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FACULDADE DE EDUCAÇÃO
MEMORIAL DE FORMAÇÃO:
AFETIVIDADE E O SUCESSO/FRACASSO
ESCOLAR
Campinas
2006
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
MEMORIAL DE FORMAÇÃO:
AFETIVIDADE E O SUCESSO/FRACASSO
ESCOLAR
Campinas
2006
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© by Débora de Cássia Lopes, 2006.
06-712-BFE
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“Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não
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UM POUCO DE QUEM SEMPRE FOI MUITO
Dedico este memorial às pessoas que me ajudaram nessa jornada. Pessoas estas que,
Muitas pessoas nessa caminhada, nem sabem o quanto foram importantes para mim.
Alguns nas minhas experiências, outras na minha vida e até nas correrias do meu dia-a-
dia. Fizeram a cada momento, me sentir mais viva. Levaram-me a vitórias e abreviaram
os meus fracassos.
Dedico também, a pessoas que me fizeram capaz para estar aqui e passar
luta.
Foram tantos apoios, carinhos, cuidados, auxílios... Que ao término deste memorial
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Então, também dedico parte deste memorial a todos os meus mestres. Pois cada um
querer transmitir o melhor. Acredito que muito em mim, como profissional, me faz
discípula dos que foram mestres na educação e abriram-me os olhos para um mundo que
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MUITO OBRIGADA...
Aos meus pais, pessoas muito importantes para mim, minha sincera gratidão.
grandes vitórias.
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SUMÁRIO
1- APRESENTAÇÃO: SOBRE O
MEMORIAL..............................................................................................................08
2- COMO TUDO
COMEÇOU...............................................................................................................10
3- MINHA ESCOLHA
PROFISSIONAL......................................................................................................12
4- EDUCAÇÃO E AFETIVIDADE........................................................................14
5- AFETIVIDADE E FRACASSO
ESCOLAR............................................................................................20
6- CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................28
7-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................31
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Apresentação
(Caroline Myss)
dentro de mim, uma resposta. O que me orientou foi todo o fruto, que está em mim após
Cada uma reflete diferentes tipos de vínculos que vão desde minha experiência
Para realizar esse registro, procurei fazer uma produção relacionando a teoria e a
prática, vivenciadas por mim como aluna e professora. Constatei nessa graduação, o que
O cotidiano na sala de aula nos leva a verificar que existe uma proximidade entre a
campo educacional.
psicanalítica.
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Buscarei fornecer subsídios para discussões referentes à compreensão da avaliação
Boa leitura!!!
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Como Tudo Começou
Não posso falar de minha vida sem antes dizer sobre minha família, o meu porto
seguro. Meus pais, pessoas humildes que desde muito cedo ensinaram a mim e aos meus
dois irmãos que o bem maior que se pode deixar de herança aos filhos é a boa educação,
Assim como meus irmãos, iniciei meu processo educativo escolar aos quatro anos
de idade e dessa época tenho vagas recordações, uma delas era a dificuldade em me
que sentia ao conhecer alguns materiais até então desconhecidos por mim, assim como
da angústia de realizar atividades de coordenação motora, quem é que não se lembra dos
Segundo Freire (1996), a escola não deve ser/ter partido, ela deve ensinar os
Se a escola não deve tomar partido, por então nos deparamos com inúmeras
mimeografados para que pintássemos, era um aquário com um peixe dentro, então
muito entusiasmada por pintar um desenho tão bonito quanto aquele, abri meu estojo e
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peguei o lápis de cor que eu mais gostava, cor de rosa e pintei com bastante capricho
eu não sabia que a água é azul e me deu outro desenho para que eu pintasse como ela
queria.
Enquanto pintava o outro desenho pensava a fim de “lembrar” da água que eu bebia,
tomava banho e brincava se realmente era azul, é claro que na época fiquei sem resposta
e para agravar a situação além de pintar todas as águas de azul, esta acabou se tornando
minha cor preferida por um longo tempo. Você pode imaginar o que significa para uma
criança de seis anos ouvir essa crítica sem ter a oportunidade de expor seus
pensamentos?
mesmo que com outros alunos da classe (chapéu com orelha de burro, castigo por
conversar nas aulas, leitura em voz alta, chamada oral, dentre tantas outras), vendo
Estou certa de que estas e outras situações são co-responsáveis pelo fracasso escolar.
