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Comportamento Organizacional
Comportamento Organizacional
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3
1. Segmentação dos comportamentos organizacionais ............................................. 3
1.1 Comportamento Microorganizacional................................................................ 3
1.2 Comportamento Mesoorganizacional................................................................ 4
1.3 Comportamento Macroorganizacional .............................................................. 4
2 - CONCEITO DE LIDERANÇA ................................................................................ 4
2.1 -LIDERANÇA COMO QUALIDADE PESSOAL ................................................. 4
2.2 -LIDERANÇA COMO FUNÇÃO ........................................................................ 4
2.3 -INFLUÊNCIA INTERPESSOAL ....................................................................... 5
2.4-TEORIA DE TRAÇOS DE PERSONALIDADE ................................................. 5
3- O PODER NAS ORGANIZAÇÕES ......................................................................... 6
3.1 - O PODER NA EMPRESA : PODER, AUTORIDADE E INFLUÊNCIA ............ 6
3.2 -FONTES E TIPOS DE PODER ....................................................................... 7
3.3-BASES DO PODER .......................................................................................... 7
3.4 -BASES DO PODER, NÍVEL DE MATURIDADE E ESTILO DE LIDERANÇA . 8
3.5- O GOSTO PELO PODER ................................................................................ 8
4-LIDANDO COM CONFLITOS: GESTÃO ADMINISTRATIVA DE CONFLITOS ...... 8
4.1 -UMA DEFINIÇÃO DO CONFLITO NAS ORGANIZAÇÕES ............................. 9
4.2-EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO EM RELAÇÃO À NOÇÃO DO
CONFLITO .............................................................................................................. 9
4.3- A VISÃO RACIONAL ..................................................................................... 10
4.4- A VISÃO HUMANÍSTICA ............................................................................... 10
4.5 -A VISÃO INTERACIONISTA ......................................................................... 11
4.6 -UM MODELO DIAGNÓSTICO ....................................................................... 12
5- QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO ............................................................... 14
5.1-Fatores Chaves .............................................................................................. 15
5.2- O QUE IMPEDE UM BOM AMBIENTE DE TRABALHO ............................... 15
5.3 - FATORES DETERMINANTES DA QUALIDADE DA VIDA NO TRABALHO 17
6- CULTURA ORGANIZACIONAL ........................................................................... 20
6.1 -Indicadores .................................................................................................... 21
6.2 -COMPORTAMENTOS MUITOS COMUNS NAS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS:
.............................................................................................................................. 22
7 - SISTEMA DE AÇÃO CULTURAL BRASILEIRO ................................................. 23
7.1 -CONCENTRAÇÃO DE PODER ..................................................................... 23
7.2 -PERSONALISMO .......................................................................................... 23
7.3 - PATERNALISMO .......................................................................................... 23
7.4 -POSTURA DE ESPECTADOR ...................................................................... 23
7.5 -FORMALISMO ............................................................................................... 23
7.6 -IMPUNIDADE ................................................................................................ 24
7.7 - LEALDADE PESSOAL ................................................................................. 24
7.8 -EVITAR CONFLITOS .................................................................................... 24
7.9 -FLEXIBILIDADE ............................................................................................ 24
CONCLUSÃO ........................................................................................................... 24
BIBLIOGRAFIA......................................................................................................... 27
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INTRODUÇÃO
Atualmente, encontra-se dividido em três áreas bem distintas, cada uma com suas próprias
bases nas ciências sociais: o comportamento microorganizacional, que deriva da
psicologia e da pesquisa comportamental; o comportamento mesoorganizacional, originado
da psicologia social e da sociologia interacionista; e o comportamento
macroorganizacional, derivado da economia, da sociologia estrutural, da antropologia
cultural e da ciência política.
