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IMPERMEABILIZAÇÃO
1. INTRODUÇÃO E DEFINIÇÕES
Impermeabilização
Segundo a NBR 9575:2010, impermeabilização consiste em um “conjunto de operações e técnicas
construtivas (serviços), composto por urna ou mais camadas, que tem por finalidade proteger as
construções contra a ação deletéria de fluidos, de vapores e da umidade”.
Esses fluídos podem ser a umidade provinda do solo, da atmosfera ou da própria construção e cada um dos
tipos de umidade requer um tipo de impermeabilização adequada.
Consequências da ausência ou da má impermeabilização
Segundo VERÇOZA (1985), as edificações quando sujeitas à ação da água em locais onde não existe
impermeabilização ou quando os serviços de impermeabilização não foram adequados, apresentam uma
grande probabilidade de manifestar problemas patológicos que podem comprometer a durabilidade das
edificações, diminuindo assim sua vida útil, podendo em longo prazo provocarem o seu colapso, além da
possibilidade de trazer graves consequências em termos da saúde das pessoas.
Dentre os principais danos e problemas causados decorrentes da falta de impermeabilização ou da sua má
execução, temos:
Goteiras – gotejamento de águas provenientes de chuvas e lavagens sobre marquises, terraços, lajes de
cobertura, etc.
Manchas – decorrentes do umedecimento de partes da edificação, principalmente paredes e forros.
Mofo/Bolor – é o desenvolvimento de fungos e bolores que irão causar deterioração dos materiais, tais
como o apodrecimento de artefatos de madeiras (armários, forros, pisos, etc.) e desagregação
de alvenaria e revestimentos de pisos e paredes, e apresentar manchas escuras e/ou
esverdeadas pelo desenvolvimento de matéria orgânica;
Corrosão de metais – reação química de oxidação dos metais na presença de umidade, principalmente o
ferro e o aço, onde se dá a formação da ferrugem. Situação mais grave é verificada na corrosão
das armaduras das estruturas de concreto armado.
Eflorescência – caracterizada pela formação de sais solúveis carreados do interior dos materiais pela
umidade através de capilares e se depositando na superfície destes; Estes se apresentam
geralmente em forma de manchas brancas, ou outras situações aumentando de volume, na
forma de estalactites. Estas manifestações se apresentam nas alvenarias de tijolos, nos
concretos e revestimentos a base de cimento (como nas caixas d’água e lajes).
Criptoflorescência – também são formações salinas de mesma causa e mecanismo que as eflorescências,
mas que formam grandes cristais que se fixam no interior da própria parede ou estrutura,
vindo aumentar muito de volume e causando a desagregação dos materiais;
Gelividade – é o fenômeno caracterizado pelo congelamento da umidade impregnada nos poros dos
materiais e que sob temperaturas inferior a 4ºC, aumentam de volume provocando expansão
e desagregação dos materiais.
Deterioração - A ação constante da água (umidade) sobre determinados materiais e elementos de uma
edificação leva à sua deterioração e redução de sua vida útil. A umidade por capilaridade
causando deterioração de acabamentos como madeiras, carpetes e pisos.
Danos materiais e físicos – Comprometimento da segurança do patrimônio e colocar em risco a integridade
física do usuário. Embolhamento e deterioração da pintura. Danificação de móveis encostados
nas paredes, quadros, etc.
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Material didático de uso exclusivo por alunos da UVA, proibida a divulgação.
A impermeabilização apresenta-se como o sistema preventivo mais econômico, pois gera maior
durabilidade à superfície impermeabilizada, diminuindo a frequência de manutenção e dificultando o
surgimento de bolores, fungos e outros elementos prejudiciais à edificação e à saúde humana.
Impermeabilidade
NBR 9575 – “Propriedade de um produto de ser impermeável aos fluidos. A sua determinação está
associada a uma pressão-limite convencionada em ensaio específico”.
Estanqueidade
NBR 8083 – “Propriedade conferida pela impermeabilização, de impedir a passagem de fluidos”.
NBR 9575 – “Propriedade de um elemento (ou de um conjunto de componentes) de impedir a penetração ou
passagem de fluidos através de si. A sua determinação está associada a uma pressão-limite de utilização (a
que se relaciona com as condições de exposição do elemento ao fluido)”.
Projeto de impermeabilização segundo a Associação Brasileira de normas técnicas (ABNT)
ABNT recomenda que "o projeto de impermeabilização deverá ser desenvolvido conjuntamente com o
projeto geral e os projetos setoriais de modo a serem previstas as correspondentes especificações em
termos de dimensões, cargas e detalhes".
