Você está na página 1de 608
ary NOME: CURSO: TELEFONE: E-MAIL: OBSERVAGOES: TURMA: ‘utoria: André Oliveira de Guadalupe, Eas Avancini de Brito, Esther Pereira Siveira Rosado, Gilberto Elis Salomo, Guilherme Aul ino Bastos lorge, Marcelo M guel Martins Palisson, Marcio Alberto de Faria Pres, Murlo Medici Navarro Cruz, Nicolau Arbex Sarde, Renato Alberto Rodrigues (Ti), Renato Gornes de Carvalho, Umberto César Chacon longa. Diego geral: Roger Time. Gerdnciaedtorial Jodo Carlos Pugh oordenagio de edi téeniea: Varia L dos Santos6. Ribera, tld téenlea: Equipe de eatoreswécnicos da Edita Piedra, Coordenacio de produgio editorial: iia Scherrer dos Santos. ‘Analsta de produso editorial: Claudia Moreno Fernandes Faigho: Equipe de ego da EstoraPoiecta, ‘oordenasdo de revisfo: Marana Castle Qusios, Revisd0; Equipe de reviso da EditoraPoledro. ‘oordenasdo de ate: Kleber 5. Prtela «Welingten Paul. Diagramagdo: Equipe de arte da Eltora Poiedro lastragbes: Equipe de lstacdo arte da Extra Policia oordenagio de Pc Preto griicoe capa: Alevanire Moreira Lames Patricia Aparecice Mooteite, Impressioe acabamento: Nywerat inserson Fo Corel, A Ecltera Paliecto pesquisau junto as fontes aprepriacas a existéncia de eventual detentores dos dretos de todos os textos «de todas a bras de ates pléscas presents nesta obra, sondo que sobre alguns nerhurra referéncia fol encentad. Em caso de miso, ivoluntiria, de quasquer erétos faantes, estes ser20 includes nas Fras digs, ettando, ands, reservados os deitosreferdos noe arts. 2879 dal 610/98, POLIEDRO SISTEWADEERSRIO So ost dos Campos ~SP ISBN: 97885-7901-073-6 Telefax: (12) 3928-1615, estora@siszmapaiedracombr ‘ww sistemapdliedracom.b¢ Copyright © 2017 Todos os direitos de edo reservados &Editora PoBedro » » CARTA AO ESTUDANTE ee . Prezado estudan Cada material que o Sistema de Ensino Poliedro desenvolve ¢ construide pensando em detalhes para ‘eontriauir efetivariente como seu desenvolvimento e sucesso, auxiiando no aprendizadoenas melhores estratégias de estudonessa fase t3oimportanteda sua vidal Assim, acolecdo para série co Pré-vestibular ‘i organizada de forma a otimizar os estudos e, ao mesmo tempo, oreparar para os diversos tipos de selecdo que voc# enfrentaré 20 final da Educacdo Basica, assim como para o Ener. ‘Oque estudar mais? Mesmo que algumas provas tenham como objetivo ‘waliar o seu conhecimento por meio de competéncias, © habllidades, estudar os contetdos das disciplinas & ‘essencial. Uma estratégia que pode ser utlizada é ma- pear os estudos de acorde com os contetidos em que ‘yc# tern maior ou menor domfni. Pririze os itens im- portantes em que vocé tem malor difculdade © apenas revise os que jé sabe. — Es ‘Beka ane upoRTANGIA DOS ASSUNTOS “ga as dicas, mas lembre-se: cada alunoé Unica. Quem deve buscar as melhores estratégiasé vocél fom inicio de ano e bons estudos! Sistema de Ensino Poliedro ROTEIRO DO ALUNO Vv TETRAEDRO » > » a gar Linguagens, Cédigos e suas Tecnologias aaa mae — hse a ey hiss rene 2 bo. B S Adisce 0. 7 SAMS. a Eo 3B Bo vouen 8 2 ine. 1 bis tLe 2... 3 Ase 2 aur. % oe ses a a ag Matematica e suas Tecnologias ta so va: sus ot db Eas pb ise? ise? 1 Missed 0 hiisiel 8 hiisiek fet MISS E8 enn By MSE6 a ld iS l a pees S hadstet 8 Absent Ads$0 aed B tasien....10 = pdsitett.. austen © idstie I abide 6 derek 8 Adele abe. disse. 184 disse. 18 Mision MMi lST Ais fea ns etx (> Eas we cats [2s ‘sub sted sted a8 m ae Novo de ™ Aisiet a iste cocci pa aa at MsSebovecail Fro 9 Pp 2% pbsTeb piste a a om bse on ree a > sisted me =, ——_ > fy iste at ia Sie at B nastsel 38 Evan. a) ce Bovevei a0 sbstelt a me abo a a a Nice he Bat sistem 8 rae aa pa a a as | ae Giéncias da Natureza e suas Tecnologias a ) 7 Saas nT ae comm — — as ee cee oes oe aus Adis 8a U0, 38 Dy Msas. ML D Mbséat, 35 paws ay A eas aoe ‘Bhs eee aos mao ae aucags ne res eee eure Ee 3 7 ca a — — — ibe auare oe peoges aes as Ehsan fee 2 vtsai. oe pes Boise peaes pea oe re estes rate aes Adis IT e18. Ah ABS 1501 oo OB ABS 17 2B a SB Peers Te z owe nt ae aa — oerg eee re ae Pass es a ; Aoas708 wr é bs 78, 7 : ‘dbs 9210. 88 ae oes Adis el. $34 ABS 11012 ec SBD = bs Belt 1 caeeie ees eas ee aan ieee see rr > . » TABELSDE HORARIOS Cs > » HORARIO ES 6 Ee Ee a INTERVALO INTERVALO INTERVALO INTERVALO Pane Z Z Z Z L : Apresentagio das dasses gramaticais, com @nfase no substantivo Para classiticar uma palavra morfologicamente, é pre- ciso inserisa na frase. Em “O carro é nove", por exemplo,, © vocébulo novo é adietivo, pois dé uma propriedade 20 ser (carro), mas em “O novo transgride”, o mesma termo,, nova, & substantiva, pois esta precedido de artigo. Para os exames modernas, ¢ importante percebera funcionalidade das classes gramaticais (ou classes de palavras) no texto, isto 6, os efeitos de sentido decorrentes do seu emprego. Observe o resumo a seguir. Gapo nominal 2 — Grupo verbal 3~ Grupo rolacional i 4 Intereicao We if a 24> EXERCICIOS DE SALA » Texto para a questo 1 Expedigo de 5 anos mapeia preparos, ingredientes e personagens pelo Brasil A beira do rio Negro, no Amazonas, chega-se de barco 9 umg comunidade na qual vive Mancel Gomes. Ele colhe mandioc-brava numa pequeno rea, faz farinha-d'ague & 8 PORTUGUES | TETRA! CLASSES DE PALAVRAS | = Substantivo Classe gramatical que nomeia 0 sec Classificagdo: simples (um radical: sol) ou compos- ‘to [mais de um radical: girassol); concreto (elementos do mundo natural: pedra) ou abstrato (categorias abstratas — sentiments, qualidades, agBes: Felicidade, riqueza, inter- vvengio}; primitivo (palavra de origem: café) ou derivado (palavra derivada: cafezal); comum (ser da mesma espécie: professor) ou prépri (um ser em particular: Francisco} Flexi: 0 substantivo pode flexionar em genera (mas- culinoffeminino}, nimero (singular/plural) ou grau (au- mentativo/diminutivo) ‘A mudanga de género pode gerar mudanca de signifi- cado, = Nao havia capital para a construcio da nova capital, 'A mudancs de ntimero pode alterar o sentido do subs- ‘antivo. — Na costa do Ceard, turistas japoneses davam as ‘costas para ingleses. Novalor conotativo do grau, o aumentativo eo diminu- tivo podem assumir urn tom afetivo ou ofensive. = Aquele homenzinho de bar e de pouco carder. Selesao lexical: conjunto de palaveas que remetem a um mesmo universo de conhecimento: ladrao, crime, rou- bo, assalto, prisio, morte. Por exemplo: O maior ladrao da vida € 0 tempo, esse criminoso, que assalta a vida ditando a morte, enterra bucho de jaraqui, um peixe popular na regio, para adubar @ terra, ‘Manuel Bandeira, o poeto, dirt que 0 ribe'rinho fala 0 “lingua errade do povo” = 0 povo que fala “gostoso 0 portu- gués do Brasil" Pois ele mistura banha de cobra com rai de o¢0/ para the servir de cura quando 0 “corpo réi". fm cutre populagao remota, em Mangue Seco (8A), uma senhora canta para atrair aratus, aqueles carangue- Jinhos tipicas dos manguezals, que se prestam a prepares como a moqueca enrolada na otha de bananeira, como fa- 11a dona Flor, a cozinheira da ficgio de Jorge Amado. Também no mangue, mas dessa vez na iia do Mara- 48, no Poré, dois meninos “parrudinhos", nas palavras de ‘Adriana Benevenuto, @ produtora da expedictio, entram descalcos naqueta drea lodosa para alcangar um tronco no qual se alojam os turus. Trato-se de moluscos @ semethonca de minhocas, degustados com limo e sale s6 Disponivel em: wi flha.volcombr/comida/2015/03/1759173 expedicao-de-S-anossmapeia-preparos-ngredients-e-personagens-pelo- brasLshtm Acesso em: 2abe 2016, 1 insper 2016 Sobre 0s diminutivos “ceranguelinhos” & “parrudinhos" presentes notertoécorreto afimar que eles [A remetem Bideia de compa inicam marcas de regionalism. revelam indcis de afetividade. tmanifestam um sentido misico desconsideram a nogio de tamanho moo 2 Leia 0 excerto 2 seguir, pertencente a Guimaraes Rosa [Je um vaga-lume lonterneiro que riscou um psiu de luz ‘oo Guimaraes Rosa “Minha gente’. In: Sogarana. Rio de lane: Nowa Frontera, 2984p. 210, a) Guimaries akteraaclasse gramatical de “psiu® que debra ce ser interjeico para assumir a fungi de substantiva Que palavra do texto possbilitou tal transformacao? b) Escreva uma frase em que a palavra citada exerce a sua funclo de interjeicia, bl ah a €)_ Que efeito de sentido o autor obteve 20 relacionar 0 termo psiu com luz? Analise 0 sentido de psiu na ex- pressfo “um psiu de luz”, > Texto paraa questo 3 Onada que é Um canavial tem a extensdo ante 0 qual todo metro é vao. Tem 0 escancarade do mar que existe pora desufiar que numeros e seus ofins possam prendé-lo nos seus sins. Ante um canavial a medida métrica é de toda esquecida, porque embora todo povoado povoa-o 0 pleno anonimato que dé esse efeito singular de um nada prenhe come omar Joo Cabral de Melo Neto. Museu detudo e depo, 1988 3 Unifesp 2014 No titulo do poema - O nada que ¢ -, corre a substantivacio do pronome nado. Esse pracesso de formago de palavras também se verifica em: A Apoesia de Joo Cabral tem um qué de despoetizasio. 8 Poema algum de Jojo Cabral escapa de seu pracesso rigoroso de composiclo, C Em Morte e Vida Severina, Joo Cabral expressa 0 ho- mem como coisa, DA postica de Joo Cabral assume tragos do Barraco gongérico. E A arquitetura do poems em Jodo Cabral definethe o processe de criaggo, PORTUGUES | TETRA! 9 4 Enem 2011 © Conar existe para coibir os ‘exageros na propaganda. Eee icine erence 'Nés adorariamas dizer que somos perfeitos. Que so- mos infotlveis. Que no cometemas nem mesmo o menor deslize. E 56 ndo folomos tss0 por wn pequeno detalhe: seria uma mentira. Alids, em vee de usar @ palavra men- tira, como acabamos de fazer, poderiamas optor por um eufemismo. “Meio-verdade’, por exemplo, serio um ter- mo multe menos ogressiva. Mas nés néo usamos esta palavra simplesmente parque nfo acreditamas que exista uma “meia-verdade” Para 0 Conar, Conselho No- cional de Autorrequlamentagéio Publicitério, existem a verdade e a mentira. Existem a honestidade e a desanes- tidade. Absolutamente nada no meio. O Conor nasceu hd 29 anos (viu $6? ndo arredondamas para 30) com a missdo de zelar pela ético na publicidade. Nao fazemos '3s0 porque somos bonzinhos (gostarlamos de dizer isso, mas, mois uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque & 1 tinea forma dea propaganda ter o méximo de credibili- dade. E, cd entre nds, para que serviria o propaganda se 0 consumidor ndo acreditasse nela? Qualquer pessoa que se sinta enganada por umo peca publicitéria pode fazer uma reclamagéo ao Conar Ele anali- sa culdadosamente todas as dentincias e, quanda é 9 ¢as0, aplica a punigto, Veja, So Paulo: Abril. 2.120 ed, ano.42,n°27, jul 2008, Considerando a autoriae a selecao lexical desse texto, bem como 0s argumentos nele mobilizadas, constata-se que 0 objetivo do autor do texto & ‘A informar os consumidores em geral sobre a atuagao do Conar B conscientizar publicitarios do compromise ético a0 laborer suas pecas publi CC alertar chefes de familia, para que eles fiscalizem 0 contetido das propagandas veiculadas pela midia D_ chamar a atengo de empresérios © anunciantes em eral para suas responsabilidades ao contratarem pu- licitérios sem ética E _chamar a atengio de empresas para 0s efeitos nocivos ‘que elas podem causar 8 sociedatle, se compactuarem ‘com propagandas enganosas, 19 PORTUGUES | TETRA! > Texto paraas questies Se 6 Fabiano, uma coisa da fazendo, um traste, seria despe- dido quando menos esperasse. Ao ser contratado, recebera © cavalo de fabrica, peneiras, gibéo, quarda-peito © sapa- tes de couro cru, mas ao sair fargaria tudo ao vaqueiro que o substituisse. Sinhdé Vitdria desejova possulr uma cama igual 9 de seu Tomas da bolandeira. Doidice. Nao dizia nada para do contrarié-la, mos sabia que era doidice. Cambembes odiam ter luxo? E estavam ali de passagem. Qualquer dia © patréo os botaria fora, e eles ganhoriam © mundo, sem rumo, nem teria meio de conduzir os cacarecos. Viviam de rouxa amarrada, darmitiam bem debabro de um pau. Olhou a caatinga amarela, que o poente avermelhava Se a seca chegasse, néo ficaria planta verde. Arrepiou-se. Chegaria, naturalmente Sempre tinha side assim, desde que ele se entendera. F antes de se entender, antes de nas- cer sucedera 0 mesmo anos bons, misturadas com anos ruins. A desgraga estava em caminho, talvez andosse perto, Nem vatia @ pena trabathar. Fle marchando para caso, trepando a tadeira, espa- Ihando seixes com as alvercatas ela se avizinhando a ga- lope, com vontade de matée-l. RAMOS, Graclane Uidas Seas ( Texto para a questo 1. ‘No ha hoje no mundo, em qualquer dominio de ati- vidade ortistico, um artista cuja arte contenha mofor uni- versafidade que de Charles Chaplin. A razdo vem de que 0 tipo de Carlito & uma dessas criagdes que, salvo idiossin- crasias muito raras, interessam © agradam a toda 9 gente, Como os herdis das lendas populares ou as personagens dos velhas farsas de mamulengo. Carlito é popular no sentida mais alto da palovra. Néo saiu completa e definitive da cabeca de Chaplin: foi uma criagdo em que 0 artista pracedeu por uma sucesso de tentativas e errados. Choplin observava sobre a piiblico oefeitode cada detahe. Um dos tragos mais caracteristicas do pessoa fisica de Carito for achade casual. Chaplin certa vez lembrou-se de orremedar a marcha desgovernada de um tabético. O pi- blico ri: estava fixado 0 andar habitual de Carlito. Ovestudrio da personagem = fraguezinho humor'stico, calgas lombazonas, botinas escarrapachadas, cortolinho = também se fixou pelo consenso do publica. Certa vez que Carlito trocou por outras as botings es- corrapachadas e a cléssica cartolinha, © puiblico no achou graca: estava desapontado. Chaplin eliminou imediatamen- te a variante. Sentiu cam o puiblico que ela destruia a uni- dade fisica do tipo. Pedia ser jacasa também, mas néo era mais Carlito Note-se que essa indumentérta, que vem dos primer- 10 filmes do artista, néio contém nada de especialmente extravagante. Agrada por nfo sei qué de elegante que hé no seu ridiculo de miséria, Pode-se dizer que Carlito possui o dondismo do grotesco. Nao seré exagero afirmar que toda a humanidade viva colaborou nas salas de cinema para g realizacdo da per- sonagem de Carlito, como ela qparece nessas estupendas obras-arimas de humour que sao 0 Garoto, Ombro Arma, Em Busca do Ouro e O Circo. |staporsis6 atestaria em Choplin um extraordindrio dom de discerimento psicolgico. Néo obstante, se nfio houvesse rele profundidade de pensamenta, lirismo, teenura, sevia le- vado por esse processo de criagdo @ vulgaridade dos artistas mediocresque condescendem com 0 fécil gosto do pubiico. ‘Aqui é que comego a genialidade de Chaplin. Descendo até 0 publico, ndo $6 no se vulgarizou, mas ao contrério ganhou maior forga de emorav e de poesia. A sua origina~ lidade extremou-se. Ele soube isolar em seus dads pesso- vis, em sua inteligéncia e em sua sensibilidade de excegdo, 2s elementos de irredutivel humanidade. Como se dic em 12 PORTUGUES | TETRA! inguagem matemética, pés em evidéncia o fator comum de todos as expresses humanas. Oolhar de Carlito, no fi- me 0 Girco, para a brioche do menino faz «ir a criancada 50 como um gesto de gulodice engragada. Para um adulto pode sugerr da maneira mais dramética todas as catego- ‘ias do desejo. A sua arte simplificou-se a9 mesmo tempo que se oprofundow e alargou. Cada espectador pode encon- ‘rar nelao que procura: a riso,a critica, olirismo ou ainda 9 55 contrdrio de tudo isso. Essos reflexties me acudiram ao espirite aa ler umas linhos da entrevista fornecida a Florent Fels pelo pintar Fascin, bilgaro naturafzado americano. Pascin nda gosta de Car- lito e explicau que uma fita de Carlito nas Estados Unidos 60 tem uma significagtio muito diversa da que the do fora de 1d, Nos Estados Unidos Carlito 60 sujeito que ndio sabe fazer 1s coisas como todo mundo, que ndo sabe viver como os outros, ndo se acomada em meio algum, = em suma um inadaptavel. O espectador americano 1 satisfeito de se sen- 65 tir to diferente daquele sonhador ridiculo. isto que fuz 0 sucesso de Chaplin nos Estados Unidos. Carlito com as suas lamentaveis oventuras constitui ali uma ligéio de moral para educacéio da macidade no sentido de preporar uma gera- fio de hamens habels, préticas © bem quaisquer! Por mais a0 par que se esteja do caréter prética do ‘omericano, da seu critério de sucesso para julgamenta das ‘asfes humanas, do seu gosta pela estandardizacdo, nfo deixa de surpreender aquela interpretagiio moralista dos filmes de Chaplin. Bem examinadas os coisas, no havio 75 motivo para surpresa. A interpretaco cabe perfeitamente dentro do tipo e mais: 0 americano bem verdadeiramente americana, oque vedi o entrada do seu territério a doentes © estropiados, 0 gue propée 0 pacto contra o guerra © ao mesmo tempo assaita a Nicartigua, no poderia sentir de 80 outro mode. No importa, néo serd menos legitima a concepséo contréria, tanto & verdade que tudo cabe na humanidade vasta de Carlito. Em vez de um fraco, de um pulha, de um inadaptével, posso eu interpretar Carlito coma um hersi 85 Carlito passa por todas as misérias sem lagrimas nem quel xas. Nao ¢ forca isto? Nao perde a bondade apesar de to- das os experiéncias, ¢ no meio das motores privagées acho um jeito de amparar a outras criaturas em aperto, tsso pulhice? Aceita com estoicismo os piores situagdes, dorme onde é possivel ou néo dorme, come sola de sapato cozida como se se tratosse de alguma lingua do Rio Grande, E um inadaptavel? 70 %0 Sem duivida néo sabe se adoptar as condicées de suces- 95 so na vida. Mas haverd sucesso que vatha a farca de éni- mo do sujeito sem nada neste mundo, sem dinheiro, sem amores, sem tete, quanda ele pode agitar a bengalinha camo Carlito com um gesta de quem val tirar a felicidade do nada? Quando um ajuntamento se forma nos filmes, os 100 transeuntes vao parando e acercando-se do grupo com um ar de curiosidade interesseira. Todos tém uma fisionomia preocupads. Carlito é 0 Unico que esté certo do prozer in- génuo de othor Neste sentido Carlito € um verdadeiro professor de 108 heroismo. Quem vive na solidéo dos grandes cidades ndo pode deixar de sentir intensomente o influxo da sua ligéo, € uma simpatia enorme nos prende ao haémio nos seus ges- tos de aceitago tda simples. Nada mais herdico, mais comavente do que a saida 210 de Carlita no fim de O Circa. Partida a campanhia, em cuja troupe seguia o menina que ele ajudara a casar com ou- tro, Carlito por alguns momentos se senta no circulo que ficou como ultimo vestigio do picadeiro, refletindo sobre os dos de barriga cheta e relative felicidade sentimental que 115 ocabava de desfrutar Agora esté de novo sem nada e in- teiromente sd. Mas os minutos de fraquezo duram pouco. Garilito levantarse, dé um puxdo na casaguinha pore recu- perara linha, faz um molinete com @ bengalinha e sai cam- po afora sem olhar para trés. Néo tem um vintém, ndo tem 220 uma ajeicéo, nda tem nde darmir nem © que camer No entanto vai como um conquistador pisando em terra nova Parece que 0 Universo édele. E néio tenham diivido: 0 Uni- versa é dele. Com efeito, Carlito é poeta. Em: Crdnicas de Provincia do Brasil 1937 ‘eiosineroso (linha 4: manela de ser ede air proaria de cada paseo. -mamulengo (nha 7|:fantoche, boneco usade & mo em poras de weatro popular ou infant ‘abetic nha 15}: que tem andar desgovernai, sem muita Frmeza sands linha 29) relative ao india que se vaste # se comperta com eegsncia, pubic linha 89): safadera,canalhic. ‘estes (nha 90): resignagde.com digndade diante do sofrimento, 62 dversicade, do infertinio -aliet linha 118) moviment irate quese far coma espada cu cutro objeto semelnant 1. ima 2014 Considere os enunciados abaixo, atentando para as palavras em negrito, |. Nao ha hoje no mundo, em qualquer dominio de ati- vidade ertistice, um artista cuja arte contenha maior universalidade que a de Charles Chaplin. (linhas 1a 3) |, Agrada por ndo sei qué de elegante que ha no seu rie culo de miséria.(linhas 28 @ 29) bl ah ve UL [.] uma fita de Carlito nos Estados Unidos tem uma significaciic muito diversa da que the do fora de Id (linhas 59.2 61) I A interpretagio cabe perfeltamente dentro do tipo © mais: 9 americana bem verdadeicamente americano, (0 que veda a entrada do seu territério a doentes e es- tropiadis, [| inhas 75 a 78) As palavras em negrito tém valor de adjetivo AC apenas em | ile IV. apenas em | Ille IV ‘apenas em Ile IV apenas em le IV em todas. moos 2 o trecho a seguir pertence 2 Manuel Bandelra, poeta mademista. Nesse poema, 0 autor erica o fazer poético parnasiana bod Estou forto do lirismo namorador Politico Raquitico Sifilitico a Manvel Bandera. “Pode”: ubertinagem & Estrela banka. Ro de Taneo: Nova Frontera, 2007, 2) Que tipo de relacio gramatical justifica a clas- sificagio de adjetivo para as vocdbulos palltica, raquitica © sfitica? b) Crie uma frase em que @ palavra politico assuma outra classe de palavras (identifique a classe de palavra) €] Qual é 2 funcionalidade desses trés adjetivas no excer- to citado? PORTUGUES | TETRA! B fi 47 Eu r » Texto para a questo 3. Asensivel Fol eno que ela atravessou uma crise que nada pare- cia ter @ ver com sua vido: uma crise de profundo piedade. A cabega ido limitada, to bem penteada, mal podia su- portar perdoar tanto. Nao podia othar 0 rosto de um tenor enquanto este cantava alegre = virava para 0 lado 0 rosto magoado, insuportdvel, por piedade, ndo suportendo a gl ria do cantar. Na rua de repente comprimia o peito com as dos enluvadas ~ ossaltada de perdao. Sofria sem recom- pensa, sem mesmo a simpatia por si prépria. Essa mesma senhara, que sofreu de sensibilidade como de daenca, escolheu um domingo em que a marida vigja~ va para procurar a bordadeira. Era mais um passeio que uma necessidade. Isso ela sempre soubera: passear Como se ainda fosse a menina que passefo na calcada, Sobretudo posseava muito quando “sentia” que 0 marido 0 engana- vo. Assim fol procurar a bordadeira, no domingo de manhd Desceu uma ruo chela de lama, de galinhas e de criangas nuas ~ aonde fora se meter! A bordadeira, na casa cheia de filhos com cary de fome, 0 maride tuberculaso = a bor- dadeira recusou-se @ bordar a toalha porque néo gostava de fazer ponto de cruz! Soiu afrontada e perplexo. “Sentia~ -e” to suja pelo caler da manhé, e um de seus prozeres era pensar que sempre, desde pequeno, fora muito limpa. Em casa almocou sozinha, deitou-se no quarta melo escu- recido, cheia de sentimentos maduras e sem amargura. Oh pela menos uma vez néa “sentia” nada. Sendo talver a per- plexidade diante da fiberdade da bordadeira pobre. Sendo talvez um sentimento de espera. A Iiberdade. Clarice Lapector Cs melhores contos de Clarice Lispector, 2996 3 Unifesp 2014 0 emprego do adjetivo “sensivel” como substantivo, no titulo do texto, revela a intengio de: A priorizar os aspectos relacionados aos sentimentos, como conteudo tematico de conto e expresso do que Vive a senhora. B_ironizar aideiade sentimento, entio destituida de sub- Jetividades e ambiguidades na expressio da senhora, CC carrelevincia 20s aspectos subjetivos das relages hu- ‘manas, pondo em sintonia 05 pontos de vista da senho- ra e da bordadeira. D__ explorar a ideta de liberdade em uma narrativa em que o efeito de objetividade limita a expresso dos senti- mentos da senhora. E traduzir a expresso comedida da senhora ante e vida 05 sentimentos mais intensos, como na relagio com! abordadeir, 14 PORTUGUES | TETRA! 4. Unifesp 2008 (Adapt. Leia a tira a seguir uno asec é J) | voce mye com seis pas Canna 180 Tem EES 0 Taz aL vOe Wine NoCEO. Canes worbenesce Pascoe AEWA Ge 10S eneserzen NORTAL ‘i 956 EE VPA aeogoa Se ses Da aN E congas Un sens 20 urd E aeoRs Jou COMER UNA EACADSPaREODE AEA! Euevoxd OueDoHIsrO. Lotto Bosca De semane! Em, TALE “Nena ses Una fea 2. sen0 ate Sea conte ‘Fito a 5. Poul, aio 2003. (dap) Em"E correr uns bons 20 km", 9 terme uns assume valor de: A D especificagéo. B exatidio. E aproximacao C definicso. » Texto para a questi 5. \Vocé conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? Uma organizacdo néo governamental holandesa esta propondo um desofio que muitos poderdo considerar im- possivel: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha® no Facebook. O objetivo é mediro grau de felicidade dos usué- rios fonge da rede social. O projeto também & uma resposta gas experimentos psicol6gicos reatzados pelo préprio Facebook. A diferenca neste caso é que o teste é completamente voluntério. troni- camente, para poder participar, o usuério deve trocara foto «fo perfil no Facebook e postar um contador na rede social. 05 pesquisadores irdo avalior 0 grau de satisfacto e fe- licidade dos participantes no 33°dia, no 66%e no titima dia do abstinéncia. 