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1-LEI COMPLEMENTAR Nº 95, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1998

Mensagem de veto
Dispõe sobre a elaboração, a redação, a alteração e a
Vigência consolidação das leis, conforme determina o parágrafo
único do art. 59 da Constituição Federal, e estabelece
(Vide Decreto nº 2.954, de 1999) normas para a consolidação dos atos normativos que
(Vide Decreto nº 4.176, de 2002) menciona.
(Vide Decreto nº 9.191, de 2017)

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei Complementar:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o A elaboração, a redação, a alteração e a consolidação das leis obedecerão ao disposto nesta Lei
Complementar.

Parágrafo único. As disposições desta Lei Complementar aplicam-se, ainda, às medidas provisórias e demais
atos normativos referidos no art. 59 da Constituição Federal, bem como, no que couber, aos decretos e aos demais
atos de regulamentação expedidos por órgãos do Poder Executivo.

Art. 2o (VETADO)

§ 1o (VETADO)

§ 2o Na numeração das leis serão observados, ainda, os seguintes critérios:

I - as emendas à Constituição Federal terão sua numeração iniciada a partir da promulgação da Constituição;

II - as leis complementares, as leis ordinárias e as leis delegadas terão numeração seqüencial em


continuidade às séries iniciadas em 1946.

CAPÍTULO II

DAS TÉCNICAS DE ELABORAÇÃO, REDAÇÃO E ALTERAÇÃO DAS LEIS

Seção I

Da Estruturação das Leis

Art. 3º A lei será estruturada em três partes básicas:

I - parte preliminar, compreendendo a epígrafe, a ementa, o preâmbulo, o enunciado do objeto e a indicação


do âmbito de aplicação das disposições normativas;

II - parte normativa, compreendendo o texto das normas de conteúdo substantivo relacionadas com a
matéria regulada;

III - parte final, compreendendo as disposições pertinentes às medidas necessárias à implementação das
normas de conteúdo substantivo, às disposições transitórias, se for o caso, a cláusula de vigência e a cláusula de
revogação, quando couber.

Art. 4º A epígrafe, grafada em caracteres maiúsculos, propiciará identificação numérica singular à lei e será
formada pelo título designativo da espécie normativa, pelo número respectivo e pelo ano de promulgação.
Art. 5º A ementa será grafada por meio de caracteres que a realcem e explicitará, de modo conciso e sob a
forma de título, o objeto da lei.

Art. 6º O preâmbulo indicará o órgão ou instituição competente para a prática do ato e sua base legal.

Art. 7º O primeiro artigo do texto indicará o objeto da lei e o respectivo âmbito de aplicação, observados os
seguintes princípios:

I - excetuadas as codificações, cada lei tratará de um único objeto;

II - a lei não conterá matéria estranha a seu objeto ou a este não vinculada por afinidade, pertinência ou
conexão;

III - o âmbito de aplicação da lei será estabelecido de forma tão específica quanto o possibilite o
conhecimento técnico ou científico da área respectiva;

IV - o mesmo assunto não poderá ser disciplinado por mais de uma lei, exceto quando a subseqüente se
destine a complementar lei considerada básica, vinculando-se a esta por remissão expressa.

Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que
dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor na data de sua publicação" para as leis de
pequena repercussão.

§ 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período de vacância far-se-á com
a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, entrando em vigor no dia subseqüente à sua consumação
integral. (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 2º As leis que estabeleçam período de vacância deverão utilizar a cláusula ‘esta lei entra em vigor após
decorridos (o número de) dias de sua publicação oficial’ . (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de
26.4.2001)

Art. 9º Quando necessária a cláusula de revogação, esta deverá indicar expressamente as leis ou disposições
legais revogadas.

Art. 9º A cláusula de revogação deverá enumerar, expressamente, as leis ou disposições legais


revogadas. (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Seção II

Da Articulação e da Redação das Leis

Art. 10. Os textos legais serão articulados com observância dos seguintes princípios:

I - a unidade básica de articulação será o artigo, indicado pela abreviatura "Art.", seguida de numeração
ordinal até o nono e cardinal a partir deste;

II - os artigos desdobrar-se-ão em parágrafos ou em incisos; os parágrafos em incisos, os incisos em alíneas e


as alíneas em itens;

III - os parágrafos serão representados pelo sinal gráfico "§", seguido de numeração ordinal até o nono e
cardinal a partir deste, utilizando-se, quando existente apenas um, a expressão "parágrafo único" por extenso;

IV - os incisos serão representados por algarismos romanos, as alíneas por letras minúsculas e os itens por
algarismos arábicos;
V - o agrupamento de artigos poderá constituir Subseções; o de Subseções, a Seção; o de Seções, o Capítulo;
o de Capítulos, o Título; o de Títulos, o Livro e o de Livros, a Parte;

VI - os Capítulos, Títulos, Livros e Partes serão grafados em letras maiúsculas e identificados por algarismos
romanos, podendo estas últimas desdobrar-se em Parte Geral e Parte Especial ou ser subdivididas em partes
expressas em numeral ordinal, por extenso;

VII - as Subseções e Seções serão identificadas em algarismos romanos, grafadas em letras minúsculas e
postas em negrito ou caracteres que as coloquem em realce;

VIII - a composição prevista no inciso V poderá também compreender agrupamentos em Disposições


Preliminares, Gerais, Finais ou Transitórias, conforme necessário.

Art. 11. As disposições normativas serão redigidas com clareza, precisão e ordem lógica, observadas, para
esse propósito, as seguintes normas:

I - para a obtenção de clareza:

a) usar as palavras e as expressões em seu sentido comum, salvo quando a norma versar sobre assunto
técnico, hipótese em que se empregará a nomenclatura própria da área em que se esteja legislando;

b) usar frases curtas e concisas;

c) construir as orações na ordem direta, evitando preciosismo, neologismo e adjetivações dispensáveis;

d) buscar a uniformidade do tempo verbal em todo o texto das normas legais, dando preferência ao tempo
presente ou ao futuro simples do presente;

e) usar os recursos de pontuação de forma judiciosa, evitando os abusos de caráter estilístico;

II - para a obtenção de precisão:

a) articular a linguagem, técnica ou comum, de modo a ensejar perfeita compreensão do objetivo da lei e a
permitir que seu texto evidencie com clareza o conteúdo e o alcance que o legislador pretende dar à norma;

b) expressar a idéia, quando repetida no texto, por meio das mesmas palavras, evitando o emprego de
sinonímia com propósito meramente estilístico;

c) evitar o emprego de expressão ou palavra que confira duplo sentido ao texto;

d) escolher termos que tenham o mesmo sentido e significado na maior parte do território nacional,
evitando o uso de expressões locais ou regionais;

e) usar apenas siglas consagradas pelo uso, observado o princípio de que a primeira referência no texto seja
acompanhada de explicitação de seu significado;

f) grafar por extenso quaisquer referências feitas, no texto, a números e percentuais;

f) grafar por extenso quaisquer referências a números e percentuais, exceto data, número de lei e nos casos
em que houver prejuízo para a compreensão do texto; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de
26.4.2001)

g) indicar, expressamente o dispositivo objeto de remissão, em vez de usar as expressões ‘anterior’,


‘seguinte’ ou equivalentes; (Incluída pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

III - para a obtenção de ordem lógica:


a) reunir sob as categorias de agregação - subseção, seção, capítulo, título e livro - apenas as disposições
relacionadas com o objeto da lei;

b) restringir o conteúdo de cada artigo da lei a um único assunto ou princípio;

c) expressar por meio dos parágrafos os aspectos complementares à norma enunciada no caput do artigo e
as exceções à regra por este estabelecida;

d) promover as discriminações e enumerações por meio dos incisos, alíneas e itens.

Seção III

Da Alteração das Leis

Art. 12. A alteração da lei será feita:

I - mediante reprodução integral em novo texto, quando se tratar de alteração considerável;

II - na hipótese de revogação;

II – mediante revogação parcial; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

III - nos demais casos, por meio de substituição, no próprio texto, do dispositivo alterado, ou acréscimo de
dispositivo novo, observadas as seguintes regras:

a) não poderá ser modificada a numeração dos dispositivos alterados;

a) revogado; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

b) no acréscimo de dispositivos novos entre preceitos legais em vigor, é vedada, mesmo quando
recomendável, qualquer renumeração, devendo ser utilizado o mesmo número do dispositivo imediatamente
anterior, seguido de letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas forem suficientes para identificar os
acréscimos;

b) é vedada, mesmo quando recomendável, qualquer renumeração de artigos e de unidades superiores ao


artigo, referidas no inciso V do art. 10, devendo ser utilizado o mesmo número do artigo ou unidade imediatamente
anterior, seguido de letras maiúsculas, em ordem alfabética, tantas quantas forem suficientes para identificar os
acréscimos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo revogado, devendo a lei alterada manter essa
indicação, seguida da expressão "revogado";

c) é vedado o aproveitamento do número de dispositivo revogado, vetado, declarado inconstitucional pelo


Supremo Tribunal Federal ou de execução suspensa pelo Senado Federal em face de decisão do Supremo Tribunal
Federal, devendo a lei alterada manter essa indicação, seguida da expressão ‘revogado’, ‘vetado’, ‘declarado
inconstitucional, em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal’, ou ‘execução suspensa pelo Senado
Federal, na forma do art. 52, X, da Constituição Federal’; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107,
de 26.4.2001)

d) o dispositivo que sofrer modificação de redação deverá ser identificado, ao seu final, com as letras NR
maiúsculas, entre parênteses.

d) é admissível a reordenação interna das unidades em que se desdobra o artigo, identificando-se o artigo
assim modificado por alteração de redação, supressão ou acréscimo com as letras ‘NR’ maiúsculas, entre
parênteses, uma única vez ao seu final, obedecidas, quando for o caso, as prescrições da alínea
"c". (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
Parágrafo único. O termo ‘dispositivo’ mencionado nesta Lei refere-se a artigos, parágrafos, incisos, alíneas
ou itens. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

CAPÍTULO III

DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS E OUTROS ATOS NORMATIVOS

Seção I

Da Consolidação das Leis

Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e em coletâneas integradas por volumes contendo
matérias conexas ou afins, constituindo em seu todo, juntamente com a Constituição Federal, a Consolidação das
Leis Federais Brasileiras.

Art. 13. As leis federais serão reunidas em codificações e consolidações, integradas por volumes contendo
matérias conexas ou afins, constituindo em seu todo a Consolidação da Legislação Federal. (Redação
dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 1º A consolidação consistirá na integração de todas as leis pertinentes a determinada matéria num único
diploma legal, revogando-se formalmente as leis incorporadas à consolidação, sem modificação do alcance nem
interrupção da força normativa dos dispositivos consolidados. (Inciso incluído pela Lei Complementar
nº 107, de 26.4.2001)

§ 2º Preservando-se o conteúdo normativo original dos dispositivos consolidados, poderão ser feitas as
seguintes alterações nos projetos de lei de consolidação: (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de
26.4.2001)

I – introdução de novas divisões do texto legal base; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107,
de 26.4.2001)

II – diferente colocação e numeração dos artigos consolidados; (Inciso incluído pela Lei
Complementar nº 107, de 26.4.2001)

III – fusão de disposições repetitivas ou de valor normativo idêntico; (Inciso incluído pela Lei
Complementar nº 107, de 26.4.2001)

IV – atualização da denominação de órgãos e entidades da administração pública; (Inciso incluído


pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

V – atualização de termos antiquados e modos de escrita ultrapassados; (Inciso incluído pela Lei
Complementar nº 107, de 26.4.2001)

VI – atualização do valor de penas pecuniárias, com base em indexação padrão; (Inciso incluído
pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

VII – eliminação de ambigüidades decorrentes do mau uso do vernáculo; (Inciso incluído pela Lei
Complementar nº 107, de 26.4.2001)

VIII – homogeneização terminológica do texto; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de
26.4.2001)

IX – supressão de dispositivos declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal, observada, no que
couber, a suspensão pelo Senado Federal de execução de dispositivos, na forma do art. 52, X, da Constituição
Federal; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

X – indicação de dispositivos não recepcionados pela Constituição Federal; (Inciso incluído pela
Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)
XI – declaração expressa de revogação de dispositivos implicitamente revogados por leis
posteriores. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 3º As providências a que se referem os incisos IX, X e XI do § 2o deverão ser expressa e fundadamente


justificadas, com indicação precisa das fontes de informação que lhes serviram de base. (Inciso incluído
pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Art. 14. Ressalvada a legislação codificada e já consolidada, todas as leis e decretos-leis de conteúdo
normativo e de alcance geral em vigor serão reunidos em coletâneas organizadas na forma do artigo anterior,
observados os prazos e procedimentos a seguir:

Art. 14. Para a consolidação de que trata o art. 13 serão observados os seguintes
procedimentos: (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

I - os órgãos diretamente subordinados à Presidência da República e os Ministérios, no prazo de cento e


oitenta dias, contado da vigência desta Lei Complementar, procederão ao exame, triagem e seleção das leis
complementares, delegadas, ordinárias e decretos-leis relacionados com as respectivas áreas de competência,
agrupando e consolidando os textos que tratem da mesma matéria ou de assuntos vinculados por afinidade,
pertinência ou conexão, com indicação precisa dos diplomas legais ou preceitos expressa ou implicitamente
revogados;

I – O Poder Executivo ou o Poder Legislativo procederá ao levantamento da legislação federal em vigor e


formulará projeto de lei de consolidação de normas que tratem da mesma matéria ou de assuntos a ela vinculados,
com a indicação precisa dos diplomas legais expressa ou implicitamente revogados; (Redação dada pela
Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

II - no prazo de noventa dias, contado da vigência desta Lei Complementar, as entidades da administração
indireta adotarão, quanto aos diplomas legais relacionados com a sua competência, as mesmas providências
determinadas no inciso anterior, remetendo os respectivos textos ao Ministério a que estão vinculadas, que os
revisará e remeterá, juntamente com os seus, à Presidência da República, para encaminhamento ao Congresso
Nacional nos sessenta dias subseqüentes ao encerramento do prazo estabelecido no inciso I;

II – a apreciação dos projetos de lei de consolidação pelo Poder Legislativo será feita na forma do Regimento
Interno de cada uma de suas Casas, em procedimento simplificado, visando a dar celeridade aos
trabalhos; (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

III - a Mesa do Congresso Nacional adotará todas as medidas necessárias para, no prazo máximo de cento e
oitenta dias a contar do recebimento dos textos de que tratam os incisos I e II, ser efetuada a primeira publicação da
Consolidação das Leis Federais Brasileiras.

III – revogado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 1º Não serão objeto de consolidação as medidas provisórias ainda não convertidas em lei. (Inciso
incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 2º A Mesa Diretora do Congresso Nacional, de qualquer de suas Casas e qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional poderá formular projeto de lei de
consolidação. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

§ 3º Observado o disposto no inciso II do caput, será também admitido projeto de lei de consolidação
destinado exclusivamente à: (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

I – declaração de revogação de leis e dispositivos implicitamente revogados ou cuja eficácia ou validade


encontre-se completamente prejudicada; (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

II – inclusão de dispositivos ou diplomas esparsos em leis preexistentes, revogando-se as disposições assim


consolidadas nos mesmos termos do § 1º do art. 13. (Inciso incluído pela Lei Complementar nº 107, de
26.4.2001)
§ 4º (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Art. 15. Na primeira sessão legislativa de cada legislatura, a Mesa do Congresso Nacional promoverá a
atualização da Consolidação das Leis Federais Brasileiras, incorporando às coletâneas que a integram as emendas
constitucionais, leis, decretos legislativos e resoluções promulgadas durante a legislatura imediatamente anterior,
ordenados e indexados sistematicamente.

Seção II

Da Consolidação de Outros Atos Normativos

Art. 16. Os órgãos diretamente subordinados à Presidência da República e os Ministérios, assim como as
entidades da administração indireta, adotarão, em prazo estabelecido em decreto, as providências necessárias
para, observado, no que couber, o procedimento a que se refere o art. 14, ser efetuada a triagem, o exame e a
consolidação dos decretos de conteúdo normativo e geral e demais atos normativos inferiores em vigor, vinculados
às respectivas áreas de competência, remetendo os textos consolidados à Presidência da República, que os
examinará e reunirá em coletâneas, para posterior publicação.

Art. 17. O Poder Executivo, até cento e oitenta dias do início do primeiro ano do mandato presidencial,
promoverá a atualização das coletâneas a que se refere o artigo anterior, incorporando aos textos que as integram
os decretos e atos de conteúdo normativo e geral editados no último quadriênio.

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 18. Eventual inexatidão formal de norma elaborada mediante processo legislativo regular não constitui
escusa válida para o seu descumprimento.

Art. 18 - A (VETADO) (Incluído pela Lei Complementar nº 107, de 26.4.2001)

Art. 19. Esta Lei Complementar entra em vigor no prazo de noventa dias, a partir da data de sua publicação.

Brasília, 26 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Iris Rezende

Este texto não substitui o publicado no DOU de 27.2.1998


2- CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

Vide Emenda
Constitucional nº 91, Emendas Constitucionais Emendas Constitucionais de Revisão
de 2016

Ato das Disposições Constitucionais Transitórias

Atos decorrentes do disposto no § 3º do art. 5º

ÍNDICE TEMÁTICO

Texto compilado

PREÂMBULO

Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-
estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica
das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO
BRASIL.

CAPÍTULO II
DA UNIÃO

Art. 20. São bens da União:

I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias
federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei;

III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado,
sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os
terrenos marginais e as praias fluviais;

IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e
as costeiras, excluídas, destas, as áreas referidas no art. 26, II;

IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as
costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público
e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
46, de 2005)

V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva;

VI - o mar territorial;

VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos;

VIII - os potenciais de energia hidráulica;

IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;


X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos;

XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

§ 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da
administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos
hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma
continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.

§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como
faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua ocupação e utilização serão
reguladas em lei.

TÍTULO VII
DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim
assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:

I - soberania nacional;

II - propriedade privada;

III - função social da propriedade;

IV - livre concorrência;

V - defesa do consumidor;

VI - defesa do meio ambiente;

VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos
produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

VII - redução das desigualdades regionais e sociais;

VIII - busca do pleno emprego;

IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras de capital nacional de pequeno porte.

IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham
sua sede e administração no País. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)

Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente
de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

Art. 171. São consideradas: (Revogado pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)


I - empresa brasileira a constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País;
II - empresa brasileira de capital nacional aquela cujo controle efetivo esteja em caráter permanente sob a
titularidade direta ou indireta de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou de entidades de direito público
interno, entendendo-se por controle efetivo da empresa a titularidade da maioria de seu capital votante e o exercício,
de fato e de direito, do poder decisório para gerir suas atividades. Revogado pela Emenda Constitucional nº 6, de
15/08/95
§ 1º - A lei poderá, em relação à empresa brasileira de capital nacional:
I - conceder proteção e benefícios especiais temporários para desenvolver atividades consideradas estratégicas
para a defesa nacional ou imprescindíveis ao desenvolvimento do País;
II - estabelecer, sempre que considerar um setor imprescindível ao desenvolvimento tecnológico nacional, entre
outras condições e requisitos:
a) a exigência de que o controle referido no inciso II do "caput" se estenda às atividades tecnológicas da empresa,
assim entendido o exercício, de fato e de direito, do poder decisório para desenvolver ou absorver tecnologia;
b) percentuais de participação, no capital, de pessoas físicas domiciliadas e residentes no País ou entidades de
direito público interno.
§ 2º - Na aquisição de bens e serviços, o Poder Público dará tratamento preferencial, nos termos da lei, à empresa
brasileira de capital nacional. (Revogado pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)

Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os investimentos de capital estrangeiro, incentivará
os reinvestimentos e regulará a remessa de lucros.

Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo
Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei.

§ 1º A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidades que explorem atividade econômica
sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto às obrigações trabalhistas e
tributárias.

§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas
subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços,
dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis,
comerciais, trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração
pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de acionistas


minoritários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. (Incluído


pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não
extensivos às do setor privado.

§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.

§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da
concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.

§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a
responsabilidade desta, sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos praticados contra a ordem
econômica e financeira e contra a economia popular.

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as
funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o
setor privado.
§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual
incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.

§ 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.

§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção


do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.

§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão para
pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas fixadas
de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei.

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão,
sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

Parágrafo único. A lei disporá sobre:

I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu
contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou
permissão;

II - os direitos dos usuários;

III - política tarifária;

IV - a obrigação de manter serviço adequado.

Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos minerais e os potenciais de energia hidráulica constituem
propriedade distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e pertencem à União, garantida ao
concessionário a propriedade do produto da lavra.

§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste
artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por
brasileiros ou empresa brasileira de capital nacional, na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas
quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras indígenas.

§ 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveitamento dos potenciais a que se refere o "caput" deste
artigo somente poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da União, no interesse nacional, por
brasileiros ou empresa constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País, na forma da
lei, que estabelecerá as condições específicas quando essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou
terras indígenas. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)

§ 2º É assegurada participação ao proprietário do solo nos resultados da lavra, na forma e no valor que dispuser
a lei.

§ 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo determinado, e as autorizações e concessões previstas
neste artigo não poderão ser cedidas ou transferidas, total ou parcialmente, sem prévia anuência do poder
concedente.

§ 4º Não dependerá de autorização ou concessão o aproveitamento do potencial de energia renovável de


capacidade reduzida.

Art. 177. Constituem monopólio da União:

I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos; (Vide
Emenda Constitucional nº 9, de 1995)

II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;


III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos
anteriores;

IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos
no País, bem assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer
origem;

V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e


minerais nucleares e seus derivados.

V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e


minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização
poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta
Constituição Federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 49, de 2006)

§ 1º O monopólio previsto neste artigo inclui os riscos e resultados decorrentes das atividades nele mencionadas,
sendo vedado à União ceder ou conceder qualquer tipo de participação, em espécie ou em valor, na exploração de
jazidas de petróleo ou gás natural, ressalvado o disposto no art. 20, § 1º.

§ 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou privadas a realização das atividades previstas nos incisos
I a IV deste artigo observadas as condições estabelecidas em lei. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 9, de 1995) (Vide Emenda Constitucional nº 9, de 1995)

§ 2º A lei disporá sobre o transporte e a utilização de materiais radioativos no território nacional.

§ 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de


1995) (Vide Emenda Constitucional nº 9, de 1995)

I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em todo o território nacional; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 9, de 1995)

II - as condições de contratação; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)

III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio da União; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 9, de 1995)

§ 3º A lei disporá sobre o transporte e a utilização de materiais radioativos no território


nacional. (Renumerado de § 2º para 3º pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)

§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação
ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender
aos seguintes requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

a) diferenciada por produto ou uso; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art.
150,III, b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

II - os recursos arrecadados serão destinados: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de


2001)

a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e
derivados de petróleo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do


gás; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 33, de 2001)

Art. 178. A lei disporá sobre:


I -a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre;
II - a predominância dos armadores nacionais e navios de bandeira e registros brasileiros e do país exportador ou
importador;
III -o transporte de granéis;
IV -a utilização de embarcações de pesca e outras.
§ 1º A ordenação do transporte internacional cumprirá os acordos firmados pela União, atendido o princípio da
reciprocidade
§ 2º Serão brasileiros os armadores, os proprietários, os comandantes e dois terços, pelo menos, dos tripulantes
de embarcações nacionais
§ 3º A navegação de cabotagem e a interior são privativas de embarcações nacionais, salvo caso de necessidade
pública, segundo dispuser a lei.

Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à
ordenação do transporte internacional, observar os acordos firmados pela União, atendido o princípio da
reciprocidade. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 7, de 1995)

Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei estabelecerá as condições em que o transporte de
mercadorias na cabotagem e a navegação interior poderão ser feitos por embarcações
estrangeiras. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 7, de 1995)

Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas
de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação
de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas
por meio de lei.

Art. 180. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão e incentivarão o turismo como fator
de desenvolvimento social e econômico.

Art. 181. O atendimento de requisição de documento ou informação de natureza comercial, feita por autoridade
administrativa ou judiciária estrangeira, a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no País dependerá de
autorização do Poder competente.
3- LEI Nº 8.617, DE 4 DE JANEIRO DE 1993.

(Vide Decreto nº 1.290, de 1994)


(Vide Decreto nº 2.840, de 1998) Dispõe sobre o mar territorial, a zona contígua, a zona
(Vide Decreto nº 4.810, de 2003) econômica exclusiva e a plataforma continental
(Vide Decreto nº 4.983, de 2004) brasileiros, e dá outras providências.
(Vide Decreto nº 8.400, de 2015)

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

CAPÍTULO I

Do Mar Territorial

Art. 1º O mar territorial brasileiro compreende uma faixa de doze milhas marítima de largura, medidas a
partir da linha de baixa-mar do litoral continental e insular, tal como indicada nas cartas náuticas de grande escala,
reconhecidas oficialmente no Brasil.

Parágrafo único. Nos locais em que a costa apresente recorte profundos e reentrâncias ou em que exista
uma franja de ilhas ao longo da costa na sua proximidade imediata, será adotado o método das linhas de base retas,
ligando pontos apropriados, para o traçado da linha de base, a partir da qual será medida a extensão do mar
territorial.

Art. 2º A soberania do Brasil estende-se ao mar territorial, ao espaço aéreo sobrejacente, bem como ao seu
leito e subsolo.

Art. 3º É reconhecido aos navios de todas as nacionalidades o direito de passagem inocente no mar
territorial brasileiro.

§ 1º A passagem será considerada inocente desde que não seja prejudicial à paz, à boa ordem ou à
segurança do Brasil, devendo ser contínua e rápida.