O projeto tem por objetivo determinar o melhor e o mais adequado sistema de impermeabilização a ser
adotado, levando-se em conta a sua eficiência, a sua durabilidade e o seu custo (a relação custo/benefício).
Processo de impermeabilização
“Maneira pela qual, se executa um sistema de impermeabilização” (ABNT NBR 8083/1983).
2. NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES:
NBR 08083 - Materiais e sistemas utilizados em impermeabilização;
NBR 09574 - Execução de Impermeabilização;
NBR 09575 - Elaboração de projetos de impermeabilização;
NBR 09685 - Emulsões asfálticas sem carga para impermeabilização;
NBR 09686 - Solução asfáltica como primer na impermeabilização
NBR 09689 - Materiais e sistemas de impermeabilização;
NBR 09910 - Asfaltos modificados para impermeabilização;
NBR 09952 - Mantas asfálticas com armadura para impermeabilização;
NBR 11905 - Sistema de Impermeabilização com cimento impermeabilizante e polímeros;
NBR 12190 - Seleção da impermeabilização;
NBR 13121 - Asfalto elastomérico para a impermeabilização;
NBR 13724 - Membrana asfáltica para impermeabilização, moldada no local, com estruturantes.
– Termoviscoplástico, pois amolecem quando aquecidos, sendo então moldados e resfriados sem perda das
propriedades, podendo passar novamente pelo mesmo processo.
– Grande sensibilidade à temperatura, se deforma a baixas temperaturas;
– Apresenta flexibilidade e ductibilidade, sua consistência varia em função da temperatura de
aquecimento, podendo ser mais ou menos fluído.
– Quimicamente inerte (inócuo), não reage quimicamente com cargas ou agregados minerais
eventualmente adicionados para efeito de enchimento;
– Boa resistência a ácidos, sais e álcalis;
– Envelhece facilmente, tornando-se quebradiço quando puro (não combinado), principalmente sob ação
da luz e calor (Exemplo: raios solares).
Asfaltos Oxidados
Asfaltos Oxidados são asfaltos obtidos a partir dos CAP por meio da passagem de corrente de ar através da
massa de asfalto destilado, de modo a torná-los mais sólidos e duros, menos sensíveis às variações de
temperatura e às intempéries, porém com menor poder de adesividade e menos aglutinantes. São mais
indicados à impermeabilização que os CAP comuns e são classificados pela norma brasileira NBR 9910:2002
em quatro tipos: Tipo I, Tipo II, Tipo III e Tipo IV. A sua aplicação ocorre com aquecimento a temperatura da
ordem de 200ºC.
Asfaltos oxidados (NBR 9910:2002):
Características Unidade Tipo I Tipo II Tipo III Tipo IV
Ponto de amolecimento °C 60 - 75 75 - 95 95 - 105 85 - 105
Penetração (25ºC, 100 g, 5 s) mm/10 25 - 45 20 - 35 15 - 25 40 - 55
6. Asfaltos policondensados – são obtidos por reação de condensação em um reator de processo contínuo
com variação de pressão, resultando em um aumento médio do peso molecular da massa de cimento
asfáltico de petróleo (CAP), com o objetivo de adaptá-los para aplicações especiais, como a fabricação
de mantas asfálticas.
2) Asfaltos modificados com polímeros. ,
O asfalto modificado com polímeros são asfaltos enriquecidos com adição de polímeros que
incorporaram melhores características físico-químicas ao asfalto, aumentando a sua resistência a
deformações e a vida útil do produto. São classificados em dois tipos:
1. Asfaltos Elastoméricos – asfaltos modificados com modificado com polímeros elastoméricos. A
adição de polímeros elastoméricos promove certa elasticidade ao asfalto.
2. Asfaltos Plastoméricos – asfaltos modificados com polímeros plastoméricos. A adição de polímeros
plastoméricos promove certa plasticidade ao asfalto.
Conforme o tipo de polímero presente, as propriedades do asfalto polimérico apresentam, em maior
ou menor proporção, as seguintes características:
– Melhor resistência às tensões mecânicas;
– Redução da sensibilidade térmica;
– Maior coesão entre partículas;
– Maior elasticidade/plasticidade;
– Sensível melhora à resistência à fadiga;
– Sensível melhora da resistência ao envelhecimento;
– Melhor resistência aos raios ultravioletas, dependendo dos polímeros utilizados;
– Aumento da durabilidade.