Hoje em dia o espírito de Liderança é muito valorizado, tanto no âmbito profissional como
no pessoal, ser Líder não é ser o "chefe" ou o "gerente", é muito diferente disto. Os Líderes
autênticos são pessoas que já absorveram a verdade fundamental da existência: que não
é possível fugir das contradições inerentes à vida. A mente de Liderança é ampla. Ela tem
espaço para as ambigüidades do mundo, para sentimentos conflitantes e idéias
contraditórias
Um líder inato pode ser facilmente reconhecido perante o grupo, pois sua capacidade de
coordenar, direcionar, conduzir o grupo à atingir seus objetivos ficam evidentes e o tornam
uma espécie de guia representativo do grupo.
2 - CONCEITO DE LIDERANÇA
Liderança é uma questão de redução de incertezas do grupo, pois o indivíduo que passa a
contribuir mais com orientações e assistência ao grupo (auxiliando para tomada de
decisões eficazes), tem maiores possibilidades de ser considerado seu líder. Assim, a
Liderança é uma questão de tomada de decisões do grupo.
A importância da Liderança sobretudo nas empresas, é bastante visível nos dias de hoje,
pois se a liderança é uma influência interpessoal, que modifica o comportamento, esta,
deve ser dirigida à aumentar a satisfação na conquista de determinada meta e na
diminuição dos riscos.
Um líder deve inspirar confiança, ser inteligente, perceptivo e decisivo para ter melhores
condições de liderar com sucesso. Exemplos de certos reis, militares, heróis. Mas, nem
todas as pessoas podem ser lideres, pois para ser um líder, o indivíduo tem que cativar as
pessoas com habilidade pessoal, passando para elas confiança, sinceridade,
conhecimento exercendo influencia sobre o grupo ou pessoa.
Uma pessoa pode ser um grande líder em uma empresa ou escola, no entanto na
comunidade ou até mesmo em seu lar ao menos consegue dar uma opinião.
O próprio Stogdill, em 1948, já verificava que "torna-se claro que uma análise adequada da
liderança envolve não apenas o estudo dos líderes em si ,mas também das situações em
que estão envolvidas.
Ë importante ressaltar, que este poder atribuído aos líderes deve ser orientado, e voltado a
satisfação daqueles que são subordinados, pois é crescente o número de casos de chefes
que humilham seus subordinados, como forma de mostrar o seu poder, e tornam o que
deveria ser uma conquista, um motivo de orgulho, uma rotina de humilhações, que
segundo à Organização Internacional do Trabalho (OIT) é um dos principais fatores de
aposentadoria precoce.
Uma Liderança inadequada, pôr tiranos ou incompetentes, traz prejuízos drásticos não só
à empresa, mas principalmente aos indivíduos que dela fazem parte. Há relatos
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impressionantes de pessoas que sofrem verdadeira tortura cotidiana, causando problemas
emocionais, físicos e consequências irreversíveis à carreira.
Como última análise, é fundamental ao Líder ter habilidade para lidar com gente, para não
perder a contribuição que cada um pode dar a qualquer projeto
Freqüentemente nos deparamos com tentativa de influência por parte de outros, bem como
também, tentamos influenciar aqueles que estão próximos. Esta influência ocorre nas
organizações, e é decorrência do poder que as pessoas têm sobre outras.
Ultimamente, este poder tem sido motivo de preocupações entre os autores, que ressaltam
as recentes conclusões sobre o tema, como as "duas faces do poder": uma positiva, que
se caracteriza pela preocupação com os objetivos do grupo. A necessidade de influência
sobre os outros é a bem da organização. A face negativa é geralmente, expressa em
termos de domínio-submissão e vê as pessoas como objeto de manipulação de acordo
com a conveniência. Essa atitude geralmente se volta contra o próprio gerente e a
organização, pois as pessoas tornam-se passivas, pouco criativas e prontas a bocoitar o
serviço solicitado.
Outro aspecto que vale ressaltar é que o poder não está limitado ao nível da gerência.
Outras pessoas na organização podem ter poder informal em virtude de sua competência
ou dos recursos que controlam.
O poder delegado pode conseguir grandes resultados. Líderes que delegam poder ganham
mais confiança e eficiência dos seus subordinados, que encorajados à criatividade e à
inovação o ajudarão a atingir as suas metas.
