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Por
GRUPO (28)
LUANDA
2017
PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL
(P.A.P)
Por
GRUPO (28)
CONSTÂNCIA NDJAWA 04
IV
AGRADECIMENTO
A realização deste projecto foi um difícil desafio para nós, e se hoje mostrou estes resultados
foi devido ao apoio de muitas pessoas que, directa ou indirectamente, ajudaram a consegui-lo:
Ao Mestre e professor Sérgio Amaral, pela exímia orientação e por estar sempre presente nos
momentos mais difíceis.
Ao ilustre professor Saturnino da Costa “Soba”, por estar sempre disposto a oferecer o seu
auxílio na co-orientação e na sua disposição a oferecer um bom conselho.
À instituição Complexo Escolar Eliada, sua Direcção, seu pessoal Docente e não Docente,
pelo acolhimento e excelência no ensino que auguramos servir com qualidade e honra a nossa
Pátria amada.
V
“É nos momentos de decisão que o seu destino é tratado”
ANTHONY ROBBINS
VI
RESUMO
O presente trabalho é uma necessidade imperativa para a obtenção do grau Técnico Médio em
Gestão Empresarial que para o devido efeito tenhamos que ser submetidos a Prova de Aptidão
Profissional (PAP), cuja eleição recaiu na temática o gestor como elemento fulcral para o
crescimento de uma organização, sendo foco do estudo a Empresa Milagre Comercial. Os
gestores são chamados para gerir trabalho, pessoas e operações. Espera-se que planeiem,
organizem e controlem pessoas, grupos e organizações. Que motivem pessoas e grupos, que
sejam líderes e que sintam, reconheçam e promovam mudanças. Que utilizem a informação
para tomar decisões que afectam directa ou indirectamente a eficácia da produção e das
operações. Com isto, podemos definir como objectivo da pesquisa o conhecimento da postura
do gestor da referida empresa face aos desafios que se impõem aos mesmos para a
maximização dos recursos ou crescimento da organização. Todavia, a metodologia adoptada é
caracterizada de abordagem quantitativa com referência a amostragem aleatória de 30
colaboradores num total de 90 pertecentes a empresa. Nesta senda, também optamos pela
pesquisa bibliográfica e de campo, com a eleição do instrumento de pesquisa o questionário
com oito (8) aspectos observados. Com este trabalho, podemos apurar a forma deplorável ou
pouco aceitável do gestor do ponto de vista da sua atitude que resulta na baixa estima do
pessoal que dirige. E, em última instância, pretendemos dar um contributo sobre a
importância do gestor na organização.
VII
LISTA DE TABELAS
VIII
LISTA DE GRÁFICOS
IX
ÍNDICE
PÁGINA
INTRODUÇÃO..................................................................................................................11
CONCLUSÃO.....................................................................................................................38
SUGESTÕES.......................................................................................................................39
REFERÊNCIAS..................................................................................................................40
APÊNDICE..........................................................................................................................41
X
INTRODUÇÃO
Desde o aparecimento das empresas, da gestão e dos gestores que o mundo não para de
evoluir. Por consequência dessa evolução, é exigido às empresas que estejam preparadas para
novos desafios e espera-se que estejam constantemente atentas ao seu meio ambiente. Para
enfrentar os novos desafios, os gestores não só têm a obrigação de saber o seu papel e a sua
função, como têm de estar dotados de competências para o desempenhar.
A temática desenvolvida neste trabalho de final de curso (TFC) é o Gestor como elemento
crucial para o crescimento organizacional. Este tema foi escolhido com o intuito de
compreender as competências que um gestor deve deter na actualidade, para desempenhar os
seus papéis, executar as suas funções e realizar as suas tarefas correctamente. Analisar-se-á,
também, os novos desafios que as empresas enfrentam e de que forma esses desafios têm
alterado a gestão e o papel dos gestores.
Desta feita, o referido TFC está composto por duas partes fundamentais, nas quais se
procurou de forma cuidadosa abordar os mais diferenciados assuntos sobre a temática. A
primeira parte tem como foco a fundamentação teórica, de modo a trazer a ribalta as
conceituações, historicidade e outros fragmentos característicos o gestor e seu protagonismo
na gestão organizacional.