4.2 POLÍMEROS
A NBR 8083 define Polímero como “Substância constituída de moléculas caracterizadas pela repetição de
um ou diversos tipos de monômeros (negligenciando-se os extremos de cadeias, os pontos entre cadeias e
outras pequenas irregularidades)”.
Quanto à sua utilização os materiais poliméricos podem ser classificados em:
1. Termoplásticos – amolecem quando aquecidos, sendo então moldados e posteriormente resfriados,
processos reversíveis e repetitivos. No entanto, não perdem suas propriedades neste processo,
podendo ser novamente amolecidos e moldados.
Exemplos: Lonas plásticas (polietileno), tubos de PVC (PoliCloreto de Vinila), massa PVA (Acetato de
PoliVinila), PEBD, PEAD, PS, acrílicos, etc.
2. Termofixos – o produto final é duro e não amolece mais com o aumento de temperatura. O processo de
moldagem resulta da reação química irreversível entre as moléculas do material, tornando-o duro e
quebradiço, não podendo ser moldado outra vez.
Exemplos: Piscina e tanque de fiberglass, Náilon (Poliamida), resina epóxi.
3. Elastômeros – possuem elasticidade assemelhada à da borracha; quando submetidos à deformações
acentuadas, retornam elasticamente à sua forma original. São “Polímeros naturais ou sintéticos que se
caracterizam por apresentar módulo elástico inicial e deformação permanentes baixos” (NBR 8083).
Exemplos: Neoprene, (aparelho de apoio de pontes), butyl, teflon, SBR, silicones, PU, hypalon, EPDM.
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A camada de regularização é geralmente uma camada de argamassa de cimento e areia com a finalidade
de:
1) Corrigir irregularidades existentes nas superfícies verticais e horizontais;
2) Proporcionar uma superfície uniforme de apoio adequada à camada impermeável.
3) Proporcionar a declividade (caimento) e regularização necessária ao piso para escoamento das águas;
4) Proceder os arredondamento dos cantos e aresta vivas (meias canas) com raio compatível com o sistema
de impermeabilização a ser empregado;
5) Adequar o suporte ao sistema de impermeabilização escolhido, executando os detalhes de projeto.
Antes da aplicação da camada de regularização a superfície de substrato deve ser preparada fazendo-se:
1. A remoção de restos de madeira, protuberâncias, pontas de aço, pregos, materiais desagregados e
outros materiais que possam danificar a impermeabilização;
2. A execução de enchimentos e acertos de superfícies;
3. O reparo e tratamento de eventuais falhas de concretagem, fissuras ou juntas;
4. Fixação dos tubos e elementos passantes e preparação da interfase entre os tubos e ralos e o sistema.
5. Aplicação das camadas de aderência: chapiscos ou adesivos;
6. Limpeza com raspagem, varrição e/ou jateamento;
A execução da camada de regularização deve seguir algumas recomendações e requisitos técnicos:
1. Tirar os pontos de nível considerando os caimentos (declividades) em direção aos pontos de drenagem;
2. Executar as mestras de guia.
3. Quando a espessura ultrapassar a 3 cm, executar uma camada de enchimento;
4. Aplicar uma nata de cimento no substrato antes da aplicação da argamassa;
6. Preencher os intervalos entre as mestras com argamassa de cimento e areia (isenta de impurezas) com
traço não superior a 1:3;
7. Desempenar com desempenadeira de madeira, não usar feltro ou esponja a para alisar a regularização
para não fechar os poros, dificultando a aderência da camada subsequente;
8. Executar a cura da regularização durante 48 horas;
9. Os cantos devem estar em meia cana e as arestas arredondadas com raios adequados ao sistema
utilizado.
10. A execução de uma camada de regularização só é necessária para sistemas flexíveis e para o sistema
rígido considerar apenas a parte de preparação e limpeza da base.
3. Pintura primária (Imprimação)
A NBR 8083/1983 define pintura primária como uma “pintura aplicada à superfície a impermeabilizar,
com a finalidade de favorecer a aderência do material constituinte do sistema de impermeabilização”. A
pintura consiste em aplicar um primer sobre a superfície a ser impermeabilizada.
O Primer é qualquer líquido, geralmente a base de asfalto, aplicado sobre a superfície com a finalidade
de promover a adequada aderência da camada impermeável ao substrato ou suporte a ser
impermeabilizado. Utilizar sempre um prime indicado pelo fabricante do sistema impermeabilizante a
fim de evitar incompatibilidades entre os materiais, de modo a garantir a aderência entre o sistema e o
substrato.