Nas organizações, o poder está situado nas pessoas que ocupam posições em escala
hierárquica superior, às quais são conferidas autoridade em função dos cargos que
ocupam e a partir daí exercerão influência sobre as pessoas para consecução dos
objetivos organizacionais. Quando uma pessoa influencia outra, diz-se que a primeira tem
poder. Este poder lhe é conferido por outras pessoas que a vêem com a capacidade de
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influenciar. A arte de influenciar lida com emoções e as pessoas capazes de emitir e
perceber sinais emocionais são, verdadeiramente, líderes.
Já dissemos, que nas organizações, o poder decorre dos cargos ocupados – poder de
posição – ou das características pessoais – poder pessoal – ou de ambos. Esclarecendo:
"As pessoas que são capazes de levar outros a realizar certo trabalho em virtude de sua
posição na organização têm poder de posição; os indivíduos que derivam seu poder dos
seus subordinados têm poder pessoal. Algumas pessoas têm ambos os poderes". (Kersey
e Blanchard, p. 134, 1986).
Etizion (in Maximiano, 1997, p. 40) diz que o poder varia de acordo com os meios
empregados para fazer as pessoas concordarem e que esses meios podem ser físicos,
materiais ou simbólicos e determinam o tipo de poder, a saber:
3.3-BASES DO PODER
Conforme já vimos, o poder decorre do nível que uma pessoa ocupa na hierarquia de uma
organização, de suas características pessoais e de muitos outros fatores que
relacionaremos agora:
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Normalmente, cada uma dessas bases de poder é potencialmente inerente a um cargo de
gerência. Um grau específico de poder legítimo tem importância especial porque molda as
relações hierárquicas nas quais ocorrem as outras formas de influência e poder.
Concluímos que a base de poder adequada depende muito de variáveis situacionais, ou
seja, os líderes, de acordo com a situação, podem necessitar de várias bases de poder.
Estudos afirmam a existência de uma relação direta entre o nível de maturidade das
pessoas e grupos e os tipos de bases de poder com alta probabilidade de conseguir o
cumprimento de ordens. "A liderança situacional vê a maturidade como a capacidade e a
disposição dos indivíduos e grupos de assumir a responsabilidade de dirigir o seu próprio
comportamento numa determinada situação. A maturidade é um conceito específico de
tarefa e depende do que o líder almeja". (Hersey e Blanchard, p. 224, 1986).
Ao passar de níveis mais baixos para níveis mais altos de maturidade, as pessoas tendem
a aumentar a sua competência e confiança para fazer as coisas. As sete bases de poder
parecem exercer um impacto significativo sobre o comportamento das pessoas. Passando
da baixa para a alta maturidade, o impacto das bases de poder têm importância, na
seguinte ordem: coerção, conexão, recompensa, legitimidade, referência, informação e
competência. Nesse aspecto concordamos com a tese de Hersey e Blanchard (1986, p.
225) que diz que "a maturidade do subordinado determina não só o estilo de liderança com
maior probabilidade de sucesso mas também a base de poder que o líder deve usar para
induzir o cumprimento de suas ordens ou influenciar o comportamento".
Quanto às pessoas que procuram cargos onde possam influenciar outras, o fazem levadas
por motivo de gosto pelo poder. Há evidências de que essas pessoas em posições
gerenciais têm grande probabilidade de sucesso. Diz McClelland que há duas
manifestações de vocação para o poder: na primeira, o líder busca a influência sobre o
comportamento pela satisfação pessoal, podendo invocar lealdade e inspiração em seus
liderados; na segunda, o líder busca a satisfação de metas coletivas, enfatizando o poder
social ou institucional, esses líderes procuram a mobilização de esforços no sentido de
realizar a missão do grupo. (in Maximiano 1997, p. 184).
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De onde parte este estado? Que pode ser de caráter pessoal ou corporativo. Como
identifica-lo? Como trata-lo? Como instiga-lo ou elimina-lo ?
Por esta e outras perguntas que surgiu o conceito de gestão de conflitos, com intuito de
organizar de forma acadêmica várias idéias inerentes aos "conflitos nas organizações" ao
longo dos últimos séculos.