05 responsiveis pontam que os usudrios do Facebook gastam em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso, a soma média seria equiva- lente 9 mais de 28 horas, que poderiam ser utifizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras" Dssponivl en: chit f/eodigofonte uoLeombr> [Adapt ) 5 Unifesp 2015 Examine 2s passagens do primeiro paré- _grafo do texto, ‘© “Uma organizagao nfo governmental holandesa esta propondo um desatio” + "D abjetivo é medir o grau de felicidade dos usuérios longe da rede social” Autilizago dos artigos destacados justifica-se em razdo A. da generalizago, no primeira caso, com a introdugao ce informagio conhecida, e da especificagio, no se- undo, com informagae nova Bde informagdes novas, nas duas ocorréncias, motivo pelo qual so introduzidas de forma mais generalizeda C de informagies conhecidas, nas duas ocorréncias, sen- do possivel a troce dos artigos nos enunciados, pois isso no alteraria a sentido do texto, D_ daretomada de informacées que padem ser facilmen- te depreendidas pelo contexto, sendo ambas equiva- lentes semanticamente. E da introdugio de uma informaga0 nova, no primeira caso, e da retomada de uma informagao jé conhecida, no segundo bl 7h ve 6 Unesp 2012 (Adapt.) Assinale a alternative cuja frase con- +ém um numeral cardinal empregado como substantivo. A. Ha muitos anos que a politica em Portugal apresenta. B Doze ou quinze homens, sempre os mesmos, alterna- damente possuem 0 poder. C08 cinco que esto no poder fazem tudo 0 que po- dem para continuar. do tirados deste grupo de doze ou quinze individuos, ‘aos quatro cantos de uma sala. mo awe GUIA DE ESTUDO. Portugués | Livro 1 | Frente 1 | Capitulo 1 L Leia as piginas de 15 a 200 de 26 a 31 I Faca os exericios 5e 6 da seco "Revisando” IL Faca 0s exercicos propostos 16, de 18 a 22.25 PORTUGUES | TETRA! 15 Estudo do verbo (superfiialmente; o aprofundamento € posterior), do seu satdlite ~ 0 advérbio ~, dos pronomes (parcialmente, pois os pessoais e os relatives serdo discu- tides em aulas especticas), da conjuncao (também super- ficialmente, pois seu estudo esté contemplado nas aulas sobre 0 periado composte), da preposiclo e dainterjeicio (ceconhecimenta). = Pronome Indica as pessoas do discurso (primeira: quem fala; se- {gunda: com quem se fala; terceira: de quem ou de que se fala), promove @ coesdo textual ~ liga partes, substituindo homes, acontecimentos ~ e auxiia 0: nome, atribuindo-Ihe ideias de posse, indefinigao etc Possessivos Fazem referencia as pessoas do discurso, apresentan- do-as como possuidores de algume coisa Podem imprimir 20 texto tracas de possessividade, afe- ‘ividade, admiracio, simpatia e até mesmo desprez0, Esta estrela é minha! Meu doce iemio, venha. Seu idiote, o que vocé quer? Indefinidos ‘So empregados com a finalidade de se criar o efeito do vago, do geral, da indefinicéo; sdo pronomes de terceira pessoa alguns so variveis, outros invarigveis: ‘+ sem artigo, generaliza-se (toda mulher); com 0 artigo, ise ao substantive a nogio dointeiro (toda amulher) + ligade 20 adjetivo, tem-se a nog do inteiro (toda bo- rita). + Gindefinido possui valor positiva {algum sinal}; ou ne- fntivo (sinal algum). Demonstrativos ‘Além de marcadores espaciais © temporais, 05 de- ‘monstrativos possuem fungao coesiva no texto, introduzindo ou recuperando palavras, expressbes, oracies, pardgrafos inteiros Este, esta, sto:indicam proximidade da pessoa que fala tempo presente em relacio 8 pessoa que fala. ~ Este meu tapete € tudo, Leonor! 16 PORTUGUES | TETRA! CLASSES DE PALAVRAS III © Esse, essa, isso: indicam proximidade da pessoa a quem se fala © tempo passado em relagao & epoca em ue se coloca a pessoa que fala 1 esse teu tapete... um lixo, Leonor!! © Aquele, aquela, aquilo: indicam o que esta afastado tanto da pessoa que fala camo da pessoa a quem se fala; remeter ainda a um tempo vago ou a uma época remota. = Verbo 1. Vor (ago verbal 6 produzida ou recebida pelo sujeito} ata: suo pratica a ago: “Timo vence maisuma” bb) passiva:sujeito sofre a agBo: "Timao é derrotado” C)_reflexiva: sujeito pratica e sofre a aco: “Timo se re- cupera” 2. Modo (as diversas maneiras sob as quais a pessoa que fala traduz 0 significado contide no verbo, o modo de dizer) a) indicative (certeza): “Flamengo ganha a Copa do Brasil!” bb) subjuntive (incerteza): “Talvez o Flamengo nfo caia paraa segunda divisio” €)__imperativo (pedido, sugestdo, ordem): “Apite o jogo di- reito, ju! 3, Tempo (o momento em que ocorre a acdo verbal) 2) presente: "Grémio passa por uma reformulegao”, b) pasado (pretérito): “Grémio conguistou o mundiah” ©) futuro: "Gremio investiré em jogadores estrangeiros, diz presidente.” 4. Nimero (singular ou plural} “Bahia conquista campeonato baiano” “Os times baianos do espetéculo no brasileirso” 5. Pessoa (primeira, segunda, terceira) “Eu no joguei, diz Ronaldinho” “Tu nao jogaste, Ronaldinho!” “ Ronaldo néo jogou.” Obs.: o aprofundamento dessa classe gramatical sera reali- zado posteriormente. = Advérbio Classe gramatical invariével (apenas flexi no grau): Lugar: abaixo, acima, além. ‘Tempo: ainda, agora, amanhs Intensidade: muito, pouco, assaz Davida talvez, quiga, acaso. ‘Modo: bem, mal, assim. Negacio: no, nunca, AfirmagBo: sim, realmente. Locugées adverbiais Lugar: & distancia, de longe Tempot as vezes, 8 tarde Modo: as pressas, 8s claras, Afieracio: sem civida, de fato, por certo ate. Divida: por certo, com cartaza et Causa: Jogou por interesse Meio: Sempre andou de énibus. Instrumento: Cortou com a faca. Concigio: Sem dinheiro, eu nfo vou. 10. Concesséo: Mesmo crianga, sabia Fisica, Obs: certos advérbios promovem a ligago entre partes do texto, funcionam como marcadores de coeséo, = Preposic¢ao Fungao Afuncio da preposi ‘ro, 0 segundo passa a ser dependente do primeira. 10 € subordinar um termo a ou- Classificacdo. As preposigdes podem ser de dots tipos Essendais: a, ante, até, apés, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre. Acidentais (podem pertencer 2 outras classes grama- ticais): afora, consoante, durante, exceto, fore, mediante, salvo, segundo, sendo, tirante, visto, Locugées prepositivas Nestas, a ultima palavra é sempre uma preposigio: a0 lado de, antes de, além de, adiante de, a despeito de, acima de, abaixo de, depois de, em tora de, apar de, apesar de, através de, de acordo com, com respeito a, por causa de, quanto a, respeito a, junto a etc. Emprego As prepasigBes essendiais so empregades com os pro- names pessoais obliques tanicos: bl 7h ve Lutou contra mim /Ndo trabalhava sem mim /Pensava ‘em ti /Confiava a mim seus segredos. ‘As preposicdes acidentais sto empregadas com 0 pronomes pessoais do caso reto: ‘Todos comeram, salvo tu /Fora eu, todos comeram. Relacées semanticas As preposigées podem exprimir varias relagies, eis al- eumas: Cantava a gaticho. (modo) hotel foi estimado em 1 bilhao. (oreco) ‘ agulha apontava para c sul /Atirou-se sobre o herd (diregao) Foram eam o tio. (compantia) Martelava com o ferra. {instrumento} \Vim de Salvador! (procedéncia) Alimentava-se de farinha e feijao. (meio) Folava-se sobre tudo. (assunto) Coesdo ‘A preposi¢ao subordina um termo ao outro. O termo que comanda a preposi¢ao pode ser chamado termo re- ente;e0 comandado, regido. Em "contio em voce", oregente Eoverbo; oregido, o pronome de tratamento. Se regente © regido estiverem distantes um do outro, haveré um proble- ma de coesio, de ligagao malfeita = Conjun¢gao ‘A conjungao, além de ligar palavras ou oracées, dé urna dirego argumentativa ao texto, estabelece relagio seman- tica, Observe as conjungées e a ideia que elas transmiter: Terds a felicidade, mas s6 na velhice. (restricdo) ‘Maso pre‘eito? Resolveu trabalhar? (situacSo, assunta) Correu muito e nio venceu. (opasicdo) Correu muito e venceu. (consequéncia ou concluséo) Era honesto, emuito honesto! (explicaggo enfética) Tirou o chapéue entrou no temple. (adico) E 0 Valdir? Ja devolveu 0 dinheiro? (situagdo, assunto) Cantava eame Caetano. (comparecio) Como era louco, no podia sair de Id. (causa) Jogava como o pai orientou. (conformidade) = Interjeigdo E a classe gramatical que expressa reago emocional Exemplo: ai! Socorro! Ufa! PORTUGUES | TETRA! 7 aa f pe S&S EXERCICIOS DE SALA > Texto para a questo 1. ‘Mau despertar Saio do sono como de uma batalha travado em lugar algum No sei na madeugada se estou feride seo corpo tenho riscado de hematomas Zonzo avo na pio os othos donde ainda escorrem uns restos de treva Ferrera Gulla Auitas vozes, 2013 1 unifesp 2015 Assinale 2 alternativa em que a reescrita dos versos alterao sentido original da texta ‘A. “Salo sano coma/ de uma batalha? —» do sono sala como de uma batalha B “travada em/ lugar algum” —> travada em algum lugar C “se 0 corpo/ tenho/ riscado/ de hematomas" —> se de hematomas tenho o corpo riscado_ D_ “ainda escorrem/ uns restos de treva” —> uns restos de treva escorrem ainda E “Ngo sei na madrugada/ se estou ferido” — ndo sei se ferido estou na madrugada 48 PORTUGUES | TETRA! 2. A charge a seguir fo criada por Angel "= Muita bem, vamos agora falar comos trés primeiras colocados! Folha de SPaule,9 aga. 2007 a) Gite 0s advérbios empregados pelo autor na fala da personage, b) O que o autor deixa implicito na charge? 3 Enem 2015 una STD One mama voc FOR Cloner Be iy pe | Dispanvel em: Acesso em 21 fev 2013 [Adapt Arapidez é destacada como ums das qualidades do servi- 50 anunciado, funcionando camo estratégia de persuasio lem relaco 20 cansumidor do mercado gréfica. O recurso da linguagem verbal que contribui para esse destaque é 0 emprego Ado terme “facil” no inicio do andincio, com foca no pro- 2850. B de adjetivos que valorizam a nitidez da impressio. ddas formas verbais no futuro eno pretérito, em sequen, D da expressdo intensificadora “menos do que” associa~ 2 8 qualidade Eda locucao “do mundo” associada a “melhor quantifica a aco, "que > Texto para a questo & Corrida ~ Prova 1.500 metros rasos A prova dos 1.500 metros rasos, juntamente com a da mmitha (1.609 metros), caracteristica dos parses anglo-soxd- nicos, & considerada prova tética por exceléncia, sendo muito importante 0 conhecimento do ritmo e da férmuta a ser utilizada para vencer a prova. Os especialistas nessas distdncias sGo considerados completos homens de luta que, ‘p6s um penose esforco pora resistir a0 atogue dos adver- Sérios, recorrem 9 todas as suas eneraias restantes a fim de manter a posicio de destaque consequida durante a corri- da, sem ceder a9 canstante assédia das seus persequidares. [..] Para correr essa disténcia em um tempo aceitavel, deve-se gostar a menor tempa possivel na primeira quar- to do prova, devendo-se para tanto sair na frente dos ad- versirios, sendo essencial o completa dominio das pernas, para em seguida normalizaro ritmo da corrida. No segundo quarto, deve-se diminuir o ritmo, afin de trabaltar forte no restante da prova, sempre procurando desar os energias, para née correr o risco de ser surpreendido por um adver- striae ficar sem condigées para a lute final. Deve ser tomado cuidado para néo se deixar enganer por algum adversdrio de condicdo inferior, que normatmen- te finge possuir energias que realmente nfia tem, cam 0 intuito de minar 0 bom corredor, para que o companheiro do mesma equipe passa tirar proveito da situactio € vencer 2 prova. Assim senda, © corredor experiente saber man- ter regularmente as suas passadas, sem deinxor-se levar por esse tipo de artimanha. Conhecendo 0 estado de suas con- diodes pessouis, 0 corredor saberd se é capaz de um sprint nos 200 metros finais, que é a disténcia idea! para quebrar a resisténcia de um adversdrio pouco experiente. 0 corredor que possui resisténcia e velocidade pode conduzir @ corrida segundo a sua conveniéncia, impondo 0s seus proprios meias de acdo. Finalmente, oo wltrapussar bl 7h ve um adversério, deve-se fazé-lo decidida e folgadamente, procuranda sempre impressioné-lo cam sua acda enérgica. Também deve-se procurar manter sempre uma boa des- contra muscular durante o desenvalvimenta da corrido, nunca levar a cabeca para trds e encurtar as possados para finafear 0 provo. Disponivl em: chap: ftreino-de-corrida fSefcombr> Unesp 2015 Observando as seguintes passagens do tex- toapresentado, marque a alternativa em que as duas pala- ‘wras em negrito so utilizadas como advérbios. A. “mo correr 0 risco de ser surpreendide” B “finge possuir energias que realmente nao tem’, C “deve-se fazé-lo decidida c folgadamente’. D. “nunea levar a cabeca para tris” E “forte no restante da prova, sempre procurando dosar* > Texto paraa questo 5 Pietro Brun, meu tetravé paterno, emborcou em um na~ vio no final do século 19, como tantos italianos pobres, em busca de uma utopia que atendia pelo nome de América, Pietro queria terra, sim. Mas 0 gue o movig era um territé~ 5 rio de outra ordem. Ele queria salvar sev nome, encarnado na figura de meu bisavd, Anténio, Pietro fora obrigado 9 servir 0 exército coma soldado por anos demas (..). Havia chegado a hora de Anténia se alistar, € 0 pai decidiy que no perderia seu filha. Fugiu com ele e com a filha Luigia 10 para 0 sul do Brasil. Coma desertova, meu bisavé Anténio {al levado em um bate até o navio que jd se afastava do porto de Genova. Embarcou como clandestino. ‘Ao desembarcar no Brasil, em 10 de fevereiro de 1883, Pietro dectarou o nome completo. 15 funciondrio do Império, como aconteceu tantas tuntas vezes, registrou-e conforme ouviu. Tornando-0, no ‘mundo nove, Brum = com “m” Meu pai, Argemiro, flo de José, neto de Antonio e bisneto de Pietro, tomou para si a ‘missdo de resgotar essa historia e documenté-la. 20 Noiinicio dos anos 1990 cogitamos reivindicar 9 cidada- ria italiana. Passulmes todes as documentos, organizados uma paste. Mas entre nds existe essa aiferenca na letra Antes de ingressar cam a dacumentaso, seria precisa cor- Figir @ erra do burocrata da gaverno imperial que substitulu por um “m”. Um segundo ele deve ter demorado ‘para nos transformar, e com certeza morreu sem saber. E, se soubesse, ndo teria se importado, porque era apenas 0 nome de mais um imigrante a bater nas costas do Basi! despertencido de tude, 20 Cabia a mim levar essa empreitada adiante, Hé uma autonomia na forma come damos carne oo nosso nome com a vida que construimos endo com a que 2s.um “n” PORTUGUES | TETRA! 19 herdamos. (..) Eu escolho a meméria. A desmemeéria os- sombra porque no a nameames, respira em nossos porBes 35 como monstros sem palavras. A memério, no. E uma es- calha do que esquecer e do que lembrar ~ e uma aportu- nidade de ressignificar 0 passada para ganhar um futuro. Pela meméria nos colocamos nao sé em movimento, mas nos fornamos 0 prdprio movimento. Gesto humano, para 40 sempre incompleto. Ao fugir para o Brasil, metade dos Brun ganhou uma perna a mais, O “n” virou “im” Mos essa perna a mais era um membro fantasma, um gonho que revelava uma perdo, Gd 45 Quando Pietro Brun atravessou o mar deixando mortos e vivas na margem que se distancia, ele néa poderia ser a mesmo ao alcancar 0 outro lado. Ele tinha de ser outro, assim como nés, que resultamos dessa aventura desespe- rado. Era imperotivo que ele fosse Pietro Brum — e depois 0 até Pedro Brum, lane Brum, Meus desacontacimentos: a histiia da minha vida com as lavas So Paulo: Leva, 2014 5 UERJ 2017 Como desertava, meu bisavé Antinio foi le- vado em um bote até o navio que ja se afastava do porto de Genova, O trecho sublinhado estabelece com o restante da frase 0 sentido de: A. causa Bconcluséo. CC concessio. D_conformidade, >» Para responder & questao 6, leia as opinibes em relacao, a0 projeto de adaptagao que visa faclitar obras de Macha- do de Assis Texto ‘sso € um assassinato e eu endosso. A autora [do odap- tacéiol quer que o Acodemia se manifeste. Para ela, vai ser a gléria. Mos varias académicas se manifestaram. Eu me manifestel. Hé temas em que a instituictio nfo pode se ba- ratear Essa mulher quer que nés tenhamos essa discussio como se ela estivesse propando a ressurreigiio eterna de Machado de Assis, como se ele dependesse dela. Confio na vigitncia da sociedade. Vamos para a rua protestar. Nid Pifon. Dsponiel em: chttp:/entretenimenta ul eom br 20 PORTUGUES | TETRA! Texto2 No defenderia, jamais, que Seca [autora da adapto- 80] fosse impedida de realizar seu projete, mas no me parece que proposta devesse merecer apoio do Ministéria do Cultura e ser realizada com 0 ajuda de lets que, afinal, transferem impostes para a cuftura, Trata-se, na methor das hipoteses, de ingenuidade; na pior, de excesso de “sa- gacidade” No serd a adulteragdo de obras, para torné-las supostamente mais legiveis por ignorantes, que ird resolver co problema do acesso a textes literdrios histéricos ~ mesmo porque, adulterados, jd terdo deixado de sero que eram. [Marcos Augusto Gongalves. Dsponivel em: cwwuafolha.olcombr> 6 Unifesp 2015 Examine os enunciados: + "Vamos para a rua protestar" (Texto 1) + "Nao serd a adulteragdo de obras, para torné-las su- postamente mais legiveis por ignorantes” (Texto 2) © termo “para", em destaque nos enunciados, expressa, respectivamente, sentido de A conformidade e finalidade. movimento e finalidade. movimento e comparacdo, modo € conformidade, tempo e comparacao. moos ©, GUIADE ESTUDO Portugués | Livo 1 | Frente | Capitulo 1 1 Lela a piginas de 208 250 de31 239 Il. Faga os exercicios 11 © 14 da segio “Revisando'” IIL Faga 0s exercicios propostos 26, 28, 32, 33, 35, 38 @ 4. ESTRUTURA E FORMAGAO DE PALAVRAS Trata-se da segunda parte da morologia. Estudo dos mor- femas~elementos que constituem o vocabulo =e de um dos processos de formagao de palavras—a derivaco (prefinal, su- fale parassintética. Pare os exames modernes, o destaque é para o emprego dos neolagismos (palsurasinventadss), sua formagio e funcio- nalidade parac texto. (Sua presenca é marcante no Modernis- mo brasileiro = Morfemas ‘Aém das desinéncias, do radical, da vogal ternatica, te- ‘mos como morfemas 0s afixos (pretixo e sufixa}; sB0 eles que possibltam a formacdo de novas palavras (morfemas deri \acioneis). Os afixos que se anteptiem ao racial chamarn-se prefizos; os que se pospem denominam-se sufixos; 0s afos possuem uma significagdo maior que as desinéncias Jé 2 vogal de ligago ea consoante de ligacdo sé0 morfemasinsignifica- tivos, server apenas pare evitar dissondncias (hiatos, encon- ‘ros cansonantais), sequéncias sonorasindesejéueis Veja a (eed) Gale) 2K 2 Prefixo Ratlical © “Radical Sulxo ont (Wo com aieia) 2IK. PTR, Radial Vogal Desinnca Racal tomate ‘orsonnte te igagao Quando um grupo de palavras possui o mesmo radical, diz-se que o grupo é formado de palavras cognatas (pedra/ pedreiro/pedteira); quando as palsuras irmanam-se pelo sentido, temos a série sinonimica, 2 familia ideoldgica «casa, moradia, lar, manso, habitagio ct a fp 8 EXERCICIOS DE SALA » Texto para a questo 1. ‘Vocé conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook? Uma organizagéo ndo governamental holandesa est proponde um desofio gue muites pederdo considerar im- Radical radical é a base significativa da palavra; raizé o morfe- ima origindrio que contém ondcleo significative comum @ uma ‘emis inguistica. Prefixo Os prefixos de nossa lingua so de origem latina ou grega Alguns apresentam alteraciio em contato com 0 radical. As- sim, o prefixo an, indicador de privacio, transforma-se em a diante de consoante. Ex: amoral, anaerdbico Os prefixos possue mais independéncia que 0s sulixos, pois se originam, em geral, de advérbios ou preposigdes, que tém ou tiveram vida indeprendente. Sufixo Os sufixos podem ser nominais, verbais ou adverkais, Formam, respectivamente, nomes (substantivos, adjetivos), vverbos e advérbios (a partir de adjetivos). Ex: anarquismo, rmalufar, apidamente. = Derivagao + Derivagdo prefval:eria-se uma palavra derivada a partie deum prefxo. Ex: dlsenteria + Derivagdo sufixal:cra-se uma palawa derivada apart de um sufi. &x: doutorade + Derivagdo parassinttica: cria-se uma palawa derivada por meio do acréscimo simultneo de um prefixo e um sufto. Se retiarmos qualquer umn dos aftos, ndo tere mos palavra, &: acogar + Derivagdo preficale sual: acréscimongo simultineo de prefxo sufixo, Retrando-se um dos afixos (OU 0s dois), ainda teremos pelavra. Ex: deslealdade Obs: Algunslin- guistas nfo consideram este tipo de derivagio. possivel: ficar 99 dias sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo émedir ograu de felicidade des usué- ‘ios longe da rede social. © projeto também & uma resposta avs experimentos psicoldgicos realizados pelo proprio Facebook. A diferenca PORTUGUES | TETRA! a neste caso é que o teste é completamente voluntério. troni- camente, para poder participar, o usuéria deve tracar a foto «do perfil no Facebook e postarum contador na rede social. 05 pesquisadores irdo avalior 0 grau de satisfacto e fe- licidade dos participantes no 33°dia, no 662 no titima dia do abstinéncia 5 responsiveis apontam que os usudrios do Facebook gastam em média 17 minutos por dia na rede social Em 99 dias sem acesso, a soma média seria equivatente a mais de 28 horas, que poderiam ser utiizadas em “ativi- dodes emecionalmente mais realizadoras” Dssponivel em: herpv/eadigofonte uo com b>: [Rape Considere os enunciados a seguir para responder & questio 6 © “L.] ficar 99 dias sem dar nem uma ‘elhadinha’ no Facebook.” (12 parégrafo) + “L..] que poderiam ser utilizadas em ‘atividades emo- Gonalmente mais realizadoras’.” (4° pardgrafo) 1 Unifesp 2015 Analisando-se 0 emprego e a estrutura das pelavras olhiadinha e emocionatmente, & correto air mar que os sufixos nelas presentes indicam, respective- mente, sentido de A modo e consequéncia. moresidade e intensidade intensidade © causa afeto © tempo. repidez e moda moos 2 UPF 2012 Leia o texto a seguic Reforma na corrup¢3o 1 Goma previsto, jé arrefece o mais recente debate sobre 2 corrupedo. Anda se discute, sem muito entusiosimo, 9 ab- 3 solvigo de ume deputoda que foi flmada recebendo um 4 dinheirinho suspeito, mas isso aconteceu antes de ela ser ss deputada, de maneira que néo vale. Além da forte tendén- 6 ca de os parlamentares néio puniremas seus pares, hovia 0 7 risco do precedente. Néo samente o vato ¢ indecentemen- 4 te secreto nesses casos, coma o precedente paderia expar 9 0s pescocos de vérios outros deputados. O que 0 deputado 10 faz enquanto ndo é deputado ndo tem importdncia, mesmo 11 que ele seja tesoureiro dos ladrdes de Ali Babi. 12 Als, me antecipando um pouco ao que pretendo pro- 13 por, me veio logo uma ideia pratica para acertar de vez esse 14 negécio de deputado cometende crimes durante 0 exercicio 15 do mandate, As vezes = e lembro que errar # humano = 0 22 PORTUGUES | TETRA! 416 sujelto comete esses crimezinhos distraide. Esquece, em per- 1 felta boa-fé, que exerce um mandato parlamentar e af perpe- 28 ra< falcatruo. Fica muito chato para ele, se ele for flagrado, 29 e seus ates padem sempre vir tana, expostos pela imprensa 20 impatristica. Nao é justo submeter a deputado a essa tenséo 21 permanente, afinal de contas, ele é gente como nds. 22 Minha ideia, como, modéstia & parte, costumam ser 23 a8 grandes ideias, 6 muito simples: os deputados usariam 28 uniforme. Nao daria muito trabalho contratar (com dispen- 25 sa de licitagtio, dado o urgéncia do projeto), um estudio de 26 clta-costura francés ou italiono, au ambos, para desenhar 27 esse uniforme. (magino que seriam mais de um: 0 de tro- 28 batho, usado $6 excepcionaimente, 0 de gola, 0 de visitar 29 eleitares e assim por diante. Enquanta estiver de uniforme, 30 odeputado é respansabilizada pelos seus atosilcitos ou in- si decarosos. Mas, se estiver @ paisana, néio se encontra no 32 exercicio da mandato e, portanto, pade fazer 0 que quiser 33 fou) 34 Mas isso é um mero detafhe, uma providéncia que melhor 35 seria avaliada no canjunto de uma reforma séria, que levasse 36 em conta nossas caracteristicas culturais e nassas tradicées. [..} 37 que cola mesimo aqutsdo os ensinamentos de lideres 38 como 0 expresidente (gozado, 0 “ex” enganchou aqui no 39 teclado, quase ndo sai), que, em vérias ocosiées, torceu 0 49 nariz para dendincias de corrupedo e disse que agui era as 41 sim mesmo, sempre tinha sido feito assim e née fa mudar 42.0 troco de nada. £ assumia pasturas caerentes com esse a3 ponta de vista. [..] 4 Contudo, quando se descabre mais um caso de corrup- 45 cdo, @ vido republicana fica baguncada, as cofsas néo an- 46 dam, perde-se trabalho em investigagdes, gasta-se tempo 47 prendendo e soltando gente e a imprensa, que sé serve para 48 atrapathar, fica cobrando expicacBes, embora jd saibamos 43 que expiicagBes serdo: primeira desmentidos e em seguida 50 promessas de pronta e cobal investigagdo, com a consequen- 51 te punigdo dos culpados, Nao acontece nada e perdura essa 52 situapGo mondtono, queds vezes paralisa 0 puis. 53 A realidade se exibe diante de nds e ndo a vemos. Em St lugar de querer suprimir nossas préticas seculares, que 55 hoje tanta prasperam, por que nfo aproveitd-las em nossa 56 favor? [..] © brasileiro preocupado com o assunto jé pode 37 sonhar com uma corrupeéia moderna, dinémica e geradora si de empregas e renda. £ no pensem que esquect as famo- 59 sas classes menos favorecidas, como se dizia antigamente, 60 Ominimo que antevejo & 0 programa Fraude Fill, em que 61 qualquer um poderd habilitar-se ao exercicio da boa cor- 62 rupedio, em sev campo de acdo favorito. Acho que da certo, 63 €s0 testar € ficar de olha, para no deixar que algum cor~ 64 rupto passe 9 Go ne fundo todo, assim também no vale. loo Ubaldo Ribeiro. 