§ 2º A passagem inocente poderá compreender o parar e o fundear, mas apenas na medida em que tais
procedimentos constituam incidentes comuns de navegação ou sejam impostos por motivos de força ou por
dificuldade grave, ou tenham por fim prestar auxílio a pessoas a navios ou aeronaves em perigo ou em dificuldade
grave.

§ 3º Os navios estrangeiros no mar territorial brasileiro estarão sujeitos aos regulamentos estabelecidos pelo
Governo brasileiro.

CAPÍTULO II

Da Zona Contígua

Art. 4º A zona contígua brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às vinte e quatro milhas
marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.

Art. 5º Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as medidas de fiscalização necessárias para:

I - evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários, no seu
territórios, ou no seu mar territorial;

II - reprimir as infrações às leis e aos regulamentos, no seu território ou no seu mar territorial.

CAPÍTULO III

Da Zona Econômica Exclusiva


Art. 6º A zona econômica exclusiva brasileira compreende uma faixa que se estende das doze às duzentas
milhas marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir a largura do mar territorial.

Art. 7º Na zona econômica exclusiva, o Brasil tem direitos de soberania para fins de exploração e
aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não-vivos, das águas sobrejacentes ao leito
do mar, do leito do mar e seu subsolo, e no que se refere a outras atividades com vistas à exploração e ao
aproveitamento da zona para fins econômicos.

Art. 8º Na zona econômica exclusiva, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o direito exclusivo de
regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e preservação do meio marítimo, bem como a
construção, operação e uso de todos os tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas.

Parágrafo único. A investigação científica marinha na zona econômica exclusiva só poderá ser conduzida por
outros Estados com o consentimento prévio do Governo brasileiro, nos termos da legislação em vigor que regula a
matéria.

Art. 9º A realização por outros Estados, na zona econômica exclusiva, de exercícios ou manobras militares,
em particular as que impliquem o uso de armas ou explosivas, somente poderá ocorrer com o consentimento do
Governo brasileiro.

Art. 10. É reconhecidos a todos os Estados o gozo, na zona econômica exclusiva, das liberdades de
navegação e sobrevôo, bem como de outros usos do mar internacionalmente lícitos, relacionados com as referidas
liberdades, tais como os ligados à operação de navios e aeronaves.

CAPÍTULO IV

Da Plataforma Continental

Art. 11. A plataforma continental do Brasil compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se
estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural de seu território terrestre, até
o bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de duzentas milhas marítimas das linhas de base, a
partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não
atinja essa distância.

Parágrafo único. O limite exterior da plataforma continental será fixado de conformidade com os critérios
estabelecidos no art. 76 da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, celebrada em Montego Bay, em
10 de dezembro de 1982.

Art. 12. O Brasil exerce direitos de soberania sobre a plataforma continental, para efeitos de exploração dos
recursos naturais.

Parágrafo único. Os recursos naturais a que se refere o caput são os recursos minerais e outros não-vivos do
leito do mar e subsolo, bem como os organismos vivos pertencentes a espécies sedentárias, isto é, àquelas que no
período de captura estão imóveis no leito do mar ou no seu subsolo, ou que só podem mover-se em constante
contato físico com esse leito ou subsolo.

Art. 13. Na plataforma continental, o Brasil, no exercício de sua jurisdição, tem o direito exclusivo de
regulamentar a investigação científica marinha, a proteção e preservação do meio marinho, bem como a
construção, operação e o uso de todos os tipos de ilhas artificiais, instalações e estruturas.

§ 1º A investigação científica marinha, na plataforma continental, só poderá ser conduzida por outros
Estados com o consentimento prévio do Governo brasileiro, nos termos da legislação em vigor que regula a matéria.

§ 2º O Governo brasileiro tem o direito exclusivo de autorizar e regulamentar as perfurações na plataforma


continental, quaisquer que sejam os seus fins.

Art. 14. É reconhecido a todos os Estados o direito de colocar cabos e dutos na plataforma continental.
§ 1º O traçado da linha para a colocação de tais cabos e dutos na plataforma continental dependerá do
consentimento do Governo brasileiro.

§ 2º O Governo brasileiro poderá estabelecer condições para a colocação dos cabos e dutos que penetrem
seu território ou seu mar territorial.

Art. 15. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 16. Revogam-se o Decreto-Lei nº 1.098, de 25 de março de 1970, e as demais disposições em contrário.

Brasília, 4 de janeiro de 1993; 172º da Independência e 105º da República

ITAMAR FRANCO
Fernando Henrique Cardoso

Este texto não substitui o publicado no DOU de 5.1.1993


4- LEI Nº 9.478, DE 6 DE AGOSTO DE 1997.

Texto compilado Dispõe sobre a política energética nacional, as atividades


relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho
Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do
Mensagem de veto Petróleo e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

Dos Princípios e Objetivos da Política Energética Nacional

Art. 1º As políticas nacionais para o aproveitamento racional das fontes de energia visarão aos seguintes
objetivos:

I - preservar o interesse nacional;

II - promover o desenvolvimento, ampliar o mercado de trabalho e valorizar os recursos energéticos;

III - proteger os interesses do consumidor quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos;

IV - proteger o meio ambiente e promover a conservação de energia;

V - garantir o fornecimento de derivados de petróleo em todo o território nacional, nos termos do § 2º do


art. 177 da Constituição Federal;

VI - incrementar, em bases econômicas, a utilização do gás natural;

VII - identificar as soluções mais adequadas para o suprimento de energia elétrica nas diversas regiões do
País;

VIII - utilizar fontes alternativas de energia, mediante o aproveitamento econômico dos insumos disponíveis
e das tecnologias aplicáveis;

IX - promover a livre concorrência;

X - atrair investimentos na produção de energia;

XI - ampliar a competitividade do País no mercado internacional.

XII - incrementar, em bases econômicas, sociais e ambientais, a participação dos biocombustíveis na matriz
energética nacional. (Redação dada pela Lei nº 11.097, de 2005)

XIII - garantir o fornecimento de biocombustíveis em todo o território nacional.. (Incluído pela Medida
Provisória nº 532, de 2011)

XIII - garantir o fornecimento de biocombustíveis em todo o território nacional; (Incluído pela Lei nº
12.490, de 2011)

XIV - incentivar a geração de energia elétrica a partir da biomassa e de subprodutos da produção de


biocombustíveis, em razão do seu caráter limpo, renovável e complementar à fonte hidráulica; (Incluído pela
Lei nº 12.490, de 2011)
XV - promover a competitividade do País no mercado internacional de biocombustíveis; (Incluído pela
Lei nº 12.490, de 2011)

XVI - atrair investimentos em infraestrutura para transporte e estocagem de biocombustíveis; (Incluído


pela Lei nº 12.490, de 2011)

XVII - fomentar a pesquisa e o desenvolvimento relacionados à energia renovável; (Incluído pela Lei nº
12.490, de 2011)

XVIII - mitigar as emissões de gases causadores de efeito estufa e de poluentes nos setores de energia e de
transportes, inclusive com o uso de biocombustíveis. (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

CAPÍTULO II

Do Conselho Nacional de Política Energética

Art. 2° Fica criado o Conselho Nacional de Política Energética - CNPE, vinculado à Presidência da República e
presidido pelo Ministro de Estado de Minas e Energia, com a atribuição de propor ao Presidente da República
políticas nacionais e medidas específicas destinadas a:

I - promover o aproveitamento racional dos recursos energéticos do País, em conformidade com os


princípios enumerados no capítulo anterior e com o disposto na legislação aplicável;

II - assegurar, em função das características regionais, o suprimento de insumos energéticos às áreas mais
remotas ou de difícil acesso do País, submetendo as medidas específicas ao Congresso Nacional, quando implicarem
criação de subsídios;

III - rever periodicamente as matrizes energéticas aplicadas às diversas regiões do País, considerando as
fontes convencionais e alternativas e as tecnologias disponíveis;

IV - estabelecer diretrizes para programas específicos, como os de uso do gás natural, do álcool, do carvão e
da energia termonuclear;

IV - estabelecer diretrizes para programas específicos, como os de uso do gás natural, do carvão, da energia
termonuclear, dos biocombustíveis, da energia solar, da energia eólica e da energia proveniente de outras fontes
alternativas; (Redação dada pela Lei nº 11.097, de 2005)

V - estabelecer diretrizes para a importação e exportação, de maneira a atender às necessidades de


consumo interno de petróleo e seus derivados, gás natural e condensado, e assegurar o adequado funcionamento
do Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e o cumprimento do Plano Anual de Estoques Estratégicos de
Combustíveis, de que trata o art. 4º da Lei nº 8.176, de 8 de fevereiro de 1991.

V - estabelecer diretrizes para a importação e exportação, de maneira a atender às necessidades de


consumo interno de petróleo e seus derivados, biocombustíveis, gás natural e condensado, e assegurar o adequado
funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e o cumprimento do Plano Anual de Estoques
Estratégicos de Combustíveis, de que trata o art. 4o da Lei no 8.176, de 8 de fevereiro de 1991; . (Redação
dada pela Medida Provisória nº 532, de 2011)

V - estabelecer diretrizes para a importação e exportação, de maneira a atender às necessidades de


consumo interno de petróleo e seus derivados, biocombustíveis, gás natural e condensado, e assegurar o adequado
funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e o cumprimento do Plano Anual de Estoques
Estratégicos de Combustíveis, de que trata o art. 4o da Lei no 8.176, de 8 de fevereiro de 1991; (Redação dada
pela Lei nº 12490, de 2011)

VI - sugerir a adoção de medidas necessárias para garantir o atendimento à demanda nacional de energia
elétrica, considerando o planejamento de longo, médio e curto prazos, podendo indicar empreendimentos que
devam ter prioridade de licitação e implantação, tendo em vista seu caráter estratégico e de interesse público, de
forma que tais projetos venham assegurar a otimização do binômio modicidade tarifária e confiabilidade do Sistema
Elétrico. (Incluído pela lei nº 10.848, de 2004)
VII - estabelecer diretrizes para o uso de gás natural como matéria-prima em processos produtivos
industriais, mediante a regulamentação de condições e critérios específicos, que visem a sua utilização eficiente e
compatível com os mercados interno e externos. (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

VIII - definir os blocos a serem objeto de concessão ou partilha de produção; (Incluído pela Lei nº
12.351, de 2010)

IX - definir a estratégia e a política de desenvolvimento econômico e tecnológico da indústria de petróleo, de


gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, bem como da sua cadeia de suprimento;. (Incluído pela Lei nº
12.351, de 2010)
IX - definir a estratégia e a política de desenvolvimento econômico e tecnológico da indústria de petróleo, de
gás natural, de outros hidrocarbonetos fluidos e de biocombustíveis, bem como da sua cadeia de
suprimento;. (Redação dada pela Medida Provisória nº 532, de 2011)

IX - definir a estratégia e a política de desenvolvimento econômico e tecnológico da indústria de petróleo, de


gás natural, de outros hidrocarbonetos fluidos e de biocombustíveis, bem como da sua cadeia de
suprimento; (Redação dada pela Lei nº 12490, de 2011)

X - induzir o incremento dos índices mínimos de conteúdo local de bens e serviços, a serem observados em
licitações e contratos de concessão e de partilha de produção, observado o disposto no inciso IX. (Incluído pela
Lei nº 12.351, de 2010)

XI - definir diretrizes para comercialização e uso de biodiesel e estabelecer, em caráter autorizativo,


quantidade superior ao percentual de adição obrigatória fixado em lei específica. (Incluído pela Medida
Provisória nº 647, de 2014)
XI - definir diretrizes para comercialização e uso de biodiesel e estabelecer, em caráter autorizativo,
quantidade superior ao percentual de adição obrigatória fixado em lei específica.. (Incluído pela Lei nº
13.033, de 2014)
XI - definir diretrizes para comercialização e uso de biodiesel e estabelecer, em caráter autorizativo,
quantidade superior ao percentual de adição obrigatória fixado em lei específica; e . (Redação dada pela
Medida Provisória nº 688, de 2015)

XI - definir diretrizes para comercialização e uso de biodiesel e estabelecer, em caráter autorizativo,


quantidade superior ao percentual de adição obrigatória fixado em lei específica. (Incluído pela Lei nº 13.033,
de 2014) (Vide Medida Provisória nº 688, de 2015)

XII - estabelecer os parâmetros técnicos e econômicos das licitações de concessões de geração, transmissão
e distribuição de energia elétrica, de que trata o art. 8º da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013. . (Incluído pela
Medida Provisória nº 688, de 2015)

XII - estabelecer os parâmetros técnicos e econômicos das licitações de concessões de geração, transmissão
e distribuição de energia elétrica, de que trata o art. 8º da Lei nº 12.783, de 11 de janeiro de 2013;
e (Redação dada pela Lei nº 13.203, de 2015)

XIII - definir a estratégia e a política de desenvolvimento tecnológico do setor de energia


elétrica. (Incluído pela Lei nº 13.203, de 2015)

§ 1º Para o exercício de suas atribuições, o CNPE contará com o apoio técnico dos órgãos reguladores do
setor energético.

§ 2º O CNPE será regulamentado por decreto do Presidente da República, que determinará sua composição
e a forma de seu funcionamento.

Art. 2o-A. Caberá ao Ministério de Minas e Energia, entre outras competências, propor ao CNPE os seguintes
parâmetros técnicos e econômicos: (Incluído pela Lei nº 13.203, de 2015)

I – valores de bonificação pela outorga das concessões a serem licitadas nos termos do art. 8o da Lei
no 12.783, de 11 de janeiro de 2013; (Incluído pela Lei nº 13.203, de 2015)
II – prazo e forma de pagamento da bonificação pela outorga de que trata o inciso I; e (Incluído pela Lei
nº 13.203, de 2015)

III – nas licitações de geração: (Incluído pela Lei nº 13.203, de 2015)

a) a parcela da garantia física destinada ao Ambiente de Contratação Regulada – ACR dos empreendimentos
de geração licitados nos termos do art. 8o da Lei no 12.783, de 11 de janeiro de 2013, observado o limite mínimo de
70% (setenta por cento) destinado ao ACR, e o disposto no § 3o do art. 8o da Lei no 12.783, de 11 de janeiro de 2013;
e (Incluída pela Lei nº 13.203, de 2015)

b) a data de que trata o § 8o do art. 8o da Lei no 12.783, de 11 de janeiro de 2013. (Incluída pela Lei nº
13.203, de 2015)

Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II do caput, será ouvido o Ministério da
Fazenda. (Incluído pela Lei nº 13.203, de 2015)

Art. 2o-B. Caberá ao Ministério de Minas e Energia, entre outras competências, propor ao CNPE a política de
desenvolvimento tecnológico do setor de energia elétrica. (Incluído pela Lei nº 13.203, de 2015)

Parágrafo único. Na proposição de que trata o caput, será ouvido o Ministério da Ciência, Tecnologia e
Inovação. (Incluído pela Lei nº 13.203, de 2015)

CAPÍTULO III

Da Titularidade e do Monopólio do Petróleo e do Gás Natural

SEÇÃO I

Do Exercício do Monopólio

Art. 3º Pertencem à União os depósitos de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos existentes
no território nacional, nele compreendidos a parte terrestre, o mar territorial, a plataforma continental e a zona
econômica exclusiva.

Art. 4º Constituem monopólio da União, nos termos do art. 177 da Constituição Federal, as seguintes
atividades:

I - a pesquisa e lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;

II - a refinação de petróleo nacional ou estrangeiro;

III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos
incisos anteriores;

IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo


produzidos no País, bem como o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e de gás
natural.

Art. 5º As atividades econômicas de que trata o artigo anterior serão reguladas e fiscalizadas pela União e
poderão ser exercidas, mediante concessão ou autorização, por empresas constituídas sob as leis brasileiras, com
sede e administração no País.

Art. 5o As atividades econômicas de que trata o art. 4o desta Lei serão reguladas e fiscalizadas pela União e
poderão ser exercidas, mediante concessão, autorização ou contratação sob o regime de partilha de produção, por
empresas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no País. (Redação dada pela Lei nº
12.351, de 2010)

SEÇÃO II
Das Definições Técnicas

Art. 6° Para os fins desta Lei e de sua regulamentação, ficam estabelecidas as seguintes definições:

I - Petróleo: todo e qualquer hidrocarboneto líquido em seu estado natural, a exemplo do óleo cru e
condensado;

II - Gás Natural ou Gás: todo hidrocarboneto que permaneça em estado gasoso nas condições atmosféricas
normais, extraído diretamente a partir de reservatórios petrolíferos ou gaseíferos, incluindo gases úmidos, secos,
residuais e gases raros;

III - Derivados de Petróleo: produtos decorrentes da transformação do petróleo;

IV - Derivados Básicos: principais derivados de petróleo, referidos no art. 177 da Constituição Federal, a
serem classificados pela Agência Nacional do Petróleo;

V - Refino ou Refinação: conjunto de processos destinados a transformar o petróleo em derivados de


petróleo;

VI - Tratamento ou Processamento de Gás Natural: conjunto de operações destinadas a permitir o seu


transporte, distribuição e utilização;

VII - Transporte: movimentação de petróleo e seus derivados ou gás natural em meio ou percurso
considerado de interesse geral;
VII - Transporte: movimentação de petróleo, seus derivados, biocombustíveis ou gás natural em meio ou
percurso considerado de interesse geral;. (Redação dada pela Medida Provisória nº 532, de 2011)
VIII - Transferência: movimentação de petróleo, derivados ou gás natural em meio ou percurso considerado
de interesse específico e exclusivo do proprietário ou explorador das facilidades;
VIII - Transferência: movimentação de petróleo, seus derivados, biocombustíveis ou gás natural em meio ou
percurso considerado de interesse específico e exclusivo do proprietário ou explorador das
facilidades;. (Redação dada pela Medida Provisória nº 532, de 2011)

VII - Transporte: movimentação de petróleo, seus derivados, biocombustíveis ou gás natural em meio ou
percurso considerado de interesse geral; (Redação dada pela Lei nº 12.490, de 2011)

VIII - Transferência: movimentação de petróleo, seus derivados, biocombustíveis ou gás natural em meio ou
percurso considerado de interesse específico e exclusivo do proprietário ou explorador das
facilidades; (Redação dada pela Lei nº 12.490, de 2011)

IX - Bacia Sedimentar: depressão da crosta terrestre onde se acumulam rochas sedimentares que podem ser
portadoras de petróleo ou gás, associados ou não;

X - Reservatório ou Depósito: configuração geológica dotada de propriedades específicas, armazenadora de


petróleo ou gás, associados ou não;

XI - Jazida: reservatório ou depósito já identificado e possível de ser posto em produção;

XII - Prospecto: feição geológica mapeada como resultado de estudos geofísicos e de interpretação
geológica, que justificam a perfuração de poços exploratórios para a localização de petróleo ou gás natural;

XIII - Bloco: parte de uma bacia sedimentar, formada por um prisma vertical de profundidade indeterminada,
com superfície poligonal definida pelas coordenadas geográficas de seus vértices, onde são desenvolvidas
atividades de exploração ou produção de petróleo e gás natural;

XIV - Campo de Petróleo ou de Gás Natural: área produtora de petróleo ou gás natural, a partir de um
reservatório contínuo ou de mais de um reservatório, a profundidades variáveis, abrangendo instalações e
equipamentos destinados à produção;
XV - Pesquisa ou Exploração: conjunto de operações ou atividades destinadas a avaliar áreas, objetivando a
descoberta e a identificação de jazidas de petróleo ou gás natural;

XVI - Lavra ou Produção: conjunto de operações coordenadas de extração de petróleo ou gás natural de uma
jazida e de preparo para sua movimentação;

XVII - Desenvolvimento: conjunto de operações e investimentos destinados a viabilizar as atividades de


produção de um campo de petróleo ou gás;

XVIII - Descoberta Comercial: descoberta de petróleo ou gás natural em condições que, a preços de
mercado, tornem possível o retorno dos investimentos no desenvolvimento e na produção;

XIX - Indústria do Petróleo: conjunto de atividades econômicas relacionadas com a exploração,


desenvolvimento, produção, refino, processamento, transporte, importação e exportação de petróleo, gás natural e
outros hidrocarbonetos fluidos e seus derivados;

XX - Distribuição: atividade de comercialização por atacado com a rede varejista ou com grandes
consumidores de combustíveis, lubrificantes, asfaltos e gás liquefeito envasado, exercida por empresas
especializadas, na forma das leis e regulamentos aplicáveis;

XXI - Revenda: atividade de venda a varejo de combustíveis, lubrificantes e gás liquefeito envasado, exercida
por postos de serviços ou revendedores, na forma das leis e regulamentos aplicáveis;

XXII - Distribuição de Gás Canalizado: serviços locais de comercialização de gás canalizado, junto aos usuários
finais, explorados com exclusividade pelos Estados, diretamente ou mediante concessão, nos termos do § 2º do art.
25 da Constituição Federal;

XXIII - Estocagem de Gás Natural: armazenamento de gás natural em reservatórios próprios, formações
naturais ou artificiais.

XXIV - Biocombustível: combustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão
interna ou, conforme regulamento, para outro tipo de geração de energia, que possa substituir parcial ou
totalmente combustíveis de origem fóssil; . (Incluído pela Lei nº 11.097, de 2005)
XXIV - Biocombustível: substância derivada de biomassa renovável que pode ser empregada diretamente ou
mediante alterações em motores a combustão interna ou para outro tipo de geração de energia, podendo substituir
parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil, tal como biodiesel, etanol e outras substâncias estabelecidas
em regulamento da ANP; . (Redação dada pela Medida Provisória nº 532, de 2011)

XXIV - Biocombustível: substância derivada de biomassa renovável, tal como biodiesel, etanol e outras
substâncias estabelecidas em regulamento da ANP, que pode ser empregada diretamente ou mediante alterações
em motores a combustão interna ou para outro tipo de geração de energia, podendo substituir parcial ou
totalmente combustíveis de origem fóssil; (Redação dada pela Lei nº 12.490, de 2011)

XXV - Biodiesel: biocombustível derivado de biomassa renovável para uso em motores a combustão interna
com ignição por compressão ou, conforme regulamento, para geração de outro tipo de energia, que possa
substituir parcial ou totalmente combustíveis de origem fóssil. (Incluído pela Lei nº 11.097, de 2005)

XXVI – Indústria Petroquímica de Primeira e Segunda Geração: conjunto de indústrias que fornecem
produtos petroquímicos básicos, a exemplo do eteno, do propeno e de resinas termoplásticas. (Incluído pela lei
nº 11.921, de 2009)

XXVII - cadeia produtiva do petróleo: sistema de produção de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos
fluidos e seus derivados, incluindo a distribuição, a revenda e a estocagem, bem como o seu consumo. (Incluído
pela lei nº 12.114, de 2009)

XXVIII - Indústria de Biocombustível: conjunto de atividades econômicas relacionadas com produção,


importação, exportação, transferência, transporte, armazenagem, comercialização, distribuição, avaliação de
conformidade e certificação de qualidade de biocombustíveis; e . (incluído pela Medida Provisória nº 532, de
2011)
XXIX - Produção de Biocombustível: conjunto de operações industriais para a transformação de biomassa
renovável, de origem vegetal ou animal, em combustível.. (incluído pela Medida Provisória nº 532, de 2011)

XXVIII - Indústria de Biocombustível: conjunto de atividades econômicas relacionadas com produção,


importação, exportação, transferência, transporte, armazenagem, comercialização, distribuição, avaliação de
conformidade e certificação de qualidade de biocombustíveis; (Incluído pela Lei nº 12490, de 2011)

XXIX - Produção de Biocombustível: conjunto de operações industriais para a transformação de biomassa


renovável, de origem vegetal ou animal, em combustível; (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

XXX - Etanol: biocombustível líquido derivado de biomassa renovável, que tem como principal componente o
álcool etílico, que pode ser utilizado, diretamente ou mediante alterações, em motores a combustão interna com
ignição por centelha, em outras formas de geração de energia ou em indústria petroquímica, podendo ser obtido
por rotas tecnológicas distintas, conforme especificado em regulamento; e (Incluído pela Lei nº 12.490, de
2011)

XXXI - Bioquerosene de Aviação: substância derivada de biomassa renovável que pode ser usada em
turborreatores e turbopropulsores aeronáuticos ou, conforme regulamento, em outro tipo de aplicação que possa
substituir parcial ou totalmente combustível de origem fóssil. (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

CAPÍTULO IV
Da Agência Nacional do Petróleo

Art. 7° Fica instituída a Agência Nacional do Petróleo - ANP, entidade integrante da Administração Federal
indireta, submetida ao regime autárquico especial, como órgão regulador da indústria do petróleo, vinculado ao
Ministério de Minas e Energia.

CAPÍTULO IV

DA AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO,


GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS
(Redação dada pela Lei nº 11.097, de 2005)

SEÇÃO I

Da Instituição e das Atribuições

Art. 7o Fica instituída a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíves - ANP, entidade
integrante da Administração Federal Indireta, submetida ao regime autárquico especial, como órgão regulador da
indústria do petróleo, gás natural, seus derivados e biocombustíveis, vinculada ao Ministério de Minas e
Energia. (Redação dada pela Lei nº 11.097, de 2005)

Parágrafo único. A ANP terá sede e foro no Distrito Federal e escritórios centrais na cidade do Rio de Janeiro,
podendo instalar unidades administrativas regionais.

