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DOCUMENTO TÉCNICO

EDITAL/2021–SERVIÇO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO


EM CONTEXTO DE PANDEMIA
NACIONAL

PRODUTO FINAL

PROJETO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA INTERNACIONAL MEC/UNESCO


(PROJETO914BRZ1060)

LUCIANA A RODRIGUES SILVA

NOVEMBRO/2022
LISTA DE QUADROS

Quadro 1- Etapas da pesquisa nacional..............................................................................12


Quadro 2 - Motivos da não ocorrência do AEE durante a pandemia da COVID-19.....51
LISTA DE FIGURAS

Figura1– Foto da reunião com dirigentes estaduais do CE.............................................14


Figura2 – Foto da reunião com dirigentes estaduais do Brasil........................................14
Figura 3 – Distribuição dos respondentes no país.......... ..................................................20
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Percentual de respondentes questionário 1 nacional.......................... 20


Gráfico 2 - Respondentes por estado brasileiro...................................................... 21
Gráfico 3 - Região Sudeste/Dirigentes..................................................................... 23
Gráfico 4 - Dirigentes respondentes por esfera Região Sudeste............................ 23
Gráfico 5 - Dirigentes respondentes por Esfera regiões CO e S............................ 24
Gráfico 6 - Dirigentes respondentes por estados das regiões CO e S.................... 24
Gráfico 7 - Dirigentes por esfera Regiões N e NE................................................... 24
Gráfico 8 - Dirigentes respondentes por estados das regiões N e NE.................... 25
Gráfico 9 – Dirigentes por esfera nacional............................................................... 25
Gráfico 10 - Oferta do AEE nacional......................................................................... 28
Gráfico 11 - Causas ou motivos para não oferta do AEE nacional/Dirigentes...... 29
Gráfico12 - Nívelde ensinodosestudantes doAEE/região sudeste........................... 30
Gráfico 13 - Estudantes atendidos peloAEE/região Sul........................................... 31
Gráfico 14 - Estudantes atendidos peloAEE/região Centro-Oeste.......................... 31
Gráfico 15 - Estudantes atendidos peloAEE/regiões Norte e Nordeste.................. 32
Espaços destinados a realização do AEE nas escolas das regiões
Gráfico 16 - 34
Sudeste, Sul, Centro-Oeste, Norte e Nordeste......................................
Gráfico 17 - Espaço da realização do AEE (Região Sudeste).................................. 35
Gráfico 18 - Espaço da realização do AEE (Regiões Sul e Centro-Oeste).............. 35
Gráfico 19 - Espaço da realização do AEE (Regiões Sul e Centro-Oeste).............. 36
Gráfico 20 - Organização e Práticas Pedagógicas do AEE/ nacional...................... 38
Gráfico 21- Desafios do AEE nacional...................................................................... 42
Gráfico 22 – Desafios da inclusão dos estudantes da educação especial nacional.. 45
Distribuição de matrículas na Educação Especial por tipo de
Gráfico 23 - 46
deficiência, TEA ou altas habilidades/superdotação – 2021...............
Gráfico 24 - Ocorrência nacional doAEEnoperíodo dapandemia.......................... 50
Gráfico 25 - Recursos mais utilizados durante a pandemia..................................... 52
Recursos que deveriam ser mantidos nas aulas presenciais pós a
Gráfico 26 - 56
pandemia.................................................................................................
Desafios pedagógicos para atender os alunos da Educação Especial
Gráfico 27 - 57
durante a pandemia................................................................................
Gráfico 28 - Recursodeacessibilidadeemvídeoeaulasgravadas................................ 62
Gráfico 29 - Recursodeacessibilidadeemmaterial impresso..................................... 62
Gráfico 30 - Recursodeacessibilidadeemaulassíncronaseplataformas.................... 63
Organização do AEE para atender estudantes da Educação
Gráfico 31 - 68
Infantil...................................................................................................
Gráfico 32 - Organização pedagógica daAEE na Educação Infantil/ nacional...... 69
Gráfico 33 - Organização do AEE para atender na Educação Integral................. 70
Organização das atividades pedagógicas do AEE na escola de
Gráfico 34 - 72
tempo integral.........................................................................................
Gráfico 35 - Organização do AEE para atender na EJA......................................... 75
Gráfico 36 - Organização das atividades pedagógicas do AEE na EJA/nacional.. 76
Gráfico 37 - Dificuldades dos estudantes daEJAparticipantesdoAEE/ nacional... 77
Organização do AEE para atender os estudantes no CAEE e/ou
Gráfico 38 - 79
EE.............................................................................................................
Organização das atividades pedagógicas no AEE na EE e/ou
Gráfico 39 – 80
CAEE.......................................................................................................
Gráfico 40 - Dirigentes x esferas................................................................................. 81
Gráfico 41 - Dirigentes respondentes por estado brasileiro..................................... 82
Gráfico 42 - Motivos da não ocorrência do AEE x Dirigentes................................. 86
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Função dos Respondentes da pesquisa nacional.................................... 19


Tabela 2 - Respondentes por região brasileira......................................................... 20
Tabela 3 - Respondentes por estado brasileiro........................................................ 21
Tabela 4 - Estudantes atendidos no AEE/nacional.................................................. 32
Tabela 5 - Espaço da realização do AEE Nacional.................................................. 34
Tabela 6 - Respostas por regiões brasileiras do desafio do AEE............................ 39
Tabela 7 - Desafios do AEE durante a pandemia por região.................................. 58
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 9
2 OBJETIVOS DO PRODUTO FINAL ....................................................................... 12
3 METODOLOGIA ....................................................................................................... 13
3.1 Etapas da organização da pesquisa nacional.......................................................... 14
3.2 Sobre os instrumentos ............................................................................................. 17
4 ANÁLISE DOS DADOS NACIONAIS ...................................................................... 26
4.1 Caracterização e oferta doAEE .............................................................................. 26
4.2 O espaço do AEE nacional ...................................................................................... 33
4.3 Organização e práticas pedagógicas do AEE/ nacional ......................................... 37
5 RELATÓRIO NACIONAL SOBRE A PANDEMIA DA COVID-19: O AEE NO
ENSINO REMOTO E RETORNO PRESENCIAL ......................................................... 47
5.1 O AEE durante a pandemia e os recursos utilizados/ nacional ............................. 49
5.2 Desafios pedagógicos e recursos de acessibilidades utilizados durante a pandemia
da COVID-19 ..................................................................................................................... 57
5.3 Recursos de acessibilidade usados durante a pandemia da COVID-19 unificados
........................................................................................................................................61
5.4 Iniciativa, vivências e recursos tecnológicos utilizadas no AEE no período da
pandemia da COVID 19 .................................................................................................... 63
5.5 Singularidades do AEE na: Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação
Infantil, na Escola de Tempo Integral e no Centro de Atendimento Educacional
Especializado (CAEE) e Escola Especial .......................................................................... 67
5.5.1 AEE na Educação Infantil/ nacional ................................................................... 67
5.5.2 AEE na Escola de Tempo Integral/nacional ....................................................... 69
5.5.3 AEE na EJA/nacional .......................................................................................... 74
5.5.4 Centro de atendimento Especializado (CAEE) e/ou Escola Especial (EE) ........ 78
6 PANORAMA REDE DE ENSINO: OS DADOS, AS AÇÕES E OS CONTEXTOS
EM QUE SE REALIZA O AEE DE ACORDO COM OS DIRIGENTES MUNICIPAIS
OU ESTADUAIS................................................................................................................ 81
6.1 AEE em contextos e espaços diferenciados/ Dirigentes .......................................... 87
6.1.1 O AEE no Assentamento ..................................................................................... 87
6.1.2 O AEE nas Comunidades Ribeirinhas, de Pescadores e de Aldeia .................... 87
6.1.3 O AEE na comunidade Quilombola .................................................................... 88
6.1.4 O AEE nas escolas rurais/campo ......................................................................... 90
6.1.5 O AEE na escolas indígenas................................................................................. 91
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS ........................................ 93
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 99
APÊNDICE A – Ofício-Circular nº 3/2022/G GAB/SEMESP/SEMESP-MEC ............. 102
APÊNDICE B – NOTAS EXPLICATIVAS SOBRE A PESQUISA UNESCO/MEC AEE
.......................................................................................................................................... 104
APÊNDICE C - NOTAS EXPLICATIVAS SOBRE A PESQUISA UNESCO/MEC AEE
.......................................................................................................................................... 106
APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO 1 ............................................................................. 108
APÊNDICE E - Nota Explicativa Questionário 2/ Dirigentes Municipais e Estaduais . 127
APÊNDICE F - QUESTIONARIO 2 .............................................................................. 129
ANEXO G - LISTA DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO SUL, CENTRO-OESTE,
NORTE, NORDESTE E SUDESTE PARTICIPANTES DA PESQUISA .................... 139
APÊNDICE H - CAUSAS DA NÃO OFERTA DO AEE “OUTROS”/DIRIGENTES . 141
APÊNDICE I - APRESENTE OS DESAFIOS ENFRENTADOS POR SUA REDE DE
ENSINO PARA GARANTIR A OFERTA DO AEE NA PANDEMIA/ unificada ........ 142
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1 INTRODUÇÃO

A educação da pessoa com deficiência no Brasil, desde a Declaração de Salamanca


(1994) até a Lei Brasileira de Inclusão (nº 13146/2015), sofreu muitas mudanças, tanto em
relação as funções dos profissionais que atuam na educação especial, mas também na relação
com o ensino regular e o estudante com deficiência, transtorno do espectro autista (TEA) e altas
habilidades ou superdotação nela matriculado.
A Educação Especial, que antes era a responsável pela educação e formação dos
alunos comdeficiência (escolas especiais, classes especiais, sala de recursos), passou a ter uma
função complementar, começando pela educação infantil, estendendo-se até o ensino superior,
passando a ser um trabalho parceiro junto ao ensino regular, de acordo com Decreto nº 3298/99.
Sem essa parceria a inclusão se torna um processo muito difícilpara todos os envolvidos
(alunos, professores, familiares e gestores).
Em 2008, a Política Nacional de Educação Especial, na Perspectiva Inclusiva,
introduziu e estruturou o Atendimento Educacional Especializado (AEE), que deveria ser
ofertado no contraturno dos estudantes incluídos no ensino regular. Esse tem como espaço para
ser realizado a Sala de Recursos Multifuncionais (SRM) que “são ambientes dotados de
equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do atendimento
educacional especializado” (BRASIL, 2010, p.5).
Ao observamos os dados do MEC entre os períodos de 2009-2020, ocorreu o
aumento das matrículas dos estudantes com deficiência, TEA e altas habilidades ou
superdotaçãogradativamente. Esse crescimento foi impulsionado pelas políticas públicas, que
pensam uma escola para TODOS, que trabalham a diversidade e se organizam de acordo com
as necessidades individuais, como é o caso dos alunos da educação especial.
No ano de 2020, fomos acometidos por uma pandemia, fazendo com que o mundo
tivesse que buscar alternativas para sobreviver a algo que tinha grande contaminação e naquele
momento não haviam imunizantes (vacinas). As escolas foram fechadas e as pessoas ficaram
reclusas em suas residências.
O impacto da pandemia da COVID-19 na Educação mundial e no desenvolvimento
dos alunos com ou sem deficiência, foi sem precedentes, e, no Brasil, não foi nada diferente,
lembrando que temos as questões fundamentais a serem analisadas desse período como:
dimensões territoriais, investimento financeiros, acesso à internet, formação de professores
associada ao uso das tecnologias, aulas síncronas, EAD, questões socioeconômicas das famílias
e professores, enfim, problemas já “velhos conhecidos” e que na pandemia vieram à tona com
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muito mais evidência.

Algumas das questões que buscamos responder nesta pesquisa, estão


relacionadasao ensino remoto e à pandemia da COVID-19, em como o AEE se organizou para
este período e como vinha sendo o trabalho junto aos estudantes com deficiência, TEA
ealtashabilidades/superdotação, o uso dos recursos na pandemia para manter o AEE, as
dificuldades desses atendimentos e de seus professores, entre outras.
Para mapearmos a realidade brasileira, partimos inicialmente de um questionário
direcionado às regiões brasileiras, trabalhado separadamente por 3 consultoras, sendo a
Professora Dra. Geny Lustosa (regiões Norte e Nordeste); a Professora Dra. Daniela Avila
(regiões Cenro-Oeste e Sul) ea Professora Me. Luciana A. Rodrigues Silva (região Sudeste)
que escreveu este relatório. A construção do instrumento foi coletiva, mas a aplicação
individual e foi encaminhado e respondido pelasescolasquetêm o AEE.
Os objetivos do produto 1, já entregue pela consultoria, foram: a) apresentar
dados e informações educacionais, no que se refere às ações, contextos, causas para oferta e
não oferta do atendimento educacional especializado pelos sistemas de ensinoaos estudantes
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
b) descrever as práticas pedagógicas e organizacionais, convergentes e ou divergentes das
políticas públicas, adotadas pelos sistemas de ensino para implementação do atendimento
educacional especializado, antes e durante a pandemia da COVID-19; c) sobre o período de
pandemia: apresentar as formas de oferta do atendimento educacional especializado, os motivos
da não-oferta, os desafios enfrentados pelos sistemas de ensino, as alternativas encontradas para
continuidade do atendimento, bem como propostas de implementação de políticas públicas e
alternativas de serviços que possam garantir esse importante serviço de Educação Especial; e
d) propor alternativas de oferta de atendimento educacional especializado onde não há, de
acordo com a diversidade local e regional brasileira, obedecendo aos marcos consagrados na
legislação: que o aluno tenha matrícula na classe comum do ensino regular e matrícula no
atendimento educacional especializado (Lei nº14.113 de 2020).
Todos os dados obtidos no produto 1, junto aos professores que atuam no AEE, nos
levaram a pensar em quais alternativas poderiam ser dadas para os desafios de antes e pós-
pandemia da COVID-19, além de pensar nas condições do trabalho, no formato de atendimento
oferecido aos alunos com deficiência, TEA e altas habilidades ou superdotação.
Com a conclusão e entrega do produto 1, foi iniciado a organização do relatório técnico
final, no qual foi feita a compilação dos resultados obtidos nas 5 regiões do Brasil e foi acrescido
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o questionário 2, respondido pelos Dirigentes (estaduais, municipais e distritais) que relataram


sobre a não oferta do AEE e questões relacionadas à pandemia.
Neste documento, partimos do que foi evidenciado nas 5 regiõese analisamos o cenário
nacional, sempre buscando responder aos objetivos solicitados pelo PROJETO914BRZ1060,
UNESCO/MEC.
O momento da pandemia, fez com que vários documentos fossem elaborados
relatando os impactos causados na Educação, podemos citaro das Nações Unidas (2020), que
argumenta em relação ao fechamento das escolas, como sendo uma questão de saúde pública
muito grave, e ao mesmo tempo uma preocupação dos educadores e familiares com o
desenvolvimento das crianças e jovens, quanto a sua aprendizageme nesse contexto estão
também os alunos público-alvo da educação especial. Essas pesquisas vêm de encontro ao que
esta consultoria deve mostrar do antes e pós-pandemia, porém com relação ao AEE.
Muitos dos problemas estruturais, já existentes na educação do Brasil, foram
evidenciados durante a pandemia da COVID-19, como por exemplo, o uso das TICs pelos
professores nas escolas públicas, além da questão da ausência de conectividade, o que reforçou
a exclusão de vários alunos, não somente das zonas urbanas, como também da zona rural, com
ou sem deficiência. Citamos essas fragilidades, pois o principal recurso utilizado para manter-
se o contato e o processo de ensino-aprendizagem com os alunos foi o ensino remoto, que
necessita ser feito por celulares, computadores ou tablets.
A busca pela melhoria da qualidade da educação ofertada no Brasil, levou-nos a
conhecer e avaliar como está ocorrendo o AEE nas escolas de tempo integral, EJA, educação
infantil, CAEE, Escola Especial,como também em comunidades específicas: os indigenas,
quilombolas, ribeirinhas, rurais/campo, tudo para propormos as melhorias e adequações que se
fizerem necessárias, com relação aos documentos e políticas públicas relacionadas a inclusão,
que norteiam os serviços da educação especial.
Os alunos com deficiência, TEA, altas habilidades ou superdotação devem ser atendidos
em suas necessidades e particularidades, tanto pelo professor de sala de aulacomo pelo do AEE,
que precisam trabalhar em parceria, buscando auxiliar e tornar acessível a aprendizagem desses
estudantes.
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2 OBJETIVOS DO PRODUTO FINAL

O produto final desta consultoria teve como objetivos a serem atingidos:


a) apresentar dados e informações educacionais, sobre o contexto nacional, no que se refere às
ações, aos contextos,às causas para a oferta e a não oferta do atendimento educacional
especializado pelos sistemas de ensino aos estudantes com deficiência, aos transtornos globais
do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação;
b) descrever as práticas pedagógicas e organizacionais, convergentes e ou divergentes das
políticas públicas, adotadas pelos sistemas de ensino para implementação do atendimento
educacional especializado, antes e durante a pandemia da COVID-19;
c) sobre o período de pandemia: apresentar as formas de oferta do atendimento educacional
especializado, os motivos da não oferta, os desafios enfrentados pelos sistemas de ensino, as
alternativas encontradas para continuidade da oferta, bem como propostas de implementação
de políticas públicas e alternativas de serviços, que possam garantir a oferta desse importante
serviço de Educação Especial;
d) propor alternativas de oferta de atendimento educacional especializado onde ele não é
ofertado, de acordo com a diversidade local e regional brasileira, obedecendo aos marcos
consagrados na legislação: que o aluno tenha matrícula na classe comum do ensino regular e
matrícula no atendimento educacional especializado (Lei 14.113/2020).
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3 METODOLOGIA

A pesquisa solicitada pelo PROJETO 914BRZ1060, contou com um grande número


de participantes (4233), pois o estudo foi focado nas cinco (5) regiões brasileiras, composta por
vinte e seis (26) estados e um (1) Distrito Federal.
Foi escolhido para desenvolver a pesquisa, as técnicas de pesquisa bibliográfica,
documental e o questionário estruturado, que ajudam na produção de dados quali-quantitativos.
(BEAUD; WEBER, 2007; JACCOUD; MAYER, 2008).
A análise bibliográfica auxilou na busca por contribuições já existentes de diversas
pesquisasrelacionadas ao Atendimento Educacional Especializado (AEE), além de possibilitar
o acesso às informações/conhecimentos prévios relacionados com o tema da pesquisa e também
nos orientou na elaboração das questões abordadas nos instrumentos de pesquisa (questionários
I e II). A análise documental permitiu evidênciaras produções institucionais relacionados com
a temática (CELLARD, 2008), por meio das leis, dosdecretos, dos documentos orientadores e
das políticas públicas instituídas, tivemos o apoio teórico para fazermos as análises dos dados
obtidos nesta pesquisa nacional, por meio da aplicação dos questionários 1 e 2.
Com o questionário estruturado, as questões fechadas e abertas, permitiram-nos a
produção de dados qualitativos e quantitativos a respeito dos contextos e realidades vivenciadas
nas escolas brasileiras relacionadas ao AEE, que é ofertado aos estudantes com deficiência,
TEA e altas habilidades ou superdotação. O cenário apresentado pelas escolas possibilitou
identificar as alternativas adotadas pelos sistemas de ensino em relação à oferta,à organização,
ao planejamento, aos desafios, as boas práticas desenvolvidas, os motivos de não-oferta
(quando for o caso),abrangendo tanto os modelos praticados antes da pandemia, como aqueles
implementados durante a pandemia de COVID-19, com relação ao AEE.
No questionário 1 (APÊNDICE D)haviao total de 21 questões, 11 abertas e 10 de
múltiplas escolhas, por meio das quaisos respondentes tiveram a oportunidade de se manifestar
com relação ao AEE referente: aos aspectos organizacionais e metodológicos; à pandemia da
COVID-19; ao AEE no ensino remoto e retorno presencial; ao AEE para a educação de jovens
e adultos (EJA); para a educação infantil; para a escola de tempo integral;e ao AEE na escola
especial ou Centro de Atendimento Educacional Especializado - CAEE (público e/ou
conveniado). Podendo apontar as dificuldades e conquistas, enfim, puderam mostrar detalhes
do trabalho docente na pandemia, bem como na pós-pandemia.
No questionário 2 (APÊNDICE F), havia23 questões abertas e 2de multiplasescolhas,
em que os respondentes puderam discorrer sobre as ações realizadas durante a pandemia, o
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motivo da não oferta do AEE e como é a oferta desse atendimento na Educação Infantil, EJA,
Escola de tempo Integral, e nas comunidades quilombolas, indigenas, ribeirinhas, de aldeias e
assentamentos. Podendo apontar as dificuldades e conquistas, enfim, puderam mostrar detalhes
do trabalho na pandemia, bem como na pós-pandemia.

3.1 Etapas da organização da pesquisa nacional

As pesquisas desenvolvidas para a entrega dos Produtos 1 e 2, tiveram as seguintes


ações:reuniões, elaboração dos instrumentos (questionários), encaminhamento dos
instrumentos, análises e entrega dos produtos concluídos. Elencaremos esses procedimentos
(Quadro 1) a seguir:

Quadro 1- Etapas da pesquisa nacional


PERÍODO AÇÕES OBJETIVOS
Esclarecimento das necessidades e focos da
30/3/2022 e Reuniões com o Ministério da
pesquisa visando à melhoria dos AEEs e das
28/4/2022 Educação (MEC)
políticas públicas
01/04/2022
Escolha do aplicativo para
a Optou-se pelo Forms.
desenvolver a pesquisa nas regiões
20/05/2022
24/5, 26/5 e Apresentaçãodas consultoras e dos objetivos
Reuniões com dirigentes estaduais
31/5/2022 dapesquisa.
Apresentaçãodas consultoras e dos objetivos
01/6/2022 Reunião com Undime Nacional
dapesquisa.
Período para respostas do
07/06 a
instrumento 1, dos estados e Aplicação do questionário 1
25/6
municípios
26/6 a
Análise das respostas Elaboração e escrita do produto 1
21/07/202
22/07/2022 Entrega do produto 1 Postar na plataforma gov.br
Período para respostas do
17/08/22 a instrumento 2, dos estados e
Aplicação do questionário 2
31/08/2022 municípios. E início da construção
do produto final.
01/09/2022 Análise das respostas do
a questionário 2 e análise final dos Elaboração e escrita do produto 2
14/11/2022 dados nacionais.
15/11/2022 Entrega do produto 2 Postar na plataforma gov.br
Fonte: Elaboração da própria pesquisadora

Para organizar a melhor forma de atingir os objetivos propostos, foram realizadas,


inicialmente, duas reuniões com o Ministério da Educação (MEC), nos dias 30/3/2022 e
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28/4/2022, com a equipe responsável pela educação especial, que esclareceu as necessidades e
focos da pesquisa, visando à melhoria dos AEEs e das políticas públicas. A partir da primeira
reunião, as três consultoras iniciaram reuniões constantes, para a elaboração dos questionários,
levando sempre emconsideração as peculiaridades dos estados brasileiros, as respostas a serem
dadas à UNESCO/MEC e a maneira ideal para, ao término da consultoria, termos uma visão de
país com relação à temática.
Para desenvolver o questionário, inicialmente, conversamos com o MEC para saber se
haviaalguma plataforma própria ou indicação, porém a resposta foi que eles usavam o aplicativo
Zoom. Assim,iniciou-se a busca por três plataformas que pudessem auxiliar na coleta dos dados,
que tivessemacessibilidade efossem defácil acesso dos estados emunicípios.
Escolhemos: Survey Monkey, LimeMonkey e Forms da Google. Após muitas tentativas
epesquisas, optou-se pelo Forms, por ser gratuito e fácil de ser usado. Também foram criados
quatroe-mails: um para uso coletivo das consultoras e para agendarmos as reuniões com os
Dirigentes,Undime e MEC1emaistrêsindividuais2paracadaconsultora esuaregião.
Optamos por uma abordagem quanti-qualitativa de pesquisa educacional que buscou
articular os resultados junto aos docentes do AEE das redes públicas municipais, estaduais ou
distritais, com relação aos atendimentos ocorridos no período da pandemia da COVID-19
(2020/2021) na região Sudeste, para isso, a pesquisa quantitativa utilizou um questionário do
Google Forms, compostopor 21 questões.
Antes de entrarmos em contato com os estados e municípios, o MEC encaminhou aos
Dirigentes Estaduais e Undime Nacional um ofício de apresentação das consultoras e o objetivo
da pesquisa a ser realizada (APÊNDICE A).
Com a primeira etapa concluída, iniciamos as reuniões com os Dirigentes Estaduais da
Educação Especial e Undime nacional para a apresentaçãodas consultoras e dos objetivos
dapesquisa.
1ª) Reuniões com os Dirigentes Estaduais: 24/5/2022 com o estado do CE;

1
consultorasmec.aee@gmail.com
2
consultoramec.aeesudeste@gmail.com; consultoramec.aeesul.co@gmail.com;
consultoramec.aeenorte.ne@gmail.co
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Figura1–Foto da reunião com os Dirigentes Estaduais do CE

Fonte:Elaboração da própria pesquisadora

2º) Reuniões com os Dirigentes Estaduais: 26/4/2022 com os Estados do Tocantins (TO),
Santa Catarina (SC), Mato Grosso do Sul (MS), Paraná (PR), Minas Gerais (MG),Alagoas
(AL), Pará (PA), Paraíba (PB), Rio Grande do Norte (RN), Pernambuco (PE) e Bahia (BA).

Figura2 –Fotodareunião comos Dirigentes Estaduais doBrasil

Fonte:Elaboração própria da pesquisadora

3º) Reuniões com Dirigentes Estaduais: 31/5/2022 com os estados deSanta Catarina (SC),
Rio Grande do Sul (RS), Rio Grande do Norte (RN), Pernambuco(PE), Paraná (PR), Rio de
Janeiro (RJ), Piauí(PI),Acre (AC), Minas Gerais (MG), São Paulo (SP), Amazonas (AM),
Maranhão (MA), Mato Grosso do Sul (MS), Sergipe (SE), Paraíba (PB) e Mato Grosso (MT).
4º) Reunião com Undime Nacional: 01/6/2022
Encaminhamos por e-mail os municípios que participariam da pesquisa.(APÊNDICE A)
Esses encontros foram valiosos, uma vez que foram dadas as informações peculiares dos
estados e seus trabalhos durante a pandemia, orientando melhor a organização das questões a
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seremfeitas no instrumento 1 para as escolas que tivessem o AEE com foco nos atendimentos
durante e após a pandemia da COVID-19, e o 2º instrumento para Dirigentes ou Coordenadores
da Educação Especial que não possuem o AEE aos alunos com deficiências, TEA e altas
habilidades ou superdotação.
5º) Aplicação do questionário 1, no período de 07/06 a 25/6,link com o questionário
enviado por e-mail às responsáveis das redes estaduais e Undime Nacional que encaminharam
aos respondentes.
6º) Período de análise dos questionários do produto 1 da região sudeste: 26/6 a 21/07/202
7º) Entrega do produto 1 final: 22/07/2022, para o MEC.
Com a entrega e aprovação dos produtos 1, iniciamos a construção do produto 2, que
seria a fusão dos dados colhidos pelas 3 consultoras em suas respectivas regiões de pesquisa e
a aplicação do questionário 2,destinado aos Dirigentes/Coordenadores da Educação Especial
(Estaduais, Municipais e Distrito Federal).
8º) Período para as respostas do questionário 2 pelos dirigentes e coordenadores de
Educação Especial e início da elaboração do produto 2, por meio da análise nacional dos dados
coletados nas 5 regiões brasileiras:17/08/22 a 31/08/2022.
9º) Análise das respostas do questionário 2 e conclusão das análises nacionais do produto
2:01/09/2022 a 14/11/2022.
10º) Entrega do Produto final:15/11/2022

3.2 Sobre os instrumentos

Para o encaminhamento dos questionários 1 e 2 foram criados critérios, pois a demanda


era muito grande. Porém, era necessária uma boa amostragem, além de conseguir ter a
participação dos profissionais que poderiam explanar sobre o AEE e a pandemia.
O critério de escolha para os respondentes do questionário 1 escolhidos tanto da rede
estadual como da municipal ou distrital foram:
• Professor(a) do Atendimento Educacional Especializado da unidade escolar efetivo ou
comingresso por processo seletivoe com atuaçãoduranteo período dapandemiada
COVID-19 até 2022. Caso não houvesse esse profissional, o questionário poderia ser
respondido pelo Coordenador/a pedagógico e/ou Gestor da escola.
• 01 Respondente por escola.
Como critérios para a seleção das escolas da rede estadual foi escolhido:
• 50% da rede de ensino.
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• Escolas que possuem maior número de matrículas de estudantes com deficiência, TEA
e altas habilidades ou super dotação matriculados.
Para as redes municipais os critérios estabelecidos foram:
• 10% dos municípios com o maior número de estudantes com deficiência, TEA e altas
habilidades ou superdotação matriculados na rede municipal, de acordo com o Censo
de 2021.
• 03 escolas por município.
Há no trabalho as tabelas (ANEXO G) com todos os municipios das regiões Sudeste,
Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste que estavam aptos a responderem à pesquisa de acordo
com os critérios mencionados acima.
Nas reuniões com os Dirigentes Estaduais e Undime Nacional foi decidido que eles
fariam o encaminhamento dos questionários 1 e 2 para suas redes, de acordo com as orientações
recebidas pelas consultoras. Encaminhamos, juntamente com os questionários3 1 e 2, as Notas
Explicativas aos responsáveis (APÊNDICE D).
O questionário 2 foi destinado somente aos DIRIGENTES estaduais, municipais e do
DistritoFederal4, e a fim de conhecer a realidade do trabalho realizado junto aos estudantes da
Educação Especial nas escolas da rede que não possuem AEE, como também conhecer as
peculiaridades do AEE oferecido na escola de tempo integral, na educação infantil, na EJA, nas
escolas indígenas, nas quilombolas, nos assentamentos, nas comunidades de pescadores, nas
aldeias e na escola rural/campo.
A distribuição nacional quanto aos respondentes do questionários 1tivemos:

3
Disponívelem:https://forms.gle/LgwevhQiNyGZVtPg8
4
Disponívelem:https://forms.gle/Toe6ABycKRKeR93f6
19

Tabela 1 -Função dos Respondentes da pesquisa nacional


Centro-
Nordeste Norte Sudeste Sul TOTAL
Respondentes Oeste
(NE) (N) (SE) (S) 4233
(CO)
Professores(as) do
Atendimento
Educacional
542 479 81 542 609 2253
Especializado da
unidade escolar
(efetivo)
Professores(as) do
Atendimento
Educacional
Especializado da
unidade escolar
(ingresso por 221 71 131 498 225 1146
processo seletivo e
com atuação durante
o período da
pandemia da
COVID-19 até 2022)
Coordenadores(as)
pedagógicos da
escola, somente na
ausência dos
professores do AEE 77 22 60 91 158 408
que atuaram durante
a período da
pandemia da
COVID-19
Gestores(as),
somente na ausência
do Coordenador
pedagógico e dos
professores do AEE 74 28 37 115 143 397
que atuaram durante
a período da
pandemia da
COVID-19
Responderam mais
21 08 0 0 0 29
de um item
Fonte: Elaboração da própria pesquisadora

Na pesquisa nacional, conseguimos obter a maioria das respostas dos professores (2253)
que estavam atuando na época da pandemia da COVID-19 e que são efetivos no AEE, o que
pode validar o quadro do Brasil, apresentado aqui, sobre os atendimentos oferecidos aos
estudantes com deficiência, TEA e altas habilidades ou superdotação. Em segundo lugar os
respondentes eram também professores que atuavam à época da pandemia no AEE, porém havia
20

ingressado por processo seletivo (1146) e somente 408 eram coordenadores pedagógicos.
No gráfico podemos ver a porcentagem dos respondentes do questionário 1:

Gráfico 01 – Percentual de respondentes questionário 1 nacional

Legenda Descrição
Professor(a) do Atendimento Educacional Especializado da unidade
A
escolar (efetivo)
Professor(a) do Atendimento Educacional Especializado da unidade
B escolar (ingresso por processo seletivo e com atuação durante o
período da pandemia da COVID-19 até 2022)
C Coordenador/a pedagógico da escola
D Gestor
Fonte: Elaboração da própria pesquisadora

Com relação a participação dos respondentes por região brasileira temos a seguinte
divisão (Tabela 2):
Tabela 2 - Respondentes por região brasileira
Região Qtd Porcentagem

Centro-Oeste 309 7%

Nordeste 934 22%

Norte 608 14%

Sudeste 1245 30%

Sul 1135 27%

Total Geral 4233 100%


Fonte: Elaboração da própria pesquisadora

A região Sudeste, que é a maior em atendimento e em número de profissionais, teve


21

30% de respondentes, seguido com 27% da região Sul e em terceiro lugar a região Nordeste
com 22% dos respondentes.
Importante conhecer o quantitativo de respondentes por estado brasileiro na pesquisa,
como mostra a tabela 3:

Tabela 3 - Respondentes por estado brasileiro

Fonte: Elaboração da própria pesquisadora

No gráfico 1são mostradosos estados brasileiros e os três com maiores números de


respondesntes foram: Minas Gerais (MG), com 841 respondentes, Rio Grande do Sul (RS), com
600 respondentes e Santa Catarina (SC), com 482 respondentes dos questionários. E os que
tiveram menos participações foram: Amapá (AP), com 1 respondente, Rondônia (RO), com 3
respondentes e em Tocantins (TO), com 15 respondentes.

