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CALDEIRAS
CALDEIRAS
ÍNDICE
4. FORNALHAS ......................................................................................................................... 31
CALDEIRAS - 1
CALDEIRAS
CALDEIRAS - 2
CALDEIRAS
6. TIRAGEM ............................................................................................................................... 80
6.5 CHAMINÉ............................................................................................................................. 82
8.3.1.2 DESMINERALIZAÇÃO................................................................................................. 95
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CALDEIRAS
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CALDEIRAS
1. CONSIDERAÇÕES GERAIS
Além da indústria, outras empresas, utilizam, cada vez mais vapor gerado pelas
caldeiras, como por exemplo: restaurantes, hotéis, hospitais, frigoríficos.
Esta definição abrange todos os tipos de caldeiras, sejam as que vaporizam água,
mercúrio ou outros fluídos e que utilizam qualquer tipo de energia, inclusive a
elétrica.
A produção de vapor pode ser conseguida, também, pela absorção da energia térmica
desprendida pela fissão do urânio.
Quanto mais alta a viscosidade do combustível, mais difícil será a sua nebulização,
ou seja, mais difícil será a sua divisão em gotículas. O preaquecimento do óleo
combustível é fundamental para atingir os limites adequados de viscosidade
necessários para uma boa pulverização.
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CALDEIRAS
SUPERFÍCIE DE AQUECIMENTO
É a área de tubulação (placa metálica) que recebe o calor dos gases quentes
responsável por vaporizar a água (m2).
CALOR ÚTIL
EFICIÊNCIA TÉRMICA
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CALDEIRAS
2. COMPONENTES CLÁSSICOS
A. Cinzeiro
Lugar onde depositam as cinzas e ou eventualmente restos de combustíveis que
atravessam o suporte de queima sem completarem sua combustão.
B. Fornalha
Local onde se instala a início do processo de queima, seja para a queima de
combustíveis sólidos, líquidos ou gasosos.
C. Câmara de combustão
Volume onde se deve extinguir toda a matéria combustível antes dos produtos de
combustão atingirem e penetrarem no feixe de absorção do calor por convecção.
Esta câmara por vezes se confunde com a própria fornalha dela fazendo parte,
Outras vezes separa-se completamente. A câmara de combustão pode ser
constituída pela própria alvenaria refratária, ou revestida de tubos (parede de
água), ou integralmente irradiada.
D. Caldeira de vapor
Corresponde ao vaso fechado, à pressão, com tubos, contendo a água no seu
interior, que ao receber calor se transforma em vapor
E. Superaquecedor
Responsável pela elevação da temperatura do vapor saturado gerado na caldeira.
Todo o vapor ao passar por este aparelho se superaquece.
F. Economizador
Onde a temperatura da água de alimentação sofre elevação, aproveitando o calor
sensível residual dos gases da combustão, antes de serem eliminados pela
chaminé.
G. Aquecedor de ar
Também conhecido como pré-aquecedor de ar, cuja função é aquecer o ar de
combustão para a seguir introduzi-lo na fornalha, graças ao aproveitamento do
calor sensível dos gases da combustão.
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CALDEIRAS
H. Canais de gases
São trechos intermediários ou finais de circulação dos gases de combustão até a
chaminé. Estes canais podem ser de alvenaria ou de chapas de aço conforme a
temperatura dos gases que neles circulam.
I. Chaminé
É a parte que garante a circulação dos gases quentes da combustão através de todo
o sistema pelo chamado efeito de tiragem. Quando a tiragem, porém, é promovida
por ventilador exaustor, sua função se resume no dirigir os gases da combustão
para a atmosfera. Neste caso se diz que a tiragem é induzida. A circulação dos
gases também poderá ser assegurada por um ventilador soprador de ar de
combustão com pressão suficiente para vencer toda a perda de carga do circuito.
Neste exemplo, a tiragem se diz forçada.
Tomando por base a unidade mais complexa, a figura 2.1 permite identificar os
componentes clássicos e o princípio de funcionamento da instalação.
