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UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO
SEÇÕES MISTAS
PT
PI
PC
O eixo de uma rodovia pode ser imaginado como sendo constituído por uma poligonal aberta,
orientada, cujos alinhamentos são concordados, nos vértices, por curvas horizontais.
No projeto dos elementos planimétricos, a exemplo dos procedimentos topográficos, as distâncias são
sempre tomadas horizontalmente, sendo expressas em metros, com a precisão padronizada de 0,01 m.
O traçado em planta de
uma estrada é composto
de trechos retos
concordados com curvas
circulares, sendo que
essas são usadas para
desviar a estrada de
obstáculos que não
possam ser vencidos
economicamente.
Para a concordância de dois alinhamentos retos que se interceptam em um vértice, utiliza-se
geralmente, no projeto geométrico de rodovias, a curva circular. Esta preferência é devida às boas
propriedades que a curva circular oferece tanto para tráfego, pelos usuários da rodovia, como para
o próprio projeto da curva e para a sua posterior materialização no campo, por processos de
locação.
A notação convencionalmente utilizada para os elementos característicos das concordâncias com curvas circulares
simples, as denominações desses elementos e as respectivas unidades de medida, são as seguintes:
PI : Ponto de Interseção;
PC : Ponto de Curva;
PT : Ponto de Tangente;
I : Ângulo de deflexão;
AC : Ângulo Central;
T : Tangente Externa ou Exterior (m);
D : Desenvolvimento (ou comprimento) da curva circular (m);
R : Raio da curva circular (m);
O : Centro da curva circular.
Ao se projetar uma concordância horizontal, parte-se do conhecimento dos elementos da
poligonal, dentre os quais interessam de imediato os comprimentos dos alinhamentos e os
ângulos de deflexão nos vértices.
Observe-se que, na concordância com curva circular simples, o Ângulo Central (AC) é sempre
numericamente igual à deflexão (I), ou seja:
AC = I
Em princípio, quanto maior for o raio da curva circular, melhor será a concordância para o usuário,
pois a curva resultará mais suave, com melhores condições de visibilidade.
Mas há limitações de ordem prática, que apontam para um valor limite de 5.000,00 m para o raio,
pois a experiência mostra que curvas com raios superiores a esse teto tendem a se confundir
visualmente com tangentes e dificultam a manutenção dos veículos na trajetória curva, devido à
sensibilidade mecânica do procedimento de mudança de direção dos veículos.
UNIDADE 3 - PROJETO GEOMÉTRICO
Fixado o raio de curva, a concordância poderá ser calculada analiticamente, definindo-se primeiramente o valor da
tangente exterior (T) e, após, os valores dos demais parâmetros da concordância.
Da figura abaixo, onde se traçou a bissetriz do ângulo central, na concordância horizontal com curva circular simples,
pode-se deduzir de imediato as seguintes expressões, que permitem o cálculo da tangente exterior e do
desenvolvimento em curva:
AC = I
T =R.tg (AC/2)
D=AC.R
onde:
T : tangente exterior (m);
R : raio da curva circular (m);
AC : ângulo central (lembrando que é numericamente igual à deflexão I );
D : desenvolvimento em curva (m).
UNIDADE 3 - PROJETO GEOMÉTRICO
Já nos trechos em curva ocorre alguma perda de precisão, pois as medidas de distâncias são
sempre tomadas ao longo de segmentos retos, na marcação das posições das estacas com os
recursos normais da topografia, ao passo que as distâncias reais (assim como as de projeto) entre
as estacas correspondem a arcos de curvas.
Visando minimizar esses erros de mensuração e de referenciamento dos trechos curvos do eixo,
as Normas do DINT estabelecem a obrigatoriedade de se marcar, nos trechos em curva, além dos
pontos correspondentes às estacas inteiras, outros pontos – correspondentes a estacas
Outra forma de notação para referenciamento de pontos ao longo do eixo é a denominada
notação quilométrica, na qual a posição de um ponto é dada indicando-se a sua distância à
origem, pelo número inteiro de quilômetros, acrescido da fração, em metros.
Ambas as formas são equivalentes, resultando na mesma precisão. Imagine-se, por exemplo,
que no projeto de um eixo de rodovia, uma das cabeceiras de um viaduto estivesse localizada a
5.342,87 m da origem. Esta cabeceira, utilizando o método convencional de estaqueamento
para o seu posicionamento, estaria localizada na estaca 267 + 2,87 m. Utilizando a notação
quilométrica, a cabeceira estaria localizada no km 5 + 342,87 m.
Ao se definir a velocidade diretriz para o projeto geométrico de uma rodovia, procura-se
estabelecer, ao longo do traçado em projeto, condições tais que permitam aos usuários o
desenvolvimento e a manutenção de velocidades de percurso próximas à velocidade de
referência, em condições de conforto e segurança.
Ao percorrer um trecho de rodovia em curva horizontal com certa velocidade, um veículo
fica sujeito à ação de uma força centrífuga, que atua no sentido de dentro para fora da
curva, tendendo a mantê-lo em trajetória retilínea, tangente à curva.
Isto obriga o condutor do veículo a esterçar o volante no sentido da curva para manter o
veículo na trajetória desejada.
Imaginando-se uma pista de rolamento plana, essa manobra do condutor é capaz de
manter o veículo na pista, na trajetória curva, graças ao atrito que se desenvolve entre os
pneus e a superfície de rolamento.
A superelevação imposta a uma curva circular é a inclinação transversal que a mesma deve apresentar a
fim de que os veículos que passarem pela mesma, possam vencer a força centrífuga (Fc) desenvolvida nos
veículos, impedindo q derrapagem dos mesmos.
SUPERLARGURA
As larguras de faixas de trânsito são fixadas com folgas suficientes em relação à largura máxima dos
veículos, de modo a permitir não apenas a acomodação estática desses veículos, mas também suas
variações de posicionamento em relação às trajetórias longitudinais, quando trafegam nas faixas, nas
velocidades usuais
L = 2.l + f
Onde:
l - representa a largura do veículo padrão considerado;
F - a folga
Geralmente o alargamento da pista em certas curvas é necessário devido aos seguintes
motivos:
• Quando o veículo percorre uma curva circular e o ângulo de ataque de suas rodas
diretrizes é constante, a trajetória de cada ponto do veículo é circular. O anel circular
formado pela trajetória de seus pontos externos é mais largo que o gabarito transversal
do
veículo em linha reta.
• Quando o motorista tem uma maior dificuldade em manter o veículo sobre o eixo de sua
faixa de tráfego.
Nos trechos em curva, no entanto, essa condição é alterada, devido a dois fatores
principais:
• quando descrevem trajetórias curvas, os veículos ocupam fisicamente espaços laterais
maiores que as suas próprias larguras;
• devido a efeitos de deformação visual, causados pela percepção da pista em
perspectiva, e devido às dificuldades naturais de operação de um veículo pesado em
trajetória curva, os trechos em curva horizontal provocam aparência de estreitamentos
da pista à frente dos usuários, provocando sensação de confinamento.
Seção em tangente
Seção em curva
Curva vertical é a denominação prática da curva adotada no plano vertical longitudinal do projeto
geométrico cuja nomenclatura técnica especifica como CURVA DE CONCORDÂNCIA VERTICAL ou CURVA
VERTICAL DE CONCORDÂNCIA.
Do mesmo modo que ocorre em planta, o projeto de uma estrada com base na diretriz
verticais quando a diferença algébrica entre as rampas contíguas for inferior a 0,5%.
• Rampas ou Aclives: no sentido crescente do estaqueamento a altura dos pontos
inclinação negativa.
diversas curvas poderiam ser empregadas, com resultados bastante semelhantes sob o
- Parábola do 2º grau
- Curva circular