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FUNDAÇÃO CATARINENSE DE CULTURA

A Fundação Catarinense de Cultura (FCC), foi criada oficialmente em 24 de


abril de 1979. Tem como missão valorizar a cultura, por meio de ações que
estimulem, promovam e preservem a memória e a produção artística
catarinense. Está vinculada à Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e
Esporte (SOL).

Seu objetivo é executar políticas de apoio à cultura; formular, coordenar e


executar programas de incentivo às manifestações artístico-culturais; estimular
a pesquisa da arte e da cultura; apoiar instituições culturais públicas e privadas;
incentivar a produção e a divulgação de eventos culturais e integrar a
comunidade às atividades culturais.

MASC-MUSEU DE ARTE DE SANTA CATARINA - MASC

O Museu de Arte de Santa Catarina (Masc) é uma entidade vinculada à


Fundação Catarinense de Cultura (FCC), criado em 18 de março de 1949 com
o nome de Museu de Arte Moderna de Florianópolis (MAMF). Desde então, é o
órgão oficial na área das artes visuais, instalado, hoje, no prédio do Centro
Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, a Capital do Estado.
A trajetória de origem e desenvolvimento do Masc coincide com um momento
de efervescência e dinamismo cultural, que marcou a década de 1940 no
Brasil, quando foram criadas instituições de referência como o Museu de Arte
de São Paulo (Masp), em 1947, e o Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio de
Janeiro, em 1948.
O Círculo de Arte Moderna (CAM), mais tarde conhecido por Grupo Sul,
constituiu-se num antecedente histórico marcante para o então MAMF, ao
trazer para a Florianópolis, em 1948, a "Exposição de Arte Contemporânea",
juntamente com a presença de seu idealizador, o escritor carioca Marques
Rebelo. Foi a partir dessa mostra, acompanhada de palestras sobre arte
contemporânea proferidas pelo escritor, que nasceu o embrião do atual Masc.
Daquela época para este começo de século XXI, o Masc reuniu e disponibilizou
ao público um diversificado e expressivo acervo de 1.775 obras de artistas
nacionais e estrangeiros, com destaque também aos artistas catarinenses. Nas
últimas décadas, o museu continua expandindo sua missão de socializar arte,
cultura, prazer estético e conhecimento à comunidade, a visitantes e a turistas,
por meio de exposições de curta duração do acervo, Salão Nacional Victor
Meirelles, mostras temporárias, biblioteca, programas de visitação mediada,
publicações e assessoria técnica.
O trabalho do Masc materializa-se por intermédio dos Núcleos de Arte-
Educação, Conservação e Acervo, exposições e montagem, pesquisa,
documentação e biblioteca, além das áreas de direção e administração. Conta
também com o apoio dos serviços do Atelier de Conservação e Restauração de
Bens Culturais Móveis (Atecor) e da Associação Amigos do Museu de Arte de
Santa Catarina (AAMASC).
A atual gestão do Museu teve como principal desafio desenvolver e
implementar o Plano Museológico do Masc, de acordo com o novo Estatuto de
Museus (Lei nº 11.904, de 14/01/2009). A equipe diretiva e técnica tem
participado ativamente de um processo de qualificação e aperfeiçoamento,
visando a dotar a instituição de um planejamento estratégico voltado cada vez
mais para o papel contemporâneo e de vanguarda que cabe aos museus: o de
serem um processo vivo a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento; de
estarem comprometidos com a gestão democrática e participativa; e
constituírem-se em unidades de investigação, pesquisa, interpretação,
mapeamento, documentação e preservação cultural.
A partir desta concepção filosófica e conceitual, o museu será um fórum
permanente para o debate e a reflexão, contribuindo para a comunicação e a
exposição dos testemunhos do homem e da natureza, com o objetivo de
propiciar a ampliação das possibilidades de construção identitária e a
percepção crítica acerca da realidade cultural. Museu ideia com novas áreas de
respiro. Nesse contexto, recebe particular relevância o significado das
iniciativas do Masc no campo da Ação Educativa, uma função crescentemente
essencial nas ações dos museus. Por isto, até 2014, quando o Plano
Museológico do Masc deverá estar concluído, o Museu manterá seu foco
também na criação de comissões consultivas e curatoriais para políticas de
acervo e a realização de exposições de longa duração, temporárias, de
visitantes e itinerantes, utilizando seu espaço e suas atividades educativas para
o fomento da interdisciplinaridade, da reflexão e da fruição sensível, inteligente
e interativa da visualidade e das artes contemporâneas.