Fig.2.1
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CALDEIRAS
3. TIPOS DE CALDEIRAS
Existem diversas formas para se classificar as caldeiras. Por exemplo, elas podem ser
classificadas sob os seguintes aspectos:
Quanto à Localização Água-Gases:
A) Flamotubulares
Verticais
Horizontais
Fornalhas corrugadas
Traseira seca
Traseira molhada
B) Aquotubulares
Tubos retos
Tubos curvos
Perfil A
Perfil D
Perfil O
Lâmina, cortina ou parede de água
C) Mistas
A) Combustíveis
Sólidos
Líquidos
Gases
B) Elétricas
Jatos-de-água
Eletrodos submersos
Resistores
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CALDEIRAS
C) Caldeiras de Recuperação
Gases de outros processos
Produção de soda ou licor negro
D) Nuclear
Quanto à Montagem:
Quanto à Sustentação:
A) Caldeiras auto-sustentadas
B) Caldeiras suspensas
C) Sustentação mista
A) Circulação natural
B) Circulação forçada
C) Combinada
A) Tiragem natural
B) Tiragem forçada
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Fig.3.1
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A) Caldeira Cornuália:
B) Caldeira Lancaster:
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Fig.3.4
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Fig.3.5
Este tipo de caldeira teve largo emprego na Marinha, por ser construída de forma
que todos os equipamentos colocados formam uma única peça. Seu diâmetro é
bastante reduzido, sendo de fácil transporte e pode ser operada de imediato. Os
gases produzidos na fornalha circulam várias vezes pela tubulação, sendo
impulsionados por ventiladores. O combustível usado é unicamente óleo ou gás,
podendo seu rendimento atingir a 83%. A figura 3.6 da um exemplo de caldeira
escocesas com 3 voltas de chama.
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Fig.3.6
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Fig. 3.7
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Esta caldeira é usada em locais onde o espaço é reduzido e não requer grande
quantidade de vapor, mas alta pressão.
Os gases resultantes da queima na fornalha sobem pelos tubos e aquecem a água que
se encontra por fora dos mesmos.
Fig. 3.8
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CALDEIRAS
Vapor
nível de água
tubulão de vapor
tubulão de lama
descarga
Fig.3.9
A água é vaporizada nos tubos que constituem a parede mais interna. Recebendo
calor primeiro, vaporiza e sobe até o tambor superior, dando lugar à nova quantidade
de água fria que será vaporizada e assim sucessivamente. Esse tipo de circulação de
água, provocada apenas pela diferença de peso específico entre a água ascendente e
descendente, é característica das chamadas caldeiras com circulação natural.
A medida que a caldeira aquotubular aumenta sua capacidade, aumenta também seu
tamanho, quantidade de tubos e por conseqüência as perdas de cargas no circuito
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CALDEIRAS
A produção de vapor nestes tipos de caldeiras pode atingir capacidades de 600 até
750 tv/h com pressões de 150 a 200 kgt/cm2, temperaturas de 450 - 500 oC existindo
unidades com pressões críticas (226 atm) e supercríticas (350 kgf/cm2).
A flexibilidade permitida pelo arranjo dos tubos que constituem os feixes ou parede
d’água possibilitam um vasta variedade de tipos construtivos conforme veremos na
classificação a seguir:
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Fig.3.11
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CALDEIRAS
A figura 3.12 apresenta uma das formas de fixação dos tubos mais usadas na
fabricação de caldeiras.
A principal característica deste tipo, são os tubos curvos que se unem aos tambores
por solda ou madrilamento, o que representa grande economia na fabricação e
facilidade na manutenção. Além de serem bastantes práticas para limpar,
possibilitam a produção de grande quantidade de vapor.
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Fig.3.13
A figura 3.14 representa uma caldeira com dois tambores transversais e parede de
água, enquanto a figura 3.15 mostra uma caldeira com três tambores transversais.
Fig.3.14
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CALDEIRAS
Fig.3.15
Dentro da categoria de tubos curvos cabe analizar em separado, uma versão que
mantém grande projeção no mercado consumidor: a caldeira aquotubular compacta
de operação totalmente automatizada, conforme esquema da figura 3.16.
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CALDEIRAS
Com produções até 100 toneladas de vapor por hora e obtenção de eficiência
térmica elevada (até 80%), estas unidades são oferecidas para pronto
funcionamento, dispensado a montagem no campo, fazendo apenas as interligações
e instalações elétricas-eletrônicas e hidráulicas.
Unidades não transportáveis num único pacote são fornecidas ou em blocos semi-
compactos ou em componentes unitários desmontados, de tal maneira que no local
de instalação estes componentes são unidos para completar a unidade.
Os aços aplicados na construção das caldeiras expostas aos gases quentes precisam
ser continuamente resfriados por água ou mistura água-vapor para conservarem
suas qualidades de resistência, pois até a temperatura limite de 450ºC para os aços
carbonos comuns, 590ºC para os aços martensíticos e 650ºC para outras ligas
martensíticas, estes materiais conservam suas propriedades mecânicas.
Ultrapassando estes limites as propriedades destes materiais utilizados na
construção de caldeiras começam a diminuir sua resistência mecânica.
Sabe-se que a circulação natural da água fica mais comprometida a medida que a
pressão se eleva. Constata-se que o vapor a pressão de 35 kgf/cm2 pesa por unidade
de volume 45 vezes menos que a água; à 140 kgf/cm2 7,5 vezes menos e a 210
kgf/cm2 apenas 2,5 vezes. Dai concluí-se que a circulação controlada por meios
forçados é fundamental nas caldeiras e altíssimas pressões, normalmente acima de
160 kgf/cm2.