0 Estada de Sa Paulo Disponvel em: eww estadao com br /aticias/Impressoreformarna- ‘corrupeno,768238,0 Mimo, Acesso em: 4 set, 2011 Na linha 17, © autor fala em crimezinhos, repetindo uma estratégia jé usada na linha 4, quando se refere a dinheiri- nho. No contexto em que aparecem, as duas ocorréncias de diminutivo: ‘A representa uma minimizago da destaque que a mi dia tem dado aos epis6dios de corrupeao. Bindicam a verso daquele que ¢ flagrado em stuagées ‘comprometedoras, tentando Fvrar-se do peso da infraclo. C_marcam a ironia em relaco 20s corruptos, que exploram abos-fé do eleitor com vistas sua promogao pessoal D_ceixam implicita a informacéo de que no se deve con- fiar nos dados apresentados pelos envolvidos em es- cAndalos financeiros. E denatam a avaliaco do autor acerca da importinca dos crimes perpetrados contra os cofres piiblicos. 3 Unicamp 2015 Os texts a seguir foram retirados de co- luna “Caras e bocas", do Caderno Alias, do jornal O Estado de Sia Paulo: ‘Aintengao & salvar 0 Brasil” Ana Paula Logulho, professora e entusiasta da segunda “Marcha da Familia com Deus pela Liberdade” que pede uma intervenao militar no pois e pretendeu reeditar, no sé~ bodo, a passeata de 19 de marco de 1964, na capital paulis- ta, contra 0 governa do Presidente JoBo Goulart. ‘Seré um evento esculhambativo em homenagem 09 outro de Sao Paulo.” José Caldas, organizador da "Marcha com Deus @ o Diabo ra Terra do S01”, convocado pelo Facebook para o mesmo dia, no Rio de Janeiro, |0¢stado de S20 Poulo,23 mat 2088, Cademo Als, EA Negttos presentes no orginal) a) Descreva o provesso de formago de palavras emvolvido em esculhambative, apontende o tipo de transformaco ocorrida no vocabulo. bl oh ve b)_Discorra sobre a diferenca entre as expresses “evento esculhambado” e “evento esculhambative’ rando as relagdes de sentido existentes entre os dois textos anteriores, conside- » Para responder 8 questo 4, lela a opinio em relago 20, projeto de adaptagao que visa facilitar obras de Machado de Assis, E methor que o sujeito comece a ler através de uma adaptagio bem feita de um clissico do que seja obrigado @ ler urn texto ilegivel e incompreensivet segundo a lingua- gem e os parémetros culturais otuats. Depots que fev 0 odeptagao, efe pode pegar o gasto, entrar no pracesso de leitura e eventualmente se interessar por ler 0 Machadao 1 original. Agora, dar uma machadada em um moleque que tem P53, Xbox, 1000 canals a cobo e toda a internet & disposicdo é simplesmente bucrice. Ronaldo Bressane, Disgenfvl em: 4 Unitesp 2015 Examine a passagem do texto “eeventualmente se interessar por ler 0 Machado no or'- ginal, Agora, dar uma machadada em um moleque”. 0s dois termos em destaque, derivados por sufiagio, re- portam a Machado de Assis Tal cecurso atributaos svbstan- tives, respectivamente, sentido de A tamanho e humor humor e reveréncia, peje eintimidade ironiae simpatia simpatia eronia moos » Texto paraa questo 5 Hd alguns meses fuiconvidado. vistoro MuseudaCien- cia de La Corutio, na Galicia. Ao final da visita, 0 curador* anunciou que tinha uma surpresa para iim me conduziu 0 planetdrio®. Um planetério sempre éum lugar sugestivo, 5 porque, quando se apagam as luzes, temos a impresséo de estar num deserto sob um céu estrelado. Mas naquela noite algo especial me aguerdeva, PORTUGUES | TETRA! 2 De repente a sola ficou inteiromente as escuras, e ouvi um lindo acalanto de Manuel de Fala. Lentamente (embo- 10 ra um pouco mais depressa da que na realidade, jé que a apresentacio durou ao todo quinze minutos) 0 céu sobre minha cabeca se pds a rodar Erao céu que aparecera sobre minha cidade natal - Alessandria, na ftétia ~ na noite de 5 ora 6 de janeiro de 1932, quando nasci. Quase hiper-reo- 15 listicamente vivenciei o primeira noite de minha vida. Vivenciei-a pela primeira vez, pois nd tinha visto essa primeira noite. Provavelmente nem minha mie viu, exaus- ta como estava depois de me dar luz; mos talvez meu pai tenho visto, 90 sair parao terraco, um pouco agitado com 120 0 fato maravilhoso (pelo menos para ele) que testemunha- rae gjudara a produzic Oplanetario usava um artificio mecénica que se pade encantrar em muitos lugares. Qutras pessoas talvez te- nham passado por uma experiéncia semelhante. Mas vo- 25 cés hdo de me perdoar se durante aqueles quinze minutos tive a impressio de ser o Unico homem desde 0 intcio dos tempos que havia tido o privilégio de se encontrar com seu préprio comeso. Eu esiova téo feliz que tive a sensogio —quase 0 desejo ~ de que podia, deveria morrer naquele 30 exato momento & que qualquer outro momento teria sido inadequado. Teria morrido alegremente, pois vivera a mais bela historia que li em toda a minha vida. Tolvez eu tivesse encontrado a histéria que todos nés procuramos nas paginas dos livros e nas telas dos cinemas: 35 uma histdria na qual as estrelas e eu éramos as protago- nistas. Era fiegio porque a histéria fora reinventada pelo curador; era Histéria porque recontava o que acontecera no cosmos num momento do passado; era vida real porque eu era real endo uma personagem de romance. Umberto co. Seis passeios pelos bosques do feta. Milder Feist {Mrad,}, So Paule: Companhia das Letras, 1994 [Adapt ). “ curader = responsével pela muse * planetario = local onde & possivel epraduzir o movimento dos asres. 5 Verj 2017 Quase hiper-realisticamente vivenciei a pri- mmeira noite de minha vid. Na palavra destacada, 0 acréscimo do prefixo hiper indica ideta de: A ampliacdo. B hierarquia CC proporcio. D_simultaneidade. 6 Unicamp 2012 Os verbetes apresentados em (Il] a se- guir trazem significados possiveis para algumas palavras que ocorrem no texto intitulado Bicho gramatico, apresen- tado em (I). 24 PORTUGUES | TETRA! ' Bicho gramético Vicente Matheus (1908-1997) foi um dos persanagens mois controversos do futebol brasileira, Esteve 4 frente do paulisia Corinthions em virias ocasides entre 1959 e 1990. Voluntarioso e falastrd, 0 uso que fozia da lingua portugue- ‘20 nem sempre era aquele reconhecida pelos livros. Uma vez, querendo dear bem claro que 0 craque do Timo ndo seria vendlido ou emprestado para outro clibe, ofrmoy que “2 Sécrates & invendivel e imarestével” Em auto momento, exaltando 0 versotitdade dos atetas,criou uma pérota de lin- ulstiea eda zoologia: “logador tem que ser completo como 0 pata, queé um bicho cqusticae gramética” Aeusta de trode Bibteco Nciondl, UL 2013, €. [ASAP " Invendével: que ndo se pode vender ou que ndo se ven- de com facilidade. Imprestével: que ndo tem serventia; init Aquéttico: que vive na dgua ou sua superficie, Gramético: que ou 0 que apresenta melhor rendimento as corridas em piste de groma (diz-se de cavalo). HOUNISS. Deion Eeténico Houais Lingua Portuguese. Disponvel em: cawem houaisscombre, a) Descreva o processo de formaco das palavras invends- vele imprestdvete justifique a afirmacio segundo a qual (uso que Vicente Matheus fazia da lingua portuguesa “nem sempre era aquele reconhecido pelos livros” b) Boplique por que o texto destaca que Vicente Matheus “criou uma pérola da linguistica e da zoologia", -4> GUIADE ESTUDO Portugués | Livro 1 | Frente 1 | Capitulo 2 Leia as paginas de 62 71 exceto derivago regressiva e imprépria). I Faca os exereicios de 1 a3 da seco "Revisando’, IL Fagacos exercicios propostos 1, de 7 28,15, 19 ¢ 26. DERIVAGAO E COMPOSICAO Sequéncia ao estudo da derivagao e introducdo a com- posicéo. Decompor as palavras © observar o sentido dos morfemas (radicais, prefixes ¢ sufixes, principalmente) elu- cida o significado da palavra. Vale lembrar que os morfemas sao polissémicos, isto é, podem veriar de sentido conforme a palavra e o texto = Derivagaéo + Derivacio regressiva: Cria substantivos deverbais, isto 6 provindos de verbos; nor iss0, s80 substantivos que enotam aga. Se 0 substantivo indicar ago e se, em relacio ao verbo, possuir um menor nimero de fo- rnemas, 0 primitivo sera o verbo € 0 derivado, o subs- tantivo (a derivagio ocorre por meio da supresssio de fonemas}. Ex; O discurso de paz evitou o ataque. Derivacdo imprépria: Hd cuas possiblidades O substantive comum vira prprio (vice-versa): Rapaz, cama joga, é um pelé! 2. Mudanca de dlasse gramatical + de adjetiva para substantive: © velho lia muito, por isso era jovem. + de substantivo para adjetivo: Roberto é burro? + de verbo para substantivo: O eantar das almas. + de verbo e advérbio pare conjungio: Sejahomem, seja mulher. + de adjetivo para advérbio: Fale bonito o cabral + de particioio pars preposiga0: Salve Joi, todos ‘de partcipio para substantive e adjetvo: A mao ferida egonizava = Composic¢ao Palavras compostas séo aquelas que apresentam mais ée um radical, no minimo dois; os radicais primitives per- dem a significagao propria em beneficio de um tinico sig- nifcade. + Justaposig&o: os dois termos (radicais) conservam a sua individualidade, nfo hé alteracSo fonética. Ex: gl resol + AglutinagSo: na camposicfo, hi perda de fonemas Ex: aguardente, boquiaberto. = Outros processos + Onomatopeta:trata-se da imitacio de vores de seres, sons e ruidos da natureza, Com base nas onomatopeias, formam-se novas palavras. Ex: miaul; tique-taque!! + Abreviago vocabular: trata-se da redugao de fone- mas, 4 palavra se apresenta de forma reduzida © no plena. Ex: auto (eutordvel). + Hibridismo: trate-se de palavras, cujos morfemas so d= linguas diferentes (sambédromo: portugués/grego). PORTUGUES | TETRA! 25, ee exercicios De SALA | ae 1 Lela os textos a seguic Texto! Pedro pedreiro penseiro esperando o trem, Chico Buargue. "Pedro Pedreie". In Chico Buargue de Holorda. (© 1965 by Editora Musca) Bradlora Moderna Lida, Administrada por Fermata do ras Texto ‘Mesma se ndo sair da papel, trem-bala custard RS 1 bi até 2014. Geraldo Deca. OGlobo, 14 aga.2013 Lo texto ll, nota-se uma palavra formada por com- posigdo que emprega radical presente no texto Na ‘composic¢ao observada no texto Ml, 0 segundo radical restringe semanticamente o primeiro. Il. Aoutilizar o termo penseiro, em vez de pensador, Chi- (0 Buarque cria um neologismo cujo significado reme- teria ao pensar do pedreiro, IIL Os vocabulos pedreiro e penseiro sao cognatos e for- mados por um mesmo processo de composi¢aa. Ade- mais, rimam entre si. Estfio corretas: ‘A. apenas | c B apenasil =D apenasill todas apenas le I 2 Leia 0 excerto a seguir. Nés, os temulentos Entendem os filsofos que nosso conflito essencial © drama, taves Unico, soja mesmo © estarnomunda Ghee, her do peru tarta, eva de interoretor os 3 res de simboos que soesto nessa outro via de aqui 0, to pouco pretendendo ele proprio representar de simbolo; rmenas ai, sexi sob farsa De obra ofizia ecorriquera problema quotidian qual tetova, sempre que poste converter eminealiiode. Isto, olf ror eondor, de hara bar Gumardestosa tame: Tecekos estros 208 lode ane: aan et Oyo, a) Qual é o significado contextual de aquém-tdmulo? 26 PORTUGUES | TETRA! b) Que pracesso formador de palavras temas no neolo- gismo aquém-témulo? 3 Uer} 2012 (adapt) Leia o texto a seguir Competigéio e individualismo excessivos ‘ameagam satide dos trabalhadores Ideologia do individualismo O novo cendrio mundial do trabatho opresenta facetas como a da competietio globatizada ea da ideotagia do indt- vidualisma. A afirmagio foi feito pelo professor dy Univer- sidade de Brasilia (Un8) Mario César Ferreira, ao participar do semindio Trabalho em Debate: Crise e Oportunidades, Segundo ele, pela primeira vez, hd uma ligagdo direta entre trabalho e indices de suicidio, sobretudo na Franco, ‘em fungo das mudangas facadas na ideia de exceléncia. Fim da especializagio “8 configuragio do mundo do trabatho é cada vee mais voldti” disse 0 professor Ele destacou ainda a crescente ex- pansto do terceiro setor, do trabalho em damiciio e do tra- batho feminino, bem como a exclusdo de perfis como 0 de trabalhadores jovens e dasfortementeespecializados. “Asor~ ganizagdes preferem perfis polivolentes © multijuncionais.” Desta forma, a escolariza¢do clissica do trabolhador am- plig-se para @ qualificagée continua, enquante ultraespe- Gializacdo evolui para a multiespecializacdo. Dicponvel em: [Adapt Dentre as palavras usadas no texto para descrever 0 novo regime de trabalho, uma delas implica uma cantradigio ‘nos préprios termos, ou seja, uma palavra cuja composi¢30 contém elementos que se optem, A palavra formada por elementos que sugerem sentidos opostos & A. qualificacao 8 escolarizagio. C _ultraespecializagao. D_ muliespecializacio. 4 Enem 2010 Carnavalia Repique tocou Osurdo escutou Eo meu corasomborim Cuca gemeu, serd que era meu, quando eta passow por mim? bl A. Antunes: Bown: M. Monte. Tnbalistas 2002 [Fagmento} No terceiro verso, 0 vocabulo corasamborim, que é 2 jun- fo corago + samba + tamborim, refere-se, ao mesmo ‘tempo, aelementas que campdem uma escola de samba e a situagiic emocional em que se encontrao autor da men- sagem, com 0 caras0.na ritmo da percussfo. Essa palavra correspande a um(a A estrangeirismo, uso de elementos fingulsticos origi- rnados em outras linguas e representatives de outras cultures B neologismo, criagdo de novos itens linguisticos, pelos mecenismos que o sistema da lingua disponibiliza CC piria, que compe uma linguagem originada em deter- ‘minado grupo social e que pode vir ase disseminar em, uma comunidade mais ample, D__regionalismo, por ser palavra caracteristica de determi- nada area geogréfica E termo técnico, dado que designa elemento de area es- pecifica de atividade. 5 Enem 2015 TEXTO! Um ato de criatividade pode contudo gerar um modelo produtive. Foi 0 que ocorreu com @ palavra sambédromo, criativamente formada com a terminagao -(é}dromo (= cor- rida), que figura em hipédramo, autddromo, cartédromo, {formas que designam itens culturois da alta burguesia. Néo demoraram a circular, a partir de entéo, formas populares como rangédromo, beljédramo, cameldadrame, [AZEREDO, IC, Gramética Howois da Ingua portugues. S80 Paulo: Publ, 2008. TEXTO II Existe coisa mais descabida do que chamar de sambédro- mo uma passarela para desfile de escolas de samba? Em ‘grego,-dromo quer dizer “acgo de correr, lugar de corrida”, dai as palavras autodromo e hipédrome. € certo que, as bl 7h ve veres, durante o desfile, a escola se atrasa e é obrigada a correr para no perder pontas, mas nao se desloca com a vvelocidade de um cavalo au de um carro de Férmula 1. GULLAR, & Dipenkelem: cw faa. volcom br Acesso¢m: 3 ag. 2012. Ha nas linguas mecanismos geradores de palavras. Embora (0 Texto ll apresente um julgamento de valor sobre a forma- 0 da palavra sambodromo, o proceso de formacio dessa palavra reflete Ao dinamismo da lingua na criacéo de novas palavras. B uma nova reslidade limitande o aparecimento de no- vas palavres. Ca apropriagio inadequada de mecanismos de criago de palauras por leigos. Do reconhecimento da impropriedade seméntica dos neologismos. E _arestriggo na producio de novas palavres com 0 radi- cal grego. 6 Leia o textoa seguir Um mero numero zero um 26 & esquerde Pateta patético lesma lerda Autémato pato panace jacu BARRETO, Vicente; RENNO, Carlos. “Estetiear Tom 26 1h: Com defeito de fabeicogao. [si Luaka Bep, 1998. Faia 6 Na expressio “um Zé”, ocorre a transformacso do substan- ‘vo préprio em comum; o substantivo proprio "Zé" é posto ‘como comum, indicando uma espécie de ser No mercado de consumo, quando © nome de um produto passa a fun- clonar como substantive comum na fala corrente é porque ‘@ mercadoria possul forte penetragaio no mercado; 6 o.caso de marcas como "Bombril, “Danone”, *Nescau', entre ou- tras. A expresso “um 26" é um caso de. A derivacio sufixal derivacdo prefixal derivacdo imprépria derivacio regressiva, composi¢ao por justaposi moose “&e GUIA DE ESTUDO Portugués | Livro | Frente 2 | Capitulo 2 L Leia as paginas de 71 a 73. I Faca os exercicios de 7 29 da seco “Revisand” ML Faas exercicios propostos de 30.3 38, PORTUGUES | TETRA! m7 Estudo da sintaxe, Primeiramente, o reconhect- mento do sujeito © do predicado © sua disposigdo na oragdo (ordem direta e indireta) O estudo da sintaxe importante ngo sé para 0 uso da norme-padrio (con- cordancla, regéncia, sintaxe dos pronomes, por exemplo) como também para a interpretacio de texto (poemas em ordem indireta, paralelismo sintético et) ™ Sujeito e predicado A posposicio do sujeito. + Em oracies infnitvas (introduzidas por verbo no in- ritivo), com verbos intranstivas (que ndo precisam de comple mento) ou passivos (que sofrem a¢30). Deine nascer as flores amarelas. Faltem argumentos, doutor Epreciso que se expulsem os pensamentos negatives. Ma i ———— ZA EXERCICIOS DE SALA 1 rse 2011 (adapt) A poesia pode ser encontrads nas formas e lugares mals inusitads, como nesta inscriio em um para-choque de camino CO texto como aparece acima (tado em maiisculas e sem si- nais de pontuacio), apresentado a diferentes leitores, teve as seguintes interpreta;des: |. Um dia ointerlocutor (a quem o texto ¢ dirigido) estara marto e enterrado, e de nada valerd seu orgulho, que seré coberto pela terra Il. Oorgutho do interlocutor é tao grande que cobre o pla- eta Terra, 28 PORTUGUES | TETRA! SUJEITO E PREDICADO + Quando algum elemento da oracio, que nBo o sujeito, corre na primeira posicdc. 2a) Interrogatives com pronome: Que faz © pobre leproso? )TopicalizacSes (com © objeto, complemento do verbo, ou predicativo} Apropina querer os maus politeas, pobresalucinados. €)__ Com pronomes relatives (que, onde, acre, 0 qual} Sabe o vilarejo onde mora @ poeta? 4) Com verbos reflexivos (carregam 0 pronome consiga) de sentido passivo Assim se crigia meu pata todos, e} Com verbos no participio: Terminadas as oferendas, facamos o imoroxével. 4) Em oragées intercaladas (no meio de outra) scones, cizem os magos do sul, sio passagelrosdo terror Considerando essas duas possi correto afirmar que: 01 a presenga de sinais de pontuacio e a diferenciag3o entre maitisculas e mindsculas contribuiriam para tor- nar 0 texto mais polissémico, abrindo possibilidades para mais interpretaghes, 02 ainterpretacao | é descabida, porque o verbo esta con- fades de interpretaslo, ¢ jugado no presente do indicativo, entdo no pode refe- rise a um evento futuro. 04 a interpretagao | implica uma metonimia: a terra cobrir ‘orgulho significa cobra pessoa orgulhosa 08 ainterpretacio I! implica uma hipérbole: 0 orgulho de alguém 6 tio grande a panto de cobrir a Terra, 16 para que ocorra a interpretaao |, & necessério que 0 termo “a terra” seja tomado como objeto direto do vertio © que termo “o teu orgulho” seja entendido como sujeito Soma: ‘Metonimia: figura de linguagem que consste em representar una Imagem ou dela através de uma parte. Ex: cabeca de gado (0 termo cabega reterese aa animal inte) Hipériole: Fgura de nguagem que consiste 2m enar uma imagem ou ideia ragerada Ex: morrer de ic > A questio 2 esté baseada em um poema de Luiz Gama (1830-1882), poeta, jornalistae lider abclicionists brasilei- 19, nasi livre e-vendide coma eseravo pelo préprio pai No comitério de S. Benedito Em kigubre recinto escuro e ito, Onde reina o siléncio a0s mortos dado, Entre quatro poredes descorados, Que o caprichose Iux0 néo adorna, 5 loz da terra coberto humana corpo, que escravo sucumbiu, livre nascendo! as hérridas cadeias desprendido, Que 56 forjam sacritegos tiranos, Dormea sone feliz da eternidade. 10 No cercam a morada lutuase 0s salgueiros, os fimebres ciprestes, Nem the guarda os umbrots da sepultura Pesada laje de espartano marmore, Somente levantada em quadro negro 15 pitdfio se 16, que impée siténcio! = Descansam n’este lar caliginoso* Omisero cativo, 0 desgracadel. Aqui no ver rasteira 0 vil isonja 0 feltas decantar da tiranta, 20. Nem ofuscando a luz da sé verdade Eleva a crime, perpetua a infémmia. ‘Aqui nfo se ergue altar ou trono douro Ao torpe mercador de carne humana, ‘Aqui-se curva o filho respeitoso 25 Ante a fousa materna, e 0 pranto em fio Gaithe dos olhos revelondo mudo Ahistéria do pasado, Aqui nas sombros Da funda escuriddo do fhorror eterno, Dos bracos de uma cruz pende o mistério, 30 Foz-se 0 cetro® bordée®, andrajo a tinica, Mendigo o rei, a potentado* escravo! Primeirastrovas burlescase outros poemas, 2000. ‘caligine: muito eseuro, renebroso. 2cettor bastso de comand so pelos res ®pordio: aja gosto usa com apcio s0caminhar “potenado:pesaoe mult ica e polos bl ih SS 2 Unesp 2015 Indique os termos que exercem a funco de sujeito nas oragées que constituem as versos 24 © 29 do poema de Luiz Gama e 0 que hd de comum nesses versos no que se refere & posicio que ocupam em relacio aos res- pectivas predicados 3 0 excerto a seguir é de Chico Buarque, renomado com- posttor da misica popular; lela-a No britharia a estreta, oh bela. Chico Buaraue; EduLobo “A bela ea fera? In: O grande cico misc. 1983, © ~MarclaEdigbos Musicals Ltda. a) Reescreva a passagem apresentada em ordem direta, b) D8 omotivo pelo qual o autor optou por essa estrutura PORTUGUES | TETRA! 29 » 6 2 > Texto para a questio 4 Taranda da malagrado espera da tigre, alcancou © copanga um casa! de vethinhos, que sequiam diante dele ‘omesma caminho, e conversavam acerca de seus negécios particulares. Das poucas palauras que opanhara, percebeu 400 Fera que destinavam eles uns cinquenta mil-réts, tudo quanto possuiam, d compra de mantimentos, a fim de fazer um moquirdo™, com que pretendiam abrir uma boa roca. = Mas chegaré, homem? perguntou a velha. = Hé de se espichar bem, mulher! Uma vor os interrompeu: Por este preco dou eu conta da roca! Ah! E nhé Ido! Conheciam os veihinhos ocapanga, a quem tinham por homem de palavra, e de fazer o que prometia. Aceitaram sem mais hesitacéo; e foram mostrar o lugar que estava destinado para o rocado. ‘Acompanhou-os Jo Fera; porém, mol seus alhos des- cobriram entre os utenslios a enxada, a qual ele esquecera um momento no aff) de ganhar @ soma precisa, que sem ‘mais deu costas ao par de vethinhos e foi-se deixando-os embasbacados. ose de Alea, TL + mequirdo =mutirao (moblizagiocoletva pare aul mitua, de carder gratuito, 4. Fuvest 2015 Consdere os seguintes comentérios sobre diferentes elementos linguistcos presentes no texto L Em “alcangou 0 capanga um casal de vethinhos” {L. 12), ocontesto permite ientiiar qual é 0 sujeto, mesmo este estando posposta. Il 0 verbo sublinhado no trecho “que segulam diante dele 0 mesmo caminho” (L_ 2-3) poderia estar no sin- ular sem prejuzo para acorregio gramaticaL IL Notrecho “que destinavam eles uns cinquenta mitre (L. 5], pode-se apontar um uso informal do pronome: pessoa reto "eles como na frase “Vocd tem veto eles por ait Fst correto 0 que se afirma em A. | apenas Bi apenas. cil apenas. D tell, apenas E Lilet 30 PORTUGUES | TETRA! ©, GUIADE ESTUDO Portugués | Livro | Frente 1 | capitulo 3 L Leia as paginas 87 88. IL Faca oexercicio 1 da se¢8o “Revisanda”. ML Faas exercicios propostos de 4 a 10. TIPOS DE SUJEITO Estudo dos tipos de sujelto, matéria importante para a concordancia e para 2 coesdo (ou seja, fundamental pera a redacdo). Convém ressaltar ainda os efeitos de sentido pro- vocados pele enunciacdo ao se utilizar determinado tipo de sujeito (indeterminar 0 sujeito para se criar expectativa em ‘torno dos fatos, por exemplo) = Tipos de sujeito 0 sujeito pode ser determinado, indeterminado ou inexistente (oragdo sem sujeito). Determinado O sujeito & determinado quando pode ser identificado na frase por meio de seu(s) ndicleo(s) au por meio de uma eliose (quando se oculta 2 palavra, porque ela esté suben- tendida no contexto ou implicita na terminag0 do verbo). Sujeito determinado simples Quando ha um s6 niicleo sintético, representado por um substantiva, proname cu numeral {no singular ou no plural). 08 alunos elegeram 05 representantes do grémio. Sujeito determinado composto Quando ha dois ow mais nideos sintaticos, represen- tados por substantivos, pronomes ounumerais (no singular ouno plural) = 0 professor © 0 diretor parabenizaram o trabalho dos alunes Sujeito determinado eliptico ou implicito na desinéncia verbal (aculto) Quando 0 sujeito for oculta por estar expresso anterior. mente ou por estar implica na desinéncia verbal — Somos alienados? Os ricos ¢ 0 pobres as $80? —Hé muitos ricos e muitos pobres... ndo igualemos. Indeterminado ( sujeito indeterminado ocorre quando o verbo nao se refere a uma pessoa determinada, ou por se desconhecer quem pratica a a¢ao, ou ainda por nao haver interesse em conhecé-la. 0 sujeito indeterminado pode apresentar-se na terceira pessoa do plural ou na terceira pessoa do singular, com emprego do “se’, indice de indeterminagao do sujefto Com 0 verbo na terceira pessoa do singular © com 0 Indice de indeterminacio do sujeita (se) = Necessita-se de gua Com 0 verbo na terceira pessoa do plural, sem o indice de indeterminagao do sujeito (se): = Necessitam de agua. Inexistente (oracao sem sujeito) Neste tipo de estrutura sintética, a exemplo do sujito elipticoe do sujeit indeterminado, hd apenas © predicado A.ciferenga € que, a0 contririo dos dois primeiros, no ha quem faga a ago. Os principais casos: 2) Verbos ou expressbes que denotam fendmena da na~ tureza e indicagSo de tempo em geral Faz calor, meu bem? Podemos sair? ~Chove, amor! b) Com os verbos aver e fazer no sentido de tempo de- corrido (impessoais). ~ Als, faz 10 minutes que chove Ha pouco nio chevie, que chato! ©) Com 0 verbo haver no sentido de exstr, acontecer ovorrer (impessoal). ~ Amor, hd tantas outras coisas @ fazer Em linguagem coloquial ¢ em certos textos literdrios, ¢ comum 0 emprego do verbo “ter” com o sentido de existir, Para muitos gramaticos, todavia, o uso deve serevitada em linguagem culta. =Tem tanto museu bonito. PORTUGUES | TETRA! 