Gráfico 2- Respondentes por estado brasileiro


Tocantins (TO) 15
220
Santa Catarina (SC) 482
37
Rondônia (RO) 3
600
Rio Grande do Norte (RN) 98
75
Piauí (PI) 107
25
Paraná (PR) 53
67
Pará (PA) 432
841
Mato Grosso do Sul (MS) 211
61
Maranhão (MA) 69
37
Espírito Santo (ES) 110
303
Bahia (BA) 83
47
Amapá (AP) 1
183
Acre (AC) 73
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900

Fonte: Elaborado pela própria pesquisadora


A distribuição no país ficou da seguinte maneira:
22

Figura3 - Distribuição dos respondentes no país

Fonte: Elaborado pela própria pesquisadora

Com relação ao questionário 2, encaminhado aos Dirigentes, tivemos a seguinte


participação na região Sudeste:
23

Gráfico 3 - Região Sudeste/Dirigentes

30

25

20

15

10

0
ES MG SP

Fonte: Elabrado pela própria pesquisadora


Legenda:
64,9% (24) - Estado de São Paulo
24,3% (9) - Estado de Minas Gerais
10,8% (4) - Estado do Espirito Santo

De 37 respondentes na região Sudeste, tivemos 1 da rede estadual no estado do Espírito


Santo (ES) e os outros 36 são de redes municipais, dividido nos 3 estados respondentes São
Paulo (SP), Minas Gerais (MG) e Espírito Santo (ES) (Gráfico 3).

Gráfico 4- Dirigentes respondentes por esfera Região Sudeste

40

35

30

25

20

15

10

0
Rede Estadual Rede Municipal

Fonte: Elabrado pela propria pesquisadora

Na região Sul e Centro-Oeste, tivemos a participação de 52 Dirigentes, sendo 4 redes


estaduais, Santa Catarina (SC), Paraná (PR),Mato Grosso do Sul (MS) e 48 respondentes das
redes municipais.
24

Gráfico 5 - Dirigentes respondentes por Esfera regiões CO e S

60

50

40

30

20

10

0
Rede Estadual Rede Municipal

Fonte: Elabrado pela própria pesquisadora

Gráfico 6- Dirigentes respondentes poe estados das regiões CO e S


18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
GO MG MS PR RS SC

Fonte: Elabrado pela própria pesquisadora

Com relação aos Dirigentes das regiões Norte e Nordeste tivemos a maior paticipação
também dos representantes ligados às redes municipais (93) e 10 estão nas redes estaduais
(Gráfico 7).
Gráfico 7 - Dirigentes por esfera Regiões N e NE
100

80

60

40

20

0
Rede Estadual Rede Municipal

Fonte: Elabrado pela própria pesquisadora


25

A pesquisa com Dirigentes conseguiu obter respostas de vários estados das duas regiões
(N e NE):

Gráfico 8 -Dirigentes respondentes por estados das regiões N e NE


18

16

14

12

10

0
AC AL AM BA CE MA PA PB PE PI RN RO RR RS SE TO

Fonte: Elaborado pela própria pesquisadora

O total de respondentes do questionário 2 desta pesquisa, direcinado aos Dirigentes, são


da esfera municipal (174) e da rede estadual, 14 representantes.

Gráfico 9– Dirigentes por esfera nacional

Fonte: Elabrado pela própria pesquisadora


26

4 ANÁLISEDOSDADOS NACIONAIS

4.1 Caracterização e oferta doAEE

A consultoria do PROJETO 914BRZ1060 MEC/UNESCO investigou as formas de


oferta do AEE, os contextos onde não são ofertados,explicitando os motivos e apresentando
alternativas para as ofertas que possam contemplar as diversidades locais e
regionais,obedecendo aos princípios estabelecidos na legislação para a oferta desse serviço de
Educação Especial, considerando oimpacto causado pela pandemia da COVID-19.
Como já explicado anteriormente, contamos com o apoio dos Dirigentes Estaduais e da
Undime nacional para que os instrumentos chegassem até as escolas.
O AEE é um serviço oferecido na rede regular e também em escola especial, por meio
das Salas de Recursos Multifuncionais (SRMs). Esse local precisa organizar oatendimento
desses estudantes, afim de garantir uma educação de qualidade (BRASIL, 2011).
O AEE, desde sua criação, tem como norma ser ofertado no contraturno,
Art. 5º O AEE é realizado, prioritariamente, na sala de recursos multifuncionais da
própria escola ou em outra escola de ensino regular, no turno inverso da
escolarização, não sendosubstitutivo às classes comuns, podendo ser realizado,
também, em centro de Atendimento Educacional Especializado da rede pública ou de
instituições comunitárias,confessionaisou filantrópicas sem fins lucrativos,
conveniadas com a Secretaria de Educação ou órgão equivalente dos Estados, Distrito
Federal ou dos Municípios (BRASIL,2009).

Na pesquisa nacional obtivemos como resposta, que o AEE está organizado na maior
parte do país no contraturno (3609),seguido por oferta no mesmo turno que aluno estuda com
1213 e em períodos intermediários ou no final do período que o aluno estuda, com 194
respondentes,essa informaçãomostra uma realidade nacional que deveria ser analisada em
paralelo às políticas públicas educacionais.
Também obtivemos, como dado, que 917 respondentes dizem atender alunos de escolas
do entorno, mostrar e entender a necessidade de expansão da implementação da oferta do AEE
para instituições que não a possuem. Poisquando o aluno é atendido na mesma unidade
escolarna qual estuda, facilita a comunicação e interação entre os professores da sala regular e
o AEE.
Dois dados, apresentados nesta pesquisa, que precisariam de melhores
entendimentossão: que 350 respondentes disseram ter alunos que somente frequentam o AEE.
E que 32 respondentes disseram que existem alunos que recebem o atendimento educacional
especializado, que são atendidos somente pelo ensino especial,não estando incluídos no ensino
regular.
27

Na pesquisa junto aos Dirigentes Estaduais, Municipais ou Distritais fizemos a pergunta


com relação ao aluno frequentar somente o AEE eno total de 190 respondentes, somente12
disseram que “sim”, que existem alunos que somente frequentam o AEE, e citaram os motivos,
elencados abaixo:
Nas situações de frequência somente no AEE na rede pública estadual,
são os casos de estudantes que estão matriculados na rede privada e
municipal e frequentam os polos de AEE Altas habilidades, ou AEE/DA
ou AEE/DV. (Região Sul)

Temos 1 aluno que chegou de outra rede de ensino este ano e que nunca
frequentou o ensino comum. Esse aluno está matriculado no ensino
comum, porém não consegue interagir no espaço escolar, frequentando
somente o AEE, por alguns minutos com o acompanhamento do pai.
TEA Severo - 8º ano do ensino fundamental.. (Região Sul)

Temos 02 estudantes por indicação médica não puderam retornar ao


presencial da sala regular e frequentam quinzenalmente o AEE.(Região
Centro-Oeste)

O Estado do Paraná oferece AEE a cidadãos fora da idade escolar


obrigatória especialmente pessoas com diagnóstico de cegueira e
surdez . (Região Sul)

Somente casos específicos ,totalizando 05 ,devido o aluno já ter uma


idade avançada para a serie matriculada, ou não ter suporte de apoio
no ensino comum para acompanha-lo. (Região Norte)

SIM, Alunos que estão fora da faixa etária que são atendidos pelas
instituições especializadas.(Região Norte)

Por já serem adultos e não acompanhar o programa escolar. (Região


Nordeste)

São poucos. Os motivos estão relacionados com a saúde dessas


crianças. (Região Nordeste)

Por via de regra na rede estadual de ensino do Maranhão os estudantes


público da Educação Especial que frequentam o AEE devem ter
matrícula ativa no ensino comum. Entretanto há poucos estudantes
matriculados no Centro de Educação Especial Helena Antipoff que
frequentam apenas o AEE com atendimento de oficinas pedagógicas de
preparação para o mundo do trabalho em virtude de já terem
alcançado a idade adulta e saído do atendimento de escolarização em
nível médio. (Região Norte)
A rede possui 02 crianças surdocegas das quais a família optou apenas
pelo o AEE. (Região Norte)

Alguns não estão matriculados na sala de aula comum devido a idade


28

avançada.. (Região Nordeste)

A maioria dessas pessoas já se encontra, em termos etários, numa faixa


para além da escolarizável, e quando ainda constitui um grupo mais
característico do público da modalidade EJA, nem sempre a rede de
ensino a oferta no turno diurno, e é também pouco ofertada no turno
noturno. Há também o receio por parte dos pais ou responsáveis de
permitirem que seus filhos frequentem a escola regular ou a classe
comum de outra escola da rede, seja pela gravidade da situação em
que se encontram (outras comorbidades associadas, por exemplo), seja
pelo temor de que sejam discriminados ou enfrentem dificuldades
críticas de acessibilidade. Assim, permanecer no AEE representa a
única perspectiva de desenvolvimento e/ou socialização. (Região
Nordeste)

Sobre o horário de atendimento do AEE, a Resolução nº 4/2009 indica o turno oposto


da escolarização, por ser uma modalidade não substitutiva ao ensino comum, ou seja, o
estudante terá o ensino da classe comum em um turno e, em outro, frequentará a sala do AEE,
de acordo com o previsto no seu plano de atendimento, para receber uma aprendizagem
complementar ou suplementar (BRASIL, 2009a).

Gráfico10 - Oferta do AEE nacional

No contraturno da escolarização do estudante 3609

No mesmo turno da escolarização do estudante 1213


Atende estudantes de outras escolas do
917
entorno/proximidades
Temos estudantes que frequentam apenas o AEE 350
Em períodos intermediários aos turnos e/ou ao final dos
194
turnos da escolarização do estudante
Outro 171
Atende apenas estudantes que frequentam o ensino
32
especial e que não estão nas classes comuns de ensino
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Fonte: Elaborado pela própria pesquisadora

Observamos que os estados e municípios estão conseguindo atender no contraturno,


como definido pela Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009, mas reconhecer outras formas de
se atender no AEE, é importante em função das realidades diversas do Brasil.
No questionário aplicado com os Dirigentes estaduais, municipais ou distrais foi
mostrado o motivo da não oferta do AEE, em diversas localidades. Tivemosas 3 principais
respostas:
29

• 49 respondentes disseram que o problema está na ausência de infraestrutura


parater uma sala específica para o AEE;
• 41 respondentes alegaram ter um AEE em uma escola próxima do estudante;
• 39 respondentes deram como outras possibilidades da não ocorrência do AEE.

Gráfico 11 - Causas ou motivos para não oferta do AEE nacional/Dirigentes

Outros 39
Falta de recurso financeiro para criação da Sala de
27
Recurso Multifuncional
Existe outra escola próxima que realiza o
41
atendimento de seus estudantes
Carência de profissionais com formação para
21
realizar o AEE
Ausência de matrículas na escola de estudantes da
13
educação especial
Ausência de infraestrutura para ter uma sala
49
específica de AEE
0 10 20 30 40 50 60

Fonte: Elabrado pela própria pesquisadora

Com relação às respostas “outros” relacionadas às causas ou aos motivos da não oferta
do AEE, tivemos como dados mais citados qualitativamente, das respostas dos Dirigentes
(APÊNDICE H):
Necessidade de parceria MEC - Município na esfera da educação
infantil (Região Sudeste)

Carência de Profissionais(Região Sul)

Ausência de infraestrutura; falta de recurso financeiro. (Região Norte)

Percebemos que as causas são sempre relacionadas às questões financeiras, à falta de


qualificação profissional e ao espaço físico. Porém os estados da região Norte: Pará (PA),
Roraima (RR) e Amazonas (AM), elencaram respostas bem pontuais às realidades da regão,
como:
[...]geografia dificultosa

escolas indigenas de difícil acesso

A maioria das escolas do campo pela questão geográfica da oferta do


AEE não acontece

Demanda reduzida, distância deslocamento, na Educação do Campo


30

Financiamento para escolas da zona rural, logística de transporte para


áreas ribeirinhas e indígenas.

No tocante aos estudantes atendidos pelo AEE nas escolas pesquisadas nacionalmente,
identificamos (nesta questão poderia ser marcado mais que um item, o que na soma total ultrapassa
100%):
Nos gráficos abaixo mostraremos a associação da faixa etária ao tipo de deficiência
atendida pelo AEE no Brasil, por região pesquisada. No gráfico 11 temos a região Sudeste, com
uma amostragem de 9519 de alunos com deficiência, TEA, altas habilidades ou superdotação,
que são atendidos pelo AEE.

Gráfico12 - Nívelde ensinodosestudantes doAEE/região Sudeste

Fonte: Elaboração própria da pesquisadora

Observamos que referente ao público atendido na região Sudeste, temos: deficiência


intelectual (20,2%) alunos com TEA (20,1%) e em teceiros temos os com deficiência física
(12,1%) e somente 3% dos alunos atendidos tem surdocegueira. O menor número de alunos
atendidos são da educação infantil.
Na região Centro-Oeste e Sul do país, temosos seguintes estudantes com deficiência,
TEA e altashabilidadesou superdotação, atendidos no AEE (Gráficos 13 e 14).
31

Gráfico 13 -Estudantes atendidos peloAEE/região Sul

Estudantes com AH
Estudantes com TEA
Estudantes surdocegos
Estudantes surdos
Estudantes com DA
Estudantes cegos
Estudantes com BV
Estudantes com DI
Estudantes com PC
Estudantes com DF
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180

acima de 16 anos 6 a 11 anos 5 a 12 anos 0 a 5 anos

Fonte: Elaboração da pesquisadora da região centro-oeste

O maior índice de atendimento educacional especializado, na região Sul são estudantes


com TEA, enquanto temos na região Centro-Oeste estudantes com Deficiência Intelectual. Os
dois grupos de estudantes requer peculiaridades de acessibilidade quanto aos recursos
pedagógicos e tecnológicos a serem utilizados tanto nas aulas presenciais como nas remotas.
Gráfico 14- Estudantes atendidos peloAEE/região Centro-Oeste

Estudantes com AH
Estudantes com TEA
Estudantes surdocegos
Estudantes surdos
Estudantes com DA
Estudantes cegos
Estudantes com BV
Estudantes com DI
Estudantes com PC
Estudantes com DF
0 100 200 300 400 500 600 700

acima de 16 anos 6 a 11 anos 5 a 12 anos 0 a 5 anos

Fonte: Elaboração da pesquisadora da região centro-oeste

Quanto a região Nordeste, as deficiências mais atendidas são: estudantes com DI (881),
TEA (934) e em terceiro lugar a DF (675). E na região Norte, os mais atendidos são os mesmos,
porém em quantidades distintas: DI (589), TEA (560) e DF (497) (Gráfico 15).
32

Gráfico 15 - Estudantes atendidos peloAEE/regiões Norte e Nordeste

Fonte: Elaboração da pesquisadora da região norte e nordeste

Nas 5 regiões brasileiras, temos os 3 maiores grupos de estudantes atendidos no AEE


que são: Deficiência Intelectual (DI), Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Deficiência
Física (DF).

Tabela 4- Estudantes atendidos no AEE/nacional


Estudantes da Educação
Total Nacional
Especial
Estudantes com TEA 5326
Estudantes com DI 4355
Estudantes com DF 3252
Estudantes com PC 2581
Estudantes com BV 2511
Estudantes com DA 2359
Estudantes surdos 1943
Estudantes com AH 1635
Estudantes cegos 1509
Estudantes surdocegos 1148
Fonte: Elaborado pela própria pesquisadora

Estes grupos pedem uma atenção especial, quanto aos recursos a serem utilizados,
apoios, materiais adaptados, comunicação alternativa, entre outros.
Este resultado apresentado na pesquisa nacional está confirmado quando comparamos
que o gráfico do INEP (CENSO, 2020), relacionado ao número de matricula de estudantes com
deficiêcia, TEA e altas habilidades ou superdotação. Dados importantíssimos para a
manuntenção e aumento dos AEE nas escolas brasileiras, pois a demanda é crescente.
O aumento no número de matrículas de alunos com TEA em todo Brasil, é outra
realidade mostrada nos dados e está relacionada ao diagnóstico precoce, logo após os 6 meses
33

de idade, por isso, é viável apresentar dados mais concretos do aumento significativo de pessoas
com transtorno do espectro autista no Brasil, em especial, em crianças.

Segundo dados do CDC (Center of Deseases Control and Prevention), órgão ligado
ao governo dos Estados Unidos, existe hoje um caso de autismo a cada 110 pessoas.
Dessa forma, estima-se que o Brasil, com seus 200 milhões de habitantes, possua cerca
de 2 milhões de autistas. São mais de 300 mil ocorrências só no Estado de São
Paulo (REVISTA ESPAÇO ABERTO, 2022).

4.2 O espaço do AEE nacional

Inicialmente é importante conhecer a definição do Atendimento Educacional


Especializado (AEE), que é um conjunto de recursos, atividades e metodologias pedagógicas
que visa atender alunos com deficiência, TEA e altas habilidades ou superdotação, que não
substitui o ensino comum, mas o complementa e suplementa.
Os objetivos do AEE são:
• Identificar as necessidades do aluno;
• Contribuir para o desenvolvimento da educação inclusiva;
• Oferecer suporte ao professor da classe comum;
• Mapear e propor novos recursos existentes que possam contribuir com a aprendizagem
do aluno, como um software específico, materiais de apoio disponíveis na internet ou
até peças de mobiliário que tornem a sala um ambiente mais acolhedor e aprazível.

Este atendimento (AEE) pode ocorrer na Sala de Recurso Multifuncional (SRM),que


segundooDecretonº7.611/2011, são “ambientes dotados de equipamentos mobiliários e
materiais didáticos para a oferta do atendimento educacional especializado” (BRASIL, 2011),
como em outros espaços, igualmente apresentados na pesquisa nacional.
No questionário apresentado nesta pesquisa, havia uma questão para podermos conhecer
os espaços onde o AEE é realizado no país. Os respondentes poderiam marcar os seguintes
espaços: SRM, o espaço da sala de aula junto aos estudantes, a biblioteca, a sala de coordenação,
no atendimento itinerante e em “outros” espaços.
Os respondentes marcaram a SRM como o local onde mais ocorre a realização do AEE
(3458), apontando que dentre os 4233 respondentes, 81,69%, estão de acordo com o que é
descrito no Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011.

§ 1º Para fins deste Decreto, os serviços de que trata o caput serão denominados
atendimento educacional especializado, compreendido como o conjunto de
atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e
continuamente, prestado das seguintes formas:
34

I - complementar à formação dos estudantes com deficiência, transtornos globais do


desenvolvimento, como apoio permanente e limitado no tempo e na frequência dos
estudantes às salas de recursos multifuncionais;

Gráfico 16 - Espaços destinados à realização do AEE nas escolas das regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste,
Norte e Nordeste
4000
3458
3500

3000

2500

2000

1500

1000
409 311
500
85 68 24
0

Sala de Recurso Multifuncional (SRM) Outros


No espaço da sala de aula junto aos estudantes Na biblioteca
Atendimento itinerante Na coordenação

Fonte: Elaborado pela própria pesquisadora

Na Tabela 5 apresentamos, separados pelas regiões, os 3 espaços mais apontados na


pesquisa nacional, onde é realizado o AEE:

Tabela 5 - Espaço da realização do AEE Nacional


CO e S N e Ne Se Total
SRM 1278 1207 973 3458

Outros 79 200 130 409


No espaço da sala de
50 152 109 311
aula do aluno
Fonte: Elaboração própria da pesquisadora

Notamos que na região Sudest 973 do AEEs acontecem em Sala de Recurso


Multifuncional (SRM), o que vai ao encontro do decreto, mas vale ressaltar o segundo lugar,
com 130 respondentes, que dizem acontecer em “outros” espaços e o terceiro, que acontece na
sala de aula do aluno, com 109 respondentes. Os dados das regiões Centro-Oeste e Sul, como
Norte e Nordeste também apresentam a mesma organização.
35

Gráfico 17 - Espaço da realização do AEE (Região Sudeste)

Fonte: Elaboração própria da pesquisadora

Na região Sul e Centro-Oeste tivemos 1278 respondentes que colocaram que o AEE é
feito na SRM, 79 respondentes marcaram “outros” espaços, 50 respondentes que o atendimento
ocorre no espaço da sala de aula junto aos estudantes, 21 marcaram os atendimentos itinerantes
e 14 casos em que ele ocorre na biblioteca.

Gráfico 18 - Espaço da realização do AEE (Regiões Sule Centro-Oeste)

Sala de Recurso Multifuncional (SRM) 245


1033

Outros 15
64

No espaço da sala de aula junto aos estudantes 44


6

Na coordenação 0
2

Na biblioteca 3
11

Atendimento itinerante 2
19

0 200 400 600 800 1000 1200

Região Centro-Oeste Região Sul

Fonte: Elaboração da pesquisadora da região sul e centro-oeste

Na região Norte e Nordeste tivemos 1207 respondentes que afirmam que o local de
realização do atendimento é na Sala de Recurso Multifuncional (SRM), 459 responderam não
ter um local destinado à sua atuação, 152 respondentes afirmam realizar sua atuação dentro das
salas de aula do estudante; 53 na biblioteca; 21 na coordenação; 33 atendimentos itinerantes;
36

200 em outros locais.


Gráfico 19 - Espaço da realização do AEE (Regiões Sul e Centro-Oeste)

1207
723
484
10 1 11 10 1 11 31 7 38 70 38 108 92 78 170

Na coordenação Atendimento Na biblioteca No espaço da Outros Sala de Recurso


itinerante sala de aula Multifuncional
junto aos (SRM)
estudantes

Nordeste Norte Total Geral


Fonte: Elaboração da pesquisadora da região norte e nordeste

Na pesquisa, pudemos perceber que o AEE está sendo realizado em muitos espaços, isso
foi verificado quando os professores responderam “outros” e elencaram esses locais. Dentre as
descrições qualitativas observa-se as seguintes realidades no país:
Sala de informática (Região Sul)
No quarto do hospital (Região Sul)
Na Sala de Informática (Região Sul)
Atividades no pátio da escola (Região Sul)
Na brinquedoteca da unidade escolar. (Região Centro-Oeste)
Não temos sala para AEE. (Região Centro-Oeste)
Laboratório de informática. (Região Centro-Oeste)
Sala dos professores .(Região Sudeste)

O espaço adequado para os atendimentos faz com que o professor tenha local para
guardar os equipamentos de TA, de braile, dicionários de Libras, fazer suas avaliações, jogos,
entre outros. Quando isso não acontece, precariza o trabalho, como percebemos na lista abaixo,
na qual elencamos alguns dos locais onde os professores respondentes fazem o atendimento ao
aluno com deficiência, TEA e altas habilidades ou superdotação.
Em pequeno espaço improvisado pela escola embaixo da caixa de
água, sem acessibilidade e ventilação adequada para os alunos e
professor. (Região Sudeste)
Secretaria da escola. (Região Sul)
Sala adaptada em anexo a sala dos professores. (Região Sul)
No refeitório. (Região Sul)
Sala de equipamentos da parte elétrica geral da escola. (Região
Sudeste)
Sala de xerox. (Região Sudeste)

Quanto a atuação do professor de AEE na sala de aula regular que apareceu em terceiro
lugar na pesquisa unificada (311), de forma colaborativa é algo totalmente salutar e possível,
37

mas é importante que haja um planejamento e objetivo, essas atividades podem ser: atender
alguma demanda específica do estudante, avaliação de algum recurso tecnológico usado na sala
de aula, observação específica e implementação de alguma atividade conjunta com a professora
da sala de aula.
Citamos Mendes e Vilaronga (2014), que mostra a relevância do trabalho colaborartivo,
compartilhado entre a educação especial e o ensino regular:
Visando à proposta de ensino colaborativo, Conderman; Bresnahan; Pedersen (2009),
enfatizam que é preciso discutir na escola questões relacionadas ao tempo de
planejamento em comum entre o professor de educação especial e o professor da sala
regular; aos conteúdos que devem ser incluídos no currículo; às adaptações
curriculares; à distribuição de tarefas e responsabilidades; às formas de avaliação; às
experiências em sala de aula; aos procedimentos para organização da sala; à
comunicação com alunos, pais e administradores; ao acompanhamento do progresso
de aprendizagem dos alunos; às metas para o Plano Educacional Individualizado dos
alunos com deficiência (MENDES; VILARONGA, 2014, p.141)

A colaboração entre os profisionais da educação é muito importante, pois possibilita


que cada professor com sua experiência auxilie nas resoluções de problemas mais sérios de
aprendizagem e/ou comportamento de seus alunos. O ensino colaborativo tem sido utilizado
para favorecer a inclusão escolar, envolvendo a parceria direta entre professores da Educação
Comum e Especial.

4.3 Organização epráticas pedagógicas do AEE/ nacional

Quando foi perguntado sobre as práticas e a organização do AEE, tivemos respostas


importantes, mostrando onde os professores dedicam maior tempo. Nessa questão, era possível
marcar várias opções com relação aos trabalhos desenvolvidos pelos professores do AEE. As
ações mais citadas foram:
1º É realizada a elaboração de relatórios sobre o acompanhamento dos
estudantes do AEE (3929).
2º É realizada a avaliação pedagógica inicial do estudante e planejamento do
trabalho a ser desenvolvido no AEE (3775).
3º Nos atendimentos são elaborados recursos pedagógicos com acessibilidade
conforme as peculiaridades de aprendizagem dos estudantes públicos da
educação especial (3727).
4º Os atendimentos contemplam a orientação às famílias dos estudantes do
AEE (3689).
38

Gráfico 20 -Organização e Práticas Pedagógicas do AEE/ nacional


0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

É realizada a elaboração de relatórios sobre acompanhamento dos estudantes do AEE 3929

É realizada a avaliação pedagógica inicial do estudante e planejamento do trabalho a ser


3775
desenvolvido no AEE
Nos atendimentos são elaborados recursos pedagógicos com acessibilidade conforme as
3727
peculiaridades de aprendizagem dos estudantes público da educação especial

Os atendimentos contemplam a orientação às famílias dos estudantes do AEE 3689

O AEE e sua metodologia consta no Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola 3488

O AEE trabalha com a proposta do Plano Educacional Individualizado (PEI) 3431

Os professores do AEE têm apoio institucional (formação continuada, tempo de reuniões com a
3176
coordenação, entre outros.)

