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D
R ed P r > 10
L
Além do limite de transição, os dados podem ser estendidos para o escoamento
turbulento sob a forma da Eq. 4.2
0 ,14
µ 1
Nu = 0,027 R e P r
0 ,8 3 (4.2)
µ
p
A Eq. 4.2 fornece desvios máximos de +5% e –10% para números de Reynolds
superiores a 10 000. Embora as equações 4.1 e 4.2 tenham sido obtidas para tubos lisos, elas
também podem ser usadas indistintamente para tubos rugosos. Os tubos rugosos produzem
mais turbulência para números de Reynolds iguais. Os coeficientes calculados a partir de
correlações de dados referentes a tubos lisos são, na realidade, menores e menos seguros do
que os cálculos correspondentes baseados em dados sobre tubos rugosos.
Na Figura 4.2 são representadas graficamente as Equações 4.1 e 4.2.
DH = = =
(
4 A 4 × área de escoamento 4π D22 − D12
= 2
)
D 2 − D12
(4.4)
P perímetro molhado 4πD1 D1
Nos cálculos da queda de pressão, o atrito não resulta somente da resistência para o
tubo externo, mas também é afetado pela superfície externa do tubo interno. O perímetro
molhado total é π (D2 + D1 ) e, para a queda de pressão em tubos anulares,
DH' =
4A
=
4 × área de escoamento
=
(
4π D22 − D12 )
= D2 − D1 (4.5)
P perímetro molhado de atrito 4π (D2 − D1 )
Como, ∆p α V 2 (aproximadamente, uma vez que f varia ligeiramente com Re (V)), e para
escoamento turbulento, hi α V 0,8 (aproximadamente), o melhor uso da pressão disponível
consiste em aumentar a velocidade, que também produz o aumento da hi e diminui o tamanho
e custo do aparelho. É usual permitir uma queda da pressão de 0,35 a 0,7 bar (5 a 10 psi) para
um trocador ou uma bateria de trocadores, preenchendo um único serviço num processo,
exceto quando o escoamento ocorre sob a ação da gravidade. Para cada corrente bombeada,
0,7 bar (10 psi) é um bom padrão. Para escoamento sob a ação da gravidade, a queda de
pressão permitida é determinada pela altitude z do recipiente de armazenagem acima da saída
final em metros de fluido. Um metro de fluido pode ser convertido em bar, multiplicando-se z
por γ.10-5, (γ em N/m3).
A queda de pressão em tubos pode ser calculada pela equação da Fanning [Eq. 4.6],
usando-se um valor apropriado de f da Figura 4.3, ou das Equações 4.7, dependendo do tipo
de escoamento.
L V2
∆p = 4 f ρ (4.6)
D 2
0,264
f = 0,0035 + (4.7c)
R e 0, 42
correlações que consideram a altura média da rugosidade estão disponíveis em Fox &
McDonald (1981).
Para a queda de pressão em fluidos se escoando em tubos anulares, troque D no
número de Reynolds por DH, para obter f. A equação de Fanning pode então ser modificada,
obtendo-se
L V2
∆p = 4 f ρ (4.8)
DH 2
Quando diversos trocadores com tubos duplos forem ligados em série, anel com anel e
tubo com tubo, como na Fig. 4.5, o comprimento na Eq. 4.6 ou 4.7 não incluirá a queda de
pressão encontrada quando o fluido entra ou deixa os trocadores. Para os tubos internos dos
trocadores de tubo duplo ligados em série, a perda na entrada é normalmente desprezível,
porém para as partes anulares ela pode ser significativa. A permissão de uma queda de
V2
pressão de uma carga cinética, ρ por grampo será normalmente suficiente.
2
Tabela 4.2- Áreas de escoamento e diâmetros equivalentes em trocadores com tubos duplos
Trocador IPS Área de escoamento, (cm2) Diâmetro equivalente anel (mm)
Anel Tubo DH DH'
2x1¼ 7,68 9,68 23,24 10,16
2 ½ x1 ¼ 16,97 9,68 51,31 20,57
3x2 18,90 21.61 39,88 17,53
4x3 20,25 47,60 28,96 13,46
No roteiro a seguir, as temperaturas dos fluidos quente e frio estão representadas por
letras maiúsculas e minúsculas, respectivamente. Todas as propriedades dos fluidos são
indicadas por letras minúsculas, não havendo distinção na nomenclatura das propriedades
entre os fluidos quente e frio.
1) Condições do processo necessárias:
Fluido quente:
T1 = temperatura de entrada do fluido quente.
T2 = temperatura de saída do fluido quente.
m& q = vazão do fluido quente.
Fluido frio:
t1 = temperatura de entrada do fluido frio.
t2 = temperatura de saída do fluido frio.
m& f = vazão do fluido frio.
