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Exames Complementares PDF
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Ricardo Wathson Feitosa de CarvalhoI |Carlos Umberto PereiraII | José Rodrigues Laureano FilhoIII | Belmiro Cavalcanti do
Egito VasconcelosIV
RESUMO
Ao indicar uma intervenção cirúrgica se faz necessário o conhecimento do indivíduo como um todo para poder
proporcionar uma melhor avaliação. A avaliação pré-operatória pode se beneficiar da solicitação de exames
complementares em determinados pacientes, sendo questionada a solicitação rotineiramente de conjuntos de
exames. Nos dias atuais observa-se uma tendência na racionalização do uso dos exames complementares no
sentido de avaliar o estado de saúde do paciente cirúrgico, sendo recomendável que a solicitação esteja funda-
mentada nas informações obtidas durante a anamnese e exame físico, vindo a evitar a solicitação desnecessária
de exames. Os exames são chamados de "exames complementares" porque complementam a avaliação clínica.
Nunca a substitui, sendo o exame clínico sempre soberano, devendo diagnosticar e tratar o paciente, nunca o
exame.Descritores: Paciente, Cirurgia, Mecanismos de Avaliação da Assistência à Saúde, Medição de Risco. 37
ABSTRACT
When indicating surgical intervention, it is necessary to have knowledge on the patient as a whole in order to
obtain the best assessment. The preoperative evaluation streamlines the solicitation of complementary exams for
particular patients, as the routine solicitation of sets of exams should be questioned. There is a current tendency
toward the rational use of complementary exams for assessing the health status of surgical patients and solicita-
tions should be founded on information obtained from the patient history and physical examination, with the aim
of avoiding unnecessary tests. “Complementary exams” are called thusly because they complement the clinical
evaluation, but never replace it. The clinical exam is paramount. The patient, rather than the exam, should be
diagnosed and treated.Descriptors: Patient, Surgery, Health care evaluation mechanisms, Risk assessment.
Introdução critério, de modo inadequado e indiscriminado2, não
Ao indicar uma intervenção cirúrgica se faz neces- atendendo ao princípio fundamental que é o identificar
sário o conhecimento do indivíduo como um todo para ou diagnosticar doenças e disfunções que possam com-
poder proporcionar uma melhor avaliação. A avaliação prometer os cuidados do período pré-operatório3.
pré-operatória pode se beneficiar da solicitação de A tendência atual é que os exames complementares
exames complementares em determinados pacientes. não devem ser solicitados de rotina e, sim, de acordo com
A prática de solicitar rotineiramente conjuntos padro- o propósito de otimizar o cuidado pré-operatório, tendo
nizados de exames tem sido questionada1. como base as informações obtidas no histórico clínico,
A grande maioria dos exames passa de comple- exame físico, tipo e porte do procedimento cirúrgico3,4.
mentares a "exames de rotina", sendo solicitados sem
I Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial pelo Hospital Universitário Oswaldo Cruz, Faculdade de Odontologia,
da Universidade de Pernambuco – HUOC/FOP/UPE.
II PhD. Professor Adjunto da Faculdade de Medicina, da Universidade Federal de Sergipe – UFS.
III PhD. Coordenador dos Programas de Pós-Graduação da FOP/UPE. Professor Adjunto da Faculdade de Odontologia, da Uni-
versidade de Pernambuco – FOP/UPE.
IV PhD. Coordenador dos Programas de Mestrado e Doutorado em Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-Facial da FOP/UPE.
Professor Adjunto da Faculdade de Odontologia, da Universidade de Pernambuco – FOP/UPE.
ISSN 1679-5458 (versão impressa) ISSN 1808-5210 (versão online) Rev. Cir. Traumatol. Buco-Maxilo-Fac., Camaragibe v.11, n.1, p. 9-12, jan./mar. 2011
Critérios para solicitação de exames Exames de imagem
complementares A imaginologia é um importante recurso que os
Para solicitação de exames pré-operatórios devem ser profissionais dispõem. O propósito dos exames por
França, et al.
considerados critérios de relevância ou prevalência das imagem deve ser a obtenção de imagens que possam
doenças e sensibilidade e especificidade dos exames1. esclarecer ou confirmar as suspeitas do diagnóstico clí-
A tabela 1 mostra as recomendações dos exames a nico e determinar com precisão a extensão da lesão.
serem solicitados na avaliação pré-operatória, estando Não importa que a lesão seja óbvia nem quão
de acordo com achados clínicos5. evidente o diagnóstico possa parecer, em nenhuma cir-
Tabela 1. Exames a serem solicitados de acordo com os achados cunstância o tratamento definitivo deve ser estabelecido
clínicos.
sem um exame de imagem adequado.
