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Capítulo 1 - TENSÕES
1.1 – Conceito de Tensão.
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Mecânica dos Sólidos II Prof. Denis Rinaldi Petrucci
F
τ= , onde F é a força paralela a seção
A
considerada; A é a área da seção; τ é a tensão de
cisalhamento simples.
É a tensão provocada
por elementos de conexão nas
chapas de ligações ou de apoio. α
F t×d
F
σ esm = ,
t×d t
onde F é a força aplicada no σesm σesm
furo; t é a espessura da chapa;
d é o diâmetro do conector.
Tensão admissível é aquela que utilizamos para projetar ou analisar uma estrutura. Essa
tensão é calculada como sendo a tensão considerada crítica dividida por um número adimensional
maior que a unidade chamado de Fator de Segurança.
σ critica ou calculada
σ adm =
Fator de Segurança
δ
ε= onde: ε = deformação específica (adimensional); δ = alongamento ou encurtamento;
L
L = comprimento total da barra.
F(N)
δ (mm)
1.3.5 – Diagrama Tensão × Deformação Específica (σ
σ × ε).
Dividindo-se no diagrama anterior, as ordenadas (F) pela área inicial e as abcissas pelo
comprimento inicial obtemos um diagrama (σ × ε) que fornece as propriedades mecânicas do
material ensaiado.
ε(%)
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Região elástica: Quando o corpo de prova retorna à sua forma original quando a carga
aplicada é removida.
Região de escoamento: Um leve aumento na tensão, acima da região elástica, resultará numa
acomodação do material causando uma deformação permanente.
Região de recuperação: Se ao término da região de escoamento, uma carga adicional for
aplicada ao corpo de prova, a tensão continuará a aumentar com a deformação específica
continuamente até atingir um valor de tensão máxima, σm. Durante a execução do ensaio nesta
região, enquanto o corpo de prova é alongado, sua área da seção transversal diminui ao longo de seu
comprimento nominal, até o ponto que a deformação corresponda à tensão máxima.
Região de estricção: Ao atingir a tensão máxima, a área da seção transversal começa a
diminuir em uma região localizada do corpo de prova, e não mais ao longo do seu comprimento
nominal. Este fenômeno é causado pelo deslizamento de planos no interior do material e as
deformações reais produzidas pela tensão cisalhante. Uma vez que a área da seção transversal
diminui constantemente, esta área só pode sustentar uma carga menor. Assim, o diagrama tensão-
deformação tende a curvar-se para baixo até a ruptura do corpo de prova com uma tensão de ruptura,
σR.
1.3.6 – Propriedades Mecânicas.
Para os vários materiais existentes basicamente podemos obter dois tipos de diagramas:
a) Materiais Dúcteis: são materiais que possuem a propriedade de suportarem a tensão
aplicada sobre eles, passando por todas as regiões citadas acima. A ruptura se dá segundo
uma superfície em forma de cone, que forma um ângulo
aproximado de 45° com a superfície inicial do corpo de
prova, mostrando que a ruptura nos materiais dúcteis
ocorre sob tensão de cisalhamento.
σR R
ε
0,2% convencional
1.3.7 – Lei de Hooke – Módulo de Elasticidade (E).
σ = ε . E (Lei de Hooke),
σ = tgα
α.ε
tgα
α=E
onde: E = tgα α é o módulo de elasticidade longitudinal
do material, unidade é força por unidade de área (F/L2).
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F δ FL F
= .E Logo, δ=
A L EA
Para barras que não possuem área constante, mesmo material e mesma força em vários trechos
uniformes, devemos calcular a deformação por:
n F L
i i
δ= ∑
i =1
A i Ei
nas situações em que a força e/ou a área for variável de forma elementar, a deformação é obtida por:
F dx
δ=∫
L EA
Nos problemas estudados até o momento, foi possível calcular as forças externas e internas
através das equações da estática. Em muitos problemas, no entanto, existem sistemas que não podem
ser determinados apenas com as equações da estática. Esses sistemas serão resolvidos com base em
equações obtidas por relações entre as deformações.
Placa rígida
L
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Existem estruturas que trabalham sob variações de temperatura. Iremos determinar para essas
estruturas o nível das tensões devido à temperatura.
∆T
Ti Tf
Li Lf
δ = α ∆ T Li ε = α ∆T
F
F
σY = 0
Z
σX = F/A σX = P/A
σZ = 0 σY = 0
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υσ X
εY = εZ = −
E
Deformação angular
τ γ
τ ⇒
γ
τ
tgβ = =G ⇒ τ = γG Lei de Hooke
γ
onde: G é o módulo de elasticidade transversal do material.
Então, módulo G mede a capacidade de um material sofrer uma deformação angular.