Prata. 89148-000 Vitor Meireles - SC.
Telefone: (47) 36644672
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
VM8 Unidade: EEB Victor Meirelles
Código INEP: 42024536
Endereço: Rua Leopoldo Krambeck, 38 Centro. 89148-000 Vitor Meireles - SC.
Telefone: (47) 33578997
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
VM9 Unidade: UD de Vitor Meireles
Código INEP: 42156602
Endereço: Rua Santa Catarina, 3058 Palmito. 89148-000 Vitor Meireles - SC.
Telefone: (47) 32580211
Modalidades: Educação de Jovens Adultos
VM10 Unidade: EEB Dom Pedro I
Código INEP: Não informado
Endereço: Não informado
Telefone: (47) 36540160
Modalidades: Ensino Médio
Fonte: INEPDATA (2022), SED (2022c) e ESCOLAS.ORG (2022)

Vitor Meireles apresentou considerável queda nas matrículas, ocorrendo


principalmente a partir de 2018. Atualmente a média de matrículas no município é de 1016.
Em 2021 foram registradas 955. A pandemia pode ter sido um dos possíveis fatores para
potencializar essa diminuição (Quadro 51). A rede estadual foi a que realizou maior número
de matrículas em 2021.

77
Quadro 51 - Matrículas realizadas na cidade de Vitor Meireles durante os anos de 2015 até
2021
Ano Esfera Pré-escola Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio Total geral
Municipal 114 337
2021 Estadual 323 181
Total 114 337 323 181 955
Municipal 135 329
2020 Estadual 340 187
Total 135 329 340 187 991
Municipal 135 335
2019 Estadual 364 193
Total 135 335 364 193 1027
Municipal 127 358
2018 Estadual 364 196
Total 127 358 364 196 1045
Municipal 126 375
2017 Estadual 378 151
Total 126 375 378 151 1030
Municipal 125 402
2016 Estadual 376 137
Total 125 402 376 137 1040
Municipal 107 394
2015 Estadual 358 166
Total 107 394 358 166 1025
Fonte: (SED, 2022d) e (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2021)

Sobre a distorção idade/série, inicialmente as maiores taxas estavam localizadas no


ensino fundamental, mas com o passar dos anos ocorreu uma alteração. O ensino médio
apresentou em 2021 20% e o fundamental 11% (Quadro 52). No gráfico 30 é possível
observar essa evolução com maiores detalhes.

Quadro 52 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de Vitor Meireles

Ensino
Ano Fundamental Médio Ano Fundamental Médio
2010 17% 16% 2016 16% 17%
2011 16% 12% 2017 18% 19%
2012 12% 16% 2018 14% 18%
2013 12% 18% 2019 13% 19%
2014 15% 15% 2020 13% 18%
2015 15% 16% 2021 11% 20%
Fonte: (SED, 2022d)

78
Gráfico 30 - Comparativo da distorção idade/série entre nível fundamental e médio em Vitor
Meireles

Comparativo - Ensino Fundamental e médio

20%
15%
10%
5%
0%
2010 2011
2012 2013
2014 2015
2016 2017
2018 2019 2020 2021

Fundamental Médio

Fonte: (SED, 2022d)

As taxas de abandono apresentadas no ensino fundamental diminuíram nos últimos


anos, bem como as do ensino médio. Todavia uma porcentagem significativa prevalece no
ensino médio, com valor em 2020 de 6,4%. Neste ano a segunda série do ensino médio
apresentou a maior taxa de abandono deste nível, totalizando 8,4% (Quadro 53).

Quadro 53 - Dados sobre o abandono escolar em Vitor Meireles


Abandono
Ano Ens, - Anos Anos Ens., 1ª série EM 2ª série EM 3ª série EM
fundamental* Iniciais Finais médio*
2010 1,1% 0,0% 1,9% 11,0% 17,5% 4,3% 4,6%
2011 0,5% 0,0% 1,2% 4,3% 8,7% 2,1% 1,8%
2012 0,5% 0,0% 1,2% 11,7% 25,3% 6,8% 3,5%
2013 0,5% 0,0% 1,0% 16,3% 22,1% 14,6% 5,0%
2014 1,3% 0,0% 3,1% 14,8% 22,0% 9,1% 8,7%
2015 0,6% 0,0% 1,4% 11,5% 41,6% 5,0% 1,4%
2016 0,0% 0,0% 0,0% 5,0% 8,0% 0,0% 1,9%
2017 0,4% 0,0% 0,8% 2,7% 2,5% 0,0% 14,3%
2018 0,7% 0,0% 1,4% 5,1% 5,1% 8,1% 1,8%
2019 0,4% 0,0% 0,9% 4,8% 1,4% 11,5% 1,8%
2020 0,0% 0,0% 0,0% 6,4% 6,2% 8,4% 4,1%
Legenda: Fundamental*: Percentual total de abandando ensino fundamental; Médio: Percentual total de
abandando ensino fundamental. Fonte: (SED, 2022d)

79
2.4.11 São João do Sul

A cidade de São João do Sul situa-se no extremo-sul de Santa Catarina, e destaca-se por
ser um município com forte produção agrícola, apresentando relevância para o plantio de
arroz, milho, fumo, morango, maracujá, abacaxi e mandioca (Santa Catarina, 2022).
Os indígenas foram os primeiros habitantes da localidade, contribuindo para o primeiro
povoamento da região. Na sequência a região foi colonizada por alemães, descendentes de
açorianos e italianos (IBGE, 2022g).
Cabe enfatizar que nessa localidade ocorre a realização de festas famosas na localidade,
sendo possível citar a Festa do Santo Padroeiro São João Batista, do Colono e o Rodeio
Crioulo Nacional (Santa Catarina, 2022).

Características educacionais

Em 2022 São João do Sul apresentou seis escolas municipais e uma escola estadual.
Atualmente, neste município não existem unidades particulares na rede regular de ensino e
nem entidades de nível superior. No quadro 54 é possível verificar as unidades escolares que
estarão inseridas no monitoramento do programa Gente Catarina. Do total das unidades 86%
estão inseridas em áreas urbanas.

Quadro 54 - Unidades escolares participantes do monitoramento em São João do Sul


CO* Municipais
SJ1 Unidade: EEB Prefeito Quintiliano Joao Pacheco
Código INEP: 42075505
Endereço: RUA Jaime Grundler, S/N Centro. 88970-000 São João do Sul - SC.
Telefone: (48) 35390200
Modalidades: Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação de Jovens Adultos
SJ 2 Unidade: EEB CAETANO LUMMERTZ
Código INEP: 42079403
Endereço: Rod. Ari Pedro Borges SC 290, SN Pred. Escolar. Vila Santa Catarina. 88970-000 São João do
Sul - SC.
Telefone: (48) 34782322
Modalidades: Ensino Fundamental
SJ 3 Unidade: EEB Vila Velha II
Código INEP: 42079438
Endereço: Rua Antonio Prudêncio Roxo Santa Catarina São João do sul SC Brasil 88970000, SN Prédio
Escolar. Vila Conceição. 88970-000 São João do Sul - SC.
Telefone: (48) 35399157
Modalidades: Ensino Fundamental
SJ 4 Unidade: CEI Paraíso da Criança
Código INEP: 42117917
Endereço: AV Nereu Ramos 386 Santa Catarina São João Do Sul SC Brasil 88970000, 386 Prédio Escolar.
CENTRO. 88970-000 São João do Sul - SC.
Telefone:
Modalidades: Educação Infantil

80
SJ 5 Unidade: CEI Prof. Geoslane Pereira Magnus
Código INEP: 42155576
Endereço: SC 290, SN Vila Santa Catarina. 88970-000 São João do Sul - SC.
Telefone: (48) 35395041
Modalidades: Educação Infantil
SJ 6 Unidade: CEI João Vitorino Lopes
Código INEP: 42188806
Endereço: RUA Antonio Prudêncio Roxo, Sn Vila Conceição. 88970-000 São João do Sul - SC.
Telefone: (48) 35390214
Modalidades: Educação Infantil
CO* Estaduais
SJ 7 Unidade: EEB Prof. Maria Solange Lopes de Borba
Código INEP: 42079683
Endereço: RUA JAIME GRUNDLER, 468 CENTRO. 88970-000 São João do Sul
Telefone: (48) 35290226
Modalidades: Ensino Fundamental, Ensino Médio
Fonte: INEPDATA (2022), SED (2022c) e ESCOLAS.ORG (2022)

São João do Sul, nos últimos anos, apresentou uma elevação seguida de uma queda no
número de matrículas. Atualmente a média de matrículas no município é de 1336. Em 2021
foram registradas 1351 (Quadro 55). A rede municipal foi a que realizou maior número de
matrículas em 2021.