I. Formulação do problema:
II. Hipótese
H1: Se o Gestor adoptar uma atitude proactiva e convergente dos activos da Empresa Milagre
Comercial, então os resultados irão de encontro ao estabelecido previamente.
H2: Se o Gestor optar por uma atitude totalitária e presunsosa, então os resultados serão
comprometidos por via da sua postura.
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III. Justificativa
O tema aqui abordado foi escolhido na medida em que é observado nas organizações,
empresas e grupos uma adaptação constante sobre as variáveis quer contextuais, quer
transacionais e como elas absorvem este conhecimento uma vez que se destaca para o efeito a
preponderância do Gestor.
Numa visão econômica, destacasse o quão impactante é o gestor como figura de maximização
dos recursos e como elemento determinante para o crescimento organizacional.
Por fim, importa destacar a sua relevância académica e profissional, pela pertinência na
aquisição de conhecimentos que nos ajudarão quer individualmente e coletivamente no
desenvolvimento de competências e habilidades no processo de gestão.
a) Objectivo geral:
Conhecer a postura do Gestor da Empresa Milagre Comercial face aos desafios que se
impõem para o crescimento da mesma.
b) Objectivos específicos
Fundamentar teóricamente os aspectos característicos de um Gestor;
Analisar o comportamento do Gestor da Empresa Milagre Comercial;
Sugerir medidas que visam a uma postura eficiente do Gestor da Empresa Milagre
Comercial.
V. Procedimentos metodológicos
Tipo de abordagem
Quanto à sua forma de abordagem, o projecto caracteriza-se como uma pesquisa quantitativa.
Segundo Lakatos (2002), “a razão para se conduzir uma pesquisa quantitativa é descobrir
quantas pessoas de uma determinada população compartilham uma característica ou um grupo
de características”.
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Tipo de Pesquisa
A pesquisa foi de campo, pois ela procedeu à observação dos factos e fenômenos exactamente
como aconteceram na realidade da empresa. Através da colecta e interpretação desses dados,
para uma maior compreensão sobre o problema pesquisado. “A pesquisa de campo
fundamenta-se pelo conhecimento que se está sendo aplicado na investigação e é realizada
precisamente no local onde são observados os fenômenos estudados” (VERGARA, 2010).
Para Vergara (2010), esse tipo de pesquisa “procura explicar quais factores contribuem para o
acontecimento de um certo fenômeno”.
Universo e Amostra
Universo
Lakatos (1992) diz que “o universo conceitua que pessoas ou coisas, fenômenos e etc., serão
pesquisados, estabelecendo suas características comuns como: sexo, faixa etária, organização
a que pertencem, comunidade onde vivem, etc”.
Amostra
Nessa pesquisa, foi utilizado o questionário como instrumento de coleta de dados, onde foram
efectuadas perguntas objectivas. Vergara (2010), diz que o questionário “é um conjunto de
perguntas expostas para a pessoa que irá responder. O questionário pode ser impresso,
levando junto à organização e respondendo todos os funcionários como também pode ser
digital”. Além do questionário, foi utilizado também, como mecanismo de coleta de dados,
uma revisão bibliográfica, visando estudar aprofundadamente o tema.
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Recorremos a pesquisa quantitativa, onde todos os resultados dos dados colectados foram
analisados empregando ferramentas estatísticas por via da elaboração de tabelas e gráficos,
com o apoio do Microsoft Office Profissional Plus 2013 (Excel).
a) Limitação do tema
As limitações que se impuseram a este projecto prendeu-se com a exiguidade de
tempo, uma vez que o grupo é composto por estudantes de regime laboral, ou seja,
trabalhador estudante, e não menos importante foi a dificuldade quer na aquisição dos
mananciais científicos para o suporte teórico, bem como a identificação e
aceitabilidade da entidade que constituisse o estudo de caso, pelo que partimos pela
elaboração de uma empresa fictícia que a qual denominamos por “Milagre
Comercial”.
b) Delimitação do tema
Fizemos uma análise significativa sobre “O gestor como elemento fulcral para o
crescimento da empresa Milagre Comercial”, visto ser um tema pertinente que
interessa a todas as empresas. O estudo feito compreende o período de Fevereiro à
Outubro de 2017, que no nosso ponto de vista acreditamos ser um tempo razoável,
para se destacar aspectos interessantes relacionados ao tema em estudo.