31 ulas 11 e 12 Was i [ ae EXERCICIOS DE SALA > Texto paraas questées 1,26 3 Luciono oproveitou 0 fato de os pais estarem dor- indo pora dar uma volta com 0 carro. Luciano dev a volta, mas ao estactonar 0 coro na goragem, amassou 1 ateral. Horas depois. Luciano, vem aquil Fala, pai? = Que é isso no carro? - Oqué? = 0 qué?? 0 carro! Esté amassado!!! Ih! A porto amassou, 6? 1 cue estratéga sintatica 0 garoto utlizou na uitima frase do didlogo para nao se colocar como agente da batida? 2 Empregue outro tipo de sujeito com o qual a frase tam- bem teria o mesmo sentido. 3 cual é osujeto de virem “Luciano, vem aquil"? Se ret rdssemos a virgula, 0 sujeto seriao mesmo? 4 Leia o excerto a seguir, pertencente a Noel Rosa, Quando eu morrer, no quero chore mem vela Quero ume fite omarela grovada com o nome dela Se existe alma, se hé outra encarnacéo i queria que a mulata sapoteasse na meu caixtio Noel Ros. “Fita amarela Oisponivel em: EXERCiclos DE SALA PAA a 1. Veja a charge a seguir a) Em uma das ocorréncias, © vocébulo prova 6 verbo transitivo direto. Aponte 0 objeto direto desse verbo. b) Qual é 0 significado contextual do objeto direto? ulas 13 e 14 = Alteragdo semantica do verbo na mudanga de objeto fm literatura, 6 comum © uso de recursos expressivos, envolvendo o objeto, Um desses recursos consiste em em- pregar o verbo em sentidos diferentes para cad objeto. =A bomb “oficial” arrebentou as portas e a vida dos que ali estavam. = Ampliacao de sentido na mudancga de regéncia Verbos transitivos, cuando se toram intransitivos, passam a ter sentido mais abrangente. = Dteunamorado néo bebeu pinga 2penas.no baile, minha filha, ele BEBE! > Leia o exerto da cronica *Mineirinho" de Clarice Lispec- tor (1925-1977), publicada na revista Senhor em 1962, para responder 8 questdo 2 E suponho queé em mim, como um dos representantes de nds, que devo procuror por que est doendo @ morte de um facinora’. E por que é que mais me adianto contar os tre 22 tiros que mataram Mineirinho® do que os seus crimes. Per- guntei a minha cazinheira 0 que pensava sobre o assunto. Vi no seu rosto a pequena canvulsiia de um canflite, omal-estar de néio entender o que se sente, o de precisar trair sensacBes contraditérias por no saber coma harmonizé-las. Fatos ir- redutiveis, mas revolta irredutivel também, a violenta com- paix da revolta, Sentir-se dividido no propria perplexidade diante de ndo poder esquecer que Mineirinho ero perigoso e Jd matora demais; e, no entanto, nds 0 queriamos vivo. A co- Zinheira se fechou um pouco, vendo-me talvez como a justi¢a que se vinga. Com alguma raiva de mim, que estava mexen- do na sug alma, respondeu fria: “O que eu sinto ndo serve parase dizer Quem ndo sabe que Mineirinto era criminoso? ‘Mas tenho certeza de que ele se salvou e jd entrou no céu” Respondi-the que “mais da que muita gente que no matou” Por qué? No entanta a primeira lei, a que protege corpo e vida insubstituiveis, é a de que nao matards. Ela éa minha maior garantia: assim nome matam, porque eu néo quero ‘morter, e assim néo me deixom mator, porque ter matado serd a escuridtio para mim. Esta é 0 fei, Mas hd alguma coisa que, se me faz ouvir oprimeiro e 0 segundo tiro comum alivio de seguranca, no terceiro me deixa alerto, no quarto desossossegads, o quin- to @ 0 sexto me cobrem de vergonha, 0 sétimo e 0 citavo eu ougo com 0 coragio batendo de horror; no nono no déci~ mo minha boca esté trémula, no décimo primeira digo em PORTUGUES | TETRA! 35, A=. ro ulas 13 e 14 esponto 0 nome de Deus, no décimo segundo chamo meu imo. O décimo terceiro tira me assassina — porque eu sou autre. Parque eu quero ser 0 outro. Essa justica que vela meu sano, eu a repudio, hurilheda por precisardela, Enquanto isso durmoe folsamente me salvo, INés, 0s sonsos essenciois. Para que minha casa funcione, extjo de mim como primeiro dever que eu seja sonsa, que eu rio eerca.0 minha revolta e o meu amor, guardados. Se eu nd for sonsa, minkio casa estremece. Eu devo ter esquecido que em- bain da casa esti o terreno, o cho onde nova casa poderia ser erquida. Enquanta isso dormimos e falsamente nes salva- mos. Até que treze tras nos acordam, ¢ comhorrer digo tarde demais —vinte e oito onos depois que Mineirinho nasceu—que 190 homem acuado, que a esse niio nas matem. Parque sei que ele 6 0 meu erra. E de uma vide inteira, per Deus, oque se sal- va ds vezes é apenas o erro, eeu set que née nos salvaremos enquanto nosso erro no nos for preciosa Meu erra a meu espetho, onde veioo que em siiéncio eu fiz de um homem. Mew erro. 60 modo como via vida se abrir na sua carne e me espan- tei, evia matéria de vido, placenta e songue, a fama viva. Em Mnetrinho se rebentouo meu modo de viver. Clarice Uspector Para ndoesauecer, 1999 facinora:d-se eau indviduo que executa um erime com ereldade ou perversidae acentuaci Mine tnho:apeldo pelo qual era cones erminose caroes Jose Mianda Ross. Acvado pelapolia,acabou cvado de balase seu corpe fol encontraio a margem da Estrada Graaiecarepagus, no a de aneta, 2. unifesp 2016 “até que treze tos nos acordam, ¢ com horror digo tarde demals ~ vinte e oto anos depois que Minerinho nasceu ~ que 20 homem acuado, que a esse ndo nos matem.” (4° pardgrafo) Os termos “a esse” e “nos" constituem, respectivamente, A cbjetoindiretoc objeto direto. cbjetoindretoe objeto increto, cbieto cireto preposiconado e objeto direto cbjeto cireto preposiconado © objeto indireto chieto cireto © objeto indireto, moose 3 Unifesp 2015 Quando se quer chamar atencde para objeto direto que precedeo verbo, costuma-se repeti-lo. 60 que se chama abjeto direta pleondstico, em cuja constitui- so entra sempre um pranome pessoal dtano. Celso Cunha e Lindley Cintra. Nove Gramice do portuguls contempordineo, 2000. Verifica-se a ovorréncia de objeto direto pleondstico em: A "Por tudo isso, independentemente do belo discurso de defesa,o Jiri concedeu-me circunstindias atenuantes” B “Simplesmente, este momento culminante raras séo.as criaturas queo vive.” C “As que © viveram ou so, como eu, os mortos-vivos, ou —apenas os ~ desencantados” 36 © PORTUGUES | TETRA! 1D “Atingido o sofrimento maximo, nada ja nos faz sofrec” E “Esses dez anos esvoaram-se-me como dez meses.” cri a Sito tém-se, em conformidade com a nor ma-padrao da lingua portuguesa A Eucuido dela, eu the respeito. io Eu he cuido e respeito. Eu cuidoe respeito-a Eu cuido dela, eua respeito Fua cuido, eu respeito-the 4 Unitesp 2015 anaise a capa de um folder de uma campanha de trnsito. Explicitando-se os complementos dos verbos em “Eu cuido, eu respeito.”, ob- epee moose 5 Unicamp 2008 (Adapt, Lela as tras a seguic at | | i | : A primeira tira é uma tradugéo brasileira e a segunda, uma tradugo portuguesa. D@ um exemplo de uma diferenca sintdtica entre a tradugio do portugues europeu e a do portugués brasileiro. Descreva essa diferenga ay GUIA DE ESTUDO Portugués | Livro 1 | Frente 1 | Capitulo 4 Leia as paginas de 104 a 107. Faca os exercicios de 1 4 da seco "Revisando” ML Faca os exercicios propostos 1, de 52 9€ 13. TERMOS DA ORACGAO LIGADOS AO VERBO II Estudo do adjunto adverbial (nome que © advérbio & 8 locugao adverbial assumem na sintaxe) e do agente da passive, = Adjunto adverbial liga-se zo verbo, 20 adjetivo e a0 advérbio, Do panto de vista semintico, 0 adjunto dé ao verbo uma circunstan- cia de lugar, tempo, modo etc. (valores seménticos do ad- vérbio); quando ligado ao adjetivo e a0 advérbio, expressa intensidade. ~Saiu calmamente ~ Sai muito calmo. ~Saiu-se bastante bem. Trata-se de um termo acessério, complementar a es- trutura sintética, Nas ruas de todas as cidades, observa-se o liso © o aban- dono. A omisso do adjunto adverbial pode no prejudicar a sintaxe, mas pode afetar a mensagem, se 0 adjunto conti- ver uma informagio importante para o emissor ou para o contexta Eee ee Causa Intonsidade Companhia Luger ‘Concessiio Matéria Gandigae Meio Contormidada Modo Dovisa Negagio Finaldade Oposigto Instrument Tempo = Agente da passiva Termo que, em vor passiva analitica, designa o agente dda aco verbal Introduzido pela preposiggo por ou de, o agente da passiva esté sempre ligado ao verbo. Transformacées ‘bjato dato vita | sujoto Tocugao verbal verbo ser verbo vita no mesmo tempo @ modo + paticiplo do verbo) agente ca passiva, itroduzido Suleto va vet pela preposigao por Observacées: 1. Seq sujeito da voz ativa estiver acompanhado de arti- 0, haverd a contragiio antecedendo o ndiceo (substan- tivo ou pronome] do agente da passiva: Por+a=pela por +as~pelas Por + o=pelo por + os= pelos 2. Sehouver, na voz ativa, lecuco verbal {verbo auxiliar + ver- bo principal em uma das formas nominais), a transforma- Zo para a voz passiva obedleverd aos seguintes critéros: 2) Q auiliar concorda com 0 sujeito na passiva, mas per- manece no mesmo tempo e mode. b) verbo principal, na passiva, vai para o participio, €] Coloca-se averha sernappassiva apds 0 auniliar da ativa e-antes do participio. dd) verbo serassumeo tempo & o mada do verbo princi- pal da ativa Quebra do paralelismo semantico ‘Aquebra de paralelismo semintico é entendida como uma quebra de expectativa semantica (no niveldo significado, Marcela amourme durante quinze meses © onze contos de réis. Machado de Ass Omissao do agente da passiva Se em vo? ativa © verbo estiver na terceira pessoa do plural, indicando sujeto indeterminado, na transformagio para a vo2 passiva nfo haverd agente explicita Compraram 0 debate, 0 debate foi comprado. Na imprensa jornalistica, em certas reportagens, 0 agente ndo aparece por ndo se saber ou por nao haver in- teresse em revelédo. Veja: CINCO LIDERES SINDICAIS FORAM MORTOS NA PARAIBA PORTUGUES | TETRA! 7 ry ooo JAS EXERCICIOS DE SALA 1 Leia afrase a seguir aresce oconsumo de suco de laranja e botato no Parand a) Qualé a regéncia do verbo crescer na frase anterior? b) A frase apresenta dois problemas: uma passagem am- bbfgua eum adjunto adverbial mal posicionade. Rees- creva a frase apresentada, colocando os termos da ‘oragdo em uma ordem que ndo comprometa a clareza 2 Lela amanchete a segule ‘Show do Raga Negra no Paraguai é proibido por poluico sonora A Prefeitura de Assungio proiblu hoje, por receio de que haja poluigdo sonora, 0 show do grupo brasileiro de pagode Raa Negra, que seria realizado na proxima sexta-feira (9) em uma casa noturna da capital La Folhaontine, 7 nox 2007 8) Explique por que 2 passagem “por poluiggo” nio esta bem empregada b) Dé outra redagao & manchete, eliminando 0 problema 38 © PORTUGUES | TETRA! 3 Lela a manchete a seguir: POLICIA mata vitima de assalto por engano HUGLES, Welingzon “Policia mata vtima deassalto por engeno” Disrio do Par Belém, 14 set, 2012 Polka, Considere as seguintes afirmagies: |. Emvoz passiva anaitica,terfamos “Por engano,vitima 4 morta por POLICIAY; 0 termo por POLICIA exerce- ria 3 funcéo de agente da passiva, quem pratice 8 aco nesse tipa de estrutura Il. A-expressto por engana sxerce a fungto de adjunto adverbial ligase sintaticamente a “assako" e, seman- ticamente, compromete 2 “POLICIAT Ill A voz ativa empregada na manchete destaca seman- ticamente a *POLICIA’; se a manchete estivesse em vo passiva analitica, a nfase seria para a“vitima”, que exerceria o papel de sujeito. Estdo corretas: AC apenas |e ll B apenas Ile ill © apenas ill D apenas Il E todas. Ver} 2012 Leia o texto a seguir Memérias do cércere ResoWvo-me a contar depois de muita hesitagdo, casos possados hé dez anos = e, antes de comecar, digo os mo- tivos por que silencei e por que me decido. No conserva ‘tas: clgumas que tomei fora inutiizadas, ¢ assim, com 6 decorrer do tempo, iarme parecendo cada ver mais cific quase impossivel, redigir esta narrative. Além disso, julgan- déo.a matéria superior 8s minhas forcas, esperei que outros mais optos se acupassem dela. Néo vai aqui falsa modesto, como adiante se verd. Também me afligis a ideia de jogar ‘0 papel criaturas vivas, sem disfarces, com os nomes que 18m no registro civil. Repugnova-me deformé-ias, dar-thes pseudonimo, fazer do livro uma especie de romance; mas teria ev 0 direito de utilzé-as em histéria presumivelmen- te! verdadeira? Que diriam elas se se vssem impressas, rea- lzondo atos esquecidos, repetindo palawas contestéveis obliteradas? bol © receio de cometer indiscricéo exbindo em publica pessoas que tiveram comiga convivéncia forcada jé néio me ‘apoquenta. Muitas desses antigas campankeiros distancia~ ram-se, apagaram-se. Outros permaneceram junto a mim, ou véo reeparecerda ao caba de longa auséncia, alteram- -se, completam-se, avivam recordagdes meio confusas - & no vejo inconveniéncia em mostré-los. bod E aqui chego 0 tltima abject que me impus. Nao res- guardei os opentamentos obtidos em largos dios e meses de observacio: num momento de operto fui obrigado a atird-los no équa. Certomente? me irdo fozer falta, mas terd sido uma perda ieparével? Quase me inclino a su- or que fot bom privar-me desse material. Se ele existisse, ver-me-ia propenso a consulté-lo a cada instante, mortifi- car-me-ia por dizer cam rigor a hora exata de uma partido, quantas demoradas tristezas se aqueciam aa sal palido, em manhd de bruma, 0 cor das folhas que tombavam das dr- vores, num patio branco, a forma dos montes verdes, tin- tos de fuz, frases auténticas, gestas, gritos, gemidos. Mas ue significa isso? Essas coisas verdadeiras podem ndo ser verossimeis. E se esmoreceram, debxé-las no esquecimen- to: valiam pouco, pelo menas imagino que valiam pouco. Outros, porém, conservaram-se, cresceram, associorarm-se, © € inevitével mencioné-us. Afirmarei que sejam absolu- tamente? exatas? Leviandade.[...] Nesta reconstituicdo de fotos velhas, neste esmiucamento, exponho o que ratel, 0 que julgo ter notade. Outras devem passuir lembrangas di- versas. No as contesto, mas espero que nfo recusem as minhas: conjugam-se, campletam-see me déo haje impres- so de realidade. Formamos um grupo muito complexo, que se desagregou. De repente nos surge a necessidade urgente de recomp6-lo. Define-se o ambiente, as figuras se delineiam, vacilantes, ganham relevo, 0 acto comega. Com esforgo desesperade arrancamos de cenas conjusas olguns fragmentos. Dividas terriveis nos assaltom. De que modo reagiram es caracteres ei determinadas circunstancias? O ato gue nes ocorre,nitido, irrecusdvel, terd sido realmente praticado? Nao seré incongruéncia? Certo a vida é cheia de incangruéncias, mas estaremas seguros de nfo nas ha- vermas enganade? Nessas vacilagées dolorasas, as vezes necessitamos confrmacio, apelamas para reminiscéncias alheias, convencemo-nos de que a minticia diserepante no éilusdo. Difclé sabermos a causa dela, desenterrarmos pa- cientemente as condicdes que a determinaram. Como isso varfava em excesso, era natural que varidssemos também, apresentissemos falhas. Fiz 0 possivel por entender aque- les homens, penetrar-lhes na alma, sentiras suas dores, ad~ miror-lhes @ relativa grandezo, enxergar nos seus defeitos a sombra dos meus defeites. Foram apenas bons propésitos: bl oh ve devo ter-me revelado com frequéncia egoista e mesquinho, E esse desabrochar de sentimentas maus era a plor tartura que nes podiam infligir naquele ano terrivel ‘Graclane Ramee, Memérias do cdreere lode Janeiro: Record, 2002. As palavras classificadas como advérbios agregam noche diversas aos termos a que se ligam na frase, demarcando posig6es, relativizando ou reforgando sentidos, por exem- plo. O advérbio destacado & empregado para relativizar 0 sentido da palavra a que se refere em. A. utlizidas em histdria presumivelmente verdadeira? (ref) B Certamente me irio fazer falta, (ref 2] Afirmarei que sejam absolutamente exatas? (ref 3) 1D desenterrarmos pacientemente as condigBes que a de- terminaram, (ref 4) “&e GUIA DE ESTUDO Portugués | Livro | Frente 2 | Capitulo 4 L Leia as paginas 107 e 108. IL Faca os exercicios de G a8 da seco “Revisandar” ML Faga(os exerciios propostos 11, 14¢15, PORTUGUES | TETRA! 39 Estudo do adjunto adnominal e dos predicativos. Para eleito de exame moderno, o enfoque é nas trensformagies da forma ativa para a passiva, a funcionalidade do adjunto adnominal e as ambiguidades sintaticas. = Adjunto adnominal Tero ligado 20 nome, mis especiica mente aum md deo sintética (do suet, do objeto etc} E expresso por: artigos, pronomes, numerais, adjeti- vos, locugdes adjetivas e oragées adjetivas. ‘As minhas duas lindas garotas da Africa morrem da sub- nutrico que o mundo nao combate. Possui a fungio de especificar, expicar, indeterminar, determinar o ser, isto é, o nome, o substantivo. Pode estar presente em qualquer termo da oragao; es- taré ligado 20 seu nucleo, sem intermediacdo do verbo ou da virgula Quando 0 adjunto adnominal estiverligado 20 sujefto ¢ for desemperhado por um agjativo, teremas uma quali- dade velha (posta como canhecida pelosinterlacutores) ou permanente (0 predicativo transmite-nos uma qualidade nova = posta como revelaggio ~ ou passagelra). 0 documento false foi encontrado, 1 dn, O documento ¢ falso. 1 Predicativo 40 PORTUGUES | TETRA! TERMOS DA ORACAO LIGADOS AO NOME | = Predicativo do sujeito Remete 2 uma auslidade (qualidade nova, isto €, posta como se fosse uma revela¢éo) ou a um estado do sujeito (de caréter passegelre). Pace apresentarse: a) com verbo de ligacdo (ser, estar, parecer, continuar € ‘utros padem funcionar camo verbs de ligaco se in- troduzirem uma qualidade, um estado ou uma mudan- a de estado do sueito). ~ As nuvens so mégieas As nuvens esto escuras. = As nuvens continuamn ameagadoras. 'b) sem verbo de ligagdo (com transitive ou intransitivo} As nuvens marcham mansas. Depois do verbo, nao ha necessidade da virgula. A vir~ ula, porém, ‘tivo segue o nédleo do sujetta, =0 garoto, cansado, assistia a guerras de fundamental importancie quando o adje~ 0 garoto assistia a guerras eansado, E preciso estar atento também & ordem das palavras, pois em muitos casos é a posicdo do adjetivo que gera am- biguidade, =0 garoto saiu do local abandonado, = Predicativo do objeto Qualidade nova imposta pelo sujeito ao objeto ou uma opinigo do sujeto sobre o objeto ‘guns verbos que possiilitam 0 predicativo do objeto eleger, crer, encontrar, estimar, fazer, nomear, prodamar, ‘chamar, formar. —Nomearam 0 ministro ehefe da comissio bl ih ve mS, ( fp ed EXERCICIOS DE SALA 1. catoque 1 para opredieativo do cbjeto‘e 2 para o adjun- toadnominal |__| Amoga achoua linda joia. |_| Amoga achou linda a joia. [| Ajoia linda foi achada pela maca. A moga achoua linda. 2 Enem No ano pasado, o governo promeveu uma cam- panha fim de reduzir os indices de violencia, Noticiando 0 fato, um jornal publicou a seguinte manchete: Campanha contraa violéncia do governo do Estado en- tra em novo fase. Amanchete tem um duplo sentido, e isso dificulta 0 enten- dimento. Considerando o objetivo da noticia, esse proble- ma poderia ter sido evitado com a seguinte redac ao: A Campanha contra 0 governo do Estado e a violéncia entrar em nova fase. B Avioléncia do governo do Estado entra em nove fase de Campanha. C Campanha contra 0 governo do Estado entra em nova fase de violencia, DA violéncia da campanha do governo do Estado entra fem nova fase. Campanha do governa do Estado contra a violéncia en- tra.em nova fase. 3 Leia a manchete a seguir: “Presidente de clube carioca debea 0 time falido, falo-se e1n corrupsio.” Considere as seguintes afirmagies: L_ Amanchete ngo ¢ clara, pois 0 termo “falido” pode ser uma qualidade velha ou nova do time ou um estado do sujelto Il. Sintaticamente, “falido” pode ser predicativo do sujei- 10, do objeto ou adjunto adnominal IL Dependenda da funcao sintética de “falido’, 0 verbo deixar sofrerd alteragao de sentido. Esto corretas A apenas | B apenas Ill apenas |e I D apenas I E todas, 4: Leve em considerago as seguintes frases: Um mendigo louco pulou na fonte da cidade. Um mendigo, louco, pulou na fonte da cidade. Com o emprego da virgula, 0 adjetivo “Iouco” torna-se A. qualidade permanente. qualidade velha qualidade passagetra circunsténcia temporal moose circunstancia de modo. “&e GUIA DE ESTUDO Portugués | Livro | Frente 2 | Capitulo S L Leia as paginas de 121 a 123. IL Faca os exereicios 1e 2 da seco "Revisanda’. ML Faca.os exercicios propostos 1, 4, 27 ¢ 39. PORTUGUES | TETRAI 41. importante que o aluno conhega bem a funcionalida- de do vocativo (termo independent) e do aposte [associa~ doao nome} Para exames mais tradicionais, é fundamental que 4 que bem dlara a diferenca entre o complemento nominal oadjunto adnominal. = Complemento nominal Possui a fungBe de completar © nome; pode estar ir soa substantivo abstrat,adjetivo ou advérbio, sempre com preposico * Ligado ao substantivo, cumpre 0 papel semantico do cbjeto, isto 6, ser afetado, alvo da agSo. Ex: Invasdo no Libano. + Sefor agente, ou possuidor teremos o adjunto adno- minal, Ex; As armas dos Estados Unidos. zee EXERCICIOS DE SALA Re > Texto paraa questo 1 deias intimas (Fragmento) hi ter vinte anos sem gozor de leve Aventura de uma alma de donzefal E sem ne vida ter sentido nunco No suave atragao de umn réseo corpo 5. Meus ofhas turvos se fechar de gozo! ‘Ohi nos meus sonhos, pelos noites minhas Passam tantas visées sobre meu peito! Polar de febre meu semblante cobre, Bote meu caraséa com tanto foga! 20, Um doce name as labios meus suspiram, Um nome de mulher...e vejo Kanguida No véu suave de amorosos sombras Seminua, abotida, a mao no seta, Perfumada vistio romper a nuvern, 15. Sentor-se junto © mim, nas minhas pdlpebras Oalento fresco e leve como a vido Passar delicioso... Que delirios! Acorde polpitante... inda @ procuro; 42 PORTUGUES | TETRA! TERMOS DA ORACAO LIGADOS AO NOME II = Aposto Mantém uma relagao de igualdade semantica com 0 ‘termo anterior O aposto pode ser explicativo, enumerati- vo, distributivo, recapitulative, especifcativo ou oracional famoso conjunto de rock de todos os tempos, torncu-se um mito. (explicativa) —Ele amava tudo dos Bestles: a musica, a filosotia, timentas ete (enumerativo) = Beatles, © mai = Vocativo © vorativo é um termo que no pertence ao sujeito nem a0 predicado; indica um chamado, um apelo © vocativo remete ao destinatario da mensagem e também pode ser um indicedor de religido, posicio politica, grupo social, idade, orientacdo sexual, origem geogratica etc = Padre, eu peaueil = Amigo, vocé tem um lengo? Embalde a chamo, embalde as minhas lagrimas 20 Banham meus alhos, e suspiro e gemo. Imploro uma ilusdo... tudo ¢ siléncio! 56.0 leito deserto, a sala muda! ‘Amorosa visio, mulher dos sonhos, Eu sou tGo infeliz, ev sofro tanto! 25. Nunca vids iluminar meu peito Com um rato de luz desses teus olhos? AZEVEDO, Ate. nse escoias Rode ave: Agu, 1971 129 1 PUCRI 0 vocativo & uma functo sintética que se vin- cula & segunda pessoa do discurso. No paema de Alvares de Azevedo, indica quer 0 euirica interpela.Transereva © verso que apresenta um vocativo entre as linhas 18 © 26. » Texto paraa questo 2 FIQUE CEETO DE UMA CONSA, ney FILNO; Se vou MAvTiVER SEU PRINCIPIDS COM FIRMEZE.OM DA Lie SOFERECERIO EXCELENTES CONDIGOES Disponive! em: eww 2.o.com.be/milor/abertaf ‘charges /006/ inex em 2 UEPG Arespeito do texto da charge de Millér Fernan- des, assinale o que for correto, 01. Esté correto o emprego da virgula para destacar a ex- pressdo, “meu filo", mesmo que inice a oracao. 