Quadro 55 - Matrículas realizadas na cidade de São João do Sul durante os anos de 2015 até
2021
Ano Esfera Pré-escola Anos Iniciais - EF Anos Finais - EF Ensino Médio Total geral
Municipal 204 510 199

2021 Estadual 198 240

Total 204 510 397 240 1351

Municipal 216 518 228

2020 Estadual 207 247

Total 216 518 435 247 1416

Municipal 196 522 207

2019 Estadual 195 245

Total 196 522 402 245 1365

Municipal 172 470 234

2018 Estadual 214 231

Total 172 470 448 231 1321

Municipal 192 469 240

2017 Estadual 224 167

Total 192 469 464 167 1292

2016 Municipal 156 501 221

81
Estadual 199 215

Total 156 501 420 215 1292

Municipal 134 479 218

2015 Estadual 216 270

Total 134 479 434 270 1317


Fonte: (SED, 2022d) e (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2021)

Sobre a distorção idade/série, em 2010 as maiores taxas estavam localizadas no ensino


fundamental, mas com o passar dos anos ocorreu uma inversão considerável entre as
modalidades de ensino. Em 2021 o ensino médio apresentou 36% enquanto no fundamental a
taxa era de 17% (Quadro 56). No gráfico 31 é possível observar alteração entre as duas
modalidades.

Quadro 56 - Dados sobre a distorção Idade/Série dos estudantes de São João do Sul

Ensino Ensino
Ano Fundamental Médio Ano Fundamental Médio
2010 16% 11% 2016 16% 19%
2011 16% 12% 2017 18% 23%
2012 14% 15% 2018 18% 21%
2013 14% 13% 2019 18% 23%
2014 15% 17% 2020 20% 31%
2015 15% 24% 2021 17% 36%
Fonte: (SED, 2022d)

Gráfico 31 - Comparativo da distorção idade/série entre nível fundamental e médio em São


João do Sul

Comparativo - Ensino Fundamental e médio

40%

20%

0%
2010 2011 2012
2013 2014
2015 2016
2017 2018
2019 2020 2021

Fundamental Médio

Fonte: (SED, 2022d)


As taxas de abandono apresentadas no ensino fundamental e no ensino médio
diminuíram nos últimos anos. Contudo a maior porcentagem em 2020 prevalece no ensino

82
médio, com valor de 1,2%. Neste ano a primeira série do ensino médio apresentou a maior
taxa de abandono totalizando 1,9% (Quadro 55).

Quadro 575 - Dados sobre o abandono escolar em São João do Sul


Abandono
Ano Ens, - Anos Anos Ens., 1ª série EM 2ª série EM 3ª série EM
fundamental* Iniciais Finais médio*
2010 1 0 1,9 6,3 7,2 7,5 3,4
2011 0,6 0 1,3 8 11 6,9 6,2
2012 0,6 0 1,3 10,2 15,2 6,2 8,5
2013 0,2 0 0,4 11,9 23,9 4,1 0
2014 0,3 0,2 0,6 10,6 17,5 8,5 0
2015 0,8 0,4 1,1 17,5 44,1 11,9 0
2016 0,3 0 0,7 7,8 14,7 10,4 0
2017 0,1 0 0,2 3,5 2,7 2,7 10
2018 1,6 0,2 2,9 11,6 19,5 5,2 4,4
2019 0,1 0 0,2 4,9 3,8 2,4 9,5
2020 0,1 0 0,3 1,2 1,9 0 1,4
Legenda: Fundamental*: Percentual total de abandando ensino fundamental; Médio: Percentual total de
abandando ensino fundamental. Fonte: (SED, 2022d)

83
3 REGISTRO DAS PARTES INTERESSADAS

Os gestores e equipes que serão impactados diretamente pelo monitoramento estão


descritos a seguir em diferentes núcleos, como estadual envolvendo o estado de Santa
Catarina, regional englobando as coordenadorias regionais de educação, municipais
envolvendo as prefeituras e suas respectivas secretarias municipais de educação.
Na figura quatro é possível observar essa hierarquia. Durante o decorrer deste documento
será apresentado as informações de cada órgão.

Figura 4 - Anagrama representando a hierarquia dos órgãos participantes do monitoramento

Legenda: CRE: Coordenadorias Regionais de Educação. SEMED: Secretarias Municipais de Educação. Fonte:
Autoria própria

3.1 NÚCLEO ESTADUAL

Neste nível, temos a identificação do Governo de Santa Catarina, sendo representado pela
(SED) Secretaria Estadual de Educação (Quadro 58).

Quadro 58 - Dados da Secretaria Estadual de Educação (SED)

Governo de Santa Catarina


Órgão: Secretaria Estadual de Educação
Telefone: (48) 3664-0000
Endereço: Rua Antônio Luz, nº 111
Fonte: Governo de Santa Catarina

84
3.2 NÚCLEO REGIONAL

Fazem parte do monitoramento na área de Rio do Sul seis CRE(s). Abaixo é possível
verificar os dados de contato das coordenadorias, bem como os municípios que estão
vinculados em cada região (Quadro 59).

Quadro 59 - Coordenadorias Regionais de Educação


Brusque
E-mail: gereduc16@sed.sc.gov.br
Telefone: 47) 3251-8142, 3251-8128, 3251-8106, 3251-8126
Endereço: Rua Barão do Rio Branco, 206 Ed Becker - Centro
Responsável(a): Janete ou Odair Bozio
Municípios: Canelinha e Major Gercino
Ibirama
E-mail: gereduc14@sed.sc.gov.br
Telefone: (47) 3357-8900, 3357-8929
Endereço: Rua: Dr Getúlio Vargas, n⁰ 1738, Bela Vista, CEP 89.150-000, Ibirama
Responsável(a): Luci Lopes
Municípios: José Boiteux e Vitor Meireles
Ituporanga
E-mail: gereduc13@sed.sc.gov.br
Telefone: (47) 3533-8700, 3533-8706, 3533-8712,
Endereço: Rua Tenente Jacob Philippe, 275 - Centro - CEP: 88.400-000
Responsável(a): Elisete Borges dos Santos Wagner
Municípios: Alfredo Wagner e Leoberto Leal
Florianópolis
E-mail: gereduc18@sed.sc.gov.br
Telefone: (48) 3665-6601, 3665-6602 3665-6603
Endereço: Rua Irmã Bonavita, nº 240, Bairro Capoeiras, Florianópolis - CEP 88.090-150
Responsável(a): Grasiela Monteiro Epping
Municípios: Angelina e Anitápolis
Laguna
E-mail: gereduc19@sed.sc.gov.br
Telefone: (48) 3647-7742, 3647-7746, 3647-7723, 3647-7722
Endereço: AV. Colombo Machado Salles, s/n, Bairro Progresso - Centro Administrativo Hindemburgo Moreira
- CEP: 88790-000
Responsável(a): Renata Brunato Freitas
Municípios: Imaruí
Taió
E-mail: gereduc34@sed.sc.gov.br
Telefone: (47) 3562-8400, 3562-8409, 3562-8414
Endereço: Rua do Seminário, 303, Bairro Seminário - CEP: 89.190-000
Responsável(a): Patrícia Anderle Schreiber ou atual - Andrea Leandro Block
Municípios: Santa Terezinha
Araranguá
E-mail: gereduc22@sed.sc.gov.br
Telefone: (48) 3529-0049/ 3529-0051/3529-0094
Endereço: Rua Antonio Bertoncini, 44, Cidade Alta – 88.901-022
Responsável(a): Rosane Castelan
Municípios: São João do Sul
Fonte: Governo de Santa Catarina

85
3.3 NÚCLEO MUNICIPAL

Este núcleo é apresentado em duas etapas. No quadro 60 estão presentes os dados dos
municípios que vão fazer parte da primeira fase do programa de monitoramento, apresentando
os dados de contato das prefeituras e das secretarias de educação. No quadro 61 estão
disponíveis as informações dos municípios participantes da segunda fase do monitoramento.

