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Universidade Federal do Espírito Santo

Disciplina: Pesquisa e Prática Pedagógica no Ensino de Física III


Secretaria de Ensino a Distância
Prof Giuseppi Camiletti
Licenciatura em Física EaD

Acompanhamento e Registro das atividades da disciplina de


Pesquisa e Prática Pedagógica no Ensino de Física IV (PPPEnFis IV) –
2018/1

O desenvolvimento desta disciplina prevê atividades de instrumentação para o Professor de Física. O


objetivo é que o licenciando possa vivenciar o desenvolvimento de propostas didáticas para sua futura
utilização em sala de aula, quando estiver em efetivo exercício de docência. Para orientar os trabalhos
desta disciplina, é proposto este plano de acompanhamento de 3 atividades. Aproveite este momento
para ler todas as orientações contidas neste arquivo e tomar conhecimento do que deverá ser
desenvolvido.

As atividades previstas neste formulário devem ser cumpridas e preenchidas ao longo da disciplina e
devem ser postadas na Plataforma até as datas explicitadas em vermelho. O relatório final das
atividades será este formulário totalmente preenchido.

Conteúdo
Nesta disciplina, vamos desenvolver uma proposta de aula para alunos do 9o ano do Ensino
Fundamental. Vamos desenvolver também um planejamento de uma feira de ciências e um plano de
visitação a uma atividade em espaço não formal de educação.

Formação dos Grupos

Para isso, vocês poderão trabalhar em grupos, tal como ocorreu em PPPEnFis de I a III. Se for possível,
vocês podem e/ou devem usar o que for desenvolvido nesta disciplina na sala de aula de algum
graduando/professor, do próprio tutor presencial ou no acompanhamento de aulas da disciplina de
Estágio Supervisionado (caso seja possível nas atividades desta disciplina). De todo modo, não é
obrigatório a aplicação do que for desenvolvido aqui, no contexto de sala de aula, neste momento.

Grupos
Polo: LINHARES.

Graduando/Professor: WANESSA SANTOS SANTANA.

Demais integrantes do Grupo (entre dois e quatro)


Aluno 1: Emely Cominotti Rossim.
Aluno 2: Juvenal Caon.
Aluno 3: Wellington dos Santos Dias.
Aluno 4:
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Atividade 1 - Proposta de aula para alunos do 9o ano do Ensino Fundamental.

Data: Até 21 de maio de 2018


A proposta deve ser constituída das três etapas propostas por Terrimar Pasqualetto, a saber: 1 -
Apresentar um texto introdutório ou vídeo ou infográfico, com informações básicas sobre o assunto ou
problema a ser estudado (pressuposto da teoria de Ausubel). 2 - Proposição de uma situação-problema
aos alunos, que deve ser real e acessível aos alunos e deve ter relação direta com a vivência deles,
envolvendo o uso de recursos acessíveis aos alunos (pressuposto da teoria de Vergnaud). Os alunos
devem discutir, testar hipóteses, propor soluções, sempre de forma orientada pelo professor da
disciplina. 3 - Ao final das atividades e debates entre os grupos, o professor deve iniciar a discussão dos
temas de interesse, tendo a sensibilidade e preparação para discutir os temas que forem surgindo a
partir das dúvidas dos alunos (pressuposto de Vygostsky).

Etapa 1 - Texto introdutório ou vídeo ou infográfico, com informações básicas sobre o assunto ou
problema a ser estudado. Seguir exemplos mostrados na dissertação de Pasqualetto.