Art. 8° A ANP terá como finalidade promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades
econômicas integrantes da indústria do petróleo, cabendo-lhe:

I - implementar, em sua esfera de atribuições, a política nacional de petróleo e gás natural, contida na
política energética nacional, nos termos do Capítulo I desta Lei, com ênfase na garantia do suprimento de derivados
de petróleo em todo o território nacional e na proteção dos interesses dos consumidores quanto a preço, qualidade
e oferta dos produtos;

Art. 8o A ANP terá como finalidade promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades
econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis, cabendo-lhe: (Redação dada
pela Lei nº 11.097, de 2005)

I - implementar, em sua esfera de atribuições, a política nacional de petróleo, gás natural e biocombustíveis,
contida na política energética nacional, nos termos do Capítulo I desta Lei, com ênfase na garantia do suprimento
de derivados de petróleo, gás natural e seus derivados, e de biocombustíveis, em todo o território nacional, e na
proteção dos interesses dos consumidores quanto a preço, qualidade e oferta dos produtos; (Redação dada
pela Lei nº 11.097, de 2005)

II - promover estudos visando à delimitação de blocos, para efeito de concessão das atividades de
exploração, desenvolvimento e produção;

II - promover estudos visando à delimitação de blocos, para efeito de concessão ou contratação sob o regime
de partilha de produção das atividades de exploração, desenvolvimento e produção; (Redação dada pela Lei
nº 12.351, de 2010)

III - regular a execução de serviços de geologia e geofísica aplicados à prospecção petrolífera, visando ao
levantamento de dados técnicos, destinados à comercialização, em bases não-exclusivas;

IV - elaborar os editais e promover as licitações para a concessão de exploração, desenvolvimento e


produção, celebrando os contratos delas decorrentes e fiscalizando a sua execução;

V - autorizar a prática das atividades de refinação, processamento, transporte, importação e exportação, na


forma estabelecida nesta Lei e sua regulamentação;

V - autorizar a prática das atividades de refinação, liquefação, regaseificação, carregamento, processamento,


tratamento, transporte, estocagem e acondicionamento; (Redação dada pela Lei nº 11.909, de 2009)

VI - estabelecer critérios para o cálculo de tarifas de transporte dutoviário e arbitrar seus valores, nos casos e
da forma previstos nesta Lei;

VII - fiscalizar diretamente, ou mediante convênios com órgãos dos Estados e do Distrito Federal, as
atividades integrantes da indústria do petróleo, bem como aplicar as sanções administrativas e pecuniárias
previstas em lei, regulamento ou contrato;

VII - fiscalizar diretamente, ou mediante convênios com órgãos dos Estados e do Distrito Federal, as
atividades integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis, bem como aplicar as sanções
administrativas e pecuniárias previstas em lei, regulamento ou contrato; . (Redação dada pela Lei nº 11.097,
de 2005)

VII - fiscalizar diretamente e de forma concorrente nos termos da Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990,
ou mediante convênios com órgãos dos Estados e do Distrito Federal as atividades integrantes da indústria do
petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis, bem como aplicar as sanções administrativas e pecuniárias previstas
em lei, regulamento ou contrato; (Redação dada pela Lei nº 11.909, de 2009)

VIII - instruir processo com vistas à declaração de utilidade pública, para fins de desapropriação e instituição
de servidão administrativa, das áreas necessárias à exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás
natural, construção de refinarias, de dutos e de terminais;

IX - fazer cumprir as boas práticas de conservação e uso racional do petróleo, dos derivados e do gás natural
e de preservação do meio ambiente;

IX - fazer cumprir as boas práticas de conservação e uso racional do petróleo, gás natural, seus derivados e
biocombustíveis e de preservação do meio ambiente; (Redação dada pela Lei nº 11.097, de 2005)

X - estimular a pesquisa e a adoção de novas tecnologias na exploração, produção, transporte, refino e


processamento;

XI - organizar e manter o acervo das informações e dados técnicos relativos às atividades da indústria do
petróleo;

XI - organizar e manter o acervo das informações e dados técnicos relativos às atividades reguladas da
indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis; (Redação dada pela Lei nº 11.097, de 2005)
XII - consolidar anualmente as informações sobre as reservas nacionais de petróleo e gás natural
transmitidas pelas empresas, responsabilizando-se por sua divulgação;

XIII - fiscalizar o adequado funcionamento do Sistema Nacional de Estoques de Combustíveis e o


cumprimento do Plano Anual de Estoques Estratégicos de Combustíveis, de que trata o art. 4º da Lei nº 8.176, de 8
de fevereiro de 1991;

XIV - articular-se com os outros órgãos reguladores do setor energético sobre matérias de interesse comum,
inclusive para efeito de apoio técnico ao CNPE;

XV - regular e autorizar as atividades relacionadas com o abastecimento nacional de combustíveis,


fiscalizando-as diretamente ou mediante convênios com outros órgãos da União, Estados, Distrito Federal ou
Municípios.

XVI - regular e autorizar as atividades relacionadas à produção, importação, exportação, armazenagem,


estocagem, distribuição, revenda e comercialização de biodiesel, fiscalizando-as diretamente ou mediante
convênios com outros órgãos da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios; . (Incluído pela Lei nº 11.097,
de 2005)

XVI - regular e autorizar as atividades relacionadas à produção, importação, exportação, armazenagem,


estocagem, transporte, transferência, distribuição, revenda e comercialização de biocombustíveis, assim como
avaliação de conformidade e certificação de sua qualidade, fiscalizando-as diretamente ou mediante convênios com
outros órgãos da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios; (Redação dada pela Medida Provisória nº
532, de 2011)

XVI - regular e autorizar as atividades relacionadas à produção, à importação, à exportação, à armazenagem,


à estocagem, ao transporte, à transferência, à distribuição, à revenda e à comercialização de biocombustíveis, assim
como avaliação de conformidade e certificação de sua qualidade, fiscalizando-as diretamente ou mediante
convênios com outros órgãos da União, Estados, Distrito Federal ou Municípios; (Redação dada pela Lei nº
12490, de 2011)

XVII - exigir dos agentes regulados o envio de informações relativas às operações de produção, importação,
exportação, refino, beneficiamento, tratamento, processamento, transporte, transferência, armazenagem,
estocagem, distribuição, revenda, destinação e comercialização de produtos sujeitos à sua
regulação; (Incluído pela Lei nº 11.097, de 2005)

XVIII - especificar a qualidade dos derivados de petróleo, gás natural e seus derivados e dos
biocombustíveis. (Incluído pela Lei nº 11.097, de 2005)

XIX - regular e fiscalizar o acesso à capacidade dos gasodutos; (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

XX - promover, direta ou indiretamente, as chamadas públicas para a contratação de capacidade de transporte


de gás natural, conforme as diretrizes do Ministério de Minas e Energia; (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

XXI - registrar os contratos de transporte e de interconexão entre instalações de transporte, inclusive as


procedentes do exterior, e os contratos de comercialização, celebrados entre os agentes de mercado; (Incluído
pela Lei nº 11.909, de 2009)

XXII - informar a origem ou a caracterização das reservas do gás natural contratado e a ser contratado entre
os agentes de mercado; (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

XXIII - regular e fiscalizar o exercício da atividade de estocagem de gás natural, inclusive no que se refere ao
direito de acesso de terceiros às instalações concedidas; (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

XXIV - elaborar os editais e promover as licitações destinadas à contratação de concessionários para a


exploração das atividades de transporte e de estocagem de gás natural; (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

XXV - celebrar, mediante delegação do Ministério de Minas e Energia, os contratos de concessão para a
exploração das atividades de transporte e estocagem de gás natural sujeitas ao regime de concessão;
XXVI - autorizar a prática da atividade de comercialização de gás natural, dentro da esfera de competência da
União; (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

XXVII - estabelecer critérios para a aferição da capacidade dos gasodutos de transporte e de


transferência; (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

XXVIII - articular-se com órgãos reguladores estaduais e ambientais, objetivando compatibilizar e uniformizar
as normas aplicáveis à indústria e aos mercados de gás natural (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

Parágrafo único. No exercício das atribuições de que trata este artigo, com ênfase na garantia do
abastecimento nacional de combustíveis, desde que em bases econômicas sustentáveis, a ANP poderá exigir dos
agentes regulados, conforme disposto em regulamento: (Incluído pela Lei nº 12490, de 2011)

I - a manutenção de estoques mínimos de combustíveis e de biocombustíveis, em instalação própria ou de


terceiro; (Incluído pela Lei nº 12490, de 2011)

II - garantias e comprovação de capacidade para atendimento ao mercado de combustíveis e


biocombustíveis, mediante a apresentação de, entre outros mecanismos, contratos de fornecimento entre os
agentes regulados. (Incluído pela Lei nº 12490, de 2011)

Art. 8o-A. Caberá à ANP supervisionar a movimentação de gás natural na rede de transporte e coordená-la em
situações caracterizadas como de contingência. (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

§ 1o O Comitê de Contingenciamento definirá as diretrizes para a coordenação das operações da rede de


movimentação de gás natural em situações caracterizadas como de contingência, reconhecidas pelo Presidente da
República, por meio de decreto. (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

§ 2o No exercício das atribuições referidas no caput deste artigo, caberá à ANP, sem prejuízo de outras
funções que lhe forem atribuídas na regulamentação: (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

I - supervisionar os dados e as informações dos centros de controle dos gasodutos de


transporte; (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

II - manter banco de informações relativo ao sistema de movimentação de gás natural permanentemente


atualizado, subsidiando o Ministério de Minas e Energia com as informações sobre necessidades de reforço ao
sistema; (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

III - monitorar as entradas e saídas de gás natural das redes de transporte, confrontando os volumes
movimentados com os contratos de transporte vigentes; (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

IV - dar publicidade às capacidades de movimentação existentes que não estejam sendo utilizadas e às
modalidades possíveis para sua contratação; e (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

V - estabelecer padrões e parâmetros para a operação e manutenção eficientes do sistema de transporte e


estocagem de gás natural. (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

§ 3o Os parâmetros e informações relativos ao transporte de gás natural necessários à supervisão, controle e


coordenação da operação dos gasodutos deverão ser disponibilizados pelos transportadores à ANP, conforme
regulação específica. (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

Art. 9º Além das atribuições que lhe são conferidas no artigo anterior, caberá à ANP exercer, a partir de sua
implantação, as atribuições do Departamento Nacional de Combustíveis - DNC, relacionadas com as atividades de
distribuição e revenda de derivados de petróleo e álcool, observado o disposto no art. 78.

Art. 10. Quando, no exercício de suas atribuições, a ANP tomar conhecimento de fato que configure ou
possa configurar infração da ordem econômica, deverá comunicá-lo ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica - CADE, para que este adote as providências cabíveis, no âmbito da legislação pertinente.
Art. 10. Quando, no exercício de suas atribuições, a ANP tomar conhecimento de fato que possa configurar
indício de infração da ordem econômica, deverá comunicá-lo imediatamente ao Conselho Administrativo de Defesa
Econômica – Cade e à Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, para que estes adotem as
providências cabíveis, no âmbito da legislação pertinente. (Redação dada pela Lei nº 10.202, de 20.2.2001)

Parágrafo único. Independentemente da comunicação prevista no caput deste artigo, o Conselho


Administrativo de Defesa Econômica – Cade notificará a ANP do teor da decisão que aplicar sanção por infração da
ordem econômica cometida por empresas ou pessoas físicas no exercício de atividades relacionadas com o
abastecimento nacional de combustíveis, no prazo máximo de vinte e quatro horas após a publicação do respectivo
acórdão, para que esta adote as providências legais de sua alçada. Parágrafo único incluído pela Lei nº 10.202,
de 20.2.2001)

SEÇÃO II

Da Estrutura Organizacional da Autarquia

Art. 11. A ANP será dirigida, em regime de colegiado, por uma Diretoria composta de um Diretor-Geral e
quatro Diretores.

§ 1º Integrará a estrutura organizacional da ANP um Procurador-Geral.

§ 2º Os membros da Diretoria serão nomeados pelo Presidente da República, após aprovação dos
respectivos nomes pelo Senado Federal, nos termos da alínea f do inciso III do art. 52 da Constituição Federal.

§ 3° Os membros da Diretoria cumprirão mandatos de quatro anos, não coincidentes, permitida a


recondução, observado o disposto no art. 75 desta Lei.

Art. 12. (VETADO)

I - (VETADO)

II - (VETADO)

III - (VETADO)

Parágrafo único. (VETADO)

Art. 13. Está impedida de exercer cargo de Diretor na ANP a pessoa que mantenha, ou haja mantido nos
doze meses anteriores à data de início do mandato, um dos seguintes vínculos com empresa que explore qualquer
das atividades integrantes da indústria do petróleo ou de distribuição

I - acionista ou sócio com participação individual direta superior a cinco por cento do capital social total ou
dois por cento do capital votante da empresa ou, ainda, um por cento do capital total da respectiva empresa
controladora;

II - administrador, sócio-gerente ou membro do Conselho Fiscal;

III - empregado, ainda que o respectivo contrato de trabalho esteja suspenso, inclusive da empresa
controladora ou de entidade de previdência complementar custeada pelo empregador.

Parágrafo único. Está também impedida de assumir cargo de Diretor na ANP a pessoa que exerça, ou haja
exercido nos doze meses anteriores à data de início do mandato, cargo de direção em entidade sindical ou
associação de classe, de âmbito nacional ou regional, representativa de interesses de empresas que explorem
quaisquer das atividades integrantes da indústria do petróleo ou de distribuição. (Revogado pela Lei nº
9.986, de 18.7.2000)
Art. 14. Terminado o mandato, ou uma vez exonerado do cargo, o ex-Diretor da ANP ficará impedido, por
um período de doze meses, contados da data de sua exoneração, de prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo
de serviço a empresa integrante da indústria do petróleo ou de distribuição.

Art. 14. Terminado o mandato, ou uma vez exonerado do cargo, o ex-Diretor da ANP ficará impedido, por
um período de doze meses, contados da data de sua exoneração, de prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo
de serviço a empresa integrante das indústrias do petróleo e dos biocombustíveis ou de
distribuição. . (Redação dada pela Medida Provisória nº 532, de 2011)

Art. 14. Terminado o mandato, ou uma vez exonerado do cargo, o ex-Diretor da ANP ficará impedido, por
um período de 12 (doze) meses, contado da data de sua exoneração, de prestar, direta ou indiretamente, qualquer
tipo de serviço a empresa integrante das indústrias do petróleo e dos biocombustíveis ou de
distribuição. (Redação dada pela Lei nº 12490, de 2011)

§ 1° Durante o impedimento, o ex-Diretor que não tiver sido exonerado nos termos do art. 12 poderá
continuar prestando serviço à ANP, ou a qualquer órgão da Administração Direta da União, mediante remuneração
equivalente à do cargo de direção que exerceu.

§ 2° Incorre na prática de advocacia administrativa, sujeitando-se às penas da lei, o ex-Diretor que violar o
impedimento previsto neste artigo.

SEÇÃO III

Das Receitas e do Acervo da Autarquia

Art. 15. Constituem receitas da ANP:

I - as dotações consignadas no Orçamento Geral da União, créditos especiais, transferências e repasses que
lhe forem conferidos;

II - parcela das participações governamentais referidas nos incisos I e III do art. 45 desta Lei, de acordo com
as necessidades operacionais da ANP, consignadas no orçamento aprovado;

III - os recursos provenientes de convênios, acordos ou contratos celebrados com entidades, organismos ou
empresas, excetuados os referidos no inciso anterior;

IV - as doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe forem destinados;

V - o produto dos emolumentos, taxas e multas previstos na legislação específica, os valores apurados na
venda ou locação dos bens móveis e imóveis de sua propriedade, bem como os decorrentes da venda de dados e
informações técnicas, inclusive para fins de licitação, ressalvados os referidos no § 2° do art. 22 desta Lei.

Art. 16. Os recursos provenientes da participação governamental prevista no inciso IV do art. 45, nos termos
do art. 51, destinar-se-ão ao financiamento das despesas da ANP para o exercício das atividades que lhe são
conferidas nesta Lei.

SEÇÃO IV

Do Processo Decisório

Art. 17. O processo decisório da ANP obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e
publicidade.

Art. 18. As sessões deliberativas da Diretoria da ANP que se destinem a resolver pendências entre agentes
econômicos e entre estes e consumidores e usuários de bens e serviços da indústria do petróleo serão públicas,
permitida a sua gravação por meios eletrônicos e assegurado aos interessados o direito de delas obter transcrições.
Art. 18. As sessões deliberativas da Diretoria da ANP que se destinem a resolver pendências entre agentes
econômicos e entre esses e consumidores e usuários de bens e serviços da indústria de petróleo, de gás natural ou
de biocombustíveis serão públicas, permitida a sua gravação por meios eletrônicos e assegurado aos interessados o
direito de delas obter transcrições. . (Redação dada pela Medida Provisória nº 532, de 2011)

Art. 18. As sessões deliberativas da Diretoria da ANP que se destinem a resolver pendências entre agentes
econômicos e entre esses e consumidores e usuários de bens e serviços da indústria de petróleo, de gás natural ou
de biocombustíveis serão públicas, permitida a sua gravação por meios eletrônicos e assegurado aos interessados o
direito de delas obter transcrições. (Redação dada pela Lei nº 12490, de 2011)

Art. 19. As iniciativas de projetos de lei ou de alteração de normas administrativas que impliquem afetação
de direito dos agentes econômicos ou de consumidores e usuários de bens e serviços da indústria do petróleo serão
precedidas de audiência pública convocada e dirigida pela ANP.
Art. 19. As iniciativas de projetos de lei ou de alteração de normas administrativas que impliquem afetação
de direito dos agentes econômicos ou de consumidores e usuários de bens e serviços das indústrias de petróleo, de
gás natural ou de biocombustíveis serão precedidas de audiência pública convocada e dirigida pela
ANP. . (Redação dada pela Medida Provisória nº 532, de 2011)

Art. 19. As iniciativas de projetos de lei ou de alteração de normas administrativas que impliquem afetação
de direito dos agentes econômicos ou de consumidores e usuários de bens e serviços das indústrias de petróleo, de
gás natural ou de biocombustíveis serão precedidas de audiência pública convocada e dirigida pela
ANP. (Redação dada pela Lei nº 12490, de 2011)

Art. 20. O regimento interno da ANP disporá sobre os procedimentos a serem adotados para a solução de
conflitos entre agentes econômicos, e entre estes e usuários e consumidores, com ênfase na conciliação e no
arbitramento.

CAPÍTULO V

Da Exploração e da Produção

SEÇÃO I

Das Normas Gerais

Art. 21. Todos os direitos de exploração e produção de petróleo e gás natural em território nacional, nele
compreendidos a parte terrestre, o mar territorial, a plataforma continental e a zona econômica exclusiva,
pertencem à União, cabendo sua administração à ANP.

Art. 21. Todos os direitos de exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos
fluidos em território nacional, nele compreendidos a parte terrestre, o mar territorial, a plataforma continental e a
zona econômica exclusiva, pertencem à União, cabendo sua administração à ANP, ressalvadas as competências de
outros órgãos e entidades expressamente estabelecidas em lei. (Redação dada pela Lei nº 12.351, de 2010)

Art. 22. O acervo técnico constituído pelos dados e informações sobre as bacias sedimentares brasileiras é
também considerado parte integrante dos recursos petrolíferos nacionais, cabendo à ANP sua coleta, manutenção e
administração.

§ 1° A Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRÁS transferirá para a ANP as informações e dados de que dispuser
sobre as bacias sedimentares brasileiras, assim como sobre as atividades de pesquisa, exploração e produção de
petróleo ou gás natural, desenvolvidas em função da exclusividade do exercício do monopólio até a publicação
desta Lei.

§ 2° A ANP estabelecerá critérios para remuneração à PETROBRÁS pelos dados e informações referidos no
parágrafo anterior e que venham a ser utilizados pelas partes interessadas, com fiel observância ao disposto no art.
117 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, com as alterações procedidas pela Lei nº 9.457, de 5 de maio de
1997.

§ 3o O Ministério de Minas e Energia terá acesso irrestrito e gratuito ao acervo a que se refere o caput deste
artigo, com o objetivo de realizar estudos e planejamento setorial, mantido o sigilo a que esteja submetido, quando
for o caso. (Incluído pela Lei nº 12.351, de 2010)
Art. 23. As atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e de gás natural serão
exercidas mediante contratos de concessão, precedidos de licitação, na forma estabelecida nesta Lei.

Art. 23. As atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e de gás natural serão
exercidas mediante contratos de concessão, precedidos de licitação, na forma estabelecida nesta Lei, ou sob o
regime de partilha de produção nas áreas do pré-sal e nas áreas estratégicas, conforme legislação
específica. (Redação dada pela Lei nº 12.351, de 2010)

Parágrafo único. A ANP definirá os blocos a serem objeto de contratos de concessão.


§ 1o A ANP definirá os blocos a serem objeto de contratos de concessão.. (Redação dada pela Lei nº
11.909, de 2009) (Revogado pela Lei nº 12.351, de 2010)

§ 2o A ANP poderá outorgar diretamente ao titular de direito de lavra ou de autorização de pesquisa de


depósito de carvão mineral concessão para o aproveitamento do gás metano que ocorra associado a esse depósito,
dispensada a licitação prevista no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.909, de 2009)

Art. 24. Os contratos de concessão deverão prever duas fases: a de exploração e a de produção.

§ 1º Incluem-se na fase de exploração as atividades de avaliação de eventual descoberta de petróleo ou gás


natural, para determinação de sua comercialidade.

§ 2º A fase de produção incluirá também as atividades de desenvolvimento.

Art. 25. Somente poderão obter concessão para a exploração e produção de petróleo ou gás natural as
empresas que atendam aos requisitos técnicos, econômicos e jurídicos estabelecidos pela ANP.

Art. 26. A concessão implica, para o concessionário, a obrigação de explorar, por sua conta e risco e, em caso
de êxito, produzir petróleo ou gás natural em determinado bloco, conferindo-lhe a propriedade desses bens, após
extraídos, com os encargos relativos ao pagamento dos tributos incidentes e das participações legais ou contratuais
correspondentes.

§ 1° Em caso de êxito na exploração, o concessionário submeterá à aprovação da ANP os planos e projetos


de desenvolvimento e produção.

§ 2° A ANP emitirá seu parecer sobre os planos e projetos referidos no parágrafo anterior no prazo máximo
de cento e oitenta dias.

§ 3° Decorrido o prazo estipulado no parágrafo anterior sem que haja manifestação da ANP, os planos e
projetos considerar-se-ão automaticamente aprovados.

Art. 27. Quando se tratar de campos que se estendam por blocos vizinhos, onde atuem concessionários
distintos, deverão eles celebrar acordo para a individualização da produção. (Revogado pela Lei nº 12.351, de
2010)
Parágrafo único. Não chegando as partes a acordo, em prazo máximo fixado pela ANP, caberá a esta
determinar, com base em laudo arbitral, como serão eqüitativamente apropriados os direitos e obrigações sobre os
blocos, com base nos princípios gerais de Direito aplicáveis. (Revogado pela Lei nº 12.351, de 2010)

Art. 28. As concessões extinguir-se-ão:

I - pelo vencimento do prazo contratual;

II - por acordo entre as partes;

III - pelos motivos de rescisão previstos em contrato;

IV - ao término da fase de exploração, sem que tenha sido feita qualquer descoberta comercial, conforme
definido no contrato;
V - no decorrer da fase de exploração, se o concessionário exercer a opção de desistência e de devolução das
áreas em que, a seu critério, não se justifiquem investimentos em desenvolvimento.

§ 1° A devolução de áreas, assim como a reversão de bens, não implicará ônus de qualquer natureza para a
União ou para a ANP, nem conferirá ao concessionário qualquer direito de indenização pelos serviços, poços,
imóveis e bens reversíveis, os quais passarão à propriedade da União e à administração da ANP, na forma prevista
no inciso VI do art. 43.

§ 2° Em qualquer caso de extinção da concessão, o concessionário fará, por sua conta exclusiva, a remoção
dos equipamentos e bens que não sejam objeto de reversão, ficando obrigado a reparar ou indenizar os danos
decorrentes de suas atividades e praticar os atos de recuperação ambiental determinados pelos órgãos
competentes.

Art. 29. É permitida a transferência do contrato de concessão, preservando-se seu objeto e as condições
contratuais, desde que o novo concessionário atenda aos requisitos técnicos, econômicos e jurídicos estabelecidos
pela ANP, conforme o previsto no art. 25.

Parágrafo único. A transferência do contrato só poderá ocorrer mediante prévia e expressa autorização da
ANP.

Art. 30. O contrato para exploração, desenvolvimento e produção de petróleo ou gás natural não se estende
a nenhum outro recurso natural, ficando o concessionário obrigado a informar a sua descoberta, prontamente e em
caráter exclusivo, à ANP.

SEÇÃO II

Das Normas Específicas para as Atividades em Curso

Art. 31. A PETROBRÁS submeterá à ANP, no prazo de três meses da publicação desta Lei, seu programa de
exploração, desenvolvimento e produção, com informações e dados que propiciem:

I - o conhecimento das atividades de produção em cada campo, cuja demarcação poderá incluir uma área de
segurança técnica;

II - o conhecimento das atividades de exploração e desenvolvimento, registrando, neste caso, os custos


incorridos, os investimentos realizados e o cronograma dos investimentos a realizar, em cada bloco onde tenha
definido prospectos.

Art. 32. A PETROBRÁS terá ratificados seus direitos sobre cada um dos campos que se encontrem em efetiva
produção na data de inicío de vigência desta Lei.

Art. 33. Nos blocos em que, quando do início da vigência desta Lei, tenha a PETROBRÁS realizado
descobertas comerciais ou promovido investimentos na exploração, poderá ela, observada sua capacidade de
investir, inclusive por meio de financiamentos, prosseguir nos trabalhos de exploração e desenvolvimento pelo
prazo de três anos e, nos casos de êxito, prosseguir nas atividades de produção.