02. A expressio, “meu filho”, & um termo que expressa uma evocaco e se refere ao ser com quem se fala 04 Esté correto o emprego da virgula para destacar a ex pressdo, “meu flho", pois trata-se de destacar osujeito a oracdo isto &: de quem se declara algo. 08 Esté correto o emprego da virgula para destacar @ ex pressio, “meufilho", poistrata-se de um vocativo; uma expresso de evacacio do ser com quem se fala. 16 A expresso, “meu filho”, é um termo explicativo © se refere ao ser com quem se fala, soma: [—] 3 Assinale a altemativa em que nose notaoduplosentido, A José deixou a esposa rica O deputado saiu do congresso sul Jacinto fala da secdo na Folha de So Paulo, Ocoronel achou © local marginal O ator largou a estranha compenheira nooe —= ih TIERS E RST i Unifesp 2011 Leia o texto a seguir. De tudo que é negotarta Do mangue e da cals da porto la j6 foi namorada (seu corpo é das errantes Dos cegos, dos retirantes de quem nao tem mais nada Dé-se assim desde menina ‘No garagem, na cantina Atrds do tanque, no mato Ea rainho dos detentos Das loucas, dos lazorentos Dos moleques do internato E também val amilide Colas velhinhos sem satide Eas viivas sem porvir Fla é um pogo de bondade Eépor isso que a cidade Vive sempre a repetir Joga pedra na Gent Joga pedra na Geni Ela é feita pra oponhor Fla € boa de cuspir Ela dé pro qualquer um Maldite Geni Chico Buargue. Gene o zepelin Indique a alternativa que apresenta a funcio sintética do verso “De tudo que é nego torta” A. Adjunto adverbial de moda, Objeto indireto Predicativo do sujeito, ‘Adjunto adnominal. Complemento nominal. mooe PORTUGUES | TETRAI 43. 5 O texto a seguir apresenta falta de dlareza em certo tre- cho; leta-o atentamente Haiti pede socorro Ontem, no final do tarde, em Bruxelas, 0 presidente omericano solicitoy ajuda, em caréter de urgéncia, aos paises ricos. No copitat do Haiti, sobretudo, 9 situa¢do 6 eaética; no hé moradia, comida, égua, 0 basico para 0 sobrevivencia. “Os paises ricos precisam ser solidé- ies disse Obama, exiginde © auxilio dos colegas ricos. 0 Brasil jé oficializou a ojuda por intermédio de seu emboi- sador no Haiti. 8) Gte um trecho do texto em que se nota uma ambigui- dade, 6 As vezes, quando um texto ¢ ambiguo, é o conhecimen- +0 que o leitor tem dos fatos que Ihe permite fazer uma interpretactio adequada do que lé. Um bom exemplo é 0 ‘trecho que segue, no qual ha duas ambiguidades, uma de- corrente da ordem das palavras, e a outra de uma elipse de sujeito, © presidente americana |...) produziu um espet- culo cinematogréfico em novembro possado no Ardbia Saudita, onde comeu peru fontasiado de marine no mesmo bandejdo em que era servido aos soldados americanos. Ve, San. 1991, a) Quais as interpretagdes possveis da passagem am- bigua? bb) Reescreva o trecho de modo que impeca o duplo sen- tid b) Reescreva o trecho em questo, eliminando © duplo sentido. 44 PORTUGUES | TETRA! tuguds | Livro 4 | Frente 2 | Capitulo S L Leia 35 paginas de 123 a 125. I Faca os exercicios 5, 7 e8 da seco "Revisando’ IL Faca 0s exerccios propostes 17, 18, 48, 49, 52, 57, 59 eel. ee Ne ae y PORTUGUES + Definigdo e origem da escola: 0 Trovadorismo aparece na Idade Média e esta intimamente ligado ao contexto feudal daquela época; o trovador & um poeta-cantor & compde poemas para serem cantados 20 som de ins- trumentos musicais (flauta doce, alaiide, saltério}, ‘+ As cantigas esto divididas em dois grupos: liricas (sub- divididas em “de amor” e “de amiga”) e satiricas (sub- ivididas em “de escarnia” © “de maldizer*). «As cantigas “de amor” sto originarias da Provenca, na Franca; as cantigas “de amigo” tém origem popular na Peninsula thérica + Ou lirica (vor do poema), nas cantigas de amor, ¢ ‘masculing; nas cantigas de amigo, o eulirico é feminino TROVADORISMO COMO MANIFESTACAO LITERARIA {0 trovador faz 0 poema dando vor a uma moga que se queixa, geralmente, da auséncia do amado), + Alinguagem, na cantiga de amor, € refinada; nas can- tiges de amigo, a linguagem é coloquial, aceita repeti- bes, refrées € paralelismos, + As cantigas satircas tratam dos jos humanos e dos costumes desregrados. Sua linguagem carrega termas cchulos e de baixo caléo. + As cantigas de escarnio s8o sétiras indiretas, ou seja, no se dizia o nome das pessoas a quem se referiam + Nas cantigas de maldizer, a sétira é direta, e as referén- clas as pessoas sdo explicitas, “Tovador en ae EXERCICIOS DE SALA 1 Unifap 2011 Leia o texto a seguir Cantar de amor ‘Mha senhor, com’oje dia son, scan cuitad’e sem cor ossi! E par Deus non sei que faret G non dormho 6 mut gran sazon. ‘Mha senior, at meu lum’e meu bem, ‘Meu coragon non sei o que tem Minha senhoro, assim como o dia de hoje, Estou sofrendo tanto e tio palido E por Deus, ndo sei farei, 46 PORTUGUES | TETRA! ‘Alaide, istrumanta medieval, Porque ndo durmo hd muito tempo. ‘Minha senhora, ai minha luz e meu amor, ‘Meu coragéio nda sei a que tem. Manuel Bandera No texto anterior, o poeta brasileiro Manuel Bandeira res- gata 0s canconeiros medievais, fazendo questo de adotar @ expressdo galego-portuguess, que tem sua livre versio para 0 portugués contemporaneo, Tomando como base 0 referido poema, discorra sobre: a) as referéncias a lirica trovadoresca, expressas no texto, Se i Pensando ne Idade Média, os quadrinhos podem ser rela- clonados as cantigas de: A ‘amor, pois, sem a presenca do homem amado, a mu- her néo encontra sentide em sua vida, amor, poisa ser amado é visto como um traidar, j que abandonou a companheira a sua propria sorte. amigo, pois a auséncia do amado traz solido e sofri- ‘mento para a mulher que, apaixonada, o aguarda. ‘amigo, pois a mulher lamenta a partida de seu marido para as Cruzadas teme que ele nao retorne, escérnio, pois 2 mulher tem consciéncia de seu poder sedutor e de seu dominio sobre o ser mado. » Texto para as questdes 3.4, b)_aimportancia da mulher para a felicidade do eu iri. Cantiga de amor Senhora minha, desde que vos vi lutei pora ocultar esta pao que me tomou inteiro 0 coragdo; ‘mas no 0 posso mais e decid ue saibam todos 0 meu grande amos, tristeza que tenho, a imensa dor que sofro desde o dia em que vos vi Jé que assim &, eu venho-ves rogar que queircis pelo menos consentir que posse a minha vida a vos servir [..] Afonso Fermandes Disponivel em: , [Ada 3 IFSP 2012 Observando-se a Ultima estrofe, & possivel afirmar que 0 apaixonado: 2 IFSP 2012 Considere, nos quadrinhos, as reflexdes da A personagem feminina 8 A Fabio Moon e Gabriel Ba, Fatha oe S Poul, 7 abe 2012. moos Assaudade, acentuads pela distancia que separa duas pes- soas que se amam, € um sentimento presente em muitas obras, independentemente do periodo artistico em que fo- ram produzidas. se sente inseguro quanto aos préprios sentimentos, se sente confiante em conquistar a mulher amada se dedlara surpreso com © amor que Ihe dedica a mu- Ther amada, possui o claro objetivo de servir sua amada conelui que a mulher amada ndo € tdo poderosa quan- to parecia a principio, 4 sp 2012 Uma caractristica desse fragmento, também presente em outras cantigas de amor do Travadorismo,é a certeza de concretizaglo da relagiio amorasa, a situagdo de sofrimento do eu lirica, a coita de amor sentida pela senhora amada a situacéo de felicidade expressa pelo eu lirica, © bem-sucedido intercimbio amoroso entre pessoas de camadas distintas da sodedace. PORTUGUES | TETRAI 47. » Textos para 2 questo 5. Texto! Dona fea (fragmento) Ai, dona feo! Se Deus me pardon! pois avedes [a] tan gran coragon que vos eu loe, en esta razon vos quero jé loar toda via; evedes qual serd a loogon: dong fea, velha e sandia! Dona feo, nunca vos eu loei fen meu trobar, pera muito trobei; mais ora jé un bon cantar farel, en que vos loarei toda vio; ediret-vos coma ves loarei! dono fea, velha e sandia! odo Garcia de Guthade Textoll Soneto 225 Inexoravel Beleza na mulher chego o ser chata, de (Go obrigatoria que se faz Perfidia no the fica nada atrés, pois quanto mais bonita mais ingrata. lauco maxeco, Texto Ill uiten Mass, « 1523-20. Lovo gro 48 © PORTUGUES | TETRA! 5 Os dois poetas e 0 pintor estéo separados entre si por muitos anos, jé que suas pradugées aconteceram, respec- tivamente, nos séculos Xl, XX € XVI, porém ha um ponto em camum entre eles. Pode-se afirmar que os trés textos: A sfollricos e demonstram seus estados de alma, fazen- do ressaltar qualidades negativas de mulheres feias B_ so dramaticos: mulheres felas foram, desde sempre, ‘motivo de composigdes poéticas e/ou visuats, uma vez que tornam os sentimentos exagerados. Cproduziram textos que se encaixem, respectivamente, na tipologia satirica, na ironia mordaz e no grotesco, sobre temas aproximados. 1D produriram textos que podem ser classificados como ccémicos, embora se nutram visivelmente da tematica E mesmo sob o enfoque satirico, pode-se notar 0 uso de figuras e concepcSes metaféricas que permeiam as dois poemas e o texto visual “4, GUIADE ESTUDO portugues | Liv 4 | Frente2 | Capitulo 4 |. Leia as piginas de 139 144, Il. Faga os exercicios 1e 3 da seco “Revisando" IIL Facaos exercicios propostos de 1 a7. TROVADORISMO: OS TRES CANCIONEIROS E AS NOVELAS DE CAVALARIA + Todas as cantigas produzidas pelo Trovadorisme foram cligidas © ganharam a forms de coleténeas, ou cancio- + Ts cancioneiros contém, hoje, 2 producéo daquela époce: Aiuda, \aticana e Biblioteca Nacional + Martim Codax, travador galego, foo nica a deixar trans- rita em pauta, de maneira rudimentar, a miisica de suas cantigas; sto sete cantigas de amiga, + Dinis (final da século XII, inicio do século XIV) é co- nhecido como “rei trovador" e deixou escritas cerca de 150 cantigas © Refrées so tipicos de cantigas de amigo e consistern a repetiggo do dltimo verso de cada estrofe, Existe também 0 paralelismo, que consiste em, a cada série composta de duas estrofes, mudar apenas algumas pelavras no final de cada verso; dessa forma, teremos versos paralelos, parecidos ou correspondentes. + Da época trovadoresca, restaram 428 cantigas setiricas de cunho popular, brincalhio e, muitas vezes, cruel e revelam, por isso mesmo, 9 panorama da época! cs nobres, © clero, os costumes socials viciosos. A, linguagem é chula, de baixo cal + Asnovelas de cavalaria s80 manifestacbes da prosa tro- vadoresca e possuem caracterfsticas tipicamente mo- A literatura do amor cortés, pode-se acrescentar, con- trituiu para transformar de algum mado a realidade ex- traliterdria, atua coma componente do que Elias (1994)* chamou de processo civlizadar Ao mesma tempo, a realida~ de extraliterdria penetra processualmente nessa literatura que, em parte, nasceu como forma de sonho e de evasdo. evista de Giércos Humanas Flviandpols EDUFSC, w 41,n.1@2,ab @ ut, 2007, p 82410 esp. p. 912. CEN Elias OProcesso Cid Rio se le: Zaay, 2994, v3. Interprete © comentério anterior ¢, com base nele © em seus conhecimentos acerca do lirismo medieval galego- portugues, marque a alternative correta ralizadoras, So trés ciclos, dentro dos quais se sobres- sai o Glo breto, conhecido também como arturiane + Anovela de cavalaria mais importante €4 demanda do Santo Groal, narrativa apécrifa que conta sobre o rei Arthur e os cavaleiros da Tévola Redonda. Nela, ressal- tam-se as ages de Merlim, Lancelot do Lago, Perceval, Morgana, Mordred, Guinevere e Galaaz CGaleas, cavalo medieval ee exeRcicios DE SALA | ee 1 Vepa 2012 Leia 0 texto 2 seguir AAs cantigas de amor recriaram o mesmo ambiente pa- laciano das cortes galegas. B ‘literatura do amor cortés” refletiu a verdade sobre a vida privada medieval. CA servidio amorosa e a idealizactio da mulher foi 0 grande tema da poesia produzida por uildes. D_ Qamor cortés foi uma prética literdria que aos poucos madelou o perfil do homem cvilizado. E Nas cantigas medievats, mulheres e homens subme- tem-se as maneiras refinadas da cortesia, PORTUGUES | TETRA 49, 2 Leis otexto a seguic Quera eu maneira provencal ‘fazer agora um cantor de amor. E quererei muita louvar mia senhor, @ quot ndo foltam valor nem formosura, nem bondade, e mats ainda acrescento: Deus a fez tao plena de bens emuito melhor do que todas do mundo. Dons 2) No primeiro verso, destaca-se a expressio “a maneira provencal’, O que, no contexte do Trovadorisma, isso significava? b)_ Gategorize o eu irico do poema citado e justifique com, trechos do fragmenta, 3 As novelas de cavalaria fizeram muito sucesso na Ida- de Média e, posteriormente, deram origem 2 um romance inesquecivel (1605), criando um “cevaleiro da triste figura” aja palavra de ordem era: ..6 0 meu oficio e exercicio an- dar pelo mundo endireitando tortos e desfazendo ogrovos. Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a citagio do nome do cavaleiro da mais conhecida novela da Idade Média e do cavaleiro, acima mencionado, do século xviL A Galaaz e d. Quixote. Boorz e Galea D Quinote e Galas. Boorze d. Quixote Rei Arthure d. Quixote, moos 50 PORTUGUES | TETRA! @ Leis otexto a seguic Se eu pudesse forgar meu coragéio, obrigé-lo, senhora, a vos dizer quanta amargura que fozeis softer, posso jurar dé-me Deus seu perdo! Que sentirleis compaixdo de mim. ois, senhora, conquanto apenas dor Enenhume alegria me causeis, Se soubésseis 0 mal que me fazeis, Posso juror perdoa-me, Senhor! Que sentirieis compaixtio de mim! No me querende nenhum bem, embara, Se soubésseis a pena que me dais, Equanta dor hd nes meus tristes ais, Posso juror de boa fé, senhoral Que sentirfeis compaixdo de mim. E mal seria, se ndo fosse assim! Acantiga epresentada € de autori de d, Dinis, 0 “rei trove- dor", um dos mais importantes trovadores da Idade Média portuguesa, Entre as alternativas que se seguem, assinale 2 Unica incorreta, A. Sobre a cantiga, podemos afirmar que se vale de um recurso que é quase que exclusiva dos cantares de ami- go: 0 uso do refrio. B Tecnicamente, o refrdo dessa cantiga é apenas o verso “Que sentirieis compaixdo de mim ‘A cantiga possul influéncia provengal. © eu lirico da cantiga & masculino, E Trata-se de uma cantiga em que se exclui a chamada “coita amorose”, ou queixume amoroso. oo \&, GUIADE ESTUDO Portugués | Livro 1 | Frente 2 | Capitulo 1 L Leia as paginas de14a a 150. I Faca os exericios 2€ 4 da seco "Revisando”. IL Faca 0s enercicos propostos de 8 a14. HUMANISMO: A CRONICA DE FERNAO LOPES E A POESIA PALACIANA +0 Humanismo ¢ fase de transigio, abrangendo 0 pe- riodo entre o fim da Idade Média e o Renascimento, + Ha teésmanifestagiesliterd- rias daquela época: a crini- a histariogrifica de Fernio Lopes, a poesia palaciana e co teatro popular vicentino, ‘+ Forno Lopes € 0 mais consagrado _historiador medieval portugués; em 1434, d. Duarte nomeou-o “cronista-mor" da Torre do Tombo (Arquivo histérico nacional) para poer em caronica as coisas do reino & dos reis que em Portugal foram, ou seja, colocar em or dem cronolégica a histéria daquele pais. Pesquisou do- cumentos em prefeituras, hospitais, mosteiros, biblio- tecas. Sua crénica requintada, descritiva e traz, pela primeira vez, 2 presenca do povo nos relatos daquele: énera. Sua obra mais significativa é A eréniea del rei d. Pedro |, 0 Cruel; nela, Cam@es inspirou-se para criar © Canto Ill de Os Lusiadas + No Humanismo, a poesia divorcia-se da misica e, dis- tanciando-se do Trovadorismo, passa a ser conhecida ‘como “poesia paladiana”; mais requintada, faz uso de Feinio Lopes, “Herédoto| portugues" ‘4 EXERCICIOS DE SALA | rd 1 Enem 2010 0 Arlequim, o Pierrd, a Brighella ou @ Co- lombina s80 personagens tipicos de grupos teatrais da Commedia delart, que, hé anos, encontram-se presentes fem marchinhas e fantasias de carnaval. Esses grupos tea- trais seguiam, de cidade em cidade, cam faces e disfarces, fazendo suas criticas, declarando seu amor por todas as belas jovens e, ao final da apresentacio, despediam-se do ppublico com milsicas e poesias. Aintengdo desses atores era expressar sua mensagem vol- tada para a: A figuras estilisticas, como metaforas, prosopopeias metonimias. Nela, o 2u lirico € sempre masculina, £ feita para ser declamada, (O poeta mais importante da época Jodo Roiz de Caste- lo Branco, 4 sepuir, um de seus poemas mais famosos. antiga sua, partindo-se Senhora, partem to tristes ‘meus olhos por vés, meu bem, que nunca tao tristes vistes outros nenhuns por ninguém. Tob tristes, to saudosos, to doentes da partida, to cansades, téio chorosos, da morte mais desejosos cem mil vezes que da vido. Porter téa tristes as tistes, tifo fora desperar bem, que nunca to tristes vistes outros nenhuns por ninguém. [do Ros de Castelo Branco. reas portuguesa. Poreugla Eaior2, 2.45 crengana dignidade do dlero e na diviséo entre 0 mundo real eo espiritual Heologia de luta social que coloca ohomem na centro do processo histérico, crenga na espiritualidade ena busca incansivel pela just ca social dos feudos ideia de anarquia expressa pelos trovadores iuministas do inicio do século XVI eologia humanista com cenas centrades nohomem, na mulher e no cotidiana. PORTUGUES | TETRA! SL. 2 Leis otexto a seguic Das trinta e cite portas que hi na cidade, doze estavam tndo 0 dia abertas, encomendedas a bons hamens de armas que tinham o culdedo de as quardar, ¢ pelas quais nenhuma pessoa que ndo fosse muito conhecida havia de entrar ou sair sem primeiro se saber ao certo por que raza ia ou vinho, & al atravessavam paus corm tabuado para dormirem os que tal uidado tinham, de modo a de noite as portas serem por eles \igiadas e nenhum malicioso ser atrevido de cometer algum E dolgumes portas tinham certas pessoas de noite as chaves, por causa dos batéis que a tais horas iam e vinham de além rio com triga © autres mantimentos, conforme lerels em seu lugar; outras chaves recalhia-as cada noite um homem de que a Mestre muita fiava, vende primeiro como as partas ficavam fechadas, e levavo-thas todos aos Paros onde pousavo, Junto da porta de Santo Catorina, que dava par 0 arratal, por onde mais costurnavam sair & escaramusa, estava sempre uma casa prestes com camas e ows e estopas, e lencéts velhos para rasgar, e cirurgitio, e triaga e outras coisas necesséirias para pensamento dos {ferides quando tornavam dos escaramucas. No ribeira havia feitas duas grandes e fortes estacodas de grossos e valentes paus que o Mestre mandara assentar ontes que el-Rei de Castelo viesse, para defender a beiro-rio de ataques, e estavam feitas desde ande o mar mais lange espraia até terra junto 4 cidade. Femdo Lopes. Crinea ae dodo CO ceronista Fernao Lopes detxou documentos fundamentats da histéria medieval portuguesa, sem os quais certamen- te no se teria hoje as informages sobre aquele periodo historico. Em seus textos, predomina a fungo informativa da linguagem, como no trecho que abre este questo, mas ha uma beleza particular do texto que se pode observar: 0 rmestre cronista da Torre do Tomo € um eximio usuario da A. dissertacio; descreve 0 Cerco de Lisboa © defende ontos de vista comprovaveis, Bnarrago; encadeia fatos, informando © posicionando- -se com relagio 20 relato, CC descrgfio; camo histeriador, nfo deixa passar desperce- bdo nenhum fato, ago ou acontecimenta, © que confere {0s seus textos uma precsdo particularisima, poesia; seus textos t8m meétrica, rima; hi no cronista uma dedicagao exclusiva a estrutura, E descrigao: narrador defende um ponto de vista e 0 comprova no decorrer da narrative, 52 PORTUGUES | TETRA! 3 Leis o texto a seguir Que de meus othos partays em qual quer parte questeys, em ev coragam fycays enele vos converteys Este 60 wosso luguar, Em que mays certa vos vejo, por que nam quer meu desejo que vos dy possays mudar Epor ysso que partoys, fem qual quer parte questeys, em meu caracam fycoys, pois nele vos converteys, ui Gongaves. 0 texto faz parte da producio humanista na categoria “po- esiapalaciana’. Sobre esse tipo de texto ecaracteristicas de 6poca, 6 incorreto afirmar que: Aa linguagem usada é mais sofisticada que @ das canti- gas trovadorescas. B__asmetoniias (no texto, “olhos", na primeiraestrofe,e “coragao", na ultima, sio bons exemplos) evidenciam- “se como preferéncia pelo uso de figuras estlistices a sofisticacio da linguagem desse tipa de composi no impede que existam repeticées enfticas para fxa- clo de assunto/tema Da poesia palaciana rompe com a misica de acompa~ nhamento eé feita para ser exclusivamente dedamada na corte, em locas sofisticados E a poesia palaciana ¢ fruto da evolugao das cantigas trovadorescas de amigo e niio ha entre elas nenfuma diferenga relevante quanto & concepro da mulher \&, GUIADE ESTUDO Portugués | Livro 1 | Frente 2 | Capitulo 2 L_ Leia as paginas de 159 a 163 I Faca os exereicios de 1 a3 da seco “Revisando”. IIL Faga 0s exercicios propostos de 1 a5. HUMANISMO: TEATRO POPULAR VICENTINO + 0 teatro popular vicentino inicia-se no dia 10 de junho de 1502, ccasiéio do nasci- mento de d, Joi Ill O dra- maturgo portugués epre- senta-se diante da rainha fe apresenta Mondlogo da vaqueiro, também conheci- do come Auto da visitacdia + Aspegas de Gil Vicente po- dem ser categorizadas em autos (nome genérico para ‘qualquer pega escrita em versos), fersas e alegorias; seja como for, s80 todas criticas + Gil Vicente no poupou nenhum estamento social em seus autos ‘+ As pecas mais importantes do autor sao: A trilogia das barcas (Auto da Borca do Céu, Auto da Barca do Infer- no, Auto da Barca do Purgatério), Forsa de Inés Pereira 0 Velho da Horta, + Alinguagem usada pelo dramaturgo é simples, no ha sofisticacio dos cendrios ¢ sua obra nlio obedece as trés unidades do teatro: acio, tempo e lugar © OAuto do barca do inferno é parte de uma trilogia ini- ada em 1517 e dedicada 8 serenissima e muito cat 2 rainha Lionas, nossa senhora, e representado por seu mandado ao poderoso principe e mui alto rei Manvel, primeiro de Portugal deste nome. GilVicerte al i [| Be EXERCICIOS DE SALA 1 Unieamp 2012 05 excertos a seguir foram extraldos do ‘Auto da Barca do inferno, de GA Vicente [..] Fidalga: Que leixa na autea vide quem reze sempre por mt. Diobo: [J tu viveste a teu prazer, cuidando cé guare- cer por que rezem {4 por til..fu} Anjo: Que querés? Fidalgo: Que me digais, ois parti tdo sem aviso, se 0 barca do paraiso esta em que navegais © Auto do Barca do inferno foi escrito em versos redondilhos maiores e menores e construido por meio de ume sucesso de cenas no orientadas para uma Gnica pessoa ou assunto; o elo entre as partes € felto porque todas a5 personagens comparecem 2 um atracadouro (cais) para serem julgadas; Id se encontram as barcas do inferno e do céu, dirigidas, respectivamente, pelo Diabo © pelo Anjo; dessa forma, seus julgamentos ¢ que oferecem Unicidade a obra Cada uma dessas criaturas que ali comparece tem sua vida devassada, revelade sua personalidade, expostos seus viclos; mas é preciso levar em conta que tais personagens 1ndo representam uma instituigao particular, sfo apenas Componentes das instituighes. © objetivo do auto € moralizador; mas no se pode nnegar que, além disso, traz consigo uma faceta que 0 Gramaturgo desenvolveu com uma capacidade impar: Givertir enquanto critica, fazer rir dos deslizes alheios como moda de educar os costumes da época ‘As personagens sto as sepuintes: Diabo (Arrais ou barqueiro do inferno); Anjo (Arrais ou barqueiro do c6u); Fdalgo; Agiota; Parvo (Joancs]; Sapateiro; Frade © sua companheira Florenga; Brizida Vaz (a alcovitera} Judeu; Corregedor; Procurador; Enforcado, Os quatro ‘avaleiras de Cristo. Anjo: Esta é; que me demandais? Fidaiga: Que me leixés embarcar 56 fidalgo de solar, é bem que me recothais. Anjo: No se embarca tirania neste botel divinal. Fidaigo: No sei por que hoveis por mal Que entr’a minha senor. Anjo: Pero vosso fantesia ‘mui estreita & esta barca, Fidalgo: Pera senhor de tal marca nom hé aqui mais cortesia? [..] Anjo: Ndo vindes vés de maneira pera ir neste navio. PORTUGUES | TETRA! 53, Essoutro vai mais vazio: a cadeira entraré eo raba caberé etadovossa senhorio, Vés irés mais espacaso com fumosa senhorio, cuidando na tirania do pobre povo queixoso; e porque, de generoso, desprezastes os pequenos, achar-vos-eis tanto menos quanto mais fostes furnoso. [... Sapateiro:[..] E pera onde € a viagem? Diabo: Pera a lago dos danades. Sapateiro: Os que marrem conjessadas, onde tém sua passagem? Dioho: Nom cures de mals linguagem! Esta 6 a tua barca, esta! LE tu morreste excomungado: iio 0 quiseste dizee Esperavas de viver, calaste dous mil enganos. tu roubaste bem trintanos epove com teu mester [..] Sapateiro: Pois digo-te que ndo quero! Diobo: Que te pés, has-de ir si, sil Sapateiro: Quantas missas eu auvi, nfo me hao elas de prestar? a) Diobo: Ouvir missa, entéa roubar, &caminho per‘aqu. GllVicent. “Auto da Barca do inferno In: Cleonice Serardinel (re) ‘Antolgia do teatro de Gil Vicente. Ro de Janeiro: Nova Frontera: rasa: IML, 1984 .97-9¢ 08: Por que razdo espeeifica 0 fidalgo 6 condenado a seguir nna barca do inferno? € 0 sapateiro? bb) Além das faltas especificas desses personagens, ha uma outa, comum @ ambos @ bastante praticada & época, que Gil Vicente condena, Identifique essa falta ¢ indique de que modo ela aparece em cada um dos personagens. 2 Lela otextoaseguie Ins Andar! Pero Marques seja! Quero tomar por esposo quem se tena por ditoso de cada vez que me vejo. Por usar de siso mero, asno que me leve quero, endo cavalo 16166; antes lebre que ledo, antes lavrador que Nero. Gil Vicente, Forse de nes Pere No tracho, Inés esta viliva de Bras da Mata, 0 escudeiro, , em sua fala, momento em que aceita casar-se cam Pero Marques, hé uma camparago entre o ex-maride e o que se ‘presenta como opcéo para futuro companheiro, a) Aargumentacio da peca em questo foi levada a efei- to apoiando-se em um ditado popular da época. Que provérbio era esse? b)_Faca a devida comparagio entre os homens da vida de Inés Pereira; para tanto, lave em conta o contetido dos versos 6 e 7 da estrofe que acabou de ler 54 PORTUGUES | TETRA! Foldo: bravo, raves, impossvel de domar c]_ Por que tal peca recebeu a denominacio de “farsa”, indo apenas de “auto”? 