A seguinte proposta foi elaborada para ser aplicada em uma escola de ensino não regular
“Apoio Educacional”, uma franquia da UNIPRÓ, que trabalha conteúdos de Física para
alunos no 9º ano, que tem pretensão em prestar exame para ingressar no Instituto
Federal do Espirito Santo.
Há 60 alunos nessa escola, que estão divididos em 2 turmas. A maior parte dos alunos
são de escola pública e tem renda inferior a 3 salários mínimos. No entanto, grande parte
tem acesso a tecnologias em suas casas, como: Smartphone, Computador, Tablet, etc.
Na escola temos acesso a vários recursos como data show, computadores, além, de
salas climatizadas, onde todas as classes possuem ar condicionado, enfim, não há
impossibilidade de trabalhar atividades não formais nesse espaço.
O tema a ser trabalhado é Movimento Uniforme. Para isso irei sugeri aos alunos que
instalem o aplicativo gratuito ISS ON LIVE em seus respectivos smartphones. Esse
aplicativo está ligado à Estação Espacial Internacional e mostra imagens em tempo real
da localização da estação através de 2 câmeras, uma que grava a própria estação e outra
que grava em direção ao nosso Planeta. Além disso há no aplicativo, o percurso e/ou
deslocamento que ela pretende fazer alinhado através do mapa mundi.
A estação espacial Internacional está em orbita a uma velocidade constante de 27 700
km/h (BONJORNO E CLINTON). Desse modo, iniciarei o trabalho pedindo aos alunos
que se separem em grupos para observarem a câmera que mostra imagens da Terra.
Em seguida haverá separação dos grupos e a entrega de um roteiro de atividade com
algumas perguntas.
O objetivo nesse momento é fazer com que os alunos descrevam suas respectivas ideias
relacionadas ao movimento da estação espacial. Em seguida farei uma breve descrição
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sobre Movimento Uniforme e posteriormente haverá um momento de discussão entre os


grupos, pois a interação entre os alunos facilita o aprendizado VYGOTSKY (1991).
Mees (2004) trabalhou conceitos de movimentos fundamentado no Ensino de
Astronomia, em sua dissertação de Mestrado, conseguindo perceber que os alunos se
sentiam mais motivados em aprender física a partir de atividades relacionadas a esse
tema.
AUSEBEL (1968) define que o processo de aprendizagem significativa ocorre quando o
aluno consegue conectar os novos conhecimentos aos existentes.
Desse modo, espera-se que os alunos sejam capazes de produzir conceitos científicos a
partir da observação de fenômenos coexistentes a rotina dos mesmos, através de
recursos que poderão servir como agentes motivadores no ensino de física.
Etapa 2 – Planejamento da situação-problema aos alunos. Nesta etapa, vocês devem apresentar o
planejamento dos diversos passos para se alcançar os objetivos da atividade, como por exemplo: a
previsão de resultados, testes das previsões, investigações, análise dos resultados, entre outros.
Seguir exemplos mostrados na dissertação de Pasqualetto.

ATIVIDADE COM APP ISS ON LIVE.


Será sugerido a todos os alunos a instalação do aplicativo ISS ON LIVE semanas antes
da aula.

1. AULA
 Previsão de resultados:
Nesse primeiro instante haverá uma apresentação informal aos alunos onde
será disponibilizado um texto sobre “As origens do conceito de uma estação
espacial”, retirado de um PDF da USP, “A conquista do espaço”, Capítulo
9, página 272, disponível em <http://www.cdcc.usp.br/cda/oba/aeb/a-
conquista-do-espaco/Capitulo-9.pdf> . Esse texto estará presente em um
roteiro sucinto que servirá para orientação dos alunos.
Em um segundo momento, a classe será dividida em grupos de 6 alunos.
Inicialmente, os grupos deverão ler o texto presente no roteiro e responder as
seguintes perguntas:
I. Segundo o texto, quando houve a primeira referência a um satélite que
teria como missão auxiliar, navegações de forma similar ao GPS
atualmente?
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II. Como era descrito a arquitetura da estação espacial no primeiro projeto


apresentado pelo alemão Wernher von Braun? O que ele gostaria de
garantir com esse tipo de arquitetura?

III. Que tipo de funções seriam atribuídas a esse aparato?

Em seguida cada grupo iniciará o aplicativo no celular de um ou mais componentes do


grupo e passará a observar o movimento da estação espacial internacional por cerca de
15 minutos.

 Testes das previsões:


Durante esse segundo momento pedirei aos grupos que respondam as
perguntas do roteiro:
I. Em algum instante a estação espacial acelerou o movimento?

II. Em algum instante a estação espacial freou o movimento?

III. Vocês conseguem perceber alguma similaridade entre o movimento da


estação com o de algum astro?

IV. Cite algum movimento ou uma situação vivenciada por você que
represente um movimento análogo ao da estação espacial.

 Análise dos resultados:


Após esse momento haverá um debate entre todos os grupos para ouvir os
diversos pontos de vista descritos no roteiro.
Desse modo, cada grupo irá ler suas respostas e expor os pontos de vista em
relação ao movimento. Além disso, será possível relacionar os conhecimentos
prévios com o fenômeno físico, a partir da observação e de suas respectivas
conclusões depois de observar a estação espacial.
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Em seguida haverá uma aula expositiva e dialogada sobre MOVIMENTOS


COM VELOCIDADE ESCALAR CONSTANTE, onde deverá ser apresentada
a função horária do movimento.

