Este documento resume um caso de pensão alimentícia resolvido por meio de mediação. Nele, uma mãe solicitava pensão do pai de seu filho, que alegava não ter condições financeiras devido à falta de emprego fixo. Após mediação, as partes chegaram a um acordo no qual o pai pagaria pensão equivalente a um salário mínimo e teria direito a visitas aos fins de semana.
Este documento resume um caso de pensão alimentícia resolvido por meio de mediação. Nele, uma mãe solicitava pensão do pai de seu filho, que alegava não ter condições financeiras devido à falta de emprego fixo. Após mediação, as partes chegaram a um acordo no qual o pai pagaria pensão equivalente a um salário mínimo e teria direito a visitas aos fins de semana.
Este documento resume um caso de pensão alimentícia resolvido por meio de mediação. Nele, uma mãe solicitava pensão do pai de seu filho, que alegava não ter condições financeiras devido à falta de emprego fixo. Após mediação, as partes chegaram a um acordo no qual o pai pagaria pensão equivalente a um salário mínimo e teria direito a visitas aos fins de semana.
ANA FLÁVIA DE OLIVEIRA LUZ CAMILA HIPÓLITO RAMOS LORRAINE RODRIGUES SILVA MUNIQUE GONÇALVES TAVARES
TRABALHO DE NEGOCIAÇÃO, MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM
Uberlândia 2018 Introdução
Os conflitos, entendidos como o entrechoque de ideias ou de interesses em razão
dos quais se instalam divergências de fato, coisa ou pessoas, decorrem da pluralidade encontrada no semear das relações humanas; das próprias diferenças comportamentais, de valores, percepção e avaliação tão subjetivas de cada indivíduo. Assim, vale notar que provém de tal subjetividade as diversas reações possíveis de serem esboçadas à ocorrência de um conflito. Por outro lado, é igualmente plausível – em momento no qual se comenta a sobrecarga judicial – que métodos alternativos para a resolução destes litígios se vejam utilizados.
O presente estudo vem a elucidar exemplo de um caso no qual a utilização de um
método alternativo para a resolução de conflitos se mostrou benéfica para ambas as partes, sem que houvesse o desgaste proveniente de uma ação judicial. 1. MEDIAÇÃO
A Mediação 2. ESTUDO DE CASO
AÇÃO DE ALIMENTOS. Filho menor. Fixação segundo o binômio
necessidade + possibilidade. Pai biscateiro, pedreiro, sem emprego fixo. Dever primeiro de alimentar sua prole e depois a de sua nova companheira, professora. Fixação elevada em 1,5 salários-mínimos, fora das possibilidades do alimentante, que se reduz para o equivalente a um salário-mínimo. Recurso provido, nesta parte.
(TJ-RJ - APL: 00058535620038190203, Relator: HENRIQUE ALBERTO
MAGALHES DE ALMEIDA NETO, Data de Julgamento: 06/10/2004, DÉCIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 20/10/2004)
Conforme a ementa, nosso caso se constitui em uma ação de alimentos ajuizada
em benefício de Lucas, filho ainda menor do casal Maria e João. Consta em relato que Maria e João foram namorados durante três anos e depois se casaram, permanecendo em enlace conjugal por cinco anos. Contudo, após o nascimento de Lucas, o casal começou a passar por sérias dificuldades, resultando em desentendimentos e brigas e, por fim, em sua separação de fato. Um ano após a separação, Maria tentou acordo acerca da pensão alimentícia para seu filho com o ex-esposo, no entanto, este alegou não possuir emprego fixo e que seu dever primordial era para com sua nova companheira, Ângela, com quem constituiu união estável há seis meses. Ao final, Maria ingressou com ação para resolver o litígio. O casal seguiu para a audiência, onde foram questionados pelo técnico judiciário sobre a possibilidade de um acordo, ao que Maria reiterou que já havia tentado um acordo com João antes e nada conseguira; de fato, ela não desejava ingressar em nenhuma ação, mas se viu forçada pela falta de interesse dele, uma vez que “aqui o juiz resolve”. Prosseguindo, o técnico lembrou João de seu dever paterno para com o filho antes de qualquer outro que pudesse haver com sua nova companheira; ele deveria pagar a pensão, portanto, caso não chegassem a um acordo, o juiz arbitraria um valor que, se não fosse pago, acarretaria na prisão imediata de João. Ciente da situação, ele abriu-se a possibilidade de um acordo e o técnico lhe perguntou o quanto estaria disposto a pagar. Nisso, João respondeu que poderia oferecer apenas setenta reais, tendo em vista ainda não possuir emprego fixo, trabalhando em pequenos “biscates” como pedreiro, acrescentando sua insatisfação por Maria não deixá-lo ver seu filho. Maria refutou, num furor emocional, que não permitia suas visitações à filha pela falta de ajuda financeira que recebia e recusou de pronto o valor oferecido, achando-o “um absurdo”, tendo em vista todos os anos de convivência e lembrou-o de que enquanto ainda eram casados, mesmo que não detivesse emprego fixo, ainda recebia bem e que, portanto, seria capaz de oferecer, ao menos, mil quatrocentos reais por mês. João tornou a recusar, afirmando ser exagero dela e que tal valor o impossibilitaria de arcar com suas próprias despesas, “afinal, ele também precisava viver”. Prosseguiu sua fala oferecendo cem reais por mês, ao que Maria tornou a reiterar seus argumentos anteriores. O técnico agiu para acalmar os ânimos, lembrando-os de que eles não estavam ali para cercear nenhuma de suas prévias rusgas, mas para decidir o que seria melhor para seu filho e que toda a animosidade não lhe seria um benefício. Por fim, João ofereceu o valor de um salário mínimo, dizendo que gostaria de manter uma boa relação com a ex- esposa pelo filho. Maria concordou com o valor, acrescentando que permitiria suas visitas durante os fins de semana. A audiência foi encerrada tendo sido definidos estes termos. CONCLUSÃO
Através do trabalho, foi possível observar como os métodos alternativos para a
resolução de conflitos são capazes de manejar o processo em vias de torná-lo menos desgastante para as partes, bem como o próprio judiciário. A Mediação é um meio consensual na qual, a partir da utilização de métodos como a escuta ativa, é possível às partes que cheguem a uma solução produtivas aos seus impasses. É uma forma de estabelecer certa independência aos envolvidos no conflito, mas sem que se confunda com a autodefesa, para que exerçam com maior sensatez a liberdade para estipularem a melhor saída de uma situação. Assim, é notável a confiança depositada na boa-fé dos litigantes para que em conjunto trabalhem em virtude do melhor resultado. Nesse sentido, prova-se alternativa que deve se tornar mais recorrente nos anos vindouros da resolução de controvérsias.