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em números

2017
Ano-base 2016

PODER JUDICIÁRIO
Conselho Nacional de Justiça
Presidente Ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha
Corregedor Nacional de Justiça Ministro João Otávio de Noronha
Conselheiros Carlos Augusto de Barros Levenhagen
Bruno Ronchetti de Castro
Daldice Maria Santana de Almeida
Fernando César Baptista de Mattos
Gustavo Tadeu Alkmim
Carlos Eduardo Oliveira Dias
Rogério José Bento Soares do Nascimento
Arnaldo Hossepian Salles Lima Junior
Luiz Cláudio Silva Allemand
José Norberto Lopes Campelo
Henrique de Almeida Ávila
Maria Tereza Uille Gomes
Secretário-Geral Júlio Ferreira de Andrade
Diretora-Geral Julhiana Miranda Melloh Almeida
Poder Departamento
de Pesquisas
Judiciário Judiciárias

em números
2017
Ano-base 2016

Brasília, 2017
É permitida a reprodução parcial ou total desta
obra, desde que citada a fonte.

Conselho Nacional de Justiça


Departamento de Pesquisas Judiciárias
Diretora Executiva Maria Tereza Aina Sadek
Diretora de Projetos Fabiana Luci de Oliveira
Diretora Técnica Gabriela de Azevedo Soares
Pesquisadores Igor Stemler
Danielly Queirós
Lucas Delgado
Rondon de Andrade
Estatísticos Filipe Pereira
Davi Borges
Jaqueline Barbão
Apoio à Pesquisa Pâmela Tieme Aoyama
Pedro Amorim
Ricardo Marques
Thatiane Rosa
Diagramação Ricardo Marques
Capa Eronildo Bento de Castro

C775j
Justiça em Números 2017: ano-base 2016/Conselho
Nacional de Justiça - Brasília: CNJ, 2017.

Anual.
188 f:il.
I Poder Judiciário - estatística - Brasil. II Administração
pública - estatística - Brasil.

CDU: 342.56:311(81)
Apresentação

A 13ª edição do Relatório Justiça em Números, preparada pelo Conselho Nacional de Justiça, cumpre
o dever deste órgão com o cidadão, cujo direito à informação é constitucionalmente assegurado, sendo
também instrumento de conhecimento de dados essenciais para a definição de políticas públicas do
Poder Judiciário.
Sem os elementos constantes das estatísticas judiciárias oficiais, os princípios e as metas afirmadas
para a administração do Poder Judiciário seriam definidas sem o substrato fático imprescindível para
se ancorarem.
A importância deste Relatório é reconhecida pela sequência administrativa própria do Poder Público
e pela consequência social que a gestão responsável impõe. Sem a ciência dos dados apurados e
apresentados no Relatório Justiça em Números, a efetividade da prestação dos serviços judiciais seria
fruto de escolhas aleatórias e a legitimidade das opções não seria atingida.
A eficiência do serviço prestado pelo Judiciário é exigência do cidadão e obrigação do Estado. A
sociedade se transformou e não quer qualquer instituição ou órgão desconhecido do Poder Público.
O Poder Judiciário, em outros tempos um estranho para o cidadão, dá-se a saber em seus dados
específicos. E o Relatório Justiça em Números é fonte deste conhecimento para o cidadão, mas também,
como antes mencionado, para oferecer-se à análise pelos seus servidores. Referência para estudos de
todos, o Relatório é acervo de pesquisa interna e externa. Assim, o Judiciário conta com o olhar daquele
que, não compondo os seus quadros, percebe, de forma inusitada, o que a sensibilidade amortecida
do seu servidor não atenta.
Como em outras edições, também nesta se apresentam a atuação dos órgãos do Poder Judiciário,
suas receitas e suas despesas, as estruturas orgânicas, mostrando-se como se desenvolvem as ati-
vidades judicantes, suas dificuldades em números e suas possibilidades para melhor atendimento da
demanda social.
As informações apresentadas neste relatório permitem que se conheça, de forma clara e objetiva,
a especialização dos órgãos do Judiciário, o número de varas, juizados especiais, auditorias militares
e zonas eleitorais.
A comparação dos dados relativos a cada grau de jurisdição permite que se verifique como o Judi-
ciário desempenha a sua obrigação de julgar. Foram estudados temas como a evolução da implantação
de processos judiciais eletrônicos, a necessidade de aproveitamento dos sistemas implementados e
o aprimoramento da interoperabilidade para que eles se comuniquem, e para que todos os atores do
sistema de justiça atuem de forma integrada.
Tem-se, no Relatório, os problemas que precisam ser resolvidos para a prestação da jurisdição em
tempo razoável, como constitucionalmente assegurado ao cidadão. Principalmente, busca-se enten-
der em que áreas o Poder Judiciário há de atentar prioritariamente para sua mudança em benefício do
jurisdicionado, por ser indiscutível que a tardia prestação jurisdicional é inaceitável. Demonstram-se,
também, as dificuldades com que lida o Judiciário, com volume de processos e modelo de legislação
processual que adia a finalização dos casos submetidos à jurisdição.
Não há milagre no serviço público. Não é permitida, também, a indolência de conhecimento para
que se propiciem as melhorias reclamadas, legitimamente, pela sociedade. O Justiça em Números
2017 responde a esta exigência de conhecimento para que não se viva de crença milagreira. Por igual,
oferece dados para que se vença o desânimo diante de problemas que não são pequenos. Inova pela
maior densidade e especificidade dos dados, pela maestria com que o Departamento de Pesquisas
Judiciárias do Conselho Nacional de Justiça esquadrinhou os elementos obtidos e os examinou.
Manteve-se o que tinha sido avanço em outras edições, aprimorou-se a formulação apresentada,
cumprindo o dever de informar e divulgar o que é o Poder Judiciário, como ele vem atuando e como
ele deveria ser para se tornar o que o cidadão precisa e espera.

Ministra Cármen Lúcia


Presidente do Conselho Nacional de Justiça
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 9
2 METODOLOGIA 11
2.1 Infográficos 14
2.2 Diagrama de Venn 14
2.3 Classificação dos Tribunais segundo o porte 15
2.4 Mapas 17
2.5 O Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-Jus) 17
2.5.1 A construção do IPC-Jus 17
2.5.2 Gráfico de quadrante e de fronteira 20
3 PANORAMA DO PODER JUDICIÁRIO 22
3.1 Estrutura do primeiro grau 30
3.2 Classificação dos tribunais por porte 33
3.3 Infográficos 36
4 RECURSOS FINANCEIROS E HUMANOS 53
4.1 Despesas e receitas totais 53
4.2 Despesas com pessoal 57
4.3 Quadro de pessoal 61
5 GESTÃO JUDICIÁRIA E LITIGIOSIDADE 66
5.1 Panorama global 67
5.1.1 Indicadores de produtividade 72
5.1.2 Indicadores de desempenho e de informatização 78
5.1.3 Recorribilidade interna e externa 84
5.2 Política de priorização do primeiro grau em números 89
5.2.1 Distribuição de recursos humanos 89
5.2.2 Indicadores de produtividade 90
5.2.3 Indicadores de desempenho e de informatização 100
5.2.4 Recorribilidade interna e externa 105
5.3 Gargalos da execução 109
5.3.1 Execuções fiscais 113
5.3.2 Índices de produtividade 117
5.3.3 Indicadores de desempenho 121
6 ÍNDICE DE CONCILIAÇÃO 125
7 TEMPO MÉDIO DE TRAMITAÇÃO DOS PROCESSOS 130
8 JUSTIÇA CRIMINAL 138
9 ÍNDICE DE PRODUTIVIDADE COMPARADA DA JUSTIÇA: IPC-JUS 144
9.1 Justiça Estadual 145
9.1.1 Resultados 145
9.1.2 Análises de cenário 148
9.2 Justiça do Trabalho 152
9.2.1 Resultados 152
9.2.2 Análises de cenário 155
9.3 Justiça Federal 159
9.3.1 Resultados 159
9.3.2 Análises de cenário 162
10 DEMANDAS MAIS RECORRENTES SEGUNDO AS CLASSES E OS ASSUNTOS 166
10.1 Assuntos mais recorrentes 166
Relatório Justiça em Números 2017

10.2 Classes mais recorrentes 177


11 CONSIDERAÇÕES FINAIS 182
12 REFERÊNCIAS 184
13 ANEXOS 186

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1 Introdução
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) entrega ao público a 13ª edição do Relatório Justiça em Números, já
consolidado como a principal fonte de divulgação de dados estatísticos do Poder Judiciário brasileiro. Com essa
publicação, o CNJ reafirma seu compromisso com a transparência e a publicidade das informações relativas à atua-
ção do Poder Judiciário nacional.
Produzido anualmente pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ), unidade responsável pelo recebimento
e pela sistematização das estatísticas judiciárias nacionais, o relatório de 2017 traz uma nova organização, com os
capítulos estruturados a partir dos indicadores, e não mais em relação a cada um dos segmentos de Justiça. Dessa
forma, todos os ramos de Justiça são apresentados em conjunto, possibilitando uma análise mais completa do
desempenho do Poder Judiciário, o que permite leitura mais apropriada das características de cada um dos tribunais
e das diferenças entre os ramos de Justiça.
Conforme o art. 92 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, são órgãos do Poder Judiciário:
• Supremo Tribunal Federal (STF);
• Conselho Nacional de Justiça (CNJ);
• Superior Tribunal de Justiça (STJ);
• Tribunal Superior do Trabalho (TST);
• Tribunais Regionais Federais (TRFs) e Juízes Federais;
• Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e Juízes do Trabalho;
• Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) e Juízes Eleitorais;
• Tribunais de Justiça Militar dos Estados (TJMs) e Juízes Militares;
• Tribunais de Justiça (TJs) e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
O relatório reúne informações de todos os órgãos do Judiciário brasileiro, excluídos o Supremo Tribunal Federal e
o Conselho Nacional de Justiça1. Assim, as 90 cortes de Justiça analisadas são: quatro Tribunais Superiores (Supe-
rior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral - TSE e Superior Tribunal Militar
- STM); 27 Tribunais de Justiça Estaduais; cinco Tribunais Regionais Federais; 24 Tribunais Regionais do Trabalho;
27 Tribunais Regionais Eleitorais; e três Tribunais de Justiça Militar Estaduais. O período analisado compreende os
anos de 2009 a 2016.
O diagnóstico apresentado aqui é amplo e abrange aspectos relativos à estrutura judiciária, aos recursos huma-
nos e financeiros e à movimentação processual. Na prestação jurisdicional está a atividade-fim do Poder Judiciário,
assim, o foco principal desta publicação está nos dados de litigiosidade (número de processos recebidos, em trâmite
e solucionados), com detalhamento dos indicadores de acordo com o grau de jurisdição e a fase processual em que
os processos se encontram - conhecimento ou execução. As estatísticas consideram as peculiaridades de cada
segmento de justiça e os portes dos tribunais.
Os indicadores e as variáveis calculados são fundamentados na Resolução CNJ n. 76/2009, que, em seus anexos,
traz o detalhamento de glossários e fórmulas que norteiam o Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário (SIESPJ).
Em conformidade com a política do CNJ de modernização do Judiciário, interoperabilidade entre sistemas e
utilização de processos judiciais eletrônicos, os dados reunidos neste relatório estão disponíveis aos magistrados,
servidores e cidadãos brasileiros por meio do “Justiça em Números Digital” - ferramenta interativa on-line - que
permite ao usuário livre navegação pelas estatísticas oficiais. Para acessar essa ferramenta, o usuário deve entrar
nos painéis em dashboard disponíveis no link paineis.cnj.jus.br.
1 A análise dos dados do Supremo Tribunal Federal foi realizada em um estudo à parte, na publicação Supremo em Ação, uma vez que a Corte Suprema não
integra o rol de tribunais submetidos ao controle administrativo e financeiro do Conselho Nacional de Justiça. O primeiro relatório Supremo em Ação foi publicado
em 2017, traz dados referentes ao período de 2009 a 2016 e está disponível em: http://www.cnj.jus.br/pesquisas-judiciarias/supremo-em-acao. Acesso em: 17 jul.
2017.
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Relatório Justiça em Números 2017

