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Felipe Caio
Este trabalho foi julgado adequado para a obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil
do CETEC e aprovado em sua forma final pelo Orientador e pela Banca Examinadora.
RESUMO
ABSTRACT
In the past, the structures were built only subject to distributed loads and relatively small
spans, adopting conventional structures with solid slabs. With a view to reducing costs and
execution time, it is essential to a greater understanding of new techniques that provide
mitigate losses in construction. The present work aims to analyse comparatively the costs
between the structural systems of massive slabs and ribbed slabs in reinforced concrete truss.
Due to the large number of structural systems of slabs available in the labour market which
aims is to provide structural designers an appropriate analysis technically and financially
covered slabs systems. The work initially brings basic concepts on the topic and a literature
review addressing the criteria for projects, the characteristics and peculiarities of the systems
adopted. Then, the analysis is based on average spans between abutments, of 2.0 m to 8.0 m
using Eberick software, seeking to analyse and compare the two systems of slabs. Adopted
through the gaps, analyzed as for the model of square slabs, two set: edges and two free edges
up to 4.50 m between the pillars ribbed slab lattice had a higher total cost, from 4.50 ma
massive slab had the highest overall cost.
LISTA DE ABREVIATURAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Comparativo do volume de concreto para os dois sistemas de lajes para cada
vão.............................................................................................................................................64
Gráfico 5 – Comparativo dos custos totais dos dois tipos de lajes para cada vão ............ 68
Gráfico 6 – Comparativo do custo total em relação ao tipo de laje para cada vão .......... 69
LISTA DE TABELAS
Tabela 13 – Espessura da laje com o tipo de treliça utilizada e o valor médio ................. 59
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 13
4 CONCEPÇÕES E RESULTADOS.................................................................................... 51
4.3 Custos................................................................................................................................. 59
1 INTRODUÇÃO
De acordo com Costa (1997), o projeto estrutural destaca-se entre os mais elaborados
para a construção civil, representando cerca de 15% a 20% no custo total da construção. O
mesmo autor complementa que uma redução de aproximadamente 10% no custo da estrutura
pode representar no custo total, uma diminuição de 2%, em termos práticos, o que significa
execução de movimentos de terra, soleiras, rodapés, pintura, peitoris e cobertura juntos.
Segundo Dias (2004) surgiram novos sistemas estruturais, como lajes nervuradas, pré-
moldadas e protendidas, em 1854, onde William Boutland Wilkinson patenteou um sistema
em concreto armado de pequenas vigas regularmente espaçadas.
14
proporcionar vantagens econômicas e financeiras consideráveis, sendo não somente pelo lado
da economia de materiais, mas também pela rapidez do método construtivo (ARAÚJO, 2008).
1.1 Objetivos
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O sistema estrutural é composto por elementos estruturais que são peças com uma ou
duas dimensões preponderantes diante as demais (vigas, pilares, lajes etc.) A análise do
comportamento e a interpretação são, geralmente, complexas e difíceis e por essa razão é
importante considerar que, para montar modelos físicos e matemáticos na análise de
construções de concreto armado, é preciso utilizar a técnica de discretização. (CARVALHO;
FIGUEIREDO, 2013).
Laje
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Viga
Pilar
Sapata
As lajes maciças são descritas através dos seguintes itens: definição e características
do sistema, prescrições da NBR 6118/2007 (ABNT, 2007), vantagens, desvantagens e seu
processo construtivo.
18
Lajes maciças são placas com espessura uniforme, sendo apoiadas ao longo do seu
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contorno. Esses apoios podem ser constituídos por alvenarias ou por vigas, sendo muito
utilizada onde os vãos são relativamente pequenos em predominância nos edifícios
residenciais (ARAÚJO, 2003b).
A laje maciça não é adequada para vencer grandes vãos, e se torna viável
economicamente um valor médio entre 3,5m e 5m. As lajes nos edifícios de vários pisos
respondem por elevada parcela de consumo de concreto, porém os múltiplos pórticos
garantem uma boa rigidez ao sistema estrutural (FRANCA; FUSCO, 1997).