4. Camada impermeável
A camada impermeável é constituída de materiais impermeáveis aplicados em uma única ou várias
camadas ou demãos, de forma a garantir a estanqueidade do sistema. Constitui-se no principal
componente de um sistema de impermeabilização, caracterizando-o e dando-lhe o nome.
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1. MEMBRANAS
São sistemas moldados no local em forma de películas (membranas) envolvendo diversas camadas, com ou
sem a incorporação de armadura estruturante. “Produto ou conjunto impermeabilizante, moldado no local,
com ou sem armadura” (NBR 8083).
Quanto à temperatura de aplicação, podem ser divididas em:
1) Aplicação a quente;
2) Aplicação a frio (temperatura ambiente).
Quanto ao uso de materiais estruturantes (armaduras) são divididas em:
1) Sistema sem reforços.
2) Sistema reforçado com armadura para resistir às tensões de tração.
Armadura – “Elemento flexível, de forma plana, destinada a absorver esforços, conferindo resistência
mecânica aos sistemas de impermeabilização” (NBR 8083/1983).
As principais armaduras estruturantes são:
a) Não tecidas:
– Orgânicas. Ex.: Feltro betumado;
– Inorgânicas. Ex.: Véu de fibras de vidro;
– Sintéticas. Ex.: Feltro de poliéster.
Feltro – “Material usado como armadura ou proteção, constituído pela interligação de fibras ou fios
de origem natural, ou sintética, obtido por processo mecânico adequado, porém, sem
fiação ou tecelagem” (NBR 8083/1983). Os feltros têm fabricação análoga ao papel ou
papelão, pela formação de pastas. Os de fibras contêm polpa de madeira, juta, lã, raiom,
seda, etc.
Feltro betumado – “Cartão ou feltro saturado ou apenas impregnado com materiais betuminosos”
(NBR 8083).
Fibra de vidro (fiberglass) – filamentos formados pelo vidro derretido com matrizes plásticas
orgânicas. Fibras curtas (lã) e fios contínuos (véus) em conjunto com resinas plásticas.
Véu de fibras de vidro –“Material utilizado como armadura, obtido pela aglutinação de fibras longas
de vidro de diâmetro uniforme e distribuídas multidirecionalmente” (NBR 8083/1983).
Tecido: “Fibras de origem natural ou sintética que sofreram um processo de fiação ou tecelagem”
(NBR 8083).
b) Tecidas:
– Inorgânicas. Ex.: Tecido de fibras de vidro;
– Sintéticas. Ex.: telas de poliamida (náilon) e poliéster.
c) Filmes termoplásticos:
– Poliéster; Polietileno; PVC (Cloreto de Polivinil), etc.
A depender das características encontradas em cada caso, deve-se optar pelo tipo de armadura mais
indicado, cujas características básicas comparativas estão a seguir apresentadas:
• Filme de polietileno: Apresenta, em condições normais de utilização, a melhor relação custo benefício,
em função do desempenho e o seu valor comercial;
• Filme de poliéster: Maior resistência à perfuração (efeito de puncionamento), importante para os
casos de brotos de capim, raízes de plantas (floreiras em geral);
• Feltro de poliéster: Bom comportamento também quanto ao puncionamento, e resistência a altas
temperaturas sem apresentar escorrimento;
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• Filme de PVC: Boa resistência mecânica, exige tipo especial de PVC associado ao asfalto, podendo
ocorrer perda de flexibilidade caso utilizado componente inadequado, custo elevado;
• Véu de fibra de vidro: utilizado em situações extremas devido ao alto custo envolvido.
Os principais tipos de membranas em função dos materiais empregados são:
1.1 Membranas Asfálticas:
– Asfaltos oxidados (aplicado a quente);
– Emulsões asfálticas (aplicado a frio);
– Asfaltos modificados com polímeros.
1.2 Membranas Poliméricas:
– Membranas Elastoméricas: de Neoprene, de hypalon, de poliuretano, etc.;
– Membranas acrílicas:
1) Sem adição de cimento;
2) Com adição de cimento – MAI (Membrana Acrílica Impermeabilizante);
– Membranas de Poliuréia: produto introduzido no Brasil em 1998, de alto custo, necessita de
equipamento e mão-de-obra especializada.
– Pinturas epóxi.
