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QUAL A DIFERENÇA ENTRE MANDADO DE INJUNÇÃO cabe à Corte julgar as ações diretas de inconstitucionalidade
E AÇÃO DECLARATÓRIA DE em sede de controle abstrato.
INCONSTITUICONALIDADE POR OMISSÃO? O objeto do mandado de injunção é a proteção de
um direito subjetivo. Isso quer dizer que tal ação é utilizada
O mandado de injunção e a ação declaratória de em processos que buscam soluções para casos concretos.
inconstitucionalidade por omissão são mecanismos de Para ilustrar essa hipótese, podemos citar, por exemplo, o
controle criados pela Constituição com a finalidade de exercício do direito de greve. Tal direito é expresso na CF/88
assegurar a regulamentação das normas constitucionais de por meio de uma norma de eficácia limitada, isto é, uma
eficácia limitada. norma dependente de regulamentação infraconstitucional.
Diferem-se, no entanto, quanto à forma de Como tal norma ainda não existe, utiliza-se do mandado de
ajuizamento. O mandado de injunção foi concebido como injunção para solicitar ao judiciário o direito de exercitar a
instrumento de controle concreto ou incidental de greve cuja falta de norma regulamentadora está tornando
constitucionalidade da omissão, voltado à tutela de direitos inviável. Por isso que se diz que tal ação é proposta
subjetivos, frustrados pela inércia ilegítima do Poder Público. incidentalmente no curso de um processo enquanto a causa
Já a ação direta de inconstitucionalidade por omissão foi de pedir. O objetivo é obter o exercício do direito e não à
concebida como instrumento de controle abstrato ou principal norma regulamentadora em si, esta é apenas um meio de
de constitucionalidade da omissão, empenhado na defesa atingir o principal objetivo da ação que é tornar viável o
objetiva da Constituição. Isso significa que o mandado de exercício de um direito inviabilizado pela falta de norma
injunção é uma ação constitucional de garantia individual, regulamentadora.
enquanto a ação direta de inconstitucionalidade por omissão A ação direta de inconstitucionalidade por omissão,
é uma ação constitucional de garantia da Constituição. por sua vez, tem por objeto a defesa da própria Constituição.
O mandado de injunção está previsto no art. 5º, LXXI Nesta hipótese, o objetivo não é obter a solução para um caso
da CF e a ADI por omissão no art. 103, § 2º da CF. concreto, mas sim obter o cumprimento de um dever imposto
Quanto a legitimação, qualquer pessoa, bem como pela Constituição ao legislador infraconstitucional de tornar
grupos, partidos políticos, sindicados e associações podem viável o exercício dos direitos nela previstos mediante a
ajuizar mandado de injunção, com a finalidade de obter uma edição de normas regulamentadoras. Por isso dizer que tal
norma regulamentadora cuja falta impede o exercício de um ação é direta e não incidental, porque seu pedido principal é
direito. a obtenção da norma regulamentadora, independentemente
Ao passo que a ADI por omissão, são legitimados de qualquer caso concreto.
apenas as pessoas previstas no art. 103 da CF com a Assim, os efeitos da decisão em cada uma das
finalidade de obter a regulamentação de uma norma de ações incidirão com abrangência diferente. No mandando de
eficácia limitada e cumprir, assim, um dever imposto pela injunção, os efeitos da decisão só atingirão as partes do
Constituição. processo (inter partes), enquanto que na ação declaratória de
Com relação a competência, será do STF, STJ e TJs inconstitucionalidade por omissão os efeitos da decisão
no caso do mandado de injunção, a depender de qual é o atingirão a todos (erga omnes).
órgão que está se omitindo. Já a ADI por omissão tem a Outra diferenciação feita entre as duas ações diz
competência para processar e julgar concentrada no STF. respeito ao tipo de processo e ao tipo de decisão. O mandado
¶ de injunção se dá num processo subjetivo porque o controle
05/02/2018- segunda-feira da omissão se dá no caso concreto e a decisão é do tipo
O mandado de injunção (art.5, LXXI, CF/88) e a ação concretista porque busca viabilizar a concretização de um
declaratória de inconstitucionalidade por omissão (art. 103 direito. Por seu turno, a ação declaratória de
§2º, CF/88) são dois instrumentos constitucionais criados inconstitucionalidade por omissão de dá num processo
para lidar com o problema da inércia legislativa. A inércia objetivo porque o controle da omissão se dá em tese e a
legislativa ocorre quando a CF ordena que determinadas decisão é do tipo declaratória porque visa tão somente obter
normas constitucionais sejam regulamentadas pelo Poder a edição de uma norma regulamentadora e para tanto declara
Público para serem plenamente eficazes e este, contudo, não a inconstitucionalidade por omissão, isto é, declara que
o faz. realmente existe uma violação da CF por omissão do Poder
As duas ações, portanto, possuem a mesma Público.
finalidade: obter a edição de normas para dar eficácia plena
àquelas normas constitucionais de eficácia limitada. Tais
instrumentos diferem-se, contudo, quanto ao âmbito de
aplicação: enquanto o mandado de injunção é utilizado para
a defesa de direitos subjetivos, a ação declaratória é utilizada
para a defesa da própria Constituição.
Qualquer pessoa pode ajuizar mandado de injunção
para tornar viável o exercício de um direito que dependa de
norma regulamentadora ainda não editada pelo Poder
Público. Por isso mesmo a competência para processar e
julgar tal ação se espalhará entre os tribunais e será do STF,
do STJ ou do TJ, a depender de quem seja o autor da
demanda.
Já a ação direta de inconstitucionalidade por
omissão só pode ser proposta pelas pessoas arroladas no art.
06/02/2018 – terça-feira § 13. No caso do § 12, os efeitos da decisão do Supremo Tribunal
Federal poderão ser modulados no tempo, em atenção à segurança
Direito Processual Constitucional jurídica.
§ 14. A decisão do Supremo Tribunal Federal referida no § 12 deve
Controle Concentrado de Constitucionalidade ser anterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda.
(TJ/SP/Juiz/2014/185º Concurso) Considere o disposto no § 15. Se a decisão referida no § 12 for proferida após o trânsito em
art. 525, §12 do CPC/2015 e responda: julgado da decisão exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo
será contado do trânsito em julgado da decisão proferida pelo
1. Para que seja possível sua aplicação, é
Supremo Tribunal Federal.
necessário que a decisão do STF, a que alude
o §12, tenha sido proferida em controle
concentrado ou o referido dispositivo logra obter Direito Processual Constitucional
aplicação também no caso de a decisão do STF Controle Concentrado de Constitucionalidade
ter sido proferida em sede de controle difuso de (TJ/SP/Juiz/2007/179º Concurso) O que significa o instituto
constitucionalidade? No caso de se responder jurídico do “amicus curiae” nas ações de controle de
que o dispositivo é aplicável em caso de constitucionalidade? Natureza. Finalidade.
controle difuso, pergunta-se:
A expressão latina “amicus curiae” significa amigo da
2. É preciso que tenha sido editada Resolução do
Senado nos termos do art.52, inciso X, da Corte. É um instituo que funciona como um auxiliar do órgão
CF/88? julgador, com o objetivo de prestar informações necessárias
3. É cabível a aplicação do dispositivo, se a ao aprimoramento das decisões judiciais.
decisão do STF, a que alude o §12 do art. 525
do CPC/2015, for posterior ao trânsito em Para o STF, a natureza jurídica deste instituto é a de
julgado da decisão exequenda? colaborador informal da Corte e não se encaixa em nenhuma
das hipóteses de intervenção de terceiros. Constitui-se,
assim, em uma verdadeira intervenção atípica. porque o
De acordo com o disposto no art. 525, §12 do
CPC/2015, é inexigível a obrigação reconhecida em título “amigo da corte” não pretende que a ação seja julgada a
executivo judicial fundado em lei ou ato normativo favor de ou contra uma das partes, mas sim colaborar para
considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, uma decisão justa do Poder Judiciário, por meio de uma
ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato participação meramente informativa.
normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal como
incompatível com a Constituição Federal, em controle de Nesse sentido, a finalidade da intervenção
constitucionalidade concentrado ou difuso. do amicus curiae nas ações de controle de
constitucionalidade é de pluralizar o debate constitucional. A
Quando a decisão do STF se der em sede de participação de vários setores da sociedade nas discussões
controle difuso de constitucionalidade, não é necessária a judiciais vai de encontro com o princípio democrático previsto
edição de Resolução do Senado nos termos do art.52, inciso na Constituição, impedindo, assim, que a Corte Constitucional
X, da CF/88 para que a decisão produza efeitos erga omnes. se torne uma instância autoritária de poder, que impõe suas
decisões sem considerar os anseios da sociedade.
Não caberá a aplicação do dispositivo, se a decisão
do STF, a que alude o §12 do art.525 do CPC/2015, for
Trata-se, o amicus curiae, de verdadeiro instrumento de
posterior ao trânsito em julgado da decisão exequenda.
Nesse caso, dispõe o§ 15 do art.525 que “se a decisão aperfeiçoamento das decisões judiciais, símbolo da
referida no § 12 for proferida após o trânsito em julgado da democratização do exercício da função jurisdicional.
decisão exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo será
contado do trânsito em julgado da decisão proferida pelo Direito Processual Constitucional
Supremo Tribunal Federal. Controle Concentrado de Constitucionalidade
(TJ/SP/Juiz/1998/170º Concurso) De que forma se exerce
CAPÍTULO II e a quais órgãos do Poder Judiciário compete o controle de
DO CUMPRIMENTO PROVISÓRIO DA SENTENÇA QUE constitucionalidade das leis?
RECONHECE A EXIGIBILIDADE DE OBRIGAÇÃO DE PAGAR
QUANTIA CERTA O sistema de controle de constitucionalidade
Art. 525. Transcorrido o prazo previsto no art. 523 sem o pagamento judiciário adotado pelo Brasil é o sistema misto caracterizado
voluntário, inicia-se o prazo de 15 (quinze) dias para que o executado, pelo controle difuso e pelo controle concentrado. Difuso é o
independentemente de penhora ou nova intimação, apresente, nos
realizado por todos os órgãos do Poder Judiciário, enquanto
próprios autos, sua impugnação.
§ 1o Na impugnação, o executado poderá alegar:
que o concentrado é o controle que se concentra no STF e no
I - falta ou nulidade da citação se, na fase de conhecimento, o TJ.
processo correu à revelia; O controle difuso ocorre de forma incidental no
II - ilegitimidade de parte; julgamento de um processo que busca solucionar um caso
III - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; concreto. Nesse contexto, busca-se a declaração da
§ 12. Para efeito do disposto no inciso III do § 1o deste artigo, inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo como
considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em antecedente lógico necessário para o julgamento do pedido
título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo
principal. Pede-se, por exemplo, ao juiz ou Tribunal, a
considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou
inexigibilidade do pagamento de um tributo que tem como
fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido
pelo Supremo Tribunal Federal como incompatível com fundamento uma lei inconstitucional. Para que a ação seja
a Constituição Federal, em controle de constitucionalidade julgada, é preciso verificar, inicialmente, se a lei é ou não
concentrado ou difuso. inconstitucional. Assim, o pedido não é a declaração da
inconstitucionalidade da lei, mas sim, a inexigibilidade da
cobrança do tributo, constituindo a declaração da (efeitos erga omnes) a partir da publicação da decisão do
inconstitucionalidade da lei apenas um antecedente lógico Senado, isto é, com efeitos ex nunc, não retroagindo.
necessário ao julgamento da ação.
O controle concentrado, por sua vez, ocorre de no Direito Processual Constitucional
curso de um processo objetivo cujo objetivo não é resolver um Controle concentrado de constitucionalidade
caso concreto específico, mas sim obter um pronunciamento ADI/ADC
do Poder Judiciário acerca da constitucionalidade ou (Cespe/TRF/5R/Juiz/2015) Disserte sobre o tema controle de
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo. No Brasil, constitucionalidade, abordando, necessariamente, os
esse tipo de controle se concentra no STF quando as ações aspectos a seguir:
tiverem por objeto lei estadual ou federal confrontada em face 1. No que se refere ao controle preventivo de
da CF e no TJ, quando as ações tiverem pode objeto lei constitucionalidade de lei federal pelo Judiciário,
estadual ou municipal confrontada em face da CE. considere os seguintes pontos: controle concreto ou
abstrato; legitimados ativos ou passivos; a (s)
Direito Processual Constitucional hipótese (s) de cabimento; meio (s) viável (is) para a
Controle difuso de constitucionalidade realização de tal controle; e efeitos da decisão.
(TJ/SP/Juiz/2002/174º Concurso) O Senado Federal poderá 2. Com relação ao controle abstrato de
negar-se a suspender a vigência de lei ou ato normativo constitucionalidade de lei municipal, considere os
declarado incidentalmente inconstitucional pelo Supremo seguintes pontos: possibilidade de controle; normas-
Tribunal Federal (art.52, X, CF)? parâmetro; corte (s) competente (s) para a
realização de tal controle em cada hipótese;
Sim. O Senado Federal poderá negar-se a legitimados à propositura da ação abstrata em cada
suspender a vigência de lei ou ato normativo declarado hipótese; efeitos da decisão em cada hipótese.
incidentalmente inconstitucional pelo STF (art.52, X, CF/88). 3. Ainda no que tange ao controle abstrato de
constitucionalidade de lei municipal, considere o
Em respeito ao principio da separação dos poderes cabimento ou não de recurso extraordinário em face
(art. 2º, CF/88), a decisão do Poder Legislativo em suspender de acórdão do tribunal local que declarar a
ou não a execução da lei declarada inconstitucional pelo STF inconstitucionalidade de lei municipal.
é discricionária, podendo, portanto, negar-se ao pedido.