19
Segundo NBR 6118/2007 (ABNT, 2007) as lajes maciças devem respeitar os seguintes
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2.2.1.3 Vantagens
Como vantagens de pavimentos formados por vigas e lajes maciças podem-se citar os
seguintes itens:
- “Existência de muitas vigas formando pórticos, que acabam garantindo uma rigidez à
estrutura de contraventamento” (ALBUQUERQUE, 1999, p. 21);
- “Por ser um dos sistemas mais utilizados nas construções de concreto, a mão-de-obra
treinada facilita a execução da obra” (SPOHR, 2008, p. 21);
2.2.1.4 Desvantagens
Como desvantagens dos pavimentos formados por vigas e lajes maciças podem-se
citar os seguintes itens:
- “Grande consumo de concreto e aço para vãos grandes” (FARIA 2010, p. 25);
20
- Desforma.
- Posicionamento das laterais das vigas, das guias, dos travessões e pés-direitos de
apoio dos painéis de laje;
- Distribuição e fixação dos painéis de laje e colocação das escoras das faixas de laje;
- Verificar todas as ferragens das vigas e das lajes antes de ir para a próxima etapa,
conforme Figura 4;
22
- Lançar o concreto diretamente sobre a laje e espalhar com auxílio de pás e enxadas;
- Lançar o concreto nas vigas diretamente com a bomba ou espalhar o concreto com
auxílio de pás e enxadas;
- Acabamento com desempenadeira e início da cura das lajes logo que for possível
andar sobre o concreto.
23
d) Desforma
A NBR 14.931/2004 (ABNT, 2004b, p.23) recomenda que escoramentos e fôrmas não
devam ser removidos até que o concreto tenha resistência suficiente para:
As lajes nervuradas treliçadas são descritas através dos seguintes itens: definição e
características do sistema, vigotas treliçadas, elementos de enchimento, prescrições
normativas, vantagens, desvantagens e o seu processo construtivo.
24
Segundo o item 14.7.7da NBR 6118/2003 (ABNT, 2003, p. 86), as “lajes nervuradas
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são as lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração para
momentos positivos está localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material
inerte”.
As lajes formadas por vigotas pré-moldadas treliçadas são compostas por elementos de
enchimento, elementos pré-fabricados lineares e concreto moldado no local. O elemento pré-
moldado denominado de vigota pré-moldada pode ser encontrado em concreto armado,
concreto protendido e em forma de treliça. Os elementos de enchimento podem ser de blocos
de concreto, blocos cerâmicos ou blocos de poliestireno expandido (CUNHA, 2012).
Araújo (2003b) ainda relata que as lajes nervuradas treliçadas exigem uma altura cerca
de 50% superior à que seria necessária em lajes maciças, porém o peso próprio da laje
nervurada treliçada é inferior ao da laje maciça, resultando em uma solução mais econômica
para vãos acima de 8,00 m.
Avilla Jr. (2009) recomenda, devido a sua experiência com lajes treliçadas, a
utilização de nervuras transversais a cada 2,00 m para evitar o aparecimento de fissuras
paralelas às vigotas em lajes que apresentam geometrias com variações. A Figura 6 mostra a
patologia pela variação da geometria que se apresenta em forma de “L”.
No trabalho proposto optou-se por adotar o sistema de vigotas com armação treliçada.
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Segundo Cunha (2012), as vigotas, conforme Figura 7, são formadas pela armação treliçada e
pela base de concreto, sendo possível inserir armação adicional referente ao dimensionamento
das lajes.
A armadura que compõe a treliça tem função de resistir aos esforços de tração pelo
banzo inferior, aos esforços de compressão pelo banzo superior, quando a linha neutra estiver
entre os banzos, e servir de base para o apoio do elemento de enchimento. Por sua vez, as
diagonais proporcionam rigidez ao conjunto e facilitam as condições de transporte e manuseio
(SILVA, 2012b).
as diagonais ᴓD servem para força cortante e para promover uma perfeita ligação entre o
concreto dos elementos pré-moldado e o concreto de capeamento (SPOHR, 2008).