Apesar da verificação e checagem da consistência feita periodicamente pela equipe de estatística do Departa-
mento de Pesquisas Judiciárias, cabe salientar que os dados são fornecidos pelos tribunais que integram o Sistema
de Estatística do Poder Judiciário (SIESPJ), sendo de sua responsabilidade exclusiva o encaminhamento de dados
fidedignos, conforme o art. 4º da Resolução CNJ n. 76/2009.
O 13º Relatório Justiça em Números está estruturado em 11 capítulos. Após esta introdução, o segundo capítulo
detalha a metodologia adotada, especificando a tipologia dos dados de litigiosidade e os indicadores fundamentais
abrangidos pelo Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário; o fluxo de trabalho necessário para construção do
relatório; as técnicas de visualização aplicadas e as descrições das metodologias de análise estatística utilizadas na
construção dos portes dos tribunais e no cálculo do Índice de Produtividade Comparada do Poder Judiciário (IPC-Jus).
O terceiro capítulo apresenta um panorama da atuação do Poder Judiciário, em três seções: a primeira delineia a
estrutura das unidades judiciárias de primeiro grau, com os quantitativos de varas, juizados especiais, zonas eleitorais
e auditorias militares; a segunda traz a classificação dos Tribunais de Justiça, dos Tribunais Regionais do Trabalho e
dos Tribunais Regionais Eleitorais em pequeno, médio e grande porte. Esse tipo de agrupamento, utilizado em todas
as análises do relatório, permite comparações mais adequadas, dadas as características distintas de cada um dos
tribunais. A terceira seção retrata os principais indicadores por meio de infográficos.
O quarto capítulo aborda informações relativas aos recursos financeiros e humanos do Poder Judiciário nacional,
subdividindo-se em três seções: quadro de pessoal, despesas e receitas totais e despesas com pessoal.
Em “Gestão Judiciária e Litigiosidade”, quinto capítulo, são apresentados os dados relativos à movimentação
processual. Ele está organizado em três seções. A primeira traz um panorama dos indicadores de movimentação
processual e de desempenho para o Poder Judiciário como um todo, incluindo índices de produtividade e carga de
trabalho dos magistrados e servidores da área judiciária; taxa de congestionamento; recorribilidade e índices de
atendimento à demanda. A segunda seção, em consonância com a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro
Grau de Jurisdição regulamentada pela Resolução CNJ n. 194/2014, expõe as comparações desses indicadores entre
o 1º e o 2º grau. Na terceira seção é feita uma análise dos processos de execução e seu impacto nos indicadores de
produtividade, com particular atenção às execuções fiscais.
O sexto capítulo aborda os indicadores de conciliação. O sétimo, oferece uma análise dos tempos médios de
tramitação processual. O oitavo capítulo traz um panorama dos processos criminais, com dados da série histórica
dos casos novos e pendentes criminais da fase de conhecimento e das execuções penais.
Em “Gestão e do Desempenho da Justiça”, nono capítulo, é apresentado o IPC-Jus, Índice de Produtividade Com-
parada da Justiça, indicador sintético que compara a eficiência relativa dos tribunais, segundo a técnica de análise
de fronteira denominada Data Envelopment Analysis (DEA). Também serão apresentados estudos de cenário, com o
objetivo de comparar o desempenho atual dos tribunais com o desempenho esperado para esses órgãos, segundo
um modelo retrospectivo.
O décimo capítulo traz dados detalhados sobre as demandas existentes no Poder Judiciário, com segmentação
dos casos novos por classe processual e por assunto.
Por fim, nas considerações finais, estão sumarizados os principais resultados e tendências verificados no relatório.

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2 Metodologia
O Relatório Justiça em Números é regido pela Resolução CNJ n. 76, de 12 de maio de 2009, e compõe o Sistema
de Estatísticas do Poder Judiciário (SIESPJ).
Os seguintes tribunais integram o SIESPJ:
• Superior Tribunal de Justiça (STJ);
• Superior Tribunal Militar (STM);
• Tribunal Superior do Trabalho (TST);
• Tribunal Superior Eleitoral (TSE);
• 5 Tribunais Regionais Federais (TRFs);
• 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs);
• 27 Tribunais Regionais Eleitorais (TREs);
• 3 Tribunais de Justiça Militar Estaduais (TJMs);
• 27 Tribunais de Justiça (TJs).
Os dados do SIESPJ devem ser obrigatoriamente informados pela presidência dos tribunais, que pode delegar a
magistrado ou a serventuário especializado integrante do Núcleo de Estatística a função de gerar, conferir e transmitir
os dados estatísticos. A presidência dos tribunais é responsável pela fidedignidade das informações apresentadas
ao Conselho Nacional de Justiça.
O SIESPJ abrange os indicadores estatísticos fundamentais do Judiciário dispostos nas seguintes categorias:
I - Insumos, dotações e graus de utilização:
a) Receitas e despesas; e
b) Estrutura;
II - Litigiosidade:
a) Carga de trabalho;
b) Taxa de congestionamento;
c)Produtividade; e
d) Recorribilidade;
III - Acesso à justiça; e
IV - Tempo do processo.
Os dados referentes ao módulo de litigiosidade são informados semestralmente, enquanto os demais, anualmente.
Os dados estatísticos do primeiro semestre do ano-base são transmitidos no período de 10 de julho a 31 de agosto
do mesmo ano-base. Os dados anuais e do segundo semestre são transmitidos no período de 10 de janeiro a 28 de
fevereiro do ano seguinte ao ano-base. Os prazos para retificações dos dados são: entre 15 de março e 15 de abril e
entre 15 de setembro e 15 de outubro. As falhas de fornecimento de dados devem ser corrigidas pelos tribunais no
prazo de dez dias, a contar da notificação.
O Departamento de Pesquisas Judiciárias recebe os dados estatísticos enviados pelos tribunais sob a supervisão
da Comissão Permanente de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento. A primeira edição do Relatório Justiça
em Números ocorreu no ano de 2004 e ampliou os princípios norteadores do Banco Nacional de Dados do Poder
Judiciário (BNDPJ), que serviu de balizamento para fundamentar a Resolução CNJ n. 15, editada em 20 de abril de
2006. Tal resolução representou um marco para a metodologia de coleta de dados estatísticos nos tribunais das
esferas federal, estadual e trabalhista e para a inauguração da série histórica em 2004, que perdurou até 2008.

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Relatório Justiça em Números 2017

Com o propósito de contribuir para o aperfeiçoamento do SIESPJ e dar prosseguimento ao processo de aprimo-
ramento dos dados do Relatório Justiça em Números, foi editada a Resolução CNJ n. 76/2009, regulamento que
tem norteado a coleta e a sistematização dos dados, a partir do ano de 2009, ponto inicial da série histórica vigente.
Desde então, os dados de litigiosidade, quando aplicáveis a cada ramo de Justiça, passaram a ser coletados na forma
do diagrama constante na Figura 1.
Figura 1: Tipologia dos dados de litigiosidade, conforme os anexos da Resolução CNJ n. 76/2009

2º Grau e Criminal
Turmas Recursais
Não criminal

Criminal
Fase de
Conhecimento
Não criminal

1º Grau Fiscais
Execuções
Extrajudiciais Não Fiscais
Fase de
Execução Não criminais

Execuções Penas Privativas


Judiciais de Liberdade

Penas não
Privativas de
Liberdade

Criminal
Fase de
Conhecimento
Não criminal

Juizados
Especiais Execuções
Extrajudiciais

Fase de
Execução
Não criminais
Execuções
Judiciais Penas não
Privativas de
Liberdade

Em 2011, concluiu-se a elaboração dos indicadores estatísticos do Superior Tribunal de Justiça, da Justiça Elei-
toral, da Justiça Militar da União e da Justiça Militar dos Estados, que passaram a constar nos anexos da Resolução
CNJ n. 76/2009.

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Em 2015, duas grandes mudanças ocorreram no Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário: a criação do módulo
de produtividade mensal e a revisão dos indicadores.
O módulo de produtividade mensal resultou da migração do antigo sistema Justiça Aberta, que era gerido pela
Corregedoria Nacional de Justiça, para o SIESPJ. A sistematização do envio dos dados foi reformulada, os conceitos
e a forma de apuração de dados de litigiosidade foram alterados e alinhados com os utilizados no Relatório Justiça
em Números.
A partir de 2016, com a implantação do módulo de produtividade, os tribunais passaram a transmitir as informações
mensalmente e por serventia, enviadas sempre até o dia 20 do mês subsequente ao mês de referência. Os dados,
que são permanentemente atualizados, estão disponíveis para acesso público em paineis.cnj.jus.br.
Conduzida pela Comissão de Gestão Estratégica, Estatística e Orçamento do CNJ, a revisão dos glossários e
indicadores do Anexo I da Resolução CNJ n. 76/2009 contou com a participação dos tribunais, por meio de consulta
pública, e de reuniões com o comitê gestor nacional do Sistema de Estatística do Poder Judiciário. Novos indicado-
res foram criados e outros foram aperfeiçoados. Passaram a ser medidos indicadores de tempo de tramitação dos
processos e de conciliação. A carga de trabalho e a taxa de congestionamento ganharam versões brutas e líquidas.
Nos indicadores líquidos são subtraídos do estoque os casos suspensos ou sobrestados ou em arquivo provisório.
Dados dos tribunais superiores e do 2º grau passaram a ser subdivididos entre originários e recursais, entre outras
modificações, que tiveram sua primeira aplicação na coleta de 2016.
Cumpre informar que os novos indicadores iniciaram a série histórica no ano de 2015. Para os indicadores já
existentes e que tiveram as fórmulas alteradas, a série histórica foi reconstruída utilizando-se as novas definições.
Apresenta-se, na Figura 2, o fluxo do Relatório Justiça em Números desde o envio dos dados e da retificação
pelos tribunais até o formato atual do relatório:
Figura 2: Fluxo do Relatório Justiça em Números

Envio dos Tabulação Retificação


dados dos dados dos dados

Informação de Análise
valor agregado dos dados

Visualização Tabelas e
Infográficos da informação Gráficos

Mapas Textos
Índice de Produtividade Analíticos
Comparada da Justiça
IPC-Jus

As descrições das técnicas e metodologias utilizadas neste relatório são apresentadas a seguir.

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Relatório Justiça em Números 2017

2.1 Infográficos
Os infográficos são, por definição, um conjunto de recursos gráficos utilizados na apresentação e na sintetização
de dados, com o objetivo de facilitar a compreensão visual das informações. Por essa forma, são expressados de
maneira clara e intuitiva os seguintes dados: orçamento; força de trabalho; tempo médio de tramitação do processo;
dados gerais de litigiosidade; indicadores de produtividade do ramo de Justiça; indicadores de produtividade dos
magistrados; e indicadores de produtividade dos servidores da área judiciária.
Na primeira parte dos infográficos encontram-se os dados para o ano-base de 2016 sobre o orçamento do tribunal
e a força de trabalho, com as seguintes informações:
• Orçamento: despesa total, detalhando despesas com recursos humanos (remuneração, proventos e pensão;
benefícios; encargos; terceirizados; estagiários e outras) e o restante das despesas com destaque para aqui-
sições e contratos em informática.
• Magistrados: quantitativo de cargos de magistrados existentes (criados por lei), separados em providos e
vagos, com classificação dos cargos providos por instância (2º e 1º grau), considerando ainda os magistrados
que atuam exclusivamente em uma unidade judiciária e os que acumulam funções em mais de uma unidade.
• Servidores: quantitativo de cargos efetivos existentes (criados por lei), separados em providos e vagos, com
classificação dos servidores da área judiciária por instância e área administrativa.
• Auxiliares: quantitativo de trabalhadores auxiliares (juízes leigos, conciliadores, terceirizados, estagiários e
voluntários).
São apresentados graficamente o tempo médio do processo baixado, separando por grau e fases de conhecimento
e execução. Nos infográficos constam o tempo da sentença; o tempo da baixa e o tempo do processo pendente,
separados por grau de jurisdição; e no 1º grau, pelas fases de conhecimento e execução.
A última parte expõe os principais indicadores de cada ramo de Justiça, separados por grau, tipo e fase, nas
seguintes categorias: movimentação processual, gestão do tribunal e produtividade por magistrado e por servidor.

2.2 Diagrama de Venn


O Judiciário possui uma característica peculiar, pois os juízes podem acumular função no juízo comum (1º grau),
nos juizados especiais e nas turmas recursais. Dessa forma, para compor o total de magistrados, é preciso separá-los
em alguns grupos: a) exclusivos de 1º grau; b) exclusivos de juizados especiais; c) exclusivos de turmas recursais; d)
acumulam 1º grau e juizados especiais; e) acumulam 1º grau e turmas recursais; e f) acumulam juizados especiais e
turmas recursais. Uma forma de apresentar esquematicamente problemas relativos aos conjuntos e suas intersecções
é o Diagrama de Venn, técnica muito utilizada na matemática.
O Diagrama de Venn consiste no uso de figuras geométricas fechadas, normalmente círculos, simbolizando con-
juntos, permitindo verificar a existência ou não de intersecção. Assim, a área sobreposta de dois ou mais círculos
significa que existem elementos que fazem parte dos conjuntos simultaneamente. Caso as figuras não se toquem,
os elementos pertencem a apenas um dos conjuntos, não tendo nenhuma intersecção entre estes.
No relatório utilizaremos os Diagramas de Venn para ilustrar a distribuição dos magistrados e dos servidores
entre as diversas áreas de lotação. Para aumentar a informação disponibilizada pelo diagrama, o tamanho do círculo
correspondente a cada área será proporcional à quantidade de magistrados ou servidores alocados nela. Como
exemplo, a Figura 3 apresenta a jurisdição dos magistrados nos dois primeiros graus de jurisdição.

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Figura 3: Exemplo de uso do Diagrama de Venn
1º Grau
2º Grau

2.429 3.626
(Juizados Especiais)

1.586 13.786
(Turmas Recursais) (1º grau)

O gráfico indica que não existe nenhuma intersecção entre o 2º grau, formado por desembargadores e juízes
substitutos de 2º grau, e o conjunto do 1º grau, com juízes de direito. Quanto a estes últimos, verificamos que os
juízes de direito podem atuar simultaneamente em áreas distintas, o que mostra que não poderíamos somar as
quantidades apresentadas, devido às intersecções existentes. A soma dos magistrados atuando em cada área é de
18.998 enquanto temos 15.507 juízes de direito. Isso mostra que há 3.491 com acúmulo de atividades. As diversas
intersecções não foram mostradas devido à dificuldade de visualização das informações em tal nível de detalhe.

2.3 Classificação dos Tribunais segundo o porte


A classificação dos tribunais em portes tem por objetivo criar agrupamentos de forma a respeitar características
distintas no interior do mesmo ramo de Justiça. A separação é feita sempre em três grupos, quais sejam: grande,
médio e pequeno porte. Os ramos de Justiça com essa separação são: Justiça Estadual (27 tribunais), Justiça do
Trabalho (24 tribunais) e Justiça Eleitoral (27 tribunais). Tendo em vista que a Justiça Federal é subdivida em ape-
nas cinco regiões e que a Justiça Militar Estadual conta com apenas três tribunais, não faria sentido classificá-los
conforme tal metodologia.
Para a classificação dos tribunais em portes, utiliza-se a técnica estatística de análise multivariada denominada
análise de componentes principais.2 A partir da sua aplicação, passa a ser possível reduzir o número de dimensões
em análise. No caso específico, quatro variáveis são sintetizadas em apenas um fator (escore) obtido por meio de
uma combinação linear das variáveis originais. As quatro variáveis utilizadas no cálculo do escore foram: despesa
total da Justiça, total de processos que tramitaram, total de magistrados e força de trabalho.3
A seguir, apresenta-se a técnica estatística de análise de componentes principais, utilizada para cálculo dos
escores, e, consequentemente, para a definição dos grupos.

Análise de Componentes Principais (ACP)


Trata-se de método de análise multivariada utilizada para resumir grande número de variáveis em poucas dimen-
sões. É uma tentativa de compreender relações complexas impossíveis de serem trabalhadas com métodos univaria-
dos ou bivariados, permitindo, assim, visualizações gráficas e análises mais aprofundadas por parte do pesquisador.
Por meio de transformação ortogonal, um conjunto de informações possivelmente correlacionadas é reescrita
com a utilização de fatores não correlacionados e gerados por meio de combinações lineares das variáveis originais.

2 Técnica estatística voltada para casos em que se deseja sintetizar a informação fornecida por diversas variáveis/indicadores.
3 Por força de trabalho, devem ser entendidos os servidores efetivos, os cedidos, os requisitados e os servidores sem vínculo efetivo com a administração públi-
ca, assim como as demais categorias que integram a força de trabalho auxiliar, tais como terceirizados, estagiários, juízes leigos, conciliadores e voluntários.
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Relatório Justiça em Números 2017

Segundo Johnson e Wichern (2007), seja um vetor com p variáveis aleatórias denominadas por X’={x1,x2,...,xp}
com matriz de covariância dada por autovalores "1>="2>=...>="p.
Y1=a1’X=a11x1+a12x2+...+a1pxp
Y2=a2’X=a21x1+a22x2+...+a2pxp
...
Yp=ap’X=ap1x1+ap2x2+...+appxp
Com
Var(yi)=ai’∑ai, para i=1,2,...,p
Cov(yi,yk)=ai’∑ak, para i,k=1,2,...,p
As componentes principais (escores) são as combinações lineares não correlacionadas {y1,y2,...,yp}, que possuem
a maior variância possível. Dessa forma, a primeira componente principal é a que produz combinação linear com
variância máxima; a segunda componente tem a segunda maior variância, e, assim, sucessivamente. Matematica-
mente, pode-se escrever:
Primeira componente principal = combinação linear a1’X que maximiza Var(a1’X), sujeito a a1’a1=1.
Segunda componente principal = combinação linear a2’X que maximiza Var(a2’X), sujeito a a2’a2=1 e
Cov(a1’X;a2’X)=0.
...
i-ésima componente principal = combinação linear ai’X que maximiza Var(ai’X), sujeito a ai’ai=1 e Cov(ai’X;ak’X)=0
para k<i.
Dessa forma, o vetor aleatório X’={x1,x2,...,xp}, com matriz de covariância associada dada por ∑ e com pares
de autovalores-autovetores dados por (("1,e1),...,("p,ep)), onde "1>="2>=...>="p>=0, tem a i-ésima componente
principal igual a:
Yi=ei’X=ei1 x1+ei2 x2+...+eip xp , para i=1,2,...,p
A partir de então tem-se:
Var(yi)=ei’∑ei="i, para i=1,2,...,p
Cov(yi,yk)=ei’∑ek=0, para i≠k
Além disso, essa combinação resulta que:
p p

$11+$22+...+$pp= ∑ var(x )=" +" +...+" =∑ var(y )


i=1
i 1 2 p
i=1
i

Ou seja, a soma das variâncias das p componentes principais é igual à soma das variâncias das p variáveis origi-
nais. Consequentemente, a proporção de variância populacional explicada pela k-ésima componente principal é igual:
(Proporção da variância explicada pela k-ésima componente principal)="k/("1+..."p), para k=1,2,...,p

Por esse resultado, pode-se concluir que, quando um número pequeno de componentes (digamos, 1, 2 ou até
3, a depender da quantidade de variáveis em análise) consegue explicar uma proporção satisfatória da variância
populacional, ou seja, cerca de 80% a 90% dos dados, o pesquisador pode utilizar os fatores para suas análises, em
vez das variáveis originais, sem perda de muita informação.
Considerando que as variáveis utilizadas nesse modelo possuem escalas bastante distintas e para que todas
pudessem ter o mesmo peso de influência no modelo, optou-se pelo uso dos dados padronizados pela distribuição
normal, que se resume à substituição da matriz de covariância pela de correlação.