 Aplicação do conhecimento:
Por fim serão aplicadas atividades que relacionem o movimento uniforme as
funções do movimento, levando em consideração que se trata de uma
modalidade de ensino que exige por parte dos alunos raciocínio técnico para
resolução de problemas de física.

Etapa 3 – Planejamento dos debates entre os grupos, onde o professor deve iniciar a discussão dos
temas de interesse, tendo a sensibilidade e preparação para discutir os temas que forem surgindo a
partir das dúvidas dos alunos. Nesta etapa, vocês devem apresentar o planejamento dos diversos
passos, buscando consolidar os conceitos discutidos. Exemplos destes passos são: atividades de
testagem do projeto, apresentação dos resultados, aplicação dos conhecimentos, reflexões sobre os
resultados, entre outros. Seguir exemplos mostrados na dissertação de Pasqualetto.

MOVIMENTO UNIFORME.
Quando um objeto se desloca a uma velocidade constante dizemos que ele está
realizando movimento uniforme.
Desse modo, caracteriza-se Movimento Uniforme o movimento constante onde a
distância que o objeto percorre apresenta o mesmo intervalo de tempo, como é o caso
da Estação Espacial que percorre um movimento elíptico sobre o planeta em uma
velocidade constante.
O objetivo em um primeiro momento é coletar o conhecimento prévio dos alunos através
das respostas preenchidas no roteiro conforme sugere AUSEBEL. Desse modo
aproveitaremos dos conceitos preexistentes dos alunos na formação do novo conceito.
Posteriormente pretende-se propor um debate entre os grupos. A interação social entre
os alunos é capaz de potencializar a aprendizagem além de tornar a aula mais
participativa (VIGOTSKY).
Em seguida haverá correção da atividade proposta no roteiro, assim, poderemos analisar
os resultados e saber se os alunos foram capazes de entender o conceito ligado ao
movimento. Caso haja algum grupo que respondeu de forma equivocada as perguntas
do roteiro, faremos um novo debate com os alunos dos outros grupos com o objetivo de
fixar o conceito verdadeiro de forma concreta.
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Em seguida, se possível nessa mesma aula, faremos uma analogia com outras situações
em que envolvem o mesmo fenômeno físico, como por exemplo: O deslocamento de um
trem, o transeunte na escada rolante e o movimento de um projétil disparado a partir de
uma arma de fogo em uma perícia forense. O objetivo nesse momento é relacionar a
aplicação do conhecimento ao cotidiano do aluno.
Após aplicar todos os passos farei a análise dos resultados afim de saber se houve êxito
na aplicação da nova proposta metodológica. Acreditamos que há grande possibilidade
de obter resultados satisfatórios.
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Atividade 2 – Entrevista a um professor que organizou uma Feira de Ciências em uma


escola.

Data: Até 28 de maio de 2018


Para que a Feira de Ciências tenho o efeito desejado e ocorra de forma organizada, é preciso
tomar alguns cuidados. Muitos pontos essenciais foram apresentados no Manual de
organização de Feiras de Ciências proposto por João Maurício Zandomênico, disponível na
plataforma na seção “Material de Apoio”. O autor apresenta também, em sua dissertação, os
resultados da avaliação da Feira que ele desenvolveu como parte dos trabalhos de sua
dissertação de mestrado.
Em seguida, é apresentado abaixo um roteiro para uma entrevista semiestruturada de um
professor que tenha organizado ou trabalhado na comissão de organização de uma Feira de
Ciências em uma escola. O objetivo é verificar se os cuidados principais foram tomados para
a boa realização da Feira. Vocês podem buscar tal professor para ser entrevistado na escola
onde vocês fazem Estágio Supervisionado, na escola em que o tutor presencial atua ou em
qualquer outra escola próxima a sua casa ou ao polo.

PRINCIPAIS PONTOS PARA A ENTREVISTA:

1. A Feira foi realizada seguindo algum tipo de projeto elaborado pelo Professor
Responsável? Este projeto foi apresentado para a equipe da escola? Caso
tenha feito um projeto, poderia descrevê-lo em linhas gerais?

