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Os espaços confinados são definidos como locais de acesso limitado ou restrito,

que não possuem ventilação natural favorável e que não foram concebidos para
uma ocupação contínua de trabalhos, podendo também ser propícios à
acumulação de contaminantes tóxicos ou inflamáveis, ou à existência de uma
atmosfera deficiente em oxigénio.

Usualmente, a ocupação de espaços confinados deve-se a operações de


construção, limpeza, pintura, manutenção ou reparação e, portanto, é
necessário que as entidades empregadoras e os trabalhadores que entram
nestes locais assumam um conjunto de medidas de segurança de forma a evitar
a ocorrência de acidentes de trabalho. Estas medidas incidem essencialmente
no uso de equipamentos de segurança e trabalho adequados a cada situação,
bem como na adoção de boas práticas de verificação das características do local

e de execução da tarefa em causa.

São aqueles derivados das deficientes condições do espaço como lugar de trabalho,
destacando-se: - Risco mecânicos, devido a equipamentos que podem entrar em
funcionamento inadvertidamente, bem como choque e golpes por elementos salientes ou
devido às dimensões reduzidas do espaço; - Riscos de electrocussão por contacto com partes
metálicas que acidentalmente podem estar em tensão - Quedas quer a diferentes níveis quer
ao mesmo nível; - Queda de objetos no interior dos espaços; - Posturas desadequadas; -
Temperaturas elevadas ou muito baixas; - Ruído e vibrações devidos ao equipamento
utilizado (martelos pneumáticos, etc.); - Iluminação deficiente. Todos estes riscos devem ser
previamente avaliados de forma a determinar as medidas preventivas adequadas,
nomeadamente os equipamentos de proteção individual a utilizar, devendo constar da
“Autorização de Entrada em Espaços Confinados”.
Os profissionais envolvidos na Soldadura estão sujeitos a diversos riscos/ fatores de risco.
Os trabalhadores que fazem soldadura não constituem um grupo homogéneo, ou seja, tanto
laboram em ambientes abertos, como fechados mas bem ventilados ou muito confinados.
Para além disso muitos outros profissionais, ainda que não sejam designados por soldadores,
praticam este ato com alguma frequência, entre outras tarefas laborais, que podem
apresentar riscos cumulativos. Os soldadores estão expostos a fatores de risco tão diversos
quanto os agentes químicos/ fumos, radiação (UV, IV e luz visível- com atingimento
cutâneo e/ou ocular), ruído, vibrações, desconforto térmico, má iluminância/ encandeamento
e/ou contrastes desadequados; ficam por mencionar com destaque nos artigos selecionados
as posturas mantidas/ forçadas, o manuseamento de cargas/ queda de objetos e/ ou ao
mesmo nível e o eventual trabalho em altura ou debaixo de água (com diferenças de pressão
atmosférica), bem como as particularidades de laborar em espaços confinados.

A soldadura é considerada uma atividade de alto risco para a saúde. A soldadura é uma
operação que permite ligar dois ou mais elementos metálicos. Essa ligação pode ser feita por
aquecimentos, por pressão, ou em simultâneo, com ou sem adição de material complementar
(ou material de adição).

A pesquisa no amplo quadro legal que rege a Segurança e Saúde do Trabalho em Portugal
não contempla nenhum tipo de especificidade para as atividades de soldadura, à exceção da
normalização referente aos equipamentos de proteção individual (EPI’s). No quadro que se
segue apresenta-se alguns dos diplomas legais que regulamentam, de uma forma geral, as
atividades de soldadura e os seus respetivos riscos, em termos de Segurança e Saúde do
Trabalho indicando de uma forma sucinta, para além da sua identificação, o tema e a
temática regulamentada.
As atividades de soldadura apresentam os seguintes principais riscos associados:

 choque elétrico (relacionado com o próprio manuseamento do equipamento elétrico


envolvido no processo de soldadura);

 incêndio e explosão (relacionado com as temperaturas elevadas geradas nos processos de


soldadura);

 queimaduras e exposição a várias gamas de radiação (relacionadas com as temperaturas


elevas geradas pelo equipamento e pelos salpicos de material incandescente, bem como pela
emissão de radiações não ionizantes durante os processos de soldadura);

 inalação de gases e fumos (devida ás emanações perigosas, ricas em substâncias tóxicas,


que quando inaladas causam danos múltiplos aos indivíduos expostos);
 ruído (verifica-se em determinados processos emissões de ruído que ultrapassam os
valores recomendados, nomeadamente, na soldadura por arco e plasma).

Medidas de prevenção

-Utilização de máscaras de soldadura com vidro de proteção e vidro de filtro (EN


169:1992);

-Formação específica/sensibilização parte do formador de soldadura.

-Utilização de luvas, mangas de ouro, aventais de couro, botas (Norma EN 420);

– Colocação de anteparos. Utilização de polainas.

– Existência de extintores tipo A, B e C e extintores de CO2 (NP 4413:2003);

– Proibição de utilização e armazenamento de tintas, dissolventes, óleos, massas ou


outro material inflamável;

– Utilização de tampões ou auscultadores. Artigo 7 Dec-lei nº182/2006;

– Realização de manutenção periódicas das instalações elétricas e maquinas.

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