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CAPÍTULO I - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Este capítulo tem a necessidade de mostrar a visão dos diferentes autores sobre a razão da
temática, onde inicialmente vamos poder situar os aspectos conceptuais, históricos e outros
motivos de interesse para a contextualização do mesmo.
Gestão
Segundo Lousã (2011, p. 15) gestão “é o processo de se conseguir obter resultados (bens ou
serviços), com ajuda ou esforços dos outros”. Robbins (2002) consideram a gestão como “um
processo levado a cabo por um ou mais indivíduos, de coordenação das actividades de outra
pessoa, com o objetivo de alcançar resultados que não seriam possíveis pela ação isolada de
uma pessoa”. Teixeira (1998) afirma que a gestão “é um processo onde se consegue obter
resultados (bens ou serviços), através do esforço de outro”.
Gestor
Segundo Carvalho (2010, p. 34) gestor “é o profissional que está directamente ligado a
liderança de um grupo em uma determinada empresa, e é a peça fundamental para o
funcionamento de uma organização ou empresa”. Fayol (1949) o gestor é definido pelas suas
funções no interior da organização. Logo a mesmo define que gestor “é a pessoa que compete
a interpretação dos objectivos propostos pela organização e actuar, através do planeamento,
da organização, da liderança ou direcção e do controlo, afim de atingir os referidos
objectivos”.
Destas visões, podemos aferir que gestor é alguém que desenvolve os planos estratégicos e
operacionais que julga mais eficazes para atingir os objectivos propostos, concebe as
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estruturas e estabelece as regras, políticas e procedimentos mais adequados aos planos
desenvolvidos e, por fim, implementa e coordena a execução dos planos através de um
determinado tipo de comando (ou liderança) e de controlo.
Empresa
Segundo Lousã (2011) empresa “é uma actividade econômica exercida profissionalmente pelo
empresário, por meio da articulação dos factores produtivos para a produção e circulação de
bens e serviços”. Carvalho (2011, p.19) afirma que empresa “é o conjunto de actividades
humanas, colectivas e organizadas, regidas por um centro regulador, com a finalidade de
adaptar constantemente os meios disponíveis aos objectivos predeterminados, tendo em vista
a produção/comercialização de bens/serviços”.
Logo, podemos vislumbrar nos dois conceitos uma visão sistémica em que a empresa é vista
como um conjunto de partes interdependentes que, juntas, formam um todo (sistema).
Organização
Segundo Maximiano (2013, p.33) organização “é uma combinação de esforços individuais
que tem por finalidade realizar propósitos colectivos”. Stoner & Freeman (1999, p.4) afirma
que organização “são duas ou mais pessoas que trabalham juntas e de modo estruturado para
alcançar um objectivo específico ou um conjunto de objectivos”.
Destaca-se nestes conceitos o objectivo da organização que actuam em dois sentidos:
- organização como estrutura de relações funcionais, de definição de poderes e
responsabilidades;
- organização como sistema de processos de trabalho.
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Desse esforço conjunto sugiram as empresas rudimentares, que remontam á época dos
assírios, babilônicos, e fenícios etc. Porém, a história da administração é relativamente
recente, e surgiu com o aparecimento da grande empresa. O fenômeno que provocou o
aparecimento da grande empresa e da moderna gestão ocorreu no final do século XVIII e se
estendeu ao longo do século XIX chegando ao limiar do século XX. Esse fenômeno, que
trouxe rápidas e profundas mudanças econômicas, sociais e politicas, chamou-se Revolução
Industrial. A Revolução Industrial teve início na Inglaterra, com a invenção da máquina a
vapor, por James Watt, em 1776. A aplicação da máquina a vapor no processo de produção
provocou um enorme surto de industrialização, que se estendeu rapidamente a toda a Europa e
Estados Unidos.