O AEE trabalha com a proposta de organização de Estudo de caso e Plano do AEE 2979

Os/as professores/as do AEE realizam planejamentos de atividades junto com os/as professores/as
2838
da sala de aula comum

Existe a troca de informações com outros profissionais fora do contexto escolar 2940

Na organização do AEE existe um dia na semana específico para que o(a) professor(a) realize
2729
estudos teóricos, cursos, estudos de casos e/ou organização de documentação pedagógic
A escola recebe recursos do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) para a implementação,
2501
manutenção e organização do AEE

Fonte:Elaboração própria da pesquisadora


39

Observamos que durante o período de trabalho do professor do AEE, o que menos


conseguem fazer são estudos, cursos e estudo de caso (2729), trocas com outros profissionais
também é um grande desafio (2940). Todos os itens mencionados são importantes de serem
realizados, pois muitos alunos têm atendimentos de outros profissionais como fonoaudiólogos,
psicólogos, psicopedagogos e essa complementação de informação pode auxiliar no trabalho
escolar. Fazer a discussão de casos é fundamental, cada criança é unica e apresenta
característica distinta, mesmo tendo deficiências iguais, o que vai mudar o planejamento e as
orientações do professor do ensino regular.
Mostramos, a seguir, o quantitativo/região com relação a organização e práticas
pedagógicas do AEE.

Tabela 6 - Respostas por regiões brasileiras do desafio do AEE


Total
RESPOSTA N Ne CO Se S (%)
Geral
É realizada a elaboração de relatórios sobre
551 849 285 1187 1057 3929 92,8%
acompanhamento dos estudantes do AEE
É realizada a avaliação pedagógica inicial do
estudante e planejamento do trabalho a ser 537 803 270 1110 1055 3775 89,2%
desenvolvido no AEE
Nos atendimentos são elaborados recursos
pedagógicos com acessibilidade conforme as
519 782 270 1130 1026 3727 88,0%
peculiaridades de aprendizagem dos estudantes
público da educação especial
Os atendimentos contemplam a orientação às
530 784 263 1102 1010 3689 87,1%
famílias dos estudantes do AEE
O AEE e sua metodologia consta no Projeto
492 689 243 1063 1001 3488 82,4%
Político Pedagógico (PPP) da escola
O AEE trabalha com a proposta do Plano
490 703 275 983 980 3431 81,1%
Educacional Individualizado (PEI)
Os professores do AEE têm apoio institucional
(formação continuada, tempo de reuniões com a 379 715 251 957 874 3176 75,0%
coordenação, entre outros.)
O AEE trabalha com a proposta de organização
389 669 193 942 786 2979 70,4%
de Estudo de caso e Plano do AEE
Existe a troca de informações com outros
370 631 197 887 855 2940 69,5%
profissionais fora do contexto escolar
Os/as professores/as do AEE realizam
planejamentos de atividades junto com os/as 367 614 195 898 764 2838 67,0%
professores/as da sala de aula comum
Na organização do AEE existe um dia na semana
específico para que o(a) professor(a) realize
396 697 221 694 721 2729 64,5%
estudos teóricos, cursos, estudos de casos e/ou
organização de documentação pedagógica
A escola recebe recursos do Programa Dinheiro
Direto na Escola (PDDE) para a implementação, 355 535 191 737 683 2501 59,1%
manutenção e organização do AEE
Total Geral 5375 8471 2854 11690 10812 39202 -
Fonte:Elaboração própria da pesquisadora
40

Dentre as atribuições dos professores do AEE, de acordo com as Diretrizes


Operacionais da Educação Especial para o Atendimento Educacional Especializado na
Educação Básica, Resolução Nº4, de 2 de outubro de 2009 (BRASIL, 2022).

Art.13.São atribuições do professor do Atendimento Educacional Especializado:

I identificar, elaborar, produzir e organizar serviços, recursos pedagógicos, de


acessibilidade e estratégias considerando as necessidades específicas dos alunos
público-alvo da Educação Especial;
II elaborar e executar plano de Atendimento Educacional Especializado,
avaliando afuncionalidade ea aplicabilidade dos recursos pedagógicos e de
acessibilidade;
III organizar o tipo e o número de atendimentos aos alunos na sala de recursos
multifuncionais;
IV acompanhara funcionalidadee a aplicabilidade dos recursos pedagógicos
e de acessibilidade na sala de aula comum do ensino regular, bem como em outros
ambientes daescola;
V estabelecer parcerias com as áreas intersetoriais na elaboração de estratégias
e na disponibilização de recursos de acessibilidade;
VI orientar professores e famílias sobre os recursos pedagógicos e d
eacessibilidade utilizados pelo aluno;
VII ensinar e usar a tecnologia assistiva de forma a ampliar habilidades
funcionais dos alunos, promovendo autonomia e participação;
VIII estabelecer articulação com os professores da sala de aula comum,
visando à disponibilização dos serviços, dos recursos pedagógicos e de acessibilidade
e das estratégias que promovem a participação dos alunos nas atividades escolares.
(BRASIL,2022)

Na pesquisa pudemos perceber que alguns itens descritos acima estão sendo
desenvolvidos pelo AEE. Tivemos 2838 respondentes que apontaram a dificuldade em relação
à interação com os professores do ensino regular, atribuição importantíssima do AEE para
garantir a eficácia no processo de inclusão. Outra dificuldade apontada foi a falta de
comprometimento das famílias, materiais tecnológicos obsoletos, falta de formação para os
profissionais do AEE e pouco investimento financeiro.
Os respondentes das 5 regiões brasileiras que atuam no AEE, puderam relatar as
dificuldades e necessidades do dia a dia da prática escolar junto com os alunos da educação
especial. Os dados mostram a preocupação na organização e na oferta desse serviço, bem como
as demandas que interferem na atuação e nos processos de ensino e aprendizagem dos
estudantes do AEE.
Os desafios enfrentados pelos profissionais do AEE, já eram uma realidade antes da
pandemia da COVID-19, poderemos, nos próximos parágrafos, conhecer como e quais são as
demandas e necessidades específicas do atendimento oferecidos aos alunos com deficiências,
TEA e altas habilidades ou superdotação no Brasil.
Quando perguntamos quanto aos desafios do AEE (questão que poderia ser marcada
com mais que uma resposta), tivemos um equilíbrio entre várias respostas, todas estruturais e
41

fundamentais para a garantia dos atendimentos aos alunos da educação especial:


• Formação para profissionais da escola, 2475 respondentes
• Demora na contratação da equipe de apoio, 2157 respondentes
• Ausência ou pouco investimento financeiro, 2045 respondentes
• Estudantes não podem retornar no contraturno, 1978 respondentes
• Elevado número de estudantes para o AEE, 1785 respondentes
• Falta de transporte para atender os alunos no contraturno, 1523 respondentes

Como em todo trabalho educacional, existem grandes desafios, desde a infraestrutura,


investimento econômico, demandas muito grandes para o atendimento, falta de
preparo/formação em serviço até a falta de formação dos profissionais. E as respostas obtidas
na pesquisa, quanto aos desafios dos professores do AEE, não fogem desses citados. Vejamos
a seguir os resultados (Gráfico 21):
42

Gráfico 21- Desafios do AEE nacional

Nenhuma dificuldade. 185


Insuficiente alimentação escolar para atender os estudantes no contraturno. 238
Outros 272
Falta de oferta de AEE (seja em SRM ou CAEE, na escola ou fora dela) 276
Dificuldade na organização do AEE no turno de escolarização de estudantes da educação… 346
Ausência de conhecimentos pedagógicos específicos dos professores/as de AEE 383
Ausência de uma Sala de Recurso Multifuncional para o atendimento na escola 646
Falta de receptividade e acolhida do trabalho pedagógico do professor/a do AEE pelos… 830
Falta de professores/as das áreas específicos para o AEE 950
Ausência de interação entre o professor/a da classe regular e estudantes da educação… 967
Falta de projetos e/ou atividades da escola que envolvam a família. 991
Falta de formação de professores na área da educação especial e/ou Atendimento… 1230
Falta de transporte escolar para atender os estudantes no contraturno. 1523
Resistência dos professores/as quanto à inclusão. 1679
Elevado número de estudantes público alvo da educação especial 1785
Ausência ou insuficiência de recursos didáticos-pedagógicos acessíveis 1897
Estudantes que não podem voltar no contraturno para receber o AEE. 1978
Ausência e/ou pouco investimento financeiro do poder público. 2045
Demora na contratação dos profissionais de apoio e cuidadores para os estudantes 2157
Formação/capacitação para todos/as os segmentos de profissionais da escola. 2475

Fonte:Elaboração da própria pesquisadora


43

Para reforçar as repostas, listaremos algumas falas dos respondentes:


Formação dos docentes em inclusão. (Região Sul).).

Treinamento / formação para os professores de area/ disciplina


especifica, para um olhar e uma pratica pedagógica humanizada para
com o aluno da educação especial. (Região Sul)..

Em relação a contratação de segundos professores que estão atuando


sem qualificação para exercer tal função. (Região Sul)..

Professor efetivo para atendimento no AEE.(Região Sul).

Formação para profissionais de Apoio. (Região Centre-Oeste)

Promover com mais frequência, debates, palestras que possam


conscientizar profissionais e famílias sobre a importância da inclusão.
Identificar as barreias, atuar nelas para que deixem de existirem;
mostrar principalmente às famílias que as limitações devem serem
trabalhadas e não ignoradas.(Região Centre-Oeste)

Ampliação da sala aee devido o quantitativo de alunos e


professores.(Região Sudeste)

Falta de transporte adaptado para alunos cadeirantes.Pouco tempo


disponivel para planejamento entre professor do regular e professor
do AEE,fazendo com que dificulte a construção das propostas das
atividades a serem desenvolvidas com aluno publico alvo do AEE
.(Região Sudeste)

Equipamentos tecnológicos atualizados.(Região Sudeste)

Falta de parceria das famílias em relação a frequência nas aulas, ao


acompanhamento da vida escolar e aceitação em relação a
necessidade do estudante/família em ter AEE .(Região Sudeste)

Falta de recursos do governo para comprar materiais específicos


para o aee(Região Sudeste)

Comprometimento familiar.(Região Sudeste)

Os desafios dos profissionais do AEE são enormes, todos os itens apontados são
muito complexos, porém podem ser atingidos com ações advindas do poder público, não
somente federal, mas com o apoio das esferas estaduais e municipais. Nesse sentido, há
necessidade imediata na ampliação de oferta de cursos de formação/capacitação aos
professores/as e todos que compõem a comunidade escolar com os alunos público-alvo da
educação especial, como também para os que atuam diretamente no AEE e nas classes comuns,
essa necessidade está relacionada com o investimento financeiro do poder público citados na
pesquisa. Outro dado que está associado às questões financeiras, é o transporte para que os
44

alunos possam parmanecer na escola para irem ao AEE, principalmente os que moram na zona
rural.
Observa-se que a ausência e/ou pouco investimento financeiro do poder público,
demonstra que as iniciativas, até então implementadas, não estão sendo suficientes para
suprirem as necessidades pedagógicas, metodológicas e estruturais das escolas brasileiras e
consequentemente darem uma educação de qualidade aos estudantes com deficiência, TEA,
altas habilidades ou superdotação que frequentam o AEE.
Quanto a “demora na contratação dos profissionais de apoio e cuidadores para os
estudantes”, 2.157 respondentes relatam ser um desafio importante a ser superado para a
realização do AEE. Entretanto, não foi relatado o motivo da demora na contratação, sugerimos
investigar como as redes estão se articulando para suprir essa demanda.
O desafio referente ao “elevado número de estudantes público-alvo da educação
especial” relatado por 1.785 respondentes, seria importante buscar conhecer os motivos, se esse
desafio acontece pela falta de salas de AEE, falta de profissionais para atender a grande
demanda e se todos os alunos atendidos são de educação especial.
Para compreender melhor o que acontece nas escolas com relação aos alunos com deficiências,
TEA e altas habilidades ou superdotação, foi perguntado quanto aos desafios do processo de inclusão
desses educandos, pois este também é um dos trabalhos do AEE, facilitar e auxiliar a inclusão.
Algumas das respostas são compatíveis com dados já coletados, por exemplo:
• Falta de condições dos estudantes de irem ao AEE no contraturno (1.944) é confirmada
pelas respostas dos professores quanto a seus desafios que é o aluno retornar para o AEE
no contraturno (1.978).
• Falta de profissional de apoio e cuidadores para os estudantes que necessitam (1.689) e
nos desafios dos professores do AEE, a demora na contratação dos profissionais de
apoio e cuidadores para os estudantes (2.157).
• Ausência de recursos tecnológicos para o AEE (2.014), ausência de tecnologias
assistivas para o AEE (1.741), ausência de acessibilidade arquitetônica na escola (944)
é confirmada nas respostas dos professores quanto a ausência e/ou pouco investimento
financeiro do poder público (2.045).
45

Gráfico 22 – Desafios da inclusão dos estudantes da educação especial nacional

Outros

Falta de apoio da gestão escolar

Nenhuma dificuldade.

Ausência de interação professor-estudantes com deficiência

Ausência de acessibilidade arquitetônica na escola

Ausência projetos de ensino e ações que incentivem e envolvam os estudantes com


deficiências e sem deficiências.

Falta de profissional de apoio e cuidadores para os estudantes que necessitam

Ausência de tecnologias assistivas para o atendimento no AEE

Falta de condições do estudantes em ir ao AEE no contraturno

Ausência de recursos tecnológicos para o AEE (computadores, impressoras braile,


recursos de comunicação alternativa e aumentativa...)

0 500 1000 1500 2000 2500


Ausência de
recursos Ausência
tecnológicos Falta de projetos de
Falta de Ausência de Ausência de
para o AEE profissional de ensino e ações Ausência de
condições do tecnologias interação Falta de apoio
(computadores, apoio e que incentivem acessibilidade Nenhuma
estudantes em ir assistivas para o professor- da gestão Outros
impressoras cuidadores para e envolvam os arquitetônica na dificuldade.
ao AEE no atendimento no estudantes com escolar
braile, recursos os estudantes estudantes com escola
contraturno AEE deficiência
de comunicação que necessitam deficiências e
alternativa e sem deficiências.
aumentativa...)
Série1 2014 1944 1741 1689 1066 944 782 425 231 184

Fonte:Elaboração própria da pesquisadora


46

Ainda complementando as dificuldades, foram citados como “outros” a ausência


de comprometimento das famílias. A participação dos pais é fundamental, não só por levar as
crianças ao AEE, mas para saberem como estimular e auxiliar seus filhos com relação aos
estudos.
Tanto os desafios do AEE como os da inclusão dos alunos com deficiência, TEA
e altas habilidades ou superdotação, apontados pelos respondentes, ainda recaem em temas
como: laudo para garantir o atendimento no AEE, salas inadequadas, formação dos professores,
contratação tardia das equipes de apoio, demostram que a inclusão não está ocorrendo como
preconizada na legislação brasileira, e quem fica em desvantagem com essa situação são os
alunos público-alvo da educação especial.
Todos os problemas elencados precisam ser resolvidos, pois o número de matrículas
é crescente no Brasil, em 2021 chegamos a 1.350.921 de alunos com deficiência, TEA e altas
habilidades ou superdotação matriculados nas escolas públicas, privadas, conveniadas ou não
e com isso, tudo se intensifica.

Grafico 23 -Distribuição de matrículas na Educação Especial por tipo de deficiência, TEA ou altas
habilidades ou superdotação – 2021

872.917

294.394
153.121
86.062 77.180 38.990 23.758 21.841 7.114 578

Fonte:INEP/Censo Escolar 2020


47

5 RELATÓRIO NACIONAL SOBRE A PANDEMIA DA COVID-19: O AEE NO


ENSINO REMOTO E RETORNO PRESENCIAL

Os impactos causados pela pandemia da COVID-19 no mundo, vão desde as perdas


humanas até econômicas, educacionais e socias. A população precisou ficar em situação de
isolamento em suas residências para evitar o contágio do vírus Sars-COV-2, a partir de março
de 2020. Esse afastamento social fez com que todos os segmentos da sociedade tivessem que
se adaptar ao desafio a que todos foram expostos.
Vamos iniciar comentando sobre o AEE antes da pandemia da COVID-19. Já era grande
o aumento de matrículas de alunos com deficiências que necessitavam do Atendimento
Educacional Especializado nas escolas públicas brasileiras e temos também outro problema,
que já era percebido e estava relacionado a maior articulação entre a educação especial e a
educação regular, numa perspectiva colaborativa. Essa parceria está pautada na “[...]
valorização das atitudes de colaboração e reflexão crítica, visto que os pares, calcados em
decisões e análises tornam-se co-parceiros, co-usuários e co-autores de processos investigativos
delineados a partir da participação ativa, consciente e deliberada” (IBIAPINA, 2008, p.26 apud
ANACHE, 2022, p.23). Podemos também citar outros tópicos que já mostravam problema com
relação ao AEE: currículo, espaços adequados ao atendimento, professores especializados,
acessibilidade em todas as dimensões (atitudinal, arquitetonica, metodologica,
comunicacional...)

[...]melhoria em condições de acessibilidade ao currículo, a estrutura física, recursos


de tecnologia da informação e de Tecnologia Assistiva, eram necessidades que as
pesquisas já vinham apontando.(SEBASTIAN-HEREDERO;ANACHE,2020).
Algumas escolas tinham os recursos,especialmente de Tecnologia Assistiva, mas
esses recursos muitas vezes estavam engavetados, encaixotados, e, portanto, não
estavam disponíveis para todos os alunos. (ANACHE, 2021, p.24)

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou diretrizes para as escolas durante a


pandemia. Para a educação especial o documento sugere que as atividades pedagógicas, não
presenciais, devem incluir os estudantes com deficiências, com transtorno do espectro autista e
habilidades de superdotação e todos os materiais e estrategias a serem adotadas, precisam ter
acessibilidade. Foi dada a autonomia para a organização e regulação definidas por estados e
municípios.
O ensino remoto apareceu como uma das mais eficazes alternativas para manter o
sistema em funcionamento. No entanto, o trabalho remoto depende 100% do uso de recursos
tecnológicos e conectividade, itens que nem todos possuíam à época. A educação, tanto pública
48

como privada, adotou o ensino remoto e teve que buscar alternativas de modelos de ensino
baseados nas tecnologias.
Citamos Teixeira (2010), que já deixava claro e evidente a necessidade do uso e
conhecimento por parte dos professores quanto às Tecnologias de Informação e Comunicação,
TIC’s, que constituem um diversificado conjunto de recursos tecnológicos, tais como:
computadores, internet e ferramentas que compõem o ambiente virtual como chats e correio
eletrônico; fotografia e vídeo digitais; TV e rádio digitais; telefonia móvel; Wi-Fi; Voip;
websites e home pages, ambiente virtual de aprendizagem para o ensino a distância, entre
outros.
Chegamos ao século XXI ainda com grande defasagem tanto no uso dos recursos
tecnológicos por parte dos educadores como na carência de conectividade por parte dos alunos,
pois nem todas as localidades brasileiras possuem acesso à internet.
A pandemia evidenciou, segundo

[...] dados da UNESCO (2020), o aprofundamento das desigualdades sociais,


impactado inclusive, pela implantação de aulas remotas. Soma-se a isso que muitas
crianças, adolescentes, jovens e adultos não têm condições de ter acesso às redes
(incluindo a internet ), e muitas vezes não tem conhecimento de uso e de domínio do
instrumento tecnológico, para usar a tecnologia da informação a seu favor.
(ANACHE, 2021, p.25)

O modelo de ensino remoto que foi necessário ser adotado no período da pandemia da
COVID-19, quando as aulas foram suspensas e era necessário manter o processo educacional
em funcionamento, trouxe um grande desafio aos que atuavam na linha de frente da educação,
sobretudo, aos profissionais da educação especial e do AEE.

Com a s uspensão das aulas em 2020, todo cenário pandêmico a nossa frente
e,consequentemente, o trabalho remoto, foi preciso uma adaptação urgente à realidade
e embusca do enfrentamento, foi inevitável adequar as práticas pedagógicas, de
acordo com ocontexto local, de maneira a dar conta da realidade vivida. É interessante
observar que emum país do tamanho do Brasil, quando na realização da atividade de
relato das práticas realizadas ou às quais, de alguma forma, tomaram conhecimento
tantos e tantas educadores e educadoras citaram estratégia ser e cursos semelhantes
[...](MARTINS, 2021, p.26)

O ensino remoto é “uma modalidade de ensino que pressupõe o distanciamento


geográfico de professores e alunos e foi adotada de forma temporária nos diferentes níveis de
ensino por instituições educacionais do mundo inteiro”(BEHAR, 2020).
Os alunos que, até então, podiam ter um atendimento específico para sua
necessidade educacional, agora estavam distantes e muitas vezes em casa, sem acesso aos
recursos para estimular seu desenvolvimento. As famílias estavam despreparadas para ficarem
com seus filhos o dia todo em casa e com a incumbência de orientar e trabalhar o pedagógico
49

para que o tempo não fosse totalmente perdido. Segundo dados da UNESCO (2020), a
implementação das aulas remotas enfatizara as desigualdades sociais, pois conectividade,
equipamentos e conhecimento do uso das tecnologias não eram uma realidade possivel a todos.
Com esse panorama mundial em relação à Educação, elaboramos questões que
pudessem mostrar como o país se organizou, quais as fragilidades, dificuldades e conquistas
em meio ao caus.
As questões referentes ao AEE no contexto da Pandemia da COVID-19 foram:
• Organização do AEE durante a pandemia;
• Os desafios pedagógicos;
• Os recursos utilizados nos atendimentos;
• A acessibilidade dos recursos utilizados no AEE aos sujeitos da Educação
Especial;
• Os recursos que deveriam ser mantidos no pós-pandemia da COVID-19
• Os motivos da não oferta do AEE no período da pandemia.

5.1 O AEE durante a pandemia e os recursos utilizados/ nacional

No universo pesquisado com 4.233 respondentes, foi registrado que durante a


pandemia da COVID-19, houve, sim, o atendimento do AEE, de acordo com 3.862 respostas.
Somente 341 respondentes relataram não ter havido o atendimento educacional especializado,
na pandemia. O processo de inclusão dos estudantes com deficiência, TEA, altas habilidades
ou superdotação, na prática do ensino remoto, é imprescindível que os professores do
Atendimento Educacional Especializado participem ativamente do planejamento em parceria
com o ensino regular.
50

Gráfico 24 - Ocorrência nacional do AEE no período da pandemia

Ocorreu atendimentos do AEE neste período 3862

Não ocorreu atendimentos neste período, Ocorreu


30
atendimentos do AEE neste período

Não ocorreu atendimentos neste período 341

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000 4500

Fonte: Elaboração própria da pesquisadora

Tivemos também, 30 respondentes que marcaram as alternativas que “ocorreu” e que


“não ocorreu” simultaneamente, porém não foi apontado o motivo de marcarem ambos os itens
de resposta à questão.
Saber da ocorrência do AEE durante a pandemia é importante para podermos avaliar
como ocorreu a relação escola/aluno e o processo ensino-aprendizagem. Com a pesquisa, foi
mostrado como foram atingidos os objetivos, quais recursos os estados e municípios da região
Sudeste usaram para vencer o isolamento das crianças da escola e os problemas relacionados
com conectividade.
No questionário aplicado com os Dirigentes, eles colocaram que o AEE ocorreu da
seguinte maneira, citamos algumas respostas:
Através da plataforma moodle, via whatsapp e entrega de materiais
impressos. (Região Sul)

Aulas online para os alunos que possuíam acesso a internet e atividades


impressas para os que não possuíam.(Região Sul)

Atendimento remoto por vídeo chamada, grupos no whatsapp e vídeo


aulas. Entrega de material pedagógico adaptado para as atividades
proposta. (Região Centro-Oeste)

Não tinhamos aee na pandemia pois não tinhamos nem resolução para
respaldo de tal. (Região Sul)

A oferta foi feita de forma remota, os profissionais do AEE juntamente


com a equipe pedagógica das unidades de ensino buscavam
alternativas de atividades que eram enviadas aos pais e aulas por vídeo
em alguns momentos.As famílias foram orientadas remotamente e
presencialmente. (Região Sul)
51

Ficou suspenso no período em que todos estavam em isolamento, e


retornou mantendo as recomendações sanitárias. (Região Sul)

Apostila e videos on line.(Região Sul)

Vídeo aulas, materiais impressos com as orientações das professoras do


AEE. Alguns encaminhamentos realizados.(Região Sudeste)

Foram realizados atendimentos on-line e orientação de material


concreto na unidade escolar.(Região Sudeste)

Remoto, impressos, vídeos, googleclass.(Região Sudeste)


Atendimento online e oferta de material impresso para aqueles que não
possuíam acesso a internet.(Região Norte)

Durante a pandemia o Sistema estadual aplicou diretrizes de ensino


remoto para o AEE. (Região Norte)

O Atendimento Educacional Especializado foi realizado de for não


presencial, e alguns professores atendiam na residência do próprio
aluno.(Região Nordeste)

Os alunos receberam atividades em casa e alguns foram ofertados a


presença de um professor auxiliar 3 vezes na semana na
residência.(Região Nordeste)

Outro dado que foi mostrado nos resultados da pesquisa, refere-se as estruturas que os
professores puderam ter para organizar suas estratégias de ensino para minimizar o
distanciamento, por meio de recursos que muitas vezes não eram utilizados, como as redes
sociais, os app, as plataformas, entre outros.
Quanto aos recursos mais usados pelas escolas que possuem o AEE durante a pandemia
da COVID-19 foram: o WhatsApp (3.779), seguido dos materiais impressos (3.629) e, em
terceiro lugar, ligações telefônicas (2.680).
52

Gráfico 25- Recursos mais utilizados durante a pandemia

Whatsapp 3779

Envio de material impresso 3629

Ligações telefônicas 2680


Aula online e/ou comunicação via plataformas (Meet,
2223
Teams…)
Vídeo com aulas gravadas e enviadas 1945
Elaboração de jogos educativos, contação de histórias e
1679
App’s
A Secretaria da Educação adquiriu plataformas de ensino 927
Atendimentos individuais na residência mantendo
672
protocolos de segurança
Outros 277

Aulas e/ou comunicação via canais de televisão 232

Aulas e/ou comunicação via rádio 130

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 4000

Fonte:Elaboração própria da pesquisadora

Em nosso levantamento as seguintes estratégias e recursos que identificamos como


as de menor uso foram: 130 respondentes marcaram aula e/ou comunicação via rádio, 232 aulas
e/ou comuicação via canais de televisão e 277 marcaram “outros”. O Instituto Rodrigo Mendes,
também confirma em suas pesquias que “Outra solução adotada em alguns países e também em
algumas regiões do Brasil foi transmitir aulas e atividades por meio de rádio ou televisão
quando não era possível ter acesso à Internet” (2022, p.20).
Os motivos apresentados na pesquisa nacional para a não ocorrência do AEE,
durante o período da pandemia, foram vários, essa questão era qualitativa, citamos algumas
falas dos respondentes que nos pareceram mais relevantes (Quadro 2).
53

Quadro2 - Motivos da não ocorrência do AEE durante a pandemia da COVID-19


(Continua)
A não contratação de profissionais por parte da Seduc, dificultou o atendimento educativo especial, pois ficamos sem o professor do AEE.
Boa parte dos alunos,foram atendidos. Porém alguns não foram atendidos,por falta de recursos dos alunos , internet e disponibilidade de tempo de algumas famílias
para participar dos encontros e acompanhar seus filhos,pois alguns não conseguiam se concentrar e fazer o devido manuseio de aparelho celular e aqueles que tinham
computador também não sabiam manusear o computador. Então isso gerava dificuldades nos atendimentos remotos. Então era umas das maiores dificuldades.
A escola ainda nao possuia sala de aee ,pois a gestao juntamente com a cred estavam se organizando para lançar um edital para a implementaçao da sala atraves de
seleçao com entrevista e titulos , e logo apos houve uma divisao de sala para o funcionamento e tambem aquisiçao de material pedagogico e de material permanente,para
que houvesse esta sala foi necessario dividir o laboratorio de informatica na qual teve uma espera de um mes para a realizaçao da sala do aee
A Escola de Ensino Fundamental Instituto dos Cegos, localizada na rua Dr. João Guilherme 373 - Antônio Bezerra, não tinha Atendimento Educacional
Especializado(Sala de Recurso Multifuncional) no ano de 2020 e 2021, só fomos contemplados com sala no ano 2022, atendemos exclusivamente alunos da escola mesmo
assim ainda temos demanda reprimida.A Escola é atende alunos cegos, baixa visão associados a outras deficiência nesse universo temos alunos autista, com deficiência
intelectual e outros.
Não havia professor de aee contratado neste período. Os estudantes eram acompanhados pelos professores das sala de aula regulares e não tiveram acompanhamento
complementar durante a pandemia, pois ainda não havia a instalação de uma sala de recursos multifuncionais e nem a contratação do professor de aee.
O professor efetivo, lotado no Atendimento Educacional Especializado, durante a pandemia de Covid-19, especialmente no início, em março de 2019 até o início
do ano em curso, pediu licença para tratamento de saúde, e, como não era permitida a contratação naquela ocasião, ficamos sem poder atender aos estudantes no AEE
Provavelmente os alunos não tinhão dominio das tecnologias
Não acompanhei os alunos da sala do AEE durando esse período, pois não tinha feito a ainda a seletiva para exercer a função de professor. A seletiva só foi ofertada
esse ano, por isso não tenho vivência com os aluno durante período de pandemia, infelizmente. Entrei para sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) esse ano
na forma presencial pela seletiva ofertada. Não peguei a sala do AEE durante a pandemia. Um período muito difícil para todos.
Nossa escola (EEEP Presidente Médici, situada no município de Campos Sales, estado do Ceará) não recebeu estudantes de AEE nesse período devido a nossa oferta de
educação profissional. Não tivemos procura por parte dos estudantes da rede municipal que não procura o ensino profissionalizante devido as dificuldades que encontram
no mercado de trabalho. Os concedentes, no período de estágio, costumam não aceitar estudantes que apresentam alguma necessidade especial
Momento de pandemia. Ficamos em quarentena, por recomendação da saúde, tínhamos que ficar em casa, para nos proteger e também a nossa família. Os alunos com
necessidades especiais, tinha todo um cuidado, por conta de cada necessidade e algumas bem específicas de cuidados.Alguns com a imunidade baixa, não podia ter contato
com muitas pessoas e assim a família preferiu manter o isolamento em questão de cuidados e zelo. Devido a essas questões não houve atendimento na pandemia.
Há situações que apenas no presencial funciona, principalmente para os alunos com TEA, onde a família não aceitava essa estratégia e não se habituou as
mudanças. Entretanto, alguns alunos que mesmo com suas limitações tentavam assistir aulas remotas conforme o tempo que o mesmo aguentava. Essa mudança brusca não
ajudava em nada, destimulava pois a familia queria que foase presencial. Muitos dos responsável jogava toda reaponsabilidade para o profissional doficultando assim, o
andamento da aula.
Juldago não necessário, vejo que ainda tem muitas barreiras, pois é uma turma sempre deixada para depois. Necessita de olhar mais voltado para essa área. Na teoria é
muito bonito, porém na prática é outra coisa. A vivência como profissional do AEE, e que a gente se envolve e toma essa causa pra se. Entretanto muito gratificante, pois ao
mesmo tempo em que ensina também aprendemos muito. Faz a pessoa ver as coisas de outra forma, muito gratificante quando estamos com eles.
54