Quadro 60 - Prefeitos(as) e Vice-prefeitos(as) da primeira etapa do programa

Alfredo Wagner
Prefeitura Secretaria de educação
E-mail: prefeitura@alfredowagner.sc.gov.br E-mail: Não informado
Telefone: (48) 3276-1211 Telefone: Não informado
Endereço: R. Anitapolis, 250 - Alfredo Wagner, SC, Endereço: Não informado
88450-000 Secretário(a): Beatriz Silvestri Onofre
Prefeito(a): Gilmar Sani
Vice-prefeito(a): Jaison Werlich
Angelina
Prefeitura Secretaria de educação
E-mail: administracao@angelina.sc.gov.br E-mail: educacaoangelina@angelina.sc.gov.br
Telefone: (48) 3274-1301 Telefone: (48) 3274-1155
Endereço: R. Manoel Lino Koerich, 80 - Centro, Angelina Endereço: R. Manoel Lino Koerich, 89 - Centro, Angelina /
/ SC SC
Prefeito(a): Roseli Anderle Secretário(a): Camila de Medeiros Espindola
Vice-prefeito(a): Sergio Murilo Costa
Anitápolis
Prefeitura Secretaria de educação
E-mail: laudir@anitapolis.sc.gov.br E-mail: educacaoanitapolis@yahoo.com.br
Telefone: (48) 3256-0131 Telefone: (48) 3256-0188
Endereço: Rua Gonçalves Júnior, 260 Endereço: R. Manoel Lino Koerich, 89 - Centro, Angelina /
Prefeito(a): Solange Back SC
Vice-prefeito(a): Rogerio Hasse Secretário(a): Rogério Meyer
Leoberto Leal
Prefeitura Secretaria de educação
E-mail: gabinete@leobertoleal.sc.gov.br E-mail: educacao@leobertoleal.sc.gov.br
Telefone: 48) 3268-1212 Telefone: (48) 3268-1212 [R: 207]
Endereço: R: Mainolvo Lehmkuhl, 20, Centro Endereço: Rua Mainolvo Lehmkuhl, 20
Prefeito(a): Vitor Norberto Alves Secretário(a): Suzete Coelho Leal
Vice-prefeito(a): Arno Haschel Lohn
Major Gercino
Prefeitura Secretaria de educação
E-mail: prefeito@majorgercino.sc.gov.br E-mail: educacao@majorgercino.sc.gov.br
Telefone: (48) 3273-1122 Telefone: Não informado
Endereço: Praça Geronimo Silveira Albanaes, 78 Endereço: Não informado
Prefeito(a): Valmor Pedro Kammers Secretário(a): Bruno Roberto Liceski
Vice-prefeito(a): Viviane Booz
Fonte: Prefeituras municiais de Santa Catarina

86
Quadro 61 - Prefeitos(as) e Vice-prefeitos(as) da segunda etapa do programa

Canelinha
Prefeitura Secretaria de educação
E-mail: gabinete@canelinha.sc.gov.br E-mail: fernanda@canelinha.sc.gov.br
Telefone: (48) 3264-4000 Telefone: Não informado
Endereço: Av. Cantório Florentino da Silva, nº 1.683 - Endereço: Não informado
Centro Secretário(a): Fernanda Dias Jacintho
Prefeito(a): Diogo Francisco Alves Maciel
Vice-prefeito(a):
Imaruí
Prefeitura Secretaria de educação
E-mail: adm@imarui.sc.gov.br E-mail: seducacao.imarui@gmail.com
Telefone: (48) 3643-0213 Telefone: (48) 3643-0338
Endereço: Rua José Inácio da Rocha, 109 - Centro Endereço: Rua Antônio Bittencourt Capanema – Praça
Prefeito(a): Patrick Corrêa Getulio Vargas
Vice-prefeito(a): José Euclides da Rocha Secretário(a): Sérgio Jeremias
José Boiteux
Prefeitura Secretaria de educação
E-mail: gabinete@pmjb.sc.gov.br E-mail: educacao@pmjb.sc.gov.br
Telefone: (47) 3352-7111 Telefone: (47) 3352-7030
Endereço: AV. 26 DE ABRIL, 655, CENTRO Endereço: Não informado
Prefeito(a): Adair Antonio Stollmeier Secretário(a): Não informado
Vice-prefeito(a): Claudenir Sensi
Santa Terezinha
Prefeitura Secretaria de educação
E-mail: prefeitura@santaterezinha.sc.gov.br E-mail: seduc_st@yahoo.com.br
Telefone: (47) 3556-0044 Telefone: (47) 3556-0044 - Prefeitura
Endereço: Avenida Bruno Pieczarka, 154, Centro Endereço: Não informado
Prefeito(a): Genir Antônio Junckes Secretário(a): Carlos Alberto Caetano
Vice-prefeito(a): Israel Olegário Moreira
Vitor Meireles
Prefeitura Secretaria de educação
E-mail: vitormeireles@vitormeireles.sc.gov.br E-mail: educa@vitormeireles.sc.gov.br
Telefone: (47) 3258-0211 Telefone: (47) 3258-0542
Endereço: Rua Santa Catarina, 2266, Centro Endereço: Não informado
Prefeito(a): Bento Francisco Silvy Secretário(a): Alini Neili Masote
Vice-prefeito(a): Ivanor Boing
São João do Sul
Prefeitura Secretaria de educação
E-mail: adm@saojoaodosul.sc.gov.br E-mail: adm@saojoaodosul.sc.gov.br
Telefone: (48) 3539-0113 Telefone: (48) 3539-0214
Endereço: Avenida Nereu Ramos, 50, Centro Endereço: Avenida Nereu Ramos , 50 , Centro
Prefeito(a): Moacir Francisco Teixeira Secretário(a): Rita Aparecida da Silva Laureano
Vice-prefeito(a): Edson Pereira Trajano
Fonte: Prefeituras municiais de Santa Catarina

87
4. DEFLAGRAÇÃO DE DIAGNÓSTICO

Neste item serão apresentados os principais pontos fortes, fracos, as ameaças e as


oportunidades identificadas, conforme realizado o levantamento de dados dos municípios
pertencentes à região de Rio do Sul. Para facilitar a leitura esses itens serão apresentados por
tópicos.

4.1 PONTOS FORTES

Com a realização do comparativo dos dados coletados dos municípios estudados,


foram observados seis pontos fortes que auxiliam diretamente ou podem contribuir
indiretamente em ações voltadas a diminuir a infrequência escolar. Na sequência serão
apresentados os pontos de alto desempenho ou boas práticas que permitem impactar
positivamente na minimização da evasão escolar:

1. Diminuição da distorção idade/série no ensino fundamental


2. Diminuição da taxa de abandono no ensino fundamental
3. Investimentos na educação: Melhorias no transporte escolar
4. Número de professores presentes na rede de ensino: primeira etapa
5. Matrículas realizadas na rede estadual
6. Implementação do Novo Ensino Médio (NEM)

Diminuição da distorção idade série

De acordo com a análise dos dados houve uma diminuição na porcentagem de


estudantes com distorção em relação a sua idade/série no ensino fundamental. Dos 11
municípios, nove tiveram diminuições em suas taxas. Os municípios que apresentaram as
maiores diferenças foram Santa Terezinha e Alfredo Wagner com 12%, Anitápolis 10% e
Imaruí com 9% quando comparado os anos de 2010 e 2021 (Gráfico 32).

88
Gráfico 32 - Evolução da porcentagem de distorção idade/série no ensino fundamental

Fundamental: Distorção - Idade/Série


2010 2021

29%
27%
23%
21% 19%
19%
16% 16% 18% 17% 17% 16% 17%
16%
13% 14%
11% 11%
9% 9% 9%
5%

Alfredo Angelina Anitápolis Leoberto Major Canelinha Imaruí José Santa Vitor São Josão
Wagner Leal Gercino Boiteux Terezinha Meireles do Sul

Fonte: (SED, 2022d)

Diminuição da taxa de abandono

Observa-se no ensino fundamental uma diminuição da taxa em nove municípios. Em


ordem decrescente, comparando os anos de 2010 e 2020 temos a diminuição em Canelinha
(5,2%), Anitápolis (2,7%), Vitor Meireles (1,1%), Imaruí e São João do Sul (0,9%), José
Boiteux (0,6%) Santa Terezinha (0,4%), Leoberto Leal (0,2%), e Alfredo Wagner (0,1%).
Alguns municípios chegaram a zerar as taxas de distorção em 2020.
Apenas dois tiveram elevações, sendo Major Gercino (1,6%) e Angelina (0,6%). No
município de Major Gercino, esse valor se encontra distribuído principalmente no ensino
fundamental anos iniciais.
A diminuição do abandono é um dos fatores que influencia diretamente na taxa da
evasão escolar. Portanto, com a maior frequência dos alunos durante as aulas, as chances para
que o estudante vem a se evadir do ensino fundamental consequentemente também diminuem.

Transporte escolar

Conforme divulgado por Santa Catarina (2021a) houve uma melhora no transporte
escolar de alguns municípios, que receberam ônibus com capacidade para 59 alunos sentados
no ano de 2021. Entre os 10 municípios, sete receberam unidades dos ônibus, sendo Alfredo
Wagner, Angelina, Anitápolis, Canelinha, Imaruí, José Boiteux e Vitor Meireles.

89
Conforme observado nos estudos levantados neste presente relatório, em algumas
cidades os estudantes têm que percorrer distâncias enormes para chegar até as unidades
escolares. A disponibilidade de ônibus proporcionará atender uma maior parcela da
comunidade, auxiliando a minimizar a infrequência escolar.

Número de professores nas unidades escolares

Conforme observado os municípios da primeira etapa apresentam aproximadamente


214 professores. Com estes educadores é possível realizar formações piloto com escopo
direcionado as metodologias ativas e situação contexto dos estudantes.
Para buscar manter os estudantes participando das aulas os professores devem
procurar diversificar sua prática pedagógica e realizar a introdução de metodologias ativas
que promovam estimular os participantes. Todavia, cabe ressaltar que os professores,
especialmente ao utilizar recursos tecnológicos, não devem apenas empregar esse recurso
como a principal ferramenta para a sua docência, mas devem utilizar ela como complemento
das suas metodologias.
Outro ponto interessante que pode ser abordado aos professores durante às formações
está na inclusão da situação contexto dos alunos. Como a grande maioria dos municípios são
localidades que tem a agricultura como maior fator econômico é relevante promover que essas
informações estejam presentes durante as aulas, adentrando e correlacionando-se com as
competências já previstas no currículo educacional de Santa Catarina. Ao proporcionar essa
conexão o professor fortalece o desenvolvimento do vínculo entre os estudantes e a escola.