Maximiano (2013) afirma que a moderna gestão surgiu no início do século XX, quando dois
engenheiros publicaram suas experiencias. Uma era americana, Frederick Winslow Taylor
(1856-1915) que veio a desenvolver a chamada escola da administração cientifica, com a
preocupação de aumentar a eficiência da industria por meio da racionalização do trabalho dos
operários. O outro engenheiro era francês, Henry Farol (1841-1925) que veio desenvolver a
chamada escola clássica da administração, com preocupação de aumentar a eficiência da
empresa por meio da sua organização e da aplicação de princípios gerais de administração.
A partir desses dois pioneiros, a pequena história da administração moderna pode ser assim
resumida nas seguintes teorias ou escolas que lhes sucederam.
Administração Científica
Taylor iniciou seu estudo observando o trabalho do operário. Sua teoria seguiu um caminho
de baixo para cima e das partes para o todo dando ênfase na tarefa. Para ele a administração
tinha que ser tratada como ciência.
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Escola clássica da administração
Henry Fayol, a quem chamaram de pai da gestão moderna, é o fundador da escola clássica da
gestão, não por ter sido o primeiro a investigar o comportamento dos gestores, mas por ter
sido o primeiro a sistematiza-lo. Fayol era um gestor francês, engenheiro como Taylor.
Escreveu o seu célebre livro Teoria da Administração (1916).
Elton Mayo esta teoria foi feita em oposição à teoria clássica, já esta colocou a tecnologia e o
método de trabalho como as principais preocupações da administração.
Teoria da burocracia
Max Weber
- A fragilidade e a parcialidade das técnicas clássicas e das relações humanas, que detinham
uma visão extremista e incompleta sobre as organizações.
A burocracia se baseia na racionalidade, isto é, na adequação dos meios aos objetivos (fins),
para que se obtenha o máximo de eficiência.
Teoria Estruturalista
Desenvolvida a partir de 1950 preocupada em integrar todas as teorias das diferentes escolas
acima enumeradas. A escola estruturalista teve início com a teoria da burocracia com Max
Weber.
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Teorias de sistemas
Teoria da contingência
Para essa teoria a empresa e a sua administração são variáveis dependentes do que ocorre no
ambiente externo, isto é a medida que o ambiente muda também ocorre mudanças na empresa
e na sua administração como consequência. Isto significa que na administração tudo é relativo
e nada é absoluto. Para teoria da contingência tudo que ocorre na empresa depende da
situação e do ambiente externo.
Teoria da liderança
Datam dos anos 1950 com Robert Bales e Douglas McGregor. Bales enfatizou a importância
dos grupos e a sua liderança, que se classificou em dois tipos: líder de tarefa e líder social, o
primeiro desenvolve actividades com base nos objetivos do grupo em termos de produtividade
(tarefas), o segundo procurando atingir os objetivos atuando no desenvolvimento da coesão e
encorajando a colaboração entre os membros do grupo.
Segundo Teixeira (1998), quando falamos de gestão, pensamos de imediato nos membros do
conselho de administração ou direcção geral de uma determinada empresa, e que só essas
pessoas gerem. Por outro lado, nem todos os gestores têm a responsabilidade como um todo.
Gestores são todos aqueles que, numa organização conseguem coisas feitas com o trabalho
dos outros, planeando, organizando, dirigindo e controlando. Embora a divisão não seja
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absolutamente indiscutível, consideram – se geralmente três níveis de gestão: Institucional,
intermédio, e operacional:
Nível institucional: Caracteriza-se por uma forte estratégica, envolvendo todos os recursos
disponíveis na determinação do rumo a seguir (acções de curto, médio e longo prazo) e pela
formulação de políticas gerais, isto é, que são definidas de forma genérica e dizem respeito a
toda empresa. Corresponde aos membros do conselho de administração, gerência, conselho de
gestão e direcção geral.
Os gestores são chamados para gerir trabalho, pessoas e operações. Espera-se que
planeiem, organizem e controlem pessoas, grupos e organizações. Que motivem
pessoas e grupos, que sejam líderes e que sintam, reconheçam e promovam
mudanças. Que utilizem a informação para tomar decisões que afectam directa ou
indirectamente a eficácia da produção e das operações.
Assim, a função do gestor prende-se naturalmente com os objetivos da gestão, que são
procurar rentabilizar os recursos de forma a atingir ou superar os resultados planeados. A
ideia comum que existe do gestor é naturalmente a de um líder. Aquele que é responsável,
aquele que planeia e faz cumprir os objectivos delineados pela gestão. Mas o papel de líder é
apenas um dos muitos papéis/funções que o gestor assume numa empresa.
