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"A religião está acostumada a usufruir de benefícios tributários, respeito não merecido, o direito de não
ser ofendida e o direito de fazer lavagem cerebral nas crianças", disse Dawkins.
"Mesmo nos ônibus, ninguém pensa duas vezes quando vê um slogan religioso. Esta campanha fará com que as
pessoas pensem - e pensar é um anátema perante a religião", completou. Mas Stephen Green, da organização Christian Voice
(Voz Cristã, em uma tradução livre), disse que "ficará surpreso se uma campanha como essa não atrair pichação". "As pessoas
não gostam de receber sermão. Às vezes, é bom para elas, mas, ainda assim, elas não gostam", afirmou.
No entanto, a Igreja Metodista agradeceu Dawkins por incentivar um "interesse constante em Deus". "Esta campanha
será uma coisa boa se fizer com que as pessoas pensem nas questões mais profundas na vida", disse Jenny Ellis, reverenda
metodista. "O Cristianismo é para pessoas que não têm medo de pensar sobre a vida e seu significado", completou a religiosa.
-Apresentam o ateísmo de forma popular e atraente, escrevem bem, comunicam bem, enquanto que os ateus antigos usavam
argumentos filosóficos não alcançavam o povo os novos alcançam o povo fazendo com que a mensagem do ateísmo se torne popular;
-Usam a ciência como base especialmente o evolucionismo Darwinista para dar crédito ao ateísmo e isso não era possível
antes de Darwin pois outrora os argumentos eram mais filosóficos enquanto que os argumentos deles são de que a ciência
naturalmente leva ao ateísmo pois a ciência lida com fatos, realidade, experimentação, observação e da perspectiva científica não tem
como provar a existência de Deus.
Hichard Dawkins- Baseado no seu livro “Deus, um Delírio” que defende que Deus é um delírio da humanidade
porque se a humanidade estivesse em sã consciência e na razão plena não acreditaria na existência de Deus.
Seus argumentos principais são: * A ciência já refutou Deus- Segundo ele se fizer uma pesquisa no mundo 70% da
humanidade diria que acredita em alguma forma de Deus, mas na academia fazendo a mesma pesquisa entre os cientistas verá
que mais de 90% dos cientistas não acreditam em Deus. Portanto quanto mais uma pessoa erudita é; menos
educada; acredita em
tem conhecimento. Deus
Para confirmar sua afirmação ele cita Peter Atkins: “A humanidade deve aceitar que a ciência eliminou a justificativa
da crença num propósito cósmico, e qualquer sobrevivência desse propósito inspira-se apenas no sentimento ”. Para Dawkins o
mundo não tem nenhum sentido, propósito, tudo é aleatório, tudo acontece com base no acaso e é inútil procurar propósito pra
vida e pra existência, portanto o que resta a você fazer é desfrutar da vida já que não existe um propósito maior a não ser
sobreviver da sua prole (conjunto de pessoas que descendem de um indivíduo ou de um casal; descendência) do seu gene
(unidade fundamental da hereditariedade) e enquanto isso você aproveita o que há de melhor na vida e dessa forma ser feliz.
*A religião é responsável pelos males dos homens- Para ele são resultados das
guerras religiosas, o fundamento religioso do Islamismo, cruzadas, pessoas que cometeram assassinatos e serial killer se
professavam cristãos. A religião com suas ideias e as pessoas que procuram um Deus para satisfazer suas necessidades pessoais
tornam as pessoas egoístas tendo um Deus que lhes perdoa faz gerar pessoas insensíveis para cometer determinados atos porque
sempre tera o perdão dessa divindade.
A religião cega as pessoas de saber a verdade porque diz que Deus criou todas as coisas e impede a ciência de avançar
e descobrir a verdadeira causa para que o homem seja autônomo/verdadeiro e independente, conhecendo assim toda a verdade.