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Fig.3.17
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A primeira concepção de caldeira de circulação forçada foi dada por Benson, a qual
se caracteriza pela construção monotubular, através da qual circula a água
unidirecionalmente, desde a entrada até a saída, já no estado de vapor, conforme
esquema da figura 3.18
Fig.3.18
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Fig.3.19 Fig.3.20
São basicamente constituídas pelo casco ou tambor, contendo uma cuba interna e os
eletrodos, um por fase. O casco é um vaso de pressão, cilíndrico-vertical, isolado
termicamente e convenientemente aterrado. A cuba é isolada elétricamente por
meio de porcelanas adequadas.
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- condutividade da água;
- nível da água;
- distância entre os eletrodos.
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1 - Corpo da Caldeira
2 - Eletrodo
3 - Câmara de Vapor
4 - Bomba de Circulação
5 - Bomba de Alimentação de
Água
6 - Eliminador de Água
7 - Válvula de Segurança
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Legenda:
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4. FORNALHAS
1- O aparelho de combustão
2- A câmara de combustão
No interior da fornalha as paredes devem ser revestidas com uma camada de tijolos
refratários responsáveis por reter o calor no interior da fornalha, por isso devem ter
refratariedade e alto ponto de fusão, resistência ao choque térmico e dilatação quase
nula.
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São adequadas para a queima de lenha em toras de um metro. A figura 4.1 mostra a
instalação de uma grelha plana em caldeira flamotubular.
A aplicação deste tipo de grelha é limitado à caldeiras com capacidade de gerar até
15 tv/h. A partir desta capacidade o suprimento manual do combustível se complica
o ponto de inviabilizá-lo. Projetos maiores, jamais deveriam adotar este sistema de
queima sob pena de contribuir para o desperdício de reversas florestais
comprometidas com outros programas mais coerentes com a economia da Nação.
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Como o nome sugere, esta grelha é construída por placas de FOFO, formando
degraus, apoiados em travessões inclinados. O combustível é arrastado ou projetado
no início do plano inclinado, desce até formar um monte equilibrado, preenchendo
todo o suporte. A figura 4.2 apresenta quatro exemplos de grelha tipo escada. Em
seguida na figura 4.3, apresenta-se algumas disposições construtivas dos travessões
inclinados que servem de apoio às placas que compõem os degraus.
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Fig. 4.2
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Fig. 4.3
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Fig. 4.4
Fornalhas Celulares
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Fornalha celular
Fig. 4.5
A figura 4.6 apresenta um projeto de caldeira com grelhas basculantes para queima
de casca de arroz. As fornalhas desta categoria se aplicam para caldeiras de até 150
tv/h
Como se observa no desenho, a grelha é formada por piso plano constituído por
placas perfuradas, observe que o ar ingressa por baixo do piso basculante. As placas
se apoiam em travessões lisos que giram em torno de mancais laterais mediante a
ação de um pistão pneumático, que também pode ser visto pela figura 4.7. A cada
ação do pistão corresponde um basculante, durante o qual as cinzas caem no
cinzeiro. Esta concepção construtiva possui alimentação de combustível sempre por
projeção. Há dois tipos de distribuidores, um denominado aspegidor pneumático e
outro mecânico (figura 4.7).
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Fig. 4.7
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- grelha oscilante;
A figura 4.8 ilustra este tipo de grelha com inclinação aproximada de 20o em que a
rosca sem fim (a) força o carvão sobre as barras de suporte (b) apoiadas nas vigas
de acionamento (c) movimentadas por uma engrenagem regulável (d) que lhe
confere o movimento de vai e vem. O cilindro (e) é responsável por projetar a
escória mais leve ao reservatório de escória (i) que recebe também detritos da
grelha pela saída (k). O ventilador (f) introduz o ar de combustão que penetra na
grelha pelas câmaras de corrente de ar inferior (g); regulado por “dampers” através
do controle da corrente de ar inferior (h). Bocais de ar (l), localizados acima da
grelha, auxiliam na queima do pó de carvão em suspensão e do coque volátil.
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Fig. 4.8
O combustível é admitido por meio de uma rosca (a), acionada por motor elétrico
(h) com transmissão por engrenagens (g), que continuamente projeta o combustível
na parte inferior da grelha. A grelha (c) propriamente dita é inclinada e
transversalmente apresenta dupla inclinação de ambos os lados do, canal central (b),
de forma que o combustível caminhe do centro para os lados, onde é totalmente
queimado sobre a grelha de combustão (d), conforme representação na figura 4.9
(seção A-B).