Deste modo, a actuação dos gestores avalia-se geralmente por padrões de eficiência e eficácia.
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Eficácia: é a medida em que os outputs produzidos pelo processo se aproximam dos
objectivos propostos. Quanto menor forem os desvios entre o planeado e o realizado, maior é
o grau de eficácia do gestor (STONER & FREEMAN, 1999).
Segundo Lousã (2011), existem três tipos de aptidões necessária a quem deseja enfrentar o
desafio desta actividade:
Mintzberg (1971) enumera dez papéis diferentes que os gestores assumem na gestão das suas
organizações. Devido às suas similaridades o autor agrupa-os em três categorias de
comportamentos de gestão que são: os comportamentos interpessoais, comportamentos
informativos e comportamentos decisórios.
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Sobre os comportamentos informativos, que se referem essencialmente ao movimento
da informação utilizada pelo gestor, destacam-se os seguintes comportamentos:
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maneiras. A primeira o gestor determina o seu calendário, conseguindo desta forma alocar os
seus melhores recursos no local correcto e determinar quais são as prioridades
organizacionais. A segunda, ao desenhar a estrutura organizacional da empresa o gestor
consegue programar o trabalho dos seus trabalhadores, planeando o que têm de ser feito e por
quem. A terceira, o gestor mantém o controlo sobre a distribuição dos recursos, requerendo
que todas as decisões significativas sobre os mesmos sejam autorizadas por ele próprio antes
de serem implementadas;
Concluindo, Mintzberg (1971) considera que estes dez papéis do gestor representam uma
grande responsabilidade. Não só têm de representar, como ser um elo de ligação entre todos
os elementos da empresa, manter a estabilidade dentro da empresa, entre muitos outros.
Em síntese, é fundamental que o gestor saiba o seu papel dentro da organização. As suas
funções e os seus papéis são o que caracterizam a sua ação na empresa.
Na relação com o exterior o autor refere que o gestor é o representante da empresa em todas
as suas relações com o exterior. Cabe ao gestor, enquanto decisor, o estabelecimento das
relações negociais com todas as entidades dos mercados onde a empresa está presente, em
especial com os Stakeholders.
Na relação com o sistema interno, o autor refere que o gestor é o elo de ligação dentro da
empresa. Como tal, a liderança é um papel crucial do gestor.
Interpessoal
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2. Líder – interagindo com os subordinados, motivando e dirigindo-os.
3. Ligação – estabelecendo uma rede de contactos nomeadamente com o exterior da empresa.
Informal
Decisional
Segundo Carvalho (2010), os gestores têm grandes tarefas, no cumprimento das suas
responsabilidades pelo que os mesmos devem levar em conta quatro (4) factores essenciais:
a) Necessidade de visão: saber antecipar, olhar por trás das barreiras, como solucionador
e onde podemos buscar recursos;
b) Necessidade de ética: pautar pelos princípios, pensar nos outros;
c) Necessidade de diversidade cultural: saber lhe dar com todos os povos e raças,
culturas, saber lhe dar com realidade de cada povo;
d) Necessidade de treinamento sólido: necessidade de gerir, gosto pela administração,
necessidade de poder formal.
Segundo Carvalho (2010), o bom gestor é um líder que sabe combinar os interesses da
empresa com um bom tratamento para seus colaboradores. O profissional que tem o objectivo
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de administrar uma equipe e uma empresa que consequentemente deve ter em mente que o
espírito de trabalho em grupo e a busca pela excelência precisam permear todas as actividades
executadas diariamente.
Uma empresa que tem um bom gestor trilha caminhos para o sucesso com mais facilidade. A
pessoa que está à frente da organização deve ter pro atividade, motivação e planeamento para
uma boa administração empresarial.
A capacidade de liderança, uma mente aberta para solucionar conflitos humanos e muita
assertividade também são características fundamentais para o gestor de empresa. Quando a
organização tem um profissional capacitado para administrar a rotina de trabalho e as
situações do dia-a-dia, ela se coloca um passo à frente dos concorrentes de mercado e cria um
ambiente empresarial agradável tanto para seus colaboradores quanto para seus clientes.
