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Esta é uma refutação forte contra a própria existência autónoma dos juízos
sintéticos a priori.
-Os juízos sintéticos a priori: Kant diz que se estes juízos não existissem
não poderíamos falar de conhecimento científico. Ou seja, todo o
conhecimento científico, para Kant o verdadeiro conhecimento, é deste
tipo. Curiosamente muitos duvidam da sua existência e afirmam que nesta
existência assenta toda a construção kanteana. Na verdade Kant tem a
noção de que o conhecimento científico se adquire por experiência, mas a
experiência é, para Kant, não universal- Kant mistura a experiência
subjectiva, pessoal, empírica, com a experiência obtida pelo método
científico - daí a sua conclusão que o conhecimento obtido pela experiência
não é universal. Ele ter-se-ia que somar ao edifício científico mecanicista
Newtoniano, constituindo assim o banco de dados dos juízos sintéticos a
priori.
- Mais curto pode não ser algo de quantitativo, pode ser uma qualidade,
um comparativo. Por exemplo, um homem mais curto do que outro pode
perfeitamente ter 1,80m (desde que o outro meça por ex. 1,85m).
- O caminho mais curto entre dois pontos pode nada acrescentar a “linha
recta”, na medida em que, por definição, a linha recta é o caminho mais
curto entre dois pontos.
“Se desejamos pensar bem, temos que procurar conhecer a verdade, quer
dizer, a realidade das coisas. De que serve discorrer com subtileza, ou
com profundidade aparente, se o pensamento não é conforme à
realidade? Um simples lavrador, um modesto artesão, que conhecem bem
os objectos da sua profissão, pensam e falam melhor sobre eles que um
filósofo presunçoso, que, em elevados conceitos e palavras altissonantes,
lhes quer dar lições sobre aquilo que ele não entende”, Jaime Balmes29.
psycho killer the original
António Campos
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edit
23 I.
Kant, Crítica da Razão Pura, Fundação Calouste Gulbenkian, 4ª ed.,
2001.
24
Na primeira secção da crítica da razão pura, A Estética Transcendental,
que significa a sensação dos númenos, Kant deixa bem claro de que não se
preocupa com o que os dados podem ser nem com o que representam.
Apenas se preocupa com a sua forma, como são formados na mente
humana. Aliás, fruto da sua noção de que não existe o conceito de
presença, o objecto em si ou númeno pode muito bem não existir e, desse
modo, a imagem ou representação pode, de facto, representar o objecto ou
ser ela própria o objecto, isto é, existir sem aquilo que deveria representar-
Kant oscila entre a afirmação de que o mundo numenal “é” ou de que “não
é”. Na verdade, fica-se pela afirmação de que nada se pode dizer sobre o
mundo numenal- a sua influência empirista não desaparece de todo e a
formulação de que tudo o que conhecemos pode ser virtual, uma ilusão,
não é eliminada totalmente do seu raciocínio.
Kant explica:
1- Ser casado significa ser não solteiro, ou seja, o efeito (ser casado) está
contido na causa (ser não solteiro), é um juízo (analítico) a priori.