3 Leia o trecho a seguir; ele faz parte do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente. Anjo sta é; que demandais? Fidalgo Queme deixeis embarcar. Sou fidalga de solar, bem que me recothats. Anjo No se embarca tirania neste bateldivinal Fidalgo NBO sei porque haveis por mal que entre a mi- nha senhorio ‘Anjo Para vossa fantasia mui estreita ¢ esta barca, Fidalgo Para senhor de tal marca néo hé oqui mais cortesia? Venho a prancha e atavio! Levai-me desta ri- beira! Anjo Néo vindes vds de maneira para entrar neste rnavio. Esse outro vai mais vazio: a cadeira en- troré e 0 rabo caberd e todo vosso senhorto Ireis 16 mais espacoso, vés e vossa senhorio, cuidando na tirania do pobre povo queixoso. E porque, de generoso, desprezastes os peque- nos, achar-vos-2is tanto menos quanto mais Jostes fumoso. Diabo A barca, & barca, senhores! Oh! que maré tdo de pratal Um ventozinho que mata e valentes remadores! Depois de ler 0 texto e dele extrairo que aprendeuem dlas- se, escreva o que sabe a respeito da seguinte citacSo: 0 moratisma vicentine localiza os vicios ndo nas instituigdes ou classes saciais, mas nos individuas que as fazem viciosas. bl ih ve 4 Unemat 2011 “Autos” séo modalidades do teatro me- dieval cujo assunto é basicamente religioso. No Auto do Barca do Inferno, de Gil Vicente, © no Auto da Compadeci- da, de Ariana Suassuna, a religigo domina os temas, Assinale a alternativa correta, A A concepcao de religido ¢ formal e solene durante a condenagio ou salva¢o das amas. B Arelagio Deus-homens se dé pelos rituats complexos. CO desfecho moralizante esta em desacordo com os preceitos catdlicos. D Apresenca da oposicéo Deus x diebo divide os com- portamentos humanos entre bem x mal EA abordagem religiosa exemplifica que, no julgamento final, as almas nfo tm salvacio 5 UFPA 2011 (Adapt, il Vicente tem a sua inspracSo I- fda origem do teatro portugués.além de revelar-se um criador de tipos, que atravessaram 0s séculos com moder- nidade indiscutivel, a sua obra é reconhecida pelo domi- nio de linguagem acordada com as stuagBes draméticas Considerando as alternativas abaixo, que dizem respeito & peca O Velho da Horta, assinale @ opgdo que se ajusta cor- relamente ao sentido dessa obra, ‘A. Ovelho apaixonado deixa-se levar por um amor impru- dente e abcecado. BA linguagem da moca € zombeteira, ironia e combina perfeamente com a do velha. © Por meio do encantro apaixanado entee a velho@ ajo- vem, GilVicente capta uma histéra ce amor que cam- pra anésimat “amor no tem idade” D Entra em cena uma aloovitera que oferece seus prés- timos profissionais e desilude o velho quanto 8 posse daamada. E No final, o velho recebe a noticia de que a jovem acei- tariacasarse, mediante um bom date chela de 6 Fuvest 2010 (Adapt.) Considere o Auto do Barca do Jn- Jernge apresente intencao doutrinadora da obra, ou sea, 0 ppropésito de transmitir principios e diretivas que integra doutrinas determinadas. PORTUGUES | TETRA! 55, 7 Mackenzie 2010 Leia texto 2 seguir Chicé Por que essa raiva dela? JoBo Grilo~ 0 hamem sem vergonhal Vocé inda per- qunta? Esté esquecido de que ela 0 deixou? Esté esquecida do exploragéio que eles fazem conosco naquela padaria do inferno? Pensom que sBo 0 co s6 porque enriqueceram, mas um dia ho de pagar € a raiva que ev tento é por aque quondo estava doente, me acabando em cima de wma cama, via possero prato de comida que ela mandave para 9 cacherre, Até carne possado na menteiga tinha. Para mmim nada, Jade Grilo que se danosse. Um dia eu me vingo hic’ — lod, dei de servingatvo que voe# se desora~ ge. Qualquer dio vec inda se mete nur emiulhada seria Axiono Suasuna Ao da Compa Considere as seguintes afirmacées LO texto de Ariano Suassuna recupera aspectos da tradi- 20 dramatica medieval, afastando-se, portanto, da esté- tica dissica de origem greco-romana, Il, Apalavra auto, no titulo do texto, por si sd sugere que se trata de peca teatral de tradigzi0 popular, aspecto confirmado pela caracterizacéo das personagens. IIL O teor critico da fala da personagem, entre outros as~ pectos, remete ao teatro humanista de Gil Vicente, au- torde varios autos, como, por exemplo, o Auto da Barca do Inferno, Assinale: Ase todas estiverem corretas. se apenas Le Il estiverem corretas. se apenas Il estiver correta. se apenas Ile ll estiverem corretas. se todas estiverem incorretas. moo 56 PORTUGUES | TETRA! ( GUIA DE ESTUDO Portugués | Livro 1 | Frente 2 | Capitulo 2 Leia as paginas de 163 a 170. I Faca os exericios 4e 5 da seco "Revisando”. IL Faca 0s enercicos propostos de 6 a14. O CLASSICISMO EM PORTUGAL + Aliteratura clissica em Portugal ocorre durante um dos periodos mais ricos daquele pas: as Grandes Navegagies, a expansdo do Império Portugués as colonizagdes ultramaritimas Insere-se no Renascimento, ‘+ Em 1527, 0 poeta Sa de Miranda traz da Itdlia a chamada “medida nove", ou seja, os ver- sos decassilabos. Cares foi seu adepto mais destacado; escreveu, com ela, cerca de 200, sonetos, + Aépaca em que Caméesse insere colaborou largamente para que a escritor portugues fos- se, mais tarde, considerado um dos expoentes da lingua portuguesa. Comte yar EXERCICIOS DE SALA. | 1 Uepa 2012 A questio estética, na passagem de bod um estilo pare © outro, pode conter certo tipo de Qamor€ lindo violendia simbalice, A estética em vigor costuma no admi- Fae ompossivel tra uilzagdo das formas daanterios Porém oCasscismo amor ¢graga portugués em Camées consegue a superacio desse arece- ——_—Eledé e passa dimento 20 util ‘Antunes, Crown, Monte. Camoré feo sar amedida velha em seus paemas. Diante do expasto, examine as alternativas e marque aquela que demonstre tal afirmasio. Cotejando a letra da cancio com os famosos versos camo- A. “Agora Tu, Caliope, me ensina rianos “Amor é fogo que arde sem se ver/E ferida que déi e O que contou ao Rei o lustre da Gama, no se sente*, afirma-se corretamente que: Inspira imortal, canto e vor divina’” A assim como CamBes, 0s compositores tematizam o B. “Fita de cor de encarnado, ‘amor, valendo-se de uma linguagem espontanea, co- ‘Tao linda que o mundo espanta, loquial, como prova o uso da expresso “cara de vicio” Chove nela graga tanta,” Bo catdter popular da cangao & acentuado pelo uso de CC “Pois Meus olhos nao cansam de chorar redondilhas, trago estiistico ausente nos versos camo- Tistezes, que ndo cansam de cansar-me niianos citados, Pois ndo abranda o fogo em que abrasarme” Ca concepeao de amor como sentimento contraditsrio, D_ “Tres fermoses outeiros se mostravam, tipica de Camdes, esta ausente na letra da cancio, uma Erguidos com soberba graciosa, vez que seus versos nfo se comple de paradoxos. Que de gramineo esmalte Ihe adornavam,” D__aldeiade que adordo amar nao é sentida pelos aman- E “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades tes, presente nos versos de CamBes, & parafraseada ‘Muda-se o ser, muda a confianca; 10s versos “Anda pela estrada/Nao tem compromisso” ‘Todo mundo é composto de mudanga.” E a cangiio reaupera o tom solene e altissonante presen- te n0s versos camonianos. 2 Mackenaie 2010 Leia o texto a seguir Oamor € feio Tem cara de vicio Anda pela estrada Nao term compromisso PORTUGUES | TETRA! 57 Aulas 9 e 10 » Textos para.as questées 3 e4& Texto! Reinando Amar em dois peites, tece tantas forsidades, que, de conformes vontades, Jaz desconformes efeitos. gualmente vive em nds; ‘mos, por desconcerto seu, vos leva, se venko eu, ime levo, se vindes ués. comes Texto Il Fu queria querer-te omar o amor, Construir-nos duletssima pristio; Enconiror a mais justa adequacao: Tudo métrica e rima e nunca dor! ‘Mos 0 vida é reale de viés, E v8 sé que cilado 0 amor me armou: Eu te quero endo queres como sou; Nao te quero endo queres como és Aly, Brata flor do querer. Ah, Bruta flor bruta flor! Caetano Veloce 3 Mackenzie Assinalea alternativa correta acerca do texto | A. Exemplifica o padrao postico do Classicismo renascen- tista, na medida em que tematiza o amor, utllizando-se da chamada “medida nova. B_Embora apresente versos redonailhos, de tradigao me- eval, alinguagem dos versos revela contengiio emotiva, {rage estilstico valorizado na Renascenca CC Revela influéncia das cantigas medieveis, pela sonori- dade das rimas e linguagem emotiva propria da “coita de amor’. D_ Eum texto do Humanismo, pois traz uma reflexio fi- loséfica sobre o sentimenta amoroso, afastando-se, assim, da influéncia greco-romana E Antecipa o estilo barroco do século XVII devido & sua linguagem prolixa, em que se notam ousadasinversbes sintaticas e metéforas obscuras. 4 Mackenzie Com relacio ao texto II, todas as afirmagSes abaixo esto corretas, exceto A. Os versos 3e4 aludem 2 ideia de que a reguleridade mé- ttica erimica € expressdio do desejo de harmonia cosmica 58 PORTUGUES | TETRA! BO sentido de “dulcissima prisio” (v2) opde-se, no con- texto, dideia de “Justa adequacao” (v3) © Qverso “Mas a vida reale de vids” (w.5) faz alusdio 20 tema do descancerta do mundo, também presente na poesia camoniana, DOs versos expressam a ideia de que o desencontro ‘amaroso provoca dor E Orefrdosugere que o desejohumanoé suave, delicado (flor|e, a0 mesmo tempo, violento, indomavel (bruta) 5 Fuvest (Oh! Maldito o primeiro que, no mundo, Nos andas vela pds em seco lenka! Digno da eterna pena do Profundo, Se 6 justa a justa Lei que siga e tenho! ‘Nunca julza algum, alto e profundo, Nem citara sonora ou vivo engenho, Te dé por iss0 forma nem meméria, ‘Mas contigo se acabe o nome ea gldria. ames, Os Lusiadss 2) Considerendo este trecho da fala do Velho do Restelo no contexte da obra a que pertence, explique os dois primeiros versos, esclarecendo © motive da maldigs0, ue neles é langada b) Nos quatro dhimos versos, est implicada ums deter- minada concepcao da fungio da arte, Identifique essa concep ao, explicando-a brevemente, \&, GUIADE ESTUDO Portugués | Livro | Frente 2| Capitulo 3 Lea 2s piginas de 179 a 181 I Faca os exereicios 1¢ 2 da seco "Revisando”. IL Faga 0s exercicios propostos de 1 a. CAMGES EPICO: Os LusiADAS + Aestrutura de Os Lusiadas é feita em dez cantos, em citava rima (ABABABCC); 0 poema possui 8816 versos decassilabes. + Aestrutura da epopeia tem cinco partes: proposicéo, invocagio, dedicatéria, narragao e epilogo. + Q niicleo temética da epopeia é a viagem de Vasco da Gama as indias; Vasco é 0 seu heréi coletivo & representa o povo portugues + Ahistéria de Portugal é recontada por CamBes até 0 fim do século XV + Aobra ¢ dedicada a d, Sebastifo, ret de Portugal. Frente2 Aulas (Setestealtsnp! Cams, frontipicioda primera pagina de Os Lusiodos, 2a edigfo, 1584 ee EXERCICIOS DE SALA J 1 urscar Leia o texto seguic Fartimo-nes assim da santo templa Que nas praias do mar esté assentado, Que o nome tem da terra, para exemplo, Donde Deus foi em carne a0 mundo dado. Certifco-te, 6 Rei, que se contemplo Como fui destas praias opartado, ieio dentro de divida e receio, Que a penas nos meus olhos ponho o frei. Camies,Canto 4°87 la Ostusiadas. O wrecho faz parte do poema épico Os Lusiadas,eserto por Luis Vaz de Camées e narra partida de Vasco da Gama para a viagem as nis. 2). fm que estilo de época ou época histérica se situa a obra de Camdes? bb) Para dizer que o nome do templo é Belém, CamBes faz uso de uma perifrase: “Que o name tem da terra, para exemplo,/Donde Deus foi em carne ao mundo dada” Em que outro trecho dessa estrofe Camées usa outra perifrase? PORTUGUES | TETRA! 59, ulas 11 e 12 2 Fuvest 1, 8614, puro amor com forca crua, Que cos coragées hurmanos tanto obriga, Deste causa @ malest@ morte suo, Como se fora, inimiga. Se dizer, fof Amor, que a sede tua Nem com lagrimas tristes se Pit, E porque queres,dspero e tirana, Tuas Gf banhar em sangue humana. ‘Games, Os usads. an 8) Considerando-se a forte presenga da cultura da Anti- uidade Clissica em Os Lustadas, a que se pode referir ovocébulo Amor, grafado com maidscula, no S®verso? 3 Unesp (Adant) Cessem da sdbia Grega edo Traiano As navegacées grandes que fizeram; Cale-se de Alexandre e de Trajano ‘Aforna das vitérias que tiveram; Que eu canto o peito iustre Lusitano, ‘A quem Neptuno e Marte obedeceram. esse tudo 0 que Musa antiga canto, Que outro valor mais alto se alevante. Camées Os Lasodas Canto. ms leitura atenta da estrofe citada revela que o conteudo dos primeiras seis versas & retomado e sintetizado nos til- ‘timos dois verses. Interprete a estrofe de acordo com essa observacdo, tendo em vista o.universo da obra Os Lusiadas b) Explique o verso “Tuas aras banhar em sangue huma- ‘no’, relacionando-o 8 historia de Inés de Castro. 60 —- PORTUGUES | TETRA! 4 PUC-PR Leis os textos a seguir Fala do Velho do Restelo ao Astronauta ‘Aqui na terra a fore continua Amiséria e 0 luto Amiséria eo luto e outra vee a fome Acendemos cigarros em fogos de napalm Edizemos amor sem saber o que seja. Mas fizemos de ti a prove da riqueza, Qu talvez da pabrezo, e da fame outra vee, E pusemas em ti nem eu sei que desejos De mais alto que nds, de melhor e mais pura, No jornal soletramas de alhos tensos ‘Maravilhos de espaco e de vertigem. Salgados oceanos que circundam thas mortas de sede onde nfio chove. Mas 0 terra, astronouta, é boo mesa (és bombos de napalm so brinquedos) Onde come brincando s6 « fome 58 a fome, astronguta, s6 a forme, José Saramago. Poemas posivis. ‘Mar portugués Omar salgada, quanto do teu sal So ligrimas de Portugal! For te cruzarmas, quantas maes choraram, Quantos filhos em vio rezaram! Qrantas noivas ficarom por casar Fara que fosses nosso, 6 mar! Valeu @ pena? Tudo vale a pena Sea alma néo é pequena. Quem quer passar além do Bojador Tem que passor além da dor Deus ao mar 0 perigo e 0 abisma deu, Mos nele é que espelhau o céu, FernandoPessoa, Mensagem, Episédio do Velho do Restelo Oogléria de mandar, 6 va cobica Desta vaidade a quem chamamos Fama! © froudulento gosto, que se atica Cuma aura popular que honra se chamat Que castigo tamanho e que justiga Fazes no peito vio que muito te amal Que mortes, que perigas, que tormentas, Que crueldades neles experimentas! Combes 0s Lusiades Canto Os textas de Fernando Pessoa e de José Saramago sto in- tertextuais em relag30 ao episodio do Velho do Restelo. Re- fletindo sobre @ visdo desses dois autores lusos, assinale a alternative correta A Saramago nao faz referéncias criticas aos valores éticos ou existenciais, detendo-se na questo da guerra e do progresso. 8. Fernando Pessoa estabelece uma relaggo irdnica com © texto camoniano, pois parodia o tom grandiloguente da fala do Velho do Restelo, valendo-se de apéstrofes COs versos de Fernando Pessoa se assemelham aos do episédio do Velho de Restelo pela auséncia de perso- nificagdo. D__ Saramago e Fernando Pessoa nio se valeram da perfei- Go formal camoniana, © que invalida o teor intertex- tual, que compreende apenas estrutura e contetido, E Saramago apresenta uma critica universalizante que retoma 0 alerta feito pelo Velho do Restelo, atuali- zando-o. ae GUIA DE ESTUDO. Portugués | Livro 1 | Frente 2 | Capitulo 3 Leia a8 paginas de 182 a 191 I Faca os exericios de 3 a5 da seco “Revisando”. IL Faga 0s enercicios propostos de 6 a 10. PORTUGUES | TETRA! 61 Sh SEES ve CAMGES LiRICO + 05 redonaithos s80 conhecidos também como “medida velha”, + Cames escreveu 4 maneira tradicional, ainda medieval + Os sonetos foram trazidos para Portugal por S4 de Miranda, mas ganharam notoriedade por meio de Camées. ‘+ Omaneirismo indica a angustia do homem diante da Santa Inquisicdo e prepara o apareci- mento do Barroca, + CamBes escreveu poemas feitos de um lirisma que pe em destaque os sentimentos e as, grandes emacBes humanas, Sidenarande. Jap EXERCICIOS DE SALA [HSS + 1 Unifap 2022 Leia o texto a seguic b) Mentifique e transcreva duas caracteristicas do Classi- cismo na lirica camoniana O dia em que nasci morra e perega O dia em que nasci morra e pereca, Bo 0 queira jamais o tempo dar; No tarne mais 0 Mundo, ¢, se tornar, Eclipse nesse passa 0 Sol padega. Aluz Ihe fate, 0 Sol se the escureca, Mostre 0 Mundo sinais de se acabor, ‘Nascam-lhe monstros, sangue chove o or, » Textos para a questo 2 A mie ao proprio fhe ndo conheca. Texto! As pessoas pasmadas, de ignorontes, a utopia fiscal As légrimas no resto, a cor perdido, Guidem que 0 Mundo jé se destrui Bolaram um imposte interessante na enésima reforma tributéria 6 gente temerosa, nda te espantes, que iriareduzir o “necessério” Que este dia deitou a0 Mundo a vida e enorme carga em cima do elefante Mois desqragada que jamais se viu! Glauco Mattso|século Lube de Cartes I: Leroturocomentada S80 Fai: Nove Cua, 1950, Texto 1! ‘Amor é fogo que arde sem se ver a) Como se revela o estado de espirito do eu lirico? ‘Amor é fogo que arde sem se ver; Eferida que doi e ndo se sente; um contentamento descontente; Edor que desatina sem doer; Combes (eculo vm) 62 PORTUGUES | TETRA! 2 0s dois trechos que vocé acabou de ler encontram-se distanciados entre si por 500 anas. Glauco Mattoso é poeta contemporanea e faz critica sobre como se conduz a ques- ‘So fiscal no Brasil atual; CamBes compe um texto lirico que trata do sentimento humano por exceléncia: 0 amor Dentre as alternativas a seguir, assinale aquela em que a referéncia estrutural e 2 postura do eu postico esto cor- retas, A Trata-se, em ambos, do uso da forma fixa. Hi, no pri- meiro texto, critica social, ¢ 0 satirico se ressalta; no) segundo, 0 eu lirico enumera as caracteristicas ambi- gues do amor BE possivel encontrar em ambos 0 uso dovverso decassi labo como estrutura; no primeira, ha o eu poética sa- tirica e, na segundo, o eulirico pode ser entrevisto no emprego da estilistica da repeticio CO primeiro texto serve exclusivamente para criticar a sociedade de nosso tempo, e o segundo para falar de antiteses e paradoxos, Em ambos, é possivel reconhecer o uso sistematico dos redondithos maiores e o eu postico no pode ser dife- rendado. E Trata-se, em ambos, de uso dos versos alexandrinos, no primeiro, o tema abordado contemporaneo €, no segundo, o tems é universal » Textos para as questées 3.6 4, Texto! SABBIGE rios que vio por BabilOnia, me achel, onde sentado choret as fembrancas de S88 equanto nelo passei. Ali, 0 so corrente de meus olhos foi manado; @ tudo bem comparado, Babilénio ao mal presente, Sao 0 tempo passado, Ed Mas 6 tu, terra de Gléria, se eu nunca vi tua esséncia, como me lembras na auséncia? Nao me lembras na meméria ssendo na reminiscéncia, us de Camses poeta co lascemo geruguts. solos es que woo. ‘Sbbolos: sobre os, ‘SiBo:lerusslem — oh SENSU) ve Texto De uma ver cathou lermos Sébolos ras que véo. Contava-se af da Babilinia © da Jerusalém celeste. [..} A lerusalém & nossa, mas canstruimo-ta to lange, to den- {ro do nosso violenta inquietagdo, que sb a sua miragem nos visita de quando em quando, @ hora das ratzese das sombras, ‘eralio Ferreira (esrterportugués contempor’neo}. paride. 3 Mackenzie 2010 Considerando a leitura dos dois textos, assinale a alternativa correta a respeito do texto L A. A constatago de um “mal presente” (verso 09) ¢ a idealizacao do “tempo passado” (verso 10), identifica doa “terra de Gloria” (verso 11), sS0 indices do neopla- tonismo camoniano. BO texto nega uma visio espiritualista de mundo, na medida em que 0 poeta afirma nunca ter visto a “es- séndia’ (verso 12) da terra santa € _Osversosironizam a idealizagdo de “Batilonia” (verso 02), considerada pelo poeta como “terra de Gkiria” (verso 11), Deu lirica canta as elérias de Portugal, terra to aben- coada quanto a “Jerusalém celeste” (linha 02). E Aideslzagdo ds terra santa tem como causa a elacSo es- pecular entre 0s “rvs da Babilbnia” (versos 01 € 02) € 0 “rio corrente” (verso 06) dos olhos do poeta 4 Mackenzie 2010 Considerando a leitura dos dois textos, assinale a alternativa correta, A. Otextolé pardédia do texto |, trago estilistico que defi- ne sua contemporaneidade. BO texto ll dessacraliza o sentido da idealidade ao con- cebé-la como construgdo humane, e nao divine, como prova 0 trecho A Jerusalém & nossa, mas construl -fa 30 longe, tio dentro danossa violenta inquietagio” inhas 02 03), C Embors escritos em epocas diferentes, le llconvergem num ponto: ambos concebem a cidade de Jerusalém como patria dos portugueses, por suas caracteristicas| geograficas e histéricas DO texto I vale-se de linguagem metaférica ~ “hora das raizes e das sombras" (linhas 04 05) - recurso literd- o- rio ausente no texto | Emil, onarrador eritica o descaso da humanidade para com 0 pasado cultural, concebido atualmente como “miragem e sombras” (linhas 04 e 05). PORTUGUES | TETRA! 63 ulas13e 14 5 IFSP 2012 Leia o poema de Luis de Camées. Tanta de meu estade me acho incerta, Que em viva ardor tremendo estau de rio; Sem causa, juntamente chara e rio; O mundo todo abarco e nada operto. E tudo quanto sinto um desconcerto; Da alma um fogo me sai, da vista ui rio; Agora espero, agora desconfio, Agora desvorio, agora certo, Estando em terra, chego 00 Céu voando; ‘Numa hora acho mil anos, eé de jeito Que em mil anos no posso achar uma hora. Se me pergunta alguém por que assim ando, Respondo que ndo set; porém suspeito Que sé porque vos vi, minha Senhora. Disponivel em: wares stesuo.com be/hadecar. Mi: Aleitura do poema permite afirmar que o eulirico se sente: A. confuso, provavelmente pelo amor que tem por uma senhora. B alegre, provavelmente porque seu amor € correspon ido triste, provavelmente porque no consegue amer nit guém, D desconcertada, provavelmente porque a senhora 0 ama demais. E perdido, provavelmente porque foi rejeitado pela amada, 64 PORTUGUES | TETRA! \&, GUIADE ESTUDO “Portugués | Livro | Frente 2| Capitulo 3 Leia 2s pias de 191 8196 I Faca os exericios 6e 7 da segfio "Revisando”. IL Faca 0s enercicios propostos de 11.215, Frente? Aulas O QUINHENTISMO NO BRASIL © OQuinhentismo nao é uma escola literéria. + Vigjantes e cronistas escreveram sobre o Brasil recém-descoberta + Acarta, de Pero Vaz de Caminha, é 0 legado histérico mais importante daquela época + A carta apoia-se nestes aspectos: pade haver ouro e prata na terra; os ares e a terra so bons; a terra é especialmente bos para 0 cultivo; é preciso haver a cristianizacao dos indios. + Ocxstico e o nativismo so componenttes de A carta. ‘carta, de PeroVar de Caminha. we i ee ie EXERCICIOS DE SALA 1 UEMG 2012 Leta estes trechos Explcte, comparando os dois trechas, a relaglo existente entre os atos de nomear e tomar posse. ‘Trecho 1 Glombo sabe perfeitamente que as ithas jd tém nome, de uma certa forma, nomes naturais (mas em outra acep- sao do terme) as polavras dos outros, entretanto, nao Ihe Jnteressam muito, # ele quer rebatizoros lugares em fun¢io do lugar que ocupam em sua descoberta, dar-thes nomes |ustos a nomeagéo, além disso, equivale a tomar posse. TrevetanTodoroe A conqusta do America Sho Pauo: Martins Fortes, 1993, p. 27, Trecho 2 LJ @ 6 quarta-feira seguinte, pela manhd, topamos aves a que chamam fura-buchas e neste dia, a horas de vés- pera, houvemos vista de terra, a saber: primeiramente dum grande monte mu alto e redondo, e de outras serras mais bbaixas ao sul dele, e de terra cha com grondes arvoredos: 0 qual monte alto o Capito pés nome o Monte Pascool, © terra o Terre da Vera Cruz, oto Var de Cam oha, Carta ao Rei Dom Manuel. Bela Herizonte: ‘risdid, 2002, 17 PORTUGUES | TETRA! 