Tipo de Exame Achado Clínico
Exame Radiográfico
Hemograma Intervenções de médio e grande
porte; Os exames radiográficos se utilizam da emissão de
Suspeita clínica de anemia/ raios-x para a obtenção de imagens que são passíveis
policitemia;
Esplenomegalia, uso de anti- de distinguir estruturas e tecidos. Nos ossos, o exame
coagulantes, presença de in- radiogrãfico pode evidenciar fraturas, neoplasias e dis-
fecção, radio ou quimioterapia
recentes; túrbios do desenvolvimento. Nos tecidos moles podem
Paciente acima de 60 anos evidenciar a presença de corpos estranhos. Na estrutura
38 Coagulograma História de sangramentos anor-
dentária pode demonstra presença de cáries, fraturas
mais;
Operações vasculares, of- e alterações do desenvolvimento.
talmológicas, neurológicas,
A solicitação de exames radiográficos deve ser
CEC, hepatopatias, Síndrome
de má absorção, neoplasias e realizada com critério e nas incidências adequada as
esplenomegalia;
estruturas anatômicas de interesse6, evitando gastos e
Tipagem sanguínea
Se houver possibilidade de radiação desnecessária ao paciente.
perda volêmica >30%
As incidências radiográficas maxilofacais usuais na
Glicemia > 40 anos
História pessoal ou familiar de rotina hospitalar, estão descrita na tabela 2 de acordo
diabetes mellitus (DM); com a estrutura anatômica de interesse7
Uso de hiperglicemiantes;
Tabela 2. Estruturas anatômicas e incidências radiográficas apro-
Pancreatopatias;
priadas.
Creatinina > 40 anos
Estrutura Anatômica Exames de imagem
História pessoal ou familiar de
nefropatia; Maxila Waters
História de Hipertensão Arterial Nariz Perfil de OPN*, Waters
Sistêmica (HAS) ou DM; Naso-Órbito-Etmoidal TAC de face
Raio X > 60 anos; Complexo Zigomático Waters, Axial de Hirtz
de Tórax Operações torácicas, abdome
Côndilo Mandibular Towne
superior;
Cardiopatas; Mandíbula PA, Lateral Oblíqua
Pneumopatas; Frontal PA, Perfil
Portadores de neoplasias; * OPN. Ossos Próprios do Nariz.
Tabagista com carga tabágica Tomografia Computadorizada (TC)
>20 maço/ano
A tomografia (tomo= corte; grafia= escrita) é um
Eletrocardiograma (ECG) Homem > 40 anos e Mulher
> 50 anos; método de obtenção de imagens através do uso de
Presença de doenças sistêmicas
raios-x, que se tornou o recurso de imagem de refe-
associadas a patologias cárdi-
cas: DM, HAS, hiperlipidemia, rência na avaliação da estrutura maxilofacial. O seu
uso crônico de drogas cardio-
uso teve inicio nos anos 70, com Housfield6.
tóxicas, portadores de doenças
pericárdicas, endocárdicas ou Invariavelmente, as imagens radiográficas do es-
miocárdicas.
queleto maxilofacial mostram estruturas anatômicas
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sobrepostas, sendo este um limitante para avaliação possuem implantes metálicos (marcapassos, pinos
em algumas ocasiões8. A TC supera a maioria das ósseos de sustentação, clips vasculares e etc), de
limitações dos exames radiográficos, fornecendo aproximarem-se de um magneto9,10,11. Amálgama
França, et al.
imagens sem sobreposição, em qualquer um dos três dentário e implantes dentários não afetam a RNM, po-
planos espaciais, permitindo a visualização das estru- rém não sendo bem tolerada por pacientes que sofrem
turas em profundidade, facilitando o diagnóstico e o claustrofobia10.
planejamento7. As principais indicações da RNM na área maxilofa-
A depender do interesse de avaliação, o exame to- cial são desordens da articulação têmporo-mandibular
mográfico pode ser solicitado com janelas para tecidos e neoplasias das glândulas salivares10,12 (Figura 2).
duros e/ou moles, com espessuras de cortes variáveis
em projeções axiais, coronais, sagitais e reconstrução
tridimensional (3D) (Figura 1)7.