Neste trabalho foi apresenta um resumo do surgimento deste conceito, passando pelas
técnicas e visões aplicáveis a este estado tão comum a qualquer organização, o tão
conhecido conflito organizacional.
Tendo assim conhecido boa parte de seus nuances, podemos trabalhar melhor seus
aspectos, pois só se pode interagir bem com algo quando se conhece afundo sua
composição.
Entende-se que existe um conflito em uma organização quando uma parte (um indivíduo
ou um grupo) percebe no outro obstáculo à satisfação de suas preocupações, o que
provocará nele um sentimento de frustração, que poderá leva-lo, posteriormente, a reagir
em face da outra parte.
Qualquer que seja a ótica, o simples fato de se preocupar com a gestão do conflito implica
agir em conta todas as características de um conflito e de dominar tanto suas origens
como suas conseqüências.
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Nos primórdios da era industrial, desenvolveu-se verdadeiramente um pensamento
administrativo, que começou a fazer do ato da gestão um objeto de estudo, e da
organização, uma unidade de analise.
Ao longo dos anos, três visões evoluíram com relação à forma de ver o conflito nas
organizações : a visão racional; a visão humanística e a visão interacionista do conflito.
a definição das tarefas, das regras e métodos que prescrevem claramente os papéis
e responsabilidades de cada um e que despersonalizam a execução do trabalho;
a redução das interfaces entre as tarefas que tem por objetivo eliminar a própria
fonte de frustrações na origem dos conflitos, diminuindo a dependência de umas
tarefas em relação às outras;
a concentração do poder em uma hierarquia e em uma cadeia de comando precisa
ter como função reduzir o nível de ambigüidade e de incerteza vividas pela base da
organização.
Todavia, após a Segunda Guerra Mundial, tais idéias começaram a ser contestadas em
parte, passando-se a reconhecer que a tomada da decisão organizacional deve ser
racional, desde que seja uma "racionalidade limitada" pelas capacidades do gestor, pela
clareza e pela ausência de contradições nos objetivos perseguidos, pela possibilidade de
acesso aos recursos e à informação necessária e etc. Em síntese, a organização se
contenta com soluções apenas satisfatórias, não ótimas, como recomendara Taylor.
Nesta perspectiva, o conflito aparece como inevitável, mas é o caráter emotivo e subjetivo
que prejudica a organização. De acordo com este modelo, o conflito é de natureza
perpétua e é provocado pela incompatibilidade, inaceitabilidade, ou incerteza subjetiva das
escolhas que confrontam as partes. Para reduzir o nível de conflito, é preciso melhorar a
identificação das escolhas organizacionais, acentuando, entre outras, a participação no
processo de decisão ou o comprometimento em relação aos objetivos da organização por
métodos como a "administração por objetivos".
O tipo e nível de conflito que irá promover um envolvimento saudável e positivo na direção
de um objetivo de um departamento podem, em um outro departamento ou no mesmo
departamento numa outra época, ser altamente disfuncionais. A funcionalidade ou
disfuncionalidade é então uma questão de julgamento. A Fig. 01 ilustra o desafio
enfrentado pelos administradores. Eles desejam criar um ambiente dentro de suas
organizações ou unidades onde o conflito seja saudável, mas que não tenha a chance de ir
a extremos.
Pode-se com base nestas afirmações, elabora e aplicar certas táticas que venham a criar
conflitos funcionais, tais como:
Se admitirmos o conflito como normal e inerente ao meio corporativo, temos então que
domina-lo em prol de obter as supostas vantagens de seu uso, tem-se a necessidade de
interpretar com eficiência cada parte de seus fatores e interpretar sua estrutura, tais como:
Tendo obtido agora a estrutura do conflito, podemos analisar a forma intrínseca como
estes fatores funcionam em um contexto organizacional.
Como o próprio nome diz, a dinâmica, ou seja, como que se interagem os fatores descritos
no modelo acima em relação ao meio. Nesta abordagem considera-se basicamente a
relação entre ação e reação instantânea.