Parágrafo único. Cabe à ANP, após a avaliação da capacitação financeira da PETROBRÁS e dos dados e
informações de que trata o art. 31, aprovar os blocos em que os trabalhos referidos neste artigo terão
continuidade.

Art. 34. Cumprido o disposto no art. 31 e dentro do prazo de um ano a partir da data de publicação desta Lei,
a ANP celebrará com a PETROBRÁS, dispensada a licitação prevista no art. 23, contratos de concessão dos blocos
que atendam às condições estipuladas nos arts. 32 e 33, definindo-se, em cada um desses contratos, as
participações devidas, nos termos estabelecidos na Seção VI.

Parágrafo único. Os contratos de concessão referidos neste artigo serão regidos, no que couber, pelas
normas gerais estabelecidas na Seção anterior e obedecerão ao disposto na Seção V deste Capítulo.
Art. 35. Os blocos não contemplados pelos contratos de concessão mencionados no artigo anterior e aqueles
em que tenha havido insucesso nos trabalhos de exploração, ou não tenham sido ajustados com a ANP, dentro dos
prazos estipulados, serão objeto de licitação pela ANP para a outorga de novos contratos de concessão, regidos
pelas normas gerais estabelecidas na Seção anterior.

SEÇÃO III

Do Edital de Licitação

Art. 36. A licitação para outorga dos contratos de concessão referidos no art. 23 obedecerá ao disposto nesta
Lei, na regulamentação a ser expedida pela ANP e no respectivo edital.

Art. 37. O edital da licitação será acompanhado da minuta básica do respectivo contrato e indicará,
obrigatoriamente:

I - o bloco objeto da concessão, o prazo estimado para a duração da fase de exploração, os investimentos e
programas exploratórios mínimos;

II - os requisitos exigidos dos concorrentes, nos termos do art. 25, e os critérios de pré-qualificação, quando
este procedimento for adotado;

III - as participações governamentais mínimas, na forma do disposto no art. 45, e a participação dos
superficiários prevista no art. 52;

IV - a relação de documentos exigidos e os critérios a serem seguidos para aferição da capacidade técnica, da
idoneidade financeira e da regularidade jurídica dos interessados, bem como para o julgamento técnico e
econômico-financeiro da proposta;

V - a expressa indicação de que caberá ao concessionário o pagamento das indenizações devidas por
desapropriações ou servidões necessárias ao cumprimento do contrato;

VI - o prazo, local e horário em que serão fornecidos, aos interessados, os dados, estudos e demais
elementos e informações necessários à elaboração das propostas, bem como o custo de sua aquisição.

Parágrafo único. O prazo de duração da fase de exploração, referido no inciso I deste artigo, será estimado
pela ANP, em função do nível de informações disponíveis, das características e da localização de cada bloco.

Art. 38. Quando permitida a participação de empresas em consórcio, o edital conterá as seguintes
exigências:

I - comprovação de compromisso, público ou particular, de constituição do consórcio, subscrito pelas


consorciadas;

II - indicação da empresa líder, responsável pelo consórcio e pela condução das operações, sem prejuízo da
responsabilidade solidária das demais consorciadas;

III - apresentação, por parte de cada uma das empresas consorciadas, dos documentos exigidos para efeito
de avaliação da qualificação técnica e econômico-financeira do consórcio;

IV - proibição de participação de uma mesma empresa em outro consórcio, ou isoladamente, na licitação de


um mesmo bloco;

V - outorga de concessão ao consórcio vencedor da licitação condicionada ao registro do instrumento


constitutivo do consórcio, na forma do disposto no parágrafo único do art. 279 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro
de 1976.

Art. 39. O edital conterá a exigência de que a empresa estrangeira que concorrer isoladamente ou em
consórcio deverá apresentar, juntamente com sua proposta e em envelope separado:
I - prova de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal, nos termos da
regulamentação a ser editada pela ANP;

II - inteiro teor dos atos constitutivos e prova de encontrar-se organizada e em funcionamento regular,
conforme a lei de seu país;

III - designação de um representante legal junto à ANP, com poderes especiais para a prática de atos e
assunção de responsabilidades relativamente à licitação e à proposta apresentada;

IV - compromisso de, caso vencedora, constituir empresa segundo as leis brasileiras, com sede e
administração no Brasil.

Parágrafo único. A assinatura do contrato de concessão ficará condicionada ao efetivo cumprimento do


compromisso assumido de acordo com o inciso IV deste artigo.

SEÇÃO IV

Do Julgamento da Licitação

Art. 40. O julgamento da licitação identificará a proposta mais vantajosa, segundo critérios objetivos,
estabelecidos no instrumento convocatório, com fiel observância dos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e igualdade entre os concorrentes.

Art. 41. No julgamento da licitação, além de outros critérios que o edital expressamente estipular, serão
levados em conta:

I - o programa geral de trabalho, as propostas para as atividades de exploração, os prazos, os volumes


mínimos de investimentos e os cronogramas físico-financeiros;

II - as participações governamentais referidas no art. 45.

Art. 42. Em caso de empate, a licitação será decidida em favor da PETROBRÁS, quando esta concorrer não
consorciada com outras empresas.

SEÇÃO V

Do Contrato de Concessão

Art. 43. O contrato de concessão deverá refletir fielmente as condições do edital e da proposta vencedora e
terá como cláusulas essenciais:

I - a definição do bloco objeto da concessão;

II - o prazo de duração da fase de exploração e as condições para sua prorrogação;

III - o programa de trabalho e o volume do investimento previsto;

IV - as obrigações do concessionário quanto às participações, conforme o disposto na Seção VI;

V - a indicação das garantias a serem prestadas pelo concessionário quanto ao cumprimento do contrato,
inclusive quanto à realização dos investimentos ajustados para cada fase;

VI - a especificação das regras sobre devolução e desocupação de áreas, inclusive retirada de equipamentos
e instalações, e reversão de bens;

VII - os procedimentos para acompanhamento e fiscalização das atividades de exploração, desenvolvimento


e produção, e para auditoria do contrato;
VIII - a obrigatoriedade de o concessionário fornecer à ANP relatórios, dados e informações relativos às
atividades desenvolvidas;

IX - os procedimentos relacionados com a transferência do contrato, conforme o disposto no art. 29;

X - as regras sobre solução de controvérsias, relacionadas com o contrato e sua execução, inclusive a
conciliação e a arbitragem internacional;

XI - os casos de rescisão e extinção do contrato;

XII - as penalidades aplicáveis na hipótese de descumprimento pelo concessionário das obrigações


contratuais.

Parágrafo único. As condições contratuais para prorrogação do prazo de exploração, referidas no inciso II
deste artigo, serão estabelecidas de modo a assegurar a devolução de um percentual do bloco, a critério da ANP, e
o aumento do valor do pagamento pela ocupação da área, conforme disposto no parágrafo único do art. 51.

Art. 44. O contrato estabelecerá que o concessionário estará obrigado a:

I - adotar, em todas as suas operações, as medidas necessárias para a conservação dos reservatórios e de
outros recursos naturais, para a segurança das pessoas e dos equipamentos e para a proteção do meio ambiente;

II - comunicar à ANP, imediatamente, a descoberta de qualquer jazida de petróleo, gás natural ou outros
hidrocarbonetos ou de outros minerais;

III - realizar a avaliação da descoberta nos termos do programa submetido à ANP, apresentando relatório de
comercialidade e declarando seu interesse no desenvolvimento do campo;

IV - submeter à ANP o plano de desenvolvimento de campo declarado comercial, contendo o cronograma e a


estimativa de investimento;

V - responsabilizar-se civilmente pelos atos de seus prepostos e indenizar todos e quaisquer danos
decorrentes das atividades de exploração, desenvolvimento e produção contratadas, devendo ressarcir à ANP ou à
União os ônus que venham a suportar em conseqüência de eventuais demandas motivadas por atos de
responsabilidade do concessionário;

VI - adotar as melhores práticas da indústria internacional do petróleo e obedecer às normas e


procedimentos técnicos e científicos pertinentes, inclusive quanto às técnicas apropriadas de recuperação,
objetivando a racionalização da produção e o controle do declínio das reservas.

SEÇÃO VI

Das Participações

Art. 45. O contrato de concessão disporá sobre as seguintes participações governamentais, previstas no
edital de licitação:

I - bônus de assinatura;

II - royalties;

III - participação especial;

IV - pagamento pela ocupação ou retenção de área.

§ 1º As participações governamentais constantes dos incisos II e IV serão obrigatórias.


§ 2º As receitas provenientes das participações governamentais definidas no caput, alocadas para órgãos da
administração pública federal, de acordo com o disposto nesta Lei, serão mantidas na Conta Única do Governo
Federal, enquanto não forem destinadas para as respectivas programações.

§ 3º O superávit financeiro dos órgãos da administração pública federal referidos no parágrafo anterior,
apurado em balanço de cada exercício financeiro, será transferido ao Tesouro Nacional.

Art. 46. O bônus de assinatura terá seu valor mínimo estabelecido no edital e corresponderá ao pagamento
ofertado na proposta para obtenção da concessão, devendo ser pago no ato da assinatura do contrato.

Art. 47. Os royalties serão pagos mensalmente, em moeda nacional, a partir da data de início da produção
comercial de cada campo, em montante correspondente a dez por cento da produção de petróleo ou gás natural.

§ 1º Tendo em conta os riscos geológicos, as expectativas de produção e outros fatores pertinentes, a ANP
poderá prever, no edital de licitação correspondente, a redução do valor dos royaltiesestabelecido no caput deste
artigo para um montante correspondente a, no mínimo, cinco por cento da produção.

§ 2º Os critérios para o cálculo do valor dos royalties serão estabelecidos por decreto do Presidente da
República, em função dos preços de mercado do petróleo, gás natural ou condensado, das especificações do
produto e da localização do campo.

§ 3º A queima de gás em flares, em prejuízo de sua comercialização, e a perda de produto ocorrida sob a
responsabilidade do concessionário serão incluídas no volume total da produção a ser computada para cálculo
dos royalties devidos.

§ 4o Os recursos provenientes dos pagamentos dos royalties serão distribuídos, nos termos do disposto
nesta Lei, com base nos cálculos de valores devidos a cada beneficiário, fornecidos pela autoridade administrativa
competente. (Incluído pela Lei nº 13.609, de 2018)

§ 5o No caso dos Estados e dos Municípios, os recursos de que trata o § 4o deste artigo serão creditados em
contas bancárias específicas de titularidade deles. (Incluído pela Lei nº 13.609, de 2018)

§ 6o Observado o disposto no § 9o deste artigo, na hipótese de o Estado ou o Município ter celebrado


operação de cessão ou transferência, parcial ou total, dos seus direitos sobre os royalties ou de antecipação, parcial
ou total, das receitas decorrentes dos direitos sobre os royalties, os recursos de que trata o § 4o deste artigo serão
creditados pelo seu valor líquido, após as deduções de natureza legal, tributária e/ou contratual anteriormente
incidentes, se houver, e desde que tais deduções tenham prioridade de pagamentos, diretamente pela União, em
conta bancária específica de titularidade dos investidores, no Brasil ou no exterior, ou de entidade representativa
dos interesses dos investidores que tenham contratado com o Estado ou o Município a respectiva operação de
cessão ou transferência de direitos sobre os royalties ou de antecipação das receitas decorrentes dos direitos sobre
os royalties. (Incluído pela Lei nº 13.609, de 2018)

§ 7o Na hipótese prevista no § 6o deste artigo, a União não poderá alterar a conta bancária específica
indicada para o pagamento dos direitos e receitas sobre os royalties sem a prévia e expressa autorização do
beneficiário da operação. (Incluído pela Lei nº 13.609, de 2018)

§ 8o Eventual adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal previsto na Lei Complementar nº 159, de
19 de maio de 2017, não poderá afetar a transferência dos direitos e receitas sobre os royalties para a conta
bancária específica de titularidade do investidor ou da entidade representativa dos interesses do investidor referida
no § 6o deste artigo, até o integral cumprimento da obrigação assumida. (Incluído pela Lei nº 13.609, de
2018)

§ 9o Para as operações já contratadas na data da promulgação desta Lei, poderão as partes, de comum
acordo, ajustar a transferência do depósito dos recursos de que trata o § 4o deste artigo diretamente para conta
bancária específica do investidor ou da entidade representativa dos interesses do investidor para essa
finalidade. (Incluído pela Lei nº 13.609, de 2018)

§ 10. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.609, de 2018)


Art. 48. A parcela do valor do royalty, previsto no contrato de concessão, que representar cinco por cento da
produção, correspondente ao montante mínimo referido no § 1º do artigo anterior, será distribuída segundo os
critérios estipulados pela Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. . (Vide Lei nº 10.261, de
2001) . (Vide Decreto nº 7.403, de 2010)

Art. 48. A parcela do valor dos royalties, previstos no contrato de concessão, que representar 5% (cinco por
cento) da produção, correspondente ao montante mínimo referido no § 1o do art. 47, será distribuída segundo os
seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012)

I - quando a lavra ocorrer em terra ou em lagos, rios, ilhas fluviais e lacustres: (Incluído pela Lei nº
12.734, de 2012)

a) 70% (setenta por cento) aos Estados onde ocorrer a produção; (Incluída pela Lei nº 12.734, de
2012)

b) 20% (vinte por cento) aos Municípios onde ocorrer a produção; e (Incluída pela Lei nº 12.734, de
2012)

c) 10% (dez por cento) aos Municípios que sejam afetados pelas operações de embarque e desembarque de
petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos, na forma e critérios estabelecidos pela
ANP; (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012)

II - quando a lavra ocorrer na plataforma continental, no mar territorial ou na zona econômica


exclusiva: (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

a) 20% (vinte por cento) para os Estados confrontantes; (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012)

b) 17% (dezessete por cento) para os Municípios confrontantes e respectivas áreas geoeconômicas,
conforme definido nos arts. 2o, 3o e 4o da Lei no 7.525, de 22 de julho de 1986; (Incluída pela Lei nº 12.734, de
2012)

c) 3% (três por cento) para os Municípios que sejam afetados pelas operações de embarque e desembarque
de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, na forma e critério estabelecidos pela
ANP; (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012)

d) 20% (vinte por cento) para constituição de fundo especial, a ser distribuído entre Estados e o Distrito
Federal, se for o caso, de acordo com os seguintes critérios: (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012)

1. os recursos serão distribuídos somente para os Estados e, se for o caso, o Distrito Federal, que não
tenham recebido recursos em decorrência do disposto na alínea “a” dos incisos I e II do art. 42-B da Lei nº 12.351,
de 22 de dezembro de 2010, na alínea “a” deste inciso e do inciso II do art. 49 desta Lei e no inciso II do § 2o do art.
50 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

2. o rateio dos recursos do fundo especial obedecerá às mesmas regras do rateio do Fundo de Participação
dos Estados e do Distrito Federal (FPE), de que trata o art. 159 da Constituição; (Incluído pela Lei nº 12.734, de
2012)

3. o percentual que o FPE destina aos Estados e ao Distrito Federal, se for o caso, que serão excluídos do
rateio dos recursos do fundo especial em decorrência do disposto no item 1 será redistribuído entre os demais
Estados e o Distrito Federal, se for o caso, proporcionalmente às suas participações no FPE; (Incluído pela Lei
nº 12.734, de 2012)

4. o Estado produtor ou confrontante, e o Distrito Federal, se for produtor, poderá optar por receber os
recursos do fundo especial de que trata esta alínea, desde que não receba recursos em decorrência do disposto
na alínea “a” dos incisos I e II do art. 42-B da Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010, na alínea “a” deste inciso e
do inciso II do art. 49 desta Lei e no inciso II do § 2o do art. 50 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)
5. os recursos que Estados produtores ou confrontantes, ou que o Distrito Federal, se for o caso, tenham
deixado de arrecadar em função da opção prevista no item 4 serão adicionados aos recursos do fundo especial de
que trata esta alínea; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

e) 20% (vinte por cento) para constituição de fundo especial, a ser distribuído entre os Municípios de acordo
com os seguintes critérios: (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012)

1. os recursos serão distribuídos somente para os Municípios que não tenham recebido recursos em
decorrência do disposto nas alíneas “b” e “c” dos incisos I e II do art. 42-B da Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de
2010, nas alíneas “b” e “c” deste inciso e do inciso II do art. 49 desta Lei e no inciso III do § 2o do art. 50 desta
Lei; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

2. o rateio dos recursos do fundo especial obedecerá às mesmas regras do rateio do Fundo de Participação
dos Municípios (FPM), de que trata o art. 159 da Constituição; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

3. o percentual que o FPM destina aos Municípios que serão excluídos do rateio dos recursos do fundo
especial em decorrência do disposto no item 1 será redistribuído entre Municípios proporcionalmente às suas
participações no FPM; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

4. o Município produtor ou confrontante poderá optar por receber os recursos do fundo especial de que
trata esta alínea, desde que não receba recursos em decorrência do disposto nas alíneas “b” e “c” dos incisos I e II
do art. 42-B da Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010, nas alíneas “b” e “c” deste inciso e do inciso II do art. 49
desta Lei e no inciso III do § 2o do art. 50 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

5. os recursos que Municípios produtores ou confrontantes tenham deixado de arrecadar em função da


opção prevista no item 4 serão adicionados aos recursos do fundo especial de que trata esta alínea; (Incluído
pela Lei nº 12.734, de 2012)

f) 20% (vinte por cento) para a União, a ser destinado ao Fundo Social, instituído por esta Lei, deduzidas as
parcelas destinadas aos órgãos específicos da Administração Direta da União, nos termos do regulamento do Poder
Executivo. (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012)

§ 1o A soma dos valores referentes aos royalties devidos aos Municípios nos termos das alíneas “b” e “c” dos
incisos I e II do art. 42-B da Lei no 12.351, de 22 de dezembro de 2010, com os royalties devidos nos termos das
alíneas “b” e “c” dos incisos I e II deste art. 48 e do art. 49 desta Lei, com a participação especial devida nos termos
do inciso III do § 2o do art. 50 desta Lei, ficarão limitados ao maior dos seguintes valores: (Incluído pela Lei nº
12.734, de 2012)

I - os valores que o Município recebeu a título de royalties e participação especial em 2011 (Incluído
pela Lei nº 12.734, de 2012)

II - 2 (duas) vezes o valor per capita distribuído pelo FPM, calculado em nível nacional, multiplicado pela
população do Município. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

§ 2o A parcela dos royalties de que trata este artigo que contribuir para o que exceder o limite de
pagamentos aos Municípios em decorrência do disposto no § 1o será transferida para o fundo especial de que trata
a alínea “e” do inciso II. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

§ 3o Os pontos de entrega às concessionárias de gás natural produzido no País serão considerados


instalações de embarque e desembarque, para fins de pagamento de royalties aos Municípios afetados por essas
operações, em razão do disposto na alínea “c” dos incisos I e II. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

§ 4o A opção dos Estados, Distrito Federal e Municípios de que trata o item 4 das alíneas “d” e “e” do inciso
II poderá ser feita após conhecido o valor dos royalties e da participação especial a serem distribuídos, nos termos
do regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

Art. 48-A. A parcela do valor do royalty previsto nos contratos de concessão firmados a partir de 3 de
dezembro de 2012 que representar cinco por cento da produção, correspondente ao montante mínimo referido no
§ 1o do art. 47, terá a seguinte distribuição:. (Incluído pela Medida Provisória nº 592, de 2012)
I - quando a lavra ocorrer em terra ou em lagos, rios, ilhas fluviais e lacustres, segundo os critérios estipulados
pelo art. 48 desta Lei; e. (Incluído pela Medida Provisória nº 592, de 2012) (Encerrada)

II - quando a lavra ocorrer na plataforma continental, no mar territorial ou na zona econômica exclusiva, na
forma do Anexo I a esta Lei. . (Incluído pela Medida Provisória nº 592, de 2012) (Encerrada)

Art. 49. A parcela do valor do royalty que exceder a cinco por cento da produção terá a seguinte
distribuição: (Vide Lei nº 10.261, de 2001)

I - quando a lavra ocorrer em terra ou em lagos, rios, ilhas fluviais e lacustres:

a) cinqüenta e dois inteiros e cinco décimos por cento aos Estados onde ocorrer a produção;

b) quinze por cento aos Municípios onde ocorrer a produção;

c) sete inteiros e cinco décimos por cento aos Municípios que sejam afetados pelas operações de embarque
e desembarque de petróleo e gás natural, na forma e critério estabelecidos pela ANP;

d) vinte e cinco por cento ao Ministério da Ciência e Tecnologia para financiar programas de amparo à
pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados à indústria do petróleo;
d) 25% (vinte e cinco por cento) ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para financiar programas de amparo à
pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados à indústria do petróleo, do gás natural e dos
biocombustíveis; . (Redação dada pela Lei nº 11.097, de 2005)
d) 25% (vinte e cinco por cento) ao Ministério da Ciência e Tecnologia para financiar programas de amparo à
pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados à indústria do petróleo, do gás natural, dos
biocombustíveis e à indústria petroquímica de primeira e segunda geração, bem como para programas de mesma
natureza que tenham por finalidade a prevenção e a recuperação de danos causados ao meio ambiente por essas
indústrias; . (Redação dada pela Lei nº 11.921, de 2009) . (Vide Decreto nº 7.403, de 2010)

d) 25% (vinte e cinco por cento) para a União, a ser destinado ao Fundo Social, instituído por esta Lei,
deduzidas as parcelas destinadas aos órgãos específicos da Administração Direta da União, nos termos do
regulamento do Poder Executivo; (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012)

II - quando a lavra ocorrer na plataforma continental:

a) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento aos Estados produtores confrontantes;

a) 20% (vinte por cento) para os Estados confrontantes; (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012)

b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento aos Municípios produtores confrontantes;

b) 17% (dezessete por cento) para os Municípios confrontantes e respectivas áreas geoeconômicas,
conforme definido nos arts. 2o, 3º e 4º da Lei nº 7.525, de 22 de julho de 1986; (Redação dada pela Lei nº
12.734, de 2012)

c) quinze por cento ao Ministério da Marinha, para atender aos encargos de fiscalização e proteção das áreas
de produção; (Vide Decreto nº 7.403, de 2010)

c) 3% (três por cento) para os Municípios que sejam afetados pelas operações de embarque e desembarque
de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, na forma e critério estabelecidos pela
ANP; (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012)

d) sete inteiros e cinco décimos por cento aos Municípios que sejam afetados pelas operações de embarque
e desembarque de petróleo e gás natural, na forma e critério estabelecidos pela ANP;

d) 20% (vinte por cento) para constituição de fundo especial, a ser distribuído entre Estados e o Distrito
Federal, se for o caso, de acordo com os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012)
1. os recursos serão distribuídos somente para os Estados e, se for o caso, o Distrito Federal, que não
tenham recebido recursos em decorrência do disposto na alínea “a” dos incisos I e II do art. 42-B da Lei nº 12.351,
de 22 de dezembro de 2010, na alínea “a” deste inciso e do inciso II do art. 48 desta Lei e no inciso II do § 2o do art.
50 desta Lei; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

2. o rateio dos recursos do fundo especial obedecerá às mesmas regras do rateio do Fundo de Participação
dos Estados e do Distrito Federal (FPE), de que trata o art. 159 da Constituição; (Incluído pela Lei nº 12.734,
de 2012)

3. o percentual que o FPE destina aos Estados e ao Distrito Federal, se for o caso, que serão excluídos do
rateio dos recursos do fundo especial em decorrência do disposto no item 1 será redistribuído entre os demais
Estados e o Distrito Federal, se for o caso, proporcionalmente às suas participações no FPE; (Incluído pela Lei
nº 12.734, de 2012)

4. o Estado produtor ou confrontante, e o Distrito Federal, se for produtor, poderá optar por receber os
recursos do fundo especial de que trata esta alínea, desde que não receba os recursos referidos no item
1; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

5. os recursos que Estados produtores ou confrontantes, ou que o Distrito Federal, se for o caso, tenham
deixado de arrecadar em função da opção prevista no item 4 serão adicionados aos recursos do fundo especial de
que trata esta alínea; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

e) sete inteiros e cinco décimos por cento para constituição de um Fundo Especial, a ser distribuído entre
todos os Estados, Territórios e Municípios;

e) 20% (vinte por cento) para constituição de fundo especial, a ser distribuído entre os Municípios de acordo
com os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012)

1. os recursos serão distribuídos somente para os Municípios que não tenham recebido recursos em
decorrência do disposto nas alíneas “b” e “c” dos incisos I e II do art. 42-B da Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de
2010, nas alíneas “b” e “c” deste inciso e do inciso II do art. 48 desta Lei e no inciso III do § 2o do art. 50 desta
Lei; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

2. o rateio dos recursos do fundo especial obedecerá às mesmas regras do rateio do FPM, de que trata o art.
159 da Constituição; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

3. o percentual que o FPM destina aos Municípios que serão excluídos do rateio dos recursos do fundo
especial em decorrência do disposto no item 1 será redistribuído entre Municípios proporcionalmente às suas
participações no FPM; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

4. o Município produtor ou confrontante poderá optar por receber os recursos do fundo especial de que
trata esta alínea, desde que não receba os recursos referidos no item 1; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

