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INTRODUÇÃO
os trabalhos originais saiam com a nomenclatura anatômica LISTA DE TERMOS ANATÔMICOS DO OLHO E ANEXOS
universalmente adotada. CONTIDOS NA TERMINOLOGIA ANATÔMICA(3)
Algumas das estruturas anatômicas a seguir listadas mere-
( ): Utilizado para termos de estruturas anatômicas inconstantes
cem comentários, pois segundo a terminologia anatômica po-
Abreviaturas utilizadas:
dem nos parecer estranhas ou incorretas à primeira impressão. A.: Arteria; Lig.: Ligamentum; A.: Artéria; Lig.: Ligamento;
A seguir citaremos dois exemplos. M.: Musculus; V.: Vena M.: Músculo; V.: Veia
Epitélio posterior da córnea é o termo proposto pela atual ORGANA SENSUUM ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
terminologia para o que comumente denomina-se endotélio Oculus et structurae pertinentes Olho e Estruturas pertinentes
corneal. Por epitélio entende-se o tecido que reveste uma
BULBUS OCULI BULBO DO OLHO
superfície, no caso a superfície posterior da córnea; o epitélio Polus anterior Pólo anterior
posterior da córnea trata-se de um epitélio pavimentoso (célu- Polus posterior Pólo posterior
las com morfologia achatada) simples (células dispostas em Equator Equador
Meridiani Meridianos
uma única camada). De outra forma, endotélio pode ser enten- Axis bulbi externus Eixo externo do bulbo
dido como o tecido que reveste cavidades e assim o endotélio Axis bulbi internus Eixo interno do bulbo
Axis opticus Eixo óptico
corneal é o tecido que reveste a face corneal da cavidade do Segmentum anterius Segmento anterior
segmento anterior; por similaridade o endotélio vascular é o Segmentum posterius Segmento posterior
tecido que reveste a cavidade dos vasos sanguíneos ou até
Tunica fibrosa bulbi Túnica fibrosa do bulbo
mesmo o peritônio, denominação própria para o tecido epite- Sclera Esclera
lial que reveste internamente a cavidade abdominal. Sulcus sclerae Sulco da esclera
Por cristalino entende-se, comumente no meio médico bra- Reticulum trabeculare Retículo trabecular
Pars corneoscleralis Parte corneoescleral
sileiro, a lente intra-ocular com poder dióptrico variável em Pars uvealis Parte uveal
função da acomodação. A terminologia anatômica nomina Calcar sclerae Esporão da esclera
Sinus venosus sclerae Seio venoso da esclera
esta estrutura simplesmente de Lente, o que parece em primei- Lamina episcleralis Lâmina episcleral
ra análise um termo genérico, se fizermos analogia a lentes de Substantia propria sclerae Substância própria da esclera
uma forma simplista; ou mesmo, podemos alegar que a própria Lamina fusca sclerae Lâmina fosca da esclera
Lamina cribrosa sclerae Lâmina cribriforme da esclera
córnea é uma lente do bulbo ocular e que recebe denominação Cornea Córnea
específica de córnea, por que então não denominar a lente Anulus conjunctivae Anel da conjuntiva
contida no interior do bulbo ocular de cristalino? Talvez por- Limbus corneae Limbo da córnea
Vertex corneae Vértice da córnea
que o termo cristalino em seu significado mais puro e objetivo Facies anterior Face anterior
na língua portuguesa não descreva de forma fiel e objetiva Facies posterior Face posterior
Epithelium anterius Epitélio anterior
esta lente, objetividade almejada por ocasião da definição dos Lamina limitans anterior Lâmina limitante anterior
princípios que nortearam a elaboração da terminologia anatô- Substantia propria Substância própria
mica. Sabe-se também que na língua inglesa, tal como em Lamina limitans posterior Lâmina limitante posterior
Epithelium posterius Epitélio posterior