*Ela tem origem num “vírus da mente”- Se a religião é tudo isso que se diz por ai
porque tem tanta gente que acredita em Deus e porque ateus são a grande minoria e sempre foram? Sua explicação é de que a
religião é um resultado de um “vírus” da mente, há um núcleo de Deus, defeito genético nas pessoas que se transmite e causa
essa compensação/necessidade de que as pessoas têm de buscar a deus e tudo isso tem sido difícil pois de alguma forma a
evolução não está conseguindo tirar apesar de se ter milhões de anos de evolução esse “vírus” continua e a evolução não o
elimina.
Então Dawkins faz a sugestão de que o gene é um elemento que carreia (conduz) as determinações e as características
do seu portador para a sua descendência/prole feita através de geração ordinaria/biologicamente. Logo se existe um gene existe
um meme (Meme é um termo criado em 1976 por Richard Dawkins no seu bestseller O Gene Egoísta[1] e é para a memória o
análogo do gene na genética, a sua unidade mínima. É considerado como uma unidade de informação que se multiplica de
cérebro em cérebro ou entre locais onde a informação é armazenada (como livros). No que diz respeito à sua funcionalidade, o
meme é considerado uma unidade de evolução cultural que pode de alguma forma autopropagar-se. Os memes podem ser
ideias ou partes de ideias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa
ser aprendida facilmente e transmitida como unidade autônoma. O estudo dos modelos evolutivos da transferência de
informação é conhecido como memética.) que é um gene social e cultural funcionando +- da mesma forma que o gene sendo
transmitido de geração em geração.
Conclui-se portante que: Por um lado tem o núcleo de Deus no DNA que é uma espécie de vírus provocando uma
necessidade da pessoa acreditar em deus (por isso que todos tem pois o natural é acreditar e não o contrário) e o meme que é
uma espécie de gene cultural que transmite a ideia de Deus de geração em geração.
No final Deus é só um delírio de uma humanidade que está em progresso, mas enferma pelo meme e que em nome da
religião tem se feito as piores desgraças do mundo, quando a ciência já livrou alguns da ignorância, das trevas e trouxe toda a
verdade. Para ele o ateísmo seria a solução para todos os problemas do mundo, se o mundo torna-se ateu a realidade seria outra,
não teria: + guerra, dor;
sofrimento, brigas.
O etólogo Dawkins não falou sozinho pois teve quem o enfrentasse e para este trabalho de refutação temos 3 principais
oponentes que se destacaram (tem muitos outros no meio católico, muçulmano embora o mesmo não tenham condições de
produzir um bom representante devido sua própria natureza apologética da crença em Deus):
1. Wiiliam Lane Craig;
2. John Lennox, matemático da University of Oxford
3.Alistair Macgrath, era ateu
Respostas de 2. John Lennox para Dawkins resultou em um livro que Lennox escreveu chamado “Porque a ciência
não consegue enterrar Deus?”
• A VERDADEIRA GUERRA- John Lennox diz que há um equívoco pois Dawkins apresenta uma guerra como se
fosse entre a fé e a ciência e Lennox argumenta mostrando historicamente que a ciência não pode ser inimiga da fé, o
problema não é ciência e fé.
A guerra é uma guerra de cosmovisões, o problema não é a ciência mais o naturalismo materialista que vem dominando
a ciência desde o Iluminismo do século XVII reforçado pelo evolucionismo Darwinista. Porque a ciência em si ela não pode se
pronunciar sobre Deus (se Deus existe ou não existe) o conflito não é entre fé e ciência, mas entre a visão/ideologia que domina
hoje no campo científico que é o naturalismo filosófico que diz que tudo que existe pode ser explicado em termos de causa e
efeito logo essa ideologia é um pressuposto da ciência moderna como é feita hoje.