5. os recursos que Municípios produtores ou confrontantes tenham deixado de arrecadar em função da


opção prevista no item 4 serão adicionados aos recursos do fundo especial de que trata esta alínea; (Incluído
pela Lei nº 12.734, de 2012)

f) vinte e cinco por cento ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para financiar programas de amparo à
pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados à indústria do petróleo.
f) 25% (vinte e cinco por cento) ao Ministério da Ciência e Tecnologia, para financiar programas de amparo à
pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados à indústria do petróleo, do gás natural e dos
biocombustíveis.. (Redação dada pela Lei nº 11.097, de 2005)
f) 25% (vinte e cinco por cento) ao Ministério da Ciência e Tecnologia para financiar programas de amparo à
pesquisa científica e ao desenvolvimento tecnológico aplicados à indústria do petróleo, do gás natural, dos
biocombustíveis e à indústria petroquímica de primeira e segunda geração, bem como para programas de mesma
natureza que tenham por finalidade a prevenção e a recuperação de danos causados ao meio ambiente por essas
indústrias.. (Redação dada pela Lei nº 11.921, de 2009). (Vide Decreto nº 7.403, de 2010)
f) 20% (vinte por cento) para a União, a ser destinado ao Fundo Social, instituído por esta Lei, deduzidas as
parcelas destinadas aos órgãos específicos da Administração Direta da União, nos termos do regulamento do Poder
Executivo. (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012)

§ 1° Do total de recursos destinados ao Ministério da Ciência e Tecnologia, serão aplicados no mínimo


quarenta por cento em programas de fomento à capacitação e ao desenvolvimento científico e tecnológico nas
regiões Norte e Nordeste.
§ 1o Do total de recursos destinados ao Ministério da Ciência e Tecnologia serão aplicados, no mínimo, 40%
(quarenta por cento) em programas de fomento à capacitação e ao desenvolvimento científico e tecnológico das
regiões Norte e Nordeste, incluindo as respectivas áreas de abrangência das Agências de Desenvolvimento
Regional.. (Redação dada pela Lei nº 11.540, de 2007)
§ 2° O Ministério da Ciência e Tecnologia administrará os programas de amparo à pesquisa científica e ao
desenvolvimento tecnológico previstos no caput deste artigo, com o apoio técnico da ANP, no cumprimento do
disposto no inciso X do art. 8º, e mediante convênios com as universidades e os centros de pesquisa do País,
segundo normas a serem definidas em decreto do Presidente da República. . (Vide Decreto nº 7.403, de 2010)
§ 3o Nas áreas localizadas no pré-sal contratadas sob o regime de concessão, a parcela dos royalties que
cabe à administração direta da União será destinada integralmente ao fundo de natureza contábil e financeira,
criado por lei específica, com a finalidade de constituir fonte de recursos para o desenvolvimento social e regional,
na forma de programas e projetos nas áreas de combate à pobreza e de desenvolvimento da educação, da cultura,
do esporte, da saúde pública, da ciência e tecnologia, do meio ambiente e de mitigação e adaptação às mudanças
climáticas, vedada sua destinação aos órgãos específicos de que trata este artigo.. (Incluído pela Lei nº
12.351, de 2010) . (Vide Decreto nº 7.403, de 2010) . (Vide Medida Provisória nº 592, 2012)

§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012)

§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012)

§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012)

§ 4o A soma dos valores referentes aos royalties devidos aos Municípios nos termos das alíneas “b” e “c” dos
incisos I e II do art. 42-B da Lei no 12.351, de 22 de dezembro de 2010, com os royalties devidos nos termos das
alíneas “b” e “c” dos incisos I e II deste artigo e do art. 48 desta Lei, com a participação especial devida nos termos
do inciso III do § 2o do art. 50 desta Lei, ficarão limitados ao maior dos seguintes valores: (Incluído pela Lei nº
12.734, de 2012)

I - os valores que o Município recebeu a título de royalties e participação especial em 2011; (Incluído
pela Lei nº 12.734, de 2012)

II - 2 (duas) vezes o valor per capita distribuído pelo FPM, calculado em nível nacional, multiplicado pela
população do Município. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

§ 5o A parcela dos royalties de que trata este artigo que contribuir para o valor que exceder o limite de
pagamentos aos Municípios em decorrência do disposto no § 4o será transferida para o fundo especial de que trata
a alínea “e” do inciso II. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

§ 6o A opção dos Estados, Distrito Federal e Municípios de que trata o item 4 das alíneas “d” e “e” do inciso
II poderá ser feita após conhecido o valor dos royalties e da participação especial a serem distribuídos, nos termos
do regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

§ 7o Os pontos de entrega às concessionárias de gás natural produzido no País serão considerados


instalações de embarque e desembarque, para fins de pagamento de royalties aos Municípios afetados por essas
operações, em razão do disposto na alínea “c” dos incisos I e II. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

Art. 49-A. A parcela do valor do royalty previsto nos contratos de concessão firmados a partir de 3 de
dezembro de 2012 que exceder a cinco por cento da produção terá a seguinte distribuição: . (Incluído pela
Medida Provisória nº 592, de 2012)

I - quando a lavra ocorrer em terra ou em lagos, rios, ilhas fluviais e lacustres, segundo a forma estipulada pelo
inciso I do caput do art. 49; e (Incluído pela Medida Provisória nº 592, de 2012,)
II - quando a lavra ocorrer na plataforma continental, no mar territorial ou na zona econômica exclusiva, na
forma do Anexo II a esta Lei. (Incluído pela Medida Provisória nº 592, de 2012)

Art. 49-A. Os percentuais de distribuição a que se referem a alínea “b” do inciso II do art. 48 e a alínea “b” do
inciso II do art. 49 serão reduzidos: (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

I - em 2 (dois) pontos percentuais em 2013 e em cada ano subsequente até 2018, quando alcançará 5%
(cinco por cento); (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

II - em 1 (um) ponto percentual em 2019, quando alcançará o mínimo de 4% (quatro por


cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

Parágrafo único. A partir de 2019, o percentual de distribuição a que se refere este artigo será de 4%
(quatro por cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

Art. 49-B. Os percentuais de distribuição a que se referem a alínea “d” do inciso II do art. 48 e a alínea “d”
do inciso II do art. 49 serão acrescidos: (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

I - em 1 (um) ponto percentual em 2013 e em cada ano subsequente até atingir 24% (vinte e quatro por
cento) em 2016; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

II - em 1,5 (um inteiro e cinco décimos) de ponto percentual em 2017, quando atingirá 25,5% (vinte e cinco
inteiros e cinco décimos por cento); (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

III - em 1 (um) ponto percentual em 2018, quando atingirá 26,5% (vinte e seis inteiros e cinco décimos por
cento); (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

IV - em 0,5 (cinco décimos) de ponto percentual em 2019, quando atingirá o máximo de 27% (vinte e sete
por cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

Parágrafo único. A partir de 2019, o percentual de distribuição a que se refere este artigo será de 27% (vinte
e sete por cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

Art. 49-C. Os percentuais de distribuição a que se referem a alínea “e” do inciso II do art. 48 e a alínea “e” do
inciso II do art. 49 serão acrescidos: (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

I - em 1 (um) ponto percentual em 2013 e em cada ano subsequente até atingir 24% (vinte e quatro por
cento) em 2016; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

II - em 1,5 (um inteiro e cinco décimos) de ponto percentual em 2017, quando atingirá 25,5% (vinte e cinco
inteiros e cinco décimos por cento); (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

III - em 1 (um) ponto percentual em 2018, quando atingirá 26,5% (vinte e seis inteiros e cinco décimos por
cento); (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

IV - em 0,5 (cinco décimos) de ponto percentual em 2019, quando atingirá o máximo de 27% (vinte e sete
por cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

Parágrafo único. A partir de 2019, o percentual de distribuição a que se refere este artigo será de 27% (vinte
e sete por cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012)

Art. 50. O edital e o contrato estabelecerão que, nos casos de grande volume de produção, ou de grande
rentabilidade, haverá o pagamento de uma participação especial, a ser regulamentada em decreto do Presidente da
República. (Vide Lei nº 10.261, de 2001)

§ 1º A participação especial será aplicada sobre a receita bruta da produção, deduzidos os royalties, os
investimentos na exploração, os custos operacionais, a depreciação e os tributos previstos na legislação em vigor.
§ 2º Os recursos da participação especial serão distribuídos na seguinte proporção:

I - quarenta por cento ao Ministério de Minas e Energia, para o financiamento de estudos e serviços de
geologia e geofísica aplicados à prospecção de petróleo e gás natural, a serem promovidos pela ANP, nos termos
dos incisos II e III do art. 8°;
I - 40% (quarenta por cento) ao Ministério de Minas e Energia, sendo 70% (setenta por cento) para o
financiamento de estudos e serviços de geologia e geofísica aplicados à prospecção de combustíveis fósseis, a
serem promovidos pela ANP, nos termos dos incisos II e III do art. 8o desta Lei, e pelo MME, 15% (quinze por cento)
para o custeio dos estudos de planejamento da expansão do sistema energético e 15% (quinze por cento) para o
financiamento de estudos, pesquisas, projetos, atividades e serviços de levantamentos geológicos básicos no
território nacional;. (Redação dada pela lei nº 10.848, de 2004)
II - dez por cento ao Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, destinados ao
desenvolvimento de estudos e projetos relacionados com a preservação do meio ambiente e recuperação de danos
ambientais causados pelas atividades da indústria do petróleo;
II - 10% (dez por cento) ao Ministério do Meio Ambiente, destinados, preferencialmente, ao
desenvolvimento das seguintes atividades de gestão ambiental relacionadas à cadeia produtiva do petróleo,
incluindo as consequências de sua utilização:. (Redação dada pela lei nº 12.114, de 2009)
a) modelos e instrumentos de gestão, controle (fiscalização, monitoramento, licenciamento e instrumentos
voluntários), planejamento e ordenamento do uso sustentável dos espaços e dos recursos naturais;. (Incluído
pela lei nº 12.114, de 2009)
b) estudos e estratégias de conservação ambiental, uso sustentável dos recursos naturais e recuperação de
danos ambientais; . (Incluído pela lei nº 12.114, de 2009)
c) novas práticas e tecnologias menos poluentes e otimização de sistemas de controle de poluição, incluindo
eficiência energética e ações consorciadas para o tratamento de resíduos e rejeitos oleosos e outras substâncias
nocivas e perigosas;. (Incluído pela lei nº 12.114, de 2009)
d) definição de estratégias e estudos de monitoramento ambiental sistemático, agregando o
estabelecimento de padrões de qualidade ambiental específicos, na escala das bacias
sedimentares; . (Incluído pela lei nº 12.114, de 2009)
e) sistemas de contingência que incluam prevenção, controle e combate e resposta à poluição por
óleo;. (Incluído pela lei nº 12.114, de 2009)
f) mapeamento de áreas sensíveis a derramamentos de óleo nas águas jurisdicionais
brasileiras;. (Incluído pela lei nº 12.114, de 2009)
g) estudos e projetos de prevenção de emissões de gases de efeito estufa para a atmosfera, assim como para
mitigação da mudança do clima e adaptação à mudança do clima e seus efeitos, considerando-se como mitigação a
redução de emissão de gases de efeito estufa e o aumento da capacidade de remoção de carbono pelos sumidouros
e, como adaptação as iniciativas e medidas para reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente
aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima;. (Incluído pela lei nº 12.114, de 2009)
h) estudos e projetos de prevenção, controle e remediação relacionados ao desmatamento e à poluição
atmosférica; . (Incluído pela lei nº 12.114, de 2009)
i) iniciativas de fortalecimento do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA; . (Incluído pela lei
nº 12.114, de 2009)
III - quarenta por cento para o Estado onde ocorrer a produção em terra, ou confrontante com a plataforma
continental onde se realizar a produção;
IV - dez por cento para o Município onde ocorrer a produção em terra, ou confrontante com a plataforma
continental onde se realizar a produção.

I - 42% (quarenta e dois por cento) à União, a ser destinado ao Fundo Social, instituído pela Lei nº 12.351, de
2010, deduzidas as parcelas destinadas aos órgãos específicos da Administração Direta da União, nos termos do
regulamento do Poder Executivo; (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012)

II - 34% (trinta e quatro por cento) para o Estado onde ocorrer a produção em terra, ou confrontante com a
plataforma continental onde se realizar a produção; (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012

III - 5% (cinco por cento) para o Município onde ocorrer a produção em terra, ou confrontante com a
plataforma continental onde se realizar a produção; (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012

IV - 9,5% (nove inteiros e cinco décimos por cento) para constituição de fundo especial, a ser distribuído
entre Estados e o Distrito Federal, se for o caso, de acordo com os seguintes critérios: (Redação dada pela Lei
nº 12.734, de 2012

a) os recursos serão distribuídos somente para os Estados e, se for o caso, o Distrito Federal, que não
tenham recebido recursos em decorrência do disposto na alínea “a” dos incisos I e II do art. 42-B da Lei nº 12.351,
de 22 de dezembro de 2010, na alínea “a” do inciso II dos arts. 48 e 49 desta Lei e no inciso II do § 2 o deste
artigo; (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012

b) o rateio dos recursos do fundo especial obedecerá às mesmas regras do rateio do Fundo de Participação
dos Estados e do Distrito Federal (FPE), de que trata o art. 159 da Constituição; (Incluída pela Lei nº 12.734, de
2012

c) o percentual que o FPE destina aos Estados e ao Distrito Federal, se for o caso, que serão excluídos do
rateio dos recursos do fundo especial em decorrência do disposto na alínea “a” será redistribuído entre os demais
Estados e o Distrito Federal, se for o caso, proporcionalmente às suas participações no FPE; (Incluída pela Lei
nº 12.734, de 2012

d) o Estado produtor ou confrontante, e o Distrito Federal, se for produtor, poderá optar por receber os
recursos do fundo especial de que trata este inciso, desde que não receba recursos em decorrência do disposto
na alínea “a” dos incisos I e II do art. 42-B da Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010, na alínea “a” do inciso II
dos arts. 48 e 49 desta Lei e no inciso II do § 2o deste artigo; (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012

e) os recursos que Estados produtores ou confrontantes, ou que o Distrito Federal, se for o caso, tenham
deixado de arrecadar em função da opção prevista na alínea “d” serão adicionados aos recursos do fundo especial
de que trata este inciso; (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012

V - 9,5% (nove inteiros e cinco décimos por cento) para constituição de fundo especial, a ser distribuído
entre os Municípios de acordo com os seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

a) os recursos serão distribuídos somente para os Municípios que não tenham recebido recursos em
decorrência do disposto nas alíneas “b” e “c” dos incisos I e II do art. 42-B da Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de
2010, nas alíneas “b” e “c” do inciso II dos arts. 48 e 49 desta Lei e no inciso III do § 2o deste artigo; (Incluída
pela Lei nº 12.734, de 2012

b) o rateio dos recursos do fundo especial obedecerá às mesmas regras do rateio do FPM, de que trata o art.
159 da Constituição; (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012

c) o percentual que o FPM destina aos Municípios que serão excluídos do rateio dos recursos do fundo
especial em decorrência do disposto na alínea “a” será redistribuído entre Municípios proporcionalmente às suas
participações no FPM; (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012

d) o Município produtor ou confrontante poderá optar por receber os recursos do fundo especial de que
trata este inciso, desde que não receba recursos em decorrência do disposto nas alíneas “b” e “c” dos incisos I e II
do art. 42-B da Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010, nas alíneas “b” e “c” do inciso II dos arts. 48 e 49 desta
Lei e no inciso III do § 2o deste artigo; (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012

e) os recursos que Municípios produtores ou confrontantes tenham deixado de arrecadar em função da


opção prevista na alínea “d” serão adicionados aos recursos do fundo especial de que trata este
inciso. (Incluída pela Lei nº 12.734, de 2012

§ 3° Os estudos a que se refere o inciso II do parágrafo anterior serão desenvolvidos pelo Ministério do Meio
Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia Legal, com o apoio técnico da ANP, no cumprimento do disposto no
inciso IX do art. 8°. (Revogado pela Lei nº 12.114, de 2009)

§ 4o Nas áreas localizadas no pré-sal contratadas sob o regime de concessão, a parcela da participação
especial que cabe à administração direta da União será destinada integralmente ao fundo de natureza contábil e
financeira, criado por lei específica, com a finalidade de constituir fonte de recursos para o desenvolvimento social e
regional, na forma de programas e projetos nas áreas de combate à pobreza e de desenvolvimento da educação, da
cultura, do esporte, da saúde pública, da ciência e tecnologia, do meio ambiente e de mitigação e adaptação às
mudanças climáticas, vedada sua destinação aos órgãos específicos de que trata este artigo. (Incluído pela
Lei nº 12.351, de 2010) (Vide Medida Provisória nº 592, 2012)

§ 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012


§ 5o Os recursos da participação especial relativos à produção ocorrida nos contratos de concessão firmados
a partir de 3 de dezembro de 2012 serão distribuídos na forma do Anexo III a esta Lei. (Incluído pela Medida
Provisória nº 592, de 2012)

§ 5o A soma dos valores referentes aos royalties devidos aos Municípios nos termos das alíneas “b” e “c” dos
incisos I e II do art. 42-B da Lei nº 12.351, de 22 de dezembro de 2010, com os royalties devidos nos termos das
alíneas “b” e “c” dos incisos I e II dos arts. 48 e 49 desta Lei, com a participação especial devida nos termos do inciso
III do § 2o deste artigo, ficarão limitados ao maior dos seguintes valores: (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

I - os valores que o Município recebeu a título de royalties e participação especial em 2011; (Incluído
pela Lei nº 12.734, de 2012

II - 2 (duas) vezes o valor per capita distribuído pelo FPM, calculado em nível nacional, multiplicado pela
população do Município. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

§ 6o A opção dos Estados, Distrito Federal e Municípios de que trata a alínea “d” dos incisos IV e V poderá
ser feita após conhecido o valor dos royalties e da participação especial a serem distribuídos, nos termos do
regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

§ 7o A parcela da participação especial que contribuir para o valor que exceder o limite de pagamentos aos
Municípios em decorrência do disposto no § 5o será transferida para o fundo especial de que trata o inciso V do §
2o. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

§ 8o Os recursos provenientes dos pagamentos da participação especial serão distribuídos, nos termos do
disposto nesta Lei, com base nos cálculos de valores devidos a cada beneficiário, fornecidos pela autoridade
administrativa competente. (Incluído pela Lei nº 13.609, de 2018)

§ 9o No caso dos Estados e dos Municípios, os recursos de que trata o § 8o deste artigo serão creditados em
contas bancárias específicas de titularidade deles. (Incluído pela Lei nº 13.609, de 2018)

§ 10. Observado o disposto no § 13 deste artigo, na hipótese de o Estado ou o Município ter celebrado
operação de cessão ou transferência, parcial ou total, dos seus direitos sobre a participação especial ou de
antecipação, parcial ou total, das receitas decorrentes dos direitos sobre a participação especial, os recursos de que
trata o § 8o deste artigo serão creditados pelo seu valor líquido, após as deduções de natureza legal, tributária e/ou
contratual anteriormente incidentes, se houver, e desde que tais deduções tenham prioridade de pagamentos,
diretamente pela União, em conta bancária específica de titularidade dos investidores, no Brasil ou no exterior, ou
de entidade representativa dos interesses dos investidores que tenham contratado com o Estado ou o Município a
respectiva operação de cessão ou transferência de direitos sobre a participação especial ou de antecipação das
receitas decorrentes dos direitos sobre a participação especial. (Incluído pela Lei nº 13.609, de 2018)

§ 11. Na hipótese prevista no § 10 deste artigo, a União não poderá alterar a conta bancária específica
indicada para o pagamento dos direitos e receitas sobre a participação especial sem a prévia e expressa autorização
do beneficiário da operação. (Incluído pela Lei nº 13.609, de 2018)

§ 12. Eventual adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal previsto na Lei Complementar no 159, de
19 de maio de 2017, não poderá afetar a transferência dos direitos e receitas sobre a participação especial para a
conta bancária específica de titularidade do investidor ou da entidade representativa dos interesses do investidor
referida no § 10 deste artigo, até o integral cumprimento da obrigação assumida. (Incluído pela Lei nº
13.609, de 2018)

§ 13. Para as operações já contratadas na data da promulgação desta Lei, poderão as partes, de comum
acordo, ajustar a transferência do depósito dos recursos de que trata o § 8o deste artigo diretamente para conta
bancária específica do investidor ou da entidade representativa dos interesses do investidor para essa
finalidade. (Incluído pela Lei nº 13.609, de 2018)

§ 14. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.609, de 2018)

Art. 50-A. Serão integralmente destinados ao Fundo Social de que trata o art. 47 da Lei no 12.351, de 2010,
os valores dos royalties e da participação especial destinados à União de que tratam os arts. 48, 49 e o § 2º do art.
50 desta Lei e o art. 5º da Lei nº 12.276, de 2010, quando oriundos da produção realizada no horizonte geológico
denominado pré-sal, em campos localizados na área definida no inciso IV do caput do art. 2o da Lei no 12.351, de
2010. (Incluído pela Medida Provisória nº 592, de 2012)

Art. 50-A. O percentual de distribuição a que se refere o inciso I do § 2o do art. 50 será acrescido de 1 (um)
ponto percentual em 2013 e em cada ano subsequente até 2016, quando alcançará 46% (quarenta e seis por
cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Parágrafo único. A partir de 2016, o percentual de distribuição a que se refere este artigo será de 46%
(quarenta e seis por cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Art. 50-B. As receitas de que tratam os arts. 48-A, 49-A e o § 5o do art. 50 serão destinadas, exclusivamente,
para a educação, em acréscimo ao mínimo constitucionalmente obrigatório, na forma do
regulamento. (Incluído pela Medida Provisória nº 592, de 2012)

Art. 50-B. O percentual de distribuição a que se refere o inciso II do § 2o do art. 50 será


reduzido: (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

I - em 2 (dois) pontos percentuais em 2013, quando atingirá 32% (trinta e dois por cento); (Incluído pela
Lei nº 12.734, de 2012

II - em 3 (três) pontos percentuais em 2014 e em 2015, quando atingirá 26% (vinte e seis por
cento); (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

III - em 2 (dois) pontos percentuais em 2016, em 2017 e em 2018, quando atingirá 20% (vinte por
cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Parágrafo único. A partir de 2018, o percentual de distribuição a que se refere este artigo será de 20% (vinte
por cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Art. 50-C. O percentual de distribuição a que se refere o inciso III do § 2o do art. 50 será reduzido em 1 (um)
ponto percentual em 2019, quando atingirá 4% (quatro por cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Parágrafo único. A partir de 2019, o percentual de distribuição a que se refere este artigo será de 4%
(quatro por cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Art. 50-D. O percentual de distribuição a que se refere o inciso IV do § 2o do art. 50 será


acrescido: (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

I - em 0,5 (cinco décimos) de ponto percentual em 2013, quando atingirá 10% (dez por cento); (Incluído
pela Lei nº 12.734, de 2012

II - em 1 (um) ponto percentual em 2014 e em 2015, quando atingirá 12% (doze por cento); (Incluído
pela Lei nº 12.734, de 2012

III - em 0,5 (cinco décimos) de ponto percentual em 2016, quando atingirá 12,5% (doze inteiros e cinco
décimos por cento); (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

IV - em 1 (um) ponto percentual em 2017 e em 2018, quando atingirá 14,5% (quatorze inteiros e cinco
décimos por cento); (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

V - em 0,5 (cinco décimos) de ponto percentual em 2019, quando atingirá 15% (quinze por
cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Parágrafo único. A partir de 2019, o percentual de distribuição a que se refere este artigo será de 15%
(quinze por cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012
Art. 50-E. O percentual de distribuição a que se refere o inciso V do § 2o do art. 50 será
acrescido: (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

I - em 0,5 (cinco décimos) de ponto percentual em 2013, quando atingirá 10% (dez por cento); (Incluído
pela Lei nº 12.734, de 2012

II - em 1 (um) ponto percentual em 2014 e em 2015, quando atingirá 12% (doze por cento); (Incluído
pela Lei nº 12.734, de 2012

III - em 0,5 (cinco décimos) de ponto percentual em 2016, quando atingirá 12,5% (doze inteiros e cinco
décimos por cento); (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

IV - em 1 (um) ponto percentual em 2017 e em 2018, quando atingirá 14,5% (quatorze inteiros e cinco
décimos por cento); (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

V - em 0,5 (cinco décimos) de ponto percentual em 2019, quando atingirá 15% (quinze por
cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Parágrafo único. A partir de 2019, o percentual de distribuição a que se refere este artigo será de 15%
(quinze por cento). (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Art. 50-F. O fundo especial de que tratam as alíneas “d” e “e” do inciso II dos arts. 48 e 49 desta Lei, os
incisos IV e V do § 2o do art. 50 desta Lei e as alíneas “d” e “e” dos incisos I e II do art. 42-B da Lei no12.351, de 22 de
dezembro de 2010, serão destinados para as áreas de educação, infraestrutura social e econômica, saúde,
segurança, programas de erradicação da miséria e da pobreza, cultura, esporte, pesquisa, ciência e tecnologia,
defesa civil, meio ambiente, em programas voltados para a mitigação e adaptação às mudanças climáticas, e para o
tratamento e reinserção social dos dependentes químicos. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Parágrafo único. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios encaminharão anexo contendo a previsão
para a aplicação dos recursos de que trata o caput junto aos respectivos planos plurianuais, leis de diretrizes
orçamentárias e leis do orçamento anual. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Art. 51. O edital e o contrato disporão sobre o pagamento pela ocupação ou retenção de área, a ser feito
anualmente, fixado por quilômetro quadrado ou fração da superfície do bloco, na forma da regulamentação por
decreto do Presidente da República.

Parágrafo único. O valor do pagamento pela ocupação ou retenção de área será aumentado em percentual a
ser estabelecido pela ANP, sempre que houver prorrogação do prazo de exploração.

Art. 52. Constará também do contrato de concessão de bloco localizado em terra cláusula que determine o
pagamento aos proprietários da terra de participação equivalente, em moeda corrente, a um percentual variável
entre cinco décimos por cento e um por cento da produção de petróleo ou gás natural, a critério da ANP.