65. ulas 15 e 16 2 uFRGs Assinale com V (verdadero) ou F (Faso) as afr maces a seguir sobre a literatura de informagic no Brasil [_ Acarta de Pera Vaz de Caminha, enviada a0 el d, Ma~ uel | drculou amplamente entre a nobreza © © pou portugues da época {| 6s textos informativos apresentayem, em geral, uma estrutura narrative, pois esta se adaptava melhor aos cbjetivos dos autores de falar das coisas que viam. [J os textos que informavam sobre 0 Novo Mundo des- pertavam grande curiosidade entre o pablico europeu, estandoos de Américo Vespicio entre os mais divulga- os no inicio do século XVI [Pero de Magalhies Gandavo € 0 autor dos textos “Tra- tado da Terra do Brasil” e "Histéria da Provincia Santa Cruz a que Vulgarmente chamamos de Brasil” A sequéncia correta de preenchimento dos parénteses, de cima para baivo, é: A moos tnehn D eink r hein 65 PORTUGUES | TETRA 3.4 carta de Pero Vaz de Caminha, escrita ao rei d, Manuel, 9 Venturaso, em 1500, deu origem a varios po- cemas de Oswald de Andrade, que se enfeixam sob 0 titulo de “Histéria do Brasil” na livre Rau Brasil (1924) Leia um exemple. Adescoberta Seguimos nosso caminho por este mar de longo Até 9 oltava da Pascoo Topamos aves Ehouvemes vista de terra CO trecho original do escrivio-mor da esquadra de Cabral é Eassim sequimas nosso caminho, por este mar de lon- 90, até que, terca-felra das Oitavas de Pascao, que foram 21 dias de abril, estando da dita tha obra de 660 ou 670 éguas, segundo os pilotos dietam, topamos alguns sinais de terra, os quais eram muita quantidade de ervas compridas, @ que os mareantes chamam botelho, assim como outras 0 que dao 0 nome de rabo-de-asno. E quarta-feira seguinte, pela manhd, topamos aves a que chamam fura-buros. ota Var de Caminha. A corta.Disponivel en: GUIA DE ESTUDO Portugués | Livro | Frente 2 | Capitulo 4 L Leia as paginas de 209 a 212 I Faca os exereicios 1e 4 da seco "Revisanda’. ML Faga (os exercicios propostos de 1 a7. PORTUGUES | TETRA! or + Aliterstura de viagens pde em destaque o exbtico, 0 fitoresco; tinha como objetivo vender os livretos feitos pelos autores nas capitais europeies. Ndo eram textos oficiais. + José de Anchiets fez obra de catequese, inclusive o te- atro. Ele 6 0 responsével pela fundaglo do teatro no Brasil + Oteatra desse jesuita maniquelsta, cu seja, coloca fem destaque, no palco, a luta entre o bem (santos & anjos) e 0 mal (deuses indigenas) wae it a ze EXERCICIOS DE SALA 1. PUC-RI (Adapt.) Leis os textos a seguir Texto! Estes indias sto de cor baca, e cabelo carredio; tém o rosto amassada e algumas feicbes dele & maneira de chi- Pela maior parte sao bem dispostos, rijos e de boa es- taturo; gente mui esforcada, e que estima pouco morrer, temeréria na guerra, e de muito pouca consideragéo: so desagradecidos em grande maneira, e mui desumanos e cruéis, inclinados 0 pelejar e vingativos por extreme. Vivern todos mui descansados sem terem outras pensomentos se- ndo de comer, beber, e matar gente, e por isso engordom muito, mas com qualquer desgoste pelo conseguinte tor- nam ¢ emagrecer, e multas vezes pode deles tanto a imagi- acto que se alqum deseja a morte, ou alquém Ihe mete em cabeca que hé de morrer tal dia au tal noite no passa da- quele termo que nfia morra. So mul inconstantes e mudé: vels: creem de ligeiro tuda aquilo que thes persuadem por dficuttoso e impossivel que seja, e com qualquer dissuastio facitmente 0 tornam logo a negar Stio mui desonestos e do- dos d sensualidade, e assim se entregam aos vicios como se nefes néio houvera razto de homens: ainda que todavia 2m sev gjuntamento os machos # fémens tém o devido res~ guardo, e nisto mostram ter algume vergonha. ero de Magalies Géndave in: Cronistas voiantes Uteratura ‘comentada, Séo Paul: Abr Cultural, 2982, p. 33 68 — PORTUGUES | TETRA! QUINHENTISMO: A LITERATURA DE VIAGENS EA LITERATURA JESUITICA Padre Anchiew Textoll Firmo, © otual amante de Rite Baiana, era um mulato pachola, delgado de corpo e dgil camo um cabrito; capo- dcio de marca, pernéstico, sé de magadas e todo ele se quebrando nos seus mavimentos de capoeira. Teria seus rrinta e tantos anos, mas nfo parecia ter mais de vinte e poucos. {...} Fra oficiat de torneiro; oficial pertto e vadio; gonhava uma semana para gastar num dio; ds vezes, porém, os da- dos ou a roleta multiplicavam-the o dinheiro, e endo, ele {fazia como naqueles ultimos trés meses: afogava-se numa bog péndega com a Rita Baiana. A Rite ou outra, “O que Go faltava por aieram soias paro ajudar um homem cus- iro cobre na boca do diabo!” Noscera no Rio de Janeiro, na Corte; militara dos doze ‘0s vinte arias em diversas maltas de capoeiras; chegara 9 decidir eleigBes nas tempos da voto indireto. Deixou nome em varias frequesias e mereceu abracos, presentes ¢ pala- wras de gratidéo de alguns importantes chefes de partido, Chamava a isso a sua época de paixdo politica; mas de- pols desgostou-se com o sistema de governo e renunciou ds lutas eleitorals, pois néfo conseguira nunca o lugar de continuo numa reparticdo piiblica = 0 seu Teal! ~ Setento mil-rgis mensois: trabalho das nove ds trés. iso Azevedo. Ocortiga, So Paulo: Martins, 1972, 176 0 texto I foi escrito no século XVI; @ 0 texto II, no século XIX So, respectivamente, trechos de uma erénica de um viajante europeuno Brasil e de um des mais conhecidas ro- mances naturalistas brasileiros. Apesar da distancia tempo- ral que os separa, observa-se, em ambos, a presenca de uma isio pejorstiva ligada @ ideia de ociosidade das personagens, Comente com suas préprias palavras essa afirmativa e retire um trecho de cada um dos dois textos que comprove a sua resposta 2. Ufam 2013 Marque a opcao que nose relaciona, direta ou indiretamente, 20 periodo em que aconteceu a chama- ds literatura dos viajantes © dos jesuitas. [A As obras dessa fase refletem certos aspectos da reali dade brasileira, evidenciando tragos de uma conscién- dia nacional B_ As concepgées medievais perdem espaca para os no- vos conceitos e valores fundados na idedrio renascen- tista Esse ciclo da literatura brasileira carrespondeu 20 mo- ‘mento inicial da colonizagio de nosso pals. D_ Os textos carresponderam & necessidade de informa- Bes que confirmassem a viabilidade econdmica da empresa colonial E Viveu-se um periodo de delirio © espirito aventurei- ro, com a “descoberta” de novas terras e povos tides como exaticos. — ih EST ve 3 Unirio Leia otexco a sepuir Esta virtude estrangeira me irrita sabremaneira Quem a teria trazido, coms seus hébitos polidos estragando a terra inteira? [..} Quem ¢ forte como eu? Como eu, conceituado? Sou diabo bem assado, a fama me precedeu; Guaixaré sou chamade [..] Que bom costume é bailar! Adornar-se, andar pintado, tingir pernas, empenado fumar e curandetas andar de negro pintado. [...} Para Fsso com os Indias convivi Vem 0s tais padres agora com regros fora de hora para que duvidem de mie. Lei de Deus que no vigora. Jost de Anchleta. “Auto de S80 Lourengo” Teatro de chit Sho Paulo: Loyola, 61-2 Aleitura de Anchiata nos permite afirmar que a acio da Companhia de Jesus no processo da colonizacio do Brasil foi marcada pela(o} A completa aceitagao das préticas culturais indigenas e pela sua incondicional defesa diante da Coroa Portu- guesa. B intolerancia radical com rela¢io a comunidades in- igenas e pela defese da escravizagao indiseriminada dessas comunidades, Caceitaggo da culture indigene e afirmacao dos seus ve~ lores em detrimento das bases culturais do catelicismo ocidental 1D mecanismo de apropriagéo da cultura indigena, utilizan- do seus elementos como farma de empreender a cate- quese dos nativos, sob 05 maldes eatdlicos. E _indiferentismo em relagdo a cultura indigena, por ser considerada demoniaca e irrecuperével, mesmo diante dos ensinamentos cristdos. PORTUGUES | TETRA! 6 ulas 17 e 18 4 Leis o texto a seguir Primeiro ato Cena do martirio de So Lourenco Gantam: Por Jesus, meu solvador, Que morre por meus pecados, estas brosos morro assado Com fogo do meu amor Bom Jesus, quando te vejo Na cruz, par mim flagelado, uy por ti vivo e queimado Mil vezes morter desejo ois teu sangue redentar Lovou minha culpa humane, Arda eu pois nesta chama Com fogo do teu amor fogo do forte amor, ‘Al, meu Deus! com que me amos ‘Mais me consome que as chamas E brasas, com seu calor Disponivel em: e4rtualbooksterra.combitreebook/por/sownlond/ ‘auto, de Sao, Loutenea, pf ‘Ao chegar ao Brasil, o jesulta Anchieta iniclou sua cateque- se utilizando-se do teatro em versos; cam 0 abjetivo de cristianizar 08 Indios, instituiu apresentagdes em que eles eram parte: havia cantos, danca, partes escritas em tupi e-em espanhol. Seus temas religiosos, a estrutura de sua dramaturgiae otipo de apresentagao o colocam muito pré- ximo da produgao do dramaturgo portugués Gil Vicente. A diferenca entre eles € que A Gil Vicente fez teatro religioso, mas apenas para os reis catalicos portugueses da €poce, d. Manuel e dona Maria B Anchieta fez apenas teatro de catequese; Gil Vicente, ainda que sobre temética catdlica, fez autos em prosa, eseuinteresse era atingir a nobreza com duras criticas © Anchieta fer teatro catequético para conversio dos indigenas; Gil Vicente fez autos de temas variadas, permeados de temas religiosos e de criticas a todos os estamentos sociais de sua época (criticou, indusive, 0 dero} D_ Anchieta dedicou-se & educagao indigena com seus au- tos € Gil Vicente critica essencialmente social E Anchieta fez teatro religioso, mas se especializou tam- bem em divertr, fazer rir e pensar 70 PORTUGUES | TETRA! \&, GUIADE ESTUDO "Portugués | Livro 1 | Frente 2 | Capitulo a L Leia as paginas de 212 a 217. IL Faca os exercicios Ge 8 da seco "Revisanda”. ML Faas exercicos propostos de 8 a 16. FRENTE U INTERPRETACAO meta, DE TEXTO bi bgp ily Frente Unies Aula = Arelacao parte/todo AnogSode parte/todovsle para qualquer tipo de texto, seis um poema de Gregério de Matos, seja um quadrinho; a diferenca € que neste temos © emprego da linguagem verbo-wvisual Como todo texto, 0 quadrinho € composto por partes que se articulam e que sto colocadas ern uma ordem que atende a um objetivo: criar humor por meio de uma quebra de expectativa Veja o exemplo a seguir, extraido do vestibular da Unicamp. Unicamp 2004 Hugo Falko de Poul, Sout, 2003. pF Jogos de imagens e palavras sto caracteristicas da linguagem de histéria em quadrinhos. Alguns desses jogos podem remeter a dominios especificos da linguagem a que temas acesso em nosso cotidiano, tais como a linguagem dos médicos, a linguagem dos economistas, a finguagem dos focutores de futebol, a linguagem dos surfistas, dentre outras, £ oque ocorre no tira de Laerte, acima apresentada, 9} Transcreva as passogens da tira que remetem a dominios especificos e explicite que dominios sdo esses. b) Levando em consideragae as relacées entre imagens polavras, identifique um momento de humor na tira e expli- que como é produzido. Consideremos apenas o item b. Nota-se que a expec tativa foi quebrada no ultimo quadrinho, momento do hu- ‘mor; isso significa que os quadrinhos anteriores precisam ser relidos 8 luz da totalidade, Assim seré com os demats textos verbats, visuals ou verbo-visuals; no se interpreta a parte pela parte. Inserir “a parte” no lugar “do todo”, no nivel das ‘ie ures de linguagem, € empreger uma sinédogue (tipo de 72 _INTERPRETACAO DE TEXTO | TETRA! ASPECTOS DO TEXTO | metonimia), recurso expressivo muito presente na lteratu- ra, na fotografia e no cotidiano; por exemple: “no cair da ‘tarde, nas avenidas agitadas, pernas cansadas, rostos fati- ‘gedos, m&0s sujas; € 0 trabalho deixendo suas marcas”. Os substantivos “pernas", “rostos" e “mos” sao parte de um ‘todo, 0 ser humana, O contexto A palavra “contexto” significa situacta. Na teoriada co- municagao, contexto € o referente, a situago de comuni- cago (por exemplo, a sala de aula). A lingua, por exemplo, varia de acordo com 0 contexto: emprega-se linguagem co- loquial quando existir informatidade; culta, quando houver formalidade (com algumas excegées). = Campedo, solta uma geladal (No boteguim,) = Por gentileza, ums cerveja, (Almogando com o cliente em um restaurant chique. ‘Se empregamos diferentes maneiras de falar consoan- ‘te 0 contexto, também as palavras podem mudarde signifi- cado de acordo com ele. Observe. @) Voce gostou da pega? Os atores sao 6timos! bb) Naagencia, o diretor de arte nao aprovou a pega. Quer bife ou a pega inteira? No primeiro caso, “pega” ¢ o espetéculo teatral; a pa- lavra “stores” contextualiza “pega”. No segundo, a pelavra “agéncia" © 2 exoressdo “diretor de arte” possiilitam 4 contextualizacéo; trata-se de uma peca publicitaria, isto , um comercial, um aniincio, um outdoor ete. 14 no terceiro, © vocabulo “bife” deixa claro que “peca” remete a um pe- daco da carne. O-contexta pode ser entendido como um todo que de- codifica o significado da parte; esse “todo” seré represen- tado por um texto, um pardgrafo, uma frase ou até mesmo ‘uma palavra que ajuda na contextualizacio da outra, como ‘nos exemplos citados anteriormente. SS EXERCICbOs BE SALA PAA A se 1 Unifesp 2013 (Adapt.) H8 cerca de dais meses, @ jor- ralsta briténica Rowenna Davis, 25 anos, fol furtada. 56 que nfo levaram suo cartera ou seu carro, mas suo iden- tidade virtual Um hacker invadiu e tomov conta de seu email e ~ além de bisbilhotar suas mensagens e ter aces- s0 0 seus das bancdrios ~ passou a escrever aos mais de Smnilcontatos de Rowenna dizendo que ela tenia sido assalto- ch em Modrie pedindo aluce em dinhera Quando ela escreveu para seu endereco de email pedin- cb ao hacker co menos sua lista de contatos profissionais de volta, Rowenna teve come resposta a cabranca de RS 1,4 mil fo se negeu a pagar, a policia nfo fez nada. A jornalisto sé retemou 0 controle da © mail parque um amigo canhecia um {finciandrio da provedar dacanta, que desativeu 0 pracessa de verificordo de senha criado pelo invosoc Golie, des. 202% |Adapt) As informagies do segundo pardgrafo permitem conduir que o hacker tentou: A extorquir a jornalista pedir um donative & jornalista negociarlegalmente com a jornalista eimirse da culpa pela invasio da conta do email moos reconhecer seu erro, Cee ee ary =n Cartaeafixado nas bibliotecas centrale esetriais da Universidade Federal se Gols UFG|, 2011, Considerando-se a finalidade comunicativa comum do gé- nero € 0 contexto especifica do Sistema de Biblioteca da UFG, esse cartaz tem fungdo predaminantemente: A socializadora, contribuindo para ia popularizacio da arte, B__sedutora, considerando a leitura como uma obra de arte. CC estética, propiciando uma apreciagao despretensiosa da obra D educativa, orientando 0 compertamento de usuérios de um service E _contemplativa, evidenciando a importancia de artistas internacionais, 3 Enem 2015 Hepatite éassim. [perso uea Dia Mardis! Contra Hepatte ts nam esse patent wteatars asta tap ah fas eta bom simple ros ecb at te see adc maue bem autor Algumasraneas dese pre dsSanir ember cco ede datinsom pon “aitanotseestronco¥snescahisoecetctede a inna SN ) DisponWvel em: //farmS.statiefll.comabr>. Acosso em: 26 out. 2011. (Adapt). INTERPRETAGAO DE TEXTO|TETRAI 73, Nas pecas publicitarias, vérios recursos verbais ¢ no ver- bais sfo usados com 0 objetivo de atingir 0 publico-alvo, influenciando seu camportamento. Considerando as infor- maces verbais e no verbais trazidas no texto a respeito dda hepatite, verifica-se que A © tom lidico é empregado como recurso de consoli- dago do pacto de confianga entre 0 médico e a po- pulagao. B _afigura do profissonal da sade ¢ legitinada, evocando- -s200 discurse autorizado como estratégia argumentativa, C ouso de construgées cologuisis @ especificas da ora- lidade so recursos de argumentagdo que simulam 0 discurso do médico. D_ aempresa anunciada deixa de se autopromover a0 mostrar preocupaco social e assumir a responsabili- dade pelas informactes. E odiscurso evidencia uma cena de ensinamento did tico, projetado com subjetividade no trecho sobre as maneiras de prevengio. Disponiel em: cwww vancabral com Acesso emi 27 feu 2012 O efeito de sentido da charge € provocado pela combina- G20 de informagies visuais e recursos linguisticos. No con- texto da ilustracdo, a frase proferida recorre & A polissemia, ou seja, aos miultiplas sentidas da expres- sto “rede social” para transmitir a idela que pretend veicular B_ironia, para conferir um novo significado ao termo “ou- tra coisa’, CC homonimia, para opor, a partir do advérbio de lugar, 0 e5- pao da populacdo pobre e a espaco da populagao rica D__personificagao, para opor o mundo real pobre ao mun- do virtual rico. E _antonimia, para comparar a rede mundial de computa- ores com a rede caseira de descanso da familia, 74 _ INTERPRETACAO DE TEXTO | TETRA! 5 Unicamp 2016 Py VAMOS DISCUTIA O WUMERO DE QUTODORS EM SAD PAULO? VAMOS. WANS DISCUTIA O QUE E PRIDRIDADE TIRAR DAS RUAS? VAMOS? tenement mnt PRA A publicidade acima foi divulgada no site da agéncia FAMIGUA no dia 24 de janeiro de 2007, véspera do ani- versirio de Sdo Paulo, no perfoda em que foi proposta a campanha "Cidade Limpa" Na base da foto, em letras bem pequenas, esté escrito: Tomar, mas tomera mesmo, que nos proximos aniversérios © paulistane comemore uma cidade nova de verdade, Considerando os sentidos produrides por esse aniincio, ¢ correto afirmar: A. As duas perguntas e as duas respostas que configuram texto do outdoor na publicidade acima pressuptem que (5 paulistanos estio discutindo 0 niimero de outdoors © também o abancdono de muitos dos moradores da dade BO texto escrito em letras pequenas tem a fung3o de exortar 0s paulistanos a refletir sobre as proximas elei- «bes e sobre como fazer para que seja estabelecido um conjunto de prioridades socialmente relevantes para toda a sociedade. C Apublicidade pretende levar os leitores a perceber que 4s prioridades estabelecidas pela gestio municipal da cidade no permitem que os paulistanos enxerguem os verdadelros problemas que estiio nas ruas de Sao Paulo. DA publicidade, composta de texto verbal imagem, ‘tem como objetivo principal encampar 0 projeta “Cida- de Limpa’ elaborado pela gestio municipal e também propor a discussao de outras prioridades para a cidade, GUIA DE ESTUDO. Int. de texto Livro Unico / Frente Unica / Capitulo 1 L Leia as paginas 7 e& I Faca os exercicios 1€ 2 da seqao "Revisando”, IL Faca os exerckcios propostos de & a7, ASPECTOS DO TEXTO II ™ Texto e conhecimento de mundo A compreensio de um texto pode exigir do leitor um conhecimento de mundo, relacionado a uma ciéncia, a uma arte ou a uma vivéncia do cetidiano. A questio 2 se- -uir € um exemplo. Enem 2012 ‘Assine Nossa Revista ¢ com mals iene. lew tantén s Versio digital faratabat 9PC port anoemeia. Disponfvel em: cwwmassineabilcom br ‘Reesso em: 29 feu 2042 [Acape Com © advento da internet, os verses de revistas livres também se adaptaram as novas tecnologia. Aanélise do texto publicitério apresentado revela que o sur- gimenta das novas tecnologias: A proporcionou mudangas no paradigma de consumo cferta de revistas e livros, incentivoua desvalorizagéo das revista e livos impressos, Vabilizou a aquisicdo de novos equipamentos digitais. aqueceu o mercado de venda de computadores. diminuiu 05 incentives a compra de eletrdnicos. moo Para 0 entendimento da questo da prépria publici- dade, € necessério que se conheca o significado de “tablet” e “PC”, pois as “mudancas no paradigma de consumo & oferta de revistas ¢ livros" (alternative a) esto relacionadas a essas tecnologias ("tablet” e “PC"). 0 conhecimento de mundo 6 adquiride dentro e fora da sala de aula; a leitura de jornais, revistas @ livros, por exemplo, ajudam na cons- ‘rugio desse conhecimenta Significados explicitos e implicitos Ha significados que sdo extraidos da superficie do texto = significados explicitos ~e hd outros que sdo depreendidos de suas entrelinhas ~ significados implicitos. termo “im- plicito” € sindnimo de pressuposto, subentendide. Por no, Aula Frente Unica estar na superticie do texto, o implicito é mais dificil de ser percebido. No discurse lterario, o implicito esté presente nna relago que se estabelece entre a obra e oleitor Ao ler uma poesia, um conto ou um romance, o leitor sempre vai procura da mensagem que a obra quer passare do tema ‘ratado, 0s quais costumam estar implicitas, por exemplo: —Vocé ainda esta fumanda? = Sim, = S6 voc fuma, José! © advérbio “ainda” pressupGe que José furnava; além isso, passa a desaprovacao do emissor em relagio ao ato de fumar Verbs, advérbios e adjetivos, frequentemente, fun- cionam como palavras-gatilho, isto é, disparam implicitos. Progressao textual A progressao textual é 0 encadeamento de ideias de forma légica e progressiva Para que isso acorra, & preciso que haja coeréncia (compatitilidade de sentido entre as partes) ¢ coesio (ligacso entre palavras ¢ pardgrafos). Veja otexto a seguir Crocante de maga Ingredientes: + Amagas reinetas + 2canecas de aveia + Qeaneces de agicar + 280.gde margarina + Leolher (pequena) de canela Modo de prepare: 1. Finalmente, coloque a mistura por cima da mac e leve a0 forno durante 20-30 minutos. 2. Pade ser servido cam natas ou com bola de sorvete. 3. Em uma taga, misture o agticar, a margarina derretida, aavelae a canela ‘Amasse tudo até ligar e despegar das mos, 5. Aseguir, coloque-as em um recipiente transparente de ir a0 forna, 6. IniGalmente, descasque es magas e corte-as em fatias. INTERPRETAGAO DE TEXTO|TETRAI 75, A receita acima é impraticével, pois a ordem dos pa- régrafos foi alterada, afetando a coesio e a coeréncia; na realidade a receita fol escrita assim: 6. Inicialmente, descasque as magas ¢ carte-as em fatias 5, Aseguir, coloque-as emum recipiente transparente de ir a0 forno. 3, Em uma taca, misture 0 agiicar, a margarina derretida, aaveia e a canela. 4, Amasse tudo até ligar e despegar das méos, 1. Finalmente, cologue a mistura por cima da mag e leve 0 forno durante 20-30 minutos. 2. Pode ser servido com natas ou com bola de sorvete, Para compreensio da receita foram empregados ele- mentos cossivos, que possuem a funcéo de ligar as partes Wa i #H7777W$W$YJYJ 2A EXERCICIOS DE SALA 1 Enem 2015 A Blames Zero Hora, jun. 2008 (Adapt. Dia do Misico, do Professor, da Secretéria, do Veterinério.. Muitas so as datas comemoradas ao longo do ano € elas, 40 darem visibiidade a segmentos especificos da sociedade, oportunizam uma reflexdo sobre 2 responsabilidade social esses segmentos Nesse contexto, esté inserida @ propa ganda da Associago Brasileira de Imprensa (ABI), em que se combinam elementos verbais endo verbais para se abordar @ cestreita relactio entre imprensa, cidadania, informaco e op nip, Sobre essa relacio, depreende-sedo texto da ABI que, A para a imprensa exercer seu papel social, ela deve ‘ransformar opinido em infarmacao B__paraaimprensa democratizar a opinido, ela deve sele- clonar a informagao, C para 0 cidadao expressar sua opinio, ele deve demo- cratizar a informagio. D__paraa imprensa gerar informagao, ela deve fundamen- tarse em opinigio. E para 0 cidadao formar sua opinio, ele deve ter acesso 2 informagio. 76 _ INTERPRETACAO DE TEXTO | TETRA! do texto, e marcadores temporais, que possuem 2 finalida- de de estabelecer a progressio temporal. Assim, 0 prono- ime obliquo étono “as", em 5, retoma 0 substantive “fatias” citado em 6; 0 pronome indefinida “tuda’, em 4, recupera o substantivo “mistura” (acticar, margarina derretida, aveia © canela) referido em 3; 0 substantive “mistura’, em 4, reto- ma 0 pronome indefinido “tudo”, presente em 4 e 0 sujeito eliptico da forma verbal “pode ser servido", em 2, refere-se {20 substantivo “mistura” (depois de a mistura ser levada 20 forno), citado em 1. A progressao temporal do texto € concretizada, fundamentalmente, por advérbios e locucdes adverbiais, como “inicialmente”, “a segui Na aula de narracio, estudar-se-é a progresstio temporal no ‘tevto narrativo; na aula de dissertacio, analisar-se-a a pro- ‘eressio I6gica no texto argumentativa e “finalmente”, 2 Enem 2015 Primeiro surgiu 0 homem nu de cobeca baixa. Deus veio num raie. Entéo apareceram os bichos que comiam os ho- mens. E se fez 0 fogo, os especiarias, a roupa, a espada eo dever. Em seguida se criou a filosofia, que explicava como nd fozer © que néo devia ser feito. Entéio surgiram os nu- meras racionais e a Histéria, organizando os eventos sem sentido. A fome desde sempre, das coisas e das pessoas. Foram inventados 0 calmante e o estimulante. E alquém opagou a luz. £ cada um se vira como pode, arrancando as cascas das feridas que alcanca. SOMASSF 25 cenas do descobrimento de Brass Io: MORICOM, (Org) (Os cem melhores conte: oo secule, Ri de aneito: Objet, 2001. ‘A narrativa enxuta e dingmica de Fernando Bonassi confi- gure um painel evolutivo da historia da humanidade. Nele, 2 projeggo do olhar contemporaneo manifests uma per- cepcio que A. recorre & tradicio biblica como fonte de inspiragso, para a humanidade. 8 descantréi o discurso da filosofia a im de questionar 0 conceito de dever © resgata a metodologia da histéria para denunciar as atitudes irracionais. D__transita entre o humor e a ironia para celebrar 0 caos da vida cotidiana E satiriza a matematica e @ medicina para desmistificar 0 saber cientifico, 3 Fuvest 2013 (Adapt.) Ata Acredito que 9 mau tempo haja concarride pora que os sabadoyleanas hoje nfo estivessem nacasa de José Mindlin, em ‘So Pawo, gazando das delicias do cuscuz paulsta aqui arnavel- mente prometido. Depots do almaco, visita aos furs dialogan- tes, no expresso de Drummond, néo sabemos se no rigoraso sistema de vigtiincia de Plinio Doyle, mas de qualquer forma com as gentilzas das reunides cariecas. Para o amigo de So Poulo es soudagdes afetucsas das ausentespresentes, ue neste instonte todos nos voltamos para 0 seu paléc, aquele que se Iria desvestir des ares oristocréticos para receber camorades- camente os descamisados da Rua Baro de Jaguaribe. Guarde, amigo Mindlin, para breve 0 cuscuz da tradigdo bandeirante, que hoje nas confermames cam os biscoites dla Pino Doyle Plo, 20-11-1976. Signatérios: Carlos Drummond de Andrade, Gilberto de Mendonca Teles, Plinio Doyle e outros. Cartas do biblioteca Gute José Minin. Adapt.) “abadoyleanos: fequentadoces do sabadave, nome dado 90 en contro de intelectuais, especialmente escrtores,realzado habitual mente aos sdbados, na casa do bblisfilo Plrio Doyle situada no Rio de sanciro. Daleiturs do texto, depreende-se que A. o anfitrido carioca, embora gent, € cioso de sua bi- Biotec Bo anfitrifo paulista recebeu com honrarias as amigos cariocas, que visitaram a sua biblioteca, CC oscariacas no se sentiram & vontade na casa do pau- fista, a qual, na verdade, era uma mansdo. D__escariocas preferiram ficar no Rio de Janeiro, embora a recepgdo em Sao Paulo fosse convidativa E © fracasso da visita dos cariocas a So Paulo abalou a amizade dos biblisfilos 4 Enem 2015 MAGRITTE,R Arepradugdo proba leo sabe tela 81,355 Museum Bojiman Van Buninge, Holanda, 1937, al ms \* 0 Surrealismo configurou-se como uma das vanguardas artis- ticas europelas do inicio do século XX René Magritte, pintor belga, apresenta elementos dessa vanguarda em suas produ- (Bes Um trago do Surrealismo presente nessa pintura 6 a(2) A. justaposigdo de elementos dispares, observada naima- gem do homem no espetho. B critica ao passadismo, exposta na dupla imagem do ho- ‘mem olhando sempre para frente. CC _construgio de perspectiva, apresentada na sobreposi- cdo de planos visuais D_ processo de automatisme, indicado na repeticéo da imagem do homem. E procedimento de colagem, identificado no reflexo do livra do espelho. 