Matrículas realizadas na rede estadual

A grande maioria dos municípios apresentam a maior quantidade de matrículas na rede


estadual. Esse é um ponto relevante para uma primeira fase direcionada a tomada de decisões
que impactem o ensino médio, que apresenta elevados índices educativos insatisfatórios em
comparação as demais esferas.
O estado pode executar ações localizadas, em uma etapa inicial com as unidades
estaduais, a fim de averiguar os possíveis feedbacks antes de implementar em todos os órgãos
envolvidos no programa Gente Catarina.
Algumas dessas primeiras ações podem estar baseadas nas orientações, conforme
apresentadas no item oportunidades deste presente relatório. Obtendo resultados satisfatório o
90
governo pode expandir na sequência essa ação para as demais esferas educativas,
incorporando a rede privada e os municípios.

Novo Ensino Médio (NEM)

A implementação do novo ensino médio de acordo com a Lei nº 13.415, de 16 de


fevereiro de 2017 é outra ação que possivelmente vai modificar consideravelmente as taxas de
infrequência escolar. Em Santa Catarina o Novo Ensino Médio (NEM) iniciou-se em 2019
com a participação de 120 escolas (SANTA CATARINA, 2021b).
No ano de 2022 todas as demais escolas da rede de ensino que ofertam o ensino médio
deverão se adequar a nova estrutura. De acordo com a Lei nº 13.415 em seu artigo 36:

O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional Comum Curricular e
por itinerários formativos, que deverão ser organizados por meio da oferta de
diferentes arranjos curriculares, conforme a relevância para o contexto local e a
possibilidade dos sistemas de ensino (BRASIL, 2017)

Os itinerários formativos terão papel chave nesse processo da diminuição da infrequência


escolar, pois muitos alunos não se sentem interessados em frequentar as aulas, visto que não
conseguem identificar uma relação das fases educativas do ensino médio com sua carreira
profissional, além de outros motivos conforme serão apresentados em maiores detalhes nos
pontos fracos deste presente diagnóstico. Desta forma os itinerários formativos deverão
possibilitar aos estudantes:

[...] arranjos curriculares flexíveis, compostos por situações educativas e unidades


curriculares, que permitem ao estudante seguir diferentes percursos escolares,
ampliando e aprofundando seus conhecimentos, e tendo ampliadas suas
possibilidades de desenvolvimento pleno e integral (SANTA CATARINA, 2021b, p.
51)

Essa nova estruturação do ensino médio, modificará a forma de correlacionar os estudos


com o mercado de trabalho, minimizando conflitos existentes que fazem com que o estudante
abandone os estudos na fase final da sua formação.

4.3 PONTOS FRACOS

Abaixo estão listados por tópicos as principais fragilidades, estruturais e de suporte


que prejudicam a efetividade das ações relacionadas para a diminuição da evasão escolar.

91
Foram localizados cinco pontos que contribuem direta e indiretamente para a infrequência
escolar:

1. Distorção da idade/série no ensino médio


2. Abandono escolar no ensino médio
3. Distância da escola até a residência dos estudantes
4. Presença de trabalho infantil
5. Índice socioeconômico

Distorção da idade/série

A distorção da idade/série pode ser um fator que potencializa as faltas dos alunos as
aulas. Os mesmos podem deixar de frequentar, por sentirem desconfortáveis em relação a sua
idade. Nesse diagnóstico foi possível observar que a maior parcela da distorção ocorre no
ensino médio.
Somente dois municípios, entre os anos de 2010 a 2021, não tiveram aumentos em
suas porcentagens, Anitápolis que manteve uma elevada taxa de 31% e Santa Terezinha que
diminuiu sua taxa para 6% (Gráfico 33). Contudo é relevante comentar que no caso do
município de Anitápolis, no ano anterior, sua taxa de distorção havia diminuído para 17%,
mas em 2021 retornou para o valor de 2010. Além disso, no ensino fundamental, o município
também teve uma elevação considerável na distorção idade/série.
Com base nos dados apresentados no gráfico 33 é relevante estar realizando atividades
diretamente com o ensino médio, para diminuir essas taxas de distorção. Seria interessante
avaliar quais motivos proporcionam um elevado índice de reprovação durante a etapa do
ensino básico que reflete em taxas elevadas no ensino médio.

Gráfico 33 - Evolução da porcentagem de distorção idade/série no Ensino Médio

Médio: Distorção - Idade/Série

2010 2021

36%
31% 31% 29% 31%
22% 27%
20% 19% 18% 21% 19% 20%
15% 17% 18% 16%
15% 12% 11% 11% 11%

Alfredo Angelina Anitápolis Leoberto Major Canelinha Imaruí José Santa Vitor São Josão
Wagner Leal Gercino Boiteux Terezinha Meireles do Sul

Fonte: (SED, 2022d)

92
Abandono escolar

No ensino médio ocorrem também as maiores taxas de abandono. Entre as três séries o
terceiro ano foi a que apresentou as maiores taxas de abandono no ano de 2020, contemplando
40% das turmas dos municípios. Em segundo com 30% de abandono vêm o primeira e
segunda série (Gráfico 34).
Portanto seria relevante iniciar ações inicialmente com as turmas de segundo e
terceiros anos, para minimizar essas taxas. Especialmente com as turmas do terceiro, pois
muitos estudantes já estão no mercado de trabalho e próximos de atingir a maioridade, fator
que pode dificultar o retorno do estudante para a escola.

Gráfico 34 - Comparativo das séries que apresentam o maior abandono escolar do ensino
médio entre os municípios analisados

SÉRIES COM AS MAIORES ABANDONOS EM 2020

Primeira Série
Terceira Série 30%
40%

Segunda Série
30%

Fonte: (SED, 2022d)

Uma alternativa relevante está em conhecer os jovens que participam do Ensino Médio
e averiguar porque atualmente essa modalidade de ensino torna-se desestimulante para o
jovem. Uma proposta similar, mas voltada ao interesse dos jovens, foi desenvolvida com a
escuta de estudantes participantes das 120 escolas-piloto do Novo Ensino Médio de Santa
Catarina, conforme apresentado na figura cinco (SANTA CATARINA, 2021b).

93
Figura 5 - Infográfico de diagnóstico dos interesses dos jovens do ensino médio de Santa
Catarina em Relação ao ensino médio

Fonte: Escuta dos alunos das 120 escolas-piloto do Novo Ensino Médio da rede estadual de Santa Catarina.
Dados coletados em 2020 via Programa APOIA (SANTA CATARINA, 2021b, p. 39).

Nota-se na figura a presença de temas de interesse pelos jovens, já abordados durante


este relatório, como a vida escolar (sem violência física e psicológica), a relação com as
tecnologias e outros fatores. Assim é relevante na tomada de decisões, sempre averiguar em
cada localidade as principais deficiências para realizar ações direcionadas que impactarão
diretamente na vida escolar dos jovens.
Outro ponto para a permanecia do jovem na escola está associado à educação formal e
o trabalho, que em muitos casos tornaram-se espaços que geram conflitos na vida dos jovens,
uma realidade que faz com que alguns dediquem-se aos estudos ou ao trabalho, assim, neste
sentido as duas esferas produzem uma competição pela atenção do estudante (SANTA
CATARINA, 2021b).
Além da relação trabalho e escola, existem outros fatores que propiciam a evasão
escolar no Ensino Médio. De acordo com Santa Catarina (2021b) as maiores porcentagens
para o abandono no ensino médio em santa Catarina estão listadas abaixo:

3,2% dos jovens abandonaram a escola por estar morando com


namorado(a), estar em união estável ou ter casado;
4,4% abandonaram a escola por dificuldades de aprendizagem
acumuladas ao longo da vida escolar;
5,1% abandonaram a escola em decorrência de gravidez ou
parto recente;

94
8,3% abandonaram a escola para entrar no mercado de
trabalho;
10,9% trocaram de endereço e não se tinha confirmação, até o
momento do levantamento dos dados, de que estivessem estudando
(SANTA CATARINA 2021b, p. 38).

Entre as porcentagens mais elevadas está a gravidez, que pode ser conscientizada por
projetos educativos na etapa do ensino fundamental final, correlacionado com a base
curricular do estado de Santa Catarina. Já as elevadas porcentagens relacionadas ao mercado
de trabalho, com a chegada do Novo Ensino Médio, existem possibilidades para a diminuição
das taxas de abandono, especialmente agora que o estudante terá a opção de cursar conteúdos
que sejam do seu interesse de acordo com as possibilidades de cada unidade escolar.