Parágrafo único. A participação a que se refere este artigo será distribuída na proporção da produção
realizada nas propriedades regularmente demarcadas na superfície do bloco.

CAPÍTULO VI

Do Refino de Petróleo e do Processamento de Gás Natural

Art. 53. Qualquer empresa ou consórcio de empresas que atenda ao disposto no art. 5° poderá submeter à
ANP proposta, acompanhada do respectivo projeto, para a construção e operação de refinarias e de unidades de
processamento e de estocagem de gás natural, bem como para a ampliação de sua capacidade.

Art. 53. Qualquer empresa ou consórcio de empresas que atenda ao disposto no art. 5o desta Lei poderá
submeter à ANP proposta, acompanhada do respectivo projeto, para a construção e operação de refinarias e de
unidades de processamento, de liquefação, de regaseificação e de estocagem de gás natural, bem como para a
ampliação de sua capacidade. (Redação dada pela Lei nº 11.909, de 2009)
§ 1º A ANP estabelecerá os requisitos técnicos, econômicos e jurídicos a serem atendidos pelos proponentes
e as exigências de projeto quanto à proteção ambiental e à segurança industrial e das populações.

§ 2º Atendido o disposto no parágrafo anterior, a ANP outorgará a autorização a que se refere o inciso V do
art. 8º, definindo seu objeto e sua titularidade.

Art. 54. É permitida a transferência da titularidade da autorização, mediante prévia e expressa aprovação
pela ANP, desde que o novo titular satisfaça os requisitos expressos no § 1º do artigo anterior.

Art. 55. No prazo de cento e oitenta dias, a partir da publicação desta Lei, a ANP expedirá as autorizações
relativas às refinarias e unidades de processamento de gás natural existentes, ratificando sua titularidade e seus
direitos.

Parágrafo único. As autorizações referidas neste artigo obedecerão ao disposto no art. 53 quanto à
transferência da titularidade e à ampliação da capacidade das instalações.

CAPÍTULO VII

Do Transporte de Petróleo, seus Derivados e Gás Natural

Art. 56. Observadas as disposições das leis pertinentes, qualquer empresa ou consórcio de empresas que
atender ao disposto no art. 5° poderá receber autorização da ANP para construir instalações e efetuar qualquer
modalidade de transporte de petróleo, seus derivados e gás natural, seja para suprimento interno ou para
importação e exportação.

Parágrafo único. A ANP baixará normas sobre a habilitação dos interessados e as condições para a
autorização e para transferência de sua titularidade, observado o atendimento aos requisitos de proteção
ambiental e segurança de tráfego.

Art. 57. No prazo de cento e oitenta dias, a partir da publicação desta Lei, a PETROBRÁS e as demais
empresas proprietárias de equipamentos e instalações de transporte marítimo e dutoviário receberão da ANP as
respectivas autorizações, ratificando sua titularidade e seus direitos.

Parágrafo único. As autorizações referidas neste artigo observarão as normas de que trata o parágrafo único
do artigo anterior, quanto à transferência da titularidade e à ampliação da capacidade das instalações.

Art. 58. Facultar-se-á a qualquer interessado o uso dos dutos de transporte e dos terminais marítimos
existentes ou a serem construídos, mediante remuneração adequada ao titular das instalações.

§ 1º A ANP fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração adequada, caso não haja acordo entre as
partes, cabendo-lhe também verificar se o valor acordado é compatível com o mercado.

Art. 58. Será facultado a qualquer interessado o uso dos dutos de transporte e dos terminais marítimos
existentes ou a serem construídos, com exceção dos terminais de Gás Natural Liquefeito - GNL, mediante
remuneração adequada ao titular das instalações ou da capacidade de movimentação de gás natural, nos termos da
lei e da regulamentação aplicável. (Redação dada pela Lei nº 11.909, de 2009)

§ 1o A ANP fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração adequada com base em critérios
previamente estabelecidos, caso não haja acordo entre as partes, cabendo-lhe também verificar se o valor acordado
é compatível com o mercado. (Redação dada pela Lei nº 11.909, de 2009)

§ 2º A ANP regulará a preferência a ser atribuída ao proprietário das instalações para movimentação de seus
próprios produtos, com o objetivo de promover a máxima utilização da capacidade de transporte pelos meios
disponíveis.

§ 3o A receita referida no caput deste artigo deverá ser destinada a quem efetivamente estiver suportando
o custo da capacidade de movimentação de gás natural. (Incuído pela Lei nº 11.909, de 2009)
Art. 59. Os dutos de transferência serão reclassificados pela ANP como dutos de transporte, caso haja
comprovado interesse de terceiros em sua utilização, observadas as disposições aplicáveis deste Capítulo.

CAPÍTULO VIII

Da Importação e Exportação de Petróleo,

seus Derivados e Gás Natural

Art. 60. Qualquer empresa ou consórcio de empresas que atender ao disposto no art. 5° poderá receber
autorização da ANP para exercer a atividade de importação e exportação de petróleo e seus derivados, de gás
natural e condensado.

Parágrafo único. O exercício da atividade referida no caput deste artigo observará as diretrizes do CNPE, em
particular as relacionadas com o cumprimento das disposições do art. 4° da Lei n° 8.176, de 8 de fevereiro de 1991,
e obedecerá às demais normas legais e regulamentares pertinentes.

CAPÍTULO IX

Da Petrobrás

Art. 61. A Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRÁS é uma sociedade de economia mista vinculada ao Ministério
de Minas e Energia, que tem como objeto a pesquisa, a lavra, a refinação, o processamento, o comércio e o
transporte de petróleo proveniente de poço, de xisto ou de outras rochas, de seus derivados, de gás natural e de
outros hidrocarbonetos fluidos, bem como quaisquer outras atividades correlatas ou afins, conforme definidas em
lei.

§ 1º As atividades econômicas referidas neste artigo serão desenvolvidas pela PETROBRÁS em caráter de
livre competição com outras empresas, em função das condições de mercado, observados o período de transição
previsto no Capítulo X e os demais princípios e diretrizes desta Lei.

§ 2° A PETROBRÁS, diretamente ou por intermédio de suas subsidiárias, associada ou não a terceiros, poderá
exercer, fora do território nacional, qualquer uma das atividades integrantes de seu objeto social.

Art. 62. A União manterá o controle acionário da PETROBRÁS com a propriedade e posse de, no mínimo,
cinqüenta por cento das ações, mais uma ação, do capital votante.

Parágrafo único. O capital social da PETROBRÁS é dividido em ações ordinárias, com direito de voto, e ações
preferenciais, estas sempre sem direito de voto, todas escriturais, na forma do art. 34 da Lei n° 6.404, de 15 de
dezembro de 1976.

Art. 63. A PETROBRÁS e suas subsidiárias ficam autorizadas a formar consórcios com empresas nacionais ou
estrangeiras, na condição ou não de empresa líder, objetivando expandir atividades, reunir tecnologias e ampliar
investimentos aplicados à indústria do petróleo.

Art. 64. Para o estrito cumprimento de atividades de seu objeto social que integrem a indústria do petróleo,
fica a PETROBRÁS autorizada a constituir subsidiárias, as quais poderão associar-se, majoritária ou
minoritariamente, a outras empresas.

Art. 65. A PETROBRÁS deverá constituir uma subsidiária com atribuições específicas de operar e construir
seus dutos, terminais marítimos e embarcações para transporte de petróleo, seus derivados e gás natural, ficando
facultado a essa subsidiária associar-se, majoritária ou minoritariamente, a outras empresas.

Art. 66. A PETROBRÁS poderá transferir para seus ativos os títulos e valores recebidos por qualquer
subsidiária, em decorrência do Programa Nacional de Desestatização, mediante apropriada redução de sua
participação no capital social da subsidiária.
Art. 67. Os contratos celebrados pela PETROBRÁS, para aquisição de bens e serviços, serão precedidos de
procedimento licitatório simplificado, a ser definido em decreto do Presidente da República. (Vide Decreto nº
2.745, de 1998) (Revogado pela Lei nº 13.303, de 2016)
Art. 68. Com o objetivo de compor suas propostas para participar das licitações que precedem as concessões
de que trata esta Lei, a PETROBRÁS poderá assinar pré-contratos, mediante a expedição de cartas-convites,
assegurando preços e compromissos de fornecimento de bens e serviços. (Revogado pela Lei nº 13.303, de 2016)
Parágrafo único. Os pré-contratos conterão cláusula resolutiva de pleno direito, a ser exercida, sem
penalidade ou indenização, no caso de outro licitante ser declarado vencedor, e serão submetidos, a posteriori, à
apreciação dos órgãos de controle externo e fiscalização. (Revogado pela Lei nº 13.303, de 2016)

CAPÍTULO IX-A
(Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

DAS ATIVIDADES ECONÔMICAS DA INDÚSTRIA DE BIOCOMBUSTÍVEIS

Art. 68-A. Qualquer empresa ou consórcio de empresas constituídas sob as leis brasileiras com sede e
administração no País poderá obter autorização da ANP para exercer as atividades econômicas da indústria de
biocombustíveis. (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

§ 1o As autorizações de que trata o caput destinam-se a permitir a exploração das atividades econômicas
em regime de livre iniciativa e ampla competição, nos termos da legislação específica. (Incluído pela Lei nº
12.490, de 2011)

§ 2o A autorização de que trata o caput deverá considerar a comprovação, pelo interessado, quando couber,
das condições previstas em lei específica, além das seguintes, conforme regulamento: (Incluído pela Lei nº
12.490, de 2011)

I - estar constituído sob as leis brasileiras, com sede e administração no País; (Incluído pela Lei nº
12.490, de 2011)

II - estar regular perante as fazendas federal, estadual e municipal, bem como demonstrar a regularidade de
débitos perante a ANP; (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

III - apresentar projeto básico da instalação, em conformidade às normas e aos padrões técnicos aplicáveis à
atividade; (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

IV - apresentar licença ambiental, ou outro documento que a substitua, expedida pelo órgão
competente; (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

V - apresentar projeto de controle de segurança das instalações aprovado pelo órgão


competente; (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

VI - deter capital social integralizado ou apresentar outras fontes de financiamento suficientes para o
empreendimento. (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

§ 3o A autorização somente poderá ser revogada por solicitação do próprio interessado ou por ocasião do
cometimento de infrações passíveis de punição com essa penalidade, conforme previsto em lei. (Incluído
pela Lei nº 12.490, de 2011)

§ 4o A autorização será concedida pela ANP em prazo a ser estabelecido na forma do


regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

§ 5o A autorização não poderá ser concedida se o interessado, nos 5 (cinco) anos anteriores ao
requerimento, teve autorização para o exercício de atividade regulamentada pela ANP revogada em decorrência de
penalidade aplicada em processo administrativo com decisão definitiva. (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

§ 6o Não são sujeitas à regulação e à autorização pela ANP a produção agrícola, a fabricação de produtos
agropecuários e alimentícios e a geração de energia elétrica, quando vinculadas ao estabelecimento no qual se
construirá, modificará ou ampliará a unidade de produção de biocombustível. (Incluído pela Lei nº 12.490, de
2011)

§ 7o A unidade produtora de biocombustível que produzir ou comercializar energia elétrica deverá atender
às normas e aos regulamentos estabelecidos pelos órgãos e entidades competentes. (Incluído pela Lei nº
12.490, de 2011)

§ 8o São condicionadas à prévia aprovação da ANP a modificação ou a ampliação de instalação relativas ao


exercício das atividades econômicas da indústria de biocombustíveis. (Incluído pela Lei nº 12.490, de 2011)

CAPÍTULO X

Das Disposições Finais e Transitórias

SEÇÃO I

Do Período de Transição

Art. 69. Durante um período de transição de, no máximo, trinta e seis meses, contados a partir da publicação
desta Lei, os reajustes e revisões dos preços dos derivados básicos de petróleo e do gás natural, praticados pelas
refinarias e pelas unidades de processamento, serão efetuados segundo diretrizes e parâmetros específicos
estabelecidos, em ato conjunto, pelos Ministros de Estado da Fazenda e de Minas e Energia.

Art. 69. Durante o período de transição, que se estenderá, no máximo, até o dia 31 de dezembro de 2001, os
reajustes e revisões de preços dos derivados básicos de petróleo e gás natural, praticados pelas unidades
produtoras ou de processamento, serão efetuados segundo diretrizes e parâmetros específicos estabelecidos, em
ato conjunto, pelos Ministros de Estado da Fazenda e de Minas e Energia." (Redação dada pela Lei nº 9.990,
2000) (Vide Lei 10.453, de .13.52002)

Art. 70. Durante o período de transição de que trata o artigo anterior, a ANP estabelecerá critérios para as
importações de petróleo, de seus derivados básicos e de gás natural, os quais serão compatíveis com os critérios de
desregulamentação de preços, previstos no mesmo dispositivo.

Art. 71. Os derivados de petróleo e de gás natural que constituam insumos para a indústria petroquímica
terão o tratamento previsto nos arts. 69 e 70, objetivando a competitividade do setor.

Art. 72. Durante o prazo de cinco anos, contados a partir da data de publicação desta Lei, a União
assegurará, por intermédio da ANP, às refinarias em funcionamento no país, excluídas do monopólio da União, nos
termos do art. 45 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, condições operacionais e econômicas, com
base nos critérios em vigor, aplicados à atividade de refino.

Parágrafo único. No prazo previsto neste artigo, observar-se-á o seguinte:

I - (VETADO)

II - as refinarias se obrigam a submeter à ANP plano de investimentos na modernização tecnológica e na


expansão da produtividade de seus respectivos parques de refino, com vistas ao aumento da produção e à
conseqüente redução dos subsídios a elas concedidos;

III - a ANP avaliará, periodicamente, o grau de competitividade das refinarias, a realização dos respectivos
planos de investimentos e a conseqüente redução dos subsídios relativos a cada uma delas.

Art. 73. Até que se esgote o período de transição estabelecido no art. 69, os preços dos derivados básicos
praticados pela PETROBRÁS poderão considerar os encargos resultantes de subsídios incidentes sobre as atividades
por ela desenvolvidas.

Parágrafo único. À exceção das condições e do prazo estabelecidos no artigo anterior, qualquer subsídio
incidente sobre os preços dos derivados básicos, transcorrido o período previsto no art. 69, deverá ser proposto
pelo CNPE e submetido à aprovação do Congresso Nacional, nos termos do inciso II do art. 2°.
Art. 74. A Secretaria do Tesouro Nacional procederá ao levantamento completo de todos os créditos e
débitos recíprocos da União e da PETROBRÁS, abrangendo as diversas contas de obrigações recíprocas e subsídios,
inclusive os relativos à denominada Conta Petróleo, Derivados e Álcool, instituída pela Lei nº 4.452, de 5 de
novembro de 1964, e legislação complementar, ressarcindo-se o Tesouro dos dividendos mínimos legais que
tiverem sido pagos a menos desde a promulgação da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. (Vide Lei nº
10.742, de 6.10.2003)

Parágrafo único. Até que se esgote o período de transição, o saldo credor desse encontro de contas deverá
ser liquidado pela parte devedora, ficando facultado à União, caso seja a devedora, liquidá-lo em títulos do Tesouro
Nacional.

SEÇÃO II

Das Disposições Finais

Art. 75. Na composição da primeira Diretoria da ANP, visando implementar a transição para o sistema de
mandatos não coincidentes, o Diretor-Geral e dois Diretores serão nomeados pelo Presidente da República, por
indicação do Ministro de Estado de Minas e Energia, respectivamente com mandatos de três, dois e um ano, e dois
Diretores serão nomeados conforme o disposto nos §§ 2º e 3° do art. 11.

Art. 76. A ANP poderá contratar especialistas para a execução de trabalhos nas áreas técnica, econômica e
jurídica, por projetos ou prazos limitados, com dispensa de licitação nos casos previstos na legislação aplicável.

Parágrafo único. Fica a ANP autorizada a efetuar a contratação temporária, por prazo não excedente a trinta
e seis meses, nos termos do art. 37 da Constituição Federal, do pessoal técnico imprescindível à implantação de
suas atividades. (Revogado pela Lei 10.871, de 2004)

Art. 77. O Poder Executivo promoverá a instalação do CNPE e implantará a ANP, mediante a aprovação de
sua estrutura regimental, em até cento e vinte dias, contados a partir da data de publicação desta Lei.

§ 1º A estrutura regimental da ANP incluirá os cargos em comissão e funções gratificadas existentes no DNC.
§ 2º (VETADO)

§ 3º Enquanto não implantada a ANP, as competências a ela atribuídas por esta Lei serão exercidas pelo
Ministro de Estado de Minas e Energia.

Art. 78. Implantada a ANP, ficará extinto o DNC.

Parágrafo único. Serão transferidos para a ANP o acervo técnico-patrimonial, as obrigações, os direitos e as
receitas do DNC.

Art. 79. Fica o Poder Executivo autorizado a remanejar, transferir ou utilizar os saldos orçamentários do
Ministério de Minas e Energia, para atender às despesas de estruturação e manutenção da ANP, utilizando como
recursos as dotações orçamentárias destinadas às atividades finalísticas e administrativas, observados os mesmos
subprojetos, subatividades e grupos de despesa previstos na Lei Orçamentária em vigor.

Art. 80. As disposições desta Lei não afetam direitos anteriores de terceiros, adquiridos mediante contratos
celebrados com a PETROBRÁS, em conformidade com as leis em vigor, e não invalidam os atos praticados pela
PETROBRÁS e suas subsidiárias, de acordo com seus estatutos, os quais serão ajustados, no que couber, a esta Lei.

Art. 81. Não se incluem nas regras desta Lei os equipamentos e instalações destinados a execução de
serviços locais de distribuição de gás canalizado, a que se refere o § 2º do art. 25 da Constituição Federal.

Art. 81-A. As regras de distribuição estabelecidas nos arts. 48, 49, e no § 2o do art. 50 desta Lei aplicam-se
apenas aos contratos de concessão celebrados até 2 de dezembro de 2012, observado o disposto no art. 50-
A. (Incluído pela Medida Provisória nº 592, de 2012)

Art. 82. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Art. 83. Revogam-se as disposições em contrário, inclusive a Lei nº 2.004, de 3 de outubro de 1953.

Brasília, 6 de agosto de 1997; 176º da Independência e 109º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Iris Rezende
Raimundo Brito
Luiz Carlos Bresser Pereira

Este texto não substitui o publicado no DOU de 7.8.1997

ANEXO I

(Incluído pela Medida Provisória nº 592, de 2012)

DISTRIBUIÇÃO DA PARCELA DO VALOR DO ROYALTY QUE REPRESENTAR 5% DA PRODUÇÃO, PREVISTO NOS


CONTRATOS FIRMADOS A PARTIR DE 03/12/2012

(INCISO II DO CAPUT DO ART. 48-A)

Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ano Ap


2013 2014 2016 2019
2015 2017 2018
(em %) (em %) (em %) (em %)
(em (em (em
%) %) %)
utores confrontantes 20 20 20 20 20 20 20

odutores confrontantes 15 13 11 9 7 5 4

etados pelas operações de embarque e desembarque de petróleo, gás natural e outros 3 3 3 3 2 2 2


tos fluidos, na forma e critério estabelecidos pela ANP
al, a ser distribuído entre Estados e o Distrito Federal de acordo com as regras do rateio do FPE de que 21 22 23 24 25,5 26,5 27
9 da Constituição
al, a ser distribuído entre os municípios de acordo com as regras do rateio do FPM de que trata o art. 21 22 23 24 25,5 26,5 27
tuição
20 20 20 20 20 20 20

100 100 100 100 100 100 100

ANEXO II

(Incluído pela Medida Provisória nº 592, de 2012)

DISTRIBUIÇÃO DA PARCELA DO VALOR DO ROYALTY QUE EXCEDER 5% DA PRODUÇÃO, PREVISTO NOS CONTRATOS
FIRMADOS A PARTIR DE 03/12/2012

(INCISO II DO CAPUT DO ART. 49-A)

Ano Ano Ano Ap


Ano Ano Ano Ano
2013 2014 2016

2015 2017 2018 2019


(em %) (em %) (em %)
(em (em (em (em
%) %) %) %)
utores confrontantes 20 20 20 20 20 20 20

odutores confrontantes 15 13 11 9 7 5 4

etados pelas operações de embarque e desembarque de petróleo, gás natural e outros hidrocarbonetos 3 3 3 3 2 2 2
ma e critério estabelecidos pela ANP
al, a ser distribuído entre Estados e o Distrito Federal de acordo com as regras do rateio do FPE de que trata 21 22 23 24 25,5 26,5 27
Constituição
al, a ser distribuído entre os municípios de acordo com as regras do rateio do FPM de que trata o art. 159 21 22 23 24 25,5 26,5 27
o
20 20 20 20 20 20 20

100 100 100 100 100 100 100

ANEXO III

(Incluído pela Medida Provisória nº 592, de 2012)

DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS DA PARTICIPAÇÃO ESPECIAL,

QUANTO A CONTRATOS FIRMADOS A PARTIR DE 03/12/2012

(ART. 50, § 5o)

Ano Ano Ano


Ano Ano Ano A pa
2013 2014 2015 2016 2017 2018 Ano 2019
(em %)
(em %) (em %) (em (em %) (em (em
%) %) %)
utores confrontantes 32 29 26 24 22 20 20

odutores confrontantes 5 5 5 5 5 5 4

al, a ser distribuído entre Estados e o Distrito Federal de acordo com as regras do rateio do FPE de 10 11 12 12,5 13,5 14,5 15
t. 159 da Constituição

al, a ser distribuído entre os municípios de acordo com as regras do rateio do FPM de que trata o 10 11 12 12,5 13,5 14,5 15
nstituição

43 44 45 46 46 46 46

100 100 100 100 100 100 100


5- LEI Nº 12.351, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2010.

Dispõe sobre a exploração e a produção de petróleo, de


gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, sob o
Mensagem de veto regime de partilha de produção, em áreas do pré-sal e em
áreas estratégicas; cria o Fundo Social - FS e dispõe sobre
Regulamento sua estrutura e fontes de recursos; altera dispositivos da
Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997; e dá outras
providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1o Esta Lei dispõe sobre a exploração e a produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos
fluidos em áreas do pré-sal e em áreas estratégicas, cria o Fundo Social - FS e dispõe sobre sua estrutura e fontes de
recursos, e altera a Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997.

CAPÍTULO II

DAS DEFINIÇÕES TÉCNICAS

Art. 2o Para os fins desta Lei, são estabelecidas as seguintes definições:

I - partilha de produção: regime de exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos
fluidos no qual o contratado exerce, por sua conta e risco, as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento
e produção e, em caso de descoberta comercial, adquire o direito à apropriação do custo em óleo, do volume da
produção correspondente aos royalties devidos, bem como de parcela do excedente em óleo, na proporção,
condições e prazos estabelecidos em contrato;

II - custo em óleo: parcela da produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, exigível
unicamente em caso de descoberta comercial, correspondente aos custos e aos investimentos realizados pelo
contratado na execução das atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das
instalações, sujeita a limites, prazos e condições estabelecidos em contrato;

III - excedente em óleo: parcela da produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos a ser
repartida entre a União e o contratado, segundo critérios definidos em contrato, resultante da diferença entre o
volume total da produção e as parcelas relativas ao custo em óleo, aos royalties devidos e, quando exigível, à
participação de que trata o art. 43;

IV - área do pré-sal: região do subsolo formada por um prisma vertical de profundidade indeterminada, com
superfície poligonal definida pelas coordenadas geográficas de seus vértices estabelecidas no Anexo desta Lei, bem
como outras regiões que venham a ser delimitadas em ato do Poder Executivo, de acordo com a evolução do
conhecimento geológico;

V - área estratégica: região de interesse para o desenvolvimento nacional, delimitada em ato do Poder Executivo,
caracterizada pelo baixo risco exploratório e elevado potencial de produção de petróleo, de gás natural e de outros
hidrocarbonetos fluidos;

VI - operador: a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras), responsável pela condução e execução, direta ou indireta, de
todas as atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das instalações de
exploração e produção;

VI - operador: o responsável pela condução e execução, direta ou indireta, de todas as atividades de exploração,
avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das instalações de exploração e produção; (Redação
dada pela Lei nº 13.365, de 2016)

VII - contratado: a Petrobras ou, quando for o caso, o consórcio por ela constituído com o vencedor da licitação para
a exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos em regime de partilha de
produção;
VII - contratado: a Petrobras, quando for realizada a contratação direta, nos termos do art. 8o, inciso I, desta Lei, ou
a empresa ou o consórcio de empresas vencedor da licitação para a exploração e produção de petróleo, de gás
natural e de outros hidrocarbonetos fluidos em regime de partilha de produção; (Redação dada pela Lei nº
13.365, de 2016)

VIII - conteúdo local: proporção entre o valor dos bens produzidos e dos serviços prestados no País para execução
do contrato e o valor total dos bens utilizados e dos serviços prestados para essa finalidade;

IX - individualização da produção: procedimento que visa à divisão do resultado da produção e ao aproveitamento


racional dos recursos naturais da União, por meio da unificação do desenvolvimento e da produção relativos à
jazida que se estenda além do bloco concedido ou contratado sob o regime de partilha de produção;

X - ponto de medição: local definido no plano de desenvolvimento de cada campo onde é realizada a medição
volumétrica do petróleo ou do gás natural produzido, conforme regulação da Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis - ANP;

XI - ponto de partilha: local em que há divisão entre a União e o contratado de petróleo, de gás natural e de outros
hidrocarbonetos fluidos produzidos, nos termos do respectivo contrato de partilha de produção;

XII - bônus de assinatura: valor fixo devido à União pelo contratado, a ser pago no ato da celebração e nos termos
do respectivo contrato de partilha de produção; e

XIII - royalties: compensação financeira devida aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a
órgãos da administração direta da União, em função da produção de petróleo, de gás natural e de outros
hidrocarbonetos fluidos sob o regime de partilha de produção, nos termos do § 1o do art. 20 da Constituição
Federal.