39
França, et al.
mínimas áreas de tumor (até 4 mm) que não podem ser
vistas nos demais exames, senão tardiamente, quando
o tumor já apresenta grandes dimensões15.
O princípio do PET Scan baseia-se na capacidade
que tem as células tumorais de concentrar glicose (FDG)
com muito maior avidez que os tecidos não tumorais.
Portanto ao se realizar imagens de corpo inteiro, possi-
bilita a detecção de anormalidades metabólicas, tendo
Figura 3. Ultrassonografia da região submentoniana, denotando
formação ecogênica, de contornos regulares e bem delimitados,
a capacidade de medir o metabolismo das lesões, de-
correspondendo a uma lesão cística com líquido espesso. monstrando a presença de alterações funcionais antes
Cintilografia mesmo que a anatomia seja afetada e seja detectada
A cintilografia ou gamagrafia, é um procedimento pela TC ou RNM, permitindo o diagnóstico precoce
que permite assinalar num tecido ou órgão a presença de doenças neoplásicas, o que é essencial para um
de um radiofármaco e acompanhar seu percurso gra- tratamento mais eficaz e curativo15.
40 ças à emissão de radiações gama que fazem aparecer
na tela uma série de pontos brilhantes (cintilação)14. Hemograma
Relacionada a outras técnicas de imagem, a cintilogra- O hemograma é o exame complementar que ava-
fia tem a capacidade de formar imagem de todo o esque- lia, quantitativamente e qualitativamente, os elementos
leto de uma só vez, perimitidno a avaliação da atividade figurados do sangue, auxiliando no diagnóstico de
metabólica óssea. No entanto, esta modalidade de imagem anemias e seus tipos, quantidade de plaquetas, alte-
tem restrições, pelo fato de possuir alta sensibilidade e baixa rações neoplásicas, processos infecciosos entre outras
especificidade, sendo impossível distinguir vários processos afecções16.
que podem causar o aumento da captação14,10. O hemograma completo é composto pelo eritrogra-
A principal indicação da cintilografia na área maxilo- ma, que fornece informações sobre as células verme-
facial é nos casos de desordens do desenvolvimento, pos- lhas, pelo leucograma, que avalia as células brancas,
sibilitando a análise do metabolismo ósseo (Figura 4). e pelo plaquetograma, que representa a contagem de
plaquetas16.
Hemograma Completo = Eritrograma + Leucogra-
ma + Plaquetograma (Figura 5).
Eritrograma
O eritrograma é a parte do hemograma que
estuda as alterações nos eritrócitos, na hemoglobina,
no hematócrito, nos índices globulares e na morfologia
eritrocitária, ajudando do diagnóstico de anemias e
policitemias16.
Figura 4. Cintilografia óssea denotando intensa e difusa hiper- • Contagem de eritrócitos (E)
concentração anômala do traçador (99mTc-MDP) ao longo do
lado esquerdo da mandíbula, com extensão para a ATM (E). No • Dosagem de hemoglobina (Hgb, HGB)
restante do esqueleto nota-se aparente distribuição fisiológica do • Hematócrito ou Volume Globular (Hct)
traçador.
• Volume corpuscular médio (VCM)
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• Hemoglobina corpuscular média (HCM) Hematócrito ou Volume Globular (Hct)
• Concentração de hemoglobina corpuscular O Hct representa a proporção entre a parte sólida e
média (CHCM) a parte líquida do sangue. É a massa total de glóbulos
França, et al.
