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A meritocracia não está relacionada a privilégios.

Muitos defendem o ponto de vista que diz que a meritocracia é, na verdade, uma
privilegiocracia. Partem do pressuposto de que meritocracia, sendo sinônimo de
esforço, não é válida porque todos somos diferentes e iniciamos a nossa corrida a partir
de pontos distintos, uns na frente, outros atrás. No entanto, a meritocracia nada tem a
ver com igualdade e ascensão da maneira que é disseminada a grosso modo, mas sim
com a junção de inúmeros fatores que auxiliam o indivíduo a chegar no resultado
desejado e ter valor para o mercado, já que este seleciona os seus funcionários através
da qualidade e da sua utilidade.
A meritocracia pode e deve ser discutida como algo mais notório a longo prazo. Uma
pessoa extremamente pobre que trabalha para ascender socialmente, obviamente, não
ficará milionária, em geral, somente por causa deste trabalho (que pode ser, muitas
vezes, não qualificado), no entanto com o incentivo gerado através da mentalidade
meritocrática, as próximas gerações têm mais chances de ascender socialmente,
inclusive por terem a oportunidade de ingressar no ensino superior. Ou seja, a
meritocracia não diminui a desigualdade, mas tira as pessoas pobres de lugares mais
baixos e as eleva.
A questão de meritocracia não tem a ver com igualdade e justiça.
Pergunta:

 Levando em consideração que a nossa sociedade gira em torno de demanda, não


faz sentido defendermos que a meritocracia é aquela que premia as pessoas
através do esforço delas. Dessa maneira, como vocês imaginam que seja o
mercado atual que estimula as pessoas a investirem em profissões concorridas
mesmo sabendo que o comercio é saturado? Você acredita que não exista
meritocracia nesses casos?
Explicação:

 Levando em consideração que a nossa sociedade gira em torno de demanda (os


candidatos escolhidos para trabalhar em determinadas empresas ou médicos
cirurgiões escolhidos para realizar algum trabalho são sempre os melhores em
comparação aos outros), não faz sentido defendermos que a meritocracia é
aquela que premia as pessoas através do esforço delas (tendo em vista que o
melhor profissional é caracterizado pela junção de inúmeros fatores como seus
próprios talentos e qualidades pessoais, além de seu diploma e escolaridade) –
indo em direção ao argumento que a meritocracia promove a desigualdade
social, pois é o seu esforço que te leva a chegar a algum lugar. Dessa maneira,
como vocês imaginam que seja o mercado atual que estimula as pessoas a
investirem em profissões concorridas (se você faz uma faculdade de jornalismo,
por exemplo, necessariamente você já sabe que o mercado de trabalho é
concorrido e você precisa ser o melhor) mesmo sabendo que o comercio é
saturado?

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