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CAPÍTULO II - FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA
Com sede em Luanda, rua 11 de Novembro, Ex-rua Dom Afonso Henriques nº 168, a
empresa Milagre Comercial é uma empresa de responsabilidade limitada do tipo Sociedade
por quota de responsabilidade limitada, actuando no ramo de importação e exportação em
Angola a 10 anos. Fundada por José de Freitas Milagre em 07 de Agosto de 2007. Foi
aplicado inicialmente um capital social no valor de AKZ 10.000.000,00.
A empresa Milagre Comercial tem como missão a comercialização de mais variadas gamas de
produtos, importados e exportados, e na prestação de serviço na área de restauração.
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Quanto a classificação Económica – as actividades da empresa Milagre Comercial
configuram-se no Sector Terciário;
Quanto a classificação Funcional – a empresa Milagre Comercial por ter um total de 90
colaboradores assume o critério de classificação de Pequena Empresa.
Objectivo Social
Objectivos Económicos
A empresa Milagre Comercial tem como objectivo económico a elevação dos seus serviços de
forma a rentabilizar os capitais aplicados pela empresa, aumentando desta forma a quota e a
responsabilidade no mercado em que está inserido.
Director Geral
Secretário do DG Administração
Gestão dos Recursos Humanos Gestão Financeira Gestão Comercial & Técnica
Gestão dos Recursos humanos – área da empresa que trata especialmente do quadro
de pessoal;
Gestão comercial & Técnica – área da empresa que lida com a gerência do património
comercial, cuidando para o efeito de todo o comércio, pela produção, execução,
compras e das vendas de produtos e serviços;
Gestão de pessoal – área que realiza a gestão das pessoas num determinado
departamento ou local;
Contabilidade – área que trata das contas financeiras, desde os mais básicos recursos
financeiros ao mais alto, das entradas e das saídas, das facturas de compras, venda e
prestação de serviço, tanto interno como externo;
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2.5 APRESENTAÇÃO DOS DADOS
- Quanto ao Género
De acordo com a Tabela 1, 40% dos colaboradores configuram ser do sexo masculino e 60%
do sexo feminino.
Masculino 12 40
Feminino 18 60
Total 30 100
De acordo com a Tabela 2 do total dos colaboradores consultados, 23% dos mesmos que
configuram pertencer na faixa etária de até 20 anos, 23% no intervalo dos 21 a 30 anos
correspondendo 7 colaboradores, 27% dos coparticipantes encontram-se na faixa dos 31 a 40
29
anos, 17% integram a faixa etária dos 41 a 50 anos, e só 10% do total dos inquiridos perfazem
os de acima de 50 anos.
Até 20 anos 7 23
De 21 a 30 anos 7 23
De 31 a 40 anos 8 27
De 41 a 50 anos 5 17
Total 30 100
De acordo a tebela 4, podemos constatar que o estado civil dos inquiridos variam entre 43%
na condição de solteiros, 50% em situação de casado, representando por consequência a maior
fasquia, não discortinamos inquiridos na condição de divorciado e 7% como viúvo.
30
Tabela 3. Distrbuição de frequência do estado civil
Solteiro (a) 13 43
Casado (a) 15 50
Divorciado (a) 0 0
Viúvo 2 7
Total 30 100
- Quanto a Escolaridade
31
Tabela 4. Distribuição de frequência do grau de escolaridade
Ensino Primário 2 7
Ensino Secundário 6 20
Licenciatura Incompleta 5 17
Licenciatura Completa 2 7
Pós-Graduação 1 3
Total 30 100
0 - 3 anos 4 13
4 - 6 anos 9 30
7 - 9 anos 9 30
A 10 anos 8 27
Total 30 100
33
Tabela 6. Distribuição de frequência do sector de actuação
Gerência 4 13
Contabilidade 3 10
Divisão de Restauração 8 27
Comércio 7 23
Divisão de Segurança 8 27
Total 30 100
34
Tabela 7. Atitude proactiva e convergente do gestor
Discordo Totalmente 10 33
Discordo em parte 8 27
Concordo em parte 4 13
Concordo Totalmente 3 10
Total 30 100
35
Tabela 8. Atitude totalitária e presunçosa do gestor
Discordo Totalmente 3 10
Discordo em parte 4 13
Concordo em parte 8 27
Concordo Totalmente 10 33
Total 30 100
Este capítulo destina-se a discutir os resultados obtidos neste trabalho à luz da revisão da
literatura e da hipótese da investigação. Sendo assim, apresentamos as seguintes discussões
e/ou considerações:
A primeira hipótese investigativa prediz que “se o Gestor adoptar uma atitude proactiva e
convergente dos activos da Empresa Milagre Comercial, então os resultados irão de encontro
ao estabelecido previamente”. Os nossos indicadores apontam na tabela 7, em que 33% dos
36
inquiridos afirmam discordando totalmente do posicionamento do gestor, uma vez que o
mesmo não actua de forma proactiva e nem tão menos se mostra a ser um gestor congregador
dos activos da organização com relevância a da componente humana. Logo, o mesmo não
responde a premissa de Drucker (1986) que considera que a função do gestor “é orientar os
recursos e os esforços da empresa para a procura de oportunidades economicamente
significativas”.