O carvão, a medida que é forçado a subir para as partes superiores do leito, vai se
aquecendo eliminando os voláteis e incandescendo-se. Atingindo o topo do leito, o
carvão rola sobre si mesmo lateralmente até sua extinção total na grelha de
combustão. As laterais recebem as cinzas que são basculadas por meio de alavancas
(e), caindo em seguida nos cinzeiros. A escória é direcionada para a saída f da
figura 4.9.
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Fig. 4.9
Grelha Oscilante
Fig. 4.10
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Estas lâminas flexíveis, no lado oposto às barras, são rigidamente fixadas a uma
estrutura solidamente chumbada no concreto da fundação. A grelha é adaptável para
a queima de qualquer combustível de biomassa e do carvão com médio e baixo teor
de cinzas. Carvão com alto poder calorífico, fundem as placas e inutilizam a
fornalha, fato este que tem limitado sua aplicação.
Modelo mais avançado é a grelha oscilante resfriada que queima carvão com alto
poder calorífico pois contém, junto ao piso da grelha tubos resfriados pela própria
água da caldeira além de apresentar na sua parte inferior compartimentos por onde
passa o ar de combustão.
Fig. 4.11
CALDEIRAS - 42
ELETRONUCLEAR Gerência de Treinamento- GTR.O
Entre todas é a de montagem mais complexa porque envolve uma mecanização mais
elaborada, são utilizadas para aplicação em caldeiras de produção superiores a 39 t/h
até 150 t/h.
Fig. 4.12
Conforme a pressão do ar, os queimadores são denominados de baixa pressão (até 500
mmca) ou de média pressão (da ordem de 100 mmca). São indicados para unidades de
pequeno porte, queimando uma quantidade máxima de 50 kg óleo/h. O ar de
pulverização, denominado ar primário, representa 20% do ar total necessário à
combustão. Opera com 30 a 40% de excesso de ar e apresentam uma pulverização não
uniforme, dificultando a regulagem da queima. Uma concepção mais moderna deste
tipo, procura dar uma rotação aos dois fluxos, o que tem permitido uma melhora na sua
performance (figura 4.13).
Fig. 4.15
Fig.4.16
Graças ao estado gasosos, o gás é o combustível mais simples de ser queimado pois a
mistura com o comburente se processa de forma muito mais fácil do que com qualquer
outro combustível, podendo ter sua velocidade de ignição consideravelmente
aumentada mediante pré aquecimento do suprimento do comburente. Basicamente
distinguem-se dois tipos:
queimadores de mistura
queimadores de difusão.
O processo possibilita a queima de combustíveis sólidos finos de carvão com alto teor
de cinzas, aproveita os finos resultantes da preparação do próprio carvão e admite a
queima de grandes quantidades, assegurando sua aplicação nas grandes caldeiras,
possibilitando uma larga faixa de controle de combustão.
Fig.4.19
Tubulão de vapor
Válvula de controle
Bomba de alimentação
Fig 5.1
5.1.1 INJETORES
Quando o ar ou vapor passa pelos cônicos divergentes, forma vácuo, faz com que a
válvula de admissão seja aberta e arrasta por sucção a água do reservatório para dentro
da caldeira. Se a água entra em excesso, sai através de uma válvula de sobrecarga.
Injetor de Água
Fig.5.2
A bomba acionada eletricamente tem sido aplicada em pequenas caldeiras que operam
em pressões elevadas, pois as bombas centrífugas para altas pressões dificilmente
atingem pequenas capacidades.
Sua constituição esquemática, representada na figura 5.3, conta com uma câmara, duas
válvulas de retenção e um êmbolo.
Fig.5.3
São bombas que têm dado os melhores resultados, pela simplicidade de seus
componentes, facilidade de manutenção, pela grande vazão que nos oferece, atingindo
até 500.000 litros de água por hora, e por operar em regime contínuo, ao contrário das
bombas alternativas onde a alimentação se processa em golpes contínuos.
Seu funcionamento consiste em um disco com um jogo de palhetas que giram em alta
velocidade e fazem a sucção da água. Cada disco forma um estágio, cuja quantidade
pode variar de acordo com a capacidade da bomba. Nas caldeiras de baixa pressão
empregam-se bombas com apenas um estágio e nas de alta pressão são usados
multiestágios.
As bombas centrífugas são passíveis de serem acionadas por motores elétricos ou por
turbinas a vapor, estas últimas aplicáveis apenas em geradores de maiores capacidades
e pressões. Podem, ainda, ter carcaça cilíndrica e bipartida.
Poderão ser construídos de várias formas mas os principais constam de uma garrafa
que é ligada ao tambor de vapor e uma bóia que flutua no seu interior. Qualquer
flutuação do nível interno é transmitidos a esta bóia, presa na parte superior por uma
haste (3), conforme fig. 5.5.
A haste movimenta-se dentro do recipiente (5), e ao passar pelo campo magnético (2)
produzido pelo imã permanente (1) faz movimentar a célula de mercúrio (4) pelo pino
pivotado (A). A bomba assim fica dependendo do sistema liga-desliga, das chaves de
mercúrio, alimentando ou não a caldeira.