Conclui-se que o conflito é entre essa visão de mundo onde tudo acontece regido por causas naturais
X
e a visão teísta que acredita que nesse mundo as causas naturais são criados por Deus em que não há conflito entre os
fenômenos (achar uma explicação do porque tem relâmpagos, a bactéria se adaptar) a resposta pode ser essa há um Deus que
criou o mundo com essa potencialidade a vida com capacidade de adaptação (que eles chamam de evolução), Ninguém é contra
a evolução se com isso se quer dizer que os seres vivos se adaptam ao seu ambiente. Isso faz parte da potencialidade da vida,
quando Deus criou, Ele com esse potencial pra que o ser humano tivesse raças diferentes, fisionomias diferentes, diversas
espécies de cachorro, gato, ou seja, não há incompatibilidade disso na crença de um Deus que está atrás de tudo isso? Não tem!
O problema segundo Lennox é que Dawkins quer fazer parecer que a ciência e ateísmo são a mesma coisa (que não é).
O certo é que Tem que se fazer a diferença e a ideologia que está por detrás que o naturalismo filosófico e o materialismo dos
ateus que querem usurpar a ciência para eles e com ela combater o cristianismo.
• O ESCOPO DA CIÊNCIA E SEUS LIMITES- Lennox argumenta que Temos que perguntar qual é o alvo da ciência
e seus limites, será que a ciência pode responder as grandes indagações da vida? E o mesmo faz levantamentos de
como teses/teorias/hipóteses que um dia foram aceitas pela comunidade científica e já caíram em desuso e foram
substituídos por outros argumentos/teorias. A ciência que é um método de observação e dedução vindo a mesma a
produzir conclusões que mudam na medida que o método de análise muda e o método de análise muda de acordo com
as mudanças- filosofia, descobertas científicas. E com isso a ciência nunca vai conseguir ter uma palavra final sobre
alguma coisa porque a muitas questões que a ciência não pode responder, ela não pode se pronunciar sobre coisas que
existem, mas que não se sujeitam ao método científico- amor, coragem, heroísmo, esperança e tantas outras que fazem
parte da existência humana, mas que não podem ser demonstrados, aferidos, ou medidos através do método científico.
O PROBLEMA COM OS ATEUS É QUE ELES QUEREM USAR A CIÊNCIA PARA DEFINIR A
REALIDADE e se não pode ser aprovado pela ciência então não existe. Lennox diz que esse é um ponto de partida
fundamentalmente errado no ateísmo de que essa visão ampla indevida da ciência como sendo um instrumento para determinar
a realidade pois a realidade é muito maior do que leis naturais podem estabelecer.
• REDUCIONISMO- Dawkins procura Simplesmente reduzir a vida baseado num processo de reações químicas
guiadas por um processo cego, randômico (aleatório, contingente) de milhões e milhões de anos e Lennox diz que
todos sabem que a vida é muito mais ampla do que isso. A visão que o ateísmo materialista naturalista traz de mundo é
muito reduzido empobrece a raça humana, a realidade. Com isso não consegue explicar toda complexidade da vida.
• EVIDENCIAS DE DESIGN INTENCIONAL- Fica cada vez mais claro (principalmente com as descobertas nas
áreas do genoma humano e das células de q1ue existe um design intencional no mundo. As coisas não parecem ser por
acaso, coisa que o próprio Dawkins reconhece no livro “Deus, um delírio” dizendo que quando se olha pra natureza e
pro homem a impressão que se tem é que existe uma finalidade, um propósito, uma coisa que guia tudo terminando seu
dialogo dizendo que isso é apenas uma impressão, o design é apenas aparente, é tudo obra do acaso. Lennox fala da
complexidade irredutível que vai contra a teoria da evolução e outras descobertas que não poderiam ser explicadas
somente no evolucionismo Darwinista (que é a ferramenta dos ateus).
• SINTONIA FINA- O universo é de tal maneira concebido que dá condições pra vida humana acontecer, se houvesse
uma mudança ainda que milimétrica em alguns fatores como a distância do sol, peso da terra, massa da terra, orbita da
lua, a posição do sistema solar da galáxia que se estivesse uma alteração pequena que fosse em qualquer um desses
fatores a vida não seria possível aqui na terra e como até hoje não se encontrou nenhum sistema similar logo se conclui
que tudo isso não pode ser uma coisa do acaso.