outras, descreve-se a referida estrutura anatômica como
“Lens”, fato comprovado num dos mais completos e melhores Tunica vasculosa bulbi Túnica vascular do bulbo
livros de anatomia ocular já editados, o “Wolff’s Anatomy of Choroidea Corióide
Lamina suprachoroidea Lâmina supracorióide
the Eye and Orbit” atualmente em sua oitava edição(1). Fato Spatium perichoroideum Espaço pericorióideo
este corroborado pela terminologia encontrada na obra edita- Lamina vasculosa Lâmina vascular
Lamina choroidocapillaris Lâmina corióideocapilar
da pelo Prof. Adalmir Morterá Dantas, na qual a referida estru- Lamina basalis Lâmina basilar
tura anatômica é denominada de Lente(2). Vasa sanguinea choroideae Vasos sangüíneos da corióide
Com estes dois exemplos cremos ter motivado muitos cole- Corpus ciliaris Corpo ciliar
Corona ciliaris Coroa ciliar
gas a debaterem o assunto, para tanto os autores colocam-se à Processus ciliares Processos ciliares
disposição pelo e-mail drfcabib@mps.com.br. O fruto deste Plicae ciliares Pregas ciliares
debate poderá gerar propostas de readequação da tradução da Orbiculus ciliaris Orbículo ciliar
M. ciliaris M. ciliar
terminologia de algumas estruturas anatômicas para a língua Fibrae meridionales Fibras meridionais
portuguesa, a serem encaminhadas à Sociedade Brasileira de Fibrae longitudinales Fibras longitudinais
Anatomia. No caso de readequação de termos no latim, e conse- Fibrae radiales Fibras radiais
Fibrae circulares Fibras circulares
qüentemente em língua portuguesa, as proposições devem ser Lamina basalis Lâmina basilar
encaminhadas à Federation Committee on Anatomical Termi- Iris Íris
nology, via Sociedade Brasileira de Anatomia para que pondere Margo pupillaris Margem pupilar
Margo ciliaris Margem ciliar
sobre a possibilidade de alteração e/ou inclusão de termos Facies anterior Face anterior
nominativos da anatomia do olho e dos seus anexos(3). Facies posterior Face posterior
Angulus oculi lateralis Ângulo lateral do olho Canaliculus lacrimalis Canalículo lacrimal
Angulus oculi medialis Ângulo medial do olho Ampulla canaliculi lacrimalis Ampola do canalículo lacrimal
Limbus anterior palpebrae Limbo anterior da pálpebra Saccus lacrimalis Saco lacrimal
Limbus posterior palpebrae Limbo posterior da pálpebra Fornix sacci lacrimalis Fórnice do saco lacrimal
Cilia Cílios Ductus nasolacrimalis Ducto lacrimonasal
Tarsus superior Tarso superior Plica lacrimalis Prega lacrimal
Tarsus inferior Tarso inferior
Lig. palpebrale laterale Lig. palpebral lateral
Lig. palpebrale mediale Lig. palpebral medial
Glandulae tarsales Glândulas tarsais ABSTRACT
Glandulae ciliares Glândulas ciliares
Glandulae sebaceae Glândulas sebáceas The purpose of this article is inform ophthalmologists of the
M. tarsalis superior M. tarsal superior
M. tarsalis inferior M. tarsal inferior International Anatomical Terminology in the Portuguese lan-
guage edited by the Federation Committee on Anatomical
Tunica conjunctiva Túnica conjuntiva Terminology (FCAT). In Brazil the International Anatomical
Plica semilunaris Prega semilunar
Caruncula lacrimalis Carúncula lacrimal Terminology was translated by the Anatomical Terminology
Tunica conjunctiva bulbi Túnica conjuntiva do bulbo Commission of the Brazilian Society of Anatomy.
Tunica conjunctiva palpebrarum Túnica conjuntiva da pálpebra
Fornix conjunctivae superior Fórnice superior da conjuntiva
Fornix conjunctivae inferior Fórnice inferior da conjuntiva Keywords: Eye/anatomy & histology; Ophthalmology; Termi-
Saccus conjunctivalis Saco da conjuntiva nology
Glandulae conjunctivales Glândulas conjuntivais