CAPÍTULO III

DO REGIME DE PARTILHA DE PRODUÇÃO

Seção I

Disposições Gerais

Art. 3o A exploração e a produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos na área do pré-
sal e em áreas estratégicas serão contratadas pela União sob o regime de partilha de produção, na forma desta Lei.

Art. 4o A Petrobras será a operadora de todos os blocos contratados sob o regime de partilha de produção, sendo-
lhe assegurado, a este título, participação mínima no consórcio previsto no art. 20.

Art. 4o O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), considerando o interesse nacional, oferecerá à Petrobras
a preferência para ser operador dos blocos a serem contratados sob o regime de partilha de
produção. (Redação dada pela Lei nº 13.365, de 2016)

§ 1o A Petrobras deverá manifestar-se sobre o direito de preferência em cada um dos blocos ofertados, no prazo de
até 30 (trinta) dias a partir da comunicação pelo CNPE, apresentando suas justificativas. (Incluído pela Lei nº
13.365, de 2016)

§ 2o Após a manifestação da Petrobras, o CNPE proporá à Presidência da República quais blocos deverão ser
operados pela empresa, indicando sua participação mínima no consórcio previsto no art. 20, que não poderá ser
inferior a 30% (trinta por cento). (Incluído pela Lei nº 13.365, de 2016)

Art. 5o A União não assumirá os riscos das atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção
decorrentes dos contratos de partilha de produção.

Art. 6o Os custos e os investimentos necessários à execução do contrato de partilha de produção serão


integralmente suportados pelo contratado, cabendo-lhe, no caso de descoberta comercial, a sua restituição nos
termos do inciso II do art. 2o.

Parágrafo único. A União, por intermédio de fundo específico criado por lei, poderá participar dos investimentos
nas atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção na área do pré-sal e em áreas estratégicas,
caso em que assumirá os riscos correspondentes à sua participação, nos termos do respectivo contrato.
Art. 7o Previamente à contratação sob o regime de partilha de produção, o Ministério de Minas e Energia,
diretamente ou por meio da ANP, poderá promover a avaliação do potencial das áreas do pré-sal e das áreas
estratégicas.

Parágrafo único. A Petrobras poderá ser contratada diretamente para realizar estudos exploratórios necessários à
avaliação prevista no caput.

Art. 8o A União, por intermédio do Ministério de Minas e Energia, celebrará os contratos de partilha de produção:

I - diretamente com a Petrobras, dispensada a licitação; ou

II - mediante licitação na modalidade leilão.

§ 1o A gestão dos contratos previstos no caput caberá à empresa pública a ser criada com este propósito.

§ 2o A empresa pública de que trata o § 1o deste artigo não assumirá os riscos e não responderá pelos custos e
investimentos referentes às atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento, produção e desativação das
instalações de exploração e produção decorrentes dos contratos de partilha de produção.

Seção II

Das Competências do Conselho Nacional de Política Energética - CNPE

Art. 9o O Conselho Nacional de Política Energética - CNPE tem como competências, entre outras definidas na
legislação, propor ao Presidente da República:

I - o ritmo de contratação dos blocos sob o regime de partilha de produção, observando-se a política energética e o
desenvolvimento e a capacidade da indústria nacional para o fornecimento de bens e serviços;

II - os blocos que serão destinados à contratação direta com a Petrobras sob o regime de partilha de produção;

III - os blocos que serão objeto de leilão para contratação sob o regime de partilha de produção;

IV - os parâmetros técnicos e econômicos dos contratos de partilha de produção;

V - a delimitação de outras regiões a serem classificadas como área do pré-sal e áreas a serem classificadas como
estratégicas, conforme a evolução do conhecimento geológico;

VI - a política de comercialização do petróleo destinado à União nos contratos de partilha de produção; e

VI - a política de comercialização do petróleo destinado à União nos contratos de partilha de produção, observada a
prioridade de abastecimento do mercado nacional; (Redação dada pela Lei n° 13.679, de 2018)

VII - a política de comercialização do gás natural proveniente dos contratos de partilha de produção, observada a
prioridade de abastecimento do mercado nacional.

VIII - a indicação da Petrobras como operador, nos termos do art. 4o; (Incluído pela Lei nº 13.365, de 2016)

IX - a participação mínima da Petrobras caso a empresa seja indicada como operador, nos termos do art.
4o. (Incluído pela Lei nº 13.365, de 2016)

Seção III

Das Competências do Ministério de Minas e Energia

Art. 10. Caberá ao Ministério de Minas e Energia, entre outras competências:

I - planejar o aproveitamento do petróleo e do gás natural;

II - propor ao CNPE, ouvida a ANP, a definição dos blocos que serão objeto de concessão ou de partilha de
produção;

III - propor ao CNPE os seguintes parâmetros técnicos e econômicos dos contratos de partilha de produção:

a) os critérios para definição do excedente em óleo da União;

b) o percentual mínimo do excedente em óleo da União;


c) a participação mínima da Petrobras no consórcio previsto no art. 20, que não poderá ser inferior a 30% (trinta por
cento);

c) a indicação da Petrobras como operador e sua participação mínima, nos termos do art. 4o; (Redação dada
pela Lei nº 13.365, de 2016)

d) os limites, prazos, critérios e condições para o cálculo e apropriação pelo contratado do custo em óleo e do
volume da produção correspondente aos royalties devidos;

e) o conteúdo local mínimo e outros critérios relacionados ao desenvolvimento da indústria nacional; e

f) o valor do bônus de assinatura, bem como a parcela a ser destinada à empresa pública de que trata o § 1 o do art.
8o;

IV - estabelecer as diretrizes a serem observadas pela ANP para promoção da licitação prevista no inciso II do art. 8o,
bem como para a elaboração das minutas dos editais e dos contratos de partilha de produção; e

V - aprovar as minutas dos editais de licitação e dos contratos de partilha de produção elaboradas pela ANP.

§ 1o Ao final de cada semestre, o Ministério de Minas e Energia emitirá relatório sobre as atividades relacionadas
aos contratos de partilha de produção.

§ 2o O relatório será publicado até 30 (trinta) dias após o encerramento do semestre, assegurado amplo acesso ao
público.

Seção IV

Das Competências da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP

Art. 11. Caberá à ANP, entre outras competências definidas em lei:

I - promover estudos técnicos para subsidiar o Ministério de Minas e Energia na delimitação dos blocos que serão
objeto de contrato de partilha de produção;

II - elaborar e submeter à aprovação do Ministério de Minas e Energia as minutas dos contratos de partilha de
produção e dos editais, no caso de licitação;

III - promover as licitações previstas no inciso II do art. 8o desta Lei;

IV - fazer cumprir as melhores práticas da indústria do petróleo;

V - analisar e aprovar, de acordo com o disposto no inciso IV deste artigo, os planos de exploração, de avaliação e de
desenvolvimento da produção, bem como os programas anuais de trabalho e de produção relativos aos contratos
de partilha de produção; e

VI - regular e fiscalizar as atividades realizadas sob o regime de partilha de produção, nos termos do inciso VII do
art. 8o da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997.

Seção V

Da Contratação Direta

Art. 12. O CNPE proporá ao Presidente da República os casos em que, visando à preservação do interesse nacional
e ao atendimento dos demais objetivos da política energética, a Petrobras será contratada diretamente pela União
para a exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos sob o regime de
partilha de produção.

Parágrafo único. Os parâmetros da contratação prevista no caput serão propostos pelo CNPE, nos termos do inciso
IV do art. 9o e do inciso III do art. 10, no que couber.

Seção VI

Da Licitação

Art. 13. A licitação para a contratação sob o regime de partilha de produção obedecerá ao disposto nesta Lei, nas
normas a serem expedidas pela ANP e no respectivo edital.
Art. 14. A Petrobras poderá participar da licitação prevista no inciso II do art. 8o para ampliar a sua participação
mínima definida nos termos da alínea c do inciso III do art. 10.

Art. 14. A Petrobras poderá participar da licitação prevista no inciso II do art. 8o, inclusive para ampliar sua
participação mínima definida nos termos do art. 4o. (Redação dada pela Lei nº 13.365, de 2016)

Subseção I

Do Edital de Licitação

Art. 15. O edital de licitação será acompanhado da minuta básica do respectivo contrato e indicará,
obrigatoriamente:

I - o bloco objeto do contrato de partilha de produção;

II - o critério de julgamento da licitação, nos termos do art. 18;

III - o percentual mínimo do excedente em óleo da União;

IV - a formação do consórcio previsto no art. 20 e a respectiva participação mínima da Petrobras;

IV - a formação do consórcio previsto no art. 20 e, nos termos do art. 4o, caso a Petrobras seja indicada como
operador, a participação mínima desta empresa; (Redação dada pela Lei nº 13.365, de 2016)

V - os limites, prazos, critérios e condições para o cálculo e apropriação pelo contratado do custo em óleo e do
volume da produção correspondente aos royalties devidos;

VI - os critérios para definição do excedente em óleo do contratado;

VII - o programa exploratório mínimo e os investimentos estimados correspondentes;

VIII - o conteúdo local mínimo e outros critérios relacionados ao desenvolvimento da indústria nacional;

IX - o valor do bônus de assinatura, bem como a parcela a ser destinada à empresa pública de que trata o § 1o do
art. 8o;

X - as regras e as fases da licitação;

XI - as regras aplicáveis à participação conjunta de empresas na licitação;

XII - a relação de documentos exigidos e os critérios de habilitação técnica, jurídica, econômico-financeira e fiscal
dos licitantes;

XIII - a garantia a ser apresentada pelo licitante para sua habilitação;

XIV - o prazo, o local e o horário em que serão fornecidos aos licitantes os dados, estudos e demais elementos e
informações necessários à elaboração das propostas, bem como o custo de sua aquisição; e

XV - o local, o horário e a forma para apresentação das propostas.

Art. 16. Quando permitida a participação conjunta de empresas na licitação, o edital conterá, entre outras, as
seguintes exigências:

I - comprovação de compromisso, público ou particular, de constituição do consórcio previsto no art. 20, subscrito
pelas proponentes;

II - indicação da empresa responsável no processo licitatório, sem prejuízo da responsabilidade solidária das demais
proponentes;

III - apresentação, por parte de cada uma das empresas proponentes, dos documentos exigidos para efeito de
avaliação da qualificação técnica e econômico-financeira do consórcio a ser constituído; e

IV - proibição de participação de uma mesma empresa, conjunta ou isoladamente, em mais de uma proposta na
licitação de um mesmo bloco.

Art. 17. O edital conterá a exigência de que a empresa estrangeira que concorrer, em conjunto com outras
empresas ou isoladamente, deverá apresentar com sua proposta, em envelope separado:
I - prova de capacidade técnica, idoneidade financeira e regularidade jurídica e fiscal;

II - inteiro teor dos atos constitutivos e prova de se encontrar organizada e em funcionamento regular, conforme a
lei de seu país;

III - designação de um representante legal perante a ANP, com poderes especiais para a prática de atos e assunção
de responsabilidades relativamente à licitação e à proposta apresentada; e

IV - compromisso de constituir empresa segundo as leis brasileiras, com sede e administração no Brasil, caso seja
vencedora da licitação.

Subseção II

Do Julgamento da Licitação

Art. 18. O julgamento da licitação identificará a proposta mais vantajosa segundo o critério da oferta de maior
excedente em óleo para a União, respeitado o percentual mínimo definido nos termos da alínea b do inciso III do
art. 10.

Seção VII

Do Consórcio

Art. 19. A Petrobras, quando contratada diretamente ou no caso de ser vencedora isolada da licitação, deverá
constituir consórcio com a empresa pública de que trata o § 1o do art. 8o desta Lei, na forma do disposto no art. 279
da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

Art. 20. O licitante vencedor deverá constituir consórcio com a Petrobras e com a empresa pública de que trata o §
1o do art. 8o desta Lei, na forma do disposto no art. 279 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976.

Art. 20. O licitante vencedor deverá constituir consórcio com a empresa pública de que trata o § 1 o do art. 8o desta
Lei e com a Petrobras, nos termos do art. 4o, caso ela seja indicada como operadora, na forma do disposto no art.
279 da Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976. (Redação dada pela Lei nº 13.365, de 2016)

§ 1o A participação da Petrobras no consórcio implicará sua adesão às regras do edital e à proposta vencedora.

§ 2o Os direitos e as obrigações patrimoniais da Petrobras e dos demais contratados serão proporcionais à sua
participação no consórcio.

§ 3o O contrato de constituição de consórcio deverá indicar a Petrobras como responsável pela execução do
contrato, sem prejuízo da responsabilidade solidária das consorciadas perante o contratante ou terceiros,
observado o disposto no § 2o do art. 8o desta Lei.

§ 3º Caso a Petrobras seja indicada como operador, nos termos do art. 4o, o contrato de constituição de consórcio
deverá designá-la como responsável pela execução do contrato, sem prejuízo da responsabilidade solidária das
consorciadas perante o contratante ou terceiros, observado o disposto no § 2o do art. 8o desta Lei. (Redação
dada pela Lei nº 13.365, de 2016)

Art. 21. A empresa pública de que trata o § 1o do art. 8o integrará o consórcio como representante dos interesses
da União no contrato de partilha de produção.

Art. 22. A administração do consórcio caberá ao seu comitê operacional.

Art. 23. O comitê operacional será composto por representantes da empresa pública de que trata o § 1o do art. 8o e
dos demais consorciados.

Parágrafo único. A empresa pública de que trata o § 1o do art. 8o indicará a metade dos integrantes do comitê
operacional, inclusive o seu presidente, cabendo aos demais consorciados a indicação dos outros integrantes.

Art. 24. Caberá ao comitê operacional:

I - definir os planos de exploração, a serem submetidos à análise e à aprovação da ANP;

II - definir o plano de avaliação de descoberta de jazida de petróleo e de gás natural a ser submetido à análise e à
aprovação da ANP;
III - declarar a comercialidade de cada jazida descoberta e definir o plano de desenvolvimento da produção do
campo, a ser submetido à análise e à aprovação da ANP;

IV - definir os programas anuais de trabalho e de produção, a serem submetidos à análise e à aprovação da ANP;

V - analisar e aprovar os orçamentos relacionados às atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e


produção previstas no contrato;

VI - supervisionar as operações e aprovar a contabilização dos custos realizados;

VII - definir os termos do acordo de individualização da produção a ser firmado com o titular da área adjacente,
observado o disposto no Capítulo IV desta Lei; e

VIII - outras atribuições definidas no contrato de partilha de produção.

Art. 25. O presidente do comitê operacional terá poder de veto e voto de qualidade, conforme previsto no contrato
de partilha de produção.

Art. 26. A assinatura do contrato de partilha de produção ficará condicionada à comprovação do arquivamento do
instrumento constitutivo do consórcio no Registro do Comércio do lugar de sua sede.

Seção VIII

Do Contrato de Partilha de Produção

Art. 27. O contrato de partilha de produção preverá 2 (duas) fases:

I - a de exploração, que incluirá as atividades de avaliação de eventual descoberta de petróleo ou gás natural, para
determinação de sua comercialidade; e

II - a de produção, que incluirá as atividades de desenvolvimento.

Art. 28. O contrato de partilha de produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos não se
estende a qualquer outro recurso natural, ficando o operador obrigado a informar a sua descoberta, nos termos do
inciso I do art. 30.

Art. 29. São cláusulas essenciais do contrato de partilha de produção:

I - a definição do bloco objeto do contrato;

II - a obrigação de o contratado assumir os riscos das atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e


produção;

III - a indicação das garantias a serem prestadas pelo contratado;

IV - o direito do contratado à apropriação do custo em óleo, exigível unicamente em caso de descoberta comercial;

V - os limites, prazos, critérios e condições para o cálculo e apropriação pelo contratado do custo em óleo e do
volume da produção correspondente aos royalties devidos;

VI - os critérios para cálculo do valor do petróleo ou do gás natural, em função dos preços de mercado, da
especificação do produto e da localização do campo;

VII - as regras e os prazos para a repartição do excedente em óleo, podendo incluir critérios relacionados à
eficiência econômica, à rentabilidade, ao volume de produção e à variação do preço do petróleo e do gás natural,
observado o percentual estabelecido segundo o disposto no art. 18;

VIII - as atribuições, a composição, o funcionamento e a forma de tomada de decisões e de solução de controvérsias


no âmbito do comitê operacional;

IX - as regras de contabilização, bem como os procedimentos para acompanhamento e controle das atividades de
exploração, avaliação, desenvolvimento e produção;

X - as regras para a realização de atividades, por conta e risco do contratado, que não implicarão qualquer
obrigação para a União ou contabilização no valor do custo em óleo;

XI - o prazo de duração da fase de exploração e as condições para sua prorrogação;


XII - o programa exploratório mínimo e as condições para sua revisão;

XIII - os critérios para formulação e revisão dos planos de exploração e de desenvolvimento da produção, bem como
dos respectivos planos de trabalho, incluindo os pontos de medição e de partilha de petróleo, de gás natural e de
outros hidrocarbonetos fluidos produzidos;

XIV - a obrigatoriedade de o contratado fornecer à ANP e à empresa pública de que trata o § 1o do art. 8o relatórios,
dados e informações relativos à execução do contrato;

XV - os critérios para devolução e desocupação de áreas pelo contratado, inclusive para a retirada de equipamentos
e instalações e para a reversão de bens;

XVI - as penalidades aplicáveis em caso de inadimplemento das obrigações contratuais;

XVII - os procedimentos relacionados à cessão dos direitos e obrigações relativos ao contrato, conforme o disposto
no art. 31;

XVIII - as regras sobre solução de controvérsias, que poderão prever conciliação e arbitragem;

XIX - o prazo de vigência do contrato, limitado a 35 (trinta e cinco) anos, e as condições para a sua extinção;

XX - o valor e a forma de pagamento do bônus de assinatura;

XXI - a obrigatoriedade de apresentação de inventário periódico sobre as emissões de gases que provocam efeito
estufa - GEF, ao qual se dará publicidade, inclusive com cópia ao Congresso Nacional;

XXII - a apresentação de plano de contingência relativo a acidentes por vazamento de petróleo, de gás natural, de
outros hidrocarbonetos fluidos e seus derivados; e

XXIII - a obrigatoriedade da realização de auditoria ambiental de todo o processo operacional de retirada e


distribuição de petróleo e gás oriundos do pré-sal.

Art. 30. A Petrobras, na condição de operadora do contrato de partilha de produção, deverá:

Art. 30. O operador do contrato de partilha de produção deverá: (Redação dada pela Lei nº 13.365, de 2016)

I - informar ao comitê operacional e à ANP, no prazo contratual, a descoberta de qualquer jazida de petróleo, de gás
natural, de outros hidrocarbonetos fluidos ou de quaisquer minerais;

II - submeter à aprovação do comitê operacional o plano de avaliação de descoberta de jazida de petróleo, de gás
natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, para determinação de sua comercialidade;

III - realizar a avaliação da descoberta de jazida de petróleo e de gás natural nos termos do plano de avaliação
aprovado pela ANP, apresentando relatório de comercialidade ao comitê operacional;

IV - submeter ao comitê operacional o plano de desenvolvimento da produção do campo, bem como os planos de
trabalho e de produção, contendo cronogramas e orçamentos;

V - adotar as melhores práticas da indústria do petróleo, obedecendo às normas e aos procedimentos técnicos e
científicos pertinentes e utilizando técnicas apropriadas de recuperação, objetivando a racionalização da produção
e o controle do declínio das reservas; e

VI - encaminhar ao comitê operacional todos os dados e documentos relativos às atividades realizadas.

Art. 31. A cessão dos direitos e obrigações relativos ao contrato de partilha de produção somente poderá ocorrer
mediante prévia e expressa autorização do Ministério de Minas e Energia, ouvida a ANP, observadas as seguintes
condições:

I - preservação do objeto contratual e de suas condições;

II - atendimento, por parte do cessionário, dos requisitos técnicos, econômicos e jurídicos estabelecidos pelo
Ministério de Minas e Energia; e

III - exercício do direito de preferência dos demais consorciados, na proporção de suas participações no consórcio.
Parágrafo único. A Petrobras somente poderá ceder a participação nos contratos de partilha de produção que
obtiver como vencedora da licitação, nos termos do art. 14.

Art. 32. O contrato de partilha de produção extinguir-se-á:

I - pelo vencimento de seu prazo;

II - por acordo entre as partes;

III - pelos motivos de resolução nele previstos;

IV - ao término da fase de exploração, sem que tenha sido feita qualquer descoberta comercial, conforme definido
no contrato;

V - pelo exercício do direito de desistência pelo contratado na fase de exploração, desde que cumprido o programa
exploratório mínimo ou pago o valor correspondente à parcela não cumprida, conforme previsto no contrato; e

VI - pela recusa em firmar o acordo de individualização da produção, após decisão da ANP.

§ 1o A devolução de áreas não implicará obrigação de qualquer natureza para a União nem conferirá ao contratado
qualquer direito de indenização pelos serviços e bens.

§ 2o Extinto o contrato de partilha de produção, o contratado fará a remoção dos equipamentos e bens que não
sejam objeto de reversão, ficando obrigado a reparar ou a indenizar os danos decorrentes de suas atividades e a
praticar os atos de recuperação ambiental determinados pelas autoridades competentes.

CAPÍTULO IV

DA INDIVIDUALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO

Art. 33. O procedimento de individualização da produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos
fluidos deverá ser instaurado quando se identificar que a jazida se estende além do bloco concedido ou contratado
sob o regime de partilha de produção.

§ 1o O concessionário ou o contratado sob o regime de partilha de produção deverá informar à ANP que a jazida
será objeto de acordo de individualização da produção.

§ 2o A ANP determinará o prazo para que os interessados celebrem o acordo de individualização da produção,
observadas as diretrizes do CNPE.

Art. 34. A ANP regulará os procedimentos e as diretrizes para elaboração do acordo de individualização da
produção, o qual estipulará:

I - a participação de cada uma das partes na jazida individualizada, bem como as hipóteses e os critérios de sua
revisão;

II - o plano de desenvolvimento da área objeto de individualização da produção; e

III - os mecanismos de solução de controvérsias.

Parágrafo único. A ANP acompanhará a negociação entre os interessados sobre os termos do acordo de
individualização da produção.

Art. 35. O acordo de individualização da produção indicará o operador da respectiva jazida.

Art. 36. A União, representada pela empresa pública referida no § 1o do art. 8o e com base nas avaliações realizadas
pela ANP, celebrará com os interessados, nos casos em que as jazidas da área do pré-sal e das áreas estratégicas se
estendam por áreas não concedidas ou não partilhadas, acordo de individualização da produção, cujos termos e
condições obrigarão o futuro concessionário ou contratado sob regime de partilha de produção.

§ 1o A ANP deverá fornecer à empresa pública referida no § 1o do art. 8o todas as informações necessárias para o
acordo de individualização da produção.

§ 2o O regime de exploração e produção a ser adotado nas áreas de que trata o caput independe do regime vigente
nas áreas adjacentes.
Art. 37. A União, representada pela ANP, celebrará com os interessados, após as devidas avaliações, nos casos em
que a jazida não se localize na área do pré-sal ou em áreas estratégicas e se estenda por áreas não concedidas,
acordo de individualização da produção, cujos termos e condições obrigarão o futuro concessionário.

Art. 38. A ANP poderá contratar diretamente a Petrobras para realizar as atividades de avaliação das jazidas
previstas nos arts. 36 e 37.

Art. 39. Os acordos de individualização da produção serão submetidos à prévia aprovação da ANP.

Parágrafo único. A ANP deverá se manifestar em até 60 (sessenta) dias, contados do recebimento da proposta de
acordo.

Art. 40. Transcorrido o prazo de que trata o § 2o do art. 33 e não havendo acordo entre as partes, caberá à ANP
determinar, em até 120 (cento e vinte) dias e com base em laudo técnico, a forma como serão apropriados os
direitos e as obrigações sobre a jazida e notificar as partes para que firmem o respectivo acordo de individualização
da produção.

Parágrafo único. A recusa de uma das partes em firmar o acordo de individualização da produção implicará
resolução dos contratos de concessão ou de partilha de produção.

Art. 41. O desenvolvimento e a produção da jazida ficarão suspensos enquanto não aprovado o acordo de
individualização da produção, exceto nos casos autorizados e sob as condições definidas pela ANP.

CAPÍTULO V

DAS RECEITAS GOVERNAMENTAIS NO REGIME DE PARTILHA DE PRODUÇÃO

Art. 42. O regime de partilha de produção terá as seguintes receitas governamentais:

I - royalties; e

II - bônus de assinatura.

§ 1o Os royalties correspondem à compensação financeira pela exploração de petróleo, de gás natural e de outros
hidrocarbonetos fluidos de que trata o § 1º do art. 20 da Constituição Federal, vedada sua inclusão no cálculo do
custo em óleo.

§ 1o Os royalties, com alíquota de 15% (quinze por cento) do valor da produção, correspondem à compensação
financeira pela exploração do petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos líquidos de que trata o § 1º do
art. 20 da Constituição Federal, sendo vedado, em qualquer hipótese, seu ressarcimento ao contratado e sua
inclusão no cálculo do custo em óleo. (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012

§ 2o O bônus de assinatura não integra o custo em óleo, corresponde a valor fixo devido à União pelo contratado e
será estabelecido pelo contrato de partilha de produção, devendo ser pago no ato de sua assinatura.