Quadro 2 - Motivos da não ocorrência do AEE durante a pandemia da COVID-19


(Conclusão)
A prefeitura não autorizou o atendimento durante esse período,pois muitos alunos não tinham acesso a internet e isso dificultava em seus atendimentos.Ou seja o
atendimento do AEE só teve início após a pandemia dentro das normas garantindo a segurança do aluno,sendo o uso obrigatório de máscaras.
No retorno das aulas presenciais,os alunos não tiveram dificuldade da utilização das mesmas ou seja foram utilizados recursos para que o aluno do Aee através de cartazes
para os alunos conhecer a importância da utilização das máscaras.
No período de pandemia da Covid 19 a escola Professora Maria Edilce Dias Fernandes ainda não tinha a sala de Recursos, no entanto não haviam atendimentos.
Aescola só abriu a Sala de Recursos Multifuncionais este ano. Sendo ofertado o atendimento educacional especializado por meio de aulas presenciais. Mesmo com a oferta
do atendimento alguns dos alunos público alvo dessa modalidade de ensino pouco frequentam a escola, sendo necessário uma busca ativa destes estudantes.
Neste período a escola EEFM loysio Barros Leal não possuia a sala de recursos multifuncional e nem o profissional de AEE para realizar os atendimentos adequados
aos alunos. O atendimento esta sendo iniciado neste ano de 2022 com a Sala de Recursos Multifuncional e esta sendo equipada aos poucos. Esta acontecendo as entrevistas
com as famílias para a ficha de anamnese e em seguida a elaborarao do PEI, depois a elaboração do cronograma de atendimento.
Não fomos contratadas nesse período, nosso contrato só foi iniciado após o início das aulas presenciais. A seleção para trabalhar nessa área só iniciou quando os alunos
voltaram.
O motivo não é sabido por nós professores. Não houve qualquer justificativa, apenas não teve atendimento especializado. Acredito que tenha sido uma forma de
"cortar gastos", já que os professores temporarios não trabalharam e não receberam pagamento. O mesmo aconteceu depois da volta às aulas. Os professores da sala de aula
regular, voltaram ao trabalho final de janeiro/início de fevereiro, enquanto nós, professores de SRM, fomos chamados apenas em março. Tal ação prejudica o professor,
mas prejudica principalmente o aluno.
Não temos alunos em AEE e nem professor lotado com essa finalidade
O ensino remoto aconteceu em poucos meses, pois o estado não prorrogou o contrato do professor do AEE.A escola ficou sem dar assistência aos alunos e alguns até
deixaram de estudar.O único profissional de apoio não conseguiu administrar sozinho uma demanda de quase trinta alunos.A carência dos alunos também foi um dos
motivos da falta de comunicação,pois a maioria dos alunos não tinha internet e nem aparelho de celular
Os alunos que tinham o acesso a internet ,foi possível realizar as atividades.
O AEE é um serviço novo já escola, portanto, não existia ainda durante a pandemia. Iniciamos as atividades em março/2022.
A escola faz parte de outras que iniciaram a oferta do AEE aos estudantes com deficiências só esse ano.
Nesse período de pandemia não conseguimos atingir os alunos para uma aprendizagem significativa, pois sabemos da dificuldade de adaptação, da falta do professor de
apoio, entre outros. - Está difícil para todos os alunos, especialmente para os alunos com inclusão, que na maioria não tem apoio da família.Não existe um parâmetro para
ser usado com todas as crianças. Os casos devem ser observados com um olhar singular, não como um todo. Além de auxílio de mediadores, muitos alunos fazem
tratamento contínuo com terapeutas, psicopedagogos e fonoaudiólogos, em paralelo para que consigam acompanhar o ensino em salas de aula.
Fonte:Elaboração própria da pesquisadora
55

Observamos nos relatos dos respondentes que o motivo para não ser ofertado o AEE
durante a pandemia da COVID-19, foi que as escolas não tinham o AEE para realizar o
atendimento, o problema com contratação de professores, falta de apoio das famílias e os alunos
não terem acesso a internet. Dados que podem ser somados às questões anteriores que mostram
que no Brasil ainda temos muitos professores no AEE não efetivos no cargo e muitas
localidades sem o AEE, por exemplo. O assunto é um importante indicativo para ações e
políticas públicas que enfatizem e reforçem a abertura de concursos públicos e a contratação de
profissionais com formação em educação especial e/ou AEE, como também a abertura de novas
salas para o atendimento educacional especializado aos alunos com deficiências, TEA, altas
habilidades ou superdotação.
Quando a pandemia iniciou, o profissional ainda não havia sido
contratado. (Região Sul)

Não temos atendimento de AEE na escola. (Região Sul)

O AEE Não estava implementado no ano de 2020. (Região Sul)

Não havia profissional contratado para essa função. (Região Centro-


Oeste)
A não participação ou apoio das famílias apresentou-se como um dos motivos da não
oferta do AEE durante a pandemia, pois os pais eram analfabetos, não sabiam como auxiliar os
filhos e não tinham internet que pudessem comportar este fim educacional. Porém é importante
salientar que “[...] o Ministério da Educação alerta que as famílias são sempre parte importante
do processo” (ANACHE, 2022, p.26).
Alguns alunos ficaram sem acesso ao AEE, por falta de recursos
tecnologicos e falta de ajuda da familia nas atividades, visto que
muitos eram analfabetos. (Região Sudeste)

Nãohouveadesão dos paisouresponsáveis. (Região Sudeste)


Alunos sem internet em casa. (Região Sul)

Dificuldade de acesso a internet e acompanhamento das famílias”.


(Região Sul)

Resistência dos pais. (Região Sul)

Os pais tiveram resistência no atendimento . (Região Centro-Oeste)

A família achou melhor não ter, os pais não tem tempo para
acompanhar. (Região Centro-Oeste)

[...] mas a dificuldade de internet era e ainda hoje é muito grande,


56

então, tinha alguns alunos que ficavam prejudicados pela falta de


internet, ou mesmo por falta de aparelho celular. (Região Norte).

Quando a pandemia do novo coronavírus se agravou em meados de


março, as escolas fecharam e os educadores tiveram de se reinventar
para garantir o direito de todos à Educação. [...] os desdobramentos
provocados por essa situação ímpar: estudantes sem conexão com a
internet e desmotivados, dificuldades para apresentar aulas online,
dúvidas sobre como engajar e avaliar a turma.. (Região Norte).

Bom houve inúmeras tentativas de acertos, até ir a casa do aluno que


não tinha acesso à internet, íamos com equipamentos necessário para
não colocar em risco a vida do aluno. (Região Nordeste).

A transformação da educação durante a pandemia evidenciou, ainda mais, os problemas


já existentes no que concerne às desigualdades sociais, vulnerabilidade e condições financeiras
de muitas famílias. Tudo aconteceu de maneira rápida, sendo:
[...]que muitas pessoas e instituições ainda não estavam prontas para essa transição
(OCDE,2020). A repentina transformação trouxe impactos mais severos às pessoas
socialmente mais vulneráveis, e pode acabar por aprofundar o contexto de
desigualdade já existente.(DIVERSA,2020)
Outro desafio citado por uma alta proporção de gestores escolares foi a falta de
dispositivos – como computadores e celulares – e de acesso à Internet nos domicílios
dos alunos (86%).Tal proporção foi ainda maior entre escolas localizadas em áreas
rurais, as municipais e asestaduais.(TIC EDUCAÇÃO 2020, 2022, p.3)

Após a experiência de uma pandemia, a educação brasileira, as escolas, os professores,


os alunos e os familiares necessitaram aprender uma nova maneira de ensinarem ou poderíamos
dizer aprenderem a usar outras estratégias que favorecessem o processo ensino-aprendizagem
de forma não presencial/remota. Para saber como se deu todo esse processo, achamos
conveniente saber, junto aos professores, quais os recursos que foram utilizados para auxiliar o
trabalho pedagógico que deveriam ser mantidos após a pandemia da COVID-19. As respostas
obtidas foram as seguintes (Gráfico 26):
Gráfico 26 - Recursos que deveriam ser mantidos nas aulas presenciais pós-pandemia

Whatsapp 3094
Material Impresso 2910
Jogos Educativos 2567
Ligações Telefônicas 1627
Vídeo Aula Online 1106
Plataformas 1045
Vídeo Aula Gravada 971
Atendimentos individuais na residência 411
Nenhum deles 313
Televisão 255
Rádio 22
0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500
Fonte: Elaboração própria da pesquisadora
57

Os quatro recursos citados para serem mantidos, coincidem com os mesmos mais utilizados
durante a pandemia:
• 1º lugar os respondentes marcaram o Whatsapp (3.094);
• 2º lugar citaram o material impresso (2.910);
• 3º lugar o recurso a ser mantido foram os Jogos Educativos (2.567);
• 4º lugar deveria ser mantido as ligações telefônicas (1.627)
Com estes dados em mãos, seria de fundamental importância,

[...]agenciar atividades que visem proporcionar condições aos dos professores


aprimorarem o seu trabalho em serviço e dos familiares para o uso das ferramentas
digitais, por exemplo. Seria necessário um programa – que ainda não foi feito –
promovido pelas próprias secretarias de educação, e pelas escolas, para que fosse
possível treinar os cuidadores, a utilizarem as ferramentas tecnológicas, para
realização do apoio pedagógico do estudante, trabalhando numa perspectiva de
educação social. (ANACHE, 2022, p.35).

Seria importante investigar o por quê do uso de plataformas, de videoaulas, as aulas


gravadas não foram tão bem aceitas pelos respondentes, pois as pesquisas mostraram que os
alunos atípicos ou os típicos reagem bem quando esses recursos são utilizados.

5.2 Desafios pedagógicos e recursos de acessibilidades utilizados durante a pandemia


da COVID-19

Após conhecermos os recursos utilizados pelo AEE durante o trabalho remoto, faz-se
necessário conhecer os desafios pedagógicos enfrentados pelos professores brasileiros para
poderem atender os alunos com deficiências, TEA e altas habilidades ou superdotação durante
a pandemia.

Gráfico 27- Desafios pedagógicos para atender os alunos da Educação Especial durnte a pandemia

Dificuldade de manter a rotina pedagógica dos… 3133


Ausência de acompanhamento ou mediação das… 2692
Ausência de conectividade 2391
Dificuldade na utilização dos recursos de… 2201
Exigia maior esforço para proceder o… 1821
Criar aulas gravadas síncronas destinados aos… 1325
Em função de a interação ter ficado mais em… 574
A família não aceitou e/ou não autorizou 477
Domínio da Libras para auxiliar os estudantes… 324

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500


Fonte: Elaboração própria da pesquisadora
58

Os 4 maiores desafios enfrentados pelos respondentes da pesquisa nacional foram (nesta


questão poderiam marcar mais de um item):
1º) Dificuldade de manter a rotina pedagógica dos estudantes (3.133 respondentes);
2º) Ausência de acompanhamento ou mediação das famílias nas atividades propostas pelo AEE
(2.692 respondentes);
3º) Ausência de conectividade (2.391 respondentes)
4º) Dificuldade na utilização dos recursos de tecnologias assistivas e/ou comunicação
alternativa pelas familias (2.201)
Levantamos por região os quantitativos dos desafios do AEE durante a pandemia.

Tabela 7 -Desafios do AEE durante a pandemia por região


Centro- Total
Resposta Norte Nordeste Sudeste Sul (%)
Oeste Geral
E 427 621 240 966 879 3133 74,0%
B 367 543 191 836 755 2692 63,6%
H 370 478 164 720 659 2391 56,5%
F 329 451 159 698 564 2201 52,0%
I 279 425 122 542 453 1821 43,0%
C 212 311 92 392 318 1325 31,3%
D 95 130 32 161 156 574 13,6%
A 56 105 37 154 125 477 11,3%
G 91 83 24 86 40 324 7,7%

Legenda Descrição
A A família não aceitou e/ou não autorizou
Ausência de acompanhamento ou mediação das famílias nas
B
atividades propostas pelo AEE
Criar aulas gravadas síncronas destinados aos estudantes
C
público alvo da educação especial
Em função de a interação ter ficado mais em função dos
D
professores das classes comuns
E Dificuldade de manter a rotina pedagógica dos estudantes
Dificuldade na utilização dos recursos de tecnologias
F assistivas e/ou comunicação alternativa e aumentativa pelas
famílias
G Domínio da Libras para auxiliar os estudantes surdos
H Ausência de conectividade
Exigia maior esforço para proceder o atendimento ao
I
estudante com deficiência

Fonte:Elaboração própria da pesquisadora

Percebemos pela tabela 7 que a conectividade foi um problema em todas as regiões,


atingindo 56,5% dos respondentes no momento em que o país adota o ensino remoto a
59

conectividade é fundamental para o uso deste recurso pelas escolas e professores, tanto do AEE
como do ensino regular. Outro dado que foi visto como desfio para o AEE foi a interação com
os professores das classes comuns (13,6%), porém essa é uma das funções do trabalho dos
professores do AEE, independente da pandemia.
Com relação aos desafios enfrentados pelas redes de ensino, os Dirigentes municipais e
estaduais, deram praticamente os mesmos argumentos que os respondentes do questionário 1.
Seguem algumas demonstrações dos dados coletados por regiões :
Dificuldades nas realizações das atividades online para os alunos com
deficiência, falta de autonomia aos alunos. (Região Sul)

Alunos sem acesso a tecnologia (internet) e falta de engajamento de


algumas famílias. (Região Sul)

Falta de recursos tecnológicos na casa e falta de internet. Geralmente


nas casas tinham apenas os telefones dos pais que precisavam levar ao
saírem para o trabalho. (Região Centro-Oeste)

Os maiores desafios encontrados foi acesso a internet. (Região Sul)

Falta de mão de obra qualificada para o cargo; Participação baixa das


crianças na realização das atividades. (Região Centro-Oeste)

A falta de recursos tecnológicos dos estudantes público-alvo da


educação especial, de capacitação adequada dos responsáveis para
fazer uso das tecnologias, falta de tempo hábil para adequar o horário
de trabalho e auxiliar/orientar o estudante na realização das
atividades. (Região Sul)

Acesso tecnológico da família ao ensino remotoFormação dos


profissionais para utilização de metodologia adequadas aouso
datecnologia. Fomento para que os professores possam adquirir os
materiais necessários para a realização do ensino remoto. (Região
Sudeste)

O acesso a internet nas comunidades rurais e nas famílias em estado


de vulnerabilidade social. (Região Sudeste)

Foi necessário reestruturar todo o trabalho, focamos no atendimento


através de chamadas de vídeo, sala virtual, google meet. Investimos
também na confecção de recursos como rotina estruturada, treino do
trabalho independente, comunicação alternativa, sempre em parceria
com as famílias. (Região Sudeste)

Acesso a plataforma, apoio familiar, conhecimento e uso das


ferramentas tecnológicas. (Região Sudeste)
60

Os maiores desafios foram as dificuldades de conexão de muitos com a


internet e também a devolutiva de algumas atividades físicas dos
estudantes do AEE a escola para acompanhamento do professor. O
distanciando social do professor do AEE com o estudante pois afligiu
muito o professor sem poder acompanhar presencialmente o
desenvolvimento do Estudante.(Região Nordeste)

Boa qualidade de oferta de internet, uso da tecnologia pelos


profissionais da rede de ensino. (Região Norte)

Os respondentes do questionário 2 (Dirigentes) apontam, principalmente, como os


desafios vivenciados: alunos sem acesso à internet, família com celular para uso de trabalhos e
não para questões educacionais, acesso às plataformas, internet na zona rural, capacitação dos
profissionais da educação e do AEE no uso das tecnologias.
A pandemia evidenciou algumas das fragilidades da educação pública e uma das
principais relacionadas ao AEE, que é o pouco domínio dos recursos tecnológicos por parte
dos professores e familiares no uso das tecnologias assistivas. A pouco proximidade entre os
profissionais do AEE e as famílias foi observado pelas respostas, tanto com relação a manter as
rotinas dos filhos em casa como a escola organiza para os atendimentos, como o
acompanhamento e desconhecimento por parte das famílias em desenvolver as atividades
propostas pelo AEE.
A parceria e as responsabilidades com relação ao atendimento dos alunos com
deficiência, TEA e altas habilidades ou superdotação estão na legislação brasilera, citamos a
Constituição Federal de 1988 :
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos
maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.

Ainda temos a Lei Brasileira de Inclusão 13.146 de 2015,


Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade escolar e da sociedade
assegurar educação de qualidade à pessoa com deficiência, colocando-a a salvo de
toda forma de violência, negligência e discriminação.

Conhecer a realidade dos alunos, dos seus cuidadores, realidades sociais e econômicas,
podem e poderiam ter minimizado os impactos da pandemia, pois esses dados devem estar
presentes no planejamento das atividades e estrategias a serem utilizadas.
61

5.3 Recursos de acessibilidade usados durante a pandemia da COVID-19 unificados

Toda e qualquer iniciativa em um momento tão delicado como foi o isolamento da


pandemia da COVID-19, deve ser visto com ponto positivo, porém com relação aos estudantes
público da educação especial existem especificidades que era preciso ter a garantia de acesso
por meio da acessibilidade. Isso em todos os formatos de atividades como: softwares e
programas necessários para sua participação, além de garantir que materiais em vídeos tenham
legendas impressas, audiodescrição e janela de tradução de Libras, ou que textos sejam legíveis
por meio de softwares e que os exercícios e materiais didáticos sejam compatíveis com suas
possibilidades e capacidade.
Sendo fundamental a acessibilidade para a inclusão, desenvolvimento da autonomia e
aprendizagem dos alunos com deficiência, TEA e altas habilidades ou superdotação, a pesquisa
quis saber como foram pensados e organizados os recursos a serem oferecidos aos alunos no
período da pandemia. Para melhor entendimento, dividimos em três conjuntos de atividades:
a) Aulas gravadas e vídeos;
b) Material impresso;
c) Aulas síncronas e plataformas.

Quanto a acessibilidade em aulas gravadas e vídeos tivemos o seguinte resultado: a


audiodescrição foi feita em 1.392 materiais, porém a legenda, com 872, apareceu em
penúltimo lugar e Libras em último lugar, com 585. (Gráfico 28).
O segundo e o terceiro lugares foram:
• Em 2º lugar: não houve acessibilidade (1194);
• Em 3º lugar: “outros”.
62

Gráfico 28–Recurso de acessibilidade em vídeo e aulas gravadas

Audiodescrição 1392

Não houve Acessibilidade 1194

Outros 1181

Legendas 872

Libras/Interpretação 585

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Fonte: Elaboração própria da pesquisadora

Aulas gravadas ou vídeos tiveram 1.194 de produção sem nenhuma acessibilidade,


isso é complicado, porque hoje temos aplicativos que fazem as legendas automáticas, além da
AD, poder ser feita em todos os materiais pelos profissionais do AEE.
Nas redes de ensino e/ou escolas que trabalharam com materiais impressos como
estratégia para o ensino remoto, a acessibilidade mais utilizada foi a fonte ampliada (2.522),
seguido da descrição de imagens (2.040).

Gráfico 29-Recurso de acessibilidade em material impresso

Fonte Ampliada 2522

Descrição de Imagem 2040

Outros 1121

Não houve acessibilidade 525

Braile 231

0 500 1000 1500 2000 2500 3000


Fonte:Elaboração própria da pesquisadora

A acessibilidade nas plataformas digitais e aulas síncronas ainda é algo distante,


como podemos perceber no gráfico 29, em que, pelas respostas, 1.559 apontam como ausência
de acessibilidade nos recursos utilizados. Tivemos como recurso de acessibilidade usados:
• 1.299 “outros”
• 1.053 audio descrição
• 661 legenda
63

• E apenas 498 colocam a janela de Libras.

Durante a pandemia, vários orgãos internacionais se mobilizaram para trazer


informações e sugestões de encaminhamentos para que a educação muncial não parasse.
Citamos por exemplo, o UNICEF, que publicou uma série de considerações com relação às
crianças e adultos com deficiência, TEA e altas habilidades ou superdotação e dentre elas estava
a sugestão, de que fosse garantida plataformas de ensino à distância, sendo seguras e acessíveis
às crianças; que os professores fossem treinados para apoiar remotamente as crianças com
algum tipo de deficiência; e que quaisquer programas de educação especial fossem incluídos
nas medidas para garantir a continuidade da educação.

Gráfico 30 - Recurso de acessibilidade em aulas síncronas e plataformas

Não tinha acessibilidade 1559

Outros 1299

Audiodescrição 1053

Legenda 661

Libras 498

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800

Fonte:Elaboração própria da pesquisadora

5.4 Iniciativa, vivências e recursos tecnológicos utilizadas no AEE no período da


pandemia da COVID-19
Além de conhecer os recursos utilizados e os tipos de acessibilidade, buscamos
conhecer de forma qualitativa, as iniciativas e trabalhos pedagógicos que foram desenvolvidos
no contexto da pandemia.
A seguir, elencamos algumas dessas iniciativas que consideramos as mais
relevantes, dentre oconjunto de relatos dos profissionais de AEE, das escolas respondentes,
como forma apresentarmos trechos para análise qualitativa.
Minicurso de Libras, o minicurso ocorreu de forma síncrona uma vez
na semana, no peírodo vespertino, durante seis semanas, com
participação dos alunos, pais dos alunos, comunidade em geral e
professores. As aulas eram ministradas pelos profissionais intérpretes
64

de libras juntamente com os alunos deficientes auditivos. Os sinais em


libras eram referentes a comunicação no geral e ambientes escolares.
Havia participação de todos em algumas atividades práticas.
Utilizamos slides preparados com os alunos e vídeos que foram usados
pela plataforma meet. (Regiaõ Nordeste).

“[...] utilizaçao de materiais recicláveis e utensílio domésticos , para


facilitar realização dos jogos pedagógicos. (Regiaõ Nordeste).

Foi a iniciativa de confeccionar cela Braille para dar continuidade ao


aprendizado do Braille uma vez que o aluno não tinha acesso a
máquina de Braille em casa. (Região Sudeste)

A professora filmada a aula em Libras e depois fazia a legenda para os


alunos surdos. (Região Sudeste)

Foram confeccionados kits com jogos para contemplar habilidades de


raciocínio lógico, coordenação motora fina e ampla e estímulo dos
processos cognitivos. (Região Sudeste)

No período da pandemia foram realizados projetos em parceria com a


escola e as famílias dos estudantes. Eles foram desafiados a criar e
cuidar de horta e as atividades cognitivas foram realizadas com base
na atividade prática de cuidados e manutenção da horta. (Região Sul)

Foi realizado um mett para a nossa festa junina, foi trabalhado


anteriormente as comidas típica, vestimentas, canções, decorações da
festa. Cada aluno no dia da festa devia decorar um espaço de sua casa
nas suas condições, a professora enviou materias impressos para
auxiliar na decoração, onde os aluno deviam colorir, recortar, montar
e decorar. cada aluno com auxilio da família confeccionou um
alimento e apresentou aos colegas por video. . (Região Sul)

Sacola interativa com materiais , jogos, brincadeiras que iam para as


casas dos alunos . (Região Sul)

A participação em olimpíadas (OBA, OBR, OIMC e outras) e o uso de


outras plataformas (Khan Academy, Matific, etc.).(Região Sul)

Foram criadas várias dinâmicas, confeccionado bonecos, jogos com


tampinhas, jogos de dominó, imagens, vídeos educativos variados,
fichas de leitura aonde crianças que não conseguiam lê apreenderam,
crianças que não tinha sensibilidade ao tocar algo, passar à ter.
Crianças que sentiam dificuldades em aceitação em relação a leitura,
jogos e ludicidade passaram a se permitirem aprender. (Região Centro-
Oeste)

A busca por conhecer as alternativas, projetos, e/ou tecnologias desenvolvidas pelas


redes de ensino, também foi perguntada aos Dirigentes e obtivemos várias respostas,
65

apresentamos, a seguir, as que nos parecem mais relevantes :


Foram criados alguns projetos como o baú itinerante para escolas do
campo e atendimentos síncronos para o público urbano. Também
foram realizados alguns atendimentos presencias com autorização da
família nas residências.(Região Sul)

Projeto Sala de Recursos em Tempo de Pandemia. Formações on line


para os professores, para prover condições de acesso, participação e
aprendizagem no ensino regular aos alunos público alvo da educação
especial, matriculados na rede municipal de ensino regular,
fomentando o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos
para eliminar as barreiras no processo de ensino e aprendizagem
organizando o trabalho pedagógico.(Região Centro-Oeste)

A Rede Municipal de Ensino investiu em tecnologia, com a compra de


plataforma digital e entrega de notbooks para professores e chrome
books para os alunos. (Região Sul)

Projetos: Longe dos olhos e perto do coração, Campanha da


Esperança e Biblioteca conta histórias .(Região Sul)

Instalação da rede de comunicação/Intenet em todas as unidades


escolares. (Região Centro-Oeste)

Utilização de diversas salas de reunião virtual como, Google Meet,


CISCO WEBBEX, Microsoft Teams. A Secretaria de Estado de
Educação efetivou pareceria com a MICROSOFT para utilização de
todos os recursos desse ambiente. A Parceria com a Google
possibilitou desenvolver o domínio Google que se denomina Edutec,
permitindo o acesso a todos os recursos desse ambiente. (Região
Centro-Oeste)

Construímos o Portal Educacional da rede municipal de Florianópolis


(https://sites.google.com/prod/sme.pmf.sc.gov.br/portaleducacional/p
%C3%A1gina-inicial?authuser=0) onde todas as Unidades Educativas
tem seus portais, tivemos o Educa Floripa, onde foi disponibilizadas
propostas comuns na TV, atividades semanais comuns por meio do
Youtube, Instagram e Facebook. Formações e lives para os professores
da rede e aberta para demais interessados e chip. (Região Sul)

Canais de TV aberto para aulas ao vivo, Google Classroom com aulas


com aulas síncronas, meets. (Região Sul)

Compra de chromeboock e internet para os estudantes e professores


(Região Sudeste)

Oferta do AEE através do Google Meet, sequências didáticas impressas


e disponibilizadas no Google sala de aula. (Região Sudeste)
66

Dentre as alternativas, uma das mais relevantes foi a formação/cursos


on line para capacitar em regime de urgência, todos os professores da
rede municipal para que conseguissem trabalhar com as diferentes
ferramentas que a tecnologia nos oferece, foram providenciadas várias
impressoras para que as escolas conseguissem imprimir em tempo
hábil, todas as apostilas, disponibilizados todo tipo de material para
que os jogos fossem confeccionados. (Região Sudeste)

Elaboramos um PLANO PEDAGÓGICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL


PARA ATIVIDADES NÃO PRESENCIAIS NO PERÍODO DE
PANDEMIA NA REDE PÚBLICA DE ENSINO DO ESTADO DO
ACRE, criamos uma plataforma digital para disponibilização de videos
aula e audio aulas, conteudos pedagogicos impressos e produção de
aulas para televisão e rádio, alem de disponibilização de formações
continuadas aos profissionais da educação. (Região Norte)

Projeto gestão das emoções, Projeto fortalecimento de vínculos entre


alunos e família, oferta de tablet para os profissionais da salas de
recursos. (Região Nordeste)

Nova equipe assumindo a Coordenação da Educação Especial


Inclusiva; Contratação de mais Professoras para o trabalho com o
AEE; Investimentos e Recursos para aquisição de materiais
tecnológicos. (Região Nordeste)

1.TV paga pela prefeitura com conteúdos produzidos para os


segmentos, com libras.
2. Tablet com banda larga adquirido pela prefeitura para este fim e
distribuídos para estudantes e professores.
3. Cadernos de aprendizagem produzidos para todos os segmentos e
de atividades complementares para os estudantes de AEE
4. Plataforma digital como.repossitorio, onde toda a comunidade
poderia pegar as atividades.
5. Criação de um currículo emergencial (Região Nordeste)

Foram disponibilizados as seguintes ações educacionais:


Implementação do Projeto Aprendendo em Casa BV por meio do
Instagram, TV e plataforma da Prefeitura Municipal de Boa Vista;
além, do atendimento remoto, vídeo chamada, mensagem por
aplicativos de comunicação, Google Meet, materiais impressos, entre
outros. (Região Norte)

Curso de Capacitação para aprimoramento da plataforma Google


Meet.1° Formação Continuada On-line para os profissionais de apoio
escolar. 1°Formação Continuada On-line para os profissionais da Sala
de Recursos. Relatório Mensal. (Região Nordeste)
Os dirigentes mostraram quanto às redes de ensino tanto municipal quanto estadual,
investiram em ampliação de internet, compra de tablets para os alunos, plataformas, chips de
celulares, formação aos professores e apontaram vários projetos realizados durante a pandemia
67

da COVID-19. Porém esse resultado não aparece nos dados quando perguntamos aos
professores o que deveria ser mantido após a pandemia, eles somente elencaram nos 3 maiores:
WhatsApp, material impresso, jogos educativos e ligações telefônicas. Seria importante
conhecer esta realidade apresentada.
Nessa pergunta pudemos perceber a busca dos professores em se reinventar, como
também os gestores em dar condições do trabalho a ser executado, para poderem ficar próximos
dos alunos e buscando estratégias diferenciadas, como canal no YouTube, utilização do Google
Forms, uso das celas Braille, apostilas adaptadas e quando nada parecia dar certo a ida à casa
dos alunos foi uma realidade mostrada por vários professores.
Sabemos que ter um diploma de cursos de pós-graduação não garante a expertise para
o trabalho, é necessária, então, a formação em serviço e de forma continuada para se ter uma
prática efetiva e coerente com a realidade das escolas.
Também atribuímos ser relevante termos cursos advindos do MEC para profissionais
de SRM, em nível de aperfeiçoamento e especialização, ministrados por docentes não só de
universidades, mas com práticas em redes de ensino públicas.

