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INSTITUTO DE TECNOLOGIA
FACULDADE DE ENGENHARIA ELÉTRICA
CAPÍTULO 5- ILUMINAÇÃO
1. Luz: aspecto da energia radiante que um observador humano constata pela sensação
visual através de estímulo da retina ocular.
4. Fluxo Luminoso (Lúmem - lm): é a potência de radiação total emitida por uma fonte de luz
percebida pelo olho humano.
5. Iluminamento (Lux - E): é a relação entre o fluxo luminoso que incide sobre uma
determinada superfície e a superfície sobre a qual ele incide.
Lúmem
Lux
metro quadrado
6. Eficiência Luminosa (lm/W): é a relação entre o fluxo luminoso emitido pela lâmpada e a
potência absorvida.
Aparência de cor: descreve a aparência da luz emitida por uma fonte luminosa. Pode ser
descrita pela Temperatura de Cor Correlata (Tcp), dividida em três grupos:
Tcp entre 3300 e 5300 K: tonalidade intermediária, entre quente e fria (branca).
Tubo de rarefação
Base
Deve-se ressaltar que essa portaria excluiu as lâmpadas incandescentes para uso
especial, como aquelas utilizadas em eletrodomésticos (geladeiras, fornos, fogões, etc.),
estufas, equipamentos hospitalares, automóveis e semáforos, bem como as lâmpadas
refletoras, as halógenas e as de bulbo colorido, abordadas sucintamente a seguir.
Figura 5.3: Ciclo regenerativo das lâmpadas halógenas (F onte: Catálogo GE)
Instalações Elétricas – Capítulo 5: Iluminação 4
São mais eficientes e possuem uma durabilidade um pouco maior que as lâmpadas
incandescentes comuns, além de ótima reprodução de cores. Suas dimensões são
reduzidas e a tensão de funcionamento é de 127, 220 ou 12V, sendo necessária a utilização
de transformador nesse último caso. Existe uma diversidade de modelos disponíveis, com
potência que pode variar entre 50 e 100 W. A figura 5.4 mostra uma lâmpada halógena
dicroica.
Utilizadas com fins decorativos, essas lâmpadas possuem um refletor com espelho
multifacetado e base bipino, sendo providas de bloqueador de raios ultravioleta. Possuem
um facho de luz bem dirigido e podem ser dimerizadas. Atualmente, a maior aplicação das
lâmpadas halógenas é na iluminação de destaque de objetos em ambientes comerciais,
hotéis, residências, galerias, museus e outros.
Nesse tipo de lâmpada a energia é emitida sob forma de radiação, provocando uma
excitação de gases ou vapores metálicos, devido à tensão existente entre os seus eletrodos.
A radiação emitida depende da pressão interna da lâmpada, da natureza do gás ou da
presença de partículas metálicas ou halógenas no interior do tubo.
LÂMPADAS FLUORESCENTES
São constituídas por um bulbo tubular de vidro em cujas paredes internas é fixado
material fluorescente. Nas extremidades do bulbo encontram-se eletrodos de tungstênio
(catodos) e no seu interior existe vapor de mercúrio ou argônio a baixa pressão. A descarga
elétrica provocada no interior da lâmpada produz uma radiação ultravioleta que, em
presença do material fluorescente existente nas paredes do bulbo (cristais de fósforo),
transforma-se em luz visível.
Lâminas bimetálicas
Capacitor
Reator
- Reator: bobina com núcleo de ferro que tem o objetivo de provocar um aumento de
tensão durante a partida e limitar a corrente durante o funcionamento da lâmpada.
O starter é formado por lâminas bimetálicas através das quais fecha-se, inicialmente,
o circuito para acender a lâmpada. Após alguns segundos, o esfriamento das lâminas
provoca uma sobretensão entre as extremidades do reator, provocando o fechamento do
circuito através do interior da lâmpada e não mais pelo starter. Os elétrons deslocando-se
de um filamento a outro se chocam com os átomos de vapor de mercúrio fazendo com que
energia luminosa não visível seja liberada. Essa radiação entra em contato com o material
fluorescente das paredes do bulbo transformando-se em luz visível.
Figura 5.6: Esquema de ligação com reator eletrônico simples (uma lâmpada)
e duplo (duas lâmpadas)
Entre as suas grandes vantagens estão a eficiência luminosa, que pode variar entre
40 e 80 lm/W e a vida útil prolongada (até 10000 h, de acordo com os fabricantes), podendo
ser utilizadas em escritórios, escolas, bancos, supermercados, hotéis, residências e outros.
São constituídas por um vidro ovóide ou tubular, onde é feito vácuo. O tubo de
descarga contido internamente é constituído por um composto de sódio e mercúrio, além de
outros gases (figura 5.7).
76 - Tubo de esgotamento
Conexões elétricas. do bulbo externo.
8 - Tubo de vidro duro externo.
9 – Base.
Sódio
Reator Ignitor de
alta tensão
De acordo com a publicação 117 da CIE, o método UGR não deve ser utilizado para
as grandes fontes de luz (luminárias individuais com superfícies luminosas maiores que
2
1,5m ou tetos uniformemente iluminados) ou para pequenas fontes de luz (encontrados em
salas com altura inferior a 3m ou em salões altos, com altura de montagem da luminária
superior a 6m).
̅
A iluminância mantida ( , lux): valor abaixo do qual não convém que a iluminância
média da superfície especificada seja reduzida;
ExS
(lúmens)
uxd
onde:
E: iluminamento desejado, em lux
S: área do compartimento, em m2
u: fator de utilização
d: fator de depreciação
C x L
O fator do local (K ) , dado por: K
(C L)h
C: comprimento
L: largura
h: altura da luminária ao plano de trabalho (que corresponde a altura do plano de trabalho
subtraída da altura total do ambiente). Quando a altura do plano de trabalho não for definida,
pode-se adotar um plano horizontal a 0,75m do piso.
N
: fluxo de cada luminária (produto do fluxo de uma lâmpada pelo número de lâmpadas da
luminária).
“A abertura
compreendido dovetores
entre dois facho luminoso de umcorrespondem
cujos módulos projetor é definida
a 10% como o ângulo
ou a 50%
da média
das dez maiores intensidades luminosas proporcionadas pelo projetor” (figura 5.15).
0,1I 0,5I
10 10
I 0,1 I máx
I
I 0,1 máx
1 1
0,1I 0,5I
Figura 5.15 a): Ângulo de abertura Figura 5.15 b): Ângulo de abertura
do facho luminoso de um projetor segundo a do facho luminoso de um projetor
norma norte-americana segundo a norma européia
e
Onde:
0,5 e = d tg ( / 2) ou e = 2 d tg ( / 2)
Fazendo: 2 tg ( / 2) = F e = d F
Ex S
(lúmens)
Fd
onde:
E: nível de iluminamento desejado
S: área a ser iluminada
Fd: fator de depreciação do projetor (projetor aberto: 0,65; projetor fechado: 0,75)
N
onde:
: fluxo luminoso do facho do projetor (lm)
Fator de utilização da instalação (Fu): será considerado quando for verificado o nível final
de iluminação obtido. É definido como a relação entre o fluxo luminoso que incide sobre a
superfície e o fluxo luminoso total emitido pelo facho do projetor, assumindo normalmente os
seguintes valores:
Se 50% ou mais dos projetores têm seus fachos totalmente dentro da área a ser
iluminada: Fu = 0,75.
Se menos de 25% dos projetores têm seus fachos dentro da área a ser
iluminada: Fu = 0,40.
O espaçamento entre os projetores não deve exceder quatro vezes a sua altura de
montagem.
O espaçamento máximo entre os projetores também deverá ser menor que a metade do
diâmetro do facho luminoso sobre a superfície, ou seja, cada área elementar (principal)
deverá ser iluminada pelo menos por dois projetores.
Devem ser utilizados projetores de facho o mais aberto possível, compatível com a
instalação.
N Fd Fu
E
S
(lux)
O nível final de iluminamento alcançado paraum determinado ponto será a soma dos
iluminamentos proporcionados por cada projetor que o alcança.
d N
h
A
ds
onde:
: ângulo que a normal N faz com AP
ds: área elementar que limita o ângulo sólido d, de vértice em P
Observação: seja uma esfera de raio unitário em cuja superfície está contida uma área
elementar, s, também unitária (figura 5.18). O ângulo que tem por vértice o centro da esfera
e que é limitado pelo contorno da área unitária na superfície da esfera é denominado de
ângulo sólido ( = 1sr - um esterradiano).
ds cos
d
2
d
d
d
d
Logo: I
(cd)
d
E: d = I d
2
d
Então: ds 2
d
d
E
ds
I cos
E
Logo: 2 (lux)
d
3
I cos
E
2 (lux)
h
Observações:
Na equação acima, o valor da intensidade luminosa (I), para um dado ângulo , deve ser
obtido a partir das Curvas de Distribuição Luminosaapresentadas pelos fabricantes em
seus catálogos.
O foco dos projetores (ponto de apontamento) deve ser localizado a uma distância entre
67% e 75% da largura do local a ser iluminado;
simétrico é obtido quando ele é apontado com um ângulo igual a 53º com a vertical;
Deve-se procurar manter um ângulo de incidência inferior a 63º, a fim de minimizar o
ofuscamento.
h
A
N
0,67
LN
= 63º 0,75 L
1h 0 1h 2h 3h
CALÇADA RUA
2h
1h
100
0
90
1h 60
40
20
2h 9
5
3h 3
2
4h
1
5h
Figura 5.21: Diagrama de Curvas Isolux relativas num plano por 1000 lm
Emáx 0,128 2
h
0,5 CALÇADA
RUA
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
1h 0 1h 2h 3h
Figura 5.22: Curva de Fator de Utilização
Ur
Er
S L
onde:
Er: iluminação na rua, lux
: fluxo da lâmpada, lm
Ur: fator de utilização do lado da rua
S: espaçamento entre os postes, m
L: largura da rua, m
Empresa:
Obra:
Projetista:
Recinto: Data:
01 Comprimento a m
02
03 Largura
Área S = a.b b m
m
04 Pé-direito H m
Descrição 05 Pé-direito útil h = H – hplano m
trab. – hforro ou
do pendente
06 Fator do local ou índice do a.b
Ambiente k
recinto (a b).h
07 Fator de depreciação Fd
08 Coeficiente de reflexão Teto
09 Coeficiente de reflexão Paredes
10 Coeficiente de reflexão Piso
11 Iluminância planejada E lux
Características 12 Tonalidade ou temperatura de K K
da cor
Iluminação 13 Índice de reprodução de cores IRC
14
15 Tipo de
Fluxo lâmpadade cada
luminoso lm
lâmpada
Lâmpadas 16 Lâmpadas por luminária n
17 Tipo de luminária
e 18 Fator de utilização Fu
19 Fluxo luminoso total E .S lm
Luminárias F u .F d
20 Número de luminárias unid.
N
n.
1000
24 Densidade de potência Pt .1000 W/m2
do D S
E por 100
lux
*
W = potência do conjunto lâmpada + acessório