Para Dawkins a vida surgiu se adaptando, não que a sintonia é fina, mas a vida é sintonizada finamente com esse
sistema, logo vem a pergunta: Se a vida é capaz de sintonizar com essa configuração então porque a mesma não surge em
outras configurações, por que só nessa?
Não é que a vida se afinou a essa configuração, mas parece que essa configuração foi feita para permitir o surgimento
da vida já que a mesma não surge em nenhuma outra configuração só nessa.
• INSUFICIÊNCIA DO EVOLUCIONISMO – Para explicar as novas descobertas, todas as teorias que estão
surgindo, cresce o número de cientistas (inclusive ateus) questionando o paradigma da evolução particularmente a parte
randômica de que a seleção natural atua sem uma causa. Já existem cientistas evolucionistas ateus que estão pegando
as velhas ideias de Lamarck ( foi quem pegou as ideias de Darwin e tentou introduzir a ideia da intenção, há uma
seleção natural, mas ela tem um propósito guiada pois tirar um propósito e uma direção da complexidade da vida não
estão dando respostas para as descobertas que estão sendo feitas.
Os ateus estão vendo que a ferramenta que o ateísmo usa é insuficiente para explicar a realidade. Vejamos algumas
declarações de ateus contra as vacas sagradas do ateísmo:
- O mais notável intelectual ateu da Europa e dos Estados Unidos do séc. XX e que no final do séc. XXI- Antony Flew
anunciou seu desconversão do ateísmo Darwinista e adesão (infelizmente) ao deísmo (ele não se converteu ao teísmo que é a
visão cristã de Deus) que passou a acreditar num deus embora reteve muita coisa do processo evolutivo.
- O biólogo molecular James S. Shapiro da Universidade Chicago publicou um livro intitulado “Evolução, uma
perspectiva do séc. XXI” onde ele desconstrói a evolução Darwinista.
- Um ateu chamado Thomas Nagel professor de filosofia e direito da universidade de Nova York, membro da academia
americana de artes e ciências, ganhador de vários prêmios e um ateu declarado publicou um liro chamado “Mind and Cosmos”-
Mente e Mundo com um subtitulo muito provocador: Por que a concepção materialista neodarwinista da natureza é quase que
certamente falsa?”
Outras citações Nagel são: “Quanto mais detalhes aprendemos acerca da base química da vida e como é intrincado o
código genético, mais e mais inacreditável se torna a explicação histórica padrão do Darwinismo”
“Durante muito tempo eu tenho achado difícil acreditar na explicação materialista de como
nós e os demais organismo viemos a existir. É exatamente implacável de cara que a vida como nós a conhecemos seja o
resultado da sequência de acidentes físicos juntos com o mecanismo da relação natural.”
Nagel diz que por causa da sua natureza e do escopo da ciência o evolucionismo Darwinista não consegue explicar o
surgimento da mente, ele usa um argumento que Alvin Plantinga (filósofo cristão) formulou: “Se a evolução é verdadeira o
cérebro é o resultado do processo da sobrevivência do mais esperto. Por que vou acreditar no que ele está me dizendo?”
A razão é uma sobrevivente, resultado de um longo processo evolutivo, então como ela vai da “não razão” para
“razão”, exatamente por essa capacidade de superar os obstáculos e nem sempre ao fazer isso a verdade é levada em conta. A
teoria da evolução puxa o tapete do ateísmo porque mina a confiabilidade na mente que é exatamente o critério (o processo
racional) que os ateus usam pra definir toda a realidade. “É um tiro no pé!”