França, et al.
um distúrbio16. Os eosinófilos agem no complexo antígeno-anticor-
A leucopenia, uma diminuição na quantidade de po, possuindo função fagocitária, tendo preferência por
leucócitos para menos de 4.000 células por mm3, torna ingerir partículas estranhas a bactérias22. Sua presença
uma pessoa mais suscetível a infecções. A leucocito- significa boa reação à infecção.
se (> 11.000/mm³), um aumento na quantidade de Eosinofilia (↑Eosinófilos): pode ocorrer devido a
leucócitos, pode ser uma resposta a infecções, ou ser processos alérgicos, agudização de processos específi-
resultante de um câncer, de um traumatismo, do estresse cos, viroses, tumores malignos, pós-irradiação, pênfigo,
ou de determinadas drogas. eritema, granuloma eosinófilo, anemia perniciosa,
Na avaliação dos leucócitos, temos ainda a doença de Hodgkim, leucemia mielóide e tumores
quantidade de granulóciltos (neutrófilos, eosinófilos e ósseos.
basófilos) e agranulócitos (monócitos e linfócitos), que
esclarecem o diagnóstico de várias doenças infecciosas Monócitos
e hematológicas16. Os monócitos têm como função ingerir bactérias,
Os valores de referência para cada parâmetro células mortas, anormais ou infectadas, representando
42 fornecido no resultado variam de acordo com a faixa uma fase na maturação da célula mononuclear fagoci-
etária e o gênero. tária originada na medula óssea18. Seu aumento signi-
fica boa reação de defesa do organismo, promovendo
Neutrófilos a cura do processo inflamatório e defesa orgânica.
São os leucócitos mais numerosos, circulam por Monocitose (↑ Monócitos): pode significar um indí-
cerca de dez horas. Essas células representam uma das cio de boa reação por parte do organismo, infecções
mais importantes linhas de defesa, sendo o primeiro bacterianas, muitas infecções por protozoários, leuce-
mecanismo de defesa contra agressão microbiana16. mia monocítica, alguns casos de tumores cerebrais,
Sem os neutrófilos, um indivíduo poderia morrer rapi- envenenamento por tetracloretano.
damente de uma simples infecção17. Caso ele falhe,
o monócito (o macrófago do sangue, que engloba os Linfócitos
invasores) é acionado. Os linfócitos circulantes no sangue e na linfa se originam
Em ordem de maturidade temos: segmentados > principalmente no timo e nos órgãos linfóides periféricos 18,
bastões > metamielócitos > mielócitos > promieló- sendo mais atuantes em infecções virais. Sua função é conferir
citos16. defesa imunológica tardia ao organismo. São classificados
Desvio à esquerda é a presença de células jovens no em dois tipos principais, linfócitos T e B. Os linfócitos T têm
sangue periférico, obedecendo à ordem de maturação longo período de vida, provavelmente anos. Os linfócitos B
das células - infecção aguda severa. têm vida curta, provavelmente semanas18.
Linfocitose (↑ leucócitos): têm como causas mais
Basófilos comuns infecções crônicas e leucemias linfocíticas.
Os basófilos constituem menos do que 1% do total
da população de leucócitos. Uma de sua função é a de Plaquetograma
ligação dos antígenos às moléculas de IgE, atuando na As plaquetas promovem a coagulação do sangue
reação alérgica através da liberação de histamina21. e auxiliam a reparação da parede dos vasos sanguí-
Basofilia (↑Basófilos): podendo estar relaciona- neos, evitando perda de sangue. As plaquetas atuam
dos com leucemia mielóide crônica, anemias hemolíti- limitando a hemorragia ao revestimento endotelial dos
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vasos sanguíneos em caso de lesão. Se o revestimento a 8 minutos.
endotelial se rompe e as plaquetas entram em contato
com o colágeno subendotelial, elas se tornam ativadas, Tempo de protrombina ativada (TP)
França, et al.
liberando o conteúdo de seus grânulos, aderem à re- O tempo de protrombina ativada avalia as
gião lesada da parede do vaso (adesão plaquetária) e vias extrínseca (I, II,V, VII, X) e comum da cascata de
aderem umas às outras (agregação plaquetária)21. coagulação.
A contagem de plaquetas é necessária para se A cascata da coagulação inicia-se com a ativação
determinar alguma alteração plaquetária. Pacientes das plaquetas e é completada pela ação dos fatores da
com plaquetas muito baixas (trombocitopenia) são mais coagulação. O TP e o TTPa medem a funcionamento
propensos a sangramentos. Plaquetas muito elevadas desses fatores.
(trombocitose) podem favorecer a trombose. O TP analisa principalmente o fator VII da via ex-
A dosagem das plaquetas é necessária antes de trínseca (Vit. K dependente), sendo também o melhor
cirurgias ou procedimentos susceptíveis a sangramentos parâmetro para análise da via comum. VR: 11 a 15
(VR: 130.000- 400.000/µl). seg.
França, et al.
metabolismo da creatina é a creatinina, presente no
sangue e que é excretada principalmente pelos rins. Potássio
A concentração de creatinina sérica é mais sensível e O potássio é o cátion de maior concentração
específica do que a concentração de uréia sérica no nos líquidos intracelulares, influenciando na atividade
estudo da função renal. Valores aumentados indicam muscular, principalmente a musculatura cardíaca. VR:
problemas de função renal. Geralmente o nível sérico 3,5 - 5,0 mEq/L.
de creatinina é proporcional à severidade da enfermi- ↑: hipercalemia (insuficiência. renal aguda).
dade24. VR: 0,60 a 1,30 mg/Dl.
↓: hipocalemia (perda por vômito / nefropatias,
Glicemia ingestão / absorção deficientes).
Os carboidratos consumidos diariamente são trans-
formados em glicose, sendo a glicemia a concentração Cálcio
de glicose no sangue. O cálcio é absorvido de forma ativa no duode-
A dosagem de glicose é importante para o diag- no e no jejuno superior. Cerca de 10 a 20% do cálcio
44 nóstico ou controle do tratamento do diabetes mellitus. consumido é absorvido, sendo a absorção estimulada
Só tem valor se realizada com um jejum mínimo de 8 principalmente pela vitamina D (estimula a absorção
horas. intestinal e a mineralização óssea).
Valores menores que 100 mg/dl são normais; entre O cálcio está envolvido na mineralização óssea,
100 e 125 mg/dl são considerados pré-diabetes; acima na coagulação sangüínea, na transmissão dos impulsos
de 126 mg/dl são compatíveis com diabetes. nervosos, nas ativações enzimáticas, na manutenção do
mecanismo de contração e relaxamento da musculatura
TGO (Transaminase glutâmico-oxalacética) e TGP esquelética e cardíaca.
(Transaminase glutâmico-pirúvica)
São exames para se avaliar o fígado. Valores eleva- Fósforo
dos indicam lesão das células hepáticas. Normalmente O fósforo pode ser encontrado nos ossos e teci-
traduzem algum tipo de hepatite, seja viral, medica- dos moles, ligados a proteínas, lipídios e carboidratos,
mentosa ou isquêmica. participando de diferentes processos metabólicos.
TGO: H (10 - 55 U/L); M (10 - 50 U/L) / TGP: Sua homeostase depende basicamente do controle
H (10 - 72 U/L); M (10 - 68 U/L). da absorção (intestino delgado), filtração e reabsorção
Ionograma (Sódio, Potássio, Cálcio e Fós- renal e estoque de reserva que é feito no osso. Nos
foro)25,26 casos de lesão renal, à medida que à taxa de filtração
glomerular diminui, o fósforo é retido, reduzindo dis-
Sódio cretamente o nível de cálcio sérico, o que estimula as
O sódio é livremente filtrado pelos glomérulos, paratireóides a secretar o paratormônio (PTH).
sendo que cerca de 60% do sódio filtrado são reab-
sorvidos no túbulo proximal. Importante na manuten- Cultura / Antibiograma / Bacterioscópia
ção do equilíbrio osmótico e da eletroneutralidade, Cultura é um exame laboratorial, que consiste no
a velocidade de redução do sódio é proporcional à cultivo de agentes infecciosos em meio próprio (subs-
gravidade dos sintomas clínicos observados. VR: 135 tância líquida ou sólida) que permite a nutrição, o cres-
- 143,5 mEq/L.
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cimento e a multiplicação de microorganismos27,28. Agradecimentos
Um antibiograma é um exame que mede a suscepti- Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do
bilidade/resistência de uma bactéria a um ou mais anti- Estado de Pernambuco, FACEPE – Brasil. Processo n°.:
França, et al.
França, et al.
Ultrassonografia. UPE
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