Segundo Silva (2012), como recomendação construtiva tem-se que para lajes com
vigotas treliçadas a utilização de armadura longitudinal complementar, cuja função é
complementar a armadura passiva inferior de tração necessária, quando esta não é atendida
somente com a armadura da vigota treliçada.
De acordo com a NBR 14859-1 (ABNT, 2002c), a armadura de distribuição deve ter
seção de no mínimo 0,9cm²/m para CA-25 e de 0,6cm²/m para aços CA-50 e CA-60 e tela
soldada contendo pelo menos três barras por metro, conforme tabela 2.
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Segundo o catálogo de uma das inúmeras fabricadas nacionais que produzem produtos
em EPS (Polysul), os elementos de enchimento de poliestireno expandido (tavelas de EPS)
são de material plástico, derivados do petróleo, que após um processo de polimerização e
expansão apresentam 98% de ar e 2% de matéria sólida. Seu peso específico é da ordem de 15
Kg/m³. Sua utilização em lajes nervuradas com vigotas pré-fabricadas proporciona uma
superfície inferior plana, simplificando o processo de acabamento e dispensando
regularização da superfície.
O EPS também é um excelente isolante térmico, o que torna sua aplicação em lajes
ainda mais interessante em coberturas de edifícios. Os blocos de EPS para lajes são
fornecidos de duas formas distintas: recortados e moldados. Os blocos recortados são
produzidos a partir do corte de blocos matrizes de grandes dimensões: 1000 mm x 1200 mm x
31
4000 mm. Os blocos moldados são produzidos a partir da injeção de EPS em moldes
metálicos e suas dimensões são as padronizadas pela indústria (SILVA, 2012)
Droppa Jr. (1999) analisou lajes nervuradas formadas por vigotas treliçadas pré-
moldadas com duas alturas e considerando dois tipos de lajes: unidirecional e bidirecional.
Foram comparados os deslocamentos obtidos pelo modelo de viga para com o modelo de
grelha, segundo análise não-linear. Os resultados mostraram que os deslocamentos obtidos
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com o modelo de grelha foram muito próximos ao modelo de viga. Isso demonstra que este
último métodos é adequado o suficiente para aplicações práticas. Constataram-se, para a laje
bidirecional, que os deslocamentos foram menores quando foi aplicada a análise com o
modelo de grelha e altura de laje maior. Por fim, comprovou que utilizar lajes bidirecionais
para vãos maiores é uma boa alternativa quando se tem lajes mais altas e com relação entre os
vão próximos a 1.
O projeto estrutural das lajes pré-fabricadas formadas por vigotas treliçadas deve
seguir o que está preconizado na NBR 6118:2003 (ABNT, 2003). A NBR 14859-1:2002
(ABNT, 2002c) apenas cita quais as premissas de projeto que devem estar contidas no
memorial de cálculo e alerta para as verificações dos estados limites de serviço.
entanto, o intereixo mínimo padronizado para cada tipo de vigota é determinado, conforme
Tabela 6. Entretanto, há uma exceção. Se utilizado vigotas treliçadas e a altura total da laje for
menor ou igual a 13 cm, permite-se adotar um intereixo mínimo de 40 cm.
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VC¹ 33
VP² 40
VT³ 42
As alturas das lajes estão padronizadas e devem ser compostas da seguinte forma:
sigla (LC, LP ou LT) do tipo de vigota utilizado; altura total (h) da laje; altura do enchimento
(he); símbolo de “+” e altura da capa (hc). Os valores das alturas devem ser expressos em
centímetros. A Tabela 7 mostra alguns exemplos.
