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Ê
Voo em ascendência térmica
O ar é um gás transparente e os raios
solares atravessam-no sem lhe causar
praticamente nenhuma alteração. Porém
esta radiação aquece a superfície
terrestre de forma desigual, porque
existem superfícies que absorvem mais
energia do que outras. A inclinação do
solo em relação aos raios solares e a
natureza do terreno são os principais
factores que contribuem para a
formação das térmicas.
Tipo de térmicas
estradas
zonas de cascalho
Locais a evitar :
zonas sombrias
lagos, rios
Nota: Como identificar os locais onde existe acção térmica ? Observar outros
parapentes e as aves planadoras. Debaixo de pequenos e médios cúmulos, são
bons locais onde existe formação térmica.
O VOO EM TÉRMICA
É nas horas centrais do dia que podemos encontrar as fortes térmicas. Período
do dia que deve ser evitado pelos pilotos menos experientes, devido à forte
turbulência resultante da sua acção. Muitos pilotos quando abordam pela
primeira vez as térmicas apanham grandes sustos e muitos deles abandonam a
modalidade. Para quem não domina este tipo de voo, o parapente desloca-se de
uma forma relativamente descontrolada, tanto depressa subimos como descemos
(ascendentes / descendentes). É importante que o piloto que queira iniciar-se no
voo térmico, faça os primeiros voos em térmicas modestas (princípio da manhã
ou no final da tarde), período do dia em que a acção térmica se desenvolve de
uma forma suave. A descolagem é feita no início ou no final dos ciclos
térmicos, ou seja; se as térmicas forem fortes é aconselhável descolar quase no
final do ciclo, se forem fracas; deve-se aproveitar o princípio do ciclo térmico.
Existe uma regra que se aplica à maioria dos casos : Quando se enrola uma
térmica e sobe-se pouco, devemos apertar o raio de volta, se subirmos rápido,
devemos alargar o raio de volta. No entanto nem todas as térmicas são regulares,
nem sempre conseguimos subir em todas as térmicas. O piloto quando enrola
uma térmica deve contar também com a deriva da mesma. O vento para além de
inclinar as térmicas, pode rompê-las e alterar-lhes a forma. Quando existe vento,
deve-se girar perto do barlavento da térmica, evitando passar para o seu
sotavento, onde provavelmente a turbulência será maior.
A Corte da térmica
A Descendente
B Ascendente fraca
C NÚCLEO = ascendente forte
D Enfraquecimento da ascendente
Enrolar uma térmica resume-se a um voo de 360º sucessivos, muitas vezes as térmicas estão coroadas
por pequenos cúmulos, que se formaram quando o vapor de água se condensou durante a corrente
ascendente. Quando existem térmicas, o ar está normalmente muito “mexido”. Existem correntes de ar
ascendente e descendente e uma zona de ar calmo. Nestas circunstâncias o voo em parapente é sempre
turbulento. Com maior ou menor intensidade.
Neste caso é aconselhável voar a uma velocidade intermédia (entre a velocidade de máxima finesse e a
taxa de afundamento mínimo). De qualquer forma, o voo em térmica está reservado a pilotos com
formação para o efeito, que sejam capazes de reagir calmamente aos imprevistos e resolvam os incidentes
de voo sem entrarem em pânico. Ao entrarmos numa térmica, rapidamente sairemos dela se
continuarmos a voar a direito. Ao sairmos da térmica, entramos numa descendente e rapidamente
perdemos altitude. Caso estejamos suficientemente afastados da encosta, para recuperar a térmica,
fazemos voltas largas, normalmente é uma técnica que resulta bem.
Normalmente uma das pontas da asa toca a térmica, o piloto sente uma força
ascendente desse lado (manobrador fica mais tenso), espera cerca de 3 segundos
para entrar bem nela, faz uma volta 90º para esse lado, ao estar bem no seu
núcleo inicia voltas sucessivas de 360º até atingir a altura desejada.
Como as térmicas não sobem sempre na vertical (inclinadas pelo vento), temos
de fazer contínuas correcções do nosso raio de volta, para continuarmos no
centro. Quando a ascendência diminuir, acentuamos a volta e vice-versa.