Fig.5.5
Sua construção é bastante simples. É formado por dois tubos concêntricos, sendo que
o tubo externo é o tubo de expansão e o interno serve para fazer a ligação com o
tambor de vapor pela sua parte superior, onde recebe uma quantidade de vapor. Faz
também a ligação com o tambor de vapor em um ponto correspondente ao nível
mínimo, recebendo, portanto, pela parte de baixo, água do tambor de vapor.
O tubo termostático abrange quase toda a extensão da fornalha, sendo que em uma das
extremidades é rigidamente ligado a serpentina de aquecimento e a outra extremidade
permanece livre, a fim de poder dilatar-se e mover a válvula de admissão da água.
Quando a caldeira está com uma queima total, a extremidade livre do tubo termostático
mantém a válvula de admissão em posição que passe, apenas, a água para repor a
quantidade que está sendo evaporada.
À medida que a água vai entrando no tambor, a quantidade de vapor dentro do tubo
termostático também vai diminuindo, dando lugar à água que é bem mais fria que o
vapor, fazendo, desta forma, com que o tubo, que se havia expandido pelo calor, agora
se contraia em virtude da mudança de temperatura: à medida que a temperatura diminui
no interior do tubo, este se contrai, fazendo com que o conjunto de comando faça a
redução da entrada de água até que o nível seja equilibrado.
O nível normal de água na caldeira poderá ser elevado ou baixado à vontade, dentro de
limites razoáveis. Uma porca de regulagem, localizada na extremidade do tubo, pode
ser girada para proporcionar o nível desejado mesmo com a caldeira em
funcionamento.
O tubo externo, por sua vez, liga-se pela parte inferior ao diafragma de uma válvula
de controle. Pela conexão superior desta camisa introduz-se água limpa até o fluido
transbordar.
À medida que o nível oscila, a água contida na câmara recebe contato com maior ou
menor superfície de aquecimento, respondendo com variações nas dilatações e
contrações do fluido de maneira a transmitir à válvula de controle, posições
diferentes de ingresso ou interrupção da passagem da água.
A figura 5.8 exibe uma versão mais moderna de controle de nível em caldeiras,
introduzindo o ar comprimido como fluido auxiliar.
Fig.5.8
Devido à quantidade do “Fuel oil” fornecido com alto teor de parafina o sistema de
aquecimento deve ser misto (eletricidade e vapor), a fim de elevar e manter a
temperatura do óleo acima do ponto de fluidez (ponto de baixa viscosidade).
Caso o óleo combustível seja muito viscoso, ele deve ser recirculado no sistema de
preaquecimento até atingir a temperatura ideal, antes de ser admitido na caldeira
para não entupir o pulverizador, em razão da viscosidade imprópria.
No início de funcionamento, quando o óleo não está ainda a uma temperatura ótima
de pulverização, deve-se usar querosene.
Fig.5.9
Três são as grandezas relacionadas com o problema de malha aberta que responde
pela regulagem automática da combustão:
o consumo de combustível
o consumo de ar para a combustão
a extração dos gases formados
Consiste em um tubo de vidro colocado no tambor de vapor (figura 5.10) e que tem
a finalidade de dar ao operador a noção exata da altura onde se encontra a água da
caldeira. Na maioria das caldeiras o nível de água é exatamente no centro do tubo
de vidro, o que corresponde ao centro do tambor de vapor. Existem, porém,
caldeiras que não seguem esta regra cabendo ao operador certificar-se do quanto
corresponde a marca de nível dos indicadores.
Visor de nível
Fig.5.10
Manter o nível de água da caldeira é um importante papel do operador que terá que
dispensar-lhe uma especial atenção.
Antes de se iniciar a operação da caldeira, deve ser feita uma drenagem no nível, a
fim de que se eliminem algumas impurezas que por ventura tenha-se localizado no
nível ou nas conexões do mesmo. Nas caldeiras manuais, o nível é importantíssimo
porque dará ao operador uma noção exata de quanto a água deverá ser introduzida
na caldeira.
5.5 MANÔMETROS
1 1,033 14,22
0,96 1 14,7
0,065 0,068 1
Fig.5.11
Quando uma caldeira possui duas válvulas de segurança, uma delas deverá abrir
com 5% acima da pressão máxima de trabalho permitida e a outra com 10% acima
da pressão máxima permitida.
de baixo curso;
de alto curso.
No primeiro tipo, a pressão do vapor atuando sobre a área do disco de vedação, abre
totalmente a válvula.
Na instalação deve-se:
evitar choques;
acertar o prumo (velocidade da válvula)
evitar alterar a regulagem original do fabricante.