Cada parte sofre a influência de alguma estrutura remetendo-a ao seu meio, podendo
variar ou não este envio em decorrência de infinitos fatores, ou seja, não é uma ação
estática, esta ação pode variar ao infinito. Em decorrência disto tem-se a necessidade de
uma análise menos regrada e predisposta, levando mais em consideração o conjunto de
decisões tomadas, o nível de aceitação momentâneo, ou seja, o resultado das relações
entre partes tem mais importância que o estrutural do conflito.
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A análise dinâmica de uma situação conflitual fornece então uma perspectiva que pode vir
a ser diferente da análise estrutural do conflito. Aqui, é a interação entre as partes que vale
muito mais que o contexto. A intervenção neste nível necessita de um conhecimento
aprofundado dos processos de comunicação, tendo aqui o mediador como um papel de
suma importância. Todavia esta análise não se detém sistematicamente sobre as
transformações profundos vivenciadas pelas partes à medida que progride o conflito, o que
será vista na análise seguinte.
Após compormos a estrutura, analisarmos a relação causa e efeitos imediatos, temos que
constatar agora as mudanças que serão geradas com o decorrer do tempo à medida que
progride o conflito.
Até aqui, a escalada provocou uma deterioração perceptiva entre as partes o que conduz
inevitavelmente à quebra da comunicação entre as partes. Neste estágio, quando uma
parte adquiriu a convicção de que não vale mais a pena manter uma ligação comum
"adversário hostil", ela rompe relações como o outro, acarretando assim o
desaparecimento dos meios de comunicação. Um proceso de mediação torna-se
indispensável para preencher esta lacuna.
4.6.5 – O MEDIADOR
A partir de então pode-se notar a perda do objetivo principal, em que as partes chegam a
esquecer as preocupações que originaram o conflito para concentrarem suas energia em
"vencer" o outro.
Tem-se então o fenômeno da procura de um equilíbrio de perdas onde cada parte acaba
por acreditar que o conflito é mais prejudicial para ela que para o outro, o que resulta com
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freqüência em sentimento de ter direito a obter uma reparação antes de considerar uma
reconciliação.
Já no fim desta escala emerge a total incompatibilidade entre as partes, que se caracteriza
pela percepção crescente de cada uma das partes de que a solução do conflito não pode
incluir a outra. É o adversário que se transforma no obstáculo á sua satisfação, podendo
então, com a ausência de uma reconciliação, serem as partes levadas a uma separação
ou mesmo à destruição um do outro, entrando assim em um processo muitas vezes de
irreversível entropia organizacional.
Neste estágio o conflito toma proporções gravíssimas e corre sério risco de provocar a
ruptura total entre as partes, onde provavelmente nada mais pode ser feito.
Está análise evolutiva do conflito coloca em relevo os modos particulares para as partes
agirem segundo o nível de progressão. O conhecimento destes estágios permite
reconhecer certo número de comportamentos comuns a diversas situações conflitais e
assim evitar que eles se deteriorem.
A partir do instante que o conflito disfuncional foi identificado, imediatamente tem que se
tomar certas atitudes o mais enfaticamente possível, para que não se chegue ao estagio
final desta escalada conflitual. Com muito cuidado deve-se:
Como poderão as empresas ser bem sucedidas sem a satisfação dos seus funcionários?
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Todas as organizações e os profissionais que têm visão de futuro já tem esta resposta de
forma muito claro: Qualidade de vida no trabalho é uma questão de competitividade
5.1-Fatores Chaves
Grupos de Trabalho
Variedade
Ritmo
Inovações/Métodos/Processos
Em relação ao gerente geral, já que este deve subdividir as tarefas para cada área
impedindo que os funcionário atuem em completa liberdade ("laissez-faire"), o que faz com
que as tarefas se desenvolvam ao acaso, perdendo tempo com discussões mais voltados
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para o pessoal originando uma pequena produção e a pior qualidade desta e, em relação
ao líder, ao passo que são pessoas que têm o poder de união e conseguem disseminar o
clima de confiança entre a equipe.