Distância da escola até a residência dos estudantes

Outro ponto negativo é à distância da escola até a residência dos estudantes. Esse
relato foi observado no município de Alfredo Wagner. Por esse motivo é importante que
sejam realizados investimentos no transporte e quando necessário a construção de novas
unidades educacionais, realizar a instalação dessas escolas mais próximas das residências dos
estudantes.
Por se tratar de longas distâncias a serem percorridas, bem como das condições das
vias, em especial das estradas vicinais que em dias de precipitação podem impossibilitar a
passagem de veículos, muitos alunos têm dificuldades para chegar até a unidade escolar.

Trabalho infantil

No município de Angelina foram localizados relatos sobre trabalho infantil, em


especial nas produções de fumo. O trabalho infantil impacta diretamente na infrequência,
pois os estudantes muitas vezes deixam de frequentar as aulas para desenvolver suas
atividades ou tem seu tempo de estudo em casa reduzido para a realização de atividades
econômicas. Além dos relatos dos estudantes de Angelina, o próprio Censo de 2010 mostrou a
presença de trabalho infantil nesta cidade, bem como em todos os outros municípios que
fazem parte da região de Rio do Sul.

95
Índice socioeconômico

Outro problema que dificulta a aprendizagem e indiretamente pode impactar a


participação dos alunos nas escolas é o seu nível socioeconômico. Em algumas regiões que
foram analisadas, por meio dos dados coletados da SED (2019), alguns estudantes não têm
acesso a itens como mesas para estudar, acesso a rede Wi-Fi e computadores.
Esse fator é um problema complexo, que foi observado durante a pandemia de
Coronavírus. Durante o ano de 2020 e 2021 estudantes de Santa Catarina estudaram por meio
do modelo virtual. Todavia muitos alunos, por não terem acesso à internet realizaram as
atividades por meios impressos. Apesar do ano de 2021 ter proporcionado o retorno da
maioria dos estudantes as escolas, alguns que apresentavam atestados de comorbidades,
tiveram a possibilidade de continuar realizando as atividades de forma remota.
Como estratégia o Estado de Santa Catarina, disponibilizou para os alunos aulas
virtuais síncronas, mas conforme mencionado anteriormente, por não terem acesso à internet
não tiveram como participar e desenvolveram novamente suas as atividades por meio de
materiais impressos.
Uma oportunidade para melhorar esses índices socioeconômicos, está no
desenvolvimento de oportunidades de qualificação e renda. De acordo com os dados
apresentados pela SED (2019), no aspecto da educação a maior atenção para essas ações deve
ser destinada as áreas rurais dos municípios de Angelina, Imaruí, José Boiteux, Santa
Terezinha e Vitor Meireles.

4.4 AMEAÇAS

Neste tópico será abordado o comportamento de entidades públicas e privadas, bem


como o posicionamento comunitário que fragilizam ou impedem a efetividade das políticas
públicas relacionadas à diminuição da evasão escolar. Neste aspecto foram identificados dois
pontos chaves, sendo:

1. Falta de investimento na educação: Salários próximos ao piso nacional do professor


2. Jovens não observam oportunidades na localidade em que moram

96
Salário dos professores

Conforme buscas realizadas nos principais editais publicados entre os anos de 2020 e
2021 a maioria dos municípios ofertam inicialmente o piso nacional, que em 2021 era 2.886,00
reais. Todavia é relevante mencionar que muitos professores, para obter uma renda maior,
acabam assumindo cargas horárias superiores a 40 horas semanais.
Alguns lecionam em três períodos diferentes. Contudo, essa jornada mais prolongada,
muitas vezes afeta na qualidade das atividades desempenhadas pelo professor, bem como
pode gerar riscos para sua própria saúde.
Aplicar maiores remunerações, faz com que muitos profissionais optem por
desempenhar cargas horárias menores, que consequentemente proporcionam melhorar os
aspectos relacionados a sua qualidade de vida.
Além disso a valorização do profissional, estimula a permanência dos educadores nos
cargos, especialmente áreas como geografia, física, química e biologia. Muitos profissionais
destas áreas, geralmente também são contratados por empresas, um evento que pode fazer
com que ocorra ausência de profissionais destinados à educação. Maiores salários também
possibilitam elevação na disputa e concorrência das vagas por profissionais mais qualificados.

Identificação de oportunidades locais

Em alguns municípios foi possível observar que os jovens não identificam


oportunidades locais para continuar desenvolvendo as atividades relacionadas aos aspectos da
sua região. Por isso é relevante que projetos e ações sejam implementados nestas localidades
com a finalidade de auxiliar o jovem a encontrar essas oportunidades.
Entre as alternativas temos as formações que podem ser desenvolvidas com os
estudantes no contraturno escolar por meio de oficinas ou cursos. Nesta esfera é possível
envolver órgãos governamentais e entidades particulares com interesses em desenvolvimento
de projetos sociais.

4.5 OPORTUNIDADES

Neste tópico serão apresentadas as principais ações voltadas para o robustecimento e


conexão envolvendo os pontos fortes, formas para a eliminação ou minimização dos pontos
fracos, e melhora no engajamento propositivo e convergente dos atores que lideram as
ameaças. Esse comparativo está disponível no quadro 62.

97
Quadro 62 - Principais ações a serem realizadas entre os pontos fortes, fracos e ameaças
Partes
Ação O que: Como Responsável Território Motivo Resultados esperados
interessadas
Disponibilizar ferramentas
tecnológicas para os Com a utilização de
Aplicação de Estimular maior
estudantes do ensino Todos os Prefeituras equipamentos tecnológicos é
ferramentas SEMEDs participação dos alunos
fundamental e médio, como municípios municipais possível proporcionar aulas
tecnológicas durante as aulas.
tablets, computadores e diversificadas aos estudantes.
dentre outros equipamentos.
Realizar, mapeamentos para
verificar quais estudantes
necessitam de transporte
escolar. Priorizar Ao possibilitar facilidade no
investimentos para áreas
Transporte SED e Todos os transporte escolar, obtém-se Facilitar o deslocamento
rurais, visto que muitas ficam Estudantes
escolar consideravelmente longe das
SEMEDs municípios maior presença dos estudantes dos alunos.
escolas. Destinar os ônibus nas aulas.
disponibilizados pela SED
para as regiões mais
Robustecimento fragilizadas.
Diminuição da
infrequência escolar.
Seguir a legislação que
menciona que todas as escolas
Facilidade do jovem
do Brasil implementem o
para ingressar no
CREs e NEM até 2022
mercado de trabalho.
Implementação da nova SED
Prefeituras
Novo Ensino grade curricular do ensino Trazer novas oportunidades
Municípios das municipais e Oportunidades de
Médio médio nas escolas seguindo Escolas para os jovens, com grades
duas etapas CREs cursos técnicos nas
a lei nº 13.415/2017. estaduais e curriculares que conversam
áreas econômicas de
particulares diretamente com as demandas
destaque dos
regionais, oportunizando
municípios, dentre eles
facilidades ao ingresso no
no ramo da a
mercado de trabalho.
agricultura, serviços e
outros.
Realizar formações que Realizar formação piloto com Proporcionar aulas
envolva o uso de Professores e os professores sobre novas diversificadas que
Formação de CREs e Municípios da
Conexão metodologias ativas, bem comunidade metodologias, assim como a auxiliam os estudantes a
professores SEMEDs primeira etapa
como o ensino híbrido. escolar implementação da situação participar e
contexto em que o estudante compreender, conceitos,

98
Essas formações podem se está inserido. habilidades e valores
relacionar com a ação de relacionados aos temas
robustecimento envolvendo Em um segundo momento estudados.
o uso de tecnologias. ajustar a atividade, conforme
feedback do projeto piloto e Melhorar os índices
aplicar nova formação com os educativos.
demais professores dos
municípios da segunda fase.
Fortalecer oportunidades de
projetos educativos que
O estudante ao participar de
procurem aumentar o
CREs, projetos educacionais, tende a Minimizar a
vínculo entre o estudante e a
SEMEDs e criar vínculos mais fortes com infrequência escolar.
Atividades escola. (Alternativas como,
entidades Estudantes a escola. Em especial por
complementares: Clube de Ciências,
particulares Todos os em especial desenvolver uma atividade da Potencializar qualidades
atividades esportivas,
interessadas a municípios do ensino qual ele tenha maior interesse específicas nos
Ensino musicais e dentre outras
desenvolver fundamental. de participar, com por estudantes, nas áreas
Fundamental ofertadas no contraturno
projetos exemplo um esporte em dos esportes, música,
escolar). Como pré-requisito
educacionais. específico ou um instrumento ciências em geral.
para participar o aluno deve
musical.
ter frequência adequada nas
aulas do ensino regular.
Por ser o ensino médio é
Auxiliar na diminuição
muito importante averiguar
Averiguar quais fatores da infrequência escolar
constantemente a taxa de
potencializam para que o Todos os
distorção, pois valores
Distorção da estudante não consiga ser municípios, Proporcionar que os
elevados nesta fase do ensino,
idade/série aprovado. Adotar ações para com exceção Prefeituras estudantes concluam
podem provocar diminuição
minimizar as reprovações, para Anitápolis Municipais seus estudos.
na taxa de formação de
Ensino Médio como alteração nas e Santa
estudantes. Muitos ao
metodologias aplicadas Terezinha. Facilitar a entrada do
Escolas atingirem a maioridade
durante as aulas e jovem no mercado de
Minimização podem decidir em não
implementar atividades de trabalho.
finalizar o ensino médio.
apoio pedagógico nas A distorção da idade do
Distorção disciplinas que o estudante estudante em relação a série,
Todos os Diminuir a infrequência
idade/série: apresentar as maiores pode potencializar que o aluno
municípios, em Prefeituras escolar e melhorar os
dificuldades, dentre outras não tenha interesse de continuar
especial municipais interagindo durante as aulas,
demais índices
Ensino alternativas.
Leoberto Leal além de também potencializar a educativos.
Fundamental
infrequência escolar.
Abandono escolar Monitorar a frequência dos Escolas e Todos os Prefeituras O ensino médio é uma etapa Proporcionar que os
estudantes rotineiramente. professores municípios Municipais importante, pois finaliza o estudantes concluam