Na operação:
Fig.5.12
Fig.5.13
Ocorrendo uma destas falhas, a fornalha da caldeira ficaria sujeita a uma explosão,
caso não houvesse a interrupção imediata do fornecimento do combustível.
POR TERMOELÉTRICOS
Trata-se de um sistema bem aperfeiçoado que trabalha com uma célula fotoelétrica,
um amplificador e um relé. O seu funcionamento é baseado na coloração das
chamas. Se estas se apagarem a luminosidade no interior da fornalha será
diminuída, a célula fotoelétrica comandará o amplificador e o relé que abrirá seus
contatos, interrompendo o circuito dos queimadores.
5.7.1 PRESSOSTATOS
Fig.5.14
Pressostato Modular
Todo este trabalho é conseguido através do motor modulador que consiste (além
dos enrolamentos do motor) de um relé de equilíbrio e de um reostato de
balanceamento. Portanto o motor trabalha junto com o reostato da chave
moduladora.
a) modulação automática
b) ignição elétrica
c) apagar a caldeira por motivo de segurança
d) limitar a pressão
e) promover a ignição automaticamente.
Válvula Solenóide
Nas cadeiras flamotubulares com queima a óleo ou a gás, o óleo diesel, ou gás, para
a chama piloto é controlada por uma válvula solenóide, dotada de uma bobina, que,
quando energizada, atrai o obturador pelo campo eletromagnético formado, abrindo
a passagem do combustível.
Permite a vazão de todo o vapor produzido pela caldeira. Na maior parte das
aplicações são válvulas do tipo globo, por assegurarem controle mais perfeito da
vazão.
Válvula De Alimentação
Fig.5.15
Válvulas de Escape de Ar
Outra válvula do tipo globo que controla a saída ou entrada de ar na caldeira, nos
inícios e fins de operação. Apresenta dimensões de ¾ “a 1”.
Válvula de Retenção
figura 5.16
Válvulas de Descarga
Estão sempre ligadas às partes mais inferiores das caldeiras. O lodo do material
sólido em suspensão, geralmente acumulado no fundo dos coletores ou também
inferiores das caldeiras é projetado violentamente para fora da unidade, quando se
abrem estas válvulas.
É uma válvula do tipo globo , cuja secção corresponde a 10% da válvula principal.
Sua função é assegurar o suprimento de vapor para acionamento de órgãos da
própria caldeira, como:
bombas de alimentação
aquecimento de óleo
injetores
Válvulas de Alívio
É uma válvula instalada na parte superior do préaquecedor de óleo, para evitar que
o óleo combustível atinja pressões superiores aos níveis adequados no mesmo.
Tubulações
Se a água for lançada na parte onde tem vapor, estando ela bem mais fria, provocará
um choque térmico, que poderá causar sérias conseqüências. Portanto, a admissão
é feita abaixo do nível de água e o mais distante possível da fornalha.
Não se deve injetar água fria em caldeira quente quando o nível d’água estiver
baixo. Deve-se diminuir o fogo a até apagá-lo, esfriando a caldeira. Caso isto não
seja observado, corre-se o risco do choque térmico e da provável implosão da
caldeira.
Se a rede de água não deve ter vazamentos, esta menos ainda. Os combustíveis são
inflamáveis, portanto podem provocar acidentes. Além disso, criam ainda outra
condição insegura no trabalho, pois eliminam o atrito e o operador pode acidentar-
se por quedas, etc.
Rede de Drenagem
Esta é a rede que sai da parte mais baixa da caldeira e vai terminar fora da caldeira.
Próximo da caldeira ela tem uma válvula comum. A rede conduz uma mistura de
água e vapor para um local protegido, onde não possa atingir algumas pessoas. O
objetivo é drenar a caldeira, isto é, eliminar os detritos, sujeiras e composto de
corrosão que se acumulam dentro dela.
Rede de Vapor
O vapor é um fluido pouco corrosivo, para o qual os diversos materiais podem ser
empregados, até a sua temperatura limite de resistência mecânica aceitável.
5.7.4.1 PREAQUECEDOR DE AR
Fig.5.17
Classificação
a) Preaquecedor regenerativo
Preaquecedor de ar regenerativo
Fig.5.18
Fig.5.19
Fig.5.20
5.7.4.2 ECONOMIZADOR
Fig.5.21
SEPARADO
Usados nas caldeiras de baixa pressão (25 kg/cm2) e construído geralmente de tubos
de aço ou ferro fundido com aletas; no seu interior circula a água e por fora os gases
de combustão.
INTEGRAL
A corrosão nos tubos dos economizadores pode ser tanto de dentro para fora como
de fora para dentro. Os furos de fora para dentro são causados pelos gases que
aquecem e arrastam enxofre contido no óleo. Ao se juntarem com o oxigênio e
com outros elementos contidos nos gases, formam um poderoso agente corrosivo
(Ácido sulfúrico, por exemplo). Os furos de dentro para fora são causados pela
circulação da água não tratada que contém oxigênio e gás carbônico, principais
agentes da corrosão interna dos tubos.
5.7.4.3 SUPERAQUECEDORES
O vapor saturado é mais indicado para uso em aquecimento, pois devido à mudança
de fase permite a troca de calor a temperatura constante, apresentando como
inconveniente a grande formação de condensado.
Quando instalados dentro das caldeiras estão localizados atrás do último feixe de
tubos, entre dois feixes de tubos, sobre os feixes de tubo ou ainda sobre a fornalha
(figura 5.22). A caldeira pode, apresentar o superaquecedor em separado (figura
5.23). Neste caso, ele dependerá de uma fonte de calor para o aquecimento;
normalmente, é instalada uma outra fornalha.
Figura 5.22
Fig.5.23
5.7.4.4 PURGADORES
São dispositivos automáticos que servem para eliminar o condensado formado nas
linhas de vapor e nos aparelhos de aquecimento, sem deixar escapar vapor.
6. TIRAGEM
Tiragem Forçada
Fig.6.1
Tiragem Induzida
Fig.6.2
Neste sistema, são empregados dois ventiladores sendo que um deles tem a finalidade de
introduzir o ar dentro da caldeira (ventilador soprador) e o outro tem a finalidade de retirar o
ar da caldeira (ventilador exaustor), conforme esquema da figura 6.3.
Tiragem mista
Fig.6.3
Para que uma caldeira possa ter um bom funcionamento, a tiragem tem que ser
muito bem controlada. Este controle é feito por registros colocados no circuito dos
gases. Estes registros constam de uma ou mais palhetas que podem ser comandada
manual ou automaticamente, chamados de “dampers”.
6.5 CHAMINÉ
Ajudam a tiragem devido à diferença entra a sua base e o seu topo, provocada pela
diferença de temperatura dos gases da combustão.
Pela chaminé deverão sair o gás carbônico (CO2), vapor d’água (H2O) e outros
compostos. Isso, porém, na maioria das vezes não ocorre e junto com o gás
carbônico há um grande desprendimento de fuligem que contribui para a poluíção
da atmosfera.
A fumaça que sai pela chaminé, quando apresentar uma coloração clara, pode
indicar um pequeno excesso de ar e quando sua coloração for escura, indica a
presença de combustível não queimado pela deficiência na alimentação de ar, de
forma a atingir uma relação ar-combustível adequado.
7. COMBUSTÃO E COMBUSTÍVEL
7.1 DEFINIÇÕES
COMBUSTÃO
COMBUSTÍVEL
a) SÓLIDOS
madeira, turfa, linhito, lulha, carvão vegetal, coque de carvão, coque de petróleo,
etc.
b) LÍQUIDOS
c) GASOSO
COMBURENTE
REAÇÕES DA COMBUSTÃO
Onde
C = 84%, H2 = 11%, S = 4% e O2 = 1%
0 , 01
mtar = (11,5 - 0,84) + 34,8 (0,11 - )+ (4,35 x 0,04)
8
mtar = 9,66 + 3,7845 + 0,174
Exercicio:
Solução:
PV = mRT
R 8 , 315 kJ
RAR = 0 , 287
Mar 29 kg .K
A forma mais prática e rápida de se calcular o calor perdido através dos gases de
combustão é pela medição de sua temperatura na base da chaminé, associando-se ao
teor de CO2 medido no mesmo ponto.
Como foi visto, sabemos que o excesso de ar reduz a percentagem de CO2 presente
nos gases de combustão, pois para o mesmo volume de CO2 teremos aumentado o
volume total dos gases.
As medições do teor de CO2 nos gases de combustão são efetuadas por meio de um
medidor de CO2 tipo “Firyte” ou “Orsat”. Esse tipo de medidor de CO2 funcionam
pela absorção deste gás por uma solução de hidróxido de potássio concentrada
contida numa coluna graduada, que fornece o teor de CO2 por leitura direta. Com a
determinação dos valores de CO2 e temperatura, obteremos informações tais como:
a perda percentual de calor pela chaminé e a percentagem de excesso de ar.
O emprego direto das águas “in natura”, como água de alimentação de caldeiras,
implica num processo de evaporação da fase líquida, com conseqüentes
concentrações dos produtos minerais dissolvidos.
Como esses depósitos incrustantes, são fracos condutores de calor, seu acúmulo
sobre as superfícies metálicas tendem a criar maiores resistências ao escoamento do
calor, contribuindo para uma sensível diminuição do Coeficiente de Condutividade
entre os gases quentes e a água situada no interior da tubulação. Evidentemente,
diante de uma condição de trabalho que prejudica a troca de calor entre os fluidos
do processo, a caldeira, passa a produzir menor quantidade de vapor e a apresentar
uma diminuição no seu rendimento térmico.
As análises são sempre feitas com referência ao volume de água e não ao pêso,
assumindo o pêso de 1 kg por cada litro de água sem levar em conta a correção pela
temperatura.
dureza
alcalinidade
cloretos
fosfatos
pH
sólidos totais
resíduos calcinado
matéria orgânica
concentração de O2 livre.
sílica.
Nessa hipótese, a aplicação de um filtro de areia aberto com remoção das impurezas
por gravidade ou uma variante de filtro auto lavável, também aberto, atendem as
necessidades do processo. Na ausência de espaço para se instalar um filtro deste
tipo, se recorre a um filtro de camadas de areia e antracito, fechado, compacto que
promove a circulação da água sob pressão até no máximo de 10 m c.a. (vide
fig.8.1). Quando a pressão interna do vaso do filtro acusa valores superiores a
pressão atrás indicada promove-se uma inversão do fluxo da água que passa a
circular no sentido ascendente, arrastando para o esgoto todo o material acumulado
sobre a camada superior de areia. Esta operação se prolonga até o visor existente
no circuito, acusar passagem de água límpida, com duração aproximada de 5 a 10
minutos.
Fig.8.1
Dificilmente hoje se encontra um córrego, rio ou lago que disponha de água límpida
sendo forçoso o acréscimo de um pré tratamento, antes da filtração, denominado
clarificação.
Os aparelhos clarificadores recebem a água bruta tal qual procedem das fontes de
suprimento juntamente com agentes coaguladores que promovem a formação de
flocos gelatinosos dotados de grande capacidade de absorção das impurezas
existentes no fluido.
Fig.8.2
A água límpida a seguir deve ser submetida a outros tratamentos para eliminar as
impurezas dissolvidas. Serão parâmetros determinantes na decisão do processo de
tratamento a ser adotado, a qualidade da água, a pressão da caldeira e a pureza do
vapor.
8.3.1.1 ABRANDAMENTO
(a) (b)
8.3.1.2 DESMINERALIZAÇÃO
8.3.1.3 DESGASEIFICAÇÃO
Tem a finalidade de eliminar todos os gases ainda dissolvidos na fase líquida, para a
atmosfera, como por exemplo o oxigênio, gás carbônico, sulfídrico e outros.
Todavia, unidades que operam com baixas pressões, podem dispensar o acréscimo
da aparelhagem, adotando métodos químicos para atenuar o efeito corrosivo,
sobretudo o oxigênio.
Aparelhos Desgaseificadores
Uma variação mais moderna deste tipo, aplica bandejas perfuradas de forma a criar
uma série de jatos cilíndricos de água em queda vertical aumentando a superfície de
contato das fases, conforme esquema da fig.8.5.
Fig.8.4
Fig.8.5
O aparelho deste tipo precisa ser rigidamente fixado a base, e todos os acessórios
firmemente atados, dado que a injeção do vapor diretamente no fundo do vaso cheio
de água fria, no início do processo de aquecimento provoca fortes golpes de aríete
pela instântanea condensação do vapor.
Como já foi observado anteriormente, a sílica está presente na água como ácido
salicílico e silicatos solúveis. Forma incrustações de difícil remoção que podem ser
retirados pelo tratamento com óxidos por troca iônica.
É o método mais econômico que consiste em adicionar uma solução dos sais de
tratamento no próprio tanque de alimentação de água ou no tubo de injeção desta,
no interior da caldeira, mediante um dosador contínuo.
A caldeira com a água que produz vapor, portanto, vai acumulando e concentrando
os sais que ingressam com a água. A concentração deve ser mantida até o limite de
solubilidade a partir do qual há precipitações que concorrem para incrustração,
arraste de partículas sólidas pelo vapor e formação de espuma.
É a descarga da caldeira que mantém a concentração destes sais dentro dos limites
convenientes, além de arrastar o lodo que se acumula nas partes inferiores da
caldeira.
O arraste consiste de diminutas gotículas de água que são carregadas pelo vapor no
momento que este se desprende da superfície da água. Em condições normais de
operação, o arraste de água é uma possibilidade remota pois os internos do tubulão
superior são projetados para evitar que isto ocorra. Entretanto, pode ocorrer este
tipo de arraste se houver:
Assim, os produtos químicos são lançados no espaço de vapor e carregados por ele.
A intensidade desta espuma depende da natureza dos compostos químicos na água
da caldeira. O problema de arraste provoca a formação de depósitos no
superaquecedor, nas pás das turbinas e no sistema de condensado, além de
problemas de corrosão e erosão, nas caldeiras aquotubulares.
10. BIBLIOGRAFIA
1. Pera, Hildo, Geradores de Vapor de Água .Ed. Fama: São Paulo ,1990