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Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA
INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ
CÂMPUS JAGUARIAÍVA

PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO TÉCNICO EM BIOTECNOLOGIA


INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO

Autorizado pela Resolução n° XX/14 do Conselho Superior - IFPR

JAGUARIAÍVA
2014

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ

Reitor substituto
Ezequiel Westphal
Pró-reitor de Ensino
Ezequiel Westphal
Diretor de Ensino Médio e Técnico
Gabriel Mathias Carneiro Leão
Coordenadora de Ensino Médio e Técnico
Marissoni do R. Hilgenberg
Diretora-Geral do Câmpus
Aline Renée Benigno dos Santos
Diretor de Planejamento e Administração
Paulo Henrique Borba Rolim
Coordenação do Curso
Adriana Ferreira Gama

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“Se a educação sozinha não pode


transformar a sociedade, tampouco
sem ela a sociedade muda.”

Paulo Freire
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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

Sumário
IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO ........................................................... 5
RESOLUÇÃO DE CRIAÇÃO ................................................................. 6
CARACTERÍSTICAS DO CURSO ........................................................... 7
Primeiras palavras ........................................................................... 8
Profissional Técnico ........................................................................ 12
IFPR: a Escola que queremos.............................................................. 15
IFPR - Câmpus Jaguariaíva................................................................ 17
A sociedade que queremos ................................................................. 22
Biotecnólogo: o ofício da vida ............................................................. 26
Como e o que aprenderei no curso que escolhi? .......................................... 29
Organização Curricular..................................................................... 34
Em Lugar de um Poslúdio .................................................................. 52
REFERÊNCIAS ............................................................................. 62
Notas ....................................................................................... 73

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IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Processo Número: 23411.003523/2014/85

NOME DO CURSO: Técnico em Biotecnologia

EIXO TECNOLÓGICO: Ambiente e Saúde


COORDENAÇÃO:
Coordenadora: Adriana Ferreira Gama
E-mail: adriana.gama@ifpr.edu.br
Telefone: (41) 84176878
LOCAL DE REALIZAÇÃO
Instituto Federal do Paraná - Câmpus Jaguariaíva
Rod. PR 151, Km 23 – Jaguariaíva, PR – CEP: 84200-000
TEL: HOME-PAGE: E-mail:
(41) 88870260 / 88826382 --- campus.jaguariaiva@ifpr.edu.br

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

RESOLUÇÃO DE CRIAÇÃO
Resolução n° XX/14 do Conselho Superior – IFPR

CONCEPÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO


RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO:
Adriana Ferreira Gama
Aline Renée Benigno Dos Santos
Amir Limana
Ana Carolina de Athayde Raymundi Braz
Fabiano Paiva Vieira
Lúcia Regina de Albuquerque Périco de Assis
Paulo Henrique Borba Rolim
Ricardo Luiz Töws
Ronald Ferreira da Costa
Arte e Diagramação: Ricardo Luiz Töws
Redação: Aline Renée Benigno dos Santos e Ronald Ferreira da Costa
Revisão Final: Aline Renée Benigno dos Santos; Adriana Ferreira Gama e
Lúcia Regina de Albuquerque Périco de Assis.

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CARACTERÍSTICAS DO CURSO
Nº do Processo: 23411.003523/2014/85
Nível: Educação Profissional Técnica de Nível Médio.
Forma de oferta: Integrado.
Modalidade: presencial.
Tempo de duração do curso: 4 anos.
Turno de oferta: integral.
Horário de oferta do curso: 07h30 às 12h e/ou 13h15 às 17h40
Carga horária Total: 3600h (horas relógio).
Número máximo de vagas do curso: 40
Número mínimo de vagas do curso: 24
Ano de criação do curso: (Resolução XX/14)
Requisitos de acesso ao Curso: Ensino fundamental completo ou equivalente com
comprovação e aprovação em processo seletivo, regulamentado pela Pró-Reitoria de Ensino, em
parceria com o Câmpus.
Tipo de Matrícula: Por Módulo.
Regime Escolar: anual.

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

Primeiras palavras
Caro Estudante,
Há alguns dias me foi dada a tarefa de trazer à luz o presente documento, fruto de muitas
reflexões, discussões e trabalhos de um grupo de professores admiráveis, a quem considero
terem espíritos tão livres quanto o meu. Para não faltar à justiça, o primeiro Espírito Livre,
que deu origem a nossa libertação, porque deu suas decisivas contribuições ao decurso da
história brasileira, rompendo paradigmas, foi um Presidente da República que se apressou em
demandar a criação de uma escola diferente, porque se queria emancipadora, inclusiva e de
excelência; uma escola para trabalhadores e filhos de trabalhadores que desse a esses
cidadãos as mesmas oportunidades historicamente restritas às elites sociais – a melhor
formação para quem mais precisa. O óbvio, às vezes, pode afrontar às classes dominantes, mas
felizmente, o chão da fábrica criou e fez nascer um tal Espírito, que inspirou uma outra elite,
pois essa, intelectual. São homens e mulheres brilhantes que, libertos em seu também
Espírito, propuseram-se e ocuparam-se em atender àquela paradigmática determinação
presidencial. Implementá-la, hoje, segundo a essência de sua concepção, não é tarefa fácil em
meio à tradição da escola castradora e elitista que se construiu e em que nos formamos, nós,
os professores do século XXI. Mas o Espírito Livre pergunta qual é a amarra mais fortemente

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atada, e é essa que ele quer cortar. Qual é a tábua de valor mais rígida? É essa que o Espírito
Livre quer romper.
Ora, é agora preciso tal espírito para que nossa escola não submerja no vício secular da
castração e segregação elitista daqueles que, como você, confiam que o conhecimento que aqui
se busca, é a ponte para a emancipação social e para a felicidade do conhecimento, encontrar-
se em si mesmo em harmonia com o coletivo. É com esse intuito que nos apresentamos, uma
Comissão Pedagógica, composta por Docentes e Técnico-Administrativos de diversas áreas de
formação que se voluntariaram a elaborar esse Projeto Pedagógico de Curso, numa perspectiva
um pouco diferenciada, a começar pela apresentação. Mas não se assuste, você verá que o que
está por trás dessa proposta é um estudo intenso de fundamentação teórica e de amparo legal
em todos os seus pontos.
Por tudo isso, é tão importante que você leia esse libreto..., assim nos conhecerá com
cautela, como a raposa que se quer cativar pelo príncipe. O IFPR também quer cativá-lo,
consciente de que nos tornamos responsáveis por aqueles que cativamos, como nos conta
Antoine de Saint-Exupéryi. Sim, responsáveis! Não o abandonaremos à sua própria sorte ao
largo desses quatro anos, e nem depois. Estamos preparados para recebê-lo com o respeito, a
dignidade e o profissionalismo que você merece. Se queremos e nos propomos a acompanhá-lo,

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

durante essa importantíssima etapa de sua vida, é exatamente o que faremos; seu sucesso é
nosso compromisso!
Nossa relação, acadêmica, social e fraternal, já começa na melhor das circunstâncias,
porque você deu o primeiro passo, sabemos disso. Você, seus pais ou responsáveis confiaram
em nossa instituição, em nossa proposta e nossa concepção de escola, por isso, somos afins, e
afins são nossos interesses. Em seu percurso acadêmico, estaremos crescendo e aprendendo
juntos; formado, egresso, o acompanharemos para vê-lo realizado como profissional, como
cidadão, como sujeito de si.
A fim então de cativá-lo, nessas páginas você nos conhecerá com a cautela que mencionei.
Por isso mesmo, se quis retirar esse Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia
Integrado ao Ensino Médio, da frieza dos arquivos institucionais, onde só a poeira o toca;
propus, quando me foi dada essa tarefa, trazê-lo à luz e apresentá-lo assim, como um libreto,
a partir do qual possamos dialogar – de minha parte, contando-lhe do nosso curso, da nossa
escola; de sua parte, compreendendo-o, estudando-o e tomando-o por referencial, levando-o
assim para onde você for. Gostaria que você o mostrasse a sua família, que o discutissem, que
refletissem sobre o que eu lhe contar. Sugiro ainda que você o anote, o rasure – as rasuras são
as marcas da vida de um livro; um livro sem rasuras é adorno de estante.

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Ao folhear essas páginas, tenho a convicção de que você verá consolidar-se sua confiança
na nossa proposta. Proporei a você questionamentos orientadores acerca de sua escolha em
ingressar num curso Técnico Integrado; apresentarei toda a nossa estrutura para recebê-lo,
todos os seus direitos e benefícios em integrar-se à família IFPR; refletiremos juntos acerca
da relevância de nossa atuação profissional como projeto de nação; delimitaremos com clareza
o que significa a sua escolha à Biotecnologia; e, finalmente, desvelaremos, a nossos olhos, tudo
quanto pode haver de dúvida acerca de como e o que se aprende em nossa concepção de escola
libertadora e emancipatória como projeto de nação, seus direitos e deveres no fazer
acadêmico, e como, em quais momentos e sob quais aspectos e critérios seu processo de
formação será avaliado. Nesse sentido, sem querer mistificar a concepção e a trajetória de
um curso, é fundamental que você compreenda que nesse Projeto Pedagógico de Curso, você
terá as essenciais respostas acerca do curso e do Instituto Federal aos quais faz agora parte.
A isso, afinal, deve vir um PPC. Tome-o como um contrato fiduciário; o que há descrito nas
páginas seguintes é seu direito e nosso dever cumprir.

Boa leitura!
Numa tarde fria de 2014.
Um Espírito Livre
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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

Profissional Técnico

A escolha de um curso Técnico será extremamente significativa para o seu futuro, como o
será sua contribuição para o projeto de nação em que o Governo Federal tem investido.
Importa, nesse momento, saber qual é a perspectiva dessa formação e a que ela se propõe.
Trata-se de superar a redução dos cursos técnicos a aspectos simplesmente operacionais,
alheios à dimensão intelectual, e aos conhecimentos que sempre estão na sua origem; significa
dizer que sua formação técnica, uma vez que se quer integrada, tem perspectiva contrária ao
entendimento de que um técnico deva ser limitado ao sentido estrito de sua função. Veja que
não é uma proposta de pouca importância; significa superar a histórica divisão social do
trabalho, entre quem executa e quem pensa, dirige ou planeja. Para além disso, significa
superar o mito platônico dos metaisii, a partir do qual dizia o clássico haver almas de ouro, de
prata e de bronze, respectivamente dos governantes, dada a racionalidade da alma, dos
guardas, dada sua coragem, e dos lavradores e artífices, cujas almas são determinadas pelo
desejo da matéria que querem produzir ou reproduzir, portanto, os menos nobres, com almas
de bronze. Já nessa divisão classista estava o gérmen de um equívoco histórico que a
politecnia vem corrigir. Por educação politécnica entendemos aquela que conjuga o trabalho