A Feira de Ciências em questão é articulada à Semana Nacional de Ciência e


Tecnologia - um programa que foi estabelecido pelo governo em 2004 e que
geralmente acontece no mês de outubro. A escola em que o professor entrevistado
trabalha adere todos os anos à realização da semana de Ciência e Tecnologia de
acordo com o tema que é proposto pelo Ministério da Ciência, Tecnologia,
Inovações e Comunicações. O programa além do tema geral fornece algumas
perguntas orientadoras e norteadoras para que as instituições participantes
possam dirigir os projetos e apresenta-los à comunidade.
Dessa forma, o projeto não foi elaborado pelo professor entrevistado, ele apenas
serviu como orientador de uma das turmas que apresentaria um projeto. Depois
de escolher juntamente com os alunos o assunto a ser abordado dentro do tema
geral, o professor apresentou à equipe pedagógica da escola o projeto que seria
desenvolvido. No caso da turma em questão, foi escolhido o tópico “A
astronomia no Brasil”, dentro do tema geral “Ciência no Brasil”.
Foi desenvolvido um projeto para apresentar ao público visitante um panorama
breve da história e do desenvolvimento da astronomia no nosso país e da ida de
Marcos Pontes ao espaço. Também foi incluída no projeto a montagem de um
planetário simples para demonstrar um pouco da estrutura do nosso sistema solar
e dos limites até então atingidos pela exploração espacial.
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2. O professor responsável deixou claro para a equipe da escola e para os


alunos os objetivos de realização da Feira? Caso tenha feito, poderia dizer
que objetivos foram esses?

Foi necessário apenas que o professor apresentasse para a escola o subtema e o


projeto que seria desenvolvido pela turma, para que a equipe pedagógica
avaliasse se as atividades estavam de acordo com os direcionamentos da SNTC.
Para os alunos, o professor mencionou que o objetivo do projeto era fazer com
que eles fossem mobilizados a desenvolver atitude científica e inovadora, além de
demonstrar para o público como a ciência afeta nossa vida e o impacto do
desenvolvimento científico em nosso país.

3. O professor responsável usou algum tipo de ferramenta ou procedimento


sistematizado, tal como ficha de acompanhamento, para acompanhar o
desenvolvimento das atividades dos alunos? Caso tenha usado, poderia
descrever este instrumento?

Não. Como cada turma precisa desenvolver somente um único projeto, o professor
apenas dividiu as atividades entre grupos de alunos e acompanhou por
observação o progresso delas durante as semanas que antecederam a realização
da Feira.

4. Após o evento foi aplicado algum questionário aos alunos e aos visitantes,
para buscar compreender que tipo de aprendizado a Feira proporcionou?
Caso tenha utilizado, poderia descrever resumidamente como era esse
questionário?

Não, nenhum questionário foi aplicado.

5. A Feira contou com a avaliação externa de algum(ns) outro(s) professor(es)?

Alguns professores que estavam orientando outras turmas assistiram à


apresentação do projeto da sala em questão, mas não influenciaram na avaliação
dele.

6. O professor responsável elaborou algum relatório final sobre a realização da


Feira?

Não. Ao final da SNTC o professor orientador apenas teve de atribuir uma nota à
turma. A nota máxima seria de 4,0 pontos e seria incluída na soma da nota
trimestral em todas as disciplinas.
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7. Qual a opinião final do organizador da Feira? O que ele continuaria fazendo


da mesma forma? O que ele mudaria?

O orientador da turma mencionou que nem todos os alunos se envolveram com o


desenvolvimento do tema em si. Alguns apenas participaram na decoração da sala
ou nos bastidores, enquanto uma pequena parcela se dedicou a estudar o tema
para apresentar ao público. É uma orientação da escola que cada turma
desenvolva um único trabalho em conjunto, porém, o professor reconheceu que
pouquíssimos alunos realmente se envolveram no trabalho no sentido de fazer
pesquisas e desenvolver um projeto que cumprisse os objetivos propostos. Na
opinião dele, seria melhor que as turmas fossem dividas em grupos e que cada
grupo desenvolvesse um projeto diferente.