5.5 Singularidades do AEE na: Educação de Jovens e Adultos (EJA), Educação


Infantil, na Escola de Tempo Integral e no Centro de Atendimento Educacional
Especializado (CAEE) e Escola Especial

No questionário 1 aplicado junto aos professores do AEE, nos estados e municípios


brasileiros, também foi oportuno conhecer a realidade do AEE em quatro segmentos: EJA,
Educação Infantil, Escola em Tempo Integral e o CAEE. A importância é com a realização do
contraturno do AEE, como está na legislação desde sua criação. Porém sabemos da diversidade
e peculiaridades do Brasil e saber como está organizado para atender a essas demandas foi
importante.

5.5.1 AEE na Educação Infantil/ nacional

A Educação Infantil, reconhecida como a primeira etapa da educação básica, tem


assumido um papel cada vez mais relevante no processo educacional. É fundamental o AEE
estar presente desde a Educação Infantil (BRASIL, 2008), porque possibilita o desenvolvimento
integral da criança em suas múltiplas esferas, sendo elas, física, intelectual, social,
emocional e simbólica, além de dar suporte para a família.
68

No contexto da Educação Infantil, a maioria dos atendimentos acontecem no


contraturno (472), a maioria dos assistidos são alunos da própria escola (395), mas também
atende crianças de outras unidades educacionais (278). Um dado relevante é que as escolas
mesmo tendo o AEE, muitas vezes os pais não querem ou não podem levar as crianças (106).
Existem outras alternativas de horários para o AEE poder atender os alunos com
deficiências, TEA e altas habilidades ou superdotação, pois em muitas localidades a Educação
Infantil é periodo integral, temos: o AEE no mesmo período das aulas das crianças (278), turnos
intermediários (21) e antes do início das aulas dos alunos (9).
Quando o AEE ocorre no mesmo período e de forma colaborativa (professora do
AEE e sala regular), os benefícios são maiores, pois envolve um maior número de crianças
nesse processo e os demais alunos podem desfrutar de estratégias e materiais diferenciados,
além de podermos inserir nesse contexto o desenho universal de aprendizagem (DUA).
Nesta pesquisa, com o total de 4.233, tivemos 2274 dos respondentes do AEE que
atendem o segmento da Educação Infantil.
Gráfico 31 - Organização do AEE para atender estudantes da Educação Infantil

A escola não atende crianças da educação infantil 1959

O AEE acontece no contraturno 472

O AEE atende as crianças da própria escola 395

O AEE atende crianças de outras unidades educacionais 278

A escola recebe recursos do Programa Dinheiro Direto


182
na Escola (PDDE) para a implementação, manutenção…
O AEE acontece no mesmo período das aulas das
162
crianças

Outros 149

Temos o AEE na própria escola, mas algumas crianças


106
não são atendidos porque os responsáveis não…

O AEE acontece em turnos intermediários 21

O AEE atende crianças das escolas especiais 19

O AEE acontece antes do início das aulas 9

0 500 1000 1500 2000 2500


Fonte:Elaboração própria da pesquisadora

É importante destacar que “O maior aumento na proporção de alunos incluídos,


entre 2016 e 2020, foi observado na educação infantil, um acréscimo de 8,8%, segundo dados
69

do Censo de 2020.
Após sabermos quanto a organização dos atendimentos do AEE, é fundamental
investigarmos o trabalho desenvolvido pelos professores do AEE/Educação Infantil, onde
demandam mais tempo de trabalho.Os professores do AEE respondentes têm como principais
ações junto a educação infantil (nessa questão poderiam marcar mais de um item):
• 712 respondentes: organização do plano do AEE;
• 528 respondentes oferecem orientações às famílias e/ou responsávies;
• 490 respondentes a base é o trabalho de estimulação essesncial/estimulação precoce.

Gráfico32 - Organização pedagógica da AEE na Educação Infantil/ nacional

A escola não atende crianças da educação infantil 1660

O professor organiza o Plano do AEE 712

O AEE oferece orientação às famílias e/ou


528
responsáveis
Com base no trabalho de Estimulação
490
Essencial/Estimulação Precoce
Ocorre trocas e levantamento de informações
446
sistemáticas sobre a crianças com os responsáveis
O AEE trabalha com a proposta de elaboração de
398
Estudo de caso
Em atendimentos individuais com as crianças, no
394
contexto escolar
Os recursos, materiais pedagógicos e mobiliários
365
correspondem às necessidades específicas das…
Em atendimentos em grupos de crianças, no
231
contexto escolar
Os atendimentos ocorrem com a presença e
112
participação da família e/ou responsáveis
Não é permitida a participação dos familiares e/ou
49
responsáveis no AEE da educação infantil

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800

Fonte:Elaboração própria da pesquisadora

Quando ocorrem os atendimentos aos alunos da educação infantil ele é realizado


individualmente (394 respondentes) e com a presença da família (112). Outro dado relevante é
que os recursos, mobiliários e materiais estão de acordo com a faixa etária das crianças de 0 a
5 anos, para as crianças públicos-alvo da educação especial, de acordo com 365 respondentes.

5.5.2 AEE na Escola de Tempo Integral/nacional


70

Outro segmento educacional pesquisado foi a escola em tempo integral, para


conhcermos como o AEE está organizado para atender os alunos com deficiencia, TEA e altas
habilidades ou superdotação. Nesta pesquisa temos um total de 4.233 respondentes, sendo que
3063 atendem a escola de tempo integral.
Os alunos público da educação especial são atendidos de várias formas: no mesmo
período das aulas (357) , em turno intermediário (228) e no final do turno vespertino (96), nas
escolas de tempo integral pesquisadas.
Nesta pesquisa tivemos com maior percentual de respostas, que a escola não atende
essa modalidade de escola integral (1.170), os estudantes são da própria escola (864) e os alunos
são atendidos no mesmo período das aulas (357). E 287 afirmam ter o PDDE como fonte para
manutenção e ampliação do trabalho da SRM.

Gráfico 33 - Organização do AEE para atender na Educação Integral

A escola não tem a modalidade de Educação


1170
Integral

Os estudantes são da própria escola 864

Outros 611

O AEE acontece no mesmo período das aulas 357

A escola recebe recursos do Programa Dinheiro


287
Direto na Escola (PDDE) para a implementação,…

O AEE acontece em turnos intermediários 228

Os estudantes atendidos são de outras escolas 161

O AEE acontece na carga-horária de outras


145
disciplinas: nas aulas de laboratórios de…
A escola tem estudantes que não querem ou não
121
podem participar dos atendimentos e/ou seus…

O AEE acontece ao final do turno vespertino 96

0 200 400 600 800 1000 1200 1400

Fonte : Elaboração da propria pesquisadora

As alternativas criadas para os atendimentos do AEE na escola de tempo integral,


estão nas respostas qualitativas que citamos:
71

O AEE acontece na carga-horária de outras disciplinas: nas aulas de


laboratórios de informática ou aulas de educação física ou atividades
projetos de vida ou outra disciplina. (Região Sudeste)

Organizamos o nosso AEE na Sala de Recurso nas aulas de Estudo


Orientado, fazemos colaborativos juntamente com o aluno e
planejamento coletivo/individual. (Região Sudeste)

No período destinado ao E.O( estudo orientado). (Região Sudeste)

Acontece no contra turno da base do aluno, no período de aulas


eletivas, que não pertencem a base do aluno . (Região Sudeste)

O professor de AEE faz acompanhamento com os alunos no período


das aulas de sala de aula regular e atendimentos na sala recurso no
período da tarde nos horários das oficinas. (Região Sudeste)

Em turnos intermediários (Região Sudeste)

Depois das 15h são realizados os atendimentos. (Região Sudeste)

No período integral há o desenvolvimento do trabalho colaborativo


entre os professores da sala comum e professores do AEE. Os
professores produzem e utilizam materiais de diferentes tipos
considerando as necessidades e interesses de cada estudante
matriculado no atendimento educacional especializado. A escola de
tempo integral e sua rotina de educação integral possibilita necessária
formação aos estudantes público da educação especial. (Região Norte)

A escola oferece o atendimento Educacional Especializado AEE em


consonância com outras disciplinas, visto que não foi feito nenhum
estudo para a implantação das salas de recurso em escola de tempo
integral. E feito um cronograma de atendimento, porém é flexível visto
que a criança não pode ser prejudicado nas outras disciplinas. E
também precisa do atendimento AEE. (Região Norte)

Com horários e atendimentos de aulas de formação, na falta de


professores e eletivas e nos horários de grupo de estudos, realizando
atividades adaptadas e oferecendo atividades de percepção e memória
(Região Nordeste)

Procuramos alinhar os atendimentos de forma integrada sempre nos


horários das eletivas dos alunos para que não comprometa a
escolarização do discente. Essa prática tem sido assertiva, assim o
aluno não precisa retornar no contraturno, onde temos uma clientela
carente que não te condições de pagar outro transporte. (Região
Nordeste)
72

O atendimento é bem diversificado. Há alunos que FAZEM AEE no


contra turno, outros fazem no mesmo turno. Leva-se em consideração
tratamentos médicos, uso de medicações e terapias. (Região Norte)

“São intercalados os horários dos alunos para que consigam


acompanhar as aulas e serem atendidos no AEE”. (Região Sul)

Os alunos DE TEMPO integral não frequentam o AEE. (Região Sul)

O Atendimento Escolar Especializado no turno integral com as turmas


do primeiro ao nono ano do Ensino Fundamental, ocorrem em turnos
intermediários e no final do turno vespertino. (Região Sul)

Nos horário das Eletivas (Região Centro-Oeste)

Atende na disponibilidade que a família possa trazer evitando prejuízos


nos conteúdos do ensino regular, o melhor horário e com garantia de
cumprimento do currículo no ensino regular. (região Centro-Oeste)

Nos dados coletados observamos que os atendimentos ocorrem primordialmente no


mesmo turno, tanto nas aulas regulares como nos momentos organizados pelas equipes do AEE
e sala regular. O estudo orientado (EO) é uma atividade realizada em escolas estaduais, citado
como o momento para o AEE ocorrer, como também nos intervalos, e aulas de laborartório,
entre outras.

Grafico 34 - Organização das atividades pedagógicas do AEE na escola de tempo integral

A escola não tem a modalidade de Educação Integral 1263

O AEE oferece orientações aos professores da classe


597
comum
O professor de AEE tem responsabilidade principal
339
pelo Plano do AEE.
O AEE elabora materiais adaptados (comunicação
207
alternativa, braile, entre outros)

O AEE oferece orientação familiar 107

O AEE trabalha com a proposta de elaboração de


92
Estudo de caso
O AEE utiliza softwares específicos para a
84
aprendizagem dos estudantes

0 200 400 600 800 1000 1200 1400


Fonte: Elaborada pela pesquisadora

As principais ações do AEE na escola de tempo integral são: a orientação aos


professores da classe comum (597), o plano do AEE (339) e a elaboração de materiais adaptados
73

para os alunos atendidos (207). O mais importante é que os atendimentos acontecem, fazem
uso de horários que não irão interferir no planejamento da sala regular, essas foram as respostas
obtidas nesta pesquisa.
Manter o AEE em atividades de EO, como citado pela região Sudeste, é uma das
alternativas encontradas para que realmente o aluno com deficiência, TEA ou altas habilidades
ou superdotação tenha garantido o acesso ao AEE na escola de tempo integral. Adequações
estão sendo feitas para que em algum horário os alunos tenham suas necessidades específicas
atendidas, seja na própria sala de aula regular, de forma colaborativa (professor do AEE em
parceria com o professor da sala regular), em horários alternativos ou mesmo mantendo o
professor da classe regular bem orientado em como auxiliar o aluno incluído em sua sala.
O processo educacional não é estático, ele necessita ser avaliado constantemente para
saber se seus objetivos estão sendo atendidos, caso isto não esteja ocorrendo deve-se pensar
outras alternativas e se necessário fazer propostas de mudanças em documentos legais.
Os Dirigentes relataram o AEE na escola de tempo integral da mesma maneira que os
professores. Tivemos 39 Dirigentes que descreveram como ocorre o AEE, abaixo citamos as
falas de alguns Dirigentes:
Os alunos, público alvo da educação especial e da educação inclusiva,
são atendidos pelos educadores especiais no turno em que o educador
está lotado na escola, com oferta de atendimentos de duas vezes na
semana. Dentre os principais desafios estão a falta de estrutura física
adequada, falta de materiais para os atendimentos, falta de recursos
para investir em formações continuadas. (Região Sul)

As SRM que estão nas Unidades Educacionais(UE) de Tempo Integral,


atendem as crianças/estudantes da própria UE e das UE
circunvizinhas. O professor lotado na SR tem carga horária de trabalho
de 60 horas, destinando as sextas-feiras para fazer articulação com os
professores do ensino comum no turno a qual a criança/estudante está
matriculado.(Região Centro-Oeste)

A fragilidade é em retirar os alunos da sala de aula regular p o


atendimento
Pois acabam perdendo a continuidade do trabalho em sala de aula.
Região Centro-Oeste)

Temos uma organização curricular, com a disciplina de Estudo


Orientado, que permite o AEE no horário integral. (Região Sudeste)

O Professor do AEE acompanha os alunos no período de aula e atende


após as aulas regulares. (Região Sudeste)

Acontece através da orientações da Itinerância. (Região Sudeste)


74

Ocorre nas aulas de Estudo Orientado, uma vez por semana.(Região


Norte)

Há um equivoco de conceitos e vícios de querer no mesmo turno


(retirada da sala regular o aluno) o atendimento. Mas caminhamos
mostrando não só os aspectos legais mas as possibilidades de avanços
do estudante.(Região Nordeste)

O AEE é realizado nas escolas de Tempo Integral nos horários das


aulas diversificadas (Disciplinas eletivas, estudo orientado e
protagonismo).(Região Nordeste)

O Atendimento está sendo ofertado de acordo com os horários livres


ou vagos dos estudantes. .(Região Norte)

Os Dirigentes relatam que o AEE pode ocorre nas aulas de EO, nas aulas vagas do aluno,
nas disciplinas eletivas, porém é feita a ressalva do aluno ser retirado no horário da sala regular
e perder o conteúdo que está sendo trabalhado.

5.5.3 AEE na EJA/nacional

Com relação à EJA, 1303 dos respondentes das escolas atendem alunos dessa
modalidade, em um total de 4233 respondentes.
Quanto às outras possibilidades de oferta do AEE tivemos: no contraturno, 773
respondentes; no mesmo periodo das aulas, 96 respondentes; antes do início das aulas, 83
respondentes; ocorre na carga horária de outras disciplinas, 63 respondentes e atendimento em
turnos intermediarios, 54 respondentes.
75

Gráfico 35 - Organização do AEE para atender na EJA

A escola não atende estudantes desta modalidade 2930

O AEE acontece no contraturno 773

Os estudantes da EJA são da própria escola 672

A escola recebe recursos do Programa Dinheiro Direto na


Escola (PDDE) para a implementação, manutenção e 268
organização do AEE nesta modalidade.

Outros 252

Os estudantes atendidos são de outras escolas 170

O AEE acontece no mesmo período das aulas 96

O AEE acontece antes do início das aulas 83

O AEE acontece na carga-horária de outras disciplinas 63

O AEE acontece em turnos intermediários 54

0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500

Fonte: Elaborada pela pesquisadora

A principal atividade desenvolvida pelo AEE (os respondentes poderiam marcar


mais que um item) é a orientação aos professores da sala regular, com 1.123 respostas obtidas,
644 respondentes marcaram adaptação de materiais e 784 disseram que o trabalho que mais
desenvolvem é a orientação familiar. Um dado interessante é que 216 responderam que os
alunos não desejam sair para atendimento durante o horário da sala regular, como também 146
respondentes disseram que atender no horário de aula dos alunos prejudica a organização do
AEE. Salienta-se que o número de alunos atendidos na EJA na região Sudeste é muito baixo
como mostrado no Censo de 2020.
76

Gráfico 36 - Organização da atividades pedagógicas do AEE na EJA/nacional

A escola não atende esta modalidade 1743

O AEE oferece orientações aos professores da classe


1123
comum

O AEE oferece orientação familiar 784

O professor de AEE tem responsabilidade principal pelo


690
Plano do AEE.

O AEE trabalha com a proposta de elaboração de Estudo


665
de caso e Plano do AEE

O AEE elabora materiais adaptados ( comunicação


644
alternativa, braile, entre outros)

O AEE utiliza softwares específicos para a aprendizagem


244
dos estudantes
Os alunos preferem participar das atividades do AEE sem
ter que sair das aulas regulares para não prejudicar o 216
acompanhamento das atividades escolares.
A organização pedagógica do AEE fica prejudicada ao
realizar os atendimentos no mesmo período das aulas 146
regulares dos estudantes.
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 2000
Fonte: Elaboração da própria pesquisadora

Após conhecermos a forma como o AEE está organizado para os atendimentos,


quais são as prioridades do trabalho dos professores que atuam no AEE, faz-se necessário saber
das dificuldades que os alunos com deficiências, TEA, altas habilidades ou superdotação
enfrentam com relação à EJA.
Os dados mostram que as 3 principais dificuldades dos alunos públicos da educação
especial em frequentar o AEE da EJA, é que não tem o atendimento no período noturno (503
respondentes), não há disponibilidade para frequentar o AEE no contraturno (319
respondentes) e também existem alunos ou até mesmo os responsáveis que não querem
participar do atendimento (232 respondentes). Somente 23 respondentes mostram o
atendimento ocorrendo 1hora antes do início das aulas.
Importante discutir a questão sobre ausência de transporte (121 respondentes) para
que os alunos possam frequentar o AEE, como também falta de profissionais do AEE no
período noturno. Ambas as questões a serem discutidas, pois é organização da gestão seja ela
municipal ou estadual.
77

Grafico 37 - Dificuldades dos estudantes da EJA participantes do AEE/ nacional

A escola não atende esta modalidade 1451

Outros 571

Não existe atendimento de AEE para o período da noite. 503


Os estudantes não tem disponibilidade para irem aos
319
atendimentos no contraturno.
A escola tem estudantes que não querem participar dos
232
atendimentos e/ou seus responsáveis
Não há transporte (público, escolar) para conduzir os
121
estudantes.
A escola oferece o AEE no mesmo período da
88
escolarização do aluno.
Falta professores especializados para o AEE noturno 79

Falta recurso do poder público 61


Ausência de SRM ou espaço adequado para os
31
atendimentos especializados na escola
O estudante frequenta o AEE uma hora antes do início
23
das aulas no turno da noite
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600

Fonte: elaboração da própria pesquisadora

Os Dirigentes, no questionário 2, relataram que o AEE na EJA ocorre, sim, para os


alunos com deficiência, TEA, altas habilidades ou superdotação. A seguir, elencaremos
algumas falas dos Dirigentes:
Ofertamos em período onde o estudante tenha disponibilidade, que não
interfira na matrícula do regular. (Região Sul)

Há oferta no matutino (Região Centro-Oeste)

O estudante do EJA faz o atendimento no contra turno e o professor do


AEE faz a articulação com os professores do ensino comum. (Região
Centro-Oeste)

Acontece com a oferta no período das atividades complementares,


contra turno do regular. (Região Sul)

O atendimento de EJA ocorre no turno de matrícula do estudante


individualmente e contemplada na docência compartilhada nos
diferentes componentes curriculares. (Região Sul)

Alcançamos pouco pela disponibilidade dos estudantes. (Região


Sudeste)
78

Os alunos são atendidos no contra turno normalmente, trabalhamos de


forma colaborativa e aliados dos professores das classes comuns e
demais profissionais da escola. (Região Norte)

O AEE na EJA segue o mesmo formato da escola integral. É combinado


em cada unidade escolar o momento adequado junto ao estudante para
o atendimento. (Região Nordeste)

Observamos que muitos dos AEE são ofertas do período matutino, o que dificulta a ida
dos alunos. Também é realizado durante o período de aula.
Na EJA, como na educação de tempo integral, faz-se necessário rever as alternativas e
modos de atendimentos do AEE, para que os alunos públicos-alvo da educação especial não
fiquem sem qualquer tipo de respaldo e nem o professor do ensino regular. O AEE tem que ir
ao encontro do que o aluno e a escola necessitam, uma vez que este serviço faz parte do trabalho
da educação especial, que deve dar suporte à inclusão nas escolas regulares e nas escolas
especiais.

5.5.4 Centro de atendimento Especializado (CAEE) e/ou Escola Especial (EE)

De acordo, com o gráfico 37, identificamos que a oferta do AEE nos CAEEs e/ou EE
acontecem:
• No contraturno (984);
• No mesmo turno das aulas (276);
• Os estudantes atendidos são da própria escola (1.213);
• Somente 373 são estudantes atendidos de outras escolas;
Nesta questão 1.165 respondentes não atuam no CAEE.
79

Gráfico 38 - Organização do AEE para atender os estudantes no CAEE e/ou EE

Os estudantes atendidos são da própria escola 1213

Não atuo no CAEE 1165

O AEE acontece no contraturno da escolarização do… 984

Outros 519

A escola recebe recursos do Programa Dinheiro… 485

Os estudantes atendidos são de outras escolas 373

O AEE acontece no mesmo período das aulas 276

0 200 400 600 800 1000 1200 1400


Fonte: Elaboração da própria pesquisadora

Os respondentes da pesquisa que atuam no CAEE somam 3068.


As atividades mais desenvolvidas pelo AEE na EE e/ou CAEE são: atendimentos
individuais aos alunos com deficiência, TEA e altas habilidades ou superdotação (883),
elaboração e construção de materiais adaptados (747) e atendimentos em grupos (663).
A proposta pedagógica do AEE é elaborada em parceria com o professor da sala regular,
de acordo com 389 respondentes e somente 62 respondentes relatam que o AEE da escola
especial não troca experiências com a escola regular.
Foram citados 2 trabalhos desenvolvidos por estes AEEs, em especial, que são a
alfabetização em Libras e/ou Língua portuguesa para surdos (173) e alfabetização em Braile,
orientação e mobilidade (167), que são atividades importantíssimas para a inclusão dos alunos
com deficiências sensorias.(Gráfico 39).
80

Gráfico 39 – Organização das atividades pedagógicas no AEE na EE e/ou CAEE

Não atuo no CAEE 1560

O AEE realiza atendimentos individuais 883

O AEE elabora e constrói materiais adaptados 747

O AEE realiza atendimentos em grupo 663

O AEE trabalha com a proposta de elaboração de


577
Estudo de caso e Plano do AEE
A proposta pedagógica do AEE é construída em
389
parceria com as escolas comuns onde os alunos…
O AEE mantém contato e trocas de experiências com
379
as escolas comuns em que os alunos estão…
O AEE desta instituição é também utilizado para
267
capacitar e formar profissionais das escolas comuns
O AEE oferece alfabetização em Libras e/ou língua
173
portuguesa para surdos
O AEE oferece alfabetização em braille, orientação e
167
mobilidade
O AEE atende a estudantes que participam de oficinas
56
e cursos profissionalizantes destinados a jovens e…
Não há comunicação ou troca de experiências entre a
62
escola especial e a escola regular

0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800

Fonte: Elaboração da propria pesquisadora


81

6 PANORAMA REDE DE ENSINO: OS DADOS, AS AÇÕES E OS CONTEXTOS EM


QUE SE REALIZA O AEE DE ACORDO COM OS DIRIGENTES MUNICIPAIS
OU ESTADUAIS

Sabemos que muitas vezes os serviços oferecido pelos gestores, seja da esfera Federal,
Estadual ou Municipal podem não atingir seus objetivos ou ser vistos pelos professores de
maneira como elaborada na proposta inicial. Por isso, achamos importantes dar voz aos
coordenadores da educação especial, dirigentes estaduais ou o profissional que represente este
segmento nas diveras localidades brasileiras.
Nesta pesquisa tivemos 190 respondentes representantes das 5 regiões brasileiras
pesquisadas.
A maior parte dos dirirgentes são da esfera municipal (175) e 15 são da rede estadual.

Gráfico 40 - Dirigentes x esferas

Rede Municipal 175

Rede Estadual 15

0 50 100 150 200

Fonte: Elaboração da própria pesquisadora

Estes 190 respondentes estão assim dividos no país: 24 no estado de São Paulo, 17 em
Goiás, 16 em Santa Catarina e Bahia. Os estados com menor participação foram Paraná, Piauí
e Maranhão, cada um com 1 respondente.
82

Gráfico 41 - Dirigentes respondentes por estado brasileiro

TO 7
SP 24
SE 15
SC 16
RS 11
RR 2
RO 5
RN 6
PR 1
PI 1
PE 10
PB 6
PA 6
MS 7
MG 10
MA 1
GO 17
ES 4
CE 12
BA 16
AM 3
AL 7
AC 3
0 5 10 15 20 25 30

Fonte: Elaboração da própria pesquisadora

As questões relacionadas aos dados, às ações e aos contextos em que se realiza o AEE,
serão citadas algumas falas dos Dirigentes:
Contamos com 15 salas de AEE onde realizamos o atendimento dos
alunos com deficiência. Na sala de aula é realizado o auxílio do
monitor de educação especial que trabalha em conjunto com o
professor da turma e auxiliam também nas adaptações curriculares.
Realizamos Formação durante o ano para os Professores do AEE e
Monitores de Educação Especial para melhorar preparar o
profissional no desenvolvimento do seu trabalho na educação especial.
(Região Sul)

São atendidos 522 alunos por 23 educadores especiais, nomeados


através de concurso público, em salas de recursos multifuncionais tipo
I e II.(Região Sul)

O município não tem vínculo oficial com o projeto AEE, mas temos uma
Unidade Escolar que informalmente promove o trabalho., através de
dois Professores. (Região Centro-Oeste)

Temos o AEE em todos os segmentos Ed Infantil, Fundamental e


Indígena. (Região Centro-Oeste)
83

A SME de Goiânia possui 2.338 com NEE com laudos e atende 1.187
crianças/estudantes com perfil para o AEE, em 35 Sala de Recursos, 2
Centros Municipais de Apoio à Inclusão (CMAI) Maria Thomé Neto e
Brasil Di Ramos Caiado e Centros de Atendimento Educacional
Especializado (CAEE): APAE – Escola Helena Antipoff, CAE
Renascer - Centro de Atendimento Especializado Renascer; CORAE -
Centro de Orientação, Reabilitação e Assistência ao Encefalopata.
(Região Centro-Oeste)

A Rede Municipal de Ensino possui 32 escolas, sendo destas 12


urbanas, 8 rurais, 11 Escolas de educação Infantil, sendo destas 1
Escola de Educação Infantil rural. Especialistas em educação especial,
são no número de 11 profissionais que atendem as escolas da Rede. Os
profissionais do AEE, atendem em turno inverso os alunos com
deficiência, dando suporte ao trabalho de professor da sala de aula
regular. 11 escolas possuem sala de AEE. (Região Centro-Oeste)

Todas as Escolas Municipais de Ensino Fundamental possuem turmas


de AEE, os alunos da Educação Infantil frequentam o AEE no Centro
Municipal de Atendimento Educacional Especializado. Entre as ações
desenvolvidas estão as reuniões organizadas com as professoras das
turmas de AEE, o acompanhamento da coordenadora de Núcleo da
Educação Inclusiva a cada encaminhamento, bem como orientações
referente a ao planejamento do Plano-PDI dos estudantes. (Região Sul)

Na nossa rede temos 9 salas de AEE com 13 professores efetivos todos


com pós graduação na área da inclusão, com carga horária de 30 e
40 horas . As unidades realizam atendimentos no contra turno ,
individuais ou coletivos de acordo com a especificidades de cada aluno
atendido. Temos um grupo de WhatsApp onde é compartilhado
experiencias exitosas. Neste ano de 2022 realizamos dois encontros
para definição da documentação pedagógica na rede. (Região Centro-
Oeste)

Quirinópolis possui 17 unidades de ensino onde são atendidos 5779


estudantes: destes, 290 são alunos com Necessidades Educacionais
Especiais (232 diagnosticados e 58 aguardando parecer). A rede conta
com 8 unidades escolares que oferecem o Atendimento Educacional
Especializado – AEE, desenvolvendo ações com atividades que
promovam a complementação e a suplementação curricular, de forma
a atender as necessidades específicas de cada educando. (Região
Centro-Oeste)

Temos 100% de matrículas nas redes públicas:13.295 matrículas de


estudantes público-alvo na rede estadual de ensino. A educação
especial é organizada no turno (trabalho colaborativo) e no
contraturno nas salas de recursos multifuncionais. Temos 5.095
estudantes no AEE. Para a garantia do atendimento, temos 395 salas
de recursos (1 por escola), 11 NEAPIES, 1.300 professores
especializados e 11 pedagogos. (Região Sudeste)
84

Atendemos crianças com deficiência, no modo colaborativoitinerância


e no contraturno. No modo itinerância e colaborativo os estudantes são
atendidos na Escola Polo e nas escolas de abrangência do polo. No
contraturno as crianças são atendidas nas escolas Polos. (Região
Sudeste)

Contamos com 11 salas de recursos na rede municipal de ensino que


atendem 23 unidades escolares. Dessas salas, 5 são de escolas
localizadas na zona rural. O AEE é realizado preferencialmente na
própria escola e no turno inverso ao da escolarização. Como nem todas
as escolas possuem o serviço, é realizado um sistema que atende
crianças público alvo do AEE nas escolas mais próximas que contam
com a Sala de Recursos. (Região Sudeste)

A Rede Municipal de Educação de Jacareí atende o total de 750 alunos


sendo que 513 alunos com laudo médico e 237 alunos sem laudo " em
processo de investigação". Dos alunos laudados 54 casos de
deficiência intelectual, 255 TEA,30 casos de alunos com paralisia
cerebral 12 ADNPM,4 hidrocefalia, microcefalia , 30 casos com
Síndrome Down,18 deficiências múltiplas 17 deficiência auditiva ,18
casos deficiência visual e 12 casos de doenças raras. (Região Sudeste)

Temos 10 salas de AEE em atendimentos nos 2 turnos. São 144 alunos


atendidos no contra turno uma vez/semana. Todos são PCD com laudo
médico e encaminhados pela equipe pedagógica da escola.
O profissional do AEE é professor com Psicopedagogia ou pós grad.
em Ed. Especial. São acompanhados pelos pedagogos da escola e
coord. da Ed. Inclusiva da SME. Eles fazem relatórios descritivos e
sugerem ações pedagógicas aos professores regentes dos alunos.
(Região Sudeste)

A Rede Estadual de Ensino do Amazonas tem duzentos e vinte três (223)


escolas inclusivas na capital com três mil quatrocentos e trinta e seis
estudantes (3.436) e setenta e uma (71) Salas de Recursos
Multifuncionais, no interior duzentos e trinta cinco (235) escolas com
dois mil trezentos e vinte seis (2.326) estudantes e setenta e nove (79)
Salas de Recursos Multifuncionais. (Região Norte)

Temos cerca de 500 salas de recursos multifuncionais e em efetivo


exercício 342 salas com equipamentos de tecnologia assistiva e
Professores do AEE. O AEE é desenvolvido independente de a escola
ter SRM, se a escola tiver alunos com deficiências deverá ter o AEE.
Temos 5 CAEER. 5 Centros de Atendimentos Educacionais
especializados , que funcionam em formatos de oficinas pedagógicas
atendendo o estudante com deficiências. (região Nordeste)

Aproximadamente mil alunos no AEE laudado e não laudado, mais de


130 profissionais de apoio escolar 54 docentes do AEE, 38 escolas do
AEE, uma unidade especializada e APAE. (região Norte)
85

Temos 18 Prof. do AEE. A maioria das atividades são desenvolvidas


em espaços adaptados: •Sala adaptada: espaço que a escola
disponibilizou. •Espaço improvisado: não tem espaço fixo no momento.
•SRM: sala apropriada que recebeu recursos enviados pelo FNDE
2017. Obs.: Muitos desses recursos tecnológicos não existem mais,
devido tempo de uso ou por a escola ter sofrido assalto. Nas escolas
que tem espaço estão sendo construídas salas para o AEE. (Região
Nordeste)

*Todos os sublinhados são grifos da pesquisadora.