E importante citar que para um bom resultado do trabalho em equipe deve haver um
sentimento de confiança para assim, criar um clima amistoso e um melhor dialogo. No
trabalho em equipe, e muito difícil lidar com varias personalidades ao mesmo tempo
quando algumas insistem em complicar as coisas por falta de equilíbrio emocional, pela
competição, pela insegurança ou pelo desanimo. Infelizmente existem pessoas que fazem
do trabalho um sofrimento e acham que isso deve ser para todos, fazendo com que o
grupo perca harmonia e considerem tudo realmente muito difícil.
Alem de todos estes pontos a empresa deve dar enfoque ao aspectos físicos ambientais. A
empresa não deve se localizar em locais de difícil acesso, sem opções de transporte ou
estacionamento. As instalações não devem ser sujas, escuras ou apertadas, para que as
pessoas tenham conforto ao trabalhar evitando complicações físicas, como por exemplo a
LER que também traz prejuízos financeiros para a empresa.
A LER ( lesões por esforços repetitivos), agora conhecido como DORT (distúrbio
osteomuscular relacionados ao trabalho) e uma doença dos tempos modernos que
acometem os funcionários de empresas que executem atividades repetitivas por um longo
período de tempo. Essas afecçoes ocorrem nos tendões, músculos, nervos e ligamentos,
isoladamente ou associadamente.
Para que esses fatores sejam incorporado à empresa, essa deve ter consciência do seu
papel fundamental como agente corporativo de mudanças, visando ao bem-estar e à
saude de seus colaboradores.
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5.3 - FATORES DETERMINANTES DA QUALIDADE DA VIDA NO TRABALHO
5.3.1- Critérios:
5.3.1.6- Ambiente Físico: Local de trabalho e suas condições de bem estar( Conforto ) e
organização para o desempenho do trabalho.
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5.3.1.14- Variedade da Habilidade: Possibilidade de utilização de uma larga escala de
capacidades e habilidades do indivíduo.
5.3.1.20- Constitucionalismo: Categoria que tem por finalidade medir o grau em que os
direitos do empregado são cumpridos na instituição. Os critérios dessa categoria são os
seguintes:
Liberdade de Expressão: Forma como o empregado pode expressar seus pontos de vista
aos superiores, sem medo de represálias;
5.3.1.22- Trabalho e Espaço Total de Vida: Categoria que objetiva mensurar o equilíbrio
entre a vida pessoal do empregado e a vida no trabalho. Os critérios são os seguintes:
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5.3.1.23- Papel Balanceado no Trabalho: Equilíbrio entre jornada de trabalho, exigências
de carreira, viagens , e convívio familiar.
5.3.1.25 - Relevância Social da Vida no Trabalho: Categoria que visa mensurar a QVT
através da percepção do empregado em relação à responsabilidade social da instituição na
comunidade, à qualidade de prestação dos serviços e ao atendimento aos seus
empregados. Entre os critérios foram destacados os seguintes:
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6- CULTURA ORGANIZACIONAL
"Na maioria das vezes em que se fala de cultura organizacional, está-se falando dos
valores que o segmento gerencial considera ideais para "tocar" a organização, e não dos
valores que efetivamente existem subjacentes às práticas, às políticas administrativas, às
estratégias, à identidade organizacional etc. dos diferentes segmentos num determinado
momento da vida de uma empresa"( BARBOSA, 1999, p.137).
Deste modo,
No Brasil, pela própria formação histórica e econômica, observa-se que a nossa cultura
põe em prática os seguintes valores: Bom relacionamento, preferência por grandes
organizações, rígida estrutura hierárquica, permanência por muito tempo num mesmo
emprego etc. Em relação a outros países, observa-se no Brasil uma cultura de emprego, o
mais importante é o indivíduo ter um emprego. Nas culturas de trabalho como EUA e
Japão, o mais importante é a relação do indivíduo com suas produções materiais.