99
Ensino Médio Professores devem estimular ciclo do estudante na seus estudos.
a participação dos educação básica. Evitar que o
estudantes durante as aulas. aluno tenha altas taxas de Facilitar a entrada do
infrequência é crucial para jovem no mercado de
que ele(a) tenha maiores trabalho.
chances de se formar antes de
atingir a maioridade.
O ensino fundamental é uma
etapa extremamente relevante
Abandono Todos os na formação inicial do
Diminuir a infrequência
escolar: municípios, em estudante. A infrequência
Prefeituras escolar e melhorar os
especial: Major pode gerar danos ao longo da
municipais demais índices
Ensino Gercino e trajetória do aluno na
educativos.
Fundamental Angelina educação básica, bem como
para adentrar futuramente ao
mercado de trabalho.
Adquirir meios de transportes
e analisar, quando necessário
a possibilidades para que as
Ao possibilitar transporte de
novas unidades escolares, Estudantes e
Distância da CREs e Todos os qualidade é possível favorecer Diminuir a infrequência
sejam construídas perto de comunidade
escola grandes núcleos
SEMEDs municípios a participação dos estudantes escolar.
escolar
populacionais, evitando nas aulas.
grande deslocamentos dos
estudantes.
Todos os
Realizar fiscalizações municípios, em
rotineiramente. Averiguar se especial Realizando fiscalizações que
Escolas,
as razões pelas quais os Angelina. evidenciem o trabalho infantil Eliminação do trabalho
CREs,
estudantes não estão e eliminando o mesmo é infantil e melhorar a
Eliminação Trabalho infantil SEMEDs e Estudantes
frequentando as aulas está Fiscalizações possível manter o direito da frequência escolar dos
Conselho direcionadas
relacionado com atividades criança e do adolescente em estudantes.
Tutelar principalmente
de trabalho, em especial na frequentar a escola.
infância. para as áreas
rurais.
Em todos os Quando o professor recebe Melhora na qualidade
municípios que uma remuneração adequada o das aulas
Governos locais devem
Melhores apresentam Professores e mesmo, se sente reconhecido
buscar ampliar as
Engajamento remunerações aos Prefeituras salários com comunidade no desenvolvimento do seu Possibilidade de
remunerações dos
docentes valores iguais escolar trabalho. Isso também evita contratação de
professores.
ou inferiores ao que alguns docentes tenham profissionais com
piso nacional jornadas de trabalho elevadas maiores qualificações e

100
de 2021. o que pode diminuir a titulações, em virtude da
qualidade das aulas, bem maior procura das vagas
como prejudicar a saúde física para professores.
e mental dos docentes.
Desenvolvimento de SEMEDs, Muitos jovens ainda não
projetos educacionais na escolas e identificaram oportunidades
Possibilitar
escola e na comunidade entidades locais em suas regiões. Para
oportunidades Auxiliar os jovens no
escolar, para proporcionar particulares Todos os Estudantes do potencializar atividade a
locais voltadas processo de entrada no
aos jovens, novas interessadas a municípios ensino médio escola pode elaborar projetos,
para o mercado mercado de trabalho.
oportunidades no mercado desenvolver com temas locais
de trabalho
de trabalho. (Oficinas, projetos relacionados a economia para
cursos e dentre outros). educacionais. estimular os jovens.
Fonte: Autoria própria

4.6 METAS QUE IMPACTAM DIRETAMENTE NO IDHE

Na figura seis são apresentadas cinco metas a serem atingidas pela aplicação de diferentes estratégias voltadas a melhorar o IDHe dos
municípios participantes do programa Gente Catarina na região de Rio do Sul (Figura 6). Cabe destacar que algumas dessas estratégias, marcadas
com o símbolo (✔) já estão sendo executadas no estado de Santa Catarina.

Figura 6 - Propostas de metas que impactam diretamente o IDHe

Fonte: Autoria própria

101
Para melhorar o IDHe deve-se trabalhar com a escolarização da população geral, bem
como averiguar informações sobre os estudantes referentes as taxas de evasão escolar,
repetência e o oferecimento de vagas para crianças a serem matriculadas no ensino infantil.
No quadro 63 é apresentado a descrição das metas a serem alcançadas que impactam
diretamente nas variáveis apresentadas anteriormente. Para atingir cada uma dessas metas são
esclarecidas as estratégias que interferem diretamente na qualidade de vida da população.
Neste quadro é apresentado também a prioridade das estratégias por município para alcançar a
meta (Quadro 63).

Quadro 63 - Metas a serem atingidas para atuação direta nas variáveis que compõem o índice
Meta 1 – Diminuir as taxas de estudantes que não frequentam as aulas
Municípios Alta prioridade: Alfredo Wagner, Angelina, Major Gercino, Canelinha, Imaruí, José
Boiteux, São João do Sul, Santa Terezinha, Vitor Meireles.
Média prioridade: Anitápolis, Leoberto Leal
Baixa prioridade: Nenhum
Nível de ensino Ensino Fundamental e Médio
1. Aplicar programa de fiscalização de frequência escolar: Estratégia alcançada pela
aplicação do APOIA em Santa Catarina.
2. Visitas técnicas: No ensino médio desenvolver visitas com os estudantes a
empresas, indústrias ou comércio. Essas atividades podem potencializar o engajamento
do estudante com o mercado de trabalho ou com o setor industrial.
Estratégias
3. Oficinas: Aplicação de oficinas relacionadas ao mercado de trabalho, bem como
associadas atividades esportivas e culturais.
4. Formação dos professores: Peça chave para potencializar a apresentação de novos
conceitos sobre diversificação de metodologias de ensino, uso de novas tecnologias e
recursos durante as atividades pedagógicas.
Meta 2 – Diminuir os índices de trabalho infantil
Alta prioridade: Alfredo Wagner, Angelina, Anitápolis, Leoberto Leal, Major Gercino,
São João do Sul, Santa Terezinha e Vitor Meireles.
Municípios
Média prioridade: Canelinha, Imaruí e José Boiteux
Baixa prioridade: Nenhum
Nível de ensino Ensino Fundamental: Diminuir as taxas com o objetivo de extingui-las
1. Campanhas de conscientização: Podendo ser realizadas na TV, Rádio, outdoors e
internet, bem como na comunidade por meio de oficinas diretamente com a população.
2. Fiscalização pelo Conselho Tutelar e Ministério Público: Atualmente essa
fiscalização ocorre de forma indireta por meio do APOIA, mas deve ser aprimorada
com foco direcionado a investigação do trabalho infantil.
3. Disponibilizar um canal de denúncia sobre trabalho infantil: Como alternativa ser
Estratégias disponibilizado nos sites das prefeituras e redes sociais.
4. Desenvolvimento de núcleos comunitários: Aplicar nos núcleos, oficinas com as
pessoas que compõem as comunidades que desenvolvem trabalhos agropecuários.
Enfatizando as problemáticas que podem surgir com o trabalho infantil.
5. Bolsas de estudo: Para estudantes de famílias carentes, para minimizar o
favorecimento das atividades voltadas ao trabalho infantil. Estudante deve obter
frequência escolar satisfatória para continuar no programa de bolsas.
Meta 3 – Aumentar o nível de escolaridade da população
Alta de prioridade: Todos os municípios
Municípios Média de prioridade: Nenhum
Baixa de prioridade: Nenhum
Ensino Fundamental: Priorizar a conclusão desta etapa de ensino, visto que a maior
Nível de ensino
parte da população tem ensino fundamental incompleto.