3. Alistar McGrath é muito conhecido na área da teologia (depois da sua conversão onde passou a acreditar em Deus)
além da biologia na qual era ateu junto a Dawkins formado em biofísica molecular pela University Oxfor onde ambos tem a
mesma formação sendo que McGrath tem 1 a mais que é teologia. Escreveu um livro intitulado “O delírio de Dawkins”- Uma
resposta ao fundamentalismo ateísta de Richard Dawkins, onde dá respostas a Dawkins:
• CIÊNCIA E ATEÍSMO NÃO SÃO SINÔNIMOS: MUITOS CIENTISTAS DE RENOME SÃO TEÍSTAS. - Ele
questionou as estatísticas de Dawkins de que mais de 90% dos cientistas são ateus, mas essa pesquisa vai depender do
que significa como você fez a pergunta pois tem que se levar em consideração mesmo que muitos cientistas não saiam
do armário eles acreditam em Deus, mas não dizem por que se disserem ou questionarem a teoria da evolução eles
geralmente são expelidos dos seus postos.
No seu livro ele cita várias pessoas de renome em várias áreas que são teístas (acreditam em Deus) fora o fato de que os
fundadores da ciência moderna eram teístas católicos ou evangélicos reformados, mas tinham a crença em Deus.
• O DEUS QUE DAWKINS RETRATA NÃO EXISTE E É UMA CARICATURA. - Mcgrath diz que como um
cientista da capacidade do Dawkins fala sobre: gene religioso,
meme (memetica disciplina hoje estudada)
vírus da mente, núcleo, mas cadê a prova?
Se tomarmos como base o argumento de Dawkins “se não pode ser provado cientificamente não existe” então cadê a
prova dos seus próprios argumentos/teorias? Se o Dawkins submete-se sua própria teoria nos critérios ao qual ele quer
que nós usemos/submetamos logo chegará a conclusão de que suas teorias são falaciosas.
Para Dawkins se Deus existe Ele é: Um controlador, mesquinho,
injusto, exigente,
genocida étnico,
vingativo, sedento de sangue,
perseguidor misógino (de mulheres), homofóbico,
racista, infanticida,
filicida (matou o próprio filho), pestilento,
megalomaníaco (quer a glória pra si o tempo todo), sadomasoquista,
malévolo (se o mal existe a criação é dele).
A resposta de Mcgrath foi de que “Se Deus é isso eu também sou ateu”
Introdução O tempo todo sou questionado sobre o porquê Judeus não acreditam em Jesus como o Messias. Na
maioria das vezes, mudo de assunto para evitar o atrito, devido ao fato da própria dúvida sobre algo “tão óbvio” ser considerada
intolerável por muitos.
Mesmo assim, tenho percebido que a maioria insiste com a pergunta, principalmente em relação a Jesus, tendo em vista que o
Brasil é um país de maioria cristã.
Também tenho notado a persistência dessa questão entre quem têm dúvidas de fé e, por causa disso, propus-me a respondê-la da
melhor maneira que me é possível.
Primeiramente, gostaria de deixar claro que o objetivo deste texto é explicar o porquê os Judeus não acreditam em Jesus como
sendo o messias prometido pelas Escrituras Judaicas. Só isso. Não pretendemos ofender nenhuma outra religião. Se você é
seguidor assíduo de alguma religião messiânica, sugerimos que mude de site e não leia este texto. Não queremos desviar você
de sua fé. Nosso objetivo é tão somente responder a pergunta que constantemente nos é feita em tom de desafio.
.As razões judaicas O Beit Chabad publicou um texto sobre o assunto chamado judeus não acreditam em Jesus.
Recomendamos a leitura, pois é um excelente resumo sobre o tema. Texto sucinto, objetivo e pautado no respeito às religiões.
O mesmo texto também está disponível neste livreto: Manual Prático de Esclarecimento. Entenda! Judaísmo messiânico não
existe. Fuja dessa ideia.