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Um dos maiores desafios empresariais da atualidade brasileira é a gestão do clima e da
cultura organizacional. Ou melhor, da qualidade do gerenciamento das relações com
empregados, fornecedores, clientes, concorrentes, sociedade, governo etc. O
gerenciamento pontual dos vários públicos os quais a empresa se relaciona, irá determinar
a eficácia dos métodos de gestão adotados. A maneira como a organização é percebida
por estes públicos - ética, coerente, cumpre o que diz - determinará a qualidade das trocas
comerciais realizadas.
6.1 -Indicadores
6.1.1 - Significado
6.1.1.1. Clareza de objetivos Grau em que a empresa tem seus objetivos claros, definidos,
formalmente estabelecidos e orientados para médio e longo prazo.
6.1.1.3. Qualidade do processo decisório Em que medida as decisões são tomadas com
rapidez e no nível hierárquico adequado, com base em informações necessárias e
suficientes.
6.1.1.4. Drive Grau em que a empresa é dinâmica, está atenta às mudanças, tem senso de
oportunidade, estabelece objetivos arrojados, é líder de tendências e cria um ambiente
motivador.
6.1.1.6. Relacionamento com clientes Grau de satisfação dos clientes com os produtos e
serviços oferecidos.
6.1.1.9. Integração e comunicação Grau de clareza com que os objetivos são comunicados
e nível de colaboração e parceria existente tanto internamente quanto externamente.
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6.1.1.12. Competência em liderança Grau de habilidade para gerenciar pessoas e
estimular o desempenho superior dos funcionários.
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7 - SISTEMA DE AÇÃO CULTURAL BRASILEIRO
Percebemos que os traços culturais mais presentes, segundo a nossa análise, são:
PATERNALISMO, CONCENTRAÇÃO DE PODER, POSTURA DE ESPECTADOR,
PERSONALISMO e FORMALISMO. Esse fato caracterizaria o predomínio, nos processos
de negociação que envolvam brasileiros como parte interessada, dos Subsistemas dos
Líderes e Institucional.
Exibe-se portanto mais uma vez o ranço autoritário que permeia a cultura brasileira e o seu
subproduto, a cultura organizacional brasileira.
Expressões como " manda quem pode, obedece quem tem juízo" e " você sabe com quem
está falando?" representam esta tendência.
7.2 -PERSONALISMO
Cidadão no Brasil é termo pejorativo; não entendemos o cidadão como núcleo do poder.
Nas relações sócio-políticas prevalece o magnetismo pessoal e a rede de amigos e
parentes, como caminhos naturais na resolução de problemas e na obtenção de
privilégios.
7.3 - PATERNALISMO
Somos um povo mudo e reflexivo, orientados pelo que diz a autoridade externa, não
possuindo desenvolvida a consciência crítica. Consequentemente, possuímos baixa
iniciativa, pouca capacidade de realização por autodeterminação e transferência de
responsabilidade das dificuldades para as lideranças.
7.5 -FORMALISMO
O brasileiro preocupa-se mais com o presente do que com o futuro, buscando resultados
imediatistas. Aceita tacitamente as normas e as regras, mas as pratica de forma distorcida.
Esse lado patológico do formalismo permite a existência de nepotismo, favoritismo e até
subornos, causando instabilidade e insegurança. Getúlio Vargas já dizia: ‘para os amigos
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tudo, para os inimigos nada, para os indiferentes, a lei’. Há um lado positivo no uso do
formalismo: adotamos soluções que nos incluem no mundo das sociedades desenvolvidas.
7.6 -IMPUNIDADE
Nossos líderes estão ao largo das punições, aumentando o risco de apatia das pessoas e
tornando o brasileiro cada vez mais espectador.
Cada membro de um grupo valoriza mais as necessidades do líder e dos outros membros
do grupo, do que as necessidades de um sistema maior no qual está inserido. Deposita-se
portanto toda a confiança no líder e aceitam-se as decisões tomadas por colegiado de
líderes.
7.9 -FLEXIBILIDADE
CONCLUSÃO
O poder é um instrumento delicado. É como uma faca de dois gumes, ele pode destruir e
causar dor ou curar e criar novas oportunidades. Os líderes devem ter uma clara
consciência de seu poder de influência sobre os liderados e usá-lo somente no
desenvolvimento de outras pessoas, fazendo com que elas cresçam, inspirando o melhor
nelas e encorajando-as a fazerem a diferença.