§ 2o O bônus de assinatura não integra o custo em óleo e corresponde a valor fixo devido à União pelo contratado,
devendo ser estabelecido pelo contrato de partilha de produção e pago no ato da sua assinatura, sendo vedado, em
qualquer hipótese, seu ressarcimento ao contratado. (Redação dada pela Lei nº 12.734, de 2012

Art. 42-A. Os royalties serão pagos mensalmente pelo contratado em moeda nacional, e incidirão sobre a produção
de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, calculados a partir da data de início da produção
comercial. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

§ 1o Os critérios para o cálculo do valor dos royalties serão estabelecidos em ato do Poder Executivo, em função
dos preços de mercado do petróleo, do gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, das especificações do
produto e da localização do campo. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

§ 2o A queima de gás em flares, em prejuízo de sua comercialização, e a perda de produto ocorrida sob a
responsabilidade do contratado serão incluídas no volume total da produção a ser computada para cálculo
dos royalties, sob os regimes de concessão e partilha, e para cálculo da participação especial, devida sob regime de
concessão. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Art. 42-B. Os royalties devidos em função da produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos
fluidos sob o regime de partilha de produção serão distribuídos da seguinte forma: (Incluído pela Lei nº
12.734, de 2012
I - quando a produção ocorrer em terra, rios, lagos, ilhas lacustres ou fluviais: (Incluído pela Lei nº 12.734, de
2012

a) 20% (vinte por cento) para os Estados ou o Distrito Federal, se for o caso, produtores; (Incluído pela Lei nº
12.734, de 2012

b) 10% (dez por cento) para os Municípios produtores; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

c) 5% (cinco por cento) para os Municípios afetados por operações de embarque e desembarque de petróleo, gás
natural e outro hidrocarboneto fluido, na forma e critérios estabelecidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP); (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

d) 25% (vinte e cinco por cento) para constituição de fundo especial, a ser distribuído entre Estados e o Distrito
Federal, se for o caso, de acordo com os seguintes critérios:

1. os recursos serão distribuídos somente para os Estados e, se for o caso, o Distrito Federal, que não tenham
recebido recursos em decorrência do disposto na alínea “a” deste inciso, na alínea “a” do inciso II deste artigo, na
alínea “a” do inciso II dos arts. 48 e 49 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, e no inciso II do § 2º do art. 50 da Lei
nº 9.478, de 6 de agosto de 1997; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

2. o rateio dos recursos do fundo especial obedecerá às mesmas regras do rateio do Fundo de Participação dos
Estados e do Distrito Federal (FPE), de que trata o art. 159 da Constituição; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

3. o percentual que o FPE destina aos Estados e ao Distrito Federal, se for o caso, que serão excluídos do rateio dos
recursos do fundo especial em decorrência do disposto no item 1 será redistribuído entre os demais Estados e o
Distrito Federal, se for o caso, proporcionalmente às suas participações no FPE; (Incluído pela Lei nº 12.734,
de 2012

4. o Estado produtor ou confrontante, e o Distrito Federal, se for produtor, poderá optar por receber os recursos
do fundo especial de que trata esta alínea, desde que não receba recursos em decorrência do disposto na alínea “a”
deste inciso, na alínea “a” do inciso II deste artigo, na alínea “a” do inciso II dos arts. 48 e 49 da Lei nº 9.478, de 6 de
agosto de 1997, e no inciso II do § 2º do art. 50 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997; (Incluído pela Lei nº
12.734, de 2012

5. os recursos que Estados produtores ou confrontantes, ou que o Distrito Federal, se for o caso, tenham deixado
de arrecadar em função da opção prevista no item 4 serão adicionados aos recursos do fundo especial de que trata
esta alínea; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

e) 25% (vinte e cinco por cento) para constituição de fundo especial, a ser distribuído entre os Municípios de acordo
com os seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

1. os recursos serão distribuídos somente para os Municípios que não tenham recebido recursos em decorrência do
disposto nas alíneas “b” e “c” deste inciso e do inciso II deste artigo, nas alíneas “b” e “c” do inciso II dos arts. 48 e
49 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, e no inciso III do § 2º do art. 50 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de
1997; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

2. o rateio dos recursos do fundo especial obedecerá às mesmas regras do rateio do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM), de que trata o art. 159 da Constituição; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

3. o percentual que o FPE destina aos Estados e ao Distrito Federal, se for o caso, que serão excluídos do rateio dos
recursos do fundo especial em decorrência do disposto no item 1 será redistribuído entre os demais Estados e o
Distrito Federal, se for o caso, proporcionalmente às suas participações no FPE; (Incluído pela Lei nº 12.734,
de 2012

4. o Estado produtor ou confrontante, e o Distrito Federal, se for produtor, poderá optar por receber os recursos
do fundo especial de que trata esta alínea, desde que não receba recursos em decorrência do disposto na alínea “a”
deste inciso, na alínea “a” do inciso II deste artigo, na alínea “a” do inciso II dos arts. 48 e 49 da Lei nº 9.478, de 6 de
agosto de 1997, e no inciso II do § 2º do art. 50 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997; (Incluído pela Lei nº
12.734, de 2012

5. os recursos que Estados produtores ou confrontantes, ou que o Distrito Federal, se for o caso, tenham deixado
de arrecadar em função da opção prevista no item 4 serão adicionados aos recursos do fundo especial de que trata
esta alínea; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012
f) 15% (quinze por cento) para a União, a ser destinado ao Fundo Social, instituído por esta Lei, deduzidas as
parcelas destinadas aos órgãos específicos da Administração Direta da União, nos termos do regulamento do Poder
Executivo; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

II - quando a produção ocorrer na plataforma continental, no mar territorial ou na zona econômica


exclusiva: (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

a) 22% (vinte e dois por cento) para os Estados confrontantes; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

b) 5% (cinco por cento) para os Municípios confrontantes; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

c) 2% (dois por cento) para os Municípios afetados por operações de embarque e desembarque de petróleo, gás
natural e outro hidrocarboneto fluido, na forma e critérios estabelecidos pela ANP; (Incluído pela Lei nº
12.734, de 2012

d) 24,5% (vinte e quatro inteiros e cinco décimos por cento) para constituição de fundo especial, a ser distribuído
entre Estados e o Distrito Federal, se for o caso, de acordo com os seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº
12.734, de 2012

1. os recursos serão distribuídos somente para os Estados e, se for o caso, o Distrito Federal, que não tenham
recebido recursos em decorrência do disposto na alínea “a” do inciso I e deste inciso II, na alínea “a” do inciso II
dos arts. 48 e 49 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, e no inciso II do § 2º do art. 50 da Lei nº 9.478, de 6 de
agosto de 1997; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

2. o rateio dos recursos do fundo especial obedecerá às mesmas regras do rateio do Fundo de Participação dos
Estados e do Distrito Federal (FPE), de que trata o art. 159 da Constituição; (Incluído pela Lei nº 12.734, de
2012

3. o percentual que o FPE destina aos Estados e ao Distrito Federal, se for o caso, que serão excluídos do rateio dos
recursos do fundo especial em decorrência do disposto no item 1 será redistribuído entre os demais Estados e o
Distrito Federal, se for o caso, proporcionalmente às suas participações no FPE; (Incluído pela Lei nº 12.734,
de 2012

4. o Estado produtor ou confrontante, e o Distrito Federal, se for produtor, poderá optar por receber os recursos
do fundo especial de que trata esta alínea, desde que não receba recursos em decorrência do disposto na alínea “a”
do inciso I e deste inciso II, na alínea “a” do inciso II dos arts. 48 e 49 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, e
no inciso II do § 2º do art. 50 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

5. os recursos que Estados produtores ou confrontantes, ou que o Distrito Federal, se for o caso, tenham deixado
de arrecadar em função da opção prevista no item 4 serão adicionados aos recursos do fundo especial de que trata
esta alínea; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

e) 24,5% (vinte e quatro inteiros e cinco décimos por cento) para constituição de fundo especial, a ser distribuído
entre os Municípios de acordo com os seguintes critérios: (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

1. os recursos serão distribuídos somente para os Municípios que não tenham recebido recursos em decorrência do
disposto nas alíneas “b” e “c” do inciso I e deste inciso II, nas alíneas “b” e “c” do inciso II dos arts. 48 e 49 da Lei nº
9.478, de 6 de agosto de 1997, e no inciso III do § 2º do art. 50 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de
1997; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

2. o rateio dos recursos do fundo especial obedecerá às mesmas regras do rateio do Fundo de Participação dos
Municípios (FPM), de que trata o art. 159 da Constituição; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

3. o percentual que o FPM destina aos Municípios que serão excluídos do rateio dos recursos do fundo especial em
decorrência do disposto no item 1 será redistribuído entre Municípios proporcionalmente às suas participações no
FPM; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

4. o Município produtor ou confrontante poderá optar por receber os recursos do fundo especial de que trata esta
alínea, desde que não receba recursos em decorrência do disposto nas alíneas “b” e “c” do inciso I e deste inciso II,
nas alíneas “b” e “c” do inciso II dos arts. 48 e 49 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, e no inciso III do § 2º do
art. 50 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997; (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012
5. os recursos que Municípios produtores ou confrontantes tenham deixado de arrecadar em função da opção
prevista no item 4 serão adicionados aos recursos do fundo especial de que trata esta alínea; (Incluído pela
Lei nº 12.734, de 2012

f) vinte e dois por cento para a União, a ser destinado ao Fundo Social. (Redação pela Medida Provisória nº
592, de 2012)

f) 22% (vinte e dois por cento) para a União, a ser destinado ao Fundo Social, instituído por esta Lei, deduzidas as
parcelas destinadas aos órgãos específicos da Administração Direta da União, nos termos do regulamento do Poder
Executivo. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012) (Vide Medida Provisória nº 592, de 2012)

§ 1o A soma dos valores referentes aos royalties devidos aos Municípios nos termos das alíneas “b” e “c” dos incisos
I e II deste artigo, com os royalties devidos nos termos das alíneas “b” e “c” dos incisos I e II dos arts. 48 e 49 da Lei
nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, com a participação especial devida nos termos do inciso III do § 2º do art. 50 da
Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, ficarão limitados ao maior dos seguintes valores: (Incluído pela Lei nº
12.734, de 2012

I - os valores que o Município recebeu a título de royalties e participação especial em 2011; (Incluído pela Lei
nº 12.734, de 2012

II - 2 (duas) vezes o valor per capita distribuído pelo FPM, calculado em nível nacional, multiplicado pela população
do Município. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

§ 2o A parcela dos royalties de que trata este artigo que contribuiu para o valor que exceder o limite de
pagamentos aos Municípios em decorrência do disposto no § 1o será transferida para o fundo especial de que trata
a alínea “e” dos incisos I e II. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

§ 3o Os pontos de entrega às concessionárias de gás natural produzido no País serão considerados instalações de
embarque e desembarque, para fins de pagamento de royalties aos Municípios afetados por essas operações, em
razão do disposto na alínea “c” dos incisos I e II. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

§ 4o A opção dos Estados, Distrito Federal e Municípios de que trata o item 4 das alíneas “d” e “e” dos incisos I e II
poderá ser feita após conhecido o valor dos royalties e da participação especial a serem distribuídos, nos termos do
regulamento.’ (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Art. 42-C. Os recursos do fundo especial de que tratam os incisos I e II do caput do art. 42-B terão a destinação
prevista no art. 50-E da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997. (Incluído pela Lei nº 12.734, de 2012

Art. 43. O contrato de partilha de produção, quando o bloco se localizar em terra, conterá cláusula determinando o
pagamento, em moeda nacional, de participação equivalente a até 1% (um por cento) do valor da produção de
petróleo ou gás natural aos proprietários da terra onde se localiza o bloco.

§ 1o A participação a que se refere o caput será distribuída na proporção da produção realizada nas propriedades
regularmente demarcadas na superfície do bloco, vedada a sua inclusão no cálculo do custo em óleo.

§ 2o O cálculo da participação de terceiro de que trata o caput será efetivado pela ANP.

Art. 44. Não se aplicará o disposto no art. 50 da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997, aos contratos de partilha de
produção.

CAPÍTULO VI

DA COMERCIALIZAÇÃO DO PETRÓLEO, DO GÁS NATURAL E DE OUTROS HIDROCARBONETOS FLUIDOS DA UNIÃO

Art. 45. O petróleo, o gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos destinados à União serão comercializados de
acordo com as normas do direito privado, dispensada a licitação, segundo a política de comercialização referida nos
incisos VI e VII do art. 9o.

Parágrafo único. A empresa pública de que trata o § 1o do art. 8o, representando a União, poderá contratar
diretamente a Petrobras, dispensada a licitação, como agente comercializador do petróleo, do gás natural e de
outros hidrocarbonetos fluidos referidos no caput.

Art. 46. A receita advinda da comercialização referida no art. 45 será destinada ao Fundo Social, conforme dispõem
os arts. 47 a 60.
CAPÍTULO VII

DO FUNDO SOCIAL - FS

Seção I

Da Definição e Objetivos do Fundo Social - FS

Art. 47. É criado o Fundo Social - FS, de natureza contábil e financeira, vinculado à Presidência da República, com a
finalidade de constituir fonte de recursos para o desenvolvimento social e regional, na forma de programas e
projetos nas áreas de combate à pobreza e de desenvolvimento:

I - da educação;

II - da cultura;

III - do esporte;

IV - da saúde pública;

V - da ciência e tecnologia;

VI - do meio ambiente; e

VII - de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

§ 1o Os programas e projetos de que trata o caput observarão o plano plurianual - PPA, a lei de diretrizes
orçamentárias - LDO e as respectivas dotações consignadas na lei orçamentária anual - LOA.

§ 2o (VETADO)

§ 3o Do total do resultado a que se refere o caput do art. 51 auferido pelo FS, cinquenta por cento deve ser aplicado
obrigatoriamente em programas e projetos direcionados ao desenvolvimento da educação, na forma do
regulamento. (Incluído pela Medida Provisória nº 592, de 2012)

Art. 48. O FS tem por objetivos:

I - constituir poupança pública de longo prazo com base nas receitas auferidas pela União;

II - oferecer fonte de recursos para o desenvolvimento social e regional, na forma prevista no art. 47; e

III - mitigar as flutuações de renda e de preços na economia nacional, decorrentes das variações na renda gerada
pelas atividades de produção e exploração de petróleo e de outros recursos não renováveis.

Parágrafo único. É vedado ao FS, direta ou indiretamente, conceder garantias.

Seção II

Dos Recursos do Fundo Social - FS

Art. 49. Constituem recursos do FS:

I - parcela do valor do bônus de assinatura destinada ao FS pelos contratos de partilha de produção;

II - parcela dos royalties que cabe à União, deduzidas aquelas destinadas aos seus órgãos específicos, conforme
estabelecido nos contratos de partilha de produção, na forma do regulamento;

III - receita advinda da comercialização de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos da União,
conforme definido em lei;

IV - os royalties e a participação especial das áreas localizadas no pré-sal contratadas sob o regime de concessão
destinados à administração direta da União, observado o disposto nos §§ 1o e 2o deste artigo;

V - os resultados de aplicações financeiras sobre suas disponibilidades; e

VI - outros recursos destinados ao FS por lei.

§ 1o A Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações:


“Art. 49. ........................................................................

.............................................................................................

§ 3o Nas áreas localizadas no pré-sal contratadas sob o regime de concessão, a parcela dos royalties que cabe à
administração direta da União será destinada integralmente ao fundo de natureza contábil e financeira, criado por
lei específica, com a finalidade de constituir fonte de recursos para o desenvolvimento social e regional, na forma
de programas e projetos nas áreas de combate à pobreza e de desenvolvimento da educação, da cultura, do
esporte, da saúde pública, da ciência e tecnologia, do meio ambiente e de mitigação e adaptação às mudanças
climáticas, vedada sua destinação aos órgãos específicos de que trata este artigo.” (NR)

“Art. 50. .......................................................................

.............................................................................................

§ 4o Nas áreas localizadas no pré-sal contratadas sob o regime de concessão, a parcela da participação especial que
cabe à administração direta da União será destinada integralmente ao fundo de natureza contábil e financeira,
criado por lei específica, com a finalidade de constituir fonte de recursos para o desenvolvimento social e regional,
na forma de programas e projetos nas áreas de combate à pobreza e de desenvolvimento da educação, da cultura,
do esporte, da saúde pública, da ciência e tecnologia, do meio ambiente e de mitigação e adaptação às mudanças
climáticas, vedada sua destinação aos órgãos específicos de que trata este artigo.” (NR)

§ 2o O cumprimento do disposto no § 1o deste artigo obedecerá a regra de transição, a critério do Poder Executivo,
estabelecida na forma do regulamento. (Vide Medida Provisória nº 592, 2012)

Seção III

Da Política de Investimentos do Fundo Social

Art. 50. A política de investimentos do FS tem por objetivo buscar a rentabilidade, a segurança e a liquidez de suas
aplicações e assegurar sua sustentabilidade econômica e financeira para o cumprimento das finalidades definidas
nos arts. 47 e 48.

Parágrafo único. Os investimentos e aplicações do FS serão destinados preferencialmente a ativos no exterior, com
a finalidade de mitigar a volatilidade de renda e de preços na economia nacional.

Art. 51. Os recursos do FS para aplicação nos programas e projetos a que se refere o art. 47 deverão ser os
resultantes do retorno sobre o capital.

Parágrafo único. Constituído o FS e garantida a sua sustentabilidade econômica e financeira, o Poder Executivo, na
forma da lei, poderá propor o uso de percentual de recursos do principal para a aplicação nas finalidades previstas
no art. 47, na etapa inicial de formação de poupança do fundo.

Art. 52. A política de investimentos do FS será definida pelo Comitê de Gestão Financeira do Fundo Social - CGFFS.

§ 1o O CGFFS terá sua composição e funcionamento estabelecidos em ato do Poder Executivo, assegurada a
participação do Ministro de Estado da Fazenda, do Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão e do
Presidente do Banco Central do Brasil.

§ 2o Aos membros do CGFFS não cabe qualquer tipo de remuneração pelo desempenho de suas funções.

§ 3o As despesas relativas à operacionalização do CGFFS serão custeadas pelo FS.

Art. 53. Cabe ao CGFFS definir:

I - o montante a ser resgatado anualmente do FS, assegurada sua sustentabilidade financeira;

II - a rentabilidade mínima esperada;

III - o tipo e o nível de risco que poderão ser assumidos na realização dos investimentos, bem como as condições
para que o nível de risco seja minimizado;

IV - os percentuais, mínimo e máximo, de recursos a serem investidos no exterior e no País;

V - a capitalização mínima a ser atingida antes de qualquer transferência para as finalidades e os objetivos definidos
nesta Lei.
Art. 54. A União, a critério do CGFFS, poderá contratar instituições financeiras federais para atuarem como agentes
operadores do FS, as quais farão jus a remuneração pelos serviços prestados.

Art. 55. A União poderá participar, com recursos do FS, como cotista única, de fundo de investimento específico.

Parágrafo único. O fundo de investimento específico de que trata este artigo deve ser constituído por instituição
financeira federal, observadas as normas a que se refere o inciso XXII do art. 4o da Lei no4.595, de 31 de dezembro
de 1964.

Art. 56. O fundo de investimento de que trata o art. 55 deverá ter natureza privada e patrimônio próprio separado
do patrimônio do cotista e do administrador, sujeitando-se a direitos e obrigações próprias.

§ 1o A integralização das cotas do fundo de investimento será autorizada em ato do Poder Executivo, ouvido o
CGFFS.

§ 2o O fundo de investimento terá por finalidade promover a aplicação em ativos no Brasil e no exterior.

§ 3o O fundo de investimento responderá por suas obrigações com os bens e direitos integrantes de seu
patrimônio, ficando o cotista obrigado somente pela integralização das cotas que subscrever.

§ 4o A dissolução do fundo de investimento dar-se-á na forma de seu estatuto, e seus recursos retornarão ao FS.

§ 5o Sobre as operações de crédito, câmbio e seguro e sobre rendimentos e lucros do fundo de investimento não
incidirá qualquer imposto ou contribuição social de competência da União.

§ 6o O fundo de investimento deverá elaborar os demonstrativos contábeis de acordo com a legislação em vigor e
conforme o estabelecido no seu estatuto.

Art. 57. O estatuto do fundo de investimento definirá, inclusive, as políticas de aplicação, critérios e níveis de
rentabilidade e de risco, questões operacionais da gestão administrativa e financeira e regras de supervisão
prudencial de investimentos.

Seção IV

Da Gestão do Fundo Social

Art. 58. É criado o Conselho Deliberativo do Fundo Social - CDFS, com a atribuição de propor ao Poder Executivo,
ouvidos os Ministérios afins, a prioridade e a destinação dos recursos resgatados do FS para as finalidades
estabelecidas no art. 47, observados o PPA, a LDO e a LOA.

§ 1o A composição, as competências e o funcionamento do CDFS serão estabelecidos em ato do Poder Executivo.

§ 2o Aos membros do CDFS não cabe qualquer tipo de remuneração pelo desempenho de suas funções.

§ 3o A destinação de recursos para os programas e projetos definidos como prioritários pelo CDFS é condicionada à
prévia fixação de metas, prazo de execução e planos de avaliação, em coerência com as disposições estabelecidas
no PPA.

§ 4o O CDFS deverá submeter os programas e projetos a criteriosa avaliação quantitativa e qualitativa durante
todas as fases de execução, monitorando os impactos efetivos sobre a população e nas regiões de intervenção, com
o apoio de instituições públicas e universitárias de pesquisa.

§ 5o Os recursos do FS destinados aos programas e projetos de que trata o art. 47 devem observar critérios de
redução das desigualdades regionais.

Art. 59. As demonstrações contábeis e os resultados das aplicações do FS serão elaborados e apurados
semestralmente, nos termos previstos pelo órgão central de contabilidade de que trata o inciso I do art. 17 da Lei
no 10.180, de 6 de fevereiro de 2001.

Parágrafo único. Ato do Poder Executivo definirá as regras de supervisão do FS, sem prejuízo da fiscalização dos
entes competentes.

Art. 60. O Poder Executivo encaminhará trimestralmente ao Congresso Nacional relatório de desempenho do FS,
conforme disposto em regulamento do Fundo.

CAPÍTULO VIII
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 61. Aplicam-se às atividades de exploração, avaliação, desenvolvimento e produção de que trata esta Lei os
regimes aduaneiros especiais e os incentivos fiscais aplicáveis à indústria de petróleo no Brasil.

Art. 62. A Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 2o .........................................................................

.............................................................................................

VIII - definir os blocos a serem objeto de concessão ou partilha de produção;

IX - definir a estratégia e a política de desenvolvimento econômico e tecnológico da indústria de petróleo, de gás


natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, bem como da sua cadeia de suprimento;

X - induzir o incremento dos índices mínimos de conteúdo local de bens e serviços, a serem observados em
licitações e contratos de concessão e de partilha de produção, observado o disposto no inciso IX.

...................................................................................” (NR)

“Art. 5o As atividades econômicas de que trata o art. 4o desta Lei serão reguladas e fiscalizadas pela União e
poderão ser exercidas, mediante concessão, autorização ou contratação sob o regime de partilha de produção, por
empresas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no País.” (NR)

“Art. 8o .........................................................................

..............................................................................................

II - promover estudos visando à delimitação de blocos, para efeito de concessão ou contratação sob o regime de
partilha de produção das atividades de exploração, desenvolvimento e produção;

...................................................................................” (NR)

“Art. 21. Todos os direitos de exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos
fluidos em território nacional, nele compreendidos a parte terrestre, o mar territorial, a plataforma continental e a
zona econômica exclusiva, pertencem à União, cabendo sua administração à ANP, ressalvadas as competências de
outros órgãos e entidades expressamente estabelecidas em lei.” (NR)

“Art. 22. .......................................................................

.............................................................................................

§ 3o O Ministério de Minas e Energia terá acesso irrestrito e gratuito ao acervo a que se refere o caput deste artigo,
com o objetivo de realizar estudos e planejamento setorial, mantido o sigilo a que esteja submetido, quando for o
caso.” (NR)

“Art. 23. As atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e de gás natural serão exercidas
mediante contratos de concessão, precedidos de licitação, na forma estabelecida nesta Lei, ou sob o regime de
partilha de produção nas áreas do pré-sal e nas áreas estratégicas, conforme legislação específica.

...................................................................................” (NR)

Art. 63. Enquanto não for criada a empresa pública de que trata o § 1o do art. 8o, suas competências serão
exercidas pela União, por intermédio da ANP, podendo ainda ser delegadas por meio de ato do Poder Executivo.

Art. 64. (VETADO)

Art. 65. O Poder Executivo estabelecerá política e medidas específicas visando ao aumento da participação de
empresas de pequeno e médio porte nas atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo e gás
natural.

Parágrafo único. O Poder Executivo regulamentará o disposto no caput no prazo de 120 (cento e vinte) dias,
contado da data de publicação desta Lei.

Art. 66. O Poder Executivo regulamentará o disposto nesta Lei.


Art. 67. Revogam-se o § 1º do art. 23 e o art. 27 da Lei nº 9.478, de 6 de agosto de 1997.

Art. 68. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 22 de dezembro de 2010; 189o da Independência e 122o da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA


Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.12.2010

ANEXO

POLÍGONO PRÉ-SAL

COORDENADAS POLICÔNICA/SAD69/MC54

Longitude (W) Latitude (S) Vértices

5828309.85 7131717.65 1

5929556.50 7221864.57 2

6051237.54 7283090.25 3

6267090.28 7318567.19 4

6435210.56 7528148.23 5

6424907.47 7588826.11 6

6474447.16 7641777.76 7

6549160.52 7502144.27 8

6502632.19 7429577.67 9

6152150.71 7019438.85 10

5836128.16 6995039.24 11

5828309.85 7131717.65 1

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