 ANÁLISE DA ENTREVISTA:

Zandomênico (2014) destaca que em uma feira de ciências é importante que


os estudantes que apresentarão o projeto sejam preparados para transmitir
conceitos e informações ao público visitante. Essa preparação envolve
pesquisas e acompanhamento sistemático do professor orientador. Nesse
sentido, acreditamos que os alunos da turma em questão foram muito mal
preparados para apresentar seu projeto aos visitantes. O professor não
forneceu referências, fontes e nem orientações de pesquisas sobre o assunto,
deixando-os livres para fazer pesquisas em qualquer material. Além disso, os
alunos tiveram pouco ou quase nenhum acompanhamento e supervisão
durante a execução do projeto. Não foram usadas fichas de acompanhamento,
nem foram marcadas reuniões para verificar o desenvolvimento do projeto e
das apresentações.

Com respeito à avaliação do projeto, notamos que o professor utilizou poucos


critérios, levando em conta apenas fatores como decoração e estética da sala
e do planetário e boa oratória nas apresentações. Em momento algum, a
aprendizagem dos alunos ou do público visitante foi avaliada. Provavelmente,
uma avaliação revelaria que boa parte dos alunos da sala não saberia explicar
conceitos abordados na apresentação do projeto. Como mencionado pelo
próprio professor, grande parte deles trabalhou apenas nos bastidores e não
se envolveu nas pesquisas do conteúdo. Para tais alunos, a realização do
projeto foi apenas um meio para se obter nota e fugiu aos objetivos propostos
pela escola e pelo próprio programa da SNTC. Zandomênico sugere que para
a realização de uma feira de ciências, os alunos formem grupos de 3 a no
máximo 6 integrantes. Isso facilita que o professor avalie e acompanhe o
desenvolvimento dos projetos de forma mais eficaz e qualitativa.
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Um dos pontos positivos do projeto é que o professor deixou que os alunos


escolhessem o assunto na qual deveria ser relacionado ao tema geral. A ideia
de montar o planetário também surgiu deles. De acordo com Zandomênico
(2014, p.23) deve-se deixar que os próprios alunos escolham os experimentos,
pois, “pode-se de antemão indicar uma motivação intrínseca de alguns grupos
de alunos em construir determinado experimento.”

Enfim, acreditamos que o projeto cumpriria melhor os objetivos propostos se


fosse aceita a sugestão de dividir as turmas em grupos menores e se fosse
dada mais atenção aos processos de construção de uma feira científica desde
o planejamento e desenvolvimento até execução e avaliação.
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Atividade 3 – Plano de participação em atividade de Espaço não Formal de Educação.

Data: Até 28 de maio de 2018


Tendo em vista as orientações contidas no material disponível na plataforma na seção “Material de
Apoio”, intitulado Visita a um Espaço de Divulgação e Popularização Científica, e considerando
o exemplo abaixo, elabore um plano de visitação a um espaço não formal nas proximidades
do seu polo ou até mesmo aqui em Vitória. As partes em azul são as principais modificações
que vocês deverão fazer para elaborar o próprio plano de visitação.

PREPARAÇÃO PARA VISITA AO ESPAÇO NÃO-FORMAL DE ENSINO

O objetivo dessa atividade não-formal de ensino é levar uma turma de alunos da segunda
etapa do EJA, do turno noturno da escola Polivalente I de Linhares, para uma visita ao
laboratório de física do Polo UAB de Linhares, para que possam consolidar o aprendizado
em um ambiente não-formal de aprendizagem, se familiarizar com essa área do
conhecimento e conhecer o curso de física EAD da UFES, oferecido para o município de
Linhares.

I. Atividades Antes da Visita

 Atividade Escolhida:
Visita ao laboratório de física que fica localizado nas instalações do Polo UAB na
cidade de Linhares, estado do Espírito Santo.

 Data:
11 de julho de 2018. Com saída prevista para 19h20min e retorno às 20h20min.

 Objetivo Principal:
Consolidar o aprendizado em um ambiente não formal de aprendizagem, através
da escolha de um dos instrumentos oferecidos no laboratório de física do polo UAB
em Linhares, mais especificamente o instrumental para o experimento sobre plano
inclinado.
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 Objetivos Secundários:
 Familiarizar os estudantes com a profissão do físico;
 Mostrar as características de um laboratório de física, mesmo que bem
limitado. (muitas das vezes, alunos e estudantes nunca foram e nem
conhecem um laboratório de física);
 De uma forma simples e resumida, mostrar a importância da física para o
nosso cotidiano, onde ela é presente na vida de cada um;
 Potencialização do conhecimento;
 Através da visita, leva-los a conhecer o curso de física EAD da UFES
oferecido para o município de Linhares.