Na maioria das falas dos Dirigentes é dado o número de alunos atendidos, quantitativo
de salas de AEE, formação dos professores, indicação do atendimento na zona rural e para
alunos do grupo indígena, porém apareceu com frequência a palavra laudo (grifada nas falas
pela pesquisadora) o que não é exigência para frequentar o AEE, mas aparece como ponto
importante. Outro grifo foi com relação ao trabalho colaborativo, que também apareceu tanto
nas falas dos professores como dos dirigentes. Importante aprofundar este trabalho, para que se
garanta como função do professor do AEE.
Outro problema que os dirigentes puderam se manifestar foi com relação à não oferta
do AEE em suas redes.
O principal motivo apontado pelos respondentes foi a ausência de infraestrutura para
ter uma sala específica de AEE (49), em segundo lugar citaram que por existir uma escola
próxima que oferece o atendimento não abrem na própria unidade que o aluno estuda (41), em
terceiro lugar “outros” (39), e em quarto lugar falta de recurso financeiro para criação da SRM
(27).
86

Gráfico 42 - Motivos da não ocorrência do AEE x Dirigentes

Outros 39

Falta de recurso financeiro para criação da Sala de


27
Recurso Multifuncional
Existe outra escola próxima que realiza o atendimento
41
de seus estudantes
Carência de profissionais com formação para realizar
21
o AEE
Ausência de matrículas na escola de estudantes da
13
educação especial
Ausência de infraestrutura para ter uma sala
49
específica de AEE

0 10 20 30 40 50 60
Fonte: Elaboração da própria pesquisadora
87

6.1 AEE em contextos e espaços diferenciados/ Dirigentes


6.1.1 O AEE no Assentamento

No total de 190 respondentes, somente 16 disseram como são atendidos os alunos com
deficiência, TEA, altas habilidades ou superdotação nos assentamentos.
Para análise qualitativa citamos:
A Rede Municipal conta com 04 (quatro) escolas de assentamento,
deste total, 01 (uma) possui SRM. . (Região Sudeste)

Tem escolas com AEE próximas de sua residência e com transporte


acessível para levá-los ao centro de Atendimento. CIAMEEE (Região
Sul)

Os alunos que moram no assentamento realizam o atendimento do AEE


nas escolas em bairros próximos da cidade, utilizando o transporte
escolar. (Região Sudeste)

Possuímos o assentamento, mas não temos sala de AEE, gostaríamos


muito de implementar. SONHO (Região Nordeste)

Atendimento AEE no contra turno, com dificuldade no transporte para


os alunos. (Região Nordeste)

Disponibilizamos um profissional para realizar o atendimento no


ASSENTAMENTO e tem sido de suma importância para o
desenvolvimento dos alunos e o apoio familiar. (Região Nordeste)

O município de Altamira/PA oferta SAEE em duas escolas de


reassentamento urbano, conseguindo garantir os mesmos direitos e
prestações de serviços, com profissional qualificado e materiais
pedagógicos, inclusive servindo de polos para outras escolas.(Região
Norte)

Os alunos da educação especial que necessitam do AEE e que moram nos assentamentos
são conduzidos às escolas próximas, porém alguns Dirigentes pontuam a dificuldade no
transporte. Existe a itinerância e somente uma localidade tem SRM na escola do assentamento.

6.1.2 O AEE nas Comunidades Ribeirinhas, de Pescadores e de Aldeia

Como nos assentamentos, obtivemos poucas informações do AEE nas comunidades


ribeirinhas, de pescadores e de aldeia. Citaremos algumas, que nos pareceu mais relevantes:

A Rede Municipal conta com 07 (sete) unidades escolares em


comunidades ribeirinhas, deste total, 01 (uma) possui SRM. (Região
Sudeste)
88

São contempladas nas escolas rurais/campo. (Região Norte)

Possuímos comunidades ribeirinhas, mas não temos sala de AEE,


gostaríamos muito de implementar. SONHO. (Região Nordeste)

É ofertado pelos assessores pedagógicos e profissionais que


acompanham as comunidades de acordo com suas demandas.( Região
Norte)

O município apresenta poucas escolas ribeirinhas, e nenhuma desta


possui o AEE. . (Região Nordeste)

Trabalhamos de forma colaborativa com professores, os professores


que realizam atendimento no AEE são professores indígenas para
garantir a língua seus costumes e cultura. (Região Norte)

Os estudantes participam do AEE da escola mais próxima da


comunidade (Região Nordeste)

A Rede Municipal conta com 07 (sete) unidades escolares em


comunidades de pescadores (as mesmas ribeirinhas), deste total, 01
(uma) possui SRM.(Região Sudeste)

Possuímos comunidades de pescadores, mas não temos sala de AEE,


gostaríamos muito de implementar. SONHO. (Região Nordeste)

As Unidades escolares da Semed/Maceió inseridas nas comunidades


pesqueira, que tem SRM, as crianças e estudantes participam, no
contraturno, do AEE. . (Região Nordeste)

As comunidades de pescadores em nosso município são atendidos na


escola municipal professora Vanda Maria de Santana. (Região
Nordeste)

Nessas comunidades, apenas 1 tem a SRM, as outras ou não tem o AEE, mas tem a
demanda ou são atendidos pela equipe que não é da educação espacial. O trabalho colaborativo
apareceu novamente, sugerimos ampliar a pesquisa nessa forma de atendimento do professor
do AEE.
Acreditamos ser importante aprofundar os motivos da não ocorrência do AEE, onde
existe a demanda dos alunos com deficiência, TEA, altas habilidades ou superdotação.

6.1.3 O AEE na comunidade Quilombola


89

Como nas comunidades anteriores, obtivemos poucas informações do AEE nas


comunidades Quilombolas. Citaremos algumas, que nos pareceu mais relevantes:
Tem escolas com AEE próximas de sua residência e com transporte
acessível para levá-los ao centro de Atendimento. CIAMEEE. (Região
Sul)

A REE/MS tem 14 estudantes que frequentam no contra turno o AEE


nas SRM nas escolas quilombolas. Contam com 4 Professores de Apoio
Pedagógico Especializado que atuam em sala de aula e 1 profissional
de apoio para higiene, alimentação e locomoção. (Região Centro-
Oeste)

A Rede Municipal conta com 14 unidades escolares quilombolas, deste


total, 01 (uma) possui SRM. (Região Sudeste)

Não possuímos escolas legitimamente quilombolas, mas que atendem


comunidades quilombolas, destacamos em Itacoatiara e Novo Airão, e
que possuem estudantes da Educação especial. Na última cidade não
possui salas de recursos. (Região Norte)

Possuímos escolas quilombolas, mas não temos sala de AEE,


gostaríamos muito de implementar. SONHO. (Região Nordeste)

Os alunos da escola quilombola, é atendidos na escola da sede do


Município (SALA DE AEE). (Região Nordeste)

Existe apenas uma sala de AEE em uma comunidade de Quilombo, os


alunos com deficiência são matriculados na sala regular e recebem o
Atendimento Educacional Especializado no horário oposto. ). (Região
Nordeste)

O AEE na Escola quilombola de nossa Rede tem sido muito


satisfatório. (Região Nordeste)

Os alunos da Comunidade Quilombola são atendidos no AEE da escola


Antônio Martins de Almeida, no Distrito Dom Maurício. (Região
Nordeste)

Os estudantes são matriculados nas escolas da própria comunidade,


tendo disponível transporte escolar para ir buscar e levar. O AEE
acontece em horário oposto ao do ensino regular e os que necessitam
deste serviço são encaminhados para o CAIE. (Região Nordeste)

A oferta do AEE aos alunos das comunidades Quilombolas, em algumas localidades


frequentam nas escolas próximas, com transporte oferecido pela rede de ensino, ocorrem
geralmente no contraturno. Mas também foram relatados a presença dos alunos da educação
especial e sem o acompanhamento do AEE, por não ter sido criado.
90

6.1.4 O AEE nas escolas rurais/campo


Diferente das outras comunidades , o AEE é realizado de várias maneiras nas escolas
rurais/campo. Elas são em maior número e demanda de alunos da educação especial.
Pelo relato dos Dirigentes, é percebido que a logística é um desafio, o transporte,
profissionais para poderem atender em longas distância.
Mas muitas escolas rurais tem a oferta do AEE no contraturno, tem profissionais da
educação especial que não seja somente o AEE, tem cuidadores, interpretes de Libras.

O atendimento do AEE nas escolas rurais na maioria das vezes é


realizado um período maior, pois os estudantes se deslocam com ônibus
e precisam permanecer o dia todo na escola.(Região Sul)

O município tem 08 escolas campo/rurais, 02 tem o atendimento do


AEE. (Região Centro-Oeste)

Dificuldade no deslocamento no contraturno. (Região Sul)

Nas escolas rurais não temos sala de AEE. (Região Sul)

Ofertamos AEE em contra turno nas Unidades Rurais. (Região Centro-


Oeste)

O município possui 8 escolas no campo/rurais e 2 escolas possuem o


atendimento do AEE, as demais não tem matrículas significativas de
alunos público alvo da Educação Especial. (Região Centro-Oeste)

É ofertado o AEE, desde que a família leve o aluno ao "Polo" no


contraturno. (Região Sul)

101 estudantes que frequentam o AEE no contra turno nas SRM das
escolas rurais/campo. 8 Professores de Apoio Pedagógico
Especializado em sala de aula, 3 Tradutores Intérprete de Libras e 1
Profissional de higiene, alimentação e locomoção. (Região Centro-
Oeste)

Acontece normalmente, oferecemos transporte. (Região Sudeste)

A equipe do NAPE presta atendimento quinzenal no AEE nas escolas


rurais, ainda não tem sala de recursos nessas escolas, mas frequentar
a sala de recursos da zona urbana, porém a grande maioria não tem
como arcar com as despesas de transporte. (Região Sudeste)

Os alunos de escolas rurais, que moram distantes da escola são


atendidos em horário de aula mediante solicitação da família. (Região
Sudeste)
91

A Rede Municipal possui 61 unidades escolares do campo (algumas se


enquadram em outros campos: ribeirinhos, pescadores, quilombolas e
assentamento). Do Total de 61 unidades, 08 (oito) possuem SRM.
(Região Sudeste)

Possuímos 58 escolas do campo, onde 05 possuem salas de recursos,


devido ao difícil acesso precisam de formação de professores e
ampliação dos serviços da Educação Especial. (Região Norte)

Ocorre em duas escolas, ofertado no contraturno, atendendo uma


média de 35 alunos.Temos escolas municipais nas áreas rurais com o
atendimento do AEE no contra turno. Região Norte)

Serviço debilitado devido a localização da maioria das escolas.


(Região Norte)

Temos Escolas Municipais nas áreas rurais com o atendimento do AEE


no contra turno.(Região Nordeste)

AEE itinerante em alguns espaços. (Região Nordeste)

Nas escolas rurais ( Caramuru, São Joaquim e Chã do Meio) não


possuem atendimento educacional especializado, mas possuem apoio
escolar/ cuidador para os alunos com necessidades educacionais
especiais sob a supervisão da SEDUC. (Região Nordeste)

As escolas do campo não tem estrutura física nem recurso financeiro


para montar salas de AEE específicas, então estamos ofertando o AEE
através de uma professora volante que vai periodicamente a cada
escola e realiza os atendimentos. (Região Nordeste)

Convém salientar que as políticas públicas da Educação Especial, abrangem todas as


localidades do país, seja na zona urbana, rural, aldeia, qualquer uma das comunidades, onde
houver o aluno com deficiência, TEA, altas habilidades ou superdotação, tem que haver a
estrutura necessária para que o aluno possa se desenvolver.

6.1.5 O AEE nas escolas indígenas

Como nas comunidades anteriores, obtivemos poucas informações do AEE nas


comunidades indígenas. Citaremos algumas, que nos pareceu mais relevantes:

11 estudantes que frequentam o AEE no contra turno nas SRM das


escolas indígenas. 8 Professores de Apoio Pedagógico Especializado
em sala de aula, 06 Tradutores Intérprete de Libras e 2 Profissionais
de apoio de higiene, alimentação e locomoção. (Região Centro-Oeste)
92

Não possuímos escolas indígenas com AEE implantado. Mas temos


diálogos com a Gerência de Educação Indígena para iniciarmos este
serviço. (Região Norte)

Trabalhamos de forma colaborativa com professores, os professores


que realizam atendimento no AEE são professores indígenas para
garantir a língua e seus costumes e cultura. Eles não permitem o
professor branco atuar na Aldeia. (Região Norte)

Somente 07 escolas indígenas tem sala de recurso e o AEE funciona de


acordo com as diretrizes atendendo as especificidades locais (Região
Norte)
Temos alcançado grandes avanços, a Auxiliar de Vida é da
comunidade Indígena facilitando a interação e socialização dos
alunos. (Região Norte)

Nas escolas indígenas, o AEE está em processo de implantação e


organização das salas de recursos multifuncionais para atender a
demanda por região/Polo, sendo 3 Polos. E, transcorrerá no
contraturno. (Região Norte)

Os respondentes são de regiões onde a comunidade indígena é grande. Muitas


localidades já tem a oferta do AEE na própria aldeia indígena, foi reforçado que existe
professores indígenas para manutenção e ensino das culturas.
Também, locais que ainda não tem o AEE, estão em processo de estruturação junto às
comunidades. Sempre que possível o AEE está sendo ofertado no contraturno.
O AEE nas comunidades ainda está em processo, necessitando por parte dos gestores
mais investimentos financeiros, para criar as salas e ter o profissional destinado para o AEE.
Transporte também é outro problema, quando há necessidade dos deslocamento para as
localidades próximas.
Nosso país tem dimensões territoriais, questões econômicas e culturais muito distintas
e isso tem que estar presente nos planejamentos da Educação Especial, quando essa organiza
os atendimentos que serão ofertas aos alunos com deficiência, TEA, altas habilidades ou
superdotação. As políticas públicas tem que prever o AEE em todas as municípios brasileiros.
93

7 CONSIDERAÇÕES FINAISE ENCAMINHAMENTOS

A pesquisa desenvolvida teve como objetivo conhecer a realidade do Atendimento


Educacional Especializado (AEE), no período da pandemia da COVID-19. Saber como
ocorrem os atendimentos, quais recursos foram usados e quais práticas exitosas aconteceram
durante aquele período ,era a solicitação do Projeto UNESCO 914BRZ1060N03/2021.
Esse relatório apresenta os dados de investigação realizada, considerando a unificação
dos dados nacionais das 3 consultoras. A pesquisa atinguiu 4.233 respondentes, no questionário
1, quando encaminhamos aos profissionais que atuam no AEE, que deram suas contribuições
sobre a época do distanciamento social e escolar entre os anos de 2020 e 2021. No questionário
2 obtivemos 190 respondentes, sendo esses Dirigentes estaduais ou municipais.
O AEE no contexto da COVID-19
Os dados apresentam que o AEE foi realizado nesse período, 3.862 respondentes da
amostra afirmam a ocorrência do atendimento; por sua vez, somente 341 responderam que o
atendimento não ocorreu. Mesmo considerando um menor percentual de escolas que
declararam não ter realizado o AEE, se faz importante conhecermos os motivos da não oferta
desse serviço, uma vez que a educação brasileira se mobilizou para que, de alguma maneira, o
trabalho fosse desenvolvido de forma remota e, menos estudantes tivessem muitos prejuízos.
Manter a escola, as relações professor/aluno foi uma das estratégias usadas pelos países
para promover alguma “normalidade”, mesmo sendo de forma remota, pois as crianças se
sentiamacolhidas e os professores tentavam se reinventar para que pudessem criar maneiras
alternativas defazer os estudantes permanecerem ativos.
Na pesquisa os principais motivos para a não ocorrência do AEE, citados em ordem de
maior incidência foram: escolas sem o AEE, a falta de internet, a não contratação de
profissionais e falta de equipamentos para os alunos terem acesso às aulas remotas ou atividades
e ausência de participação da família.
Sendo o foco da pesquisa o AEE e seu trabalho durante a pandemia da COVID-19,
dados do MEC, de 2019, 29.980 (30,7%) das escolas municipais e estaduais do país possuíam
AEE, em 2021 a cobertura era de 37,5%. Com os resultados obtidos o panorama nacional com
relação ao AEE é preciso incentivar as aberturas de SRM e do AEE, visto que muitos alunos da
educação especial ficaram desassitidos durante a fase de isolamento social.
Indicamos cursos de formação de profissionais para o AEE, sejam feitos
constantemente por todoas as esferas (Federal, Estadual e Municipal) para que possam atuar
neste espaço da Educação Especial.
94

Cada estado e município brasileiro utilizou de estratégias diversas para tentar alcançar
os alunos com deficiências, TEA e altas habilidadesou superdotação. Dentre essas destacam-se
os atendimentos presenciais individualizados aos estudantes do AEE na escola, em domicílio,
material impresso que as famílias buscavam nas escolas ou eram entregues nas residências e
ligações telefônicas, todas enquadradas em tecnologias de baixo custo.
Também outras formas foram citadas na pesquisa da atuação dos profissionais do AEE
antes da pandemia. Ressaltamos que o trabalho itinerante, experiências êxitosas com o trabalho
colaborativo, apoio aos familiares, elaboração de materiais, orientação aos professores do
ensino regular, são muito importantes, mas não podem impedir de criar o AEE enquanto espaço
físico para que ele possa planejar, construir materiais e atuar junto aos alunos com deficiência,
TEA, altas habilidades ou superdotação é a garantia destes profissionais da educação especial
nas escolas auxiliando o processo da inclusão.
A falta de conectividade e equipamentos (notebook, tablet, celulares), tanto por parte
dos alunos como dos professores, também foram problemas apontados. Durante a pandemia foi
adotado o ensino remoto, que necessita de internet/conectividade, softwares educativos, jogos
educativos, WhatsApp, plataformas, vídeos entre outros necessitam dessa tecnologia para
poderem funcionar, e foram extremamente bem aproveitados pelos professores.
Foi relatado que várias localidades fizeram parcerias com plataformas, criaram canais
no YouTube, usaram de canais de TV tudo que poderem levar a aprendizagem aos alunos.
Com todos os recursos possíveis e muitas vezes disponíveis, o que mais foi usado
durante a pandemia foi o WhatsApp, materiais impressos e jogos pedagógicos. Isso, porque a
implementação do uso de tecnologias requer uma rede de condições desde as estruturais,
econômicas e sociais sendo necessário políticas públicas de acesso a esses recursos por parte
da escola, alunos, famílias, comunidade e Estado.
A pesquisa registrou a evidência de que os recursos de tecnologia não eram
frequentemente usados pelas escolas públicas ou pelo AEE como mediadores de aprendizagem,
visto que plataformas digitais, jogos interativos, redes sociais não eram uma realidade na prática
dos professores das escolas públicas. Estes recursos chegaram mediante a pandemia e não por
estratégias diferentes para o ensino presencial.
A maioria das atividades desenvolvidas durante as aulas remotas foram descritas pelos
professores do AEE: uso de aulas gravadas e enviadas pelo WhatsApp; vídeos no YouTube;
jogos educativos (Apps e softwares livres); a própria comunicação nas redes, com os alunos e
famíliares pelo WhatsApp, e-mail, aulas síncronas, tudo ligado a ter uma internet de boa
coneção e equipamentos que comportassem o uso das redes socias, plataformas..
95

É sabido que a internet na educação infantil já está em 66,2% das escolas da rede
municipal, e com banda larga em 52,7% e nas escolas estaduais a realidade é de 74,8% e com
banda larga 59,5% (CENSO,2020). Os dados desta pesquisa com relação ao uso dos recursos
tecnológicos vão de encontro à realidade nacional que traz como últimos resultados do censo,
que “apesar de possuir o maior número de escolas do ensino fundamental, a rede municipal é a
que menos dispõe de recursos tecnológicos, como lousa digital (9,9%), projetor multimídia
(54,4%), computador de mesa (38,3%) ou portátil (23,8%) para os alunos ou mesmo internet
disponível para uso destes (23,8%)”. Nas escolas estaduais somente 32,9% tem computadores
para os alunos. A pandemia evidenciou estas fragilidades das escolas públicas.
Entendemos que não é somente a compra dos recursos tecnológicos (tablets, lousas digitais,
notebooks...) ou ter a conectividade, mas haver cursos de formação para os professores tanto do AEE
como do ensino regular com relação as práticas pedagógicas com uso das TICs. Na área da educação
especial temos um grande número de Apps gratuitos para serem usados com os alunos público alvo do
atendimento do AEE, podemos usar os recursos quando os alunos estão hospitalizados, em domicilio,
em tempos de isolamento, enfim não deixando jamais desamparados do processo de aprendizagem.
A desigualdade social e a falta de estrutura de muitas unidades educacionais brasileiras
ficaram explícitas, e precisamos avaliar que isto replete diretamente nas práticas pedagógicas
e consequentemente nos processos de aprendizagem dos estudantes com deficiência, TEA e
altas habilidades ou superdotação.
Outro ponto importante foi a dificuldade em se manter a acessibilidade (Braile,
audiodescrição, Libras, material ampliado e legenda) nos materiais e atividades como: aulas
gravadas, vídeos e material impresso e nas plataformas e aulas síncronas, onde identificamos o
maior percentualde “falta de acessibilidade”. Esse dado mostra que mesmo sem a pandemia a
acessibilidade não é um ponto importante quando se buscam estrategias diferenciadas para sala
de aula regular ou mesmo no AEE. Os alunos da educação especial precisam da acessibilidade
para serem independentes e autônomos.
A dificuldade em manter a rotina dos estudantes foi mencionada como um limitante
naorganização dotrabalhodoprofessor do AEE, durante apandemia da COVID-19. Neste ponto
faz-se necessário maior conhecimento por parte das familias do que os professores do AEE
executam e consequentemente devia ter continuidade em casa.
Com relação a participação das famílias nas atividades ter sido vista como um
dificultador, devemos analisar que muitas famílias, como mostrado na pesquisa, são
analfabetos, não tinham aparelhos celulares para todos os filhos e internet de qualidade para as
aulas. Quando se planeja qualquer atividade devemos levar em consideração a realidade dos
96

alunos e suas famílias.


Com todos os dados levantados precisamos investir em políticas públicas para a
Educação da pessoa com deficiencia, TEA, altas habilidades ou superdotação. Citamos a seguir
as que nos parecem mais urgentes de encaminhamentos de órgãos gestores dos sistemas de
ensino federal, municipal ou estadual:
• Formação de professores do AEE das redes públicas na área da TIC;
• Compra de equipamentos (tablets, notebook, computadores) para uso dos alunos e
professores do AEE e sala regular, com recursos de acessibilidade, como também
formação do uso destes recursos no cotidiano pedagógico;
• Conectividade para escolas e famílias que moram na zona rural, muitos dos alunos
atendidospelo AEE como TEA, paralisia cerebral tem na tecnologia assistiva e
softwares o principalrecursodecomunicaçãoeaprendizagem;
• Incentivar os gestores estaduais e municipais a abrirem concursos para o AEE e
profissionais da educação especial (professores do AEE, apoio escolar, cuidadores,
intérpretes de Libras);
Nesse sentido, cabe destacar, que o AEE, objeto central desta pesquisa, é reconhecido
como um dos meios para se auxiliar o processo de inclusão. Por isso, pontuaremos na sequência
aspectos que foram evidenciados nas respostas ao questionário, como desafios:
• Oferta do AEE no contraturno: estudantes que moram na zona rural, estudantes de
escolas de tempo integral e EJA, apresentam dificuldades para que o AEE aconteça no
contraturno. Consideramos nesse sentido, a partir das falas dos respondentes, um grande
problema, pois existe a falta do transporte escolar, falta de AEE na EJA noturno e mais
serviços de itinerância. Sugerimos reavaliar que o AEE possa ser realizado unicamente,
no contraturno, nos casos específicos da EJA, alunos que moram na zona rural e escola
em tempo integral;
• Oferta do AEE no contraturno: estudantes que moram nas comunidades ribeirinhas,
assentamentos, aldeias, quilombolas tambem apresentam dificuldades para ter a oferta
do AEE no espaço onde residem, pois na maioria apresentada no pesquisa existe o
deslocamento, muitos com transportes cedidos pelos municipiuos ou estados porem ,
criar escolas e o AEE nas comunidades é o objetivo para manutenção das culturas locais
e ampliação do serviço prestado. Sugerimos que o AEE seja organizado nas
comunidades com os próprios moradores, profissionais desta localidade, como visto nas
comunidades indigenas.
97

• Contratação de professores para o AEE: concursos para que os profissionais tenham


continuidade nos trabalhos, investimento em formação em serviço e fortalecimento cada
vez mais das equipes da educação especial, reforçando que este atendimento é garantido
pela legislação e possui regras para organização e manutenção do serviço. Visto que os
dados indicaram que, as redes que mantêm os professores em caráter temporário e/ou
ingresso por processo seletivo fragilizam os vinculos, a continuidade do trabalho e
organização das equipes pedagógicas, entre outros;
• Maior proximidade e trocas de experiências entre os profissionais do AEE, em
âmbitonacional, através de cursos de formação, organizados pelo MEC e dirigentes
estaduais emunicipais;
• Ampliaçãoe formação continuada para os professores que atendem no AEE, para assim,
incentivarmosampliação do quadro de professores e melhoria do trabalho executado
junto aos estudantes com deficiências, TEA e altas habilidades;
• Ampliação do quantitativo de CAEE (contratação de equipe multidisciplinar para atuar
no fonoaudióloga; psicóloga; assistente social);
Pesquisamos também o AEE nas escolas de tempo integral, EJA , Educação
Infantil, paraconhecermos sua oferta e organização. Com relação ao turno e o atendimento do
AEE, as respostas foram semelhantes em 2 níveis (escola de tempo integral e a educação
infantil), a maioria das respostas que coletamos mostram que acontecem no mesmo turno que
o aluno estuda. Quanto à EJA, em sua maioria, não tem AEE noturno. Enfatizamo trabalho
colaborativodo professor do AEE junto ao professor da sala regular,aitinerância e aulas que
seriam complementares na grade curricular (laboratórios, reforço escolar...); as respostas,
também ocorrem em turnos intermediários e final do período.
• Sugerimos uma reflexão sobre os atendimentos/horários do AEE na EJA, escola em
tempo integral e educação infantil, pois o foco é atender o aluno, mesmo que não seja
no contraturno; o serviço itinerante e o colaborativo prestado pelos professores do AEE
podem auxiliar como foi mostrado na pesquisa, sugiro aprofundar a pesquisa nestes
dos tipos de atendimentos para os níveis de escolaridade em questão;
• Outra condição semelhante são os estudantes da zona rural, que têm o AEE no mesmo
turnoem função das dificuldades de transporte; sugerimos repensar esta prática em
benefício do aluno, garantindo os horários diferenciados do transporte, nos dias do
atendimento no contraturno;
• Garantir a SRM para que o AEE, com toda riqueza de materiais e espaço adequado,
98

quetrabalho pedagógico requer;


• Criação de mais AEE nas redes municipais e estaduais, onde haja matrícula dos alunos
comdeficiência, TEA e altas habilidades ou superdotação;
• Atualização e manutenção dos materiais das SRM;
• Contratação e/ou concurso para os profissionais de apoio, cuidadores, mediadores de
aprendizagem, profissionais do Braille e intérpretes de Libras;
• Divulgar os resultados desta pesquisa para subsidiar formações, junto aos estados e
municípios,com base em dados concretos de sua própria realidade.
Acreditamos ter sido importante e necessário verificar, por intermédio da pesquisa
nacional,as condições existentes para a política de inclusão e da oferta doAEE na pandemia,
diante do compromisso social e educacional assumido, estabelecido em metas
eacordosdeagendasinternacionais.
A mesma diversidade que é vista como riqueza, muitas vezes na educação faz
separações brutais. Pensamos uma educação que atenda a todos com qualidade, equidade e
respeito. Que possa haver movimentos nacionais de valorização do trabalho docente da
educação especial, como equipes que complementam e dão suporte para a inclusão.
Seria importante incentivar mais cursos de graduação na área da Educação Especial e
formações no AEE.
Enfim, que possamos refletir, cada segmento, sobre nosso papel para reconduzir ações
que possam melhorar a qualidade do AEE e de nossa ação educadora inclusiva para o presente
e o futuro.
Nos colocamos à disposição para discussões futuras e aprofundamento dos dados.
99

REFERÊNCIAS

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de recursos multifuncionais para alunos com deficiência intelectual. Revista Brasileira de
Educação, [s.l.], v. 21, n. 66, p. 569-591, 2016. DOI: https:// doi.org/10.1590/S1413-
24782016216630. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbedu/a/YpfntDqmH7QgrHZKRZDYBsP/abstract/?format=html&lang=pt.
Acesso em: 28 out. 2022.