A ideia de mashiach, messias, é uma ideia tipicamente judaica. Ela não foi inventada pelos cristãos, nem pelos muçulmanos,
nem pelos pagãos. Ela é parte integrante e fundamental da tradição judaica e encontra-se pulverizada em várias passagens do
Tanach. O Tanach é o nome dado ao agrupamento de três conjuntos de obras:
1) A Torah (????);
2) Os Neviim (??????);
3) os Kethuvim (??????).
Daí o nome Tanach (????). Uma espécie de “sigla” composta da junção dos nomes Torah, Neviim e Kethuvim.
Os livros do Tanach foram selecionados para fazer parte do “Antigo Testamento” Cristão. No entanto, ressaltamos que o Tanach
é para os judeus o Testamento, enfim: a promessa da Grande Herança que o Eterno reservou para cada um de nós. Assim, é
inadequado relacionar o Tanach a um “Antigo Testamento”. Não há antigo testamento para o judeu. Não há antiga promessa
para o judeu. A Promessa do Tanach ainda é plenamente válida, aplicável e maravilhosa em todos os sentidos. Só a nomeia de
“antiga” quem não a conhece.
Assim, se quisermos saber algo sobre a ideia de Messias e as promessas que o Eterno fez em relação à vinda dele; devemos,
necessariamente, ler o Tanach, preferencialmente, no original, pois tais ideias estão lá.
Como é composto o Tanach? Torah ou Torá (Pentateuco):. Neviim (Profetas):
• Bereshit (Gênese) Yehoshua (Josué)
• Shemot (Êxodo) Shofetim (Juízes)
• Vayicrá (Levítico) Shemuel (Samuel)
• Bamidbar (Números) Melachim (Reis)
• Devarim (Deuteronômio) Yesha’yáhu (Isaías)
• Yirmiyáhu (Jeremias)
• Yechezekel (Ezequiel)
• Trê-assar(Doze Profetas)
Segundo a tradição judaica, o profeta Elias irá reaparecer antes da vinda do Messias
(Malaquias 4:5-6).
No “Novo Testamento” cristão, Jesus afirma que João Batista era Elias (Mateus 11:13-14, 17: 10-13).
Entretanto, quando João Batista foi perguntado sobre o assunto, ele negou (João 1:21). O Evangelho de Lucas
1:17 tenta resolver o problema, afirmando que João Batista apareceu no espírito de Elias. É prudente lembrar
que o cristianismo em geral nega com ênfase a doutrina da reencarnação. Isso por si só já é uma contradição, já
que o próprio cristianismo lança mão dessa doutrina para justificar o retorno do profeta Elias em João Batista.
Independente dessa polêmica, há outras críticas em relação ao mesmo assunto. Vejamos:
• O Profeta Malaquias previu que o próprio Elias iria retornar, e não apenas alguém em seu espírito, caso
típico da reencarnação. Elias, para quem não sabe, foi o único que subiu aos céus sem morrer segundo o
Tanach (2 Reis 2:11). Por isso, espera-se que o profeta, ao voltar, volte diretamente do céu sem a
necessidade de reencarnar.
• Ressalte-se que João Batista, além de ter negado ser Elias, não cumpriu a profecia do Tanach sobre o
retorno do profeta Elias. A profecia diz: “E ele [Elias] fará volver o coração dos pais para o Eterno
através dos filhos, e o coração dos filhos para o Eterno através dos pais, para que Eu não venha
desferir sobre esta terra uma destruição completa” (Malaquias 4:6). Evidentemente João Batista não
realizou a profecia. Pelo contrário, parte dos judeus se afastou das Leis do Eterno para seguir o
“messias nazareno”, Jerusalém entrou em guerra civil e os romanos destruíram toda cidade, inclusive o
segundo templo, após a morte de Jesus.
Segundo o Tanach, o Messias deve ser descendente do Rei Davi e Salomão. (Jeremias
23:05, 33:17, Ezequiel 34:23-24; 2 Samuel 7:5-13).