 Leitura prévia:
Pesquisar na Internet sobre a cinemática e também sobre a vida dos principais
físicos de toda história, em especial Galileu Galilei (1564-1642) onde ele afirmava
que um móvel em linha reta deve manter seu estado de movimento para sempre,
sem nenhuma força externa necessária para isto, e assim utilizou de planos
inclinados para testar suas hipóteses. Além de relacionar as diversas
características desta profissão (Físico).

 Perguntas:
 O que é a cinemática?
 O que é um plano inclinado?
 Quais são as forças envolvidas?
 O que faz um físico profissional? Porque cada um deles são importantes?

II. Atividades Durante a Visita

 Dinâmica da visita:
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A duração da visita será de aproximadamente o horário de uma aula, cerca de


uma hora. Como a turma do EJA é pequena, composta por 20 alunos, e a escola
fica situada próxima ao Polo, será formado um grupo único composto pela turma,
a qual partirá em direção ao Polo, onde o tutor do curso de física EAD da UFES
fará a recepção da turma e a apresentação do laboratório. Em seguida, será feita
uma demonstração de um experimento usando o instrumental do laboratório que
versa sobre plano inclinado da marca CIDEPE, disponível no laboratório.
Terminada a visita, agradeceremos pela recepção e oportunidade, e retornaremos
para a escola. Os alunos formarão grupos de no máximo 5 componentes, e na
aula da semana seguinte apresentarão aos demais colegas um relatório sobre a
visita.

 Recomendações gerais aos estudantes:


Será visitado um laboratório de física com um grupo único de 20 alunos, e esta
visita tem duração de aproximadamente 1h. Os alunos serão acompanhados pelo
professor da escola e serão todos orientados a manterem a ordem e o bom
comportamento. Serão instruídos a atenderem todos os procedimentos que uma
visita a um laboratório de física requer, como por exemplo: não tocar nos
equipamentos sem a permissão do profissional, utilizar calçados fechados e
roupas adequadas, evitar conversas paralelas, afim de manter a organização e
também evitar acidentes. Orientá-los e instigá-los a fazerem perguntas sobre o
laboratório, sobre o experimento realizado, sobre o funcionamento dos mesmos,
assim como as teorias que explicam tais funcionamentos. Não se hesitar de
indagar sobre quaisquer curiosidades e dúvidas que vierem surgir no momento da
visita, sempre mantendo a cordialidade e o respeito.

III. Atividades Após a Visita

 Debate:
Na aula da semana seguinte, dia 18 de julho, os alunos serão expostos na sala de
aula em forma de círculo para um debate acerca da visita ao laboratório de física.
Eles farão comentários sobre o que presenciaram na visita, sobre o que gostaram,
sobre o que não gostaram, se atendeu as suas expectativas, além de trazerem
uma análise sobre as respostas dadas às perguntas feitas anteriormente. Também
será apresentado o relatório da visita, cada grupo apresentará seu relatório com
ajuda do recurso do Datashow, mostrando suas impressões em relação à visita,
suas dúvidas, questionamentos e os resultados do experimento.
Quanto a avaliação, os alunos serão avaliados conforme as seguintes
competências:

 Participação;
 Envolvimento;
 Dedicação;
 Pro atividade;
 Presença;
 Comportamento durante a visita;
 Criatividade;
 Pontualidade;
 Respostas corretas das questões propostas;
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 A apresentação.

 Relatório Final do Professor:


É importante que o professor faça uma análise geral da visita feita ao laboratório
de física, que traga uma concepção dos pontos positivos e negativos que ele acha
interessante mostrar aos seus alunos. Será interessante listar todas as atividades
quer foram realizadas na visita, e apresentar fotos, depoimentos dos alunos, algum
acontecimento inspirador, que de repente mereceu algum destaque. Tudo isso
mostra a importância da visita e como a física é presente nas nossas vidas no dia
a dia, além de aguçar o interesse dos alunos em aprenderem e se dedicarem mais
por ela.

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