BEAUD, S.; WEBER, F. Guia para a pesquisa de campo: produzir e analisar dados etnográficos.
Petrópolis: Vozes, 2007.

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da Universidade, Rio Grande do Sul, 6 jul. 2020. Disponível em:
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BRASIL. Imprensa Nacional. Resolução CNE/CP Nº 2, de 10 de dezembro de 2020. Diário


Oficial da União. Brasília, ed. 137, seção 1, p. 52-53, 11 dez. 2020. Disponível em:
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-cne/cp-n-2-de-10-de-dezembro-de-2020-
293526006. Acesso em: 05 out. 2022.

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BRASIL. INEP. Resumo técnico: Censo escolar da educação básica 2021, Brasília-DF Inep/MEC
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do desenvolvimento e altashabilidades/superdotaçãonoCensoEscolar.Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=15898-
nott04-secadi-dpee-23012014&category_slug=julho-2014-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 03
out. 2022.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009. Institui Diretrizes
Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade
Educação Especial. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf.
Acesso em: 03 out. 2022.
100

BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011.


Dispõe sobre a educação especial, oatendimento educacional especializado e dá outras
providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2011/decreto/d7611.htm. Acesso em: 03 out. 2022.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de
1996.Estabelece as diretrizes e bases da
educaçãonacional.1996.Disponívelem:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.Acesso
em: 03 out. 2022.
BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova
o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências.Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm.Acesso em: 03 out.
2022.

BRASIL. Presidência da República. Secretaria-Geral. Lei n.º 13.632, de 6 de março de 2018.


Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996(Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional), para dispor sobre educação e aprendizagem aolongodavida.Disponívelem:
http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/_Ato2015-2018/2018/Lei/L13632.htm#art1. Acesso
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em contexto de pandemia. Campo Grande: UFMS, 2022. [e-book].
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UNICEF. COVID-19 response: Considerations for Children and Adults With Disabilities. 2020.
Disponívelem: https://www.unicef.org/ disabilities/files/COVID-19_response_
considerations_for_people_with_ disabilities_190320.pdf. Acessoem: 21 out. 2022.

VIEIRA, M. T..Educação e novas tecnologias: o papel do professor diante desse cenário


deinovações.Revista Espaço Acadêmico, [s.l.], v. 11, n. 129, p. 95-102, 2012. Disponívelem:
https://www.periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/article/view/14359. Acesso
em: 24 jun.2022

.
102

APÊNDICE A – Ofício-Circular nº 3/2022/G GAB/SEMESP/SEMESP-MEC

MinistériodaEducação
Esplanada dos Ministério, Bloco L, Edifício-Sede - 2º Andar - Bairro Asa Norte,
Brasília/DF,CEP70047-900
Telefone:2022-9018/9217-http://www.mec.gov.br

OFÍCIO-CIRCULARNº3/2022/GAB/SEMESP/SEMESP-MEC
Brasília,11deabrilde2022.
Aos(Às) Secretários(as) de Educação dos Estados, dos Municípios e doDistrito
Federal
SecretariasdeEstadodaEducação,MunicipaisedoDistritoFederal
Assunto:ApresentaçãodeConsultores-ProjetoUNESCO914BRZ1060.

Senhores(as)Secretários(as),

O Ministério da Educação, por meio da Diretoria de Educação Especial, daSecretaria


de Modalidades Especializadas de Educação (SEMESP), iniciou
otrabalhodelevantamentodedadossobreoServiçodeAtendimentoEducacionalEspecial
izado(AEE)naEducaçãoEspecial,ofertadopelossistemaspúblicosdeensinoaosestudan
tescomdeficiência,transtornosglobaisdodesenvolvimento(transtornodoespectroautist
a)ealtashabilidades ou superdotação, no país. Para isso, foi realizado um
ProcessoSeletivo de Consultor Individual, que ao final, selecionou três
consultoras,pormeiodeCooperaçãoTécnicaInternacionalentreoMECeaUNESCO
(Projeto914BRZ1060),parapesquisarsobreasalternativasadotadaspelossistemasdeen
sinoemrelaçãoàofertadoatendimentoeducacional especializado, em especial as boas
práticas, motivos de não-
oferta(quandoforocaso),abrangendotantoosmodelospraticadosantesdapandemia,
como aqueles implementados durante a pandemia de Covid-
19,sejamelesconvergentesoudivergentesdaspolíticaspúblicasparaaárea.
Esses estudos, objetivam conhecer a realidade da oferta desse serviço
nocontextonacional,visandoaprimoraraspolíticasexecutadasnaáreaeimplementar
melhorias ao serviço, de forma que possa atender a todos osestudantes
quedelenecessitam.
Nesse contexto, apresentamos abaixo, as consultoras selecionadas no âmbitodo
Edital n.º 03/2021 e suas respectivas áreas de atuação, as quais
deverãoserrecepcionadaspelossistemasdeensinomunicipais,estaduaisedoDistritoFed
eral, deformaquesejamfornecidas todasasinformaçõesrequeridasporelas,emfunção
doobjetodaConsultoria.Pede-se,emespecial, responder aos questionamentos dos
instrumentos de pesquisa, paraque o trabalho empreendido, possa subsidiar a
implementação de políticas,ações e programas, visando o fortalecimento do serviço
103

de atendimentoeducacionalespecializado.
− Dra.FranciscaGenyLustosa-Áreadeatuação:regiõesNorteeNordeste
− Ms.LucianaAndradeRodriguesSilva–Áreadeatuação:região Sudeste
− Dra.DanielaAntonelloLoboD́avila-Áreadeatuação:regiõesCentro-OesteeSul.
Na expectativa de contar com a preciosa colaboração dessa Secretaria, bemcomo de
todos os atores do cenário educacional, agradecemos a colaboraçãoe colocamo-nos
à disposição para esclarecimentos adicionais que se fizeremnecessários.

Atenciosamente,

LUCIANASANTANALEÃO
SecretáriadeModalidadesEspecializadasdeEducaçãosubstituta

Documento assinado eletronicamente por Luciana Santana Leão, Secretário(a),Substituto(a), em


11/04/2022, às 15:20, conforme horário oficial de Brasília, comfundamentodaPortaria
nº1.042/2015doMinistérioda Educação.

Aautenticidadedestedocumentopodeserconferidanosite:
http://sei.mec.gov.br/sei/controlador_externo.php?acao=documento_conferir
&id_orgao_acesso_externo=0,informandoocódigoverificador3243468eo
códigoCRC 5086C6E8.

Referência:CasorespondaaesteOfício,indicarexpressamenteoProcessonº23000.025062/2021-62SEInº 3243468
104

APÊNDICE B – NOTAS EXPLICATIVAS SOBRE A PESQUISA UNESCO/MEC AEE

(Projeto914BRZ1060)

Essa pesquisa, realizada no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica Internacional


MEC/UNESCO (Projeto 914BRZ1060), por meio da Diretoria de Educação Especial, da
Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (SEMESP), proced e ao levantamento
nacional de dados sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE) ofertado aos
estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades ou superdotação.
Essa pesquisa visa identificar as alternativas adotadas pelos sistemas de ensino em relação à
ofertado AEE, as boas práticas desenvolvidas, os motivos de não-oferta (quando for o caso),
abrangendo tanto os modelos praticados antes da pandemia, como aqueles implementados
durante a pandemia de COVID-19.
A colaboração de todos é muito importante, no sentido de evidenciar a realidade da
oferta desseserviço no contexto nacional, a fim de aprimorar as políticas executadas na área e
implementarmelhorias ao serviço, de forma que possa atender a todos os estudantes que dele
necessitam.Destacamos que a pesquisa respeita a confidencialidade, não tendo informações de
dados pessoaisouidentificaçãodos respondentes.
O questionário é destinado às escolas (Estaduais, Municipais, Distritais), que
tenham matriculadoestudantes da educação especial (estudantes com deficiência, transtorno do
espectro autista e altashabilidadesou superdotação),tendo como respondentes:
a) Professor(a) do Atendimento Educacional Especializado da unidade escolar efetivo ou
com ingresso por processo seletivo e com atuação durante o período da pandemia da COVID-
19 até 2022.
Caso não haja este profissional, o questionário poderá ser respondido pelo
Coordenador/a pedagógico e/ou Gestor da escola, quando na ausência dos professores do AEE
que atuaram durante o período da pandemia da COVID-19.
Diante das explicações iniciais,destacaremos a seguir as escolhas metodológicas do
instrumento.

1. Instrumento de pesquisa

• Questionário estruturado (questõesfechadaseabertas)

2. Descrição do Questionário:

Questionário I– destinado às escolas (Estaduais, Municipais, Distritais),que tenham


matriculado estudantes da educação especial (estudantes com deficiência, transtorno do
espectro autista e altas habilidades ou superdotação)

a) Público alvo (respondentes):


• Professor(a) do Atendimento Educacional Especializado da unidade escolar efetivo
oucom ingresso por processo seletivo e com atuação durante o período da pandemia da
COVID-19 até 2022.
• Caso não haja este profissional, o questionário poderá ser respondido pelo
Coordenador/a pedagógico e/ou Gestor da escola, quando na ausência dos professores
do AEE que atuaram durante o período d apandemia da COVID-19.
• Obs.:enviado às escolas que possuem AEE– 01Respondente por escola
105

3. Critérios estabelecidos à Amostragem


a) Critério I: Amostragem será realizada para 50% da rede de ensino
b) Critério II: Escolas que possuem maior número de estudantes da Educação Especial no
AEE

Responsáveis pelo envio dos Questionários


• Estado–via dirigentes
• Munícipio –via UNDIME

Esperamos que tais informações colaborem no trabalho em parceria a ser realizado e


noscolocamos à disposição para esclarecimento, dúvidas e outras demandas que possam surgir
noprocessoderealizaçãodesselevantamento, noe-mail:consultoramec.aeesudeste@gmail.com
Atenciosamente,

Profa Me. Luciana A Rodrigues Silva


Consultora Área de atuação :região sudeste
106

APÊNDICE C - NOTAS EXPLICATIVAS SOBRE A PESQUISA UNESCO/MEC AEE

(PROJETO914BRZ1060)

Essa pesquisa, realizada no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica Internacional


MEC/UNESCO(Projeto 914BRZ1060), por meio da Diretoria de Educação Especial, da
Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (SEMESP), procede ao levantamento
nacional de dados sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE) ofertado aos
estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades ou superdotação.
Essa pesquisa visa identificar as alternativas adotadas pelos sistemas de ensino em
relação à ofertado AEE, as boas práticas desenvolvidas, os motivos de não-oferta (quando for
o caso), abrangendotanto os modelos praticadosantes da pandemia, como aqueles
implementadosdurante a pandemiade COVID-19.
A colaboração de todos é muito importante, no sentido de evidenciar a realidade da
oferta de serviço no contexto nacional, a fim de aprimorar as políticas executadas na área e
implementar melhorias ao serviço, de forma que possa atender a todos os estudantes que dele
necessitam.Destacamos que a pesquisa respeita a confidencialidade, não tendo informações de
dados pessoais ou identificação dos respondentes.
O questionário é destinado às escolas (Estaduais, Municipais, Distritais), que tenham
matriculadoestudantes da educação especial (estudantes com deficiência, transtorno do espectro
autista e altas habilidades ou superdotação), tendo como respondentes:
a) Professor(a) do Atendimento Educacional Especializado da unidade escolar efetivo ou
com ingresso por processo seletivo e com atuação durante o período da pandemia da COVID-
19 até 2022.
Caso não haja este profissional, o questionário poderá ser respondido pelo
Coordenador/a pedagógico e/ou Gestor da escola, quando na ausência dos professores do AEE
que atuaram durante o período da pandemia da COVID-19.
Diante das explicações iniciais, destacaremos a seguir as escolhas metodológicas do
instrumento.

1. Instrumento depesquisa
• Questionário estruturado (questões fechadas e abertas)

2. Descrição do Questionário:

Questionário I –destina do às escolas (Estaduais, Municipais, Distritais), que tenham


matriculado estudantes da educação especial (estudantes com deficiência, transtorno do
espectro autista e altas habilidades ou superdotação)

1. Público alvo (respondentes):


• Professor(a) do Atendimento Educacional Especializado da unidade escolar efetivo
oucom ingresso por processo seletivo e com atuação durante o período da pandemia da
COVID-19 até 2022.
• Caso não haja este profissional, o questionário poderá ser respondido pelo
Coordenador/a pedagógico e/ou Gestor da escola, quando na ausência dos professores
do AEE que atuaram durante o período da pandemia da COVID-19.
• Obs.:enviado às escolas que possuem AEE– 01 Respondente por escola
2. Critérios estabelecidos à Amostragem da rede Estadual
107

a) Critério I: Amostragem será realizada para 50% da rede de ensino


b) Critério II: Escolas que possuem maior número de estudantes da Educação Especial
no AEE

Critérios estabelecidos à amostragem para rede Municipal


*Trabalhamos com 10% dos municípios que tem o maior número de alunos da educação
especial matriculados nas redes municipais.(CENSO,2021)
a) CritérioI: Amostragems erão 3escolas por município

1. Responsáveis pelo envio dos Questionários


• Estado–via dirigentes
• Munícipio –via UNDIME

2. Devolutiva do questionário até dia 25/6


Esperamos que tais informações colaborem no trabalho em parceria a ser realizado e
noscolocamos à disposição para esclarecimento, dúvidas e outras demandas que possam surgir
no processo de realização desse levantamento, noe-mail:consultoramec.aeesudeste@gmail.com
Atenciosamente,

ProfaMe.LucianaARodriguesSilva
Consultora Área de atuação: região sudeste
108

APÊNDICE D - QUESTIONÁRIO 1
109
110
111
112
113
114
115
116
117
118
119
120
121
122
123
124
125
126
127

APÊNDICE E - Nota Explicativa Questionário 2/ DirigentesMunicipais e Estaduais

RP, 17/08/2022
NOTA EXPLICATIVA

PROJETO UNESCO/MEC
AEE NA PANDEMIA (Projeto 914BRZ1060)

Questionário para Dirigentes/Coordenadores da Educação Especial das redes de ensino


municipal, estadual ou distrital

LEVANTAMENTO NACIONAL SOBRE O AEE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL,


OFERTADO PELOS SISTEMAS PÚBLICOS DE ENSINO AOS ESTUDANTES COM
DEFICIÊNCIA, TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA E ALTAS HABILIDADES
OU SUPERDOTAÇÃO

Referida pesquisa, realizada no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica Internacional


MEC/UNESCO (Projeto 914BRZ1060), por meio da Diretoria de Educação Especial, da
Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (SEMESP), procede ao levantamento
nacional de dados sobre o Atendimento Educacional Especializado (AEE) ofertado aos
estudantes com deficiência, transtorno do espectro autista e altas habilidades ou superdotação.
Nesse sentido, você está sendo convidado a participar desta pesquisa, que tem por
objetivo identificar as alternativas adotadas pelos sistemas de ensino em relação à oferta do
AEE, as boas práticas desenvolvidas, os motivos de não-oferta (quando for o caso), abrangendo
tanto os modelos praticados antes da pandemia, como aqueles implementados durante a
pandemia de Covid-19.
O questionário é destinado aos Dirigentes/Coordenadores da Educação Especial
(Estaduais, Municipais e Distrito Federal), a fim de:
a) conhecer a realidade do trabalho realizado junto aos estudantes da Educação Especial
nas escolas da rede que não possuem AEE;
b) identificar peculiaridades do atendimento oferecido aos estudantes da educação
especial nas escolas indígena, quilombolas, assentamentos, comunidades de pescadores,
aldeias e escola rural/campo, dentre outras.
A colaboração de todos é muito importante, no sentido de evidenciar a realidade da
oferta desse serviço no contexto nacional, a fim de aprimorar as políticas executadas na área e
implementar melhorias ao serviço, de forma que possa atender a todos os estudantes que dele
necessitam.
128

Diante das explicações, destacaremos a seguir as escolhas metodológicas do


instrumento.

1. INSTRUMENTO DE PESQUISA
• Questionário estruturado (questões fechadas e abertas)

2. Descrição do Questionário

Questionário II – Questionário para Coordenadores ou Responsáveis pela


Educação Especial das redes de ensino municipal - Pesquisa AEE na
Pandemia (UNESCO/MEC)
Link: https://forms.gle/Toe6ABycKRKeR93f6

3. Responsáveis pelo envio dos Questionários


• Estado e Distrito Federal – via Consultoras
• Munícipio – via UNDIME

4. Devolutiva do questionário até dia 31/8

Esperamos que tais informações colaborem no trabalho em parceria que vem sendo
realizado e nos colocamos à disposição para esclarecimento, dúvidas e outras demandas que
possam surgir no processo de realização desse levantamento, no e-mail:
consultorasmec.aee@gmail.com ou consultoramec.aeesudeste@gmail.com

Atenciosamente,

Profa Me Luciana A Rodrigues Silva

Consultora área de atuação: região sudeste


129

APÊNDICE F - QUESTIONÁRIO 2

PESQUISAAEE2022(PROJETO
UNESCO/MEC) Questionário
paraDirigentes/Coordenadores
da
Educação Especial das redes
deensino municipal,
estadualoudistrital
TermoLivreeEsclarecido

Referida pesquisa, realizada no âmbito do Projeto de Cooperação Técnica


Internacional MEC/UNESCO (Projeto 914BRZ1060), por meio da Diretoria de
Educação Especial, daSecretaria de Modalidades Especializadas de Educação
(SEMESP), procede ao levantamento nacional de dados sobre o Atendimento
Educacional Especializado (AEE) ofertado aos estudantes com deficiência,
transtorno do espectro autista e altashabilidades ou superdotação.

Nesse sentido, você está sendo convidado a participar desta pesquisa, que tem
porobjetivo identificar as alternativas adotadas pelos sistemas de ensino em relação
ào fertado AEE,as boas práticas desenvolvidas,os motivosde não-oferta (quando
for o caso), abrangendo tanto os modelos praticados antes da pandemia, como
aqueles implementados durante a pandemia de COVID-19.

A colaboração de todos é muito importante, no sentido de evidenciar a realidade da


oferta de serviço no contexto nacional, afim de aprimorar as políticas executadas na
área e implementar melhorias ao serviço, de forma que possa atender a todos os
estudantes que dele necessitam.

O questionário é destinado aos Dirigentes/Coordenadores da Educação Especial


(Estaduais,Municipais e Distrito Federal), afim de:

a) traçar o panorama da rede escolar com referência nos dados do Censo de 2021,
no tocante aos estudantes da educação especial (com deficiência, transtorno do
espectro autista e altas habilidades ou superdotação);

b) conhecer a realidade do trabalho realizado junto aos estudantes da


130

Educação Especial nas escolas da rede que não possuem AEE;

c) identificar peculiaridades do atendimento oferecido aos estudantes da


educação especial nas escolas indígena, quilombolas, assentamentos,
comunidades de pescadores,aldeias e escola rural/campo,dentre outras;.

Diante das explicações iniciais a respeito da pesquisa que será realizada declare
que concorda de livre e espontânea vontade em participar como colaborador/a.
Observação: Não preencher os espaços de respostas com "x" ou outras letras e/ou
elementos gráficos que não represente respostas/informações pertinentes à coleta
e interesse da pesquisa.

*Obrigatório

1. TermodeAceite*

Marque todasque seaplicam.

Lieconcordoemparticipardapesquisa

IDENTIFICAÇÃO DA REDE
131

2. 1.UNIDADE DA FEDERAÇÃO*

Marcar apenas uma oval.

AC

PA

PB

PE

PI

PR

RJ

RN

RO

RR

RS

SC

SE

SP

TO
132

3. 2.ESFERA*

Marque todasque seaplicam.

Rede
EstadualR
ede
Municipal
RedeDistr
ital

3. PANORAMA GERAL DA REDE

4. 3.1APRESENTE O PANORAMA DE SUA REDE DE ENSINO: OS DADOS, AS*


AÇÕE SE OS CONTEXTOS EM QUE SE REALIZA O AEE.

AEEEMSUAREDEDEENS
4. SOBRE A NÃO-
INO.
OFERTA DO AEE NA REDE
4.1APRESENTE O QUANTITATIVO DE ESCOLAS QUE NÃO POSSUEM
*
OFERTA DO AEE.
133

4.2MARQUE AS ALTERNATIVAS QUE EVIDENCIAM AS CAUSAS E/OU


*
MOTIVOS PARA A NÃO-OFERTA DO AEE NAS ESCOLAS.

Marcar apenas uma oval.

Falta de recurso financeiro para criação da Sala de Recurso Multifuncional


Carência de profissionais com formação para realizar o AEE
Ausência de infraestrutura para ter uma sala específica de AEE
Ausência de matrículas na escola de estudantes da educação especial
Falta de encaminhamento/solicitação do gestor/escola
Existe outra escola próxima que realiza o atendimento de seus estudantes
Outros

5. 4.2DESCREVA OS "OUTROS" MOTIVOS PARA A NÃO-OFERTA DO AEE


*
NAS ESCOLAS.

6. 5. EXISTEM ESTUDANTES PÚBLICO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL QUE


*
SOMENTE FREQUENTAM O AEE.DESCREVA PORQUE ESTES
ESTUDANTES NÃO ESTÃO MATRICULADOS NA SALA DE AULA COMUM.
134

CONSIDERANDO AS ESPECIFICIDADES DO
AEE,APRESENTE COMO ESTÁ O AEE DE SUA REDE,
5 6. AEE EM NOSCONTEXTOS ABAIXO RELACIONADOS,
QUANTO
CONTEXT
Á:ORGANIZAÇÃO/OFERTA/ATENDIMENTOS/PRINCI
OS E PAISDESAFIOS.
ESPAÇOS OBS: EM CASO DE NÃO TER O ATENDIMENTO
6 DIFERENCIADOS DEIXE OCAMPO"VAZIO".

7. 6.1 COMENTE SOBRE O AEE EM ESCOLA DE TEMPO INTEGRAL

8. 6.2 COMENTE SOBRE O AEE NA EJA

9. 6.3COMENTESOBREOAEEEMESCOLASDEASSENTAMENTOS
135

10. 6.4 COMENTE SOBRE O AEE EM ESCOLAS DE


COMUNIDADESRIBEIRINHAS

11. 6.5 COMENTE SOBRE O AEE EM ESCOLAS QUILOMBOLAS

12. 6.6 COMENTE SOBRE O AEE EMESCOLAS DE ALDEIAS.

13. 6.7 COMENTE SOBRE O AEE EM ESCOLAS DE COMUNIDADES


DE PESCADORES.
136

14. 6.8 COMENTE SOBRE O AEE EM ESCOLAS RURAIS/CAMPO

15. 6.9 COMENTE SOBRE O AEE EMESCOLAS INDÍGENAS

7 7.ALTERNATIVAS E SOLUÇÕES PARA O AEE

16. 7.1APRESENTE ALTERNATIVAS/PROPOSTAS PARA A OFERTA E


*
ORGANIZAÇÃO DO AEE NAS ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL E EJA.

17. 7.2APRESENTE 2 (DUAS) DEMANDAS QUE SUA REDE TEM EM


*
TERMOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A AREA.
137

8 8. AEE NA CONSIDERANDOASPRÁTICASADOTADASPELASUAREDE
PARAOAEEDURANTEAPANDEMIADACOVID-19.
PANDEMI
A DA
COVID 19

18. 8.1APRESENTE AS FORMAS DE OFERTA DO ATENDIMENTO


*
EDUCACIONAL ESPECIALIZADO NA PANDEMIA.

19. 8.2 APRESENTE OS MOTIVOS DA NÃO-REALIZAÇÃO DO AEE NA


PANDEMIA (NOS CASOS EM QUE NÃO FORAM POSSÍVEL OCORRER).

20. 8.3APRESENTE OS DESAFIOS ENFRENTADOS POR SUA REDE DE


*
ENSINO PARA GARANTIR A OFERTA DO AEE NA PANDEMIA
138

21. 8.4 APRESENTE AS ALTERNATIVAS, PROJETOS, E/OU TECNOLOGIAS


*
QUE SUA REDE DESENVOLVEU OU ADQUIRIU PARA DAR
CONTINUIDADE AO AEE DURANTE O PERÍODO DA PANDEMIA

9 9.CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES

22. 9.1CASO DESEJE, ACRESCENTE OUTRAS INFORMAÇÕES


RELEVANTES SOBRE O AEE E A EDUCAÇÃO ESPECIAL NA SUA REDE

EsteconteúdonãofoicriadonemaprovadopeloGoogle.