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implementando estruturas e práticas que compensem o que Weber chamava de "as
imperfeições da natureza humana".
Por outro lado, foi-se reconhecendo o caráter inevitável, e por vezes desejável do conflito
organizacional, sobretudo se ele servir para estimular os membros da organização e se o
choque de idéias divergentes conduzir a resultados positivos. Sendo assim nasceu a idéia
não só de procurar resolver conflitos, mas, sobretudo de os gerir, de reconhecer, no seio
da organização, a existência de habilidades, de conhecimentos e de interesses diferentes
que podem ser usados de forma proveitosa na busca de soluções melhores e adaptadas
ao ambiente no qual a organização está inserida, daí então surgindo o conceito de "gestão
de conflitos".
Os conflitos por vezes podem ser desejáveis, podem servir para estimular os membros das
organizações e o choque de idéias divergentes conduzir a resultados positivos, sendo
assim nasceu à idéia de GERIR CONFLITOS e não erradica-los de uma forma sumária, o
que induziria á forma de conflito latente, ou mais precisamente um conflito individual o qual
não mais conseguiríamos enxergar, gerando assim perda de eficiência e produtividade
sem que possamos identificar suas causas.
Cabe a ele também utilizar o conflito em prol de melhorias quanto à filtragens de idéias e
para (quando solucionando o conflito) gerar um ambiente de clareza pessoal, acarretando
assim mais sinergia entre as partes, sucumbindo as idéias preconceituosas e egoístas do
meio para que assim os principais objetivo possam ser alcançados.
Toda mudança acarreta uma pressão. Isto ocorre fora de nós. Toda pressão acarreta um
estresse, dentro de nós. Este é normal. Pode, no entanto se tornar patológico sendo
mesmo mortal. Felizmente não somos vítimas passivas e desarmadas dentro do processo.
Podemos e devemos tomar atitudes tendentes a conservação da nossa saúde e de nossa
vida. Estamos imersos em num universo em mudanças. Telecomunicação, globalização,
mudança no papel da mulher, dos conceitos de autoridade. Os desafios e metas da
qualidade dependem da mobilização das pessoas para o desenvolvimento das ações do
programa. Por outro lado, o que se observa é que, apesar de as empresas estarem
investindo em tecnologia, verifica-se um desequilíbrio: descuidam-se em relação às
estratégias de envolvimento do pessoal em direção à qualidade. Não existe "qualidade"
sem Qualidade de Vida no Trabalho que deve ser entendida e trabalhada corretamente.
O fato é que as empresas gastam muita energia envolvidas com situações de insatisfação,
desmotivação, desencontros, conflitos não resolvidos, jogos de poder; quando deveríamos
estar concentrados naquilo que realmente importa. A sinergia organizacional para
resultados.
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BIBLIOGRAFIA
Não garantimos a atualização desta lista de sites. Esses serviços podem ter mudado de
endereço ou ter sido interrompido
- FERNANDES, Eda Conte. Qualidade de Vida no Trabalho: como medir para melhorar.
São Paulo: Casa da Qualidade Ltda, 1996. 115 p. p. 35-67: 2ª ed.
- www.bibliotecavirtual.com.br
- www.sdev.com/fitness
- BETHEL, Sheila Murray. Qualidades que fazem de você um líder. São Paulo, Makron
Books, 1995.
- CUSINS, Peter. Gerente de sucesso: liderança e eficácia. São Paulo, Clio Editora, 1994.
- GOLEMAN, Daniel. Revista Você S.A. Livro do mês: A arte de influenciar as pessoas.
Ano 1, n.º 8, fevereiro, 1999.
- HOLANDA, Aurélio Buarque de. Dicionário da língua portuguesa. 2ª ed. Rio de Janeiro,
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- JUNQUEIRA, Luiz Augusto Costacurta e VIANNA, Marco Aurélio Ferreira. Gerente total:
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