Por outro lado, quando apurado a segunda hipótese, sendo a qual, “se o Gestor optar por uma
atitude totalitária e presunçosa, então os resultados serão comprometidos por via da sua
postura”, destaca-se com 33% dos inquiridos a apontarem que o respectivo gestor, tem
demostrado uma atitude totalitária e consequentemente presunçosa. Atendendo o exposto,
será legítimo afirmar que o respectivo gestor poderá comprometer a sobrevivência da
empresa, ou num cenário menos dramático, ser uma entidade não promotora de sinergia
organizacional. Assim, afirma Carvalho (2010), que o bom gestor é um líder que sabe
combinar os interesses da empresa com um bom tratamento para seus colaboradores. Pois, ele
é um profissional que tem o objectivo de administrar uma equipe e uma empresa que
consequentemente deve ter em mente que o espírito de trabalho em grupo e a busca pela
excelência precisam permear todas as actividades executadas diariamente.
37
CONCLUSÃO
E, quanto aos objectivos da pesquisa, foi possível conhecer a postura do gestor, por via do
diagnóstico efectuado, e que o mesmo não se figura ser a entidade para conduzir a
organização na rota da sobrevivência e do crescimento.
Por outro lado, com o referido projecto conseguimos consolidar as bases teóricas, sobre os
fundamentos característicos de um gestor, bem como propiciou-nos analisar o comportamento
do gestor da empresa Milagre Comercial, e com isto, estar em altura de sugerir algumas
medidas que possam tornar a postura do gestor da empresa mais eficiente e efecaz.
38
SUGESTÕES
Contudo, podemos sugerir algumas acções simples que podem ser adoptadas no dia-a-dia do
gestor e que nem sempre exigem altos investimentos, porém dão um retorno expressivo a sua
postura e para a empresa. Algumas delas, podemos aplicá-la ou aprimorá-las no ambiente de
trabalho:
3 - Estar aberto a desafios, pela necessidade de visão, ética, diversidade cultural e treinamento
sólido.
39
REFERÊNCIAS
FAYOL, Henry. General and industrial management. London: Pitman and Sons, 1949.
LOUSÃ, Aires Manuel. O papel do gestor dentro das organizações. 2. ed. São Paulo:
Portal, 2011.
MAXIMIANO, Roberto. A gestão das organizações. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward. Administração. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC,
1999.
40
APÊNDICE
41
APÊNDICE Nº 01
QUESTIONÁRIO
Por favor, responda a todas as questões, tendo sempre em consideração que não
existem respostas certas, nem erradas, nem boas ou más, tampouco exactas.
NOTA DE ESCLARECIMENTO:
1. Gênero
a) Masculino [ ] b) Feminino [ ]
2. Faixa Etária
3. Estado Civil
4. Escolaridade
6. Sector de Actuação
ATITUDE DO GESTOR
7. Em sua opinião, a atitude do gestor tem sido caracterizado como proactiva e convergente na
tomada de decisão e nas relações interpessoais?
8. Em sua opinião, a atitude do gestor tem sido caracterizado como Totalitária e presunçosa na
tomada de decisão e nas relações interpessoais?
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