102
Ensino Médio: Após obter avanços consideráveis no ensino fundamental é relevante
focar no ensino médio, possibilitando que jovens e adultos tenham mais facilidade para
ingressar no mercado de trabalho.
1. Disponibilização da EJA: Trabalhar ativamente com jovens de 18 anos ou mais.
2. Campanhas de conscientização: Sobre a importância da finalização dos estudos.
Podendo ser realizadas na TV, Rádio e internet, bem como na comunidade por meio de
oficinas diretamente com a população.
Estratégias
3. Envolver as indústrias e o comércio: Realizar palestras e oficinas destinadas aos
funcionários sobre a importância da conclusão dos estudos. Estimular as empresas a
desenvolver programas de progressão de carreira para os empregados que ampliarem
seus níveis de ensino.
Meta 4 – Diminuir o analfabetismo e o analfabetismo funcional
Alta prioridade: Anitápolis, Angelina, Canelinha, Imaruí, Vitor Meireles e Santa
Terezinha
Municípios
Média prioridade: Alfredo Wagner e Leoberto Leal
Baixa prioridade: Major Gercino, José Boiteux e São João do Sul
Nível de ensino Ensino Fundamental
1. Espaços de leituras nas escolas: Desenvolver espaços com acervo de fácil acesso
para os estudantes. Estimular a leitura durante o intervalo escolar.
2. Realização de debates de textos nas escolas: Utilizar temas atuais disponibilizado
em sites, revistas, jornais, livros e demais recurso para debates durante as aulas.
Professores das diferentes disciplinas que compõem a matriz curricular devem
incentivar os estudantes durante as suas aulas.
Estratégias
3. Incentivos da leitura durante a aula: Professores devem utilizar essa estratégia para
reforçar a prática cotidiana da leitura e interpretação de texto. Essa ação deve ser
desenvolvida em diferentes disciplinas que compõem a matriz curricular.
4. Projeto de alfabetização nas empresas: Iniciativa que pode ser desenvolvida
preferencialmente no local de trabalho, com aulas ministradas por alfabetizadores ou
professores capacitados na área da alfabetização.
Meta 5 – Diminuir as taxas de reprovação
Ensino Fundamental
Alta prioridade: Angelina, Anitápolis, Leoberto Leal, Canelinha, Imaruí, São João do Sul
Média prioridade: Alfredo Wagner, Major Gercino, José Boiteux e Vitor Meireles.
Baixa prioridade: Santa Terezinha
Municípios
Ensino Médio
Alta prioridade: Todos com exceção do município de Santa Terezinha.
Média prioridade: Santa Terezinha
Baixa prioridade: Nenhum
Nível de ensino Ensino Fundamental e Médio
1. Aplicar programa de apoio pedagógico: Em especial presencialmente nas unidades
com as maiores taxas de reprovação. Outra alternativa é desenvolver programas de
apoio na esfera virtual, na qual o professor atende de forma remota os estudantes. Uma
solução para os estudantes que não possuem acesso à internet em casa, está na
possibilidade de utilizar a sala informatizada da unidade escolar.
Estratégias 2. Formação com professores: Renovação das metodologias pedagógicas aplicadas
durante as aulas, bem como o uso de tecnologias digitais da informação.
3. Implementação do uso de novas tecnologias: Disponibilizar recursos (Tablets,
Notebook e infraestruturas, como a disponibilidade de redes wi-fi) nas salas de aula
para facilitar, assim como potencializar a comunicação e disponibilização das
informações aos estudantes.
Fonte: Autoria própria

103
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio desse diagnóstico foi possível realizar um mapeamento dos municípios que
fazem parte das duas fases do programa Gente Catarina da regional de Rio do Sul, dentro da
esfera da educação. Entre os pontos chaves é relevante enfatizar que a evasão escolar ocorre
por diferentes motivos, sendo a violência nas escolas, distorção idade/série, nível
socioeconômico, uso de metodologias educativas ultrapassadas, dificuldades no deslocamento
até a unidade escolar, falta de oportunidades locais para os jovens e outros fatores.
No que se refere aos pontos mais importantes a serem trabalhados em um primeiro
momento, temos a esfera do ensino médio que apresenta as maiores taxas de distorção
idade/série, abandono, bem como os menores índices do IDEB em comparação com o ensino
fundamental. Iniciar ações nessa esfera educacional pode representar modificações
consideráveis no IDH dos municípios. Em conjunto também é fundamental realizar ações com
as unidades educacionais do ensino fundamental, visto que essa é uma das fases mais
importantes para o desenvolvimento dos estudantes.
Outro ponto que deve ser trabalhado nos municípios, além de melhorar a qualidade da
frequência dos estudantes nas aulas, são ações que impactam diretamente no IDHE. Portanto é
relevante que as cidades também adotem estratégias para trabalhar ativamente na
escolarização da população geral. Entre as ações a destaque para a diminuição do
analfabetismo e da oferta da educação de jovens e adultos.

104
6. REFERÊNCIAS

AMARAL, J. do. Transformações na paisagem no Município de Imaruí, SC. 2002. 130 f.


Dissertação (Mestrado em Geografia) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de
Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2002.

ANITAPOLIS. Informações municipais, 2022. Disponível em:


https://www.anitapolis.sc.gov.br/municipio/index/codMapaItem/33781 Acesso em: 31 jan.
2022

ARAÚJO, C. M. G. de. A exploração da força de trabalho infantil na fumicultura no


município de Angelina. 2010. 135 f. Dissertação (Mestrado em Sociologia Política) - Centro
de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política,
Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis, 2010.

BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira. Saeb 2019: indicador
de nível socioeconômico do Saeb 2019: nota técnica. Brasília, DF: Inep, 2021.

BRASIL. Lei nº 13.415, de 16 de fevereiro DE 2017. Altera as Leis n º 9.394, de 20 de


dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 11.494, de 20
de junho 2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação
Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, a Consolidação das Leis do Trabalho
- CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o Decreto-Lei nº 236, de
28 de fevereiro de 1967; revoga a Lei nº 11.161, de 5 de agosto de 2005; e institui a Política
de Fomento à Implementação de Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral. Brasília, fev.
2017. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-
2018/2017/lei/l13415.htm. Acesso em: Acesso em: 11 fev. 2022

BRASIL. Ministério do trabalho e Emprego. Secretaria de Inspeção do Trabalho. Mapa de


indicativos do trabalho da criança e do adolescente 2005. 3. ed. Brasília: MET-SIT, 2005.
Disponível em:
http://acesso.mte.gov.br/data/files/FF8080812BCB2790012BD51D297640E0/pub_7746.pdf.
Acesso em: 14 fev. 2022.

CANELINHA. Plano de contingência para retorno das atividades nas unidades escolares das
redes de ensino do município de Canelinha. 2020. Disponível em:
https://www.canelinha.sc.gov.br/uploads/1414/arquivos/1992838_plancon_edu___canelinha_
__coronavirus.pdf. Acesso em: 15 fev. 2022.

CASTELLANOS, M. V. Projeto de intervenção para a redução do consumo de álcool


pelos usuários da Unidade Básica de Saúde de Angelina, SC. 2018. 24 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Especialização) Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,
2018.

CUNHA, C. da. et al. O processo de permanência de jovens no campo. As relações na


agricultura familiar, suas formas de produção e escolaridade. 2021. 50 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação) - Centro de Ciências da Educação. Educação do Campo,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2021.

105
ELI, D. “Cuidado com a ponteira": memórias de castigos no Grupo Escolar Nossa
Senhora do Sagrado Coração (Angelina/SC, 1940-1975). 2014. 126 f. Dissertação
(Mestrado em Educação) - Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em
Educação, Universidade Federal de Santa Catarina Florianópolis, 2014

ESCOLAS BRASIL.ORG. Escolas do Brasil. 2022. Disponível em:


https://www.escolasbrasil.org. Acesso em: Acesso em: 27 jan. 2022

IBGE. Censo 2010. 2010. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-


demografico/demografico-2010/inicial. Acesso em: 24 mar. 2022

IBGE. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Anual. Tabela 7113 - Taxa
de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade, por sexo e grupo de idade.
2019. Disponível me: https://sidra.ibge.gov.br/Tabela/7113. Acesso em: 22 mar. 2022

IBGE. Cidades de Santa Catarina. 2022a. Disponível em:


https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc. Acesso em: 10 fev. 2022

IBGE. Leoberto Leal – História, 2022b. Disponível em:


https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/leoberto-leal/historico. Acesso em: 10 fev. 2022

IBGE. Major Gercino – História, 2022c. Disponível em: IBGE


https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/major-gercino/historico Acesso em: 9 fev. 2022

IBGE. Imaruí – História, 2022d. Disponível em:


https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/imarui/historico. Acesso em: 14 fev. 2022

IBGE. José Boiteux – História, 2022e. Disponível em:


https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/jose-boiteux/historico. Acesso em: 14 fev. 2022

IBGE. Vitor Meireles – História, 2022f. Disponível em:


https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/vitor-meireles/historico. Acesso em: 10 fev. 2022

IBGE. São João do Sul – História. 2022g. Disponível em:


https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sc/sao-joao-do-sul/historico. Acesso em: 10 mar. 2022

INEPDATA. Catálogo de Escolas. 2022. Disponível em:


https://inepdata.inep.gov.br/analytics/saw.dll?dashboard. Acesso em: 27 jan. 2022