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Minha Escolha Profissional
(Deepak Chopra)
Sou professora, poderia dizer, desde que vim ao mundo. Nasci para ensinar,
profissional de seus filhos. De forma meio nebulosa, lembro que sentia alguma atração
pela carreira de bailarina, já que fazia ballet há bastante tempo, mas de certa forma, o
magistério parecia uma carreira nobre, cujos vôos, por mais ambiciosos que fossem, não
Com certeza, esses foram anos extremamente importantes para minha vida pessoal e
discussões sobre algum texto, os seminários, etc. No início tive muita dificuldade em
me adaptar, já que como outras tantas pessoas, vim de uma educação autoritária, onde
espontaneidade e a criatividade.
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Apesar de estar satisfeita com o magistério, isto é, com o embasamento teórico
que tive ao fazê-lo, sentia-me extremamente insegura para receber em minhas mãos
uma turma de alunos, pois, sempre me preocupei e ainda me preocupo cada vez mais
com a diferença que poderei fazer na vida de cada aluno, ou melhor, me tornar um
modelo positivo e inesquecível formando seres humanos que farão diferença no mundo.
Intervenção que além do conhecimento dos conteúdos bem ou mal ensinados e/ou
meus primeiros salários: Que delícia! Foi nesse momento que verdadeiramente passei a
amar essa profissão e tudo o que estudei. Não pelo salário, muito menos pelas
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Educação e Afetividade
Como ressalta Dulban (1997), “A própria identidade não é jamais concedida, ela é
aprendizagem e de ensino.
de seus alunos... Pois é importante que esse professor seja um sujeito reflexivo que
sempre avalie suas ações como profissional e cidadão” (AMARAL, 2001, p.81).
E para provocar essa reflexão critica nos alunos, o professor não deverá jamais ter a
mesma postura que tinha há tempos atrás, em minha época de aluna, por exemplo, onde
não podíamos ser criativos e nem críticos e é justamente isso que busco em minha
hipóteses que têm sobre o tema, deixando-os que conversem, dialoguem antes de
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abrangente no qual se inserem várias manifestações. O papel da afetividade para Piaget
educação infantil, sempre no inicio de cada ano, período de adaptação, podemos ver de
De acordo com Piaget, não existem estados afetivos sem elementos cognitivos,
funcionamento. Ele explica esse processo por meio de uma metáfora, afirmando que “a
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afetividade seria como a gasolina, que ativa o motor de um carro mas não modifica sua
Na relação do sujeito com os objetos, com as pessoas e consigo mesmo, existe uma
energia que direciona seu interesse para uma situação ou outra, e a essa energética
corresponde uma ação cognitiva que organiza o funcionamento mental. Nessa linha de
raciocínio, diz Piaget, “é o interesse e, assim, a afetividade que fazem com que uma
pessoas, ao mesmo tempo que são objeto de conhecimento, são também de afeto.
Vários foram os pensadores e filósofos que, desde a Grécia Antiga, postularam uma
suposta dicotomia entre razão e emoção. Quando Platão definiu como virtude a
considerado, por ele, um valor universal e ligado à imutabilidade das formas eternas
(Silva, 2002), e quando Descartes criou a tão conhecida e famosa afirmação na história
emoção ou, o que seria mais adequado, assumiram implicitamente uma hierarquia entre
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"A forma de pensar, que junto com o sistema de
conceito nos foi imposta pelo meio que nos rodeia, inclui
pensamentos."
individuais, é que residem as vivências afetivas. Em tal sentido, a autora afirma que
"no próprio significado da palavra, tão central para Vygotsky, encontra-se uma
Pois bem, já sabemos que não é possível separar afetividade e aprendizagem, mas
porque é que a escola ainda se preocupa tanto com conteúdos e se esquece de fatores
extremamente importantes?
oral e escrita, neste curso os projetos não eram interdisciplinares, está ai o primeiro
empecilho, pois acredito que para haver uma assimilação pelos alunos é necessário que
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haja uma relação entre o que está sendo trabalhado e alem disso, os conteúdos eram
muitos conto, reconto, produção oral e produção oral com destino escrito e isso tudo
ocupava muito de nosso tempo nas aulas que muitas vezes deixávamos de ir ao parque
Mesmo tendo visto nas aulas de Pedagogia da Educação Infantil, enquanto primeira
etapa da educação básica, que a criança não é uma aluna e a professora não dá aulas, o
Para isso é necessário que seja repensada toda a prática pedagógica, a política
educacional e o currículo da educação infantil, pois cada vez mais estamos formando
adultos em miniatura muito antes do necessário. Falo aqui de uma política neo-liberal,
onde com o crescimento econômico nos tornamos cada vez mais capitalistas e neste
mundo globalizado não podemos mais pensar em somente formar “bons empregados” ,
para que esse individuo seja um bom empregado, não basta que ele conheça apenas o
buscar desde a educação infantil, uma criança feliz que se sinta bem em estar naquele
ambiente e principalmente que siga em frente numa constante busca pelo desconhecido.
para o desenvolvimento cognitivo, torna-se primordial que a escola deveria não ser só
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Afetividade e Fracasso Escolar
em adultos.