2) Temperaturas médias:
Calcular as temperaturas médias dos dois fluidos
T1 + T2 t1 + t 2
T= t=
2 2
3) Propriedades físicas:
Na temperatura média avaliar as seguintes propriedades para ambos os fluidos:
Cp = calor específico a pressão constante.
Equipamentos de Troca Térmica - 86
5) Balanço de calor:
Verificar o balanço de calor
Q = m& q C pq (T2 − T1 ) = m& f C pf (t 2 − t1 )
6) Calcular a MLDT:
MLDT =
(T1 − t 2 ) − (T2 − t1 )
T −t
ln 1 2
T2 − t1
Para o tubo interno:
πD 2
7) Área de escoamento: at = m2
4
m& m
8) Velocidade do escoamento: Vt =
ρ .at s
ρVt D
9) Reynolds: Re =
µ
µ Cp
10) Prandtl: Pr =
k
11) Nusselt:
Escolher a equação adequada de acordo com o tipo de escoamento. Na primeira
iteração arbitrar Tp para avaliar µp.
1 0 ,14
D 3 µ
laminar Nu = 1,86 (R e )(P r )
L µ
p
0 ,14
µ 1
turbulento Nu = 0,027 R e P r 3
0 ,8
µ
p
12) Coeficiente de transferência de calor por convecção:
k
hi = Nu
D
Equipamentos de Troca Térmica - 87
Para o anel:
π (D22 − D12 )
13) Área de escoamento: aa = m2
4
4 × área de escoamento D22 − D12
14) Diâmetro equivalente: DH = = m
perímetro molhado D1
m& m
15) Velocidade do escoamento: Va =
ρ .aa s
ρVa DH
16) Reynolds: Re =
µ
µ Cp
17) Prandtl: Pr =
k
18) Nusselt:
Escolher a equação adequada de acordo com o tipo de escoamento. Na primeira
iteração arbitrar Tp para avaliar µp.
1 0 ,14
D 3 µ
laminar Nu = 1,86 (R e )(P r )
L µ
p
0 ,14
µ 1
turbulento Nu = 0,027 R e P r
0 ,8 3
µ
p
19) Coeficiente de transferência de calor por convecção:
k
he = Nu
DH
Cálculo da área:
20) Coeficiente global de troca térmica:
1
Ue =
de d e Rd i d e ln(re ri ) 1
+ + + Rd e +
d i hi di 2k he
21) Área total de troca térmica:
Q
A=
U ⋅ MLDT
22) Número de tubos:
A
Nt =
π ⋅ De ⋅ L
Equipamentos de Troca Térmica - 88
0,264
f = 0,0035 +
R e ' 0, 42
28) Perda de carga no anel
L V2
∆pa = 4 f ρ
DH' 2
29) Perda na entrada e na saída
V2
Uma carga cinética para cada grampo ∆p g = ρ
2
30) Perda total
∆ptotal anel = ∆pa + ∆p g ⋅ N g
71 oC
49 oC
38 oC
27 oC
2) Temperaturas médias:
Calcular as temperaturas médias dos dois fluidos
T1 + T2 71 + 38 t1 + t 2 27 + 49
T= = = 54,5 0C t= = = 38 oC
2 2 2 2
3) Propriedades físicas:
Tolueno Benzeno
Cp = 1,842 kJ Cp = 1,779 kJ
kg.o C kg.o C
s = 0,87 s = 0,88
k = 0,147 W k =0,157 W
m.o C m.o C
5) Balanço de calor:
Verificar o balanço de calor
6) Calcular a MLDT:
Equipamentos de Troca Térmica - 91
MLDT =
(T1 − t 2 ) − (T2 − t1 ) = (71 − 49) − (38 − 27 ) = 15,87 oC
T −t 71 − 49
ln 1 2 ln
T2 − t1 38 − 27
Para o tubo interno: Benzeno
π 0,035 2
7) Área de escoamento: Di = 1,38" = 35 mm at = = 0,00096 m 2
4
m& 4454 / 3600
8) Velocidade do escoamento: Vt = = = 1,46 m
ρ .at 0,88.1000.0,00096 s
ρVt D 0,88.1000.1,46.0,035
9) Reynolds: Re = = = 89 936
µ 5 × 10 −4
µ Cp 5 × 10 −4.1779
10) Prandtl: Pr = = = 5,67
k 0,157
11) Nusselt:
Escolher a equação adequada de acordo com o tipo de escoamento. Na primeira
T + t 54,5 + 38
iteração considerar T p = = = 46,25o C , correspondendo a µp = 1,8 kJ o .