Conforme as escrituras cristãs, Jesus não era descendente do Rei Davi. Vejamos:
O “Novo Testamento” cristão fala sobre a genealogia de José. Entretanto, há um grande problema para os
cristãos resolverem: Jesus afirma ter nascido de uma virgem e que José não era seu pai. (Mat. 1:18-23). Em
resposta, alega-se que José adotou Jesus, e passou sua genealogia a ele por adoção. De qualquer maneira, tenha
ou não adotado, o problema permanece. Vejamos:
Não há base bíblica para a adoção nesses casos. Um pai não pode passar sua linha tribal por adoção. Um
sacerdote que adota um filho de outra tribo não pode fazer dele um sacerdote por adoção. Mas, suponhamos que
tenha havido a adoção. Mesmo assim, José não poderia dar a Jesus o que ele mesmo não tinha. José é
descendente de Jeconias (Mateus 1:11-16). E daí? E daí que os escritores cristãos esqueceram que isso fez José
cair na maldição do Eterno que prevê que nenhum dos descendentes de Jeconias se sentaria como rei no trono
de Davi. (Jeremias 22:30, 36:30). Ora. Conforme vimos, o messias será necessariamente um rei descendente do
Rei Davi e Salomão.
Outra questão: não há provas de que Maria descende de Davi. Mesmo que se pudesse comprovar que Maria é
descendente de David, a filiação tribal nos tempos antigos dava-se através do pai e não através da mãe
conforme previsto em Números 1:18 e Esdras 2:59. Se Jesus não tinha pai humano, como ficaria então a
questão da filiação?
Suponhamos que por uma generosidade do Eterno a linhagem tribal de José pudesse ser transferida a Jesus por
“afinidade”. Em qualquer caso, como José é descendente de Jeconias, Jesus não poderia ser o messias por causa
da maldição prevista para os descendentes de Jeconias (Jeremias 22:30 e 36:30).
Mas, o “Novo Testamento” cristão é confuso em relação à genealogia de José. Enquanto Mateus diz que José é
desdente de Jeconias, o amaldiçoado, Lucas discorda e diz que José é descendente de Natã filho de Davi.
(Lucas 3:23-31). De qualquer modo, isso é insuficiente para qualificar Jesus como possível messias tendo em
vista que é preciso ser descendente de Davi e Salomão. Dessa maneira, a descrição de Lucas é inútil, pois Jesus
passa por filho de Natã, não de Salomão.
Além disso, Lucas (3:27) também lista Salatiel e Zorobabel na árvore genealógica de Jesus. Ora, lembremos
que os dois também aparecem em Mateus 1:12 como descendentes de Jeconias, o amaldiçoado! Enfim: de
qualquer maneira Jesus não preenche os requisitos para ser messias.
Mas deixemos de lado essas questões de genealogia. Não é apenas essa questão que inviabiliza Jesus como o
pretendido messias. Há outros pontos. Analisemos:
Reconstrução do Templo
Fonte: Isaías 2:2; Ezequiel 37:26-28.
O templo ainda não foi reconstruído. Jesus não teria a possibilidade de cumprir a profecia já que o Segundo
Templo nem tinha sido destruído antes dele ser morto pelos romanos.
A morte cessará
Fonte: Isaías 25:8
A morte não cessou. Elas continuam diariamente. E, portanto, é evidente que Jesus não cessou a morte no
mundo.
Conclusão
Jesus, Maomé, Napoleão, Inri Cristo, Lubavitcher Rebe e qualquer outro que seja considerado “o messias” não
é o messias previsto pelos escritos judaicos porque ainda não houve quem cumprisse os requisitos previstos
pelo Tanach.
Ademais, não adianta o suposto messias ser um exemplo de santidade, um líder nato, um fazedor de milagres
ou possuir qualquer outro atributo considerado magnífico e grandioso pelos seus seguidores. Nada disso
importa.
Para os judeus, só uma pergunta interessa: os requisitos previstos no Tanach para a vinda do messias foram
todos cumpridos?
Se não, o messias não veio. Se sim, Ótimo!