O campo da psicopedagogia estuda quatro fatores básicos que podem ser a causa
para o fracasso escolar. São elas: causas corporais; causas do organismo; do intelecto e
da afetividade.
emocionais costumam mobilizar de tal forma o ser humano, que este passa a manifestar
Um aspecto muito importante a ser observado por mim enquanto professora refere-
processo nem sempre linear e contínuo, ou seja, o desenvolvimento físico pode não ser
compatível com a maturação intelectual. Por esse motivo vemos muitas vezes, crianças
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maiores freqüentando salas de crianças menores, o que chama a atenção dos adultos,
porém isso não é tão raro de acontecer. Na verdade o motivo é que a idade cronológica
pode não coincidir com a idade mental. Esse é um fator que podemos observar em
vários adultos inclusive, onde o desempenho intelectual não condiz com a idade
cronológica da pessoa.
Sigmund Freud, médico que criou a teoria psicanalítica, em seus estudos científicos
concluiu que somente o desejo coloca em funcionamento o aparelho mental. Isto é, uma
pessoa se empenha em aprender algo que lhe desperte o interesse, caso contrário não se
esforça para colocar em funcionamento seu raciocínio intelectual. Esse é um fator que
muitas vezes faz com que a criança tenha um péssimo desempenho em alguma matéria
português, pois seu interesse e desejo maior estão centrados na matéria que mais lhe
agrada.
Todavia, a maneira como a escola avalia é o reflexo da educação que ela valoriza.
Quando indagamos a quem ela beneficia, a quem interessa, questionamos o ensino que
ela privilegia.
Quantas vezes precisei fazer atividades avaliativas para identificar o nível da escrita
escrita dos alunos, estamos aceitando esse sistema de ensino onde o mais importante é o
nele, este ano, tive a oportunidade de pela primeira vez lecionar para uma primeira
série, e percebo isso com muito mais clareza, pois começam as avaliações, as notas, os
sucessos e os fracassos.
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Tenho uma aluna vinda de outra escola, que ainda não está alfabetizada, enquanto
todos os outros da sala já estão. Imagino o que sentia essa criança, escola nova, novos
amigos, novos professores, pois temos aulas de áreas, e ainda sendo comparada com os
Apesar de não fazer diferença entre eles, a criança percebe quando está fora do
“padrão”, se é que isso existe na escola, padrão este estipulado por quem?
com outras pessoas é que vão determinar a qualidade do objeto internalizado e que tais
pelo outro. Portanto, a ação de conhecer é obra da atuação do elemento mediador (Pino,
1997).
entre ele e os alunos não se limitam apenas aos aspectos cognitivos; a afetividade é uma
dimensão sempre presente nos processos interativos. Nesse sentido, procuro interagir
com meus alunos através de afetividade, pois, seguramente, esta carga afetiva vai
que, segundo Wallon (1968), a afetividade possibilita tal avanço, pois são os motivos,
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necessidades, desejos que dirigem o interesse da criança para o conhecimento e
utiliza-se dos aspectos afetivos para promover o avanço cognitivo, já que a elaboração
cognitiva funda-se na relação com o outro. Tal relação é permeada pela afetividade,
uma vez que "conforme o tom com que fala, o olhar que lança, o gesto que esboça, a
certamente, uma ressonância particular para alguns deles" (Cunha, 1988, p. 18).
função de possibilitar o acesso da criança aos objetos enquanto significado cultural. Isso
ocorre através de relações concretas, onde a afetividade está presente nesta complexa
rede.
causando reprovação e repetência e ainda, fracasso escolar, sendo cada vez mais comum
encontrar no âmbito escolar uma avaliação que prenuncia castigo. Desta forma, a
aprendizagem para servir como modelo capaz de revelar o que o aluno já sabe, os
caminhos que percorreu para alcançar o conhecimento, o que o aluno não sabe, o que
pode vir a saber, o que é potencializado e revelado em seu processo, suas possibilidades
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Assumindo um caráter pedagógico, a avaliação precisa desvincular do processo
conhecimento.
avaliação, através dos tempos, percebe-se que desde o princípio da história da educação
esteve ligada a uma prova escrita ou oral, centrando-se o poder absoluto no professor,
que avaliava e dava nota sobre o que o aluno sabia de determinado conteúdo.
E dentro desta perspectiva histórica, por muitos anos fez-se uso de métodos de
dias de prova. Julgava-se, dentro desta visão, que existia um controle do professor sobre
objeto da avaliação, com uma conseqüente decisão de ação.“ (LUCKESI: 1998, p. 76)
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Ao longo da história da educação moderna e de prática educativa, a avaliação da
aprendizagem escolar, por meio de exames e provas, foi se tornando algo místico, onde
se faz porque tem que ser feito, na maioria não se explica ou se entende o porquê..
