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rbprimo@yahoo.com
RESUMO
Abstract
INTRODUÇÃO
Podemos definir PME basicamente de duas maneiras diferentes: Pelo número de funcionários
ou pela faixa de faturamento. Segundo o Sebrae e o IBGE, nas Pequenas empresas industriais
podem ser de 20 a 99 pessoas ocupadas; no comércio e serviços, de 10 a 49 pessoas ocupadas
e na Média empresa industrial, de 100 a 499 pessoas ocupadas; no comércio e serviços, de 50
a 99 pessoas ocupadas. (quadro1).
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Em 2008, a Microsoft realizou uma pesquisa direcionada para pequenas e médias empresas,
onde afirma que “normalmente, as pequenas e médias empresas não apresentam os recursos
necessários ou conhecimentos técnicos para avaliar e implementar soluções tecnológicas
avançadas, e por esse motivo recorrem aos parceiros Microsoft especialistas neste mercado”.
Esta pesquisa foi realizada em cinco países: Brasil, Estados Unidos, Canadá, França e
Inglaterra, com 600 parceiros da comunidade "Especialistas Microsoft para Pequenas e
Médias Empresas". Em resposta, muitas PMEs estão concentrando os investimentos em
tecnologias que beneficiem diretamente a sua sustentabilidade - quer através da redução dos
custos operacionais, melhoria da produtividade ou aquisição e retenção de clientes.
As empresas são vistas como grandes coleções de processos Gonçalves (2000). Para organizá-
las é necessário que seja colocado o foco nos clientes, já que os processos de negócio
começam e terminam nele. Nesse sentido, Mendes e Escrivão Filho (2002) apontam que o
objetivo básico na adoção de um sistema ERP não é colocar o software em produção, mas
melhorar os processos de negócios com o suporte da tecnologia da informação. Portanto, mais
que uma mudança de tecnologia, a sua adoção implica em um processo de mudança
organizacional. Gomes e Ribeiro (2004) afirmam que, um dos fatores fundamentais para a
implantação e consequentemente o sucesso na utilização de softwares ERP se refere a
processos. O sistema ERP deve se compatibilizar com os processos de negócios da empresa e
não o inverso. Para isto, o sucesso de implantação do ERP está diretamente relacionado a
quanto os processos da organização apresentam-se bem definidos.
Para Tonini (2002), a seleção, no ciclo de vida de um sistema ERP e tem, basicamente, o
objetivo de identificar, entre todas as opções avaliadas, aquela que seja mais adequada para
atender às necessidades sistêmicas da empresa. A utilização de uma metodologia prática e
objetiva pode representar importante contribuição ao sucesso da implantação de um sistema
ERP, contribuindo para a economia de tempo e dinheiro, como também garantindo satisfação
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para a empresa.
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II. Seleção, responsável pela escolha do sistema ERP demandando longa busca por
informações sobre os sistemas por meio de empresas que já os estejam utilizando, bem
como publicações, artigos e materiais divulgados por fornecedores, buscando conhecer
um grande número de possíveis candidatos. Lozinsky (1996) alerta que nesta etapa, é
importante a empresa desenvolver critérios para medir a avaliação das soluções ERP.
A esses critérios devem ser associados pesos para que se consiga classificar as
melhores alternativas. Muitos critérios podem ser utilizados, mas Colangelo Filho
(2001), sugere alguns como: escopo funcional e aderência, cobertura do escopo
geográfico, flexibilidade, conectividade, facilidade para integração, maturidade,
facilidade de implantação e manutenção, tecnologia, custos, estabilidade econômico-
financeira e suporte local do fornecedor.
III. Implementação é a etapa que fecha o ciclo de vida do Sistema ERP, configurando,
customizando,treinando os usuários e colocando em funcionamento seus módulos. É a
etapa é considerada uma das mais críticas, pois envolve as mudanças organizacionais
que implicam alterações nas tarefas e responsabilidades de indivíduos e
departamentos, bem como transformações nas relações entre os departamentos.
O cenário mundial, de acordo com o Access Markets International (AMI) Partners, as MPEs
representam 90% dos trabalhadores do mundo e mais de metade do seu produto interno bruto.
As atuais condições do mercado desafiam a capacidade das pequenas e médias empresas para
ajudar a revitalizar a economia, mas o estudo da Microsoft prevê que 55% das pequenas e
médias empresas vão manter ou aumentar os investimentos em TI anualmente, avaliando-os
cuidadosamente.
No Brasil, segundo o Sebrae, o segmento das EPPs somadas às Micro, geram 98% dos
empregos do países e 40% do PIB. Outra peculiaridade identificada pela Microsoft é que o
Brasil está acima da média na busca por redução de custos 38,1% dos entrevistados brasileiros
afirmam que os clientes esperam melhores preços, diferentemente dos ingleses que buscam
conveniência com a compra de soluções que unam hardware, software e serviços, em
detrimento dos custos", explica a executiva. A organização busca informações sobre os
sistemas buscando referências boas ou ruins entre seus concorrentes e até empresas de
segmentos diferentes, desde que tenham processos semelhantes.
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Posição Mundial 15 12 13 12 12
necessidade de informação nas EPPs em 2008. Outra parte destas empresas preferiram
terceirizar as funções de
TI em 2008. A pesquisa
do CGI mostra que
dentro do porte que é
foco deste estudo, existe
muito espaço para
crescimento e as
organizações preferem
terceirizar a contratar um
profissional de TI. Quadro 4 – Fonte CGI.br
Para se ter uma idéia mais exata da importância das MPEs neste mercado, segundo o
fabricante de software de ERP alemão SAP, estima que as MPEs respondam por 40% do
mercado de software no país. A RM sistemas, fabricante de software nacional, percebeu a
importância deste segmento e lançou em 2008, um ERP destinado ao mercado das MPEs,
chamado First, respeitando as peculiaridades deste tipo de empresa, agilizando a implantação
e reduzindo drasticamente a necessidade de investimentos. É uma solução mais leve e permite
a posterior migração para a versão integral do software, assim que a empresa se sentir madura.
Um estudo chamado Latin America Semiannual ERP Tracker da IDC, onde foram
pesquisadas soluções de CRM (Customer Relationship Management), ERM (Enterprise
Resource Management), SCM (Supply Chain Management) e O&M (Operation and
Manufacturing Applications), O mercado de ERP movimentou mais de 1,1 bilhão de reais no
primeiro semestre de 2009, em comparação com os 923,6 milhões de reais do mesmo período
em 2008. A estimativa para todo o ano de 2009 é de que as empresas brasileiras tenham
gastado mais de 2,5 bilhões de reais em sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning), o
que equivale a um crescimento de 17% em relação ao ano anterior. Os mercados que mais se
destacaram no primeiro semestre de 2009 foram Manufatura (43,46%), Serviços (16,53%) e
Comércio (13,11%).
Segundo a IDC, o Brasil representa 50% das vendas de licenças de sistemas de ERP na
América Latina, enquanto o México corresponde a 23% e a Argentina a 7%.
JUSTIFICATIVA
Para Guerra (2004,p12), o maior problema encontrado nas aquisições de sistemas de software
refere-se às práticas de gerenciamento. A imaturidade das organizações em seus processos
internos influencia negativamente na tomada de decisões para a escolha de um software. Uma
organização com estas características, pode decidir ao invés da aquisição de uma solução
pronta, desenvolver um software que reproduza esta imaturidade, levando o projeto ao
fracasso. A autora não se refere ao porte das empresas de sua afirmativa, mas a chance de
encontrarmos processos imaturos em uma PME é seguramente maior do que em grandes
empresas, pois estas provavelmente já tiveram esta experiência.
Outra dificuldade é a existência de uma vasta bibliografia sobre ERP, falando sobre as fases
de implantação, benefícios e aplicabilidade, mas pouquíssima sobre a fase de definição de
compra, que por se tratar de uma etapa precedente, pode comprometer as subsequentes. Meira
(2009) aponta algumas práticas de sucesso que auxiliam na implantação de um Enterprise
Resource Planning nas PMEs, sendo duas diretamente relacionadas ao processo de decisão.
Segundo o autor, o Planejamento de todo processo e o Investimento, onde serão
dimensionados todos recursos necessários.
Para Pinto Neto (2007), experiências pessoais mostraram que, principalmente em pequenas e
médias empresas, é difícil reconhecer o impacto econômico e organizacional relacionado ao
uso do sistema ERP, tornando difícil o reconhecimento do retorno no investimento de
aquisição de um sistema ERP. Como no mercado das grandes empresas praticamente todas já
implantaram um ERP, os fabricantes de software direcionaram seus esforços para as
pequenas e médias empresas.
O mesmo autor afirma que a bibliografia disponível é pobre no que concerne à seleção de
sistemas ERP, limitando-se a listar uma série de itens que devem ser verificados ao se adquirir
um sistema ERP. Ao mesmo tempo, a maior parte das empresas usuárias não se preocupa em
registrar os erros e acertos ocorridos durante a aquisição.
Como não possuem conhecimento suficiente sobre este tema específico, as definições de
compra de várias MPEs baseiam-se nas informações apenas recebidas dos fornecedores se
software, aumentando potencialmente o risco de um fracasso futuro comprometendo as
próximas etapas do ciclo de vida de um ERP.
Vaini (2005), cita algumas características comuns nas MPEs nacionais, começando pela
presença permanente dos donos e a pouca preocupação com controles, baseados na antiga
crença de que o olho do dono engorda o porco, justificando assim uma série de outras
atitudes. Totalitários e centralizadores, de forma que toda evolução profissional de seus
colaboradores é limitada. A grande maioria destes, trabalha com o objetivo de atender às
necessidades do proprietário da empresa, mesmo que isso atrapalhe o desempenho da própria
empresa. Pouco ou nenhum planejamento, simplesmente porque são empreendedores e não
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Adicionamos a toda estas varáveis mais dois agravantes: o primeiro é a constante evolução da
oferta de software e hardware, influenciando aspectos importantes como a parametrização e
adequação do software as necessidades da empresa, a qualidade do software, o suporte do
fornecedor e o custo devem ser considerados. Vidal (1995). A segunda é a constante
modificação tributária-legal nacional, criando novas demandas, exigindo novas
parametrizações, adequações e treinamento, aumentando a dependência da empresa com o
fornecedor do software.
Vidal (2007) ainda afirma que o usuário da empresa de médio porte normalmente não possui
conhecimento ou experiência em informática, o que dificulta o processo de decisão, seleção,
implantação e utilização. Para Tonini (2002), a prática de aquisição de sistemas ERP é
caracterizada pela quantidade de alternativas disponíveis, bem como pelo sucesso de diversos
fornecedores de sistemas ERP.
A diversidade das organizações é tão grande entre as de mesmo porte e segmento, que
soluções genéricas têm grande chance de fracassar. Culturas, processos, estilo de gestão ou a
falta dele, influenciam o processo de decisão e não seria diferente na hora de comprar um
software de ERP.
Segundo Akkermans e van Helden (2002) uma seleção errada, feita de forma apressada,
poderá gerar baixa aderência entre o sistema adquirido e as estratégias e processos de negócio
ou haverá a necessidade de customizações que consumirão tempo e serão custos e com riscos.
Correia (2001, p.14) também alerta para o mesmo erro, chamando a atenção para não
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negligenciar a fase de seleção de ERP, fazendo uma seleção bem criteriosa, devido à
quantidade de soluções no mercado e alertando para os custos associados, em caso de
insucesso total ou parcial e a convivência com um sistema não aderente as necessidades da
empresa, podem ser muito grandes.
Segundo Medeiros Jr(2007,p.78) a Seleção de um ERP é sempre uma das mais complexas e
arriscadas decisões tomadas pelas empresas.
CONCLUSÃO
Uma das razões para este cenário é a cultura dominante dentro das MPEs e a forma de
condução por parte de seus gestores. A identificação de indicadores compatíveis com as
necessidades das Empresas de Pequeno Porte procurando aumentar o grau de acerto no
processo de decisão de compra e consequentemente sia implantação e uso, envolverá uma
ampla pesquisa de campo por parte de vários atores como as organizações compradoras, os
desenvolvedores e os pesquisadores.
As pesquisas sobre o tema fazem sentido na medida que as MPEs do Brasil ampliem as
chances de sucesso no processo na escolha da melhor solução do sistema de informação,
desenvolvendo também o mercado de software local.