2. MANTAS
As Mantas são elementos pré-fabricados classificados quanto ao material empregado:
1. Mantas Asfálticas.
2. Mantas Poliméricas.
2.1. Mantas Asfálticas:
As mantas asfálticas são construídas basicamente de três partes:
1. Massa asfáltica – constitui-se no composto asfáltico da manta, responsável pelas suas características
e propriedades. A massa pode ser enriquecida com polímeros. A quantidade e qualidade do polímero
determinam a qualidade da manta. De forma geral as mantas podem ser classificadas em quatro
categorias:
1. Mantas asfálticas com asfalto oxidado ou policondensado, com adição de algumas cargas ou
plastificante – São as mantas mais econômicas e mais populares.
2. Mantas asfálticas blendadas – compostas de um blend de polímeros, geralmente obtidos de
plásticos e borrachas recicladas.
3. Mantas asfálticas plastoméricas – são enriquecidas com adição de polímeros plastoméricos. Ex.:
APP (Polipropileno Atático).
4. Mantas asfálticas elastoméricas – são enriquecidas com adição de polímeros elastoméricas. São as
mantas asfálticas mais nobres, de superior qualidade, por terem características elásticas. Ex.: SBS
(Estireno-Butadieno-Estireno).
2. Armadura estruturante da manta – Elemento situado no meio da manta que responde, quase que
sozinho, pela resistência da manta à tração e ao alongamento, principais características exigidas por
conta das deformações das estruturas. As mantas mais caras tendem a ter estruturantes mais
resistentes. As mais utilizadas são:
1) Poliéster – lâmina de fibras prensadas de poliéster chamada de "não-tecido" de poliéster são em
geral as mais resistentes. O véu de poliéster interno pode ter diferentes densidades e gramaturas
(gramas por metro quadrado), quanto maior, mais resistente.
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2) Fibra de vidro – as mantas estruturadas com véu de fiberglass oferecem uma razoável resistência
a tração, mas são muito pouco resistentes a flexão e cisalhamento.
3) Polietileno – O filme de polietileno é um estruturante interno com a finalidade de manter a manta
coesa. São armaduras de baixa resistência à tração, mas que confere à manta final flexibilidade e
alongamento, usadas, portanto, somente em locais onde não houver praticamente qualquer
esforço de tração longitudinal ou transversal.
3. Acabamento externo superficial da manta – Tem a finalidade de dar acabamento superficial à manta.
Praticamente não tem função mecânica alguma. Os principais tipos são:
1) Polietileno – mantas revestidas nos dois lados, com baixa espessura e gramatura. Não confundir
com o polietileno que se usa como armadura estruturante.
2) Areia – mantas revestidas de areia muito fina nos dois lados. A areia melhora a aderência quando
utilizada sobre membranas de asfalto a quente.
3) Areia-polietileno – mantas revestidas de um lado por areia e do outro com polietileno.
4) Aluminizada – mantas revestidas pelo lado interno por polietileno e do lado externo por filme de
alumínio destinado a proteger a manta contra raios ultravioleta.
5) Ardosiada – mantas revestidas pelo lado interno por polietileno e do lado externo por uma
membrana granular de ardósia destinada a proteger a manta contra raios ultravioleta e tráfego
eventual de pedestre.
6) Geotêxtil – mantas revestidas em uma das faces com tecido geotêxtil.
2.2. Mantas Poliméricas
2.2.1 Elastoméricas: Mantas Butílicas ou mantas de EPDM (etileno-propileno-dieno-monômero).
2.2.2 Plastoméricas: mantas de PVC (policloreto de vinila), mantas de Polipropileno e mantas de
PEAD (Polietileno de alta densidade).
SISTEMAS RÍGIDOS
1. Argamassas aditivadas:
SISTEMAS SEMI-FLEXÍVEIS
Argamassas poliméricas semiflexíveis – sistemas decorrentes da evolução dos cimentos cristalizantes. A
diferença entre ambos é a qualidade da emulsão polimérica e dos aditivos em pó presentes no
componente cimento, fazendo com que funcione tanto pela ação de cristalização quanto pela formação
de uma membrana de elevada impermeabilidade.
SISTEMAS COMPLEMENTARES
Mastiques, selantes e vedantes – são produtos produzidos com a finalidade de calafetar juntas de
dilatação, juntas de retração, fissuras, bem como vedações diversas, como caixilhos, cerâmica, madeira,
concreto e alvenaria, etc. Podem ser elastoméricas ou plastoméricos, aplicados a frio ou a quente,
monocomponente ou bicomponente.
Ex.: borracha de silicone; espuma de poliuretano, etc..
A norma ABNT NBR 9952:2007 apresenta a classificação dos tipos de mantas indicando os parâmetros a
serem seguidos em laboratório segundo a ABNT NBR 9952:2007: