Você está na página 1de 18

1

O INDICADOR DE FLUXO QUE


VOCÊ SIMPLESMENTE
NÃO PODE IGNORAR
2

-Tiago Missaka-
Analista de Valores (CNPI-T)

Bacharel em Ciências Econômicas (UNESP), Tiago iniciou na Bolsa de Valores há mais de 10


anos. Sua trajetória profissional passou desde a assessoria de investimentos, mesa
institucional, docência em Análise Técnica, até Análise e Consultoria de Investimentos.
Atualmente como Analista CNPI-T, dedica-se a P&D de novos modelos quantitativos e sala de
trade ao vivo.
3

Introdução

Suponhamos a hipótese de que existem dois lotes de terrenos, no mesmo condomínio, um ao


lado do outro, exatamente iguais em todos os aspectos. Os proprietários pretendem vendê-
los. No entanto, o proprietário 1, faz uma divulgação massiva de sua posse,
conseqüentemente, recebe muitas ofertar pelo terreno. Já o proprietário 2, divulgou apenas
para poucas pessoas de seu circulo social.
4

LHE PERGUNTO:
Qual proprietário tende a fazer um MELHOR NEGÓCIO ?

?
5

ACERTOU
Quem respondeu “proprietário 1”, já
que recebeu mais propostas

Mas questione-se. Por que ele fez o melhor negócio?


6

Mais Ofertas
Ao receber mais ofertas, ele foi capaz de compreender melhor a demanda por aquelas
terras. Ele deve ter chegado em um preço médio do terreno mais preciso que o outro
proprietário, visto que sua amostragem foi bem maior.
Uma situação interessante: Se começasse a receber um numero reduzido de ofertas, este
proprietário 1 poderia ter se antecipado em vender o quanto antes, dado um cenário de crise
(diminuição dos preços, pequena oferta). Já o proprietário 2 não conseguiria ter se
antecipado, pois teria percebido tarde demais o cenário de diminuição da oferta e, portanto,
não teria conseguido vender o seu terreno.
7

Moral da História
A quantidade de propostas foi fundamental para que o proprietário 1 pudesse ser capaz de
realizar o melhor negócio. No mundo trader, este principio também se aplica. O que valida a
movimentação de preço é o volume transacionado. Por isso, pode ser muito vantajoso para a
sua estratégia medir o volume ou mesmo o fluxo de dinheiro (se é volume vendedor ou
comprador) do mercado.
Esta informação pode ser vital tanto para avaliar a possibilidade de iniciar, como para manter
ou finalizar uma posição. Qualquer momento do ciclo de um trade é passível de avaliação de
critérios atrelados ao volume. Principalmente aquelas estratégias que necessitam momento,
isto é, quando a estratégia precisa que a volatilidade esteja aumentando, e que o preço se
mova cada vez mais rápido.
8

Via de regra, quanto menor o prazo operacional operado, mais relevante tende ser a
análise do volume para a estratégia. Por isso que a maior parte das estratégias de day-
trade utilizam critérios atrelados a volume ou fluxo. Mas cabe ressaltar que isso vai
depender muito do tipo de movimentação que a estratégia pretende capturar.

Outro ponto que vale ser mencionado é a diferença entre volume e fluxo. Embora possa
parecer sutil, tratam-se de concepções totalmente distintas. Quando fazemos menção ao
volume, temos que vislumbrar unicamente o volume de negócios ou financeiro do momento
observado. Com efeito, trata-se de uma concepção pontual do momento observado. Em
contra partida, o fluxo tem a ver com o somatório positivo ou negativo, desse volume ao
longo do tempo. Nesse caso, temos uma informação de prazo um pouco maior e que
denota movimento.
9

Tipos de Acumulação
Distribuição WILLIAMS e CHAIKIN

O indicador Acumulação e Distribuição é um indicador de fluxo que possui um nome bastante


auto-explicativo. Temos dois momentos dentro da movimentação de preço: ou o mercado
pode estar acumulando, isto é, ganhando força para iniciar ou dar continuidade a uma forte
movimentação altista; ou, distribuindo, quando os negócios estão sendo "pulverizados" entre
muitos agentes e, portanto, o preço está para ganhar força vendedora ou a dar continuidade a
uma movimentação vendedora.
10

O interessante é que o indicador pondera a movimentação de preço, da barra em questão,


e de forma relativa, soma ou subtrai este valor na Linha de Acumulação ou
Distribuição. Balizando-se por essa concepção, o trader Mark Chaikin desenvolveu
inicialmente o indicador “Linha de Acumulação e Distribuição”. Objetivando medir o fluxo
de dinheiro, este indicador pondera a variação de preços em função do fechamento da
barra em questão. A referencia está, exclusivamente, no preço que fechou em relação ao
mesmo dia de negócios (máxima-mínima).