O Núcleo de Arte-Educação (NAE) tem sua origem, em 28 de julho de 1987,


por meio do projeto piloto de implantação do Setor de Serviços Educativos do
Museu de Arte de Santa Catarina (SEMASC), elaborado pela Prof.ª Teresinha
Sueli Franz. Aprovado, em 20 de agosto de 1987, por Harry Laus, Diretor do
Museu, e Lygia Roussenq Neves, na época Superintendente da Fundação
Catarinense de Cultura (FCC), o projeto começou a ser executado no mês
seguinte. O Setor de Arte-Educação do MASC, no entanto, deu início,
oficialmente, às suas atividades de forma sistematizada com as escolas em
março de 1988. Após completar dez anos de criação, ou seja, em 1999, a
equipe de arte-educadores que atuava no Museu, mediante o apoio de João
Evangelista de Andrade Filho, Diretor do MASC (1999-2008), decidiu mudar a
denominação do Setor para Núcleo de Arte-Educação (NAE). Assim, o NAE,
desde a sua criação, é responsável pelas ações educativas e culturais
direcionadas para públicos escolares e não escolares, como as visitas
mediadas nas exposições, o desenvolvimento de projetos com distintos
parceiros e a organização de eventos para o público em geral e para
educadores, como encontros com os artistas, palestras, cursos e debates no
espaço do Museu.
Objetivos:
• Possibilitar uma relação de empatia dos diferentes públicos com o Museu, de
modo a consolidá-lo como um espaço de acessibilidade, de experiências e
aprendizagem, bem como de troca de saberes.
• Oportunizar o acesso ao patrimônio artístico-cultural por meio de ações
educativas e culturais que contribuam para o conhecimento das obras de arte
do acervo do MASC e para a apreciação e compreensão da linguagem
artística.

Programa de Visita Mediada:


O Núcleo de Arte-Educação realiza, gratuitamente, atendimento às escolas de
Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Ensino Superior,
Educação Especial, Associações, ONGs, grupos de professores e/ou grupos de
profissionais de outras instituições por meio de visitas mediadas às
exposições.
A equipe do NAE prioriza o diálogo na mediação entre os diferentes públicos e
as obras de arte, a fim de que o processo de compreensão da arte se dê de
forma mais participativa e reflexiva. A duração da visita mediada é de
aproximadamente 1 hora e 30 minutos, dependendo do ciclo expositivo, nos
períodos vespertino e noturno. A visita mediada se destina a grupos de até 35
pessoas de qualquer idade e deve ser agendada com antecedência.

Ludoteca e Banco de imagens:


O NAE formou uma Ludoteca e Banco de Imagens que estão disponíveis aos
professores. O acesso a esse material se dá por meio do preenchimento de
cadastro e apresentação, para o NAE, de uma carta da direção da escola onde
o professor atua, solicitando empréstimo do material.
Materiais disponíveis: jogos de memória, dominós, quebra-cabeças e banco de
imagens – plotagens contendo reproduções de obras do acervo do MASC.

Assessoria ao professor:
Ação destinada a contribuir com o professor para planejar, elaborar e
encaminhar dúvidas, interesses, necessidades e atividades desencadeadas a
partir do acervo e da visita ao museu.

Conservação e Acervo
O Núcleo de Conservação e Acervo conta com a Sala de Conservação
Preventiva, que possibilita a integridade das obras, manuseio, e cuidados no
controle ambiental (temperatura e umidade relativa do ar) da sala da Reserva
Técnica, local de guarda das peças do acervo.
O Núcleo conta, ainda, com o apoio do Atelier de Conservação e Restauração
de Bens Culturais Móveis – ATECOR da Fundação Catarinense de Cultura, na
restauração de obras e apoio técnico em procedimentos de conservação.
O núcleo de acervo organiza mostras didáticas, temporárias e permanentes
com objetivo de levar ao público maiores informações sobre a obra e o artista.
MUSEU HISTÓRICO DE SANTA CATARINA