5 Fuvest 2013 Examine o seguinte antincio publictéria. Revista Vir (Especial, jul 2011. (Adapt) a) Qual é a relacio de sentido exitente entre a imagem de uma folha de érvore e as expresses “Mapeamento log{stico” e “caminho”, empregadas no texto que com- Oe 0 andincio acima reproduzida? b)Aquese refere o advérbio “aqui, presente no texto do aniincio? -4y GUIADE ESTUDO Int. de texto / Livro Unico / Frente Unica / Capitulo 1 L Lei as paginas dea 11 I Faca os exericios 3 € 4 da sego “Revisando” IL Faca 0s enercicos propostos de 8 a 11. INTERPRETAGAO DE TEXTO|TETRAI 77. Frente Unies Aula Esta aula trabalhard com o nivel fundamental do texto, no qual se encontram as oposi vel de andlise, as oposicies sergo interpretadas de forma abstrata e serdo associadas as categorias ti (positividade} e a disforia (negetividade). es semanticas. Neste \icas: a euforia = Oposicées semanticas A busca pelas oposicdes abstratas justifica-se, pois © sentido nasce das oposicées, interpretamos © mundo por meio delas. Se reconhecemas o grande, 0 alt, 0 gor- ddo, € porque temos # medida do pequeno, do balKo e do agro; se 0 texto discute @ guerra, de forma implicita ele também discute a paz, pois aquela é o cessar desta, Todo texto apresenta uma oposicio de ordem abstrata, seja um conto, uma poesia, uma peca de teatro ou um quadro de pintura Categorias timicas {as categorias timicas do texto sio a euforia (estado de positividade) e a disforia (estado de negatividade). Um tex- to pode explorar a positividade, o bem-estar, a alegria, isto 6 a euforia; mas também pode enfatizar estados de negati- vidade, tristeza, pessimismo, melancolia, ou seja, a disforia, E possivel, ainda, haver os dois estados presentes. Transformacao timica Considere esse excerto de “Dom Casmurro% = Toma outra xicara, meia xicara $6. -£ popai? = Eu mando vir mois; ando, bebe! Ezequiel abriu a boca. Chequel-the a xicara, tao trémulo que quase a entornei, mas disposto a fazé-la coir pela goe- (a abaixo, caso 9 sabar Ihe repugnasse, ou a temperatura, porque o café estava frie... Mas nda sei que senti que me fez recuar Pus a xicara em cima da mesa, e dei por mim a beijar doidamente a cabeco do menino. = Papait popail exclamava Ezequiel. = Nao, no, eu no sou teu pai! bl Machado de Assi am Casmurro.27 ed. So Paulo: Atica, 1994 2378, 78 _ INTERPRETACAO DE TEXTO | TETRA! ASPECTOS DO TEXTO III A transformagio timica ocorre quando se passa de um estado (euforia ou disforia) pare outro, como no exemplo citado; a personagem passa da raiva para o carinho; essa ‘transformagio timica auxilia na construgio do sentido: a personagem esté dividida, Tipos de oposicao Todo texto traz uma oposicfo semintica implicita ou explicita, que pode aparecer de forma concreta cu abs- trata. Se conereta, corwém torné-la abstrata. Tome como exemplo o excerto a seguit Aqui nessa tribo ninguém quer a sua catequizactio Falamos a sua lingua mas nfo entendemos sev sermo Arnaldo Antunes. "Vote para 0 saute, Um som,8MG, 1998, No texto de Arnaldo Antunes, observase 2 oposi¢’o liberdade versus opresséo; os termos “cetequizacao” “sermio” so entendidos como uma restrigdo (opresséo} a liberdade da “tribo” Opasicdes como “vida/morte”, “apa- réncia/esséncia’, “humano/divino”, “civilizacSo/natureza* slo comunsem textos literdrios e cientificos. Conectivos da oposicao ‘A conjung0 é um conectivo da lingua, pots faz a liga- 80 entre palavras e oragbes; as conjungSes coordenativas sindéticas adversatives (mas, todavia, contudo, no entan- to, entretanto..] as conjungées subordinativas adverbial concessivas (embore, ainda que, apesar de que, por mais que, conquanto...) estabelecem oposiggo semantica entre palavras e orages. A conjuncdo coordenativa “mas” intro- uz © argumento mais forte; jé a conjun¢o subordinativa “embora’, 0 argumento mais fraco, observe: a) © Brasil jogou bem, mas no canseguiu marcar bb) © Brasil ndo conseguiu marcar, mas jogou bem. Na primeira oragao, enfatiza-se o fato de o Brasil ndo ter conseguido marcar; na segunda, destace-se 0 fato de 2 selegio ter jogado bem. Veja agora 2s duas frases com conjungo concessive ¢}_ Brasil jogou bem, embora no tenha mercado. d) © Brasil nfo conseguiu marcar, embora tenha jogado bem. Na primeira oracio, 0 fato de néo ter marcado é argu- mento mais fraco; na segunda, 0 fato de ter jogado bem cumpre esse papel. Em sintese, b e c equivalem-se seman- ticamente, “Jogar bem" é 0 argumento mais forte; ae d também apresentam equivaléncia, “no marcar” & o argu- mento mais forte, ras de linguagem da oposi¢ao Entre as figuras de linguagem que trabalham com 2 opesicSo, duas se destacam: 0 paradaxo e a antitese. A primeira estabelece uma contradic de ideias; a segunda estabelece simplesmente uma oposigao de sentido, sem contradic. No paradoxo lterério,a contradicio é desfeita 3 luz do contexto, mas ao pé da letra, temos uma ideia contraditéria, ncoerente, veja: Jee exeRcicios DE SALA | oe 1 Unifesp 2013 (Adapt.) Do chuchu ao xixi A cancessiondria Orla Ria sublu em 5056, de RS 1 para PS 1,50, 0 us0 do banheiro publica © de 60 para 65 anos 0 privilégio da gratuidade. & idade fot elevada com base em lei estodual de 2002, um ano antes de 0 Estatuto do Idoso (2003) favorecer pessoas “com idade igual ov superior a 60.anos” Seo mal esté feito, os economistas deve agora se preocupar com 0 cheque do preco do uso do bonheiro publico na meta da inflacdo. Em 1977, rimos quando a dita- dura culpou o chuchu. Néo seria 0 caso de rt, na democra~ ia, do impact do nixi ne custo de vida? arta Capital, 2? jun. 2002. Arelago de sentido entre “aitadura’ © “democracia’, esta- belecida no iltima pardgrafo do texto, também acorre na seguinte passagem, extraida do jornal Fatha de S.Paulo, de 11 de setembra de 2012: isa ve E ferida que doi e ndo se sente Eum contentamenta descantente Luis vae de Combes © texto acima apresenta paradoxas, pois © doer & in- compativel com néo sentir, e 0 substantivo contentamento 6 incompativel com 0 adjetivo descontente; ha, portanto, uma ideia contraditéria, incoerente. Observe agora este outro exernplo. De repente do riso fez-se 0 pranto ‘Viniclusce Moraes, Soneto de Separarao, Nesse segundo exemplo, temas uma aposigao de sen- ‘ido entre “riso" e “pranto” Entretanto, nfo hd contradigd0 de ideias, o poeta marca a passagem de uma coisa ac seu copasto: “do risa a0 pranta’. Se o poeta dissesse que era um ‘iso cheio de pranto, teriamos um paradoxo. A Alguns fatos emeolgavam o pais até outro dia. A volta do crescimento econdmico, a descoberta do Pré-sol, o desvencifhamento dos credores. 8 Levantamenta feito por esta Folha em todas as estados do pais mostrau que a Lei do Ficha Limpa barrou, até agora, 317 candidates entre os 15.551 que disputam as prefeituras brasileiras. CO dinheiro perdeu sua quotidade narrativa, tat como acontecev com a pintura antes. 0 dinheiro agora foto sozinho. D_Aevasdo nas graduacées em engenharia, assinalam os professores, é alta demais. Sé um quinto o um quarto dos ingressontes termina por formar-se - segundo os autores, porque thes foltam nodes bésicas de mate- mética, que deveriam adquirir n9 ensino médio. E “Aténnos flores se encontra a diferenca do sorte: umas enfeitam a vida, outras enfeitam a morte.” Esse poema se aprendia nas escolas da pasado. Hoje, a diferenca da sarte atinge até mesmo os partides politicas, que podem ser resumidas em situactio e aposicéo. INTERPRETAGAO DE TEXTO|TETRAI 79, 2 unifesp 2014 Asensivel Fol eno que ela atravessou uma crise que nada pare- cia ter a ver com sua vida: uma crise de profundo piedade. A cabega tdo limitada, to bem penteada, mal podia su- portar perdoar tanto. Nao podia olhar o rosto de um tenor enquanto este cantava alegre = virava para 0 lado 0 rosto magoado, insuportdvel, por piedade, ndo suportendo a gl ria do cantor. Na rua de repente comprimia o peito com as dos enluvadas ~ ossaltada de perdao. Sofria sem recom- pensa, sem mesmo a simpatia por si prépria. Essa mesma senhara, que sofreu de sensibilidade como de daenca, escolheu um domingo em que a marida vigja~ va para procurar a bordadeira. Era mais um passeio que uma necessidade. Isso ela sempre soubera: passear Como se ainda fosse a menina que passefo na calgada, Sobretudo posseava muito quando “sentia” que 0 marido 9 engana- va. Assim fol procurar a bordadeira, no domingo de mani Desceu uma ruo cheia de lama, de galinhas e de criangas nuas ~ aonde fora se meter! A bordadeira, na casa cheia de filhos com cary de fome, 0 maride tuberculaso ~ a bor- dadeira recusou-se o bordar a toalha porque néo gostava de fazer ponto de cruz! Soiu afrontada e perplexo. “Sentia~ -se” to suja pelo caler da manhé, e um de seus prozeres era pensar que sempre, desde pequeno, fora mult limpa. Em casa almocau sozinha, deitou-se no quarta melo escu- recido, cheia de sentimentos maduros e sem amargura. Oh pela menas uma vez néa “sentia” nada. Sendo talver a per- plexidade diante da fiberdade da bordadeira pobre. Sendo talvez um sentimento de espera. A liberdade. LUSPECTOR, C. Cs melhores contos de Clee Lspector, 1986. Anatrativa delineia entre as personagens da senhora e da bordadeira uma relacao de A. animosidade, marcada pela recuse afrontosa da segun- da em atender ao pedido emergencial de primeira, 8 cumplicidade, entendida como ajuda entre duas mu- Theres cujas vidas mostram-se ta distintas CC sujeigéo, fortalecida naturalmente pelas condicSes econdmicas da primeira, superiores as da segunda D_ incompreenséo, decorrente do desejo da primeira de ‘que a segunda trabalhasse num dia de domingo. E op osigo, determinada pela superioridade social e eco- ndmica da primeira e a liberdade da segunda, 80 _INTERPRETACAO DE TEXTO | TETRA! 3 Enem 2014 Texto! JoB0 Guedes, um dos assiduos frequentadores da bo- liche do capitdo, mudara-se da campanha havia trés anos. Trés anos de pobreza na cidade bastaram para 0 degradar. Ao morter, nd tinh um vintém nos bolsos e fazia dots me- ses que soira da cadeia, onde estivera preso por roubo de ovetha, Ahistéria de sua desaraga se confunde com a da maio- ‘io dos que povoam a aldeia de Boa Ventura, uma cidade- inho distonte, triste e precocemente envethecida, situada ros canfins da fronteira do Brasil com 0 Urugual C Martins. Porter fechada. Porto Alogre: Movimento, 2001 (fragmento) Textoll Comecei a procurar emprego, jé topando o que desse @ viesse, menos complicagdo com os homens, mas no tava fécil. Fut no feira, ful nos bancos de sangue, ful nesses lugares que sempre dao para descolar alguim, fui de porta em porta me oferecendo de faxineiro, mas tave todo mundo escabreado pedindo referencias, e referéncias eu so tinha do diretor do presi. Fonseca. Fell aro novo Sto Paulo: Cia. dasLetras, 1989 (Fagmento). ‘A opasicio entre campo e cidade esteve entre as temati- cas tradicionals da literatura brasileira. Nos fragmentas dos dois autores contemporaneos, esse embate incorpora um elemento novo: a questo da violéncia e do desemprego, As narrativas apresentam confluéncia, pois nelas ofa) A criminalidade 6 algo inerente ao ser humano, que su- cumbe a suas manifestagSes B meio urbano, especialmente odas grandes cidades, es- timula uma vida mais violent falta de oportunidades na cidade dialoga com a pobre- 2a do campo rumo a criminalidade. 1D @xodo rural ea falta de escolaridade sto causas da vio- léncia nas grandes cidades. E _complacéncia das leis ¢ a inércia das personagens so estimulos & prética criminosa Unesp 2013 0 texto a seguir toma por base um frag- mento de uma pesa do teatrélogo Guilherme Figueiredo (1915-1997) ‘Arraposa eas uvas (Cosa de Xantés, ern Samos. Entradas 4 D, E, ef Um gongo. Uma mesa. Cadeiras. Um “clismos** Pelo portico, 10 fundo, vé-se o jardim. Estdo em cena Cleia, esposa de Yontds, e Melita, escrava, Melita penteia os cabelos de Cleia.) MELITA: — (Penteondo os cabelas de Cleia) Entéo Radépisconteu que Crsipa reuniu as discus na praco, apontou para 0 teu marido ¢ exclamou: “Tens 0 que na perdeste” Xantés respondev: “E certo” Crise continuo: “Nd perdeste chifes” Xantés concordou: “Sim” Crisipa finalizou: “Tens o que no perdeste; no perdeste chifres, {ogo 0s tens" (Cia ri) Todos riram a voter GLE: — E engenioso. & 0 que eles chamam sofisma ‘Meu merido vei d praca para ser insultado pelos outros f- ts0fos? MELITA: — Nao; Xantés ¢ extraerdinariamente inteli- gente... No meio do riso geral, disse a Crisipo: “Crisipo, tua mulher te engano, en entonto no tens chfres: © que per deste foi o vergonhal” E ai os discipulos de Crisipo e os de antdsatiraramn-se uns contra os outros CiEIA: — Brigaram? (Assentimento de Melita) Coma é aque Redépissoube disto? MELITA: — Ela estava na praca CLEIA: — Vocés, escravas, sabem mais do que se passa em Samos do que nds, mulheres livres. MELITA: — As mulheres livres ficam em coso. De certo ‘modo séo mais escraves do que nds. CLEIA: — E verdade. Gostarias de ser livre? MELITA: — Nao, Cleia. Tenho conforto aqui, e todos me consideram. £ bom ser escrave de um homem ilustre como teu marido, Eu podera tr sido comprada por algum mer cador, ou algum soldade, no entento twe a sorte de vir a pertencer a Xan LEIA: — Achas isto um console? MELITA: — Uma honra, Lim fldsofo, Cleial CLEIA: — Eu preferin que le fosse mens fisofoe mais maride, Pora mim 0 fldsofos sto pessoas que se encarre- gom de oumentar 0 ndmero dos substantivos abstratos. MELITA: — Xontds ioventa muitos? CLEIA: — Nem ao menos isto. E ai é que estd 0 tragico: @ um filésofo que ndo aumento o vocabulério das contro- vérsias. 6 terminaste? ih ve MELITA: — Quase. £ bom pentear teus cabelos: meus dedos adquirem 0 som e o fuz que eles tém. Xantds beija 0 reus cabelos? (Muxoxo de Clefa,) Eu admiro teu marido. CLEIA:— Por que nd dizeslago que 0 amas? Gostarias bastante se ele me repudiasse, te tornasse livre ese casasse contigo. MELITA: — Neo digas isto. Além do mols, Xantés te ama, CLEIA: — A sua maneiro. Fago porte dos bens dele, como tu, os outras escravos, esto cosa MELITA: — Sempre que vioja te troz presentes. CLEIA: — Nao € 0 amor que leva os hemens ¢ dar pre sentes ds esposas: é 0 vatdade; ou 0 remorso, MELITA: — Xantés & um homem ilstre CLELA: — € 0 filésofo da propriedade: “Os homens so desiquats: @ cada um toca uma didiva ou um castigo” © isto democracia grega... 0 dreite que 0 pavo tem de esco- {nero seu tirano: 60 direito quea tirano tem de determinar: deixo-te pobre; faco-te rico; deixo-te livre; fago-te escravo. E odireito que todos tém de ouvir Xantds dizer que a injustiga 6 Justa, que 0 sofrimento é alegria, e que este mundo for organizado de mado a que ele possa beber bom vinho, ter uma bela cose, amar uma belo mulhet Ja terminaste? MELITA: — Um pouco mois, e ainda estards mais bela para o teu fildsofo. CLEIA: — O meu fildsofo... Os fildsofos so sempre cria- tures cheios demais de patavros (0) Espécie de cama para recostar-se Fiqueredo, © Um Deus dormiv Khem casa, 1964, Entre as frases, extraidas do texto, aponte a que consiste ‘num raciocinio fundamentado na percepgao de uma con- tradigao: A Tenho conforto aqui, e todos me consideram. B As mulheres livres ficum em casa. De certo modo so ‘mais escravas do que nds. © £ bom pentear teus cabelos: meus dedos adquirem 0 some luz que eles tém. D 0s fildsofas sto sempre criaturas cheias demais de pa- lavras. E Xantds é extraordinariamente inteligente. INTERPRETAGAO DE TEXTO | TETRAI BL. 5 Unicamp 2012 0 pardgrafo reproduzido abaixo introduz a crénica intitulada “Tragédia coneretista’, de Luls Martins. poeta concretista acordou inspirado, Sonhara a noite toda cam a namerada. £ pensou: Iéblo, Iébio. O lébio em que pensou era o da namorado, a labia era a prépria, Erm tado 0 caso, na pior dos hipdteses, ja tinha um bom comeco de poema. Todavio, cada vez mais obcecado pela fembran- 50 daqueles lébios, achou que podia aproveitar 0 sua Iébia provisoriamente desinteressado do poesia pura, resolveu telefonar 4 criatura amada, na esperanca de maiores inti- midades e vantagens. Até os poetas concretistas podem ser homens préticos Laat. “Tragédaconerensa". im: Ascem melhores cénicas roses. Fo de Janeito: Objetiva, 2007. p. 132. Explique por que a palavra “todavia” (linha 5) é usada para, introduzir um dos enunciados da erdnica, 82 _INTERPRETACAO DE TEXTO | TETRA! 6 11a 2016 (© poema abaixo é de José Paulo Paes: Bucélica © camponés sem terra Detém 9 charrua E pensa em colheitas Que nunca sero suas. Um por todos = poesia reunida. Séo Paulo: rasiense, 1986, O texto apresenta A uma oposigo campo/cidade, de filiacdo ércade-ro- mantica Bum bucolismo tipico da tradicfo arcade, indicado pelo titulo. © uma representacio tipicamente romantica do homem do campo. Dum contraste entre o arcadismo do titulo e o realismo social dos versos. E uma total ruptura com a representagao realista do ho- ‘mem do campo. “4, GUIA DE ESTUDO Int de texto / Livo Unico / Frente Unica / Capitulo 1 Lela as paginas de 112 14 Il. Faca o exercicio 5 da seglo “Revisando”, IIL Faga 0s exercicios propostos de 16 220, A DESCRIGAO Para o reconhecimento do texto descrito, leve em con- tas seguintes caracteristicas: ™ Caracteristicas do texto descritivo + Eum retrato fisico, social ou psicolégico; + Nao hé progressio temporal; ‘+ No hd mudanga de estado; + 05 dados so simultineos; + Particulariza o sex Exemplo: Estdvamas sobre a peda do Colvério. Em torno, « capela que @ abriga, resplandecia com um luxo sensual e pagio. No teto ozulferrete brilhavam séis de prato, signos do zodiaco, estrelas, asas de anjos, flores de piirpura; e, dentre este fausto Siderol, pendiam de correntes de pérolas os velhos simbolos ho fecundidade, 0s ovos de avestruz, ovos sacros de Astarté © Baco de ouro.[..] Globos espe!hades, pousando sobre pea nhas de ébano, refletiam os joias dos retdbules, a refulgéncia dios paredes revestidas de jaspe, de nécar e de dgata. Eno chide, n9 meio deste claro, precioso de pedraria © luz, emer- gindo derare as lajes de mérmare branca, destacava um haca- dh de rocha bruta e brava, com uma fenda alargada e potida porlongos séculos de beijos e ofagos beotos. Fra deGueloe Arelqvi. 0 texto anterior faz uma descrigao do espago; 0 nar- radar da informagies sobre a capela. Os dadas so simul- tineos, no ha progressao temporal e, por conseguinte, também ngo ha mudanga de estado, mas apenas uma ca- racterizagao do local de forma postica, = Ferramentas gramaticais da descrigao fis algumas ferrementas gramaticais usadas nes descrcées: a), Uso do preterito imperfeito do indicative (pasado dura- tivo} com a finalidade de passar os habitos ¢ caracteris- ticas das personagens Ricordanza della mia gioventu Aminha ama-de-leite Guilhermina Furtavo as moedas que 0 Doutor me davo. Sinhé-Mocinho, minha mde, ralhava. Via naquilo a minha prépria ruina! bel ‘Auguste dos Anjos Lembranea da minha jwentude. Disponivl em “cwwidor niopublca goebr/downlcad/texto/n0005ta pa FRcordanza dela mia gloventu: Lembranga ds minha jinentude Aula Frente nica : bb) Uso de verbos de ligago com 0 abjetive de introduzir caracteristicas do sec Policanse era patriota. Desde moco, af pelos vinte anos, 0 camer da Pétria tomouro tedo itera. Nbo fora © amar comum, polradore vorio; fora um sentimento sério, grave e absorven- te. [Jo que panriotismo o fez pensar, fi rum conhecimento inte de Brasi ..] Néo se sobia bemande nascera, mas nB0 {fora decerto em Sao Paulo, nem na Rio Grande do Sul, nem no ord. Errava quem quisesse encontrar nele qualquer regiona- fsa: Quaresma era antes de tudo brastero. Lima Barreto. iste fim de Polcorpe Quaresma. ‘fo Pauio: Scpione, 1997 Uso considerdvel de adjetivos e formas adjetivas com intuito de caracterizar 0 ser Em marcha para Canudos Fol nestas condisées desfavardveis que partiram 9 12 de janeira de 1897. Tomaram pela Estrada de Cambaio. 0 mais curta e 9 mais acidentado. tlude a principio, perlongando o vale de Cariacé, numa cinta de terrenos fér- tis sombreados de cerraddes que prefiguram verdadeiras matas Transcorrides alguns quilbmetros, porém, acidenta-s perturbo-se em trilhas pedregosas e torna-se menos prati- ciivel 6 medida que se avizinha do sopé da serra do Acaru, ba Euekdes da Cusha Os sertes Sto Paulo: Asi8 Eero 2000 9. 385 d) Uso do presente do indicatiuo com 0 objetivo de se descrever a realidade presente oude se criar um efeito de aproximacio (énfase a0 pasado, pois ele tem res- sonancia até os dias de hoje). No adro da janela hé pinga, café, imagens, fendmenos, barathos, cigarros eum sol imenso que lambuza de ouro 0 p0 das feridas e o po das muletas. Carlos Drummond de Andrade, “Romaria in: Poesia Comet lode Janeiro: Nowa Aguilar, 2002.38 INTERPRETAGAO DE TEXTO | TETRAI 83. = Tipos de descri¢ao A descrigio pade ser fisica, psicelégica ou sociol6gica Na primeira, enfatizase os aspectos mais coneretos, mais aparentes; na segunda, destacam-se as caracteristicas mentais, os tragos psicol6gicas e estados do ser; na ter- ceira, faz-se referencia 8 classe sociale ao trabalho. Veja 0 exemplo a seguir: D. Quinquina (como @ chomam suas amigas) conversa softivel e sentimentalmente: & meiga, tern, pudibunda, © mostra ser muito madesta, Seu moral é belo e nguicio como seu rosto; um epuredo observodor, por mais que contra ela se dispusesse, no passoria de classificé-la entre as sonsos. Joaquim Manuel de Macedo. Disponvel em Texto para as questées 1 © 2 — Eestal disse aes soldados que, com umm gesto, inti ‘maram a desgrogada a seguisos. — Prendam-na! £ escrava minha! Annegra, imével, cercada de escamas e tripas de peive, cam uma das méios espalmada na cho e com a outra se gurando a faca de cozinha, alhau aterrada para eles, sem pestanejar 0s policiais, vendo que ela se ndo despachava, desem- bainhoram os sabres. Bertoleza entito, erguendo-se com Impeto de anta bravia, recuou de um salto e, antes que al- quém conseguisse alcancd-la,jé de um s6 golpe certeiro e fando rosgara o ventre de lado a lado, E depois embarcou pora a frente, rugindo e esfocinhon- do moribunda nume lameira de sangue. 84 _INTERPRETACAO DE TEXTO | TETRA! Jformado por um grande ago branco muito teso ¢ engoma- do;calgavam umas chinelas de salto alto e180 pequenas que ‘apenas continham os dedos dos pés, ficanda de fora todo 0 calcanhar; e, além de tuda isto, envalviam-se graciosamente em uma capa de pano preto, delxenda de fora os bracas or- nados de argolas de metal simulando pulseiras. Manuel Anni de Almeida, Memdria de um Sorgento de cas. Diszontvl em: cnn. comiriopubice goubi/pesquisal Detalhedtraferm.sa?seece_action=kco_pbra=1969>, A caracterizacio fisica das baianas ocorre em todo 0 ‘trecho, pois faz-se a descricdo da indumentéria das perso- nagens. Veja agora um exemplo de descrigio sociclégica Jeca Tatu passava os dios de cécoras, pitande enarmes cigarrées de palha, sem dnimo de fozer cosa nenhuma. (a ‘29 mata cacar,tirar palmites, cortar cachos de brejaiva, ‘mas ndo tinha ideia de plantar um pé de couve atrés da casa. Perto um ribeirdo, onde ele pescava de vez em quan- do uns lambaris e um ou outro bagre. E assim ia vivendo. Montero Lobata, ca Tatu No excerto acima, destaca-se @ relacio personagem- trabalho; faz-se uma abordegem sociolégica A descriga0 pode, ainda, ser clessificada como obje- tiva (descrigdo utilitaria, por exemplo um manual de ins ‘rucio) ou subjetiva(literéria); dinémica {com movimento) ou estética (sen movimento); ¢ cinematogrifica (a base de flashes} Jodo Roméo fugira até ao canto mais escuro do arma- 26m, tapande 0 rasto com as méas. Alulsiode Azeveda.Ocortio. Dispenvel em: war domiicpublice gou br/pesquisa/PasqusaObraForm.doPeslect_ action=2co_autor=2149> 1 Acsinale a altemativa em que se nota uma descrigto subjethva, semelhante & utiizda em “rugindo e esfocl- nihando moribund numa lameira de sangue ‘A. ‘Anegra,imével, cercada de escamas.e tripas de pee,” “entao, erguendo-se com impeto de anta bravia,” “aterrada pare eles, sem pestanejar” "jd de um sé golpe certeiro e fundo” “recuou de um salto e, antes que alguém conseguisse” moo

Você também pode gostar