2.2.2.7 Vantagens
Como vantagens das lajes nervuradas treliçadas pode-se citar os seguintes itens:
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- “O fato de ter poucas vigas faz com que o projeto estrutural não interfira muito no
projeto arquitetônico” (ALBUQUERQUE, 1999, p.32);
- “Pode-se definir um pavimento com poucas lajes, devido à sua capacidade de vencer
grandes vãos” (ALBUQUERQUE, 1999, p. 32).
2.2.2.8 Desvantagens
Como desvantagens das lajes nervuradas treliçadas pode-se citar os seguintes itens:
- Escoramento;
36
- Armaduras de distribuição;
- Concretagem.
a) Escoramento
- Coloque as escoras horizontais no sentido inverso do apoio das vigotas, sem forçá-las
para cima;
- A retirada do escoramento deve ser feita num prazo de no mínimo 18 dias após a
execução da concretagem;
- Fazer a colocação das vigotas, lado a lado, com as ferragens voltadas para cima,
apoiadas nas extremidades sobre cinta de amarração ou sobre a parede de alvenaria, conforme
Figura 16.
- Fazer os furos nos pontos previstos para a passagem das instalações elétricas.
Para colocação dos blocos de enchimento, Pini (2011) faz as seguintes ressalvas:
- Realizar a colocação dos blocos de enchimento a partir das extremidades. Eles ficam
encaixados no espaço entre as vigotas, que serve de gabarito de montagem. Deixe sempre
uma pequena folga entre a vigota e os blocos, conforme Figura 17.
- Após o encaixe, os blocos são cortados nos pontos de passagem de fios e cabos sobre
a laje.
38
Segundo Pini (2011), deve-se seguir a seguinte instrução para a fixação das armaduras
positivas e negativas:
e) Armaduras de distribuição
Após a colocação dos blocos de enchimento, Pini (2011) orienta a colocação das
armaduras de distribuição por cima dos mesmos, de acordo com as diretrizes do projeto.
Ainda deve-se posicionar e conferir as cotas das taliscas que delimitarão a face superior da
laje.
f) Concretagem
concreto, molhando bem todas os EPS e vigotas para evitar que elas absorvam a água
existente no concreto, conforme Figura 20.
Figura 20 – Concretagem
2.3 Software
O dimensionamento das lajes será realizado pela Analogia de Grelha. Segundo Silva
(2012) a modelagem de lajes com grelhas vem sendo muito utilizada na análise estrutural de
pavimentos, tanto por pesquisadores quanto por projetistas, e em programas comerciais de
cálculo estrutural. A maior utilização dos recursos computacionais e os resultados
satisfatórios fornecidos tornam os modelos de grelha atrativos para serem aplicados no projeto
de pavimentos.
A substituição de uma laje por uma série de vigas ortogonais que se cruzam, é
provavelmente o mais antigo dos procedimentos. Os momentos fletores assim
calculados podem diferir consideravelmente da distribuição verdadeira da teoria
elástica devido à omissão dos momentos de torção atuantes em cada elemento da
laje, que é comparável a omissão do termo cruzado da equação diferencial de
equilíbrio das lajes:
42
Como a solução de lajes por Analogia de Grelha é uma solução por análise limite, os
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resultados possíveis para uma laje são inúmeros, em função da variação dos parâmetros de
rigidez das barras da grelha. Para analisar uma laje por Analogia de Grelha, deve-se
discretizá-la em uma série de faixas com determinada largura. Considerando que as faixas
podem ser substituídas por elementos estruturais de barras exatamente nos seus eixos, obtém-
se então uma grelha. As grelhas podem ser consideradas como um conjunto de vigas
individuais, interconectadas nos seus nós ou pontos nodais.
Para determinar a relação entre força e deslocamento, nos métodos clássicos de análise
estrutural, utiliza-se o método das forças ou o método dos deslocamentos. No edifício modelo
considerou-se o método dos deslocamentos.
Onde:
O tutorial do programa descreve o processo de análise das lajes por grelhas, calculado
considerando a deformação dos apoios, no caso as vigas. Podemos analisar na Figura 22 que
as vigas são discretizadas em barras e as lajes em uma grelha com faixas ortogonais. A malha
da grelha é gerada pelo programa, cabendo ao usuário definir o espaçamento entre as barras
nas duas direções (quando a laje for maciça) e a direção da malha.