JOSÉ BOITEUX. Apresentação. Disponível em: https://www.pmjb.sc.gov.br/municipio


/index/codMapaItem/19876. Acesso em: 10 fev. 2022

LEBECK, A. R. et al. Proposta para o desenvolvimento da agricultura da cidade de Major


Gercino. Extensão em Foco, v. 1, n. 2, p. 111-119, 2015

LEOBERTO LEAL. Bem-vindos a Leoberto Leal, 2022. Disponível em:


https://www.leobertoleal.sc.gov.br/municipio/index/codMapaItem/32212. Acesso em: Acesso
em: 15 fev. 2022

106
LOSTADA, L. R. Os núcleos de educação, prevenção, atenção e atendimento às violências na
escola como resposta aos desafios da diversidade: os 10 anos da lei 10.639/03. Poiésis-
Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação, v. 8, n. 13, p. 265-275, 2014.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais


Anísio Teixeira | Inep. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-
atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-escolar/resultados/2021 Acesso em: 28 jan.
2022

MORITZ, M. O. Análise social e econômica do mercado de queijo de leite cru: o caso dos
mercados artesanais de Seara e de Major Gercino no estado de Santa Catarina. 2020.
213 f. Tese (Doutorado em Administração) - Centro Sócio-Econômico, Programa de Pós-
Graduação em Administração, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2020.

NECAT. Núcleo de Estudos de Economia Catarinense - Índice de Desenvolvimento


Humano Municipal – PNUD. 2022. Disponível em: https://necat.ufsc.br/idhm-pnud/.
Acesso em: 27 jan. 2022

NEPRE. Educação na palma da mão. 2021 Disponível em:


https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZDY5NjY5OGQtNTIzZS00OGQyLTlhMzAtODBk
ODU3YzNlNTJiIiwidCI6ImExN2QwM2ZjLTRiYWMtNGI2OC1iZDY4LWUzOTYzYTJlY
zRlNiJ9. Acesso em: 25 jan. 2022

OECD. Organisation for Economic Co-operation and Development: Education at a Glance


2018: OECD Indicators, 2018. Disponível em:
https://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/estatisticas_educacionais/ocde/education_a
t_a_glance/Country_Note_traduzido.pdf Acesso em: 14 mar. 2022

OLIVEIRA, K. N. de. Mapeamento e caracterização do uso e cobertura das terras rurais


- Alfredo Wagner, SC. 2005. 175 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil), Centro
Tecnológico. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil, Universidade Federal de
Santa Catarina, Florianópolis, 2005.

PAULI, É. de S. Produção e mercado do queijo colonial da região da Grande


Florianópolis: o caso do município de Angelina/SC. 2017. 111f. Dissertação (Mestrado em
Geografia) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em
Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2017.

PEREIRA, L. L. A trajetória socioeconômica e política do município de Imaruí - SC e o


processo de migração nas últimas décadas. 2016. 118f. Dissertação (Mestrado em
Desenvolvimento Socioeconômico) - Programa de Pós-Graduação de Mestrado em
Desenvolvimento Socioeconômico, Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma,
2016.

RACHADEL, M. V. et al. Promoção da saúde: atuação da equipe de enfermagem em


grupos de educação na atenção básica. 2014. 125 f. Dissertação (Mestrado em
Enfermagem) - Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2014.

107
REIS, L. B. Para uma história jê meridional na longa duração: o contexto em Alfredo
Wagner (SC) e a sua inserção regional. 2015. 377 f. Dissertação (Mestrado em História) -
Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História,
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015.

RODRIGUES, K. A. O programa de aviso por infrequência de aluno (APOIA): um


estudo de sua efetividade no combate à evasão escolar em Chapecó, SC. 2019. 125 f.
Dissertação (Mestrado em Educação) - Programa de Pós-Graduação em Educação,
Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, 2019.

SANTA CATARINA. Currículo base da educação infantil e do ensino fundamental do


território catarinense – Estado de Santa Catarina, Secretaria de Estado da Educação. – Florianópolis:
Secretaria de Estado da Educação, 2019. Disponível em: https://www.sed.sc.gov.br/professores-e-
gestores/30440-curriculo-base-da-educacao-infantil-e-do-ensino-fundamental-do-territorio-
catarinense-3. Acesso em: 14 fev. 2022

SANTA CATARINA. Governo do Estado anuncia maior investimento em transporte


escolar da história de SC, 2021a Disponível em:
https://www.sc.gov.br/noticias/temas/educacao-noticias/governo-do-estado-anuncia-maior-
investimento-em-transporte-escolar-da-historia-de-sc. Acesso em: 31 jan. 2022

SANTA CATARINA. Currículo base do ensino médio do território catarinense: caderno


1 – disposições gerais / Secretaria de Estado da Educação. – Florianópolis: Gráfica
Coan, 2021b. Disponível em: https://sites.google.com/sed.sc.gov.br/nem-
sedsc/curr%C3%ADculo-base-caderno-1?authuser=0. Acesso em: 11 fev. 2022

SANTA CATARINA. Municípios, 2022. Disponível em:


https://www.sc.gov.br/conhecasc/municipios-de-sc. Acesso em: 17 jan. 2022

SANTA TEREZINHA. Apresentação, 2022. Disponível em:


https://www.santaterezinha.sc.gov.br/municipio/index/codMapaItem/20122. Acesso em: 21
jan. 2022

SCHMIDT, R. et al. Produtores familiares dos vales coloniais de Santa Catarina falando sobre
a transição para o sistema Voisin: Uma análise das questões econômicas e sanidade
animal. Cadernos de Agroecologia, v. 9, n. 3, 2014.

SED. Secretaria Estadual de Educação. Nível socioeconômico. 2019. Disponível em


https://www.sed.sc.gov.br/documentos/censo-278/indicadores-disponibilizados-pelo-
inep/nivel-socio-economico. Acesso em: 25 jan. 2022

SED. Secretaria Estadual de Educação. Educação na palma da mão. Apoia - Educação


Básica, 2021. Disponível em
https://app.powerbi.com/view?r=eyjrijoingmwnzk4zwqtnddjmi00nzc3ltk1nzetndk2mzi4ngzjz
diwiiwidci6imexn2qwm2zjltriywmtngi2oc1izdy4lwuzotyzytjlyzrlnij9. Acesso em: 27 jan.
2022

SED. Secretaria Estadual de Educação. Apoia Programa de Combate à Evasão Escolar –


APOIA. 2022a. Disponível em https://www.sed.sc.gov.br/programas-e-projetos/27209-
programa-de-combate-a-evasao-escolar-apoia. Acesso em: 25 jan. 2022

108
SED. Secretaria Estadual de Educação. Núcleo de Educação e Prevenção (NEPRE). 2022b.
Disponível em: https://www.sed.sc.gov.br/conselhos-foruns-e-nucleos/16999-nucleo-de-
educacao-e-prevencao-nepre Acesso em: 17 jan. 2022

SED. Secretaria Estadual de Educação. Portal da Educação – Institucional. 2022c.


Disponível em http://serieweb.sed.sc.gov.br/cadueportal.aspx. Acesso em: 27 jan. 2022

SED. Secretaria Estadual de Educação. Indicadores educacionais. 2022d. Disponível em


https://www.sed.sc.gov.br/informacoes-educacionais/28427-indicadores-educacionais. Acesso
em: 25 jan. 2022

SED Secretaria Estadual de Educação. 2021 - Sinopse Estatística da Educação Básica SC.
2022e. Disponível me: https://www.sed.sc.gov.br/documentos/censo-278/indicadores-
educacionais/sinopses-da-educacao-basica?limit=20&limitstart=20. Acesso em: 22 mar. 2022

SILVA, A. C. da. et al. Caracterização fitossociológica e fitogeográfica de um trecho de


floresta ciliar em Alfredo Wagner, SC, como subsídio para restauração ecológica. Ciência
Florestal, v. 23, p. 579-593, 2013.

STALOCH, R; ROCHA, I. de O. Agricultura familiar e a permanência no campo: a


experiência de um projeto realizado e a percepção de jovens sobre o município de Santa
Terezinha (Santa Catarina). Extensão Rural, v. 25, n. 3, p. 89-112, 2018.

TCE/SC. Tribunal de contas de Santa Catarina. Meta 20 - Ampliação do Investimento em


Educação. 2022. Disponível em: https://paineistransparencia.tce.sc.gov.br/extensions/Pne
Meta20/index.html. Acesso em: 24 mar. 2022

VITOR MEIRELES. Histórico, 2022. Disponível em:


https://www.vitormeireles.sc.gov.br/cms/pagina/ver/codMapaItem/27948_. Acesso em: 27
jan. 2022

WIKIPEDIA, 2006. Mapa da cidade de Canelinha. Disponível em:


https://pt.wikipedia.org/wiki/Canelinha#/media/Ficheiro:SantaCatarina_Municip_Canelinha.s
vg Acesso em: 27 jan. 2022

109

Você também pode gostar