16
Ferramenta importante na interpretação de fatores é a rotação fatorial. Nela, os eixos dos fatores (escores) são
rotacionados em torno da origem até que alguma outra posição seja alcançada. Conforme detalha Hair et al. (2005),
existem diversos métodos de rotação fatorial. Neste trabalho, optou-se pela varimax, na qual a soma de variâncias
das cargas da matriz fatorial é maximizada.4
Utilizando essa técnica, foi possível obter um escore único, por ramo de Justiça, capaz de resumir todo o con-
teúdo das quatro variáveis, e com variância explicada de 98% nos tribunais da Justiça Estadual, de 98% nos tribunais
da Justiça do Trabalho e de 91% nos tribunais da Justiça Eleitoral. Os tribunais foram ordenados por meio do fator
(escore) resultante da análise fatorial e posteriormente classificados em 3 grupos predefinidos: pequeno, médio e
grande porte.

2.4 Mapas
Os mapas foram desenvolvidos nas Justiças Estadual, Trabalhista, Federal, Eleitoral e Militar Estadual com a
finalidade de representar, em perspectiva nacional o número de habitantes por unidade judiciária de 1º grau.
Na Justiça Federal, a informação territorial valeu-se, além da divisão em cinco regiões, também da partição por
seção judiciária.
Os dados representados em cada mapa estão dispostos em grupos com o mesmo número de divisões. Para tanto,
calculou-se a amplitude do indicador (maior valor deduzido do menor valor) e dividiu-se por cinco. Esse resultado
é o intervalo de cada grupo. Por exemplo, suponha um indicador em que o menor valor é de 1.000 e o maior, 5.000.
Assim, a amplitude é de 4.000 (igual a 5.000 – 1.000). Dividindo-se a amplitude de 4.000 por 5, obtém-se que cada
classe conterá um intervalo de 800. Dessa forma, a primeira classe abrangerá os tribunais cujo indicador está entre
1.000 (inclusive) e 1.800 (exclusive), a segunda classe de 1.800 a 2.600, e, assim, sucessivamente até a quinta classe.
A vantagem dessa abordagem é que ela permite identificar realmente aqueles tribunais que se destacam, nos grupos
extremos, sob a ótica do indicador.

2.5 O Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-Jus)


As seções a seguir apresentam o detalhamento das fórmulas utilizadas no cálculo do IPC-Jus, bem como o
mecanismo de construção dos gráficos de fronteira de quadrantes, forma ilustrativa muito útil para auxiliar na com-
preensão do resultado final do modelo DEA.

2.5.1 A construção do IPC-Jus


O Sistema de Estatística do Poder Judiciário (SIESPJ) conta com 810 variáveis encaminhadas pelos tribunais e
posteriormente transformadas em indicadores pelo CNJ. São muitos os indicadores que podem mensurar a eficiência
de um tribunal, e o grande desafio da ciência estatística consiste em transformar dados em informações sintéticas,
que sejam capazes de explicar o conteúdo dos dados que se deseja analisar. Para alcançar tal objetivo, optou-se por
construir o IPC-Jus, uma medida de eficiência relativa dos tribunais, utilizando-se uma técnica de análise denominada
DEA (do inglês, Data Envelopment Analysis) ou Análise Envoltória de Dados.
O método estabelece comparações entre o que foi produzido (denominado output, ou produto) considerando-se
os recursos (ou insumos) de cada tribunal (denominados inputs). Trata-se de metodologia de análise de eficiência
que compara o resultado otimizado com a eficiência de cada unidade judiciária em questão. Dessa forma, é possível
estimar dados quantitativos sobre o quanto cada tribunal deve aumentar sua produtividade para alcançar a fronteira
de produção, observando-se os recursos que cada um dispõe, além de estabelecer um indicador de avaliação para
cada unidade.

4 Mais detalhes sobre tipos de rotação e o método de componentes principais podem ser encontrados em Johnson e Wichern (2007), Hair et al. (2005) e Rencher
(2002).
17
Relatório Justiça em Números 2017

O método DEA foi desenvolvido por Charnes et al. (1978) e aplicado inicialmente com maior frequência na área
de engenharia de produção. Recentemente, passou a ser aplicado no Brasil na área forense, com o intuito de medir
o resultado de tribunais, como nos artigos de Fochezatto (2010) e Yeung e Azevedo (2009).
Trata-se de modelo simples (com poucas variáveis de inputs e outputs) e, ao mesmo tempo, com alto poder
explicativo. Além de selecionar as variáveis de insumos e produtos que comporão a análise, é preciso escolher o tipo
de modelo a ser aplicado. Mello et al. (2005) detalham de forma bastante didática os tipos de modelos disponíveis.
Os modelos DEA clássicos são o CCR (CHARNES, COOPER e RHODES, 1978) e o BCC (BANKER, CHARNES e
COOPER, 1984). O modelo CCR, apresentado originalmente por Charnes et al. (1978), constrói uma superfície linear
por partes não paramétrica, envolvendo os dados e trabalhando com retornos constantes de escala, isto é, qualquer
variação nas entradas (inputs) produz variação proporcional nas saídas (outputs). Esse modelo também é conhecido
por Constant Returns to Scale (CRS). O modelo BCC, apresentado por Banker et al. (1984), considera retornos variáveis
de escala, isto é, substitui o axioma da proporcionalidade entre inputs e outputs pelo axioma da convexidade. Por
isso, esse modelo também é conhecido como Variable Returns to Scale (VRS). Ao tratar a fronteira de produção de
forma convexa, o modelo BCC permite que as unidades que operam com baixos valores de inputs tenham retornos
crescentes de escala, enquanto as que operam com altos valores de inputs tenham retornos decrescentes de escala.
Na análise de eficiência dos tribunais, adotou-se o modelo CCR, ou seja, com retornos constantes de escala.
Além disso, o modelo é orientado ao output, o que significa que o interesse está em identificar quanto o tribunal
pode aumentar em termos de produto (maximizando o resultado), mantendo seus recursos fixos, já que a redução
de orçamento e da força de trabalho muitas vezes não é viável.
Segundo Yeung e Azevedo (2009), o modelo CCR orientado ao output pode ser escrito como um problema de
programação linear da seguinte forma:

max((ϕ,",s ,s )) Z0=ϕ+ϵs++ϵs-
+ -

Sujeito a

ϕY0-Y"+s+=0
X"+s-=X0
",s+,s->=0,

em que X0 é o vetor de inputs, Y0 é o vetor de outputs e ϕ representa o montante de output necessário para
transformar uma unidade (DMU5) ineficiente em eficiente. A variável s- mede o excesso de inputs de uma unidade
ineficiente e s+ mede a falta de output.
A técnica DEA foi aplicada aos dados do Relatório Justiça em Números com o objetivo de verificar a capaci-
dade produtiva de cada tribunal, considerando-se os insumos disponíveis. A seleção das variáveis para a definição
dos inputs foi feita com o intuito de contemplar a natureza dos três principais recursos utilizados pelos tribunais:
os recursos humanos, os financeiros e os próprios processos. A princípio, foram testados métodos de seleção de
variáveis, tais como o Método I - O Stepwise Exaustivo Completo, o Método Multicritério para Seleção de Variáveis
e o Método Multicritério Combinatório Inicial para Seleção de Variáveis (SENRA, 2007). Entretanto, esses modelos
favoreceram os inputs que tiveram maior correlação linear com o output (total de processos baixados), beneficiando,
em alguns casos, variáveis semelhantes, como, por exemplo, número de servidores e, logo em seguida, a despesa
com pessoal ativo. Sendo assim, o processo de seleção partiu da categorização das variáveis nos critérios definidos
a seguir, permitindo-se a utilização em parte do Método Multicritério em conjunto com critérios subjetivos.
Os inputs foram divididos em:

5 DMU representa cada unidade de produção analisada no modelo DEA. Do inglês, Decision Making Unit.
18
a) Exógeno (não controlável): relativos à própria demanda judicial. Os testes empreendidos levaram em consi-
deração tanto o quantitativo de casos pendentes, quanto o de processos baixados, revelando-se a soma des-
ses, ou seja, o total de processos que tramitaram como variável explicativa para os resultados de eficiência.
b) Endógeno (controlável):
• Recursos financeiros: utilizou-se a despesa total de cada tribunal desconsiderando a despesa com pessoal
inativo e as despesas com projetos de construção e obras, tendo em vista que tais recursos não contribuem
diretamente para a produção ou a produtividade dos tribunais.
• Recursos humanos: como dados de força de trabalho foram utilizados os números de magistrados e de
servidores efetivos, requisitados e comissionados sem vínculo, excluídos os cedidos a outros órgãos.
Com relação ao output, a variável total de processos baixados é aquela que melhor representa o fluxo de saída
dos processos do Judiciário sob a perspectiva do jurisdicionado que aguarda a resolução do conflito. Sendo assim,
o modelo do IPC-Jus considera o total de processos baixados com relação ao total de processos que tramitaram; o
quantitativo de magistrados e servidores (efetivos, requisitados e comissionados sem vínculo); e a despesa total do
tribunal (excluídas as despesas com pessoal inativo e com obras).
As despesas com recursos humanos separadas por grau de jurisdição permitem o cálculo do IPC-Jus do 1º grau e
2º grau, isoladamente. Dessa forma, o IPC-Jus do total abarca a área administrativa, as despesas de capital e outras
despesas correntes, e o IPC-Jus do 1º e 2º grau considera apenas a força de trabalho da área judiciária.
Como resultado da aplicação do modelo DEA, tem-se um percentual que varia de 0 (zero) a 100%, revelando
que, quanto maior o valor, melhor o desempenho da unidade, significando que ela foi capaz de produzir mais (em
baixa de processos) com menos recursos disponíveis (de pessoal, de processos e de despesas). Essa é a medida de
eficiência do tribunal, aqui denominada por IPC-Jus.
Adicionalmente, ao dividir o total de processos baixados de cada tribunal por seu respectivo percentual de efi-
ciência alcançado, tem-se a medida do baixado ideal (ou target), que representa quanto o tribunal deveria ter baixado
para alcançar a eficiência máxima (100%) no ano-base.
É importante esclarecer que o baixado ideal é uma métrica que analisa o passado e não o futuro, ou seja, sig-
nifica que, caso o tribunal tivesse conseguido baixar a quantidade de processos necessários conforme o modelo
comparativo, teria, em 2015, alcançado a curva de eficiência. Não quer dizer, entretanto, que se o tribunal baixar
essa mesma quantidade, ou até mais, no ano subsequente, o alcance da eficiência ocorreria. Dessa forma, o IPC-Jus
considera o resultado alcançado no passado com base nos recursos disponíveis naquele ano e coloca na fronteira
aqueles que conseguiram produzir mais, com menos insumos. Portanto, as mudanças dos insumos e dos produtos
dos demais tribunais no próximo ano irão realocar a curva da fronteira e, consequentemente, a posição do tribunal
em face dos demais.
A metodologia DEA foi aplicada na Justiça Estadual, na Justiça Trabalhista e também na Justiça Federal. O modelo
não contemplou a Justiça Militar Estadual porque ela conta com apenas três tribunais, e logo, inadequado do ponto
de vista metodológico.
O modelo também não foi adotado na esfera da Justiça Eleitoral, tendo em vista que, neste caso, o objetivo prin-
cipal dos tribunais regionais consiste na realização das eleições e não somente na atividade jurisdicional na forma
de baixa de processos (output do modelo).
Apesar de a Justiça Federal também conter número reduzido de tribunais (5), as informações de primeiro grau
foram desagregadas por seções judiciárias. Portanto, neste ramo de Justiça, considerou-se como unidade de pro-
dução cada seção judiciária (UF), além do 2º grau de cada tribunal. Dessa forma, há 32 unidades produtivas (DMUs)
que foram comparadas por meio da aplicação do DEA. A eficiência consolidada do tribunal (TRF) foi calculada lan-
çando-se mão da divisão da soma em todas DMUs do valor baixado realizado pela soma em todas DMUs do baixado
ideal (target), ou seja:
nj nj
Eficiência Totalj=(∑ Baixado Reali)/(∑ Baixado Ideali)
i=1 i=1

19
Relatório Justiça em Números 2017

onde j={1,2,3,4,5}, representa cada TRF e nj representa o número de unidades produtivas de cada TRF.
Esse mesmo método também foi utilizado para mensuração da eficiência total dos ramos de Justiça Estadual,
Federal e do Trabalho.

2.5.2 Gráfico de quadrante e de fronteira


Os gráficos de quadrantes (ou Gartner) têm por objetivo classificar os tribunais em quatro grupos, em que são
analisados duas variáveis ou indicadores conjuntamente. Os dois eixos são cortados nos valores equivalentes à
média de cada elemento analisado.
Além de cada um dos tribunais, também consta no gráfico o valor correspondente ao total do ramo de Justiça.
Neste caso, os cálculos são produzidos com base nas consolidações do segmento, somando-se as variáveis que
compõem cada indicador, para, somente depois, aplicar a respectiva fórmula. Por esse motivo, o total do ramo pode
diferir da média, que corresponde ao valor localizado no centro dos quadrantes.
Os gráficos de fronteira são utilizados para visualizar os resultados da técnica DEA quando apenas duas variáveis
ou dois indicadores são utilizados. Para efeitos deste relatório, optou-se pela apresentação de dois indicadores em
cada gráfico, compostos sempre por variáveis adotadas no modelo de DEA, a fim de facilitar a compreensão da meto-
dologia proposta para análise da eficiência, além de permitir interpretações mais detalhadas de alguns indicadores
disponíveis no Relatório Justiça em Números. Cada indicador contempla o output (quantitativo de processos bai-
xados) e um dos inputs (processos em tramitação ou número de magistrados ou número de servidores ou despesa).
Os gráficos de quadrante estão apresentados em conjunto com o gráfico de fronteira, sem perda de informação.
O gráfico é incrementado pela informação do porte dos tribunais, o que facilita a análise do seu comportamento
diante dos demais.
Dessa forma, esses gráficos mostram, simultaneamente, quatro dimensões distintas, pois, além dos dois indica-
dores e do porte, os tamanhos de cada ponto estão associados à eficiência do tribunal, sendo que quanto maior o
símbolo, maior a eficiência relativa (IPC-Jus).
Esses gráficos serão de grande utilidade para ajudar na compreensão do modelo multivariado que considera
simultaneamente todos esses insumos e o produto. Se uma unidade de produção alcança o valor máximo de insumo/
produto, então ela é uma unidade eficiente e está localizada na linha de produção do gráfico de fronteira. Além disso,
cada quadrante traz uma interpretação singular sobre as unidades. No primeiro quadrante estão as unidades cujas
duas variáveis estão em níveis altos. No segundo, encontram-se as unidades cuja variável representada na horizontal
está em um menor nível e a variável representada na vertical está no maior. Já o terceiro quadrante detalha unidades
com ambas as variáveis em menor nível. O quarto quadrante, indica as que têm maior nível na variável representada
na horizontal e menor nível na vertical. Na Figura 4, demonstra-se um exemplo de gráfico de fronteira. Os tribunais
que estão na linha azul são aqueles mais eficientes (tribunais 1 a 4). O tribunal 5, apesar de possuir taxa de congestio-
namento menor que a do tribunal 2, também possui menor Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM). O tribunal
6 é o menos eficiente, pois se encontra mais afastado da linha de produção e combina maior congestionamento
com menor produtividade. As linhas pontilhadas horizontais e verticais representam, respectivamente, a média do
IPM e da taxa de congestionamento. Nesse exemplo, o segundo quadrante seria aquele que os tribunais deveriam
visar, pois representam um maior IPM com uma menor taxa de congestionamento. Já o quarto quadrante seria o que
deveria ser evitado, pois combina menor IPM com maiores taxas de congestionamento.

20
3.500
3.000 Figura 4: Exemplo da representação de um gráfico de quadrantes e de fronteira

Tribunal 1
Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM)

2.500

Tribunal 2
2.000

Tribunal 3
Tribunal 5
1.500

Tribunal 4
1.000
500

Tribunal 6
0

0% 20% 40% 60% 80%


Taxa de congestionamento

Os gráficos de fronteira e de quadrante foram produzidos para a Justiça Estadual, Trabalhista e Federal, ramos
em que o método DEA foi aplicado. Nos Tribunais Regionais Federais, os gráficos contemplam, além dos resultados
dos cinco TRFs, também das 27 seções judiciárias e do 2º grau. Por se tratar de uma análise complementar à mode-
lagem DEA, utilizada no cálculo do IPC-Jus, os gráficos de quadrante e de fronteira não serão utilizados na Justiça
Eleitoral e na Justiça Militar Estadual.
Nos capítulos da Justiça Estadual, da Justiça do Trabalho e da Justiça Federal serão apresentados em detalhes
os resultados do IPC-Jus decorrentes da aplicação do método DEA, com os percentuais obtidos por tribunal.

21
Relatório Justiça em Números 2017

3 Panorama do Poder Judiciário


O Poder Judiciário brasileiro está organizado em cinco ramos ou segmentos de justiça. O infográfico abaixo traz
um sumário explicativo das competências, da organização e da estrutura de cada segmento de Justiça.

O que é a Justiça Estadual:


A Justiça Estadual, integrante da justiça comum (junto com a Jus-
tiça Federal), é responsável por julgar matérias que não sejam da com-
petência dos demais segmentos do Judiciário – Federal, do Trabalho,
Eleitoral e Militar, ou seja, sua competência é residual.

Como ela se organiza:


Cada estado tem a atribuição de organizar a sua justiça. Já o Poder
Judiciário do Distrito Federal é organizado e mantido pela União. Hoje,
a Justiça Estadual está presente em todas as unidades da federação,
reunindo a maior parte dos casos que chega ao Judiciário, encarre-
gando-se das questões mais comuns e variadas, tanto na área cível
quanto na criminal.

Como é sua estrutura:


Do ponto de vista administrativo, a Justiça Estadual é estruturada em
duas instâncias ou graus de jurisdição:
• 1º grau: composto pelos Juízes de Direito, pelas varas, pelos fóruns,
pelos tribunais do júri (encarregado de julgar crimes dolosos contra
a vida), pelos juizados especiais e suas turmas recursais.
• 2º grau: é representado pelos Tribunais de Justiça (TJs). Nele, os
magistrados são desembargadores, que têm entre as principais atri-
buições o julgamento de demandas de competência originária e de
recursos interpostos contra decisões proferidas no primeiro grau.

O que são os juizados especiais?


Criados pela Lei n. 9.099, de 26 de setembro de 1995, os juizados espe-
ciais têm competência para a conciliação, o processamento, o julgamento
e a execução das causas cíveis de menor complexidade (causas cujo valor
não exceda a quarenta vezes o salário mínimo, por exemplo) e das infrações
penais de menor potencial ofensivo, ou seja, as contravenções penais e os
crimes para os quais a lei defina pena máxima não superior a dois anos. As
turmas recursais, por sua vez, integradas por juízes em exercício no primeiro
grau, são encarregadas de julgar recursos apresentados contra decisões
dos juizados especiais.

22
O que é a Justiça do Trabalho:
A Justiça do Trabalho concilia e julga as ações judiciais entre
empregados e empregadores avulsos e seus tomadores de serviços
e outras controvérsias decorrentes da relação do trabalho, além das
demandas que tenham origem no cumprimento de suas próprias sen-
tenças, inclusive as coletivas.

Como ela se organiza:


São órgãos da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior do Trabalho
(TST), os 24 Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs) e os juízes do
trabalho, atuantes, estes últimos, nas varas do trabalho.

Como ela é formada:


A jurisdição da Justiça do Trabalho é dividida em 24 regiões. Do ponto de
vista hierárquico e institucional, cada uma destas regiões é estruturada em dois
graus de jurisdição:
• 1º grau: composto pelas varas de trabalho onde atuam os juízes do tra-
balho. Sua competência é determinada pela localidade onde o empregado
prestar serviços ao empregador, independentemente do local da contra-
tação (seja de caráter nacional ou internacional).
• 2º grau: composto pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRTs). Neles
são julgados recursos ordinários contra decisões das varas do trabalho, os
dissídios coletivos, ações originárias, ações rescisórias de suas decisões
ou das varas e os mandados de segurança contra atos de seus juízes.

23
Relatório Justiça em Números 2017

O que é a Justiça Federal:


De acordo com o disposto nos artigos 92 e 106 da Constituição Federal, a Justiça
Federal, ramo integrante da estrutura do Poder Judiciário, é composta pelos Tribunais
Regionais Federais e pelos juízes federais.
A Justiça Federal compõe, juntamente com a Justiça Estadual, a chamada justiça
comum. Compete, especificamente, à Justiça Federal, julgar as causas em que a União,
entidades autárquicas ou empresas públicas federais sejam interessadas na condição de
autoras, rés, assistentes ou oponentes; as causas que envolvam estados estrangeiros ou
tratados internacionais; os crimes políticos ou aqueles praticados contra bens, serviços
ou interesses da União; os crimes contra a organização do trabalho; a disputa sobre os
direitos indígenas, entre outros. Exclui-se da competência da Justiça Federal as causas
de falência, as de acidente de trabalho e as de competência das justiças especializadas.
Destaca-se que, em razão de inclusão definida pela Emenda Constitucional n.
45/2004, a Justiça Federal também passou a julgar causas relativas a graves violações
de direitos humanos, desde que seja suscitado pelo Procurador-Geral da República ao
Superior Tribunal de Justiça incidente de deslocamento de competência.