43
Para a análise das flechas o software apresenta duas linhas amarelas e na intersecção o
ponto, onde a laje possui a maior flecha, conforme Figura 23. Para determinação dos valores
dos deslocamentos elásticos, imediatos e diferidos o software apresenta uma tabela ao lado do
desenho, podendo estimar em porcentagem o erro.
3 METODOLOGIA APLICADA
Tela Soldada: 0,6 X 0,6 cm²/m retirada do catálogo Belgo (ACELOR MIITTAL,
2009, texto digital).
Neste trabalho optou-se por lajes quadradas (a/b=1) com dois bordos engastados e dois
bordos livres, considerando que as solicitações e deformações são maiores nas lajes de borda.
- Concreto:
ICc= Vol/Apav.(m³/m²)
Onde:
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Onde:
Onde:
- Quantidade de fôrmas:
Onde:
- Quantidade de EPS:
Onde:
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OBS: O valor das fôrmas da madeira será dividido por três, pois podem ser
reutilizadas em três pavimentos.
Mão-de-obra:
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Componentes Unid. Consumo (TCPO) Custo Unitário-Região (R$) Custo Total ($)
Pedreiro h 0,69 20,00 13,80
Servente h 0,69 9,00 6,21
Através da análise dos dados obtidos e das informações coletadas, compomos uma
análise final de cada sistema estudado, podendo-se tirar conclusões e apontar qual das
alternativas obteve melhor desempenho em cada quesito, podendo ainda indicar qual será a
melhor solução a ser adotada em cada tipologia.
50
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4 CONCEPÇÕES E RESULTADOS
4.1 Dimensionamento
Para os vãos teóricos a partir de 6,50 m foram analisadas duas alternativas para as lajes
treliçadas, unidirecional e bidirecional, procurando obter resultados favoráveis ao
dimensionamento e aos custos.
As = 3.94 As = 3.94
As = 9.31 cm²/m
cm²/m cm²/m
Maciça Bid. 13 1723,75 1723,75 (ø8.0 c/12 – (ø8.0 c/12 - 4.19 1354 1354 -3457 (ø12.5 c/13 - 9.44
cm²/m)
4.19 cm²/m) cm²/m)
As = 1.28
cm²/N
(TR 20745 - As = 6.78 cm²/m
Treliçada Uni.
7,50 m
26 3196 467 0.39 cm²/N) 1894 1894 -5442 (ø10.0 c/11 - 7.14
(2ø8.0 c/N - As = 1.20 cm²/N cm²/m)
1.01 cm²/N) (1ø12.5 c/N -
1.23 cm²/N)
As = 0.89
cm²/N
(TR 16745 - As = 3.21 cm²/m
Treliçada Bid. 25 2196 2683 0.39 cm²/N) As = 1.72 cm²/N
1122 1138 -2369 (ø8.0 c/15 - 3.35
(3ø5.0 c/N - cm²/m)
(1ø16.0 c/N -
0.59 cm²/N) 2.01 cm²/N)
As = 4.23
As = 4.23 cm²/m As = 9.59 cm²/m
cm²/m
Maciça Bid. 14 2026,87 2026,87 (ø10.0 c/18 -
(ø10.0 c/18 - 1503 1503 -4013 (ø10.0 c/8 - 9.82
4.36 cm²/m) cm²/m)
4.36 cm²/m)
As = 1.86
cm²/N
(TR 25855 - As = 2.57 cm²/m
Treliçada Uni. 8,00 m 30 5367 857 0.39 cm²/N) As = 1.88 cm²/N
1884 1666 -2848 (ø6.3 c/12 - 2.60
(2ø10.0 c/N - cm²/m)
(1ø16.0c/N -
1.57 cm²/N) 2.01 cm²/N)
As = 1.30
cm²/N
(TR 20745 - As = 3.68 cm²/m
Treliçada Bid. 26 2784 2318 0.39 cm²/N) As = 1.45 cm²/N
1520 1527 -3152 (ø8.0 c/13 - 3.87
(2ø8.0 c/N - cm²/m)
(3ø8.0 c/N -
1.01 cm²/N) 1.51 cm²/N)
Para uma análise de quantitativos de aço e concreto também foi adicionado na tabela
as deformações limites e as deformações máximas calculadas, para comprovar a análise das
espessuras adotadas.
- Taxa armadura (Kg/m²) = Aço das lajes executadas na obra (Kg) / Área do
Pavimento (m²)
- EPS (m³/m²) = Quantidade peças (un) x Dimensões das peças (m³) / Área do
pavimento (m²)
57
4.3 Custos
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Para levantamento dos custos finais foram utilizados os valores médios de cada
material apresentado na metodologia e as seguintes composições abaixo:
- Concreto R$(m³/m²): Quantidade de concreto (m³/m² - tabela 12) x valor médio (RS
306,00/m³);
- Aço R$(kg/m²): Quantidade de Aço (Kg/m² - tabela 12) x valor médio (R$3,56/Kg);
- Fôrmas de madeira R$(m²): Quantidade de Fôrmas (m² - tabela 12) x valor médio
(R$/m²);
- Mão de obra R$(m²): Custo adotado da TCPO por m² para cada tipo de laje.
A tabela abaixo apresenta a espessura da laje com o tipo de treliça utilizada e o seu
valor médio:
12 – 13 TR08644 R$ 7,90
20 – 21 TR16745 R$ 9,84
30 TR25856 R$ 14,40
Para a composição do valor final serão utilizadas os seguintes somatórios para cada
tipo de laje em todos os vão estabelecidos:
Tabela 14 – Custos finais para todos os vãos estabelecidos nos dois tipos de lajes.
Características da laje Custos
Gráfico 1 – Comparativo do volume de concreto para os dois sistemas de lajes para todos os vãos.
0.120 m³/m²
0.100 m³/m²
0.080 m³/m²
0.060 m³/m²
0.040 m³/m²
0.020 m³/m²
0.000 m³/m²
2m 2,5 m 3m 3,5 m 4m 4,5 m 5m 5,5 m 6m 6,5 m 7m 7,5 m 8m
Vão (m)
Gráfico 2 – Comparativo da taxa de armadura executada na obra para os dois sistemas de lajes para todos os vãos.
14.000 Kg/m²
12.000 Kg/m²
10.000 Kg/m²
8.000 Kg/m²
6.000 Kg/m²
4.000 Kg/m²
2.000 Kg/m²
0.000 Kg/m²
2m 2,5 m 3m 3,5 m 4m 4,5 m 5m 5,5 m 6m 6,5 m 7m 7,5 m 8m
Vão (m)
Gráfico 3 – Comparativo do custo do aço da laje maciça x vigotas treliçadas para todos os vãos.
R$ 50.00 /m²
R$ 40.00 /m²
R$ 30.00 /m²
R$ 20.00 /m²
R$ 10.00 /m²
R$ 0.00 /m²
2m 2,5 m 3m 3,5 m 4m 4,5 m 5m 5,5 m 6m 6,5 m 7m 7,5 m 8m
Vão (m)
R$ 20.00 /m²
R$ 15.00 /m²
R$ 10.00 /m²
R$ 5.00 /m²
R$ 0.00 /m²
2m 2,5 m 3m 3,5 m 4m 4,5 m 5m 5,5 m 6m 6,5 m 7m 7,5 m 8m
Vão (m)
Gráfico 5 – Comparativo dos custos totais dos dois tipos de lajes para cada vão
R$ 120.00 /m²
R$ 100.00 /m²
R$ 80.00 /m²
R$ 60.00 /m²
R$ 40.00 /m²
R$ 20.00 /m²
R$ 0.00 /m²
2m 2,5 m 3m 3,5 m 4m 4,5 m 5m 5,5 m 6m 6,5 m 7m 7,5 m 8m
Vão (m)
Gráfico 6 – Comparativo do custo total em relação ao tipo de laje para cada vão
R$ 130.00 /m²
122,14
R$ 60.00 /m²
2m 2,5 m 3m 3,5 m 4m 4,5 m 5m 5,5 m 6m 6,5 m 7m 7,5 m 8m
Vão (m)
105.00% 104.73%
100.00% 100.01%
95.00% 94.89%
94.79% 89.93% 92.59% 91.90%
90.05%
90.00%
89.73%
87.98% 85.81%
85.00% 87.76% 88.03%
80.00%
2m 2.5 m 3m 3.5 m 4m 4.5 m 5m 5.5 m 6m 6.5 m 7m 7.5 m 8m
Tamanho do vão
Como podemos analisar nos gráficos a laje maciça apresentou maiores quantidades de
aço executados na obra e concreto em todos os vãos adotados, porém o custo das vigotas e do
EPS é superior do que as quantidades de madeira e aço da laje maciça, ocasionando um custo
maior para vãos relativamente pequenos, de até 4,50 m.
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Também é possível analisar que a laje maciça até o vão de 4,00 m não apresenta uma
grande quantidade de aço, mínima por norma, mas a partir dos 4,00 m de vão, aumenta
consideravelmente as bitolas utilizadas.
Podemos analisar nos gráficos que as lajes bidirecionais quantidades de concreto e aço
superiores em relação às lajes unidirecionais, porém nas lajes unidirecionais os valores das
vigotas treliçadas e do EPS são superiores os das lajes bidirecionais.
No gráfico 7 podemos analisar as diferenças das duas lajes em percentuais, sendo que
os maiores percentuais estão nos vãos de 2,00 m e nos vãos a partir dos 6,00 m. Nos vãos de
4,00 m até os 5,00 m as diferenças de percentuais são menores.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para obter-se uma avaliação completa dos custos de uma obra é preciso considerar as
peculiaridades de cada sistema, bem como suas implicações no processo construtivo global.
Cada sistema tem características próprias, com indicações de uso, constatando-se que não são
apenas os custos de materiais que determinam a escolha de um modelo em detrimento de
outro.
Através dos vãos adotados para lajes quadradas, analisou-se que até 4,50 m de vão
entre pilares a laje nervurada treliçada apresentou maior custo total e a partir dos 4,50 m a laje
maciça apresentou o maior custo global. É importante salientar que o sistema de lajes maciças
apresentou o maior consumo de concreto, aço e mão-de-obra dentre todos os vãos adotados,
sendo que, o custo das vigotas treliçadas e do EPS representam a maior parte dos custos das
lajes nervuradas treliçadas.
Conforme pesquisa em trabalhos no assunto, notamos que no caso de Spohr (2008) foi
a alternativa de lajes convencionais que apresentou maior custo total, pois continha variáveis,
como fôrmas muito recortadas, grande quantidade de vigas e o maior consumo de concreto e
aço, contribuindo para que o valor global fosse superior em relação aos demais. No caso
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específico de Araújo (2008) a alternativa optada foi a da laje nervurada com cubetas de
polipropileno em que o prazo de entrega da obra fez com que seu custo fosse superior.
Por último sugere-se como temas de estudos para futuros trabalhos alguns assuntos
relacionados com a mesma abordagem do trabalho, tais como:
- Ampliação deste trabalho com a inclusão de outros sistemas estruturais tais sejam
com a utilização de vigotas pré-moldadas sem a utilização de treliças; - lajes nervuradas com
a utilização de cubetas de polipropileno; - estruturas de protensão, entre outras;
- Introduzir novas relações entre as dimensões das lajes (a e b), com diferentes tipos de
vinculações (apoio-engaste);
- Verificar “in loco” os resultados obtidos em obras que tenham sido executadas, com
pesquisa de valores com seus proprietários.
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