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manual com o trabalho intelectual e a cultura geral com a cultura técnica; essa é a perspectiva
da formação integral do cidadão, para a vida em sociedade e para o mundo social do trabalho.
Há muitas reflexões que fundamentam essa perspectiva que nos é orientada pelo
Documento Base da Educação Profissional Técnica Integrada ao Ensino Médio do Governo
Federal, além das legislações específicasiii. Para melhor compreendermos a proposta de um
curso de nível médio integrado a um curso técnico, gostaria de lhe destacar alguns
pressupostos de que consta o referido documento; por exemplo, a ideia de que a realidade é
uma totalidade de múltiplos fenômenos que se relacionam entre si. Quando entendemos as
partes e suas relações, produzimos o conhecimento. Fizemos isso ao longo da história da
humanidade, observando a natureza e procurando entender como ela se organiza. Com o
trabalho, conseguimos usar a natureza a nosso próprio benefício, à medida que conhecemos
seus fenômenos; assim foi quando o homem, conhecendo, passou a explorar a terra e a
domesticar animais.
Ora, disso tudo, apreendemos que o trabalho só faz sentido se conjugado ao conhecimento.
A técnica é a competência na execução de um trabalho; se exercemos a técnica sem o
conhecimento que subjaz a sua concepção nos tornamos máquinas, é a mecanização do homem.
Por outro lado, se partimos do conhecimento da realidade que nos levou à técnica para, com o
nosso trabalho, intervir na natureza a fim de suprir nossas necessidades, estamos no domínio
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da tecnologia, que, nesse sentido, é extensão das capacidades humanas. Entre o conhecimento,
como apreensão da realidade, e a técnica do trabalho, como intervenção na realidade, está a
tecnologia mediando esse processo.
A escola, por sua vez, é o espaço privilegiado onde esses fenômenos da realidade e suas
relações devem buscar representação para a apreensão do coletivo. Retiradas do contexto
natural, essas relações da totalidade representadas na escola, de fenômenos que eram na
natureza, passam a ser teoria que, se não for contextualizada, perde também seu sentido,
assim como o trabalho sem conhecimento. As teorias sistematizadas nos levam à ciência, que,
portanto, tem também sua origem no conhecimento e, mediante a tecnologia, serve-nos a
intervir tecnicamente na sociedade com nosso trabalho.
Diante de tudo isso, entendemos que formá-lo cidadão para o mundo social do trabalho não
é prepará-lo exclusivamente para o exercício técnico do trabalho, mas, numa perspectiva
integradora é instrumentalizá-lo dos conhecimentos, se embora teóricos, contextualizados, a
fim de que você desenvolva as técnicas necessárias para o exercício consciente e libertador
do seu trabalho. Nesse processo, você se apropria da ciência e lança mão das tecnologias.
Esse é o sentido politécnico de um curso integrado, mas não podemos perder a noção de
que, se partimos da análiseiv da multiplicidade de fenômenos da realidade, devemos
compreender que essa análise deve transitar por todas as dimensões da vida natural e social.
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Significa dizer que, para a politecnia se efetivar, a sua formação humanística e a sua
formação técnica deverão ser complementárias, no sentido omnilateralv; somente assim, e por
todas essas razões, você técnico, egresso do IFPR, estará apto ao mundo social do trabalho e
com um diferencial... levará consigo uma alma de ouro.

IFPR: a Escola que queremos

Diante de tantas questões que permeiam nossas reflexões concernentes à formação cidadã,
o Governo Federal, mediante a Lei nº 11.892/2008, deu um passo decisivo para a promoção das
políticas públicas de educação. É criada, a partir daquele texto, a Rede Federal de Educação
Profissional, Científica e Tecnológica que incluía 38 Institutos Federaisvi em vinte e seis
estados brasileiros e um Distrito Federal; hoje são 563 estruturas, que têm algumas
características muito específicas às outras instituições; vejamos algumas delas: 1. tem
autarquia, significa dizer que é regida pelas próprias leis, que tem autonomia administrativa,
patrimonial, financeira, didático-científica e disciplinar; 2. é pluricurricular e multicampi, ou
seja, num mesmo Instituto podem ser variados os currículos, a fim de contemplar as
diferentes demandas locais, e vários campi que respondem a uma mesma Reitoria; e 3.

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promove a verticalização, já que atua em diferentes níveis de ensino, desde a formação inicial
e continuada dos trabalhadores (FIC), passando pelos cursos técnicos de nível médio, Cursos
Superiores até a Pós-Graduação.
Veja como é interessante esta última: Você que agora ingressa no curso Técnico Integrado
ao Ensino Médio, numa determinada área do conhecimento, ao concluí-lo, poderá ingressar no
nível superior, mediante processo seletivo, seja de tecnologia, bacharelado ou licenciatura e,
depois, à especialização, mestrado e doutorado, tudo na mesma instituição. Isso é a
verticalização do ensino: promover o que chamamos de itinerário formativo. Tudo isso sem nos
esquecermos que nossa instituição oferece ainda programas do Governo Federal, como o
PRONATEC e o Mulheres Mil; todas essas formas de oferta poderão, a algum tempo,
articularem-se com o seu curso, e é prioritário que o façam.
Poderíamos dizer, então, que o Instituto é uma escola diferente? Já acredito que sim, mas
sua concepção de escola democrática não se encerra por aí. O fundamental, para além dessas
questões organizacionais, é que o Instituto Federal é uma escola de inclusão.
Oferecer educação profissional e tecnológica, constituindo-se centro de excelência nessa
oferta é nossa missão e finalidade; fazê-lo pautado no princípio da inclusão emancipatória, é o
grande diferencial. Inclusão efetiva é a reserva de vagas para o sistema de cotas sociais,
raciais e indígenas; e é o que nós fazemos.
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Outra forma de acompanhar o processo de inclusão em nossa instituição é por meio do


nosso Núcleo de Acesso às Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas – o NAPNE, o
qual tem por objetivo garantir o acesso, a permanência e o êxito dos estudantes com diversas
ações que promovam a educação inclusiva.
Possuímos também a Política Nacional de Assistência Estudantil (PNAE) efetivada no IFPR,
com benefícios sociais, acadêmicos e universais. Nesse sentido, caro estudante, sinta-se
acolhido! Sinta-se abraçado! Porque seu direito transpassa à educação; no IFPR, o seu direito
é à cidadania, à dignidade, ao acesso, à permanência, à aprendizagem significativa e de
excelência!

IFPR - Câmpus Jaguariaíva

Agora passarei a apresentar-lhe o Câmpus Jaguariaíva do IFPR, os nossos espaços de


aprendizagem, e nossa estrutura física e humana. Na verdade, segundo nossa concepção de
escola aberta, os espaços de aprendizagem estão além das instalações institucionais, porque
prevemos uma formação integradora e integrada à comunidade e ao contexto social, desse
modo, tornam-se espaços de aprendizagem: os espaços públicos, os museus, o cinema, as

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escolas, inseridos, afinal, no bairro, no município, na região e em qualquer locus que nos possa
aproximar de uma experiência formativa concreta e significativa. Podemos dizer então que a
escola, nessa perspectiva, não deve ser um espaço alheio ao mundo, insulada em seus muros,
mas sim um ambiente privilegiado de significação do sujeito inserido no seu entorno, na sua
comunidade e, enfim, presente na sociedade.
Quando percebermos que o conhecimento se constrói mediante a observação e apreensão
dos fenômenos da realidade do ambiente em que nos inserimos, quereremos nossa escola como
esse espaço privilegiado, com uma sala ambiente, em que os espaços acadêmicos devam
reproduzir as múltiplas características dos ambientes da vida, da sociedade, da natureza, de
modo que esses conhecimentos façam sentido e se relacionem, e se interrelacionem em suas
múltiplas dimensões; queremos nossa escola buscando a ressignificação desses fenômenos,
onde eles estão, com a concepção do ambiente sala, que todo espaço social e natural
configure-se em espaço acadêmico, promovendo a concepção germinal da democracia, da
política, da ciência, da arte, da filosofia e do ser cívico, social; esse, afinal, é o espaço
concêntrico onde se origina a civilização ocidental. É na ágoravii ateniense onde ocorriam todas
as atividades sociais dos cidadãos gregos, os grandes discursos de Péricles, as assembleias
políticas, os jogos, a indução dialética de Sócrates, o nascimento da tragédia no espírito da
músicaviii, como o Drama ático de Eurípides, e a adoração das divindades. Urge, considerando
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nossa origem clássica, ressignificarmos a ágora; urge, considerando a nossa concepção de


escola libertadora, buscarmos os espaços mais democráticos e sociais; urge, afinal,
contemplarmos a vida e apreendermos dela os conhecimentos que se constroem em nossas
escolas.
Evidente que, como espaço privilegiado de significação e ressignificação do mundo e seus
fenômenos, produzir o conhecimento sistematizado e científico, requer também uma
estrutura didática e laboratorial.
O Câmpus Jaguariaíva possui uma área de aproximadamente 75 mil m² de terreno cercado
e patrimoniado ao IFPR. A atual edificação do Câmpus está em processo de conclusão de sua
obra e possui 2.552,96 m2, com diferentes espaços, cujas pesquisas também compreendem o
fazer pedagógico, a fim de proporcionar uma formação integral para você que passa a integrar
a família IFPR.
Disporemos, ainda, de um espaço para a biblioteca para estudos e, oportunamente para
empréstimo de acervo com as principais obras sugeridas pelos seus docentes; essas obras
devem ser a base para suas pesquisas, e nossa biblioteca estará em constante esforço de
ampliação de acervo, com destinação significativa de recursos para esse fim, a cada ano fiscal.
Atualmente, na cidade de Jaguariaíva há uma biblioteca municipal que será visitada e
conhecida por você. Espaço para utilização, também, de material de pesquisa.
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Para contribuir com sua formação específica faremos uso do Laboratório de Análises
Clínicas da Prefeitura Municipal de Jaguariaíva, parceria firmada com nossa instituição, e
ainda, um Laboratório Multidisciplinar de Biologia, Física e Química, em construção até 2018 e,
um Laboratório de Informática, contendo 40 microcomputadores.
Não obstante, toda nossa estrutura física, agora à sua inteira disposição, esvaziar-se-ia de
significado, não fosse a sua presença, pois uma escola não se faz de quadros, gizes e
professores. Nossa equipe pedagógica, a propósito, também encontra em você o sentido e o
fim último de seu labor. Os técnicos são formados e preparados para gerir toda a instituição,
ou atender as suas necessidades específicas; são servidores com plano de carreira, e
altamente qualificados para suas funções. Você estará em contato com a pedagoga, Lúcia
Regina de Albuquerque Périco de Assis, licenciada em Pedagogia, com carga horária de 40
horas semanais, assim como os assistentes de alunos e o bibliotecário, os quais entrarão por
concurso público, já realizado no ano de 2014. O corpo docente, atualmente, em 2014, está
formado por três docentes, dos componentes curriculares de Biologia (Profª Adriana Ferreira
Gama); Física e Matemática (Prof. Paulo Henrique B. Rolim); e Língua Portuguesa (Profª Aline
Renée B. dos Santos), além dos 11 docentes que entrarão por concurso público, também já
realizado em 2014, e gozam também dos mesmos benefícios do serviço público, além de
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grandes incentivos à qualificação. Trabalham, em sua maioria, em regime de Dedicação


Exclusiva, o que significa dizer que aqueles que orientarão sua trajetória acadêmica, têm
tempo previsto para preparar e pensar seu fazer docente e para atendê-lo em todas as suas
necessidades de aprendizagem. São docentes entre especialistas, mestres e doutores,
dispostos a empenhar o melhor de nossa disposição intelectual para construirmos, juntos, sua
história, sua formação integral, sua emancipação acadêmica e sua profissionalização para o
mundo social do trabalho; um mundo onde você não será explorado como força laboral, mas
que, como sujeito de si mesmo, você poderá se encontrar na sociedade, compreendendo-a e
transformando-a para o bem comum, e isso só se faz com educação de qualidade, de
excelência e emancipadora, e disso nós entendemos, a isso viemos.
Especificamente para o seu curso, são previstas duas estruturas colegiadas: o próprio
Colegiado do Curso, composto por todos os docentes que contribuirão diretamente com sua
formação, representado por um Coordenador de Colegiado; e o Colegiado Modular, composto
pelos docentes também representados por um Coordenador de cada Módulo. Suas funções são
diversas, de ordem pedagógica e até administrativa do curso ou módulo.
É evidente que o corpo discente não pode ser alheio a essa estruturação e à participação
institucional, então cabe a você integrar-se e organizar conjuntamente a seus novos colegas as

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

estruturas representativas dos estudantes, que pensem, discutam e proponham soluções para
o seu curso.
Toda essa equipe, técnicos, docentes e discentes, reúnem-se em encontros periódicos, que
chamamos de Coletivo Pedagógico (CP) cuja finalidade é identificar dificuldades, traçar
estratégias, definir e discutir procedimentos para garantir o êxito individual e da
coletividade. Forma-se, nesse momento, uma assembleia organizada pelos representantes das
distintas estruturas, com pauta, voz e voto de todos. Essa é a forma que o IFPR entende
escola; é exercício de cidadania; é construção social; é edificação dos sujeitos.

A sociedade que queremos

Neste ponto, em que já delineamos algumas de nossas concepções, é importante você saber
o que nos move a ser o que somos. Se a escola faz parte da comunidade em que está inserida,
ela deve reproduzir seus valores, atender às suas expectativas e suprir suas necessidades
educativas. Por isso, um Projeto Pedagógico de Curso desarticulado do conjunto de organismos
governamentais ou da sociedade civil, deixa de ser significativo, e perde sua razão de existir.
Antes de pensarmos nesse PPC, pensávamos num Projeto de Nação, frente ao nosso

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compromisso com os valores inspiradores da sociedade democrática, e ao papel social da


escola, e nos perguntávamos: Quais as concepções e princípios norteadores que os organismos
governamentais nos instruem a seguir? – Por isso todas as nossas proposições encontram-se
descritas também nas diversas legislações que nos regem. Perguntávamos também: O que a
sociedade civil espera e necessita de nós?
Para propor o Curso de Biotecnologia no Câmpus Jaguariaíva consideramos vários aspectos
do contexto local e regional, num raio de aproximadamente 70 a 80 km do município de
Jaguariaíva. Utilizamos principalmente as informações contempladas pelo Observatório
Regional do IFPR, publicado no Boletim Informativo ano 02/2014/v. 3/Nº 03, o qual descreve
em 33 páginas, contendo 3 figuras, 10 gráficos e 20 quadros, que apresentam mais de 20
indicadores quanti e qualitativos, divididos em categorias, como: geográfica, populacional,
educacional, econômica e de sustentabilidade. Os dados transformados em informações
contextualizadas, permitiram-nos radiografar a situação atual em nível local e regional, bem
como verificar tendências sociais e econômicas para o futuro da região, na qual o Câmpus do
IFPR poderá ser diferencial em termos de formação humana, para além do que já está sendo
ofertado na educação pelos setores públicos e privados.
O projeto do Câmpus do IFPR foi apresentado em diversas ocasiões para a comunidade
local: 12/03/2013, por ocasião do lançamento da pedra fundamental da obra; 19/02/2014, na
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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

continuidade de investimentos no Câmpus; 09/06/2014, na apresentação do estudo


socioeconômico para a comunidade e todos os setores da Prefeitura Municipal de Jaguariaíva;
assim como a aplicação de questionário para os estudantes da rede pública estadual em
agosto/2014, entre outras ocasiões específicas. Na região identificou-se Vetor de
Desenvolvimento Local e não Arranjo Produtivo Local. O APL necessita ser sustentado no
tripé: iniciativa privada, governo municipal e governo estadual. Neste sentido são poucas as
APLs formalmente constituídas no Paraná, como ocorre em Jaguariaíva.
Por isso a definição do curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio pautou-
se pela identificação da forte demanda desses profissionais, sendo uma das áreas
consideradas especialmente promissorasix e figurando entre as nove profissões com aumento
mais expressivo no mundo do trabalho até 2020x, além de considerar, evidentemente, a
possibilidade de verticalização com o cursos de Licenciatura em Ciências Biológicas ou
Licenciatura em Química, Tecnólogo em Biotecnologia, dentre outros, e a integração dos dois
eixos tecnológicos que se desenharão no Câmpus Jaguariaíva, para atuarem em seu curso,
quais sejam, Ambiente e Saúde e Informação e Comunicação, neste último relacionado com
Bioinformática; com essa integração, torna-se mais rica a multirreferencialidadexi, uma vez
que teremos as dimensões referenciais construídas por professores de diferentes áreas de
formação.
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Articuladas as questões objetivas, nossa reflexão acerca do Projeto de Nação perpassava


concepções diversas, que dizem respeito ao que esperamos de você, caro estudante. Isso
porque um egresso é sempre multiplicador social do que propomos e fazemos aqui, e nesse
sentido, sua formação transpassará as especificidades técnicas do seu curso, qual seja então
nosso objetivo: formá-lo não como um profissional técnico, dotado somente das necessárias
competências do embasamento teórico-prático para atender às demandas do mercado, mas um
sujeito no sentido amplo, pleno de sua cidadania, apto ao exercício de sua profissão de forma
ética e responsável.
Complementando esse objetivo, nosso projeto se recusa a formar um consumidor em lugar
de um cidadão consciente; nosso projeto repudia a perversa lógica do capital, a que
substituímos pelo bem estar social; recusa a formação tecnicista a serviço da exploração
capitalista, mas quer formar um trabalhador agente no mundo social do trabalho; não quer
formar o empreendedor do individualismo neoliberal, mas aquele adornado da dimensão da
economia solidária e do cooperativismo; não quer inclusão sem emancipação, e quer, por isso,
coibir toda forma de preconceito gerador de violências físicas ou simbólicas, de intolerâncias
étnicas, estéticas, sociais, espirituais, sexuais; ao contrário, quer educar para o pacifismo, o
humanismo, a solidariedade e a igualdade. Ainda no sentido humanista, quer-se formar um
sujeito erudito, versado nas culturas historicamente constituídas, valorizando todas as
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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

expressões e reprodutor delas; um sujeito com a dimensão estética da vida e da arte, porque
esse sujeito preserva o meio ambiente, é cordial, é asseado, é elegante e cortês, independente
da classe social. Deve ser também um crítico perspicaz acerca da degradação das relações
humanas que se vem construindo em todas as camadas sociais, destacadamente disseminadas
em mídias de massa.
Diante de todas essas dimensões de valores que reclama a sociedade, articular nosso PPC
com tudo isso é resposta que urge a mesma sociedade. Você como egresso – o dissemos no
princípio – será multiplicador desses valores e saberes, o que me faz crer que a sociedade que
queremos é sim possível, está em suas mãos, em nossas mãos!

Biotecnólogo: o ofício da vidaxii

Vários motivos podem havê-lo trazido a estudar conosco; e tratando-se de Biotecnologia,


posso imaginar uma série deles, já que esta formação e a profissão do biotecnólogo despertam
tanta curiosidade. Vamos, no entanto, a alguns fatos para que possamos compreender o que
faz alguém que estuda a arte da vida.

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Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

Se o conceito do trabalho é a intervenção do homem na natureza, mediante sua


contemplação e seu conhecimento dela, a fim de satisfazer suas necessidades, conforme
vimos anteriormente, a biotecnologia veio dar outro significado a essa intervenção. Com a
biotecnologia, o homem, de forma cada vez mais frequente, vem modificando geneticamente
os organismos com manipulação em nível molecular, sempre a fim de aprimorá-las para seu
melhor aproveitamento. Nesse sentido, sua atuação está em todas as frentes em que a vida de
alguma forma se relaciona com o processo produtivo, e, a exemplo de nossa prática
pedagógica, a biotecnologia tem aplicações transversais entre os seguintes setores: o
agropecuário, o de alimentos, da indústria química, têxtil, farmacêutica, o setor de segmentos
de materiais médicos e odontológicos, e ainda mais, pois estamos sempre por descobrir novas
contribuições que os biotecnólogos têm para a sociedade.
Mas não se engane em pensar que essa ciência é exatamente nova. Embora a biotecnologia
enquanto ramo da ciência comece a aparecer a partir do princípio do século XXxiii, a
manipulação genética não é uma prática contemporânea; conta-se que, no século XVII, a
cenoura foi modificada para que se tornasse de cor laranja em tributo a Guilherme I de
Orange, da Holanda, sendo originalmente roxa, amarela ou branca, mais fibrosa que a
conhecida por nós. Há 12.000 anos o homem já cultivava grãos, cujas características de
digestibilidade, textura e sabor foram se modificando com a intervenção humana e isso já era
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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

processo produtivo e tecnológico. Desde esses remotos tempos, os homens também já


levedavam o pão e fermentavam bebidas, ou seja, estudavam a arte de sua vida e interviam
nela para se alimentar. Chegada a modernidade, primeiro foi a microbiologia a surgir com a
invenção do microscópio no século XVII; a genética no século XIX e a descoberta do DNA em
meados do século XX. Essas, seguidas da engenharia genética, foram outros marcos na
história da ciência, de tal modo que, se o século XX foi o século da comunicação, vivemos hoje
a era da biotecnologia. Esse é o seu protagonismo em haver escolhido essa profissão!
Hoje, um dos papéis mais relevantes da biotecnologia está relacionado ao aumento da
produtividade agropecuária com preservação ambiental e diminuição de uso de defensivos.
Esses poucos exemplos são já referência para sua inserção no mundo do trabalho, uma vez
egresso do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio, a partir do qual, você
poderá: auxiliar e executar atividades laboratoriais e industriais, como o controle de
qualidade relacionado à biotecnologia animal e vegetal; atuar na produção de imunobiológicos,
como vacinas, diluentes e kits de diagnóstico; colaborar com atividades de perícia criminal e
investigação genética; participar de pesquisa de melhoramento genético e atuar em processos
industriais biológicos; colaborar na investigação e implantação de novas tecnologias
relacionadas à biotecnologia animal e vegetal, em especial aquelas que envolvam conhecimentos
químicos e biomédicos; e operar e zelar pelo bom funcionamento do aparato tecnológico
28
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

presente nas unidades de biotecnologia. Mas, conforme já dizíamos, sua perspectiva


profissional não será condizente com o que se convencionou chamar de agrobusiness. Não se
trata de beneficiar tecnologicamente as elites que dominam os setores produtivos, mas sim,
estimular e dar condições competitivas para a agricultura familiar na perspectiva do
cooperativismo; trata-se, afinal, da produção e desenvolvimento de soluções para uma
sociedade mais justa, mais igualitária e mais segura para todos, mediante sua intervenção no
mundo do trabalho.

Como e o que aprenderei no curso que escolhi?

Você já deve ter observado que o curso ofertado pelo IFPR – Câmpus Jaguariaíva possui
uma proposta diferenciada da educação tradicional, que poderá ser diferente daquela
formação que você recebeu durante os anos anteriores. É porque o Curso Técnico em
Biotecnologia está baseado numa proposta conhecida por Pedagogia de Projetos, e esta
metodologia de trabalho inclui a construção do conhecimento por meio de metas previamente
definidas e de forma coletiva entre professores e estudantes. Com isso é abolido o monopólio
do professor tradicional no que diz respeito à escolha dos conteúdos entre outras situações

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

do ambiente escolar. Nesta perspectiva de trabalho, as atividades desenvolvidas por você são
essenciais para a construção do seu próprio saber operatório, interagindo sempre com o meio
e com os outros atores.
O trabalho do docente, nessa proposta, é estimular, mediar, criar junto, dar significado,
construir, desconstruir, refletir e levar os estudantes a reflexões sobre sua formação, estar
conectado ao tripé inseparável da Educação que é “Ensino, Pesquisa e Extensão”, ou seja,
ensinar a aprender, formar um cidadão.
Sobre isso, é consenso, nas instituições de nível superior, a promoção da indissociabilidade
entre ensino, pesquisa e extensão; como o Instituto Federal, pela Lei que o institui, é
equiparado às Universidades Federais, já no nível médio você também será envolvido nesse
tripé. Quando, no entanto, se o faz separadamente, o que de fato existe são três ações
pedagógicas promovidas por uma mesma instituição. Dissociar, antônimo de associar, significa
separar; tornar in-dissociável é o mesmo que se disséssemos, tornar inseparável, unificado. A
indissociabilidade, portanto, só ocorre quando o ensino se faz mediante a pesquisa com
objetivos extensionistas, do contrário, não. Como será isso? Não promoveremos no seu curso,
aulas teóricas desvinculadas da pesquisa. Sem pesquisa, quando só o professor professa
conteúdos que ele pré-estabeleceu e levou pronto, não há autonomia. Já a pesquisa sem a
extensão, não é significativa; significa dizer que todo o processo de pesquisa nasce de uma
30
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

motivação ou necessidade dos agentes envolvidos, o que Gasparin (2005)xiv chama de “prática
social inicial”, porque isso faz sentido para eles, é a ação-reflexão-ação para a resolução de
situações-problema, isso é ensino-pesquisa-extensão, indissociados, isso é aprendizagem
significativaxv, isso é formação cidadã, isso é o que fazemos!
Pensamos, então, numa organização curricular fundamentada na integração teórica e
prática, orientada por dimensões formativas. Centralizamos essa organização curricular em
módulos de ensino, direcionados por conjuntos de saberes, conforme os conhecimentos que
esperamos que se aproprie. Esses conhecimentos constituem princípios de integração, visando
à articulação de diferentes saberes, para que você desenvolva habilidades, comportamentos, e
destreza em certas tecnologias. A perspectiva aqui é a da multirreferencialidade, ou seja,
você estará diante de um tema gerador proposto pelo grupo, e a pesquisa orientada à
extensão acontecerá com o apoio de diversas referências de áreas afins, o que na prática
significa dois ou mais professores contribuindo com seu referencial simultaneamente, fazendo
transitar sua perspectiva por esses referenciais específicos.
Como você deve ter percebido, nossa prática pedagógica orienta-se por uma pedagogia
fundamentada numa concepção crítica das relações existentes entre educação, sociedade e
trabalho, respeitando seus conhecimentos e suas experiências ao pautar-se no princípio ação-

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

reflexão-ação, na perspectiva da Pedagogia de Projetos (VENTURA, 2002) e histórico-crítica


(SAVIANI, 2008).
Iniciamos o processo, sempre a partir dos seus anseios e de sua consciência deles, ou seja,
de seu “universo temático” para o enfrentamento das situações-limites. Por isso, queremos a
sua consciência histórica e o seu pensar coletivo, visto que numa investigação temática, esses
são os aportes de uma aprendizagem completa e significativa. Somente quando você tiver
vislumbrado a totalidade multirreferencial, é que você verá a cisão, ou seja, o conhecimento
das partes, que, integradas novamente ao todo, permitirão que você compreenda o mundo e o
conhecimento específico.
Essa metodologia da investigação temática e multirreferencial lhe trará uma visão
significativa da realidade, menos fragmentada dando a noção de totalidade.
As suas aulas práticas lhe propiciarão o desenvolvimento de conceitos científicos, além de
permitir que você encontre respostas e soluções para as diversas situações e problemas que o
envolvem no seu cotidiano. Quando você compreender um tema discutido em sala de aula,
estou certo de que se ampliará sua reflexão sobre os fenômenos que acontecem à sua volta e
isso dará lugar, por consequência, a novas discussões, troca de informações e, em torno delas,
a sua aprendizagem.

32
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

A dimensão prática do seu curso transcende os experimentos laboratoriais e tem como


finalidade promover a articulação de diferentes níveis de ensino, na perspectiva verticalista e
pluricurricular do Instituto Federal do Paraná.
Em situações previstas e contextualizadas, promoveremos a presença de você, estudante,
na resolução conjunta das situações-problema do seu curso técnico.
Os Temas Transversais ganham lugar de destaque com a proposta metodológica da
multirreferencialidade, pois permeiam os saberes de forma transdisciplinarxvi e desse modo
são, amiúde, trazidos à discussão. Objetivam imprimir flexibilidade ao currículo do curso, e
aumentar os horizontes do seu conhecimento para além dos espaços intramuros, favorecendo
o seu relacionamento entre grupos sociais, além de ensejar condutas adequadas ao exercício
profissional.
Os Temas Transversais serão tratados de forma dinâmica nas atividades pedagógicas, ou,
havendo necessidade e/ou oportunidade, organizados e propostos pela Coordenação do Curso
ou dos Módulos, permeando todo o currículo, ou seja: Ética; Educação Ambiental; Pluralidade
Cultural; Educação Alimentar e Nutricional; Processo de Envelhecimento, respeito e
valorização do idoso; Educação para o Trânsito; Educação em Direitos Humanos; Saúde e
Orientação Sexual.

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

Também, você terá acesso aos conhecimentos de componentes curriculares que serão
tratados em uma ou mais das áreas de conhecimento, conforme consolidado com a resolução
CNE/CEB nº 02/2012, que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio, os
componentes curriculares de Filosofia e Sociologia, assim como a Língua Estrangeira Moderna
Inglesa e Espanhola, o ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena e, também, o
ensino de Música que será conteúdo obrigatório no ensino de Arte e serão tratados ao longo
dos quatro anos do curso.
Vejamos agora como é a organização curricular do curso Técnico em Biotecnologia do
Instituto Federal do Paraná, no Câmpus Jaguariaíva, que está dividida em módulos.

Organização Curricular

Módulo I: contempla a formação específica para a área de Biotecnologia;

Módulo II: contempla a formação específica para as áreas do conhecimento do Núcleo


Comum;

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Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

Módulo III: denominado Projeto de Conclusão de Curso, para o qual você receberá
orientações a fim de elaborar e apresentar, seja um projeto de pesquisa, inovação, extensão,
seja uma propriedade intelectual, ou mesmo um memorial descritivo (último ano do curso,
concomitante aos demais módulos).

Os Módulos I e II repetem-se ao longo dos quatro anos do curso, e cada um deles tem, ao
longo desse período, quatro dimensões formativas nas quais transita a multirreferencialidade
orientada pelos temas geradores.
Vejamos, agora, quais são essas dimensões e temas:

NO 1º ANO DO CURSO
MÓDULO I – 400 horas
Dimensão Formativa: Introdução à Biotecnologia, Ciências Naturais e Matemática
Temas: Pensamento e construção do conhecimento: ciência e não ciência; práticas da ciência da vida e
da saúde; sociedade, natureza e desenvolvimento: da realidade local à global; o trabalho de pesquisa no
campo científico; fundamentos de práticas laboratoriais; distribuição geográfica dos seres vivos no
espaço através do tempo; matéria, energia, espaço e tempo nos seres vivos; Fundamentos básicos
contextualizados da Biologia, Física, Química e Matemática.

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

Base para suas pesquisas nesse módulo:


CATINI, A. et al. Ser Protagonista - Biologia 1. São Paulo: Editora SM, 2011.
FRIEDRICH, D. C.; HECK, J. X. Manual de operações e procedimentos em laboratórios de Ciências Biológicas.
Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul: Escola Técnica, 2008.
FUGUITA, F. et al. Ser Protagonista - Matemática 1. São Paulo: Editora SM, 2011.
FUKUI, A. et al. Ser Protagonista - Física 1. São Paulo: Editora SM, 2011.
LISBOA, J.C.F. Ser Protagonista - Química 1. São Paulo: Editora SM, 2011.
LOPES, L. F.; CALLIARI, L. R. Matemática Aplicada na Educação Profissional. Curitiba: Base Editorial, 2010.
MICHELACCI, Y. M. et al. (Org.). Manual de práticas e estudos dirigidos: química, bioquímica e biologia
molecular. São Paulo: Blucher, 2014.
MOLINARO, E. M. et al. (Org.). Conceitos e métodos para a formação de profissionais em laboratórios de
saúde. v. 1. Rio de Janeiro: EPSJV, 2009.
MOLINARO, E.M. et al. (Org.). Conceitos e métodos para a formação de profissionais em laboratórios de
saúde. v. 2. Rio de Janeiro: EPSJV, 2009,
SAMPAIO, F. S.; SUCENA, I.S. Ser Protagonista - Geografia. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
SIMÕES, J. A. M. et al. Guia do Laboratório de Química e Bioquímica. 2 ed. Lisboa: Lidel, 2008.

Complementos para sua pesquisa:


BARKER, K. Manual de iniciação científica em laboratórios de pesquisa biomédicas. Porto Alegre: ARTMED,
2002.
CARVALHO, C. et al. Química de Olho no mundo do Trabalho. v. único. São Paulo: Editora Scipione, 2004.
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Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

GASPAR, A. Física – Série Brasil. v. único. São Paulo: Editora Ática, 1994.
MASTROENI, M. F. Biossegurança – Aplicada a Laboratórios e Serviços de Saúde. São Paulo: Atheneu, 2004.
MATTOS, N. S.; PEZZI, A. C. Biologia - Ensino Médio – Integrado. v. único. São Paulo: FTD – Didáticos, 2010.
MORITA, T. et al. Manual de Soluções, Reagentes e Solventes. 2 ed. São Paulo: Editora Blucher, 2007.
RIBEIRO, J. Matemática: ciência, linguagem e tecnologia. v. 1. São Paulo: Editora Scipione, 2010.
SIMIELLI, M. E. Geoatlas Básico. 23 ed. São Paulo: Ática, 2012.
ZUBRICK, J. Manual de Sobrevivência no Laboratório de Química Orgânica. 6 ed. Rio de Janeiro: LCT, 2006.

MÓDULO II – 500 horas


Dimensão Formativa: Linguagens e Humanidades
Temas: Fundamentos em Ciências Humanas: Históriaxvii, Filosofia e Sociologia; Fundamentos em
Linguagens: Língua Portuguesa e Literaturas; Língua Estrangeira Moderna (Inglês/Espanhol); Educação
Física e Arte.

Base para suas pesquisas nesse módulo:


BARRETO, R. G. Ser Protagonista - Português 1. São Paulo: Editora SM, 2011.
BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Editora Ática, 1991.
BRACHT, V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 2002.
CARVALHO, D. C. Ser Protagonista - Sociologia. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
CHAUÍ, M. Iniciação à Filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2010.

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

DIAS, R. Inglês Instrumental: leitura crítica - uma abordagem construtivista. 3 ed. rev. e ampl. Belo Horizonte:
Editora UFMG, 2002.
NOGUEIRA, F. H. G.; CAPELLARI, M. A. Ser Protagonista - História. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
VILLALBA, T. K. B. et al. El Arte de Leer Español 1. São Paulo: Base Editorial, 2011.

NO 2º ANO DO CURSO

MÓDULO I – 400 horas


Dimensão Formativa: Formação e desenvolvimento dos seres vivos e as relações interdisciplinares
entre Biologia, Física, Geografia e Química.
Temas: Organização e interação celular e molecular; Genes, hereditariedade e variação dos organismos;
Ciências morfológicas e desenvolvimento humano; Matéria, energia, espaço e tempo dos seres vivos;
Reações químicas de processos biológicos nos seres vivos; Distribuição geográfica dos seres vivos;
Agentes etiológicos; Sistema imunitário dos organismos.

Base para suas pesquisas nesse módulo:


ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. Porto Alegre,
2011.
BORÉM, A. & GIÚDICE, M. D. Biotecnologia e meio ambiente. 5 ed. Viçosa: Editora UFV, 2007.
DE ROBERTIS, E. M. F.; HIB, J. Bases da Biologia Celular e Molecular. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2014.

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Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

CATINI, A. et al. Ser Protagonista - Biologia 2. São Paulo: Editora SM, 2011.
DEVLIN, T. M. Manual de bioquímica com correlações clínicas. 16 ed. São Paulo: Blucher, 2011.
FUKUI, A. et al. Ser Protagonista - Física 2. São Paulo: Editora SM, 2011.
LISBOA, J.C.F. Ser Protagonista - Química 2. São Paulo: Editora SM, 2011.
MALUF, S. W. et al. Citogenética Humana. Porto Alegre: Artmed, 2011.
MOLINARO, E. M. et al. Conceitos e métodos para a formação de profissionais em laboratórios de saúde. v. 3.
Rio de Janeiro: EPSJV, 2013.
______. Conceitos e métodos para a formação de profissionais em laboratórios de saúde. v. 4. Rio de Janeiro:
EPSJV, 2009.
______. Conceitos e métodos para a formação de profissionais em laboratórios de saúde. v. 5. Rio de Janeiro:
EPSJV, 2012.
MORAES, Â. M. et al. Tecnologia de Cultivo de Células Animais: de Biofármacos a Terapia Gênica. São Paulo:
Roca, 2011.
NELSON, D. L.; COX, M. M. Princípios de Bioquímica de Lehninger. 5 ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
NORMANN, C. A. B. M. (Org.). Práticas em Biologia Celular. Porto Alegre: Editora Sulina, 2008.
PERES, C. M.; CURI, R. Como Cultivar Células. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
QUEIROZ, C.; LIMA, D. O Laboratório de Citopatologia – Aspectos Técnicos e Operacionais. Salvador: UFPE,
2000.
SAMPAIO, F. S.; SUCENA, I. S. Ser Protagonista - Geografia. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
SIVIERO, F. S. (Org.). Biologia Celular - Bases Moleculares e Metodologia de Pesquisa. São Paulo: Roca, 2013.
ULRICH, H.; COLLI, W. Bases Moleculares da Biotecnologia. São Paulo: Roca, 2008.

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

Complementos para sua pesquisa:


ALMEIDA, E. A. Ensino de Zoologia ensaios metadisciplinares. 3 ed. Ribeirão Preto: Editora UFPB, 2011.
HARRIS, D. C. Análise Química Quantitativa. 7 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
JUNQUEIRA, C. J. U.; CARNEIRO, L. C. Biologia Celular e Molecular. 8 ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan,
2005.
KREUZER, H.; MASSEY, A. Engenharia Genética e Biotecnologia. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
MARKS, D. B. Bioquímica Médica Basica De Marks: uma abordagem clínica. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007.
REMIÃO, J. O. R. et al. Bioquímica: guia de aulas práticas. Porto Alegre: PUCRS, 2003.
TORRES, A. C. et al. Cultura de Tecidos e Transformação Genética de Plantas. Brasília: Embrapa-SPI, 1998.

MÓDULO II – 500 horas


Dimensão Formativa: Linguagens, Humanidades e Matemática no Cotidiano.
Temas: O uso da língua portuguesa e da língua estrangeira (Inglês/Espanhol) moderna no Cotidiano; A
história, a Arte e a Literatura da Humanidade no Cotidiano; O corpo e a qualidade de vida no Cotidiano;
Filosofia e Sociologia no Cotidiano; Matemática e Cotidiano.

Base para suas pesquisas nesse módulo:


BARRETO, R.G. Ser Protagonista - Português 2. São Paulo: Editora SM, 2011.
BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Editora Ática, 1991.
BRACHT, V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 2002.

40
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

CARVALHO, D. C. Ser Protagonista - Sociologia. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
CHAUÍ, M. Iniciação à Filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2010.
DIAS, R. Inglês Instrumental: leitura crítica - uma abordagem construtivista. 3 ed. rev. e ampl. Belo Horizonte:
Editora UFMG, 2002.
FUGUITA, F. et al. Ser Protagonista - Matemática 2. São Paulo: Editora SM, 2011.
NOGUEIRA, F. H. G.; CAPELLARI, M. A. Ser Protagonista - História. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
RAMOS, R. de A.; STEFANOVITS, A. Ser Protagonista - Gramática. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
VILLALBA, T.K.B. et al. El Arte de Leer Español 2. São Paulo: Base Editorial, 2011.
Complementos para sua pesquisa:
BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Editora
Contexto, 2002.
CARVALHO, C. et al. Química de Olho no mundo do Trabalho. v. único. São Paulo: Editora Scipione, 2004.
GASPAR, A. Compreendendo a Física. v. 2. São Paulo: Editora Ática, 2011.
GASPAR, A. Física – Série Brasil. v. único. São Paulo: Editora Ática, 1994.
KUNZ, E. Transformação didático-pedagógica do esporte. Ijuí: Unijuí, 1994.
MATTOS, N. S.; PEZZI, A. C. Biologia. v. único. Ensino Médio – Integrado. São Paulo: FTD – Didáticos, 2010.

NO 3º ANO DO CURSO

MÓDULO I – 400 horas


Dimensão Formativa: Meio Ambiente, Tecnologia e Saúde.
41
Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

Temas: Biotecnologia na produção de alimentos; Biotecnologia dos biofármacos e dos biodefensivos; O


meio ambiente e a biotecnologia; Controle de qualidade físico-químico de bioprodutos; Controle de
qualidade microbiológico de bioprodutos.

Base para suas pesquisas nesse módulo:


AQUARONE, E. Biotecnologia Industrial. v. 4. São Paulo: Blucher, 2001.
BORZANI, W. Biotecnologia Industrial. v. 1. São Paulo: Blucher, 2001.
ERIC, S. G. Controle físico-químico de qualidade de medicamentos. 3 ed. São Paulo: Pharmabooks, 2010.
LIMA, U. A. Biotecnologia Industrial. v. 3. São Paulo: Blucher, 2001.
PINTO, M. M. Manual de Trabalhos Laboratoriais de química Orgânica e Farmacêutica. 3 ed. São Paulo: Lidel-
Zamboni, 2010.

Complementos para sua pesquisa:


KREUZER, H.; MASSEY, A. Engenharia Genética e Biotecnologia. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.
LEITE, F. Validação em análise química. 5 ed. Campinas: Ed. Átomo, 2008.
LIMA, N.; MOTA, M. Biotecnologia – fundamentos e aplicações. São Paulo: Lidel-Zamboni, 2003.
PINTO, T. J. A.; KANEKO, T. M. Controle biológico de qualidade de produtos farmacêuticos, correlatos e
cosméticos. 3 ed. São Paulo: Atheneu, 2010.
SCHMIDELL, W. Biotecnologia Industrial. São Paulo: Blucher, 2001, Vol. 2.

MÓDULO II – 500 horas


42
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

Dimensão Formativa: Diálogos Interdisciplinares


Temas: Linguagens, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Matemática: uma construção
interdisciplinar.

Base para suas pesquisas nesse módulo:


BANDOUK, A.C. et al. Ser Protagonista - Biologia 3. São Paulo: Editora SM, 2011.
BARRETO, R. G. Ser Protagonista - Português 3. São Paulo: Editora SM, 2011.
BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
CARVALHO, D. C. Ser Protagonista - Sociologia. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
CHAUÍ, M. Iniciação à Filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2010.
DIAS, R. Inglês Instrumental: leitura crítica - uma abordagem construtivista. 3 ed. rev. e ampl. Belo Horizonte:
Editora UFMG, 2002.
FUGUITA, F. et al. Ser Protagonista - Matemática 3. São Paulo: Editora SM, 2011.
FUKUI, A. et al. Ser Protagonista - Física 3. São Paulo: Editora SM, 2011.
KUNZ, E. Educação Física: ensino e mudanças. Ijuí: Unijuí, 1991.
LISBOA, J.C.F. Ser Protagonista - Química 3. São Paulo: Editora SM, 2011.
NOGUEIRA, F. H. G.; CAPELLARI, M. A. Ser Protagonista - História. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
RAMOS, R. de A.; STEFANOVITS, A. Ser Protagonista - Gramática. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
SAMPAIO, F. dos S.; SUCENA, I.S. Ser Protagonista - Geografia. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
VILLALBA, T. K.B. et al. El Arte de Leer Español 3. São Paulo: Base Editorial, 2011.

43
Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

Complementos para sua pesquisa:


BASSANEZI, R. C. Ensino-aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto,
2002.
CARVALHO, C. et al. Química de Olho no mundo do Trabalho. v. único. São Paulo: Editora Scipione, 2004.
GASPAR, A. Compreendendo a Física. v. 2. São Paulo: Editora Ática, 2011.
GASPAR, A. Física – Série Brasil. v. único. São Paulo: Editora Ática, 1994.
MATTOS, N. S.; PEZZI, A. C. Biologia. Ensino Médio – Integrado. v. único. São Paulo: FTD – Didáticos, 2010.

NO 4º ANO DO CURSO

MÓDULO I – 300 horas


Dimensão Formativa: Meio Ambiente e Qualidade de Vida.
Temas: Projetos para conservação do Meio Ambiente e qualidade de vida; Inovação em Biotecnologia; O
perfil do empreendedor na Biotecnologia; Valorização, circulação e proteção das propriedades
intelectuais; Probabilidades em Biotecnologia.

Base para suas pesquisas nesse módulo:


BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009.
ESTRELA, C. Metodologia Científica. São Paulo: Artes Médicas, 2005.
KREUZER, H.; MASSEY, A. Engenharia Genética e Biotecnologia.2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.

44
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

OLIVEIRA, A.G. Bioestatística Descodificada. São Paulo: Lidel-Zamboni, 2014.


ZUCOLOTO, G.F.; FREITAS, R. E. (Org.). Propriedade intelectual e aspectos regulatórios em biotecnologia. Rio
de Janeiro: Ipea, 2013.

Complementos para sua pesquisa:


LEITE, F. Validação em análise química. 5 ed. Campinas: Átomo, 2008.
LIMA, N.; MOTA, M. Biotecnologia – fundamentos e aplicações. São Paulo: Lidel-Zamboni, 2003.
MORETTIN, L. G. Estatística Básica: Probabilidade e Inferência. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
NOVAES, D. V.; COUTINHO, C. Q. Estatística para a educação profissional. São Paulo: Atlas, 2009.
PAESANI, L. M. Manual de Propriedade Intelectual. São Paulo: Atlas, 2012.

MÓDULO II – 300 horas


Dimensão Formativa: Saberes Sociais e Científicos.
Temas: As linguagens e a sociedade; Ciências Naturais e Humanas: uma perspectiva social e científica;
Matemática e sociedade.

Base para suas pesquisas nesse módulo:


BANDOUK, A.C. et al. Ser Protagonista - Biologia 3. São Paulo: Editora SM, 2011.
BOSI, A. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991.
CARVALHO, D. C. Ser Protagonista - Sociologia. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
45
Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

CHAUÍ, M. Iniciação à Filosofia: ensino médio. São Paulo: Ática, 2010.


DIAS, R. Inglês Instrumental: leitura crítica - uma abordagem construtivista. 3 ed. rev. e ampl. Belo Horizonte:
Editora UFMG, 2002.
FUGUITA, F. et al. Ser Protagonista - Matemática 3. São Paulo: Editora SM, 2011.
FUKUI, A. et al. Ser Protagonista - Física 3. São Paulo: Editora SM, 2011.
FUMES, N. L. F.; CAVALCANTE, M. A. S. Educação e linguagem: Saberes, Discursos e Práticas. São Paulo:
EDUFAL, 2006.
KUNZ, E. Educação Física: ensino e mudanças. Ijuí: Unijuí, 1991.
LISBOA, J.C.F. Ser Protagonista - Química 3. São Paulo: Editora SM, 2011.
NOGUEIRA, F. H. G.; CAPELLARI, M. A. Ser Protagonista - História. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
SAMPAIO, F. dos S.; SUCENA, I.S. Ser Protagonista - Geografia. v. único. São Paulo: Editora SM, 2011.
VILLALBA, T. K.B. et al. El Arte de Leer Español 3. São Paulo: Base Editorial, 2011.

Complementos para sua pesquisa:


CARVALHO, C. et al. Química de Olho no mundo do Trabalho. v. único. São Paulo: Editora Scipione, 2004.
GASPAR, A. Compreendendo a Física. v. 2. São Paulo: Editora Ática, 2011.
GASPAR, A. Física – Série Brasil. v. único. São Paulo: Editora Ática, 1994.
GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Paulo: Martins Fontes, 1986.
KUNZ, E. Educação Física: ensino e mudanças. Ijuí: Unijuí, 1991.
MATTOS, N. S.; PEZZI, A. C. Biologia. v. único. Ensino Médio – Integrado. São Paulo: FTD – Didáticos, 2010.
STROGATZ, S. A matemática do dia a dia. Rio de Janeiro: Campus – RJ, 2012.

46
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

VILLALBA, T. K. B. et al. El Arte de Leer Español 3. São Paulo: Base Editorial, 2011.

MÓDULO III – 300 horas


Dimensão Formativa: Pesquisa e inovação
Temas: Projeto de pesquisa e inovação ou propriedade intelectual ou memorial descritivo.
Base para suas pesquisas nesse módulo:
BESSANT, J.; TIDD, J. Inovação e Empreendedorismo. Porto Alegre: Bookman, 2009.
DEMO, P. Complexidade e Aprendizagem - a dinâmica não linear do conhecimento. São Paulo: Atlas, 2002.
ESTRELA, C. Metodologia Científica. São Paulo: Artes Médicas, 2005.
PAESANI, L. M. Manual de Propriedade Intelectual. São Paulo: Atlas, 2012.
SANTAELLA, L. Comunicação e Pesquisa. São Paulo: Hacker, 2001.

Complementos para sua pesquisa:


MORIN, E. Ciência com consciência. Ed. rev. e mod. 8 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
PEREIRA, J. C. R. Análise de dados qualitativos: estratégias metodológicas para as ciências da saúde, humanas e
sociais. São Paulo: EDUSP/FAPESP, 2001.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 2007.

47
Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

VANOYE, F. Usos da Linguagem - problemas e técnicas na produção oral e escrita. São Paulo: M. Fontes, 1986.
ZUCOLOTO, G. F.; FREITAS, R. E. (Org.). Propriedade intelectual e aspectos regulatórios em biotecnologia. Rio
de Janeiro: Ipea, 2013.

As dimensões e os temas aqui propostos foram idealizados com vistas a estimular e


facilitar ações transdisciplinares e multirreferenciais, com foco na sua aprendizagem. O
trabalho realizado coletivamente é enriquecedor para o processo ensino-aprendizagem, na
medida em que o envolvimento da comunidade escolar e local, dos seus familiares e dos outros
estudantes traz sentido ao seu trabalho. Os projetos surgem de uma necessidade, e, após
conhecer uma determinada realidade, os sujeitos que nela estão inseridos podem planejar e
executar ações direcionadas às demandas identificadas. Dessa maneira, mediante perspectiva
emancipatória de nossos cursos, o trabalho por projetos se mostra fundamental, visto que se
busca formá-lo como sujeito capaz de modificar o meio em que estiver inserido, propondo
ações que levem soluções tecnológicas para a sua prática social, como resultado de sua
produção de conhecimento enquanto processo formativo. É importante ressaltar que as
vivências profissionais se darão por meio de estágio não obrigatório, conforme Resolução nº
02, de 26 de março de 2013, do IFPR de acordo com a Lei nº 11.788/2008, no decorrer de
todo o percurso escolar.xviii

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Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

Você deve ter percebido, no entanto, a ausência da divisão disciplinar tradicional; ocorre
que, nesse modelo de organização curricular, secundarizam-se as disciplinas escolares; muda-
se, no discurso do currículo, o lugar ocupado pela disciplina, assim como o seu uso ou
finalidade. A integração de campos do conhecimento tem em vista facilitar a compreensão
reflexiva e crítica da realidade. Essa organização pressupõe uma nova concepção de espaço e
tempo escolar, na integração de Áreas de Conhecimento.
Para sermos então condizentes com essa proposta e esse projeto educativo, pensemos um
pouco acerca dos processos avaliativos. Nessa concepção, a avaliação é entendida como um dos
aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de
seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o seu processo de
aprendizagem, bem como diagnosticar seus resultados e desempenho, em diferentes situações
de aprendizagem. Acordante à Lei de Diretrizes e Bases da Educação e à Resolução CNE/CEB
nº 06/12, assim como da Resolução nº 54/11 do IFPR, o conhecimento adquirido na educação
profissional e tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação,
reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão de estudos, entretanto
preponderarão os aspectos qualitativos da aprendizagem, com relevância à atividade crítica, à
capacidade de síntese e à elaboração sobre a memorização, num processo de avaliação

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

contínua, permanente e cumulativa. As avaliações deverão ser periódicas e sistemáticas, com


procedimentos e processos diversificados.
Nessa concepção, você será agente ativo do seu processo educativo, com o objetivo de
levá-lo a desenvolver o autoconhecimento e a tomada de decisão. Nossa avaliação permite a
construção e reconstrução em um movimento de aprender/avaliar/reaprender, com o que,
contribuiremos a seu sucessivo aprimoramento, isentando-o dos aspectos punitivos e
castradores da repreensão do erro. A fim, portanto, de tornar essas concepções uma prática
acadêmica, a autoavaliação torna-se um dos pontos fortes do processo avaliativo. A cada tema
atingido na dimensão formativa específica, você realizará sua autoavaliação e, em seguida,
deverá sinalizar, no momento em que se sentir apto e seguro a procurar o professor, para que
este confirme, ou não, seu processo avaliativo. A confirmação destes saberes poderá ser feita
mediante uma conversa, um exercício escrito, a resolução de um problema, um momento de
prestação de auxílio ao colega, apresentação de um seminário, etc., toda e qualquer atividade
poderá ser tomada como forma de avaliação (PACHECO, 2012).
A Portaria nº 120, de 06/08/2009 do IFPR estabelece que este processo avaliativo não
esteja centrado na nota, com valorações quantitativas, mas em um conjunto, considerando o
contexto; o documento também lhe confere e institucionaliza essa liberdade de não ser

50
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

avaliado a um mesmo tempo de uma única forma, mas numa aproximação e reaproximação do
objeto tantas vezes quantas forem necessárias para que, afinal, certifique-se a sua evolução.
Os resultados obtidos nesse processo de avaliação serão emitidos a cada etapa/projeto
conclusos ou, necessariamente, ao final do período estabelecido para cada módulo do seu
curso, e serão expressos por conceitos A – B – C – D, que significam: aprendizagem plena,
aprendizagem parcialmente plena, aprendizagem suficiente e aprendizagem insuficiente,
respectivamente. O conceito insuficiente ao final de um módulo (dimensão formativa)
implicará refazê-lo, não podendo assim se matricular no módulo do próximo ano. Mas antes
disso, você terá todos os subsídios para alcançar os seus e os nossos objetivos de
aprendizagem, com acompanhamento dos professores em caso de detecção de dificuldades.
Nessa ocasião, você estará vivenciando a recuperação de saberes, oportunidade na qual, com o
apoio dos colegas e de seus professores, poderá superar as dificuldades na aprendizagem.
A sua aprovação se dá a partir da obtenção de conceitos A, B ou C e frequência igual ou
superior a 75% no conjunto das atividades pedagógicas. Quando você integralizar todos os
módulos com a aprovação e frequência mencionadas, o IFPR lhe expedirá o diploma, registrado
em sistema nacional (SISTEC), de Técnico em Biotecnologia, do Eixo Ambiente e Saúde, e
histórico de conclusão do Ensino Médio, os quais certificarão sua qualificação profissional
técnica, com validade nacional, e lhe possibilitarão o ingresso em cursos de nível Superior.
51
Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

Mas você não é o único a ser avaliado! A avaliação do Projeto Pedagógico do Curso será
também uma realidade constante, e se baseará na avaliação do curso por todos os agentes
envolvidos em relação às atividades pedagógicas desenvolvidas frente aos objetivos
propostos, considerando-se os aspectos estruturais e organizacionais do curso.
Ainda, conforme Portaria nº 120 de 06/08/2009 do IFPR, periodicamente o Coletivo
Pedagógico do Curso se reunirá a fim de realizar avaliação da proposta, apontando sugestões
para os possíveis problemas enfrentados.

Em Lugar de um Poslúdio

Não haveria de ser um poslúdioxix. Melhor seria chamá-lo de interlúdio, pois espero que
nossa conversa não se encerre por aqui. Este documento libreto deverá acompanhá-lo e, ao
longo de nossa história juntos, ele muito lhe servirá. As informações que você aqui encontrou
podem estar pululando como incógnitas intermitentes, mas em pouco tempo, sua vivência
acadêmica lhe aportará a segurança por que reclamamos; do que, no entanto, precisamos são
de desafios. São, os desafios, comburentes inflamáveis ao motus sui, e é isso que nos move. A
nossa casa é a sua segurança, e o nosso espírito é o seu desafio.

52
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

Um novo curso que se inicia é sempre uma etapa transformadora no nosso percurso pela
vida. O que esperamos desse projeto é que ele possa contribuir de maneira significativa a sua
transformação, seu crescimento, e seu reconhecer-se em si como partícipe de uma
coletividade, mas, sobretudo, como agente transformador do meio, multiplicando seus saberes
técnico-científicos e nossos valores sociais. Vislumbramos, a partir disso, seu sucesso e seu
protagonismo profissional, social e pessoal, porque esses são os pilares do nosso projeto.
Agora que estamos mais próximos, que você nos conhece melhor, que nos cativamos por
isso, dancemos! Dancemos em nossa hora mais silenciosa a música cósmica do meio dia como
dançam os Espíritos Livres! Que sua trajetória acadêmica resplandeça como o lúmen xx dessa
felicidade que toda dimensão científica, social, cultural e estética lhe permitem.
Como inspiração, deixo um presente no anexo.

Sucesso!

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

ANEXOS

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CARTA DA TRANSDISCIPLINARIDADE
PREÂMBULO
Considerando que a proliferação atual das disciplinas acadêmicas e não-acadêmicas conduz a um crescimento
exponencial do saber, o que torna impossível uma visão global do ser humano;
Considerando que somente uma inteligência que leve em consideração a dimensão planetária dos conflitos atuais
poderá enfrentar a complexidade do nosso mundo e o desafio contemporâneo de autodestruição material e
espiritual da nossa espécie;
Considerando que a vida está fortemente ameaçada por uma tecnociência triunfante, que só obedece à lógica
apavorante da eficácia pela eficácia;
Considerando que a ruptura contemporânea entre um saber cada vez mais cumulativo e um ser interior cada vez
mais empobrecido leva à ascensão de um novo obscurantismo, cujas consequências, no plano individual e social, são
incalculáveis;
Considerando que o crescimento dos saberes, sem precedente na história, aumenta a desigualdade entre os que
os possuem e os que deles estão desprovidos, gerando assim uma desigualdade crescente no seio dos povos e entre
as nações do nosso planeta;
Considerando, ao mesmo tempo, que todos os desafios enunciados têm sua contrapartida de esperança e que o
crescimento extraordinário dos saberes pode conduzir, a longo prazo, a uma mutação comparável à passagem dos
hominídeos à espécie humana;
Considerando os aspectos acima, os participantes do Primeiro Congresso Mundial de Transdisciplinaridade
(Convento da Arrábida, Portugal, 2 a 7 de novembro de 1994) adotam a presente Carta, entendida como um
conjunto de princípios fundamentais da comunidade dos espíritos transdisciplinares, constituindo um contrato
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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

moral que todo signatário dessa Carta faz consigo mesmo, livre de qualquer espécie de pressão jurídica ou
institucional.
Artigo 1
Toda e qualquer tentativa de reduzir o ser humano a uma definição e de dissolvê-lo no meio de estruturas
formais, sejam quais forem, é incompatível com a visão transdisciplinar.
Artigo 2
O reconhecimento da existência de diferentes níveis de realidade, regidos por lógicas diferentes, é inerente à
atitude transdisciplinar. Toda tentativa de reduzir a realidade a um só nível, regido por uma lógica única, não se
situa no campo da transdisciplinaridade.
Artigo 3
A transdisciplinaridade é complementar à abordagem disciplinar; ela faz emergir novos dados a partir da
confrontação das disciplinas que os articulam entre si; oferece-nos uma nova visão da natureza da realidade. A
transdisciplinaridade não procura a mestria de várias disciplinas, mas a abertura de todas as disciplinas ao que as
une e as ultrapassa.
Artigo 4
A pedra angular da transdisciplinaridade reside na unificação semântica e operativa das acepções através e
além das disciplinas. Ela pressupõe uma racionalidade aberta a um novo olhar sobre a relatividade das noções de

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Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

"definição" e de "objetividade". O formalismo excessivo, a rigidez das definições e a absolutização da


objetividade, incluindo-se a exclusão do sujeito, conduzem ao empobrecimento.
Artigo 5
A visão transdisciplinar é completamente aberta, pois, ela ultrapassa o domínio das ciências exatas pelo seu
diálogo e sua reconciliação não somente com as ciências humanas, mas também com a arte, a literatura, a poesia e a
experiência interior.
Artigo 6
Em relação à interdisciplinaridade e à multidisciplinaridade, a transdisciplinaridade é multirreferencial e
multidimensional. Leva em consideração, simultaneamente, as concepções do tempo e da história. A
transdisciplinaridade não exclui a existência de um horizonte transistórico.
Artigo 7
A transdisciplinaridade não constitui nem uma nova religião, nem uma nova filosofia, nem uma nova metafísica,
nem uma ciência da ciência.
Artigo 8
A dignidade do ser humano também é de ordem cósmica e planetária. O aparecimento do ser humano na Terra é
uma das etapas da história do universo. O reconhecimento da Terra como pátria é um dos imperativos da
transdisciplinaridade. Todo ser humano tem direito a uma nacionalidade; mas com o título de habitante da Terra,

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

ele é ao mesmo tempo um ser transnacional. O reconhecimento, pelo direito internacional, dessa dupla condição –
pertencer a uma nação e à Terra – constitui um dos objetivos da pesquisa transdisciplinar.
Artigo 9
A transdisciplinaridade conduz a uma atitude aberta em relação aos mitos, às religiões e temas afins, num
espírito transdisciplinar.
Artigo 10
Inexiste laço cultural privilegiado a partir do qual se possam julgar as outras culturas. O enfoque
transdisciplinar é ele próprio, transcultural.
Artigo 11
Uma educação autêntica não pode privilegiar a abstração no conhecimento. Ela deve ensinar a contextualizar,
concretizar e globalizar. A educação transdisciplinar reavalia o papel da intuição, do imaginário, da sensibilidade e
do corpo na transmissão do conhecimento.
Artigo 12
A elaboração de uma economia transdisciplinar é fundamentada no postulado segundo o qual a economia deve
estar a serviço do ser humano e não o inverso.
Artigo 13
A ética transdisciplinar recusa toda e qualquer atitude que rejeite o diálogo e a discussão, qualquer que seja a
sua origem – de ordem ideológica, científica, religiosa, econômica, política, filosófica. O saber compartilhado deve
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Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

levar a uma compreensão compartilhada, fundamentada no respeito absoluto às alteridades unidas pela vida comum
numa só e mesma Terra.
Artigo 14
Rigor, abertura e tolerância são as características fundamentais da visão transdisciplinar. O rigor da
argumentação que leva em conta todos os dados é o agente protetor contra todos os possíveis desvios. A abertura
pressupõe a aceitação do desconhecido, do inesperado e do imprevisível. A tolerância é o reconhecimento do
direito a ideias e verdades diferentes das nossas.
ARTIGO FINAL
A presente Carta da Transdisciplinaridade está sendo adotada pelos participantes do Primeiro Congresso
Mundial de Transdisciplinaridade, não se reclamando a nenhuma outra autoridade a não ser a da sua obra e da sua
atividade. Segundo os procedimentos que serão definidos em acordo com os espíritos transdisciplinares de todos
os países, a Carta está aberta à assinatura de todo ser humano interessado em medidas progressivas de ordem
nacional, internacional e transnacional, para aplicação dos seus artigos nas suas vidas.

Portugal, Convento da Arrábida, 6 de novembro de 1994


Comitê de Redação
Lima de Freitas Edgar Morin Basarab Nicolescu
Disponível em: http://ciret-transdisciplinarity.org/chart.php#es
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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

TERMO DE CONVÊNIO

Na sequência, segue o Termo de Convênio pactuado entre o IFPR - Câmpus Jaguariaíva com
a Prefeitura Municipal de Jaguariaíva cedendo o uso do Laboratório de Análises Clínicas do
município para as aulas práticas do seu curso até que a estrutura do Câmpus, onde você
estudará, fique equipado de modo a atendê-lo em práticas adequadas e ensino de qualidade.

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Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

REGULAMENTO DE ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO

CAPÍTULO I
DA NATUREZA E DAS FINALIDADES

Artigo 1º - O estágio curricular não obrigatório é um ato educativo de natureza opcional,


com a finalidade de complementar os conhecimentos teóricos recebidos pelo estudante ao
longo das atividades de ensino-aprendizagem e obedecerá a legislação específica, bem como as
normas e diretrizes internas do IFPR.

CAPÍTULO II
DA ORGANIZAÇÃO

Artigo 2º - O estágio curricular não obrigatório deve ser organizado tendo em vista os
seguintes objetivos:

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Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

I – ampliar a formação acadêmico-profissional do estudante;


II- propiciar ao estudante, na prática, a aplicação dos conhecimentos teóricos obtidos
durante a realização do curso;
III - promover a integração social do estudante.

Artigo 3º - O estágio curricular não obrigatório será regulamentado pela Pró-Reitoria de


Extensão, Pesquisa e Inovação em articulação com a Direção de Ensino, Pesquisa e Extensão
do Câmpus Jaguariaíva, com as seguintes atribuições:
I - celebrar convênio com a entidade concedente de estágio ou agência de integração
empresa-escola;
II - aprovar o plano de estágio elaborado pelo estudante e seu orientador;
III - assegurar a supervisão acadêmica do estágio, a ser realizada de forma compartilhada
pelos orientadores e pelos supervisores profissionais vinculados às entidades concedentes;
IV - aprovar e assinar o termo de compromisso de estágio, conforme legislação vigente.

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

Artigo 4º - Só poderão estagiar estudantes regularmente matriculados e com frequência


regular, preferencialmente depois de cursado um semestre letivo.
§ único - a duração do estágio curricular não obrigatório não poderá ser inferior a um
semestre letivo.

CAPÍTULO III
DO CAMPO DE ESTÁGIO

Artigo 5º - Constituem campo de estágio as entidades de direito privado, os órgãos de


administração pública, as instituições de ensino, a comunidade em geral e as próprias unidades
de serviços e ensino do IFPR.

Artigo 6º - Para aprovação de campo de estágio serão considerados pelo Câmpus


Jaguariaíva, em relação à entidade ofertante de campo de estágio:
I - existência de infra-estrutura material e de recursos humanos;
II - aceitação das condições de supervisão e avaliação do Câmpus Jaguariaíva do IFPR;

64
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

III - anuência e acatamento às normas disciplinadoras do estágio curricular não obrigatório


do IFPR- Câmpus Jaguariaíva;

Artigo 7º - O campo de estágio será aprovado pela Direção de Ensino, Pesquisa e Extensão
do Câmpus Jaguariaíva com a entidade concedente de estágio ou agentes de integração
empresa-escola, estes últimos entendidos como entidades que atuam na intermediação da
busca de campos de estágio e ofertas de vagas.
§ 1º - A jornada do estágio deverá ser compatível com o horário escolar do estudante;
§ 2º - deverá ser garantida a adequação entre as atividades desenvolvidas no estágio e a
área de formação do estudante.

CAPÍTULO IV
DA SUPERVISÃO E ORIENTAÇÃO DE ESTÁGIO

Artigo 8º - A supervisão do estágio curricular não obrigatório caberá ao profissional


vinculado à entidade concedente do estágio em conjunto com profissional orientador indicado
pelo curso ao qual o estudante está matriculado.
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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

Artigo 9º - Cabe ao profissional orientador do estágio:


I - elaborar em conjunto com o estudante estagiário o plano de estágio, observada a
adequação das atividades de estágio com a área de formação do estudante, de forma a
garantir o desenvolvimento de competências necessárias à sua formação profissional.
II - solicitar relatórios dos estágios, verificar a assiduidade do estagiário e preencher a
ficha de avaliação.

Artigo 10 - Cabe ao supervisor profissional da entidade concedente:


I - avaliar as atividades desenvolvidas pelo estudante estagiário;
II - assinar a ficha de frequência do estudante estagiário;
III - orientar a elaboração dos relatórios do estágio e preencher a ficha de avaliação;
IV - verificar a adequação das atividades de estágio com a área de formação do estudante,
de forma a garantir o desenvolvimento de competências necessárias à sua formação
profissional.

66
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

CAPÍTULO V
DA AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO

Artigo 11 - A avaliação do estágio curricular não obrigatório será realizada pelo profissional
orientador do estágio, em conjunto com o supervisor profissional da entidade concedente,
observados os seguintes critérios:
I - desempenho profissional do estudante estagiário nas atividades contidas no plano de
estágio;
II - assiduidade do estudante estagiário na entidade concedente.

CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 12 - O estágio de que trata este regulamento não cria vínculo empregatício de
qualquer natureza entre o estudante e a entidade concedente, facultado ao estagiário o
recebimento de bolsa.

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Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

§ único – A entidade concedente de estágio ou os agentes de integração empresa-escola


providenciarão seguro de acidentes pessoais ao estudante em regime de estágio curricular não
obrigatório.

Artigo 13 - A entidade concedente poderá expedir declaração referente à realização de


estágio curricular não obrigatório, depois de cumpridas todas as formalidades previstas para
essa modalidade.

Artigo 14 - Os casos omissos serão resolvidos pela Direção de Ensino, Pesquisa e Extensão
do Câmpus Jaguariaíva do IFPR em consonância com as orientações recebidas da Pró-Reitoria
de Extensão, Pesquisa e Inovação.

Jaguariaíva, 17 novembro de 2014.


Direção Ensino, Pesquisa e Extensão do IFPR-Câmpus Jaguariaíva

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Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

REFERÊNCIAS

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Plátano Edições Técnicas, 2003.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução Nº


02/2012. Define diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Médio. 30 de Janeiro de
2012. Disponível
em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=9864&
Itemid>. Acesso em 22/09/2014.

______. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução Nº


06/2012:Define diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Médio. 30 de Janeiro de
2012. Disponível
em: <http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=9864&
Itemid>. Acesso em 22/09/2014.

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BRASIL. Ministério da Educação. Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Brasília: 2012.


Disponível em: <http://pronatec.mec.gov.br/cnct/eixos_tecnologicos.php>. Acesso em
22/09/2014.

CORTESÃO, L.; LEITE, C.; PACHECO, J. A. Trabalhar por projectos em educação: uma
inovação interessante? Lisboa: Porto, 2003.

DEMO, P. Formação de Formadores Básicos. Brasília: INEP, 1992.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia - Saberes Necessários à prática educativa. 36 ed. São


Paulo: Paz e Terra, 1996.

GASPARIN, J. L. Uma didática para a pedagogia histórico-crítica. 3 ed. Campinas: Autores


associados, 2005.

70
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

INSTITUTO FEDERAL DO PARANÁ. Portaria nº 120: Estabelece os critérios de avaliação


do processo de ensino aprendizagem do IFPR. Curitiba 06 de agosto de 2009. Disponível em:
<http://londrina.ifpr.edu.br/wp-content/uploads/2013/01/Portaria-120-de-
06.08.09.pdf>. Acesso em 22/09/2014.

______. Resolução nº 54/11: Dispõe sobre a Organização Didático Pedagógica da Educação


Profissional Técnica de Nível Médio e Formação Inicial e Continuada de Trabalhadores no
âmbito do Instituto Federal do Paraná. Conselho Superior do Instituto Federal do Paraná. 21
de dezembro de 2011. Disponível em: <http://reitoria.ifpr.edu.br/wp-
content/uploads/2014/08/Resolu%C3%A7%C3%A3o-54.11-ODP-M%C3%A9dio.pdf>. Acesso
em 22/09/2014.

______. Resolução nº 02/2013: Aprova o regulamento de Estágios no âmbito do IFPR. 26 de


março de 2013. Disponível em: <http://reitoria.ifpr.edu.br/wp-
content/uploads/2013/02/Res.-02.131.pdf>. Acesso em 22/09/2014.

NOVAK, J. D.; GOWIN, D. B. Aprender a aprender. Lisboa: Paralelo Editora, 1984.

71
Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

PACHECO, E. (Org.). Institutos Federais uma revolução na educação profissional e


tecnológica. São Paulo: Editora Moderna LTDA, 2011.

ROCHA FILHO, J. B. Transdisciplinaridade a natureza íntima da educação científica. Porto


Alegre: EDIPUCRS, 2007.

SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. Campinas, São Paulo: Ed.


Autores Associados. 2008.

VASCONCELOS, C. S. Avaliação: Concepção dialético-libertadora do processo de avaliação


escolar. 8 ed. São Paulo: Libertad, 1995.

VENTURA, P. C. S. Por uma pedagogia de projetos: uma síntese introdutória. Educ. Tecnol,
Belo Horizonte, v. 7, n. 1, p. 36-41, jan./jun. 2002.

72
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

Notas

i
Escritor, ilustrador e aviador francês, cuja obra de maior relevância é o conto poético “O Pequeno
Príncipe”, repleto de simbolismos que tratam da essência das relações humanas. A personagem da raposa
é central na obra, mostrando ao Pequeno Príncipe, o valor e o preço da amizade.
ii
Leia em A República, de Platão, 415a – 415e.
iii
Consulte o documento (http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/documento_base.pdf ), em que se
embasa o texto, amparado pelo Decreto Federal nº. 5154/04, pela Resolução CNE/CEB Nº 04/99, e pela Lei
nº 9.394/96.
iv
Em grego ανάλυ (anályon), significa “desatar”; o sufixo υσις (–ysis), indica ação, logo,
ανάλυσις (análysis) é o ato de desatar as partes de um todo até que se conheça os elementos fundamentais.
v
Do latim UBIQUE ou OMNI LATUS, significa “todos os lados”.
vi
Para conhecer melhor o Instituto Federal, é valiosa a leitura do documento “Concepção e
Diretrizes – Institutos” no link: <http://redefederal.mec.gov.br/identidade-visual>.

73
Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

vii
Do grego, agora (ágora), do verbo ageirw, que significa “reunir”.
viii
Primeira publicação de Friedrich Nietzsche, originalmente, Die Geburt der Tragödie aus dem
Geiste der Musik, apresentada em 1872 à Universidade de Basileia como convalidação do doutoramento
que o autor não tinha ao assumir a cátedra de Filologia.
ix
Pesquisa “O Mundo do Trabalho no Futuro”, realizada em 2014 pela Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade da USP. Disponível em: http://www.fea.usp.br/noticias.php?i=1237.
x
Pesquisa realizada pelo sistema FIRJAN, de 2012. Disponível em: http://www.firjan.org.br/.
xi
O conceito de multirreferencialidade reconhece a complexidade como um caráter holístico
fundamental, em que a redução por cortes ou por descomposição de constituintes se torna impossível na
análise dos fenômenos complexos. Jacques Ardoino, professor na l’Université de Paris, é teorizador desse
conceito. Para saber mais: http://jacques.ardoino.perso.sfr.fr/.
xii
Do grego: βιος (bios) “vida”, τεχνη (tecne) “técnica, arte, ofício”, e λογος (logos) “palavra,
estudo”, logo, o estudo da arte da vida.

74
Instituto Federal do Paraná Câmpus Jaguariaíva

xiii
Há uma datação do termo de 1918, quando o engenheiro húngaro Károly Ereki publicou a obra
Biotechnológia. Vide o artigo:
<http://www.agroinform.com/files/aktualis/pdf_agroinform_20070215112311_02Fari.pdf>
xiv
O autor propõe uma ruptura da memorização que vem norteando a esfera escolar oficial desde sua
institucionalização no Brasil.
xv
David Ausubel desenvolve a teoria da aprendizagem significativa observando que ela ocorre
quando a nova informação ancora-se nos subsunçores, ou ideias-âncora, que são os conceitos pré-existentes
na estrutura cognitiva do aprendiz. Suas teorias são desenvolvidas no esteio do construtivismo de Jean
Piaget, para quem todo conhecimento somente é possível porque há outros anteriores enquanto sujeitos
epistêmicos que somos. Entenda mais buscando as referências citadas a seguir.
xvi
Termo originalmente criado por Jean Piaget, está vinculado ao conceito de complexidade (vide
nota 11), da Antropologia contemporânea de Edgar Morin, quem, ao lado do educador brasileiro Ubiratan
D’ambrósio, fundou o CIRET (em português: Centro Internacional de Investigação e Estudos
Transdisciplinares). Para saber mais, consulte o anexo e a produção bibliográfica do físico Professor Dr.
Rocha Filho, J. B. (PUCRS) aqui referenciada.

75
Projeto Pedagógico do Curso Técnico em Biotecnologia Integrado ao Ensino Médio

xvii
O ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, normatizado pela Lei nº 11.645, de 10 de
março de 2008 prevê no 2º "Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos posvos
indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo currículo escolar, em especial nas áreas de
educação artística e de literatura e história brasileiras".
xviii
Regulamento de estágio não obrigatório encontra-se em anexos.
xix
s.m. Música. Música composta para finalizar outra de maior importância. Religião. Música. Trecho
musical construído para finalizar uma cerimônia religiosa, normalmente, executada por órgão. Música. O
elemento final de uma sonata. Música. Trecho musical executado depois de uma cerimônia. Música. Trecho
musical caracterizado pela liberdade estrutural. (Etm. Do latim: postludium); Antônimos de Poslúdio -
prelúdio.
xx
Lúmen (lm) é a unidade de medida de fluxo luminoso. Um lúmen é o fluxo luminoso dentro de um
cone de 1 esferorradiano, emitido por um ponto luminoso com intensidade de 1 candela (em todas as
direcções).

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