Da Organização do Estado
(Cespe/TRF/5R/Juiz/2013) O governador do estado W editou Teoria Constitucional
medida provisória, disciplinando o horário de funcionamento Hermenêutica Constitucional
de estabelecimentos comerciais e bancários, tendo a (TRF/2R/Juiz/2013) Diferencie as técnicas decisórias da
assembleia legislativa aprovado o referido texto, que foi interpretação conforme a Constituição e da
transformado em lei. O governador do Distrito Federal, inconstitucionalidade parcial sem redução de texto,
segundo o exemplo do governador do estado W, editou fornecendo ao menos um exemplo de aplicação de cada uma
medida provisória com o mesmo teor. A Federação Nacional delas.
dos Municípios alegou, com base no art.30 da Constituição
Federal, que as medidas provisórias eram inconstitucionais, Teoria Constitucional
pois feriam a autonomia municipal para legislar sobre a Hermenêutica Constitucional
matéria. Um órgão do governo federal argumentou, com base (TRF/2R/Juiz/2007) O Supremo Tribunal Federal, vem
no disposto do art.22 da Constituição Federal, que a aplicando, em que medida, a interpretação científico-
competência para legislar sobre a matéria era privativa da espiritual, em seus julgados?
União. Considerando a situação hipotética apresentada,
posicione-se quanto à procedência dos argumentos da
12/02/2018
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
Dos direitos e deveres individuais e coletivos
(TRF/2R/Juiz/2007) A Carta Magna de 1988 tutela, sob que parâmetros, em favor da pessoa, os efeitos retrospectivos das normas
jurídicas.
Roteiro:
Artigo que consagra o princípio da não retroatividade
Tipos de retroatividade
A Carta Magna de 1988 adotou o princípio da não retroatividade das leis. É um princípio que objetiva assegurar a certeza,
a segurança jurídica e a estabilidade o ordenamento jurídico-positivo, preservando as situações consolidadas e seus efeitos.
Nesse sentido, o art. 5º, inciso XXXVI estabelece que a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a
coisa julgada.
Percebe-se, assim, que o direito brasileiro adotou a irretroatividade como regra, mas admite-se a retroatividade em
determinados casos, quais sejam: a) quando não ofender o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada; b) quando o
legislador expressamente mandar aplica-las a casos pretéritos.
Segundo a doutrina, existem três tipos de retroatividade.
A primeira, denomina-se retroatividade máxima. Ocorre quando a lei nova atinge fatos consolidados sob a égide da lei
antiga.
A segunda, denomina-se retroatividade média. Opera-se quando a nova lei alcança os fatos pendentes, os direitos já
existentes, mas ainda não integrados no patrimônio do titular.
E a terceira, por sua vez, denomina-se retroatividade mínima. Configura-se quando a lei nova afeta apenas os efeitos dos
atos anteriores, mas produzidos após a data em que ela entrou em vigor.
De acordo com a jurisprudência do STF, os dois tipos de retroatividade máxima e média são inconstitucionais, ao passo
que a mínima é admitida.
Está previsto como um direito fundamental expresso no art.5º, inciso XXXVI da CF/88. Sua finalidade é proteger as relações
jurídicas e seus efeitos diante das alterações legislativas que ocorrem ao longo do tempo.
Segundo Manoel Gonçalves Ferreira Filho, o direito adquirido é, no fundo, uma limitação ao princípio do efeito imediato da
lei. Busca-se, assim, evitar que a lei nova incida sobre os efeitos decorrentes de uma relação jurídica estabelecida sob a égide da
lei anterior.
Além de ser uma limitação ao efeito imediato da lei, o instituto do direito adquirido também busca aplicar o princípio da
irretroatividade da lei. Diz a CF que a lei não poderá retroagir para prejudicar o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa
julgada. Disto decorre que nada impede que a lei acrescente vantagens a direitos adquiridos. É o que ocorre, por exemplo, com a
possibilidade da norma retroagir para beneficiar o réu em matéria penal conforme art. 5º, XL, da CF/88.
Tem-se, portanto, no direito brasileiro, a proteção ao direito adquirido frente ao efeito imediato da lei e frente à
irretroatividade.
A expectativa de direito, por sua vez, é um direito que ainda não se incorporou no patrimônio do seu titular. Não tem,
portanto, a proteção dada ao direito adquirido.
Segundo a jurisprudência do STF, o direito adquirido, enquanto direito fundamental, constitui-se cláusula pétrea. Enquanto
tal, configura-se em limitação material ao constituinte reformador. De acordo dom o art.60 §4 é vedada a proposta de emenda
tendente a abolir os direitos e garantias fundamentais. Dessa forma, para o STF, o direito adquirido deve ser preservando frente ao
advento de emenda constitucional.
Cabe ressaltar, todavia, que o texto constitucional proíbe “abolir” o direito e não alterar o seu regime. A emenda pode,
portanto, propor alterações, desde que não descaracterize o instituto.
Ainda segundo o STF, o direito adquirido também deve ser considerado frente ao advento das leis complementares e as
normas de ordem pública.