Transformou-se numa espécie de “entidade” criada pelo homem para atender uma
Atualmente, a avaliação da aprendizagem escolar, além de ser praticada com uma tal
avaliação tem sido uma oportunidade de prova de resistência do aluno aos ataques do
professor”.
concepção de avaliação deve ir além de uma visão tradicional, que visa apenas o
"atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação...", que por si,
Mudança essa extremamente árdua, uma vez que a avaliação se apresenta desta forma
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concepção de escola, de homem, de mundo, de sociedade. Acreditamos que esse é o
caminho.
“... a inspirar amor ao trabalho sem sanções arbitrárias, já existem sanções naturais e
professor.
saber enriquecido.”
considerar relações de afetividade entre professor e aluno que possam ser garantidas
dentro das variadas formas de avaliação. A afetividade tem um respaldo significante sob
a avaliação do aluno como um todo, devendo ter como aspecto fundamental, alcançar os
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objetivos do processo de ensino dentro dos fatores cognitivos e sócio-emocional,
diagnóstico e construção. Não há submissão, mas sim liberdade. Não há medo, mas sim
fase da escrita de uma criança se não para ajudá-la a progredir em suas hipóteses? É
claro que sabemos a resposta, fazemos parte de um sistema, sistema esse com inúmeras
falhas, sistema que precisa rever o sentido que dá a educação de nossos pequenos e
baseada no currículo humanista, para tentar que meu aluno atue à minha imagem. Que
Saviani (1997), ressalta que a escola deve universalizar o saber, de modo que todos
tenham acesso. Ao entrar na sala, consciente de sua tarefa e de sua importância na vida
de seus alunos, com um trabalho crítico e novas formas de lidar com o conhecimento, o
educador assume uma postura política e está dentro de uma luta pela democratização
social.
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Considerações Finais
(Ashley Montagu)
As pessoas ainda querem que o jovem seja delicado no ônibus com a mulher
grávida, que ceda lugar na fila para o idoso... Essa é uma questão séria. É necessário
disseminar valores que elevem a auto-estima do jovem e a base para isso deve ocorrer
prática? Muitas vezes quando meus alunos estão em pé andando pela sala, passa alguém
e vê toda aquela situação nem imagina o quanto aquele momento é importante para esse
aprendizado.
rompa com uma concepção - por nós tão conhecida -, que atribui ao desenvolvimento
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Para discorrermos sobre a dimensão afetiva no campo da educação, vislumbramos a
curricular da escola, para que seja um lugar onde, de forma transversal, se trabalhem os
valores devem ser encarados como objetos de conhecimento, posto que tomar
mais difíceis na resolução de conflitos. Por outro lado, a educação da afetividade pode
minha classe de primeira série, que demonstra como é possível promover a educação
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onde leciono numa sala de primeira série, onde estávamos trabalhando a partir de um
Mundo”, relacionei então este anuncio com a vida real de pessoas carentes, discutimos
Qual não foi a minha surpresa quando um aluno sugeriu que levássemos ao colégio
ovos de páscoa para distribuirmos para essas crianças. Resolvemos então abraçar uma
Posso garantir que todos os meus alunos se envolveram com aquela situação e por
algum conteúdo do currículo com meus alunos, posso garantir que muito mais que
trabalhar um mero conteúdo da série, trabalhei com um conteúdo da vida, pois essas
crianças se envolveram de tal maneira que tenho certeza que isso mudará suas vidas, se
não agora, em muito breve, pois uma situação como essa muda a concepção de vida de
qualquer pessoa.
É isso que a escola precisa fazer mais que tudo, formar o aluno para a vida e
avaliação do rendimento escolar. Acredito que para isso seja essencial trabalhar a
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Referencia Bibliográfica
SILVA, E.T. Desenjaulando sujeitos e palavras. In: LEITE, S.A.S. (org.) Alfabetização
e letramento: contribuições para as práticas pedagógicas. Campinas, SP, Komedi:
Arte Escrita, 2001.
PIAGET, Jean. (1954) Intelligence and affectivity: their relationship during child
development . Annual Reviews, Palo Alto-CA, (ed.USA, 1981).
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PINO, A. O biológico e o cultural nos processos cognitivos, em Linguagem, cultura
e cognição: reflexão para o ensino de ciências. Anais do encontro sobre Teoria e
Pesquisa em ensino de ciências. Campinas: gráfica da Faculdade de Educação
UNICAMP, p.5-24, 1997.
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