Larry Willams desenvolveu uma variante que ficou conhecida como “Acumulação e
Distribuição Williams (WAD)”. A diferença se deu ao comparar o preço de fechamento do
dia anterior com a máxima e mínima do dia atual. Ao buscar esta referência do dia
anterior, o indicador ficou sensível a possíveis GAPs, tornando seu resultado mais
abrangente.
11

Aplicações

Este é um indicador que, normalmente, não costuma ser utilizado sozinho dentro de uma
análise ou estratégia. Ele normalmente atua em pari passo (simultaneamente) com alguns
outros argumentos que justifiquem uma posição, visto que ele não captura nenhuma
informação de tendência ou de volatilidade, o que dificulta parametrizar qualquer plano
operacional.
12

Antecipação/Validação de Rompimento
Uma leitura possível do indicador seria tentar buscar antecipar ou validar o rompimento de um
processo de lateralização de preços.

Após definir uma congestão no preço e no


indicador, observa-se o indicador rompendo
a congestão, seja antes ou durante o
próprio rompimento de preço. Isso geraria a
expectativa de um rompimento válido.
Porém, caso o preço venha a romper a
congestão, mas o WAD não desenvolva o
rompimento, teríamos uma boa
probabilidade de se tratar apenas de um
falso rompimento de preço.
13

A maior dificuldade de aplicação dessa metodologia encontra-


se em compreender o que é uma congestão de preço e de
WAD de forma objetiva. Após superar este desafio, delimitar as
extremidades da congestão passa a ser simples, assim como
compreender o rompimento de preço e AD.
14

Divergências
Este indicador é normalmente utilizado para definir o que chamamos de divergência, isto é,
quando uma informação apresenta um resultado oposto ao pressuposto inicial.

Dentro da análise técnica é comum


buscar divergências de topos, por
exemplo. Supomos que os preços estejam
se desenvolvendo em topos e fundos
ascendentes, porém, o indicador já
quebrou a sequência de topos e fundos
ascendentes ao perder um fundo anterior.
A leitura seria de que o fluxo já esta se
invertendo, consequentemente, e a
movimentação altista deve estar próxima
do fim.
15

A dificuldade, aqui, é identificar, de forma objetiva, o que é uma


pernada de alta e de baixa no preço e no indicador. Depois
disto, compreender se temos uma sequência de topos e
fundos ascendentes ou descendentes, e, comparar o próprio
valor do AD em seu topo/fundo correspondente, torna-se
simples.
16

Classificação de Fluxo
Utilizar uma Média Móvel sobre o próprio WAD pode ser muito interessante. Particularmente
utilizo esta referência no Método Missaka, como critério para classificar se o fluxo é positivo
(WAD>MM) ou negativo (WAD<MM).

O intuito é observar qual é o ponto de


virada da tendência do fluxo. Essa
interpretação pode ser tanto critério para
iniciar uma operação como para finalizar
uma operação. Seria uma forma simples
e sem dificuldade de utilizar o indicador.
17

www.omegainvest.com.br
CLOSING
Empresa de agentes autônomos de investimentos especializada em
modelos de automatização e semi-automatização de estratégias para
renda-variável. No mercado desde 2010, com mais de 800 clientes em
mesa de operações, é uma das principais referências em modelos
quantitativos do Brasil.
18

CLOSING
www.aloq.com.br

Start Up em geração de conteúdo e publicações financeiras online.


Centraliza artigos e entrevistas de experts das áreas de finanças
pessoais, trading em renda-variável e empreendedorismo, sempre com
novidades diárias em seu portal.

Você também pode gostar