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Introdução
Do grupo de salmos de Ações de Graça, alguns poucos podem ser entendidos como hinos de
gratidão coletivos. A maioria dos salmos deste grupo são hinos de gratidão de caráter individual.
Frequentemente um salmo de ação de graça é uma resposta de uma pessoa que foi abençoada por
Deus, ou ainda que percebeu a mão poderosa de Deus atuando na sua vida ou na comunidade. É o
oposto dos salmos que expressam orações em tempos de dificuldades ou lamentações do indivíduo.
O termo hebraico para oferta de gratidão é o mesmo para ação de graça. Frequentemente o
agraciado oferecia uma oferta de gratidão no templo ou mesmo apenas uma oração e hino de
gratidão. O hino de gratidão de caráter individual, tradicionalmente era cantado diante de um grupo
pequeno de amigos ou parentes reunidos pela pessoa que queria manifestar a sua gratidão a Deus.
Este tipo de hino não era utilizado em cerimônias públicas. Os salmos de ações de graça têm uma
estrutura típica, que com frequência é dividido em: a) introdução do propósito do salmo; b)
descrição do problema passado e a resposta; c) expressão de gratidão e em algumas ocasiões
acrescida de uma oferta de gratidão.
Este salmo tem provavelmente relação com evento de livramento de Judá dos assírios, conforme
relatado em II Reis 19. Neste trecho o rei Senaqueribe, que possuía um exército devastador, desafia
o Deus de Judá. O rei Ezequias ora a Deus– “Agora Senhor, nosso Deus, salva-nos das mãos dele,
para que todos os reinos da terra saibam que só tu, Senhor, és Deus” (II Reis 19. 14-19). Deus livrou
o povo, destruindo o exército de Senaqueribe.
O salmo 66 é composto de 3 partes principais com várias estrofes. A primeira parte dos versículos 1
a 7 é um hino de louvor. A segunda parte composta dos versículos 8 a 12 é um hino convidando ao
louvor coletivo. A terceira parte dos versículos 13 a 20 é um cântico de gratidão pessoal. A estrofe
de abertura (1-4) é seguida de 2 estrofes que se iniciam pelos versículos 5 e 8 – “Vinde e vede...” .
O hino na sequência do texto traz a gratidão e louvor pessoal por uma graça recebida, que como
consequência o salmista cumpre os votos feitos (Salmo 66.13-15). Este salmista deveria ser uma
pessoa de posses em decorrência da quantidade de ofertas oferecidas. A segunda estrofe desta
parte do salmo (Salmo 66. 16-19) é um testemunho pessoal que o salmista quer contar para todos
“Vinde, e ouvi ...” (Salmo 66.16). Ao mesmo tempo há um reconhecimento que Deus não atende
aquele que assim age de modo hipócrita (Salmo 66.18). Este trecho faz lembrar a parábola contada
por Jesus referente ao fariseu e o publicano (Lucas 18.9-14).
Salmos (do grego Ψαλμός, Música, pois a palavra que intitula muitos salmos no texto hebraico é
Mizmor מזמור, Músical) ou Tehilim (do hebraico תהילים, Louvores) é um livro do Tanakh (fazendo parte
dos escritos ou Ketuvim) e da Bíblia Cristã, vem depois do Livro de Jó, pois este encerra a sequência (AO
1943: seqüência) de livros históricos, e antes do Livro dos Provérbios, iniciando os livros proféticos e
poéticos em ordem cronológica,[1][2] sendo o primeiro livro a falar claramente do Messias (ou Cristo) e seu reinado, e do
Juízo Final. É o maior livro de toda Bíblia [3] e constitui-se de 150 (ou 151 segundo a Igreja Ortodoxa) cânticos e
poemas proféticos, que são o coração do Antigo Testamento, é a grande síntese que reúne todos os
temas e estilos dessa parte da Bíblia,[4] utilizados pelo antigo Israel como hinário no Templo de Jerusalém, e hoje são
utilizados como orações ou louvores, no Judaísmo, no Cristianismo e também no Islamismo (o Corão no
cap. 17, verso 82, refere os salmos como "um bálsamo"). Tal fato, comum aos três monoteísmos semitas,
não tem paralelo, dado que judeus, cristãos e muçulmanos acreditam nos Salmos que foram escritos em
hebraico, depois traduzidos para o grego e latim.
Autor: As breves descrições que introduzem os salmos listam Davi como autor em
73 casos. A personalidade e identidade de Davi estão claramente estampadas em
muitos desses salmos. Embora seja claro que Davi escreveu muitos dos salmos
individuais, ele definitivamente não é o autor de toda a coleção. Dois dos salmos
(72 e 127) são atribuídos a Salomão, o filho e sucessor de Davi. Salmo 90 é uma
oração atribuída a Moisés. Outro grupo de 12 salmos (50 e 73-83) é atribuído à
família de Asafe. Os filhos de Coré escreveram 11 salmos (42, 44-49, 84-85,87-88).
Salmo 88 é atribuído a Hemã, enquanto que Salmo 89 é atribuído a Etã, o ezraíta.
Com a exceção de Salomão e Moisés, todos esses autores adicionais foram
sacerdotes ou levitas responsáveis pelo fornecimento de música para a adoração
no santuário durante o reinado de Davi. Cinquenta dos salmos não mencionam
qualquer pessoa específica como seu autor.
Quando foi escrito: Um exame cuidadoso da questão da autoria, bem como dos
assuntos abrangidos pelos salmos em si, revela que cobrem um período de muitos
séculos. O salmo mais antigo da coleção é provavelmente a oração de Moisés (90),
uma reflexão sobre a fragilidade do homem em comparação com a eternidade de
Deus. O mais recente é provavelmente o salmo 137, uma canção de lamento
claramente escrita durante os dias em que os hebreus estavam sendo mantidos em
cativeiro pelos babilônios, cerca de 586-538 AC.
É claro que os 150 salmos individuais foram escritos por diferentes pessoas durante
um período de mil anos na história de Israel. Eles provavelmente foram compilados
e agrupados em sua forma atual por algum editor desconhecido logo após o
término do cativeiro em cerca de 537 AC.
Propósito: O Livro dos Salmos é o mais longo livro da Bíblia, com 150 salmos
individuais. É também um dos mais diversos, já que os salmos lidam com temas
como Deus e Sua criação, guerra, adoração, sabedoria, o pecado e o mal,
julgamento, justiça e a vinda do Messias.
Salmo 51:10: “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova dentro de mim um
espírito inabalável.”
Salmo 119:1-2: “Bem-aventurados os irrepreensíveis no seu caminho, que andam
na lei do SENHOR. Bem-aventurados os que guardam as suas prescrições e o
buscam de todo o coração.”
Resumo: O Livro dos Salmos é uma coleção de orações, poemas e hinos que
transformam os pensamentos sobre Deus, por parte do adorador, em louvor e
adoração. Partes deste livro foram usadas como um hinário nos cultos de adoração
do antigo Israel. A herança musical dos salmos é demonstrada pelo seu título. Ele
vem de uma palavra grega que significa “uma música cantada com
acompanhamento de um instrumento musical”.
Nós podemos trazer todos os nossos sentimentos a Deus - não importa se é uma
queixa ou apenas pensamentos negativos. Podemos ter certeza de que Ele vai ouvir
e entender. O salmista nos ensina que a oração mais profunda de todas é um
clamor de socorro quando nos encontramos oprimidos pelos problemas da vida.