Criado em 04/10/1979, o Museu Histórico de Santa Catarina foi inaugurado em


1979 na casa da antiga Alfândega, hoje sede do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional - Iphan. Com a transferência da sede do governo
em 1984, o MHSC tem como sede definitiva, desde 1986, o Palácio Cruz e
Sousa, nome adquirido em 1979 em homenagem ao poeta simbolista nascido
em Desterro.
Em meados do século XVIII, época em que foi criada a Capitania da Ilha de
Santa Catarina e nomeado seu primeiro governador, o brigadeiro José da
Silva Paes, foi também construído junto à praça da Vila de Desterro um prédio
de três secões e dois pavimentos para ser a nova "Casa de Governo". Durante
mais de um século, o Palácio passou por diversas modificações, até que na
mudança republicana uma grande reforma (1894–1898) foi realizada,
adquirindo as características arquitetônicas preservadas até o presente.
Dez estátuas alegóricas esculpidas pelo artista italiano Gabriel Silva
ornamentam a parte externa do prédio, coroando as platibandas. Entre elas, a
padroeira do estado, Santa Catarina; a ninfa evocativa dos mares, Anfitrite; e o
deus mitológico Mercúrio, compondo com duas barricas, alegoria alusiva ao
comércio e à indústria catarinenses, respectivamente, sendo o último localizado
no alto da fachada lateral, à direita. Os ladrilhos da calçada à frente do
palácio foram importados e assentados no ano de 1910.
Posteriormente, nas obras de manutenção, foram realizados inúmeros
acréscimos e modificações internas, além de repinturas que se acumularam em
várias camadas com o passar dos anos. Em 1977 deu-se início a um grande
trabalho de restauração do edifício, que passou a denominar-se, em
1979,Palácio Cruz e Sousa, em homenagem ao grande poeta catarinense.
Em 1984 o prédio é tombado como patrimônio histórico do Estado e iniciam-se
novas obras de restauração, as quais lhe devolvem as características
arquitetônicas originais da reforma feita pelo governador Hercílio Luz em
1898. Em 1986, reaberto, passa a sediar o Museu Histórico de Santa
Catarina.
A partir de 2005 foram retomados os trabalhos de restauração das pinturas
decorativas das paredes internas e dos forros de estuque, tratamento
emergencial necessário, que vem sendo realizado por uma equipe de
profissionais qualificados, dentro de rigorosos critérios técnicos. Quem visita o
Museu pode acompanhar as etapas da restauração.
Tombado como patrimônio histórico do Estado em 26 de janeiro de 1984,
através do Decreto nº 21.326, o prédio é um importante exemplar da
arquitetura eclética do final do século XIX, caracterizado por uma conciliação
de estilos anteriores, principalmente o barroco e o neoclássico.
Sobre as platibandas do telhado, existem figuras simbólicas inspiradas na
mitologia greco-romana, modeladas com cimento. Na parte frontal do Palácio,
estão inseridas as armas do Estado, além de dois nichos que trazem
entronizadas imagens de bronze, simbolizando a agricultura e a
indústria.
Internamente, destacam-se as escadarias de mármore de Carrara, as
clarabóias de ferro no telhado, os trabalhos de marchetaria nos assoalhos, as
pinturas nas paredes, os detalhes de estuque nos tetos – que têm um
significado relacionado à antiga utilização das salas – e o vitral com influência
art noveau na Sala de Jantar.
O acervo do museu é composto por móveis e objetos diretamente ligados à
história política do Estado, especialmente ao exercício do Poder Executivo. A
montagem do Museu em sua parte superior procurou recriar o ambiente do
final do século XIX e início do século XX, utilizando o mobiliário remanescente
na casa, e que foi sendo adquirido pelos sucessivos governos.
No piso térreo do Palácio destaca-se a sala onde se homenageia o Poeta Cruz
e Sousa e faz-se a introdução à visitação do Museu, além da sede e biblioteca
do Instituto Histórico e Geográfico e as salas reservadas às atividades
culturais, onde programam-se exposições temporárias e outros eventos de
cunho artístico-cultural.
Programas
O Museu Histórico de Santa Catarina adotou uma política de dinamização,
criando uma programação cultural intensa e de qualidade, com o intuito de
consolidar o Palácio Cruz e Sousa como espaço cultural, de convívio e de
lazer, contribuindo assim com a difusão e acesso aos bens culturais e atraindo
novo público ao Museu.
Exposições temporárias – São realizadas exposições de curta duração de
cunho histórico, fotográfico e artístico nas salões do andar térreo.
Projeto Escolas no Museu – Ação educativa que é desenvolvida desde 2004,
foi criada para atender as escolas públicas e privadas do nosso Estado, visa
proporcionar aos estudantes a oportunidade de vivenciar o Museu Histórico de
Santa Catarina de uma forma lúdica e pedagógica. Sua meta principal é
transmitir conhecimento e despertar os nossos jovens estudantes para a
importância da preservação do patrimônio cultural. Patrocinado pelos
CORREIOS por quatro (4) anos consecutivos, o programa inclui apresentações
semanais de teatro com a peça “Momentos no Palácio”, especialmente
desenvolvida para o MHSC, com texto e encenação do grupo Jabuti, além de
concertos didáticos, com professores e alunos do Curso de Música da UDESC,
contação de histórias e cursos de capacitação para os docentes. Dentro deste
Projeto também foi desenvolvido material didático distribuído aos estudantes
visitantes e, material de apoio aos professores.

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