Formulários
139

ANEXO G - LISTA DOS MUNICÍPIOS DA REGIÃO SUL, CENTRO-OESTE,


NORTE, NORDESTE E SUDESTE PARTICIPANTES DA PESQUISA
REGIÃO SUL
RIO GRANDE DO SUL (RS)
MUNICÍ PIOS MUNICÍ PIOS
1 PORTO ALEGRE 27 RIO PARDO
2 CANOAS 28 ESTEIO
3 RIO GRANDE 29 CAMPO BOM
4 PELOTAS 30 SAO GABRIEL
5 CAXIAS DO SUL 31 CACAPAVA DO SUL
6 VIAMAO 32 SOLEDADE
7 SANTA MARIA 33 CAMAQUA
8 PASSO FUNDO 34 ALEGRETE
9 GRAVATAI 35 CANGUCU
10 SANT ANA DO LIVRAMENTO 36 NOVA SANTA RITA
11 ALVORADA 37 SAO LUIZ GONZAGA
12 BAGE 38 PALMEIRA DAS MISSOES
13 SAO LEOPOLDO 39 IJUI
14 NOVO HAMBURGO 40 CARAZINHO
15 VENANCIO AIRES 41 VACARIA
16 CACHOEIRINHA 42 CAPAO DO LEAO
17 SAPUCAIA DO SUL 43 LAJEADO
18 URUGUAIANA 44 MONTENEGRO
19 SANTA CRUZ DO SUL 45 SAO LOURENCO DO SUL
20 CAPAO DA CANOA 46 TRIUNFO
21 CACHOEIRA DO SUL 47 PAROBE
22 GUAIBA 48 CANELA
23 SAO BORJA 49 FARROUPILHA
24 CRUZ ALTA 50 SAPIRANGA
25 BENTO GONCALVES 51 SANTA VITORIA DO PALMAR
26 ERECHIM 52 TAQUARA

REGIÃO SUL
SANTA CATARINA (SC)
MUNICÍ PIOS MUNICÍ PIOS
1 JOINVILLE 17 CONCORDIA
2 FLORIANOPOLIS 18 RIO DO SUL
3 ITAJAI 19 CANOINHAS
4 BLUMENAU 20 CAMBORIU
5 CRICIUMA 21 SAO BENTO DO SUL
6 BRUSQUE 22 BIGUACU
7 SAO JOSE 23 INDAIAL
8 CHAPECO 24 CURITIBANOS
9 PALHOCA 25 ARARANGUA
10 JARAGUA DO SUL 26 ICARA
11 LAGES 27 ITAPEMA
12 CACADOR 28 MAFRA
13 NAVEGANTES 29 SAO FRANCISCO DO SUL
14 BALNEARIO CAMBORIU 30 IMBITUBA
15 TUBARAO 31 GUARAMIRIM
16 GASPAR 32 CAMPOS NOVOS
140

REGIÃO CENTRO-OESTE
MATO GROSSO (MT)
1 CUIABA 9 SORRISO
2 VARZEA GRANDE 10 BARRA DO GARCAS
3 RONDONOPOLIS 11 POCONE
4 SINOP 12 MIRASSOL D OESTE
5 TANGARA DA SERRA 13 PRIMAVERA DO LESTE
6 ALTA FLORESTA 14 PONTES E LACERDA
7 CACERES 15 CAMPO NOVO DO PARECIS
8 LUCAS DO RIO VERDE 16 GUARANTA DO NORTE
REGIÃO CENTRO-OESTE
GOIÁS (GO)
1 GOIANIA 14 GOIANESIA
2 APARECIDA DE GOIANIA 15 JATAI
3 ANAPOLIS 16 INHUMAS
4 RIO VERDE 17 MINEIROS
5 ÁGUAS LINDAS DE GOIAS 18 SANTA HELENA DE GOIAS
6 TRINDADE 19 GOIANIRA
7 VALPARAISO DE GOIAS 20 CALDAS NOVAS
8 LUZIANIA 21 PORANGATU
9 SENADOR CANEDO 22 QUIRINOPOLIS
10 PLANALTINA 23 IPORA
11 ITUMBIARA 24 JARAGUA
12 FORMOSA 25 SANTO ANTONIO DO
DESCOBERTO
13 CIDADE OCIDENTAL 26 URUACU
REGIÃO CENTRO-OESTE
MATO GROSSO DO SUL (MS)
1 CAMPO GRANDE 6 AMAMBAI
2 DOURADOS 7 RIO VERDE DE MATO GROSSO
3 PONTA PORA 8 COSTA RICA
4 TRES LAGOAS 9 RIO BRILHANTE
5 CORUMBA 10 MARACAJU
141

APÊNDICE H - CAUSAS DA NÃO OFERTA DO AEE “OUTROS”/DIRIGENTES

Estado Motivos e/ou Causas


GO Todas as escolas no município de Porangatu - Go tem sala de AEE,
apenas as escolas da zona rural que não tem a sala de Atendimento
Educacional Especializado.
Falta de recursos para repor os materiais didáticos e tecnológicas e
a consciência dos pais em levar os alunos no contraturno.
Falta de recursos financeiros para criação de novas salas de
recurso.
Ausência da vinda dos recursos pedagógicos e tecnológicos via
MEC específicos para a criação das salas de AEE.
Precisamos o número mínimo de matrículas para abertura da sala.
O único motivo é a falta de recurso para a criação das salas de AEE.
SC Também falta material adaptados e equipamentos para o
atendimento.
A nossa não oferta acontece devido a falta de recurso para
implantação de novas salas
A falta de professores de educação especial para atuar no AEE é o
motivo da não oferta.
RS Ausência de matrículas de alunos da educação especial; Falta de
encaminhamento e solicitação do gestor da escola; Falta de recurso
para criação da sala de recurso multifuncional; e ausência de
infraestrutura para ter uma sala específica de AEE.
MS A falta de espaço físico e em alguns casos a não solicitação dos
gestores das unidades escolares.
Escola indígenas distante e falta de profissional
PR Espaço físico insuficiente na estrutura física da escola.
MG Todas as escolas no município de Porangatu - Go tem sala de AEE,
apenas as escolas da zona rural que não tem a sala de Atendimento
Educacional Especializado.
SP Carência de Profissionais
ES Para aumentar o número de Salas de Recursos na Educação
Infantil, seria importante que os pais dos estudantes demonstrassem
mais interesse, matriculando os estudantes da dessa faixa etária
nesses espaços de AEE. No entanto, observa-se que a procura é
bem pequena, mesmo sendo feita busca ativa e reuniões para
esclarecer quais as contribuições desse serviço no desenvolvimento
das crianças.
AM Espaço físico (sala de aula) para ofertar o AEE, Materiais adaptados
de baixo e médio custo.
Estrutura física, pouca demanda, questão familiar e econômica.
geografia dificultosa, falta de profissionais formados na
especificidade AEE
AC Não tem alunos inclusos
142

RO Nos nossos CMEIs não possuem estrutura física para fazer o


atendimento do AEE
RR ausência de infraestrutura em escolas indígenas de difícil acesso
AL 1- A quantidade de crianças/estudantes PAEE matriculados nos
espaços escolares que justifique a abertura da SRM.
2- A falta de espaço físico ou falta de espaço adequado de alguns
prédios.
3- Falta de equipamentos, recursos de acessibilidade e materiais
pedagógicos.
SE Algumas escolas não apresentam matrícula de crianças com
deficiência, dificuldade das famílias em conseguir diagnóstico
específico, falta de profissionais qualificados na área.
Falta também recursos para abrir mais salas de recurso
multifuncional e algumas escolas não possuem o local. Porém, a
maior dificuldade é ter profissionais preparados para ocupar tal
função.
CE Há estudantes que são atendidos na Associação de Pais e Amigos
dos Excepcionais - APAE de Maranguape.
Combinam-se alguns fatores já citados: ausência de espaço físico
nas escolas, em especial as de tempo integral e, quando existe
espaço físico para ampliação, faltam os recursos financeiros para as
obras necessárias, em tempo hábil. Por outro lado, há que se definir
como uma ação prioritária da Política Educacional do Estado, a
ampliação de SRMs em todas as escolas que abrigam matrícula de
estudantes com deficiência. Ação prevista para 2023.
PA Falta de estrutura física das escolas e qualificação profissional
A maioria das escolas do campo pela questão geográfica da oferta
do AEE não acontece
Demanda reduzida, distância deslocamento, na Educação do
Campo
Financiamento para escolas da zona rural, logística de transporte
para áreas ribeirinhas e indígenas.
BA Falta de estrutura, salas específicas; Falta de profissionais com
especialização que queiram lotação no AEE;
Carência de profissionais com formação para realizar o AEE;
Ausência de infraestrutura para ter uma sala especifica de AEE;
Condições financeiras das famílias para levar os estudantes ao AEE
no contraturno;
TO O motivo é realmente a falta de recursos de infraestrutura nas
Unidades Escolares.
PE Déficit de professores na rede para selecionar professores de AEE
A ausência de infraestrutura nas escolas é bem presente, sem
espaço físico para a construção de salas para o atendimento.
Porém, no esbarramos com a falta de recursos para melhorar essas
estruturas.
PB Ausência de matrículas suficientes dos estudantes público alvo da
Educação Especial
Recursos Federais para que todas as escolas com matrículas de
crianças com deficiência recebam os equipamentos necessários
PI Ausência de infraestrutura; falta de recurso financeiro.
RN Falta de recursos financeiros,
143

APÊNDICE I - APRESENTE OS DESAFIOS ENFRENTADOS POR SUA REDE DE


ENSINO PARA GARANTIR A OFERTA DO AEE NA PANDEMIA/ unificada
8.3
Não se aplica
Estrutura técnica e eletrônica.
Falta de espaço físico e recursos humanos
O próprio isolamento social e a dificuldade de alcançar os alunos.
Dificuldades nas realizações das atividades online para os alunos com deficiência,
falta de autonomia aos alunos.
A falta de recursos tecnológicos, de transporte para chegar até os alunos, e falta de
materiais para o trabalho.
Alunos sem acesso a tecnologia (internet) e falta de engajamento de algumas
famílias.
A dificuldade das famílias em conseguir assessorar seus filhos na realização do
proposto e dar as devolutivas.
A dificuldade pelo uso da tecnologia como internet, celular, computador por parte
dos familiares.
Os desafios foram os mesmos que para todas as turmas do ensino regular, muitas
famílias não retiravam as atividades , os alunos foram evadindo-se e os professores
tiveram que reinventar-se e tornar as suas aulas o mais atrativa e prazerosa
possível.
A falta de internet das famílias para atendimento pelo meet e celular, nesse caso os
professores entregavam as adequações impressas aos pais, e algumas vezes "in
locona residência.
Não temos AEE.
O acesso tecnológico por parte dod alunos
Falta de preparo dos professores para o uso da tecnologia, pais deram preferência
aos conteúdos acadêmicos, pais diziam não saber orientar as atividades
A falta de internet das famílias.
Falta de recursos tecnológicos na casa e falta de internet. Geralmente nas casas
tinham apenas os telefones dos pais que precisavam levar ao saírem para o
trabalho.
O medo da contaminação, a pouca devolutiva dos pais que alegavam não conseguir
aplicar as atividades seja pela correria ou pela própria falta de escolaridade.
Pouca participação dos alunos por falta de tecnologia (computar, celular ...).
O retorno e comprometimento das famílias
A lojistica.
Os maiores desafios encontrados foi acesso a internet.
Os pais entenderem a importância de continuar com os estudos, a importância
desse contato virtual com o agente de apoio
Dificuldade dos pais na aplicação das atividades;
Não tinhamos
Maior desafio encontrado foram com os pais que não tinham acesso a internet.
A resistência das famílias para retirar e entregar as atividades propostas
O desafio foi o acesso à internet.
O maior desafio foi motivar os alunos a realizarem as tarefas com ajuda dos
familiares e nem sempre tinham tecnologia adequada.
Falta de recursos dos pais como internet e celular
A falta de condições de algumas famílias em possuir internet em casa para acesso
remoto.
Os pais que trabalhavam e não tinham disponibilidade de permanecer e auxiliar nas
atividades dos filhos.
A falta de internet das famílias para o atendimento pelo meet e celular. Nesses
casos, os professores entregavam as adequações impressas aos pais e algumas
vezes "in loco" nas residências
Resistência da família para o atendimento domiciliar.
dificuldades no uso de tecnologias por parte dos alunos com deficiência, falta de
144

acesso a internet.
Tivemos muitos desafios , como a falta de cobertura da internet pela família, falta
de integração da família com a unidade escolar quanto a devolutivas das atividades
.
Conseguir material tecnológico para chegar até os estudantes
Grande número de evasão pelos receios da pandemia.
Falta de mão de obra qualificada para o cargo; Participação baixa das crianças na
realização das atividades.
O grande desafio enfrentado pela rede de ensino municipal de Quirinópolis no
período pandêmico, foi a dificuldade na busca ativa dos estudantes, e o
envolvimento das famílias na realização das atividades curriculares dos filhos. A
ineficiência e/ou ausência dos aparatos tecnológicos também foram entraves
importantes neste processo de ensino aprendizagem.
Falta de condições tecnológicas por parte dos alunos para os atendimentos on-line.
Conexão com internet, barreiras de acesso a recursos digitais.
Desafios em relação a internet e telefone dos Pais responsáveis
Conectividade para todos os estudantes em suas residências; Especificidade do
Estado de MS que faz fronteira com Paraguai e Bolívia e tem muitos estudantes
residentes desses países e com problemas de conectividade e fronteiras fechadas,
não conseguiram ter acesso aos materiais.
A falta de contato direto com os estudantes diminuiu as possibilidades de
atividades, eram necessárias muitas inovações a cada quinzena para atrair a
atenção e as famílias não conseguiam trabalhar as propostas por falta de hábito.
O uso das tecnologias para desenvolver atividades com as crianças/estudantes,
visto que para muitos essas ferramentas não são acessíveis.
Dificuldade de acesso com internet, capacitação para uso de instrumentos que
auxiliem na produção de atividades e manter o vinculo ensino aprendizagem nesse
modelo novo que tivemos que se adaptar.
A falta de recursos tecnológicos dos estudantes público-alvo da educação especial,
de capacitação adequada dos responsáveis para fazer uso das tecnologias, falta de
tempo hábil para adequar o horário de trabalho e auxiliar/orientar o estudante na
realização das atividades.
Os desafios no inicio foram o acesso a internet, depois a prefeitura ofereceram
chips para o acesso. Tivemos estudantes que perdemos o contato devido a
mudança de residências e instabilidades financeiras de muitas famílias. A Secretaria
Municipal de Educação além de oferecer chips para os estudantes forma oferecidas
cestas básicas para garantir a segurança alimentar de muitos estudantes.
Os maiores desafios foram o acesso das famílias a dispositivos tecnológicos e as
orientações para as famílias, considerando que cada aluno tem sua singularidade.
Para os alunos que não possuiam internet foi ofertado materiais pedagógicos
impressos.
Indisponibilidade de equipamentos de informática pelos estudantes,
indisponibilidade de sinal de internet em algumas localidades.
Grande extensão territorial e falta de conectividade em todo o estado para que o
atendimento pudesse ocorrer de forma virtual.
OS DESAFIOS FOI POR ALGUMAS FAMILIAS POR POSSUIREM RECURSOS
TECNLOGICOS ( INTERNET E OUTROS)
Internet
contato e envolvimento com algumas familias
Acesso tecnológico da família ao ensino remoto
Formação dos profissionais para utilização de metodologia adequadas ao uso da
tecnologia
Fomento para que os professores possam adquirir os materiais necessários para a
realização do ensino remoto
Houve dificuldade na localização, contatos a busca ativa foi prejudicada.
O maior desafio foi a oferta de internet nas residências, isto foi sanado com
distribuição de modens e chromebooks para que os alunos pudessem assistir às
aulas online.
145

Falta de recursos de Internet ou de aparelhagem compatível.


A dificuldade de realizar as atividades pelas famílias que não sabem ler e escrever.
A falta de interesse também , comodismo dos pais.
O acesso a internet nas comunidades rurais e nas famílias em estado de
vulnerabilidade social
O trabalho dos pais no horário das aulas, a dificuldade de concentração do aluno, a
falta de internet, celular ou notebook para acompanhar as atividades em tempo real,
por isso foi realizada a orientação aos pais e professores regentes sobre o envio
das atividades.
Foi necessário reestruturar todo o trabalho, focamos no atendimento através de
chamadas de vídeo, sala virtual, google meet. Investimos também na confecção de
recursos como rotina estruturada, treino do trabalho independente, comunicação
alternativa, sempre em parceria com as famílias.
Os maiores desafios foram mais os tecnológicos.
Realizar o planejamento e as ações de forma a atender o mais rápido possível, para
evitar a perda do contato e dos estímulos necessários
Ausência de conectividade de algumas famílias, falta de comprometimento de pais
de alunos.
Acesso a internet
Acesso das famílias à internet
Não temos o Atendimento Especializado na rede
Compromisso e a intervenção familiar a rotina escolar e a falta de recurso
tecnológicos adequados.
A não adesão da família.
Houveram alguns desafios como a falta da internet acessível a todos , a falta do
aparelho de telefone, a adaptação dos alunos "autistas TEA" para a questão no
contato visual e outros desse recurso ,a falta de interesse de algumas famílias e a
questão do luto que viveram as famílias.
A dificuldade encontrada foi a falta de internet e aparelhos dos educandos, mas a
rede de ensino aqui de São Vicente fez o possível para que todos tivessem acesso
aos estudos.
A escola sempre esteve a disposição para o atendimento na medida em que a
situação permitia a realização do trabalho.
Organização a curto prazo, das equipes gestoras e professores para garantir o
atendimento sem deixar nenhum estudante com ou sem deficiência para trás.
Estudantes que não tinham equipamentos e os recursos necessários para acessar o
atendimento ofertado.
Aproximação e acolhimento das famílias estreitando as parcerias.
Falta de tecnologia (computadores, impressoras acessíveis, celulares,
plastificadoras) e materiais pedagógicos diversos.
O desafio maior encontrado foi estabelecer e manter o vínculo direto com as
famílias dando suporte e subsídios formativos (textos, vídeos...) para que no dia-a-
dia pudesse estimular a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos.
As dificuldades para se realizar a proposta ocorreu devido a falta de acesso às
famílias e alunos para se estabelecer vínculo e manter o acompanhamento.
1. Acesso à internet nas residências
2. Espaços adequados nas residências para a realização das atividades
Acesso a plataforma, apoio familiar, conhecimento e uso das ferramentas
tecnológicas.
Uma das maiores dificuldades enfrentadas foi com o pouco acesso dos alunos à
tecnologia, pois muitas vezes só havia um celular na casa, com vários irmãos tendo
que acessar várias aulas. Por esse motivo as aulas foram quase totalmente
gravadas e postadas em grupos no WhatsApp, para a criança assistir e responder
quando possível; e esse formato (remoto) não foi muito produtivo com o PAEE.
O Projeto "Faça em Casa" disponibilizou atividades impressas para serem retiradas
nas escolas municipais e envios online e para grupos de whatsapp.
Falta de recursos tecnológicos dos profissionais e das famílias
146

O fechamentos das escolas, no caso, a escola estadual que possuímos convenio.


Localizar os estudantes para entregar nas casas as atividades impressas, busca
ativa, resgatar a autoetima dos estudantes para o retorno das aulas presenciais,
elaboração das Diretrizes Operacionais para o Atendimento durante a Pandemia.
Criar estratégias funcionais utilizando a tecnologia diante da diversidade dos alunos
atendidos, bem como manter a parceria com as famílias neste processo.
As questões tecnológicas em algumas situações representaram barreiras para a
aprendizagem.
Um dos desafios mais marcantes foi a falta de equipamentos e de internet para
algumas famílias manterem contato virtual com os professores e a falta de
responsabilidade de famílias que não julgavam necessário/importante ir à escola
pegar e devolver a apostila das crianças, nem os jogos que os professores
carinhosamente preparavam para eles.
Dificuldade de adesão dos responsáveis ao modelo de atendimento a distância.
Atender a priori as necessidades sociais e psicológicas das famílias mais
vulneráveis. Dificuldade de acesso e contato com as famílias. Alta demanda do
trabalho para o professores especialistas no que tange ao suporte, orientação dos
professores do regular e desenvolvimento de material e recursos adaptados.
Adaptação ao atendimento on line.
1- saúde física e mental dos professores, familiares e estudantes;
2- ambiente adequado para estudo na casa do estudante e do professor;
3- dificuldade de conexão à internet;
4- falta de habilidade em usar recursos tecnológicos;
falta de internert para algunes alunos
Os maiores desafios foram as dificuldades de convexão de muitos com a internet e
também a devolutiva de algumas atividades físicas dos estudantes do AEE a escola
para acompanhamento do professor. O distanciando social do professor do AEE
com o estudante pois afligiu muito o professor sem poder acompanhar
presencialmente o desenvolvimento do Estudante.
Dificuldade de acesso a internet para alguns alunos; a falta de manejo com a
tecnologia por parte de alguns professores e familiares.
Boa qualidade de oferta de internet, uso da tecnologia pelos profissionais da rede
de ensino
Dificuldade da família e dos alunos na aquisição de redes e Wifi ou de Internet em
suas residências
A NÃO EXISTÊNCIA DA SALA
Falta de internet e compromisso dos pais.
A ausência de atendimento presencial.
Falta de profissionais na área
Foram vários os desafios, falta de internet das famílias, falta de aparelhos
tecnológicos.
Os desafios foram muitos, não poder ter o contato presencial com os alunos e
desenvolver o trabalho diretamente com eles, a falta de tecnologias e internet para
uma melhor comunicação e interação com os mesmos.
Não houve um olhar específico
O maior desafio foi atingir os alunos que não tinham acesso à internet
Falta de transporte; famílias carentes sem condição de levar seu filho ao
neurologista, que em muitos casos são necessários para se ter um retorno
satisfatório.
Falta de equipamento tecnológicos e acesso a internet, acompanhamento junto as
famílias.
Falta de parceria da família e acesso a internet ou aparelho celular.
Mudança de endereço, casos de covid-19 e falta de recursos financeiros,
inviabilizando o acesso a internet de alguns alunos
Acesso a Internet
Muitas dificuldades, pois não tínhamos recursos...
147

O MAIOR DESAFIO FOI ADAPTAR-SE À SITUAÇÃO E CONSCIENTIZAR OS


PAIS DA IMPORTÂNCIA DE MANTER O VÍNCULO COM OS ESTUDANTES E
DIRECIONAR ATIVIDADES QUE CONTEMPLASSE A CLIENTELA.
Falta de profissionais efetivos na área.
Fala de acesso aos recursos tecnológicos
Falta de acessibilidade tecnológica.
Dificuldade no acesso aos alunos e materiais didáticos.
Alunos sem acesso a Internet
Dificuldade dos responsáveis dos alunos executarem os comandos em casa.
Alcançar todas às escolas dentro de um espaço geográfico extremamente
complexo.
Medo da família em expor a criança.
A falta de Internet
Falta de informação dos pais.
Os maiores desafios estavam relacionados ao fato da família não ter um meio de
comunicação tecnológico.
o contato e esclarecimento dos pais foi uma das principais barreiras enfrentadas.
A falta de aparelho tecnológico e o distanciamento solicitado por responsáveis
familiares
Manter os cuidados com o material impresso, tanto no recebimento como na
devolução, pois na maioria dos casos os alunos não conseguiam fazer o uso da
máscara
O apoio familiar
*Rede de Internet frágil ou inexistente;
*Falta de nvolvimento das Famílias dos alunos nas propostas para o AEE;
*Profissionais mais envolvidos nas propostas, nas produções de atividades e na
interpretação dos resultados.
Internet precária em algumas regiões
Desafios tecnológicos.
Internet, ausência dos responsáveis para atuar de forma colaborativa, na
educação do filho e outros.
Falta de recursos tecnológicos
Dificuldades na comunicação com a família.
Falta de recursos tecnológicos e internet compatível para algumas famílias
atendidas e profissionais.
Famílias desprovidas de Internet.
A disponibilização de recursos didático-pedagógicos adequados para a continuidade
da participação dos estudantes público-alvo nas aulas do ensino comum.
1- Encontros Formativos com as Professoras do AEE como uma forma de
acompanhar de mais perto os avanços e os desafios que se apresentam no
acompanhamento das Professoras de AEE junto aos estudantes atendidos em
SRM; Acompanhamento remoto às Famílias e Encontros Formativos com Gestores,
Coordenadores Pedagógicos e Equipe Técnico-Pedagógica.
Manter as famílias interessadas no AEE virtual.
Falta de aparelhos tecnológicos e internet nas residências das famílias.
Garantir o acesso ao AEE independente do momento pandêmico
Foram muitas as dificuldades: alguns professores não tinham domínio de
plataformas digitais; os alunos não tinham celulares e/ou computadores, muitas
vezes as atividades eram impressas para que os pais pegassem na escola para que
os alunos fizessem em casa, entre outros.
Acessibilidade da internet e recurso tecnológicos por alguns estudantes do AEE
Ausência de equipamentos tecnológicos adequados,Carência formação tecnológica
dos profissionais e alunos sem acesso aos meios tecnológicos.
Acesso a internet, parelho celular e computador para o acesso aos
acompanhamentos.
148

O retorno das famílias e o adoecimento mental da equipe de professores


Como citado anteriormente apenas uma escola realizou o atendimento. Foram
momento de muitas duvidas, incertezas, desinformações...
Manutenção das atividades junto as famílias que tiveram que refazer suas rotinas
dividindo-se entre as atividades escolares dos estudantes, os cuidados para
garantia da saúde dos mesmos e as atividades diárias do lar.
São inúmeros, desde o preconceito, o capacitimo de muitos. O desprezo. A
resistência da família ou A negligência.
De forma geral a educação em tempo de pandemia, a dificuldade enfrentada foi a
tecnologia de grande escala, pois nosso país ainda não contempla esta demanda as
pessoas menos favorecidas.
Acesso à internet, resistência de alguns professores com relação ao uso das redes,
resistência de algumas famílias para o uso do celular, nesses atendimentos, tendo
em vista as dificuldades da maioria.
O grande desafio foi a execução e devolutiva das atividades propostas, por falta de
conhecimento e preparo das famílias.
Planejamento pedagógico, acesso a internet, aquisição de ferramentas
tecnológicas, a carência de conhecimentos tecnológicos por parte dos profissionais
e dos alunos.
CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES PARA O ATENDIMENTO ESPECIALIZADO
E/OU PROFESSORES AUXILIARES.
Muitas familias mandaram os filhos para o interior por conta da pandemia e
contexto financeiro e assim não foi possível alcançar este público em sua totalidade.
O medo da aproximação com essas crianças, devido a baixa imunidade da maioria
delas.
O grande desafio se deu pelo não acesso de todos os alunos a rede de internet e a
pela dificuldade na utilização tecnológica por alguns profissionais.
A FALTA DE EQUIPAMENTOS (CELULAR, TABLET OU COMPUTADOR) COM
ACESSO A INTERNET.
Seguimos o mesmo fluxo das turmas regulares, encaminhando as atividades e
materiais concretos para casa e fazendo vídeos explicativos para os pais
trabalharem com as crianças em casa.
Falta de internet e recursos tecnológicos específicos
Na cidade e no campo muitos professores tinham que ir levar nas residências as
atividades; Ausência de habilidade para trabalhar com recursos tecnológicos
digitais; Dificuldade na produção de vídeos; Ausência de retorno das famílias.
Participação das Famílias, muitas acharam desnecessário realizar as atividades
psicomotoras e atividades de escolares
A falta de entendimento dos pais em aplicar as atividades planejadas para cada
caso específico.
Falta de acesso a internet de algumas famílias; dificuldade de alguns professores na
adaptação da atividades.
Questões relacionadas ao acesso a internet, ao uso de recursos tecnológicos por
professores e estudantes. O adoecimento dos profissionais da educação e
estudantes.
falta de internet e aparelho de celular por parte de algumas famílias
As questões socioeconômicas da própria família em possuir os recursos
tecnológicos para a efetivação do atendimento e também muitos alunos não tinham
condições de acompanhar as atividades de forma remota devido sua
condição/limitação.
Disponibilidade de internet,aparelho eletrônico e material lúdico, muitos profissionais
fizeram confecção de materiais de trabalho com reciclável.
A falta de estruta no ambiente domiciliar.
A ausência de suporte tecnológico pelos estudantes e também professores foi um
fator limitante
A orientação em lhe dar com as famílias com relação as tecnologias .
Acesso arquitetônico ou comunicação (não tinha celular em casa).
Os professores e as famílias se adaptarem com o uso das tecnologias . dificuldade
149

para os responsáveis para retirar os materiais .


A falta de recursos tecnológicos, de acesso internet e o analfabetismo de muitas
famílias, bem como a falta de materiais e tecnologias nas escolas.
FORMAÇÃO DOS PROFESSORES NO USO DAS FERRAMENTAS DIGITAIS,
FALTA DE ACESSO DE INTERNET DE PROFESSORES E ALUNOS, PAIS E
ALUNOS QUE NÃO TINHAM CONHECIMENTO DAS TIC'S.
A nossa maior dificuldade foi o apoio da família em ajudar os alunos nas realizações
das atividades adaptadas.
A falta de acesso as tecnologias e internet foram desafios para as famílias, bem
como aos professores.
Principalmente os equipamentos tecnológicos para as famílias que não tinham
Falta de Internet em algumas localidades e dificuldade na entrega de algumas
atividades.
Conseguir manter a rotina online com esses estudantes, 2 Grande dificuldade do
compromisso de alguns familiares quanto acessar a plataforma no horário
combinado anteriormente.3-Falta de aparelhos celulares e equipamentos
tecnológicos, falta de internet.
Falta de Recurso e profissional capacitado na área de AEE
Isolamento social, medo de transmissão do vírus pelos profissionais.
Em virtude da crise sanitária que impedia o contato físico, algo necessário para o
atendimento dos estudantes com deficiências específicas, ficamos impossibilitados
de ofertar de forma significativa.
As maiores dificuldades foram quanto ao acesso à internet e equipamentos.
O baixo acesso à tecnologia e internet; execução das atividades solicitadas;
dificuldade na comunicação com os pais;
Participação e comprometimento da família, acesso à internet por parte dos
responsáveis legais.
Ausência das família e Falta de acesso à Internet para vídeo chamada e recursos
para translado até a escola para pegar atividades pelas famílias.
DESAFIOS ENCONTRADOS DIFICULDADES NA INFRA ESTRUTURA
TECNOLÓGICA E A PRÓPRIA CONDIÇÃO DE ISOLAMENTO SOCIAL QUE A
PANDEMIA NOS TROUXE.
Falta de retorno da família quando contactada pelo professor do AEE/escola.
O principal desafio enfrentado para a realização do AEE, no período da pandemia
foi a realização das atividades propostas, visto que algumas famílias não são
alfabetizadas e outras não tem o conhecimento que o professor do AEE tem a
respeito das estratégias para a realização da mesma, apesar das orientações
fornecidas pelo professor.
O maior desafio foi a dificuldade financeira enfrentada pelas famílias, que muitas
vezes não tinham o valor da passagem para vir a escola pegar o material ofertado
ou não tinham acesso a internet para participar do atendimento online.
Dificuldades por parte de alguns professores em manusear as ferramentas digitais;
Como atender cada aluno, em sua necessidade e especificidade;
Como atender os alunos que não teriam acesso à internet e às tecnologias;
Atividades impressas e materiais concretos para seus os pais ou responsáveis
buscarem nos dias marcados, sempre respeitando as medidas de segurança, com
uso de máscaras de proteção facial para todos, uso de álcool gel.
Dificuldade dos pais e estudantes em resolver as atividades propostas mesmo
estas sendo adaptadas. Necessidade da utilização de mais recursos pedagógicos e
o seu direcionamento como facilitador da aprendizagem.
Insuficiência no numero de salas; falta de professores nas salas existentes
A falta de acesso as tecnologias e habilidades por parte de algumas famílias
atendidas; dificuldade de acompanhamento das famílias nas atividades propostas
pelo AEE de forma remota. A falta de rotina dos alunos com TEA ocasionou
alteração comportamental.
A disponibilidades de horário dos pais não eram compatíveis com o horário de
trabalho do professor.
150

A realização do AEE a distância, a vulnerabilidade social e a falta de conhecimentos


para lidar com ferramentas tecnológicas por parte das famílias, assim como de
muitos professores, cujas práticas docentes, na presencialidade, não recorriam com
frequência e eficiência aos recursos e ferramentas digitais. O aprendizado foi novo
para toda a escola. Além de nem sempre esse profissional dispor de aparelhos e
pacote de dados efetivos para a demanda.

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