2 2 kg. C
0 ,14
µ 1 1,779
1
0 ,14
Nu = 0,027 R e P r
0 ,8 3 = 0,027.89936 .5,67 .
0 ,8
3
= 442,3
µ 1,8
p
12) Coeficiente de transferência de calor por convecção:
k 0,157
hi = Nu = 442,3 = 1984W 2 o
D 0,035 m .C
Para o anel: Tolueno
13) Área de escoamento: D1 = 1,66" = 42,16mm = 0,04216m
D2 = 2,067" = 52,5mm = 0,0525m
aa = = = 0,000769 m 2
4 4
14) Diâmetro equivalente:
4 × área de escoamento D22 − D12 0,0525 2 − 0,04216 2
DH = = = = 0,0232 m
perímetro molhado D1 0,04216
m& 0,797
15) Velocidade do escoamento: Va = = = 1,191m
ρ .aa 0,87.1000.0,000769 s
ρVa DH 0,87.1000.1,191.0,0232
16) Reynolds: Re = = = 58632
µ 4,1× 10 −4
Equipamentos de Troca Térmica - 92
µ Cp 4,1× 10 −4.1842
17) Prandtl: Pr = = = 5,14
k 0,147
18) Nusselt:
Escolher a equação adequada de acordo com o tipo de escoamento. Na primeira
T + t 54,5 + 38
iteração considerar T p = = = 46,25o C , correspondendo a µp = 1,8 kJ o
2 2 kg. C
0 ,14
µ 1 1 1,842
0 ,14
Nu = 0,027 R e P r 3
0 ,8 = 0,027.58632 .5,14 .
0 ,8 3
= 304
µ 1,8
p
19) Coeficiente de transferência de calor por convecção:
k 0,147
he = Nu = 304 = 1926,2W 2 o
DH 0,0232 m .C
t w = tc +
ho
(Tc − tc ) = 38 + (1926,2) (54,5 − 38) = 46,89 o C
hio + ho 1984.0,035
+ 1926,2
0,04216
O valor arbitrado inicialmente 46,25°C não apresenta diferença significativa, portanto os
coeficientes de transferência de calor por convecção calculados estão corretos.
Cálculo da área:
20) Coeficiente global de troca térmica:
1
Ue =
de d Rd d ln(re ri ) 1
+ e i+ e + Rd e +
d i hi di 2k he
1
Ue =
0,04216 0,04216 .0,0002 0,04216 ln(0,04216 / 0,035) 1
+ + + 0,0002 +
0,035.1984 0,035 2.53 1926,2
W
U e = 609,3 2 o
m .C
21) Área total de troca térmica:
Q 48 420
A= = = 5 m2
U ⋅ MLDT 609,3.15,87
22) Número de tubos:
A 5
Nt = = = 6,3
π ⋅ De ⋅ L π .0,04216.6
O número de tubos deve ser inteiro, usaremos 6 tubos
A' = π .De .L.N t = π .0,04216.6.6 = 4,768 m 2
Equipamentos de Troca Térmica - 93
A' − A 4,768 − 5
Erro % = × 100 = × 100 = −4,63% < 5% → O trocador é satisfatório quanto à
A 5
transferência de calor.
22) Número de grampos:
Nt
Ng =
2
Cálculo da perda de carga:
Para o tubo interno:
23) Fator de atrito
De acordo com o número de Reynolds, calculado em (9), determina-se o fator de atrito
por:
0,264 0,264
f = 0,0035 + 0 , 42
= 0,0035 + = 0,0057
Re 89936 0, 42
24) Perda de carga no tubo
L V2 36 1,46 2
∆pt = 4 f ρ = 4.0,0057 0,88.1000.10 −5 = 0,22bar < 0,7bar
D 2 0,035 2
Para o anel:
25) Diâmetro equivalente:
4 × área de escoamento
DH' = = D2 − D1 = 0,0525 − 0,04216 = 0,0103m
perímetro molhado de atrito
26) Reynolds para perda de carga no anel
ρVa DH' ρVa DH' 0,87.1000.1,191.0,0103
Re ' = Re = = = 26030
µ µ 4,1× 10 −4
27) Fator de atrito
Determina-se o fator de atrito por:
0,264 0,254
f = 0,0035 + ' 0 , 42
= 0,0035 + = 0,0071
Re 26030 0, 42
28) Perda de carga no anel
L V2 36 1,1912
∆pa = 4 f '
ρ = 4.0,0071. 0,87.1000.10 −5 = 0,62bar
DH 2 0,0103 2
29) Perda na entrada e na saída
Uma carga cinética para cada grampo
V2 1,1912
∆p g = ρ= 0,87.1000.10 −5 = 0,0038bar
2 2
Equipamentos de Troca Térmica - 94