Como é sua estrutura:


A organização do primeiro grau de jurisdição da Justiça Federal está discipli-
nada pela Lei n. 5.010, de 30 de maio de 1966, que determina que em cada um dos
estados, assim como o Distrito Federal, se constituirá uma seção judiciária. Loca-
lizada nas capitais das unidades da federação, as seções judiciárias são formadas
por um conjunto de varas federais, onde atuam os juízes federais. Cabe a eles
o julgamento originário da maior parte das ações submetidas à Justiça Federal.
O segundo grau de jurisdição da Justiça Federal é composto por cinco Tri-
bunais Regionais Federais (TRFs), com sedes em Brasília (TRF 1ª Região), Rio de
Janeiro (TRF 2ª Região), São Paulo (TRF 3ª Região), Porto Alegre (TRF 4ª Região)
e Recife (TRF 5ª Região).
Os TRFs englobam duas ou mais seções judiciárias, conforme definido a seguir:
TRF 1ª Região - Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mara-
nhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins;
TRF 2ª Região - Espírito Santo e Rio de Janeiro;
TRF 3ª Região - Mato Grosso do Sul e São Paulo;
TRF 4ª Região - Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
TRF 5ª Região - Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte
e Sergipe.
Nas comarcas onde não houver vara federal, os juízes estaduais são compe-
tentes para processar e julgar determinados tipos de processos (art. 15, Lei n.
5.010/1966).

24
O que é a Justiça Eleitoral:
A Justiça Eleitoral é um ramo especializado do Poder Judiciário brasi-
leiro, a responsável pela organização e realização de eleições, referendos
e plebiscitos, pelo julgamento de questões eleitorais e pela elaboração de
normas referentes ao processo eleitoral.

Como foi criada:


A Justiça Eleitoral foi criada pelo Código Eleitoral de 1932 (Decreto n.
21.076, de 24 de fevereiro de 1932). Atualmente, é regida principalmente pelo
Código Eleitoral de 1965 (Lei n. 4.737, de 15 de julho de 1965) e sua existência e
estrutura possuem previsão legal nos artigos 118 a 121 da Constituição Federal
de 1988, os quais, dentre outras determinações, instituem o Tribunal Superior
Eleitoral como seu órgão máximo, de última instância, e impõem a existência de
um Tribunal Regional Eleitoral na capital de cada estado e no Distrito Federal.

Como é a sua estrutura:


A Justiça Eleitoral é estruturada em dois graus de jurisdição, não possuindo,
entretanto, quadro próprio de magistrados:
• 1º Grau: composto por um juiz eleitoral em cada zona eleitoral, escolhido dentre
os juízes de direito, e pelas juntas eleitorais, de existência provisória apenas nas
eleições e compostas por um juiz de direito e por dois ou quatro cidadãos de notória
idoneidade.
• 2º Grau: é representado pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), que possuem
em sua composição dois desembargadores do Tribunal de Justiça, dois juízes de
direito, um juiz do Tribunal Regional Federal (desembargador federal) ou um juiz
federal e dois advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral. Os juízes
dos TREs, salvo por motivo justificado, servirão por dois anos, no mínimo, e nunca
por mais de dois biênios consecutivos.

O que são as Juntas Eleitorais?


São órgãos colegiados de caráter temporário do primeiro grau da Justiça
Eleitoral, constituídos apenas no período de realização de eleições (60 dias
antes do pleito até a diplomação dos eleitos) e suas principais atribuições
são de apuração dos votos e expedição dos diplomas aos eleitos. As demais
competências estão elencadas no artigo 40 do Código Eleitoral.

25
Relatório Justiça em Números 2017

O que é a Justiça Militar Estadual:


A Justiça Militar Estadual é um ramo especializado do Poder
Judiciário brasileiro, responsável por processar e julgar os militares
dos estados (polícia militar e corpo de bombeiros militar) nos crimes
militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares
militares, ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil.

Como ela se organiza:


Cada estado tem competência para criar sua Justiça Militar Esta-
dual por meio de lei de iniciativa dos Tribunais de Justiça. Porém, a
criação de um Tribunal de Justiça Militar Estadual só é possível se o
estado possuir um efetivo superior a vinte mil integrantes das forças
militares estaduais, dentre polícia militar e corpo de bombeiros militar
(§3º do artigo 125 da CF/88). Todas as unidades da federação pos-
suem Justiça Militar Estadual, sendo que três estados dispõem de Tri-
bunal de Justiça Militar (Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo).

Como é sua estrutura:


A Justiça Militar Estadual é estruturada em duas instâncias ou
graus de jurisdição:
• 1ª Grau: é constituída pelas auditorias militares, composta
por um juiz de direito, também denominado juiz auditor,
responsável pelos atos de ofício, e pelos Conselhos de Justiça,
órgão colegiado formado por quatro juízes militares (oficiais
das armas) e o próprio juiz auditor, com a função de processar
crimes militares.
• 2º Grau: é representado pelos Tribunais de Justiça Militar, nos
estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul. Nos
demais estados e no Distrito Federal, essa função cabe aos
próprios Tribunais de Justiça (TJs).

26
O que é a Justiça Militar da União:
A Justiça Militar da União (JMU) é um ramo do Poder Judiciário brasileiro,
a quem compete processar e julgar militares das Forças Armadas e civis que
cometerem crimes militares previstos em lei. É o segmento de Justiça mais antigo
do Brasil, tendo sido o Superior Tribunal Militar a primeira Corte do país a ser
criada, em 1º de abril de 1808, pelo então Príncipe-Regente de Portugal, Dom
João VI.

Como é sua estrutura:


A JMU é estruturada em dois graus de jurisdição, uma primeira instância e um tribunal
superior, o Superior Tribunal Militar (STM), além de uma Auditoria de Correição.
1ª instância: Composta por 19 Auditorias, divididas em 12 Circunscrições Judiciárias
Militares (CJM). As Auditorias têm jurisdição mista, ou seja, cada uma julga os feitos
relativos à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica. O julgamento é realizado pelos Conselhos
de Justiça, formados por quatro oficiais e pelo Juiz-Auditor.
Auditoria de Correição: É exercida pelo Juiz-Auditor Corregedor, com autuação
em todo o território nacional. A Auditoria de Correição é um órgão de fiscalização e
orientação judiciário-administrativa.
Os recursos às decisões de primeira instância são remetidos diretamente para o STM,
a quem cabe, também, julgar originalmente os oficiais-generais.

27
Relatório Justiça em Números 2017

O que são os Tribunais Superiores:


Os Tribunais Superiores são os órgãos máximos de seus ramos de
justiça, atuando tanto em causas de competência originária quanto
como revisores de decisões de 1º ou 2º graus. São eles: Superior Tri-
bunal de Justiça (STJ), Superior Tribunal Militar (STM), Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e Tribunal Superior do Trabalho (TST). Os magistrados
que compõem esses colegiados são denominados Ministros.

Superior Tribunal de Justiça:


É o Tribunal Superior da Justiça comum (estadual e federal) para causas
infraconstitucionais (que não se relacionam diretamente com a Constituição
Federal), sendo composto por 33 ministros. Sua principal função é unifor-
mizar e padronizar a interpretação da legislação federal brasileira, ressal-
vadas as questões de competência das justiças especializadas (Eleitoral e
Trabalhista). Suas competências estão previstas no art. 105 da Constitui-
ção Federal, dentre as quais o julgamento em recurso especial de causas
decididas em última ou única instância pelos Tribunais Regionais Federais,
pelos Tribunais de Justiça ou pelos Tribunais de Justiça Militar dos estados
quando a decisão recorrida contrariar lei federal.

Superior Tribunal Militar:


O STM é um órgão da Justiça Militar da União, composto por quinze
Ministros vitalícios, nomeados pelo Presidente da República, depois de
aprovados pelo Senado Federal, sendo três oficiais-generais da Marinha,
quatro oficiais-generais do Exército, três oficiais-generais da Aeronáutica
- todos da ativa e do posto mais elevado da carreira - e cinco civis,
escolhidos pelo Presidente da República. O Superior Tribunal Militar, um
dos três Tribunais Superiores especializados do Brasil, tem a atribuição
de julgar os recursos oriundos da primeira instância da Justiça Militar
da União, bem como a competência originária para processar e julgar os
oficiais-generais e decretar a perda do posto e da patente dos oficiais
das Forças Armadas julgados indignos ou incompatíveis para o oficialato.

28
Tribunal Superior Eleitoral
Órgão máximo da Justiça Eleitoral, o TSE é composto por 7 minis-
tros titulares e 7 ministros substitutos. São 3 titulares e 3 substitutos
provenientes do STF, 2 titulares e 2 substitutos oriundos do STJ e 2
titulares e 2 substitutos da classe jurista, advogados indicados pelo
STF e nomeados pela Presidência da República. Sua principal função é
zelar pela lisura de todo o processo eleitoral. Ao TSE cabe, entre outras
atribuições previstas no Código Eleitoral, julgar os recursos decorrentes
das decisões dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), inclusive sobre
matéria administrativa.

Tribunal Superior do Trabalho:


Órgão máximo da Justiça do Trabalho, é composto por 27 ministros.
Sua principal função é a de uniformizar as decisões sobre ações tra-
balhistas, consolidando a jurisprudência deste ramo do direito. O TST
possui competência para o julgamento de recursos de revista, recursos
ordinários e agravos de instrumento contra decisões de TRTs e dissí-
dios coletivos de categorias organizadas em nível nacional, além de
mandados de segurança e embargos opostos às suas decisões e ações
rescisórias, dentre outras constantes no art. 114 da Constituição Federal.

29
Relatório Justiça em Números 2017

3.1 Estrutura do primeiro grau


O primeiro grau do Poder Judiciário está estruturado em 16.053 unidades judiciárias, sendo 11.230 varas esta-
duais, trabalhistas e federais (70%); 1.751 (10,9%) juizados especiais; 3.040 (18,9%) zonas eleitorais; 13 auditorias
militares estaduais; e 19 auditorias militares da União. A maioria das unidades judiciárias pertence à Justiça Estadual,
que possui 10.433 varas e juizados especiais e 2.740 comarcas, ou seja, 49,2% dos municípios brasileiros são sede
do Judiciário. A Justiça do Trabalho está sediada em 624 municípios e a Justiça Federal em 276, isto é, em, respec-
tivamente, 11,2% e em 5% dos municípios.
Figura 5: Unidades judiciárias de 1º grau, por ramo de Justiça
Justiça Estadual
10.433
65,0% Justiça Militar Estadual
13
0,1%
Auditoria Militar da União
19
0,1%
Justiça Federal
976
6,1%
Justiça Eleitoral Justiça do Trabalho
3.040 1.572
18,9% 9,8%

Figura 6: Diagrama do número de unidades judiciárias de 1º grau, por ramo de Justiça

Total de unidades judiciárias


16.053

Justiça do Justiça Militar Auditorias


Justiça Estadual Justiça Federal Justiça Eleitoral
Trabalho Estadual Militares da União
10.433 (65%) 976 (6,1%) 3.040 (18,9%)
1.572 (9,8%) 13 (0,1%) 19 (0,1%)

Varas Varas
8.895 (85,3%) 763 (78,2%)

Juizados JEFs
1.538 (14,7%) 213 (21,8%)

30
Figura 7: Unidades judiciárias de 1º grau da Justiça Estadual, por competência
Varas Exclusivas Cíveis 2.254

Varas Exclusivas Criminais 1.242

Outras Varas, não adjuntas a Juizados Especiais 1.561


Juízo Comum

Varas Cíveis e Criminais 723

Varas Exclusivas de Infância e Juventude 159

Varas Exclusivas de Execução Penal 123

Varas Exclusivas de Violência Doméstica 109

Varas de Infância e Juventude que acumulam idoso e/ou família 59

Juizados Especiais que acumulem mais de uma competência 896


Juizado Juizado Especial

Juizados Especiais Cíveis 484

Juizados Especiais Criminais 104

Juizados Especiais da Fazenda Pública 54


Varas com

Varas de Juízo Único 1.974

Outras Varas com Juizado Especial Adjunto 691

0 500 1.500 2.500

Na Figura 8, é possível observar que os três maiores índices de habitantes por unidade judiciária de primeiro
grau estão nos Estados do Maranhão e Pará, seguidos pelo Estado do Amazonas. Esses três estados possuem 9%
da população brasileira, 37% da extensão territorial do Brasil e apenas 7% das unidades judiciárias.

O Estado do Maranhão apresenta o maior índice de habitantes por unidade judiciária também na Justiça do Tra-
balho. O Estado de São Paulo ocupa, no cômputo geral, o quarto maior índice de concentração de habitantes por
unidade judiciária.
Figura 8: Habitantes por unidade judiciária

RR
AP

AM PA
MA CE
RN
PI PB
PE
AC AL
TO SE
RO
MT BA
DF
GO

Abaixo de 9.484 MG
ES
9.484 |− 11.438 MS
11.438 |− 13.392 SP RJ
13.392 |− 15.346 PR
Acima de 15.346
SC
RS

31
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 9: Habitantes por vara e juizado especial Figura 10: Habitantes por zona eleitoral
estadual

RR RR AP
AP

AM PA AM PA
MA CE MA CE
RN RN
PI PB PI PB
PE PE
AC AL AC AL
TO SE TO SE
RO RO
MT BA MT BA
DFT DF
GO GO

Abaixo de 13.766 MG MG
ES Abaixo de 54.576 ES
13.766 |− 17.450 MS MS
SP RJ 54.576 |− 76.375 SP RJ
17.450 |− 21.133
76.375 |− 98.174
21.133 |− 24.817 PR PR
98.174 |− 119.973
Acima de 24.817
SC Acima de 119.973 SC
RS RS

Figura 11: Habitantes por vara do trabalho Figura 12: Habitantes por vara e juizado especial
federal

RR AP

TRT11 TRT8 AM PA
TRT16 TRT7 MA CE RN
TRT21
TRT22 TRT13 PI PB
TRT6 PE
TRT19 AC AL
TRT14 TRT10 TRT20 RO TO SE
TRT23 TRT5 MT BA
TRT18 DF
GO
TRT3 Indisponivel MG
Abaixo de 125.569 TRT24
TRT17 Abaixo de 158.263 MS ES
125.569 |− 169.764 158.263 |− 218.739 RJ
TRT15 TRT1 SP
169.764 |− 213.959 TRT2 218.739 |− 279.215
213.959 |− 258.154 TRT9 279.215 |− 339.691 PR
Acima de 258.154 TRT12 Acima de 339.691 SC
TRT4 RS

32
3.2 Classificação dos tribunais por porte
O Brasil é um país com extensões continentais, assim, alguns tribunais de um mesmo ramo possuem realidades
muito distintas entre si, sendo recomendável o uso de estatísticas comparativas, levando-se em consideração tais
diferenças.

Dessa forma, a classificação dos tribunais por porte tem por objetivo criar grupos que respeitem características
distintas dentro do mesmo ramo de Justiça.

Para a classificação por porte, foram consideradas as despesas totais; os processos que tramitaram no período
(baixados + pendentes); o número de magistrados; o número de servidores (efetivos, requisitados, cedidos e comis-
sionados sem vínculo efetivo); e o número de trabalhadores auxiliares (terceirizados, estagiários, juízes leigos e
conciliadores). A consolidação dessas informações forma um escore único, por tribunal, a partir do qual se procede
ao agrupamento em três categorias, segundo o respectivo porte, quais sejam: tribunais de grande, médio ou pequeno
porte6.

A seguir, as Tabelas 1 a 3 apresentam os dados utilizados para o agrupamento, os escores obtidos, o ranking,
bem como a classificação em grupos de cada um dos tribunais da Justiça Estadual, da Justiça do Trabalho e Justiça
Eleitoral. A distribuição dos portes conforme os segmentos de justiça podem ser melhor visualizados nas figuras
abaixo. Observa-se que os tribunais dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul
aparecem como de grande porte nos três ramos de Justiça, enquanto os tribunais dos Estados do Acre, Rondônia,
Mato Grosso do Sul, Alagoas e Sergipe entre os de pequeno porte.

Outro aspecto relevante é a simetria entre os portes, as regiões geográficas e os dados demográficos. Nota-se
que as regiões Sul e Sudeste são compostas, basicamente, por tribunais de grande porte (com exceção do TJSC e do
TJES). Esses quatro tribunais concentram 59% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e 45% da população brasileira,
ao passo que os cinco tribunais de pequeno porte são os responsáveis por apenas 3% do PIB e 4% da população.

Figura 13: Distribuição territorial dos Tribunais de Justiça segundo o porte

RR AP

AM PA
MA CE
RN
PI PB
PE
AC AL
TO SE
RO
MT BA
DFT
GO
MG
ES
Grande porte MS
Médio porte SP RJ
Pequeno porte
PR
SC
RS

6 Detalhes técnicos estão disponíveis no capítulo “Metodologia”, que contém informações sobre a técnica estatística empregada, no caso, a análise de compo-
nentes principais.
33
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 14: Distribuição territorial dos Tribunais Figura 15: Distribuição territorial dos Tribunais
Regionais do Trabalho segundo o porte Regionais Eleitorais segundo o porte

RR
AP

TRT11 TRT8
AM PA
TRT16 TRT7 MA CE
TRT21 RN
TRT22 TRT13 PI PB
TRT6 PE
TRT10 TRT19 AC AL
TRT14 TRT20 TO
RO SE
TRT23 TRT5 BA
MT
TRT18 DF
GO
TRT3 MG
TRT17 ES
Grande porte TRT24 MS
Médio porte TRT15 TRT1 Grande porte
SP RJ
Pequeno porte TRT2 Médio porte
TRT9 PR
Pequeno porte
TRT12 SC
TRT4 RS

Tabela 1 - Classificação dos tribunais da Justiça Estadual segundo o porte, ano base 2016

Despesa Total da Processos Número de Força de Trabalho


Grupo Tribunal Escore*
Justiça Tramitados Magistrados (servidores e auxiliares)
1 TJ - São Paulo 4,306 10.697.604.346 25.943.503 2.735 69.263
2 TJ - Rio de Janeiro 1,238 4.209.214.642 13.448.660 842 25.873
1º Grupo:
3 TJ - Minas Gerais 1,148 5.312.670.250 6.048.754 1.023 28.016
Grande Porte
4 TJ - Rio Grande do Sul 0,511 2.948.659.273 4.491.617 840 17.464
5 TJ - Paraná 0,481 2.458.409.468 4.137.586 910 18.036
1 TJ - Bahia 0,260 2.470.662.392 4.866.587 587 12.566
2 TJ - Santa Catarina 0,083 1.758.238.924 4.032.751 496 11.992
3 TJ - Distrito Federal e Territórios -0,019 2.511.564.587 1.180.350 383 11.851
4 TJ - Pernambuco -0,051 1.412.679.360 2.556.504 535 9.697
2º Grupo: 5 TJ - Goiás -0,067 1.666.696.864 2.281.900 439 10.412
Médio Porte 6 TJ - Ceará -0,235 1.069.156.571 1.540.955 455 6.638
7 TJ - Espírito Santo -0,246 1.276.723.359 1.523.585 344 7.637
8 TJ - Mato Grosso -0,262 1.308.606.586 1.531.781 290 7.958
9 TJ - Pará -0,295 1.098.179.134 1.478.669 339 6.379
10 TJ - Maranhão -0,313 1.139.425.481 1.445.245 321 5.710
1 TJ - Paraíba -0,414 807.723.610 815.341 276 5.104
2 TJ - Mato Grosso do Sul -0,419 900.035.826 1.130.831 198 5.476
3 TJ - Rio Grande do Norte -0,429 867.712.133 890.102 257 4.237
4 TJ - Sergipe -0,494 571.787.299 565.799 187 5.250
5 TJ - Rondônia -0,530 673.598.467 551.418 153 3.567
3º Grupo: 6 TJ - Amazonas -0,537 606.981.508 1.126.590 153 2.184
Pequeno Porte 7 TJ - Piauí -0,546 539.935.782 635.037 167 3.005
8 TJ - Tocantins -0,580 543.458.789 447.281 126 2.678
9 TJ - Alagoas -0,582 445.614.228 619.644 133 2.551
10 TJ - Acre -0,652 311.653.530 183.610 74 2.265
11 TJ - Amapá -0,656 307.929.507 163.002 80 1.989
12 TJ - Roraima -0,700 186.313.906 127.732 49 1.254

34
Tabela 2 - Classificação dos tribunais da Justiça do Trabalho segundo o porte, ano base 2016

Despesa Total da Processos Número de Força de Trabalho


Grupo Tribunal Escore*
Justiça Tramitados Magistrados (servidores e auxiliares)
1 TRT 02ª Região - São Paulo 2,818 2.294.600.283 1.691.392 517 6.940
2 TRT 15ª Região - Campinas 1,768 1.455.916.217 1.347.022 422 4.787
1º Grupo:
3 TRT 01ª Região - Rio de Janeiro 1,535 1.766.354.613 930.933 337 5.112
Grande Porte
4 TRT 03ª Região - Minas Gerais 1,285 1.657.233.243 779.233 315 4.620
5 TRT 04ª Região - Rio Grande do Sul 1,051 1.455.668.200 704.993 293 4.181
1 TRT 09ª Região - Paraná 0,539 1.090.717.087 625.009 213 3.091
2 TRT 05ª Região - Bahia 0,463 1.097.057.701 525.594 213 2.957
3 TRT 06ª Região - Pernambuco 0,015 720.210.178 358.646 158 2.366
4 TRT 12ª Região - Santa Catarina -0,143 657.398.652 347.951 131 1.866
2º Grupo: 5 TRT 08ª Região - Pará e Amapá -0,300 556.113.652 228.403 118 1.731
Médio Porte 6 TRT 10ª Região - Distrito Federal e Tocantins -0,310 532.729.046 250.696 105 1.811
7 TRT 18ª Região - Goiás -0,349 446.146.384 245.277 108 1.775
8 TRT 07ª Região - Ceará -0,482 356.727.224 223.643 83 1.533
9 TRT 11ª Região - Amazonas e Roraima -0,561 448.329.911 149.683 63 1.299
10 TRT 13ª Região - Paraíba -0,598 428.414.877 107.480 70 1.179
1 TRT 23ª Região - Mato Grosso -0,662 271.790.679 129.227 85 898
2 TRT 17ª Região - Espírito Santo -0,671 291.947.856 124.367 68 1.026
3 TRT 14ª Região - Rondônia e Acre -0,682 324.991.042 81.787 67 1.039
4 TRT 21ª Região - Rio Grande do Norte -0,713 249.805.386 132.962 56 979
3º Grupo:
5 TRT 16ª Região - Maranhão -0,747 253.220.603 118.996 62 715
Pequeno Porte
6 TRT 24ª Região - Mato Grosso do Sul -0,754 189.932.987 155.442 58 750
7 TRT 19ª Região - Alagoas -0,766 202.870.878 136.277 52 793
8 TRT 20ª Região - Sergipe -0,857 162.522.686 99.127 37 634
9 TRT 22ª Região - Piauí -0,879 135.894.627 97.519 37 561

35
Relatório Justiça em Números 2017

Tabela 3 - Classificação dos tribunais da Justiça Eleitoral segundo o porte, ano base 2016

Despesa Total da Processos Número de Força de Trabalho


Grupo Tribunal Escore*
Justiça Tramitados Magistrados (servidores e auxiliares)
1 TRE - São Paulo 3,794 700.855.761 218.428 432 5.455
2 TRE - Minas Gerais 1,436 538.061.582 10.261 358 2.631
1º Grupo: 3 TRE - Rio de Janeiro 1,335 470.992.577 60.902 256 2.622
Grande porte 4 TRE - Bahia 0,945 289.536.166 103.121 212 1.843
5 TRE - Rio Grande do Sul 0,676 306.999.435 75.694 180 1.603
6 TRE - Paraná 0,571 297.587.414 49.148 213 1.497
1 TRE - Pernambuco 0,162 205.412.967 27.995 157 1.557
2 TRE - Ceará 0,099 202.841.173 27.138 130 1.622
3 TRE - Goiás 0,088 171.624.202 58.761 137 1.022
4 TRE - Pará 0,040 172.508.345 51.760 120 1.157
5 TRE - Maranhão -0,088 187.333.820 34.866 118 947
2º grupo:
6 TRE - Santa Catarina -0,121 194.304.915 27.579 112 992
Médio porte
7 TRE - Paraíba -0,269 142.273.064 42.142 84 729
8 TRE - Piauí -0,296 152.657.224 17.432 104 890
9 TRE - Rio Grande do Norte -0,380 124.384.738 28.734 76 792
10 TRE - Mato Grosso -0,421 116.090.260 33.130 67 681
11 TRE - Amazonas -0,422 114.919.162 28.780 77 680
1 TRE - Espírito Santo -0,505 127.335.983 16.170 66 658
2 TRE - Mato Grosso do Sul -0,525 101.942.040 22.621 61 663
3 TRE - Alagoas -0,577 101.655.090 20.485 62 496
4 TRE - Tocantins -0,644 90.131.001 21.976 42 485
3º grupo: 5 TRE - Sergipe -0,664 89.985.484 16.209 43 522
Pequeno porte 6 TRE – Rondônia -0,700 83.146.545 16.171 42 438
7 TRE - Distrito Federal -0,744 91.759.434 2.263 30 638
8 TRE - Amapá -0,899 61.794.007 4.376 20 289
9 TRE - Acre -0,926 51.559.718 6.835 16 240
10 TRE - Roraima -0,965 42.636.976 3.740 15 225

3.3 Infográficos
Nesta seção, os principais indicadores para o Poder Judiciário e por segmentos de justiça são apresentados
na forma de infográficos, proporcionando uma visão geral dos recursos orçamentários e humanos, indicadores de
litigiosidade e tempo médio do processo. Para visualização de cada tribunal, basta acessar por meio do QR-code
abaixo o painel do “Justiça em Números Digital” e selecionar a corte de justiça desejada.

http://paineis.cnj.jus.br/QvAJAXZfc/opendoc.htm?document=qvw_l%2FPainelCNJ.qvw&host=QVS%40neodimio03&anonymous=true&shee-
t=shResumoDespFT

36
Poder Judiciário
Despesa Total
R$ 84.846.934.555

Recursos Humanos Outras Despesas


R$ 75.948.590.205 (89,5%) R$ 8.898.344.350 (10,5%)

Pessoal e encargos Outras despesas correntes


64.341.591.696 7.026.825.083
84,7% 79%
Outras
2.523.157.292
3,3%
Estagiários
614.077.252 Despesas com capital
0,8% 1.871.519.267
Terceirizados 21%
3.284.074.029
Benefícios 4,3%
5.185.689.937 Informática
6,8% R$ 2.248.734.431 (25,3%)
magistrado e servidor 1% 16% 63% 19%
cargo em comissão 1% 32% 48% 19%
função comissionada 2% 27% 47% 24%
Superiores 2º grau 1º grau administrativo

Força de Trabalho
Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 22.450 Cargos Existentes: 300.375

4.439 18.011 57.509 244.009


Vagos Providos Vagos Providos

0% 13% 86% 1% 12% 66% 21%

Total: 442.345 Tribunais


Turmas
Recursais
2º grau Superiores
Tribunais
Superiores
1º grau Magistrados: 18.011 32.459 3.528
1.686
13.786 1º grau
Servidores: 279.013 166.197
75
Turmas -Efetivos: 239.686 Turmas Regionais
Juizados
Recursais Especiais -Cedidos/Requisitados: 23.468 de Uniformização
Administrativa
28 Juizados
1.586 3.626 -Sem vínculo Efetivo: 15.859 58.615 Especiais
29.563
2º grau Auxiliares: 145.321
2.429
Cargos em comissão
1% 26% 53% 20%
Funções comissionadas
3% 17% 56% 24%

*Alguns tribunais informaram haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.

37
Relatório Justiça em Números 2017

Litigiosidade
Justiça Estadual Justiça do Trabalho Justiça Federal Justiça Eleitoral

Movimentação processual

Casos novos 19.787.004 1,8% 4.262.444 5,0% 3.801.911 3,8% 972.032 842,9%

Criminal 2.749.153 -3,7% - - 124.020 3,7% 4.498 46,3%

Não-criminal 17.037.851 2,7% 4.262.444 5,0% 3.677.891 3,8% 967.534 867,4%

Julgados 22.153.891 13,0% 4.320.162 3,0% 3.014.162 -2,3% 649.503 581,4%

Criminal 2.707.224 -1,0% - - 72.961 10,6% 3.948 -13,8%

Não-criminal 19.446.667 15,3% 4.320.162 3,0% 2.941.201 -2,6% 645.555 611,4%

Baixados 20.671.340 2,9% 4.197.239 -1,5% 3.417.781 -5,0% 587.972 394,3%

Criminal 2.870.910 -2,1% - - 129.930 12,2% 3.973 -28,9%

Não-criminal 17.800.430 3,8% 4.197.239 -1,5% 3.287.851 -5,6% 583.999 415,2%

Casos pendentes 63.093.494 1,9% 5.394.420 5,0% 10.044.143 10,7% 438.745 444,2%

Criminal 7.564.003 3,1% - - 214.967 14,5% 10.411 13,3%

Não-criminal 55.529.491 1,7% 5.394.420 5,0% 9.829.176 10,6% 428.334 499,7%

Indicadores de produtividade

IAD (baixados/cn) 104% 1,11 p.p. 98% -6,41 p.p. 90% -8,32 p.p. 60% -54,88 p.p.

Taxa de congestionamento 75% -0,18 p.p. 56% 1,56 p.p. 75% 3 p.p. 43% 2,33 p.p.

Taxa de congest. líquida 73% -0,98 p.p. 48% 1,17 p.p. 62% 2,72 p.p. 40% 1,62 p.p.

Indicadores de gestão

Índice de conciliação 11% 1,42 p.p. 26% 0,4 p.p. 4% 0,18 p.p. 1% -0,16 p.p.

Recorribilidade externa 8% -1,36 p.p. 46% -4,63 p.p. 30% -3,79 p.p. 5% -1,2 p.p.

Recorribilidade interna 6% -1,58 p.p. 13% -0,68 p.p. 12% -1,18 p.p. 1% -2,48 p.p.

Processos eletrônicos 70% 19,03 p.p. 92% 15,11 p.p. 66% 2,36 p.p. 0% 0,05 p.p.

Indicadores por magistrado

Casos novos 1.553 -3,1% 1.055 5,7% 2.079 5,7% 301 838,3%

Carga de trabalho 7.364 -3,2% 3.071 0,9% 8.448 5,4% 320 405,9%

Carga de trabalho líquida 6.775 -5,9% 2.606 -0,2% 5.721 0,7% 307 399,2%

Processos Julgados 1.900 7,1% 1.285 1,8% 1.821 -2,1% 201 578,0%

IPM (baixados) 1.773 -2,4% 1.248 -2,7% 2.065 -4,8% 182 391,9%

Indicadores por servidor da área judiciária

Casos novos 129 2,8% 115 7,1% 158 -0,4% 70 775,8%

Carga de trabalho 610 2,7% 335 2,3% 640 -0,7% 74 372,3%

Carga de trabalho líquida 561 -0,2% 284 1,1% 433 -5,1% 71 366,0%

IPS-Jud (baixados) 147 3,5% 136 -1,3% 156 -10,3% 42 359,2%

38
Litigiosidade
Justiça Militar Auditorias Militares
Estudual da União Tribunais Superiores Total

Movimentação processual

Casos novos 3.581 -15,1% 1.687 1,7% 522.486 -2,5% 29.351.145 5,6%

Criminal 2.475 -6,8% 1.687 1,7% 80.581 9,5% 2.962.414 -3,0%

Não-criminal 1.106 -29,2% - - 441.905 -4,4% 26.388.731 6,6%

Julgados 4.858 12,8% 1.261 6,8% 619.207 -0,4% 30.763.044 11,4%

Criminal 3.548 62,3% 1.261 6,8% 87.649 12,4% 2.876.591 -0,3%

Não-criminal 1.310 -38,2% - - 531.558 -2,2% 27.886.453 12,8%

Baixados 4.823 12,4% 1.123 -9,6% 547.262 -6,1% 29.427.540 2,7%

Criminal 3.467 51,8% 1.123 -9,6% 81.707 11,9% 3.091.110 -1,3%

Não-criminal 1.356 -32,4% - - 465.555 -8,7% 26.336.430 3,2%

Casos pendentes 3.093 0,0% 1.964 -1,5% 687.037 -1,4% 79.662.896 3,6%

Criminal 2.174 -1,6% 1.964 -1,5% 70.702 -4,1% 7.864.221 3,3%

Não-criminal 919 4,1% - - 616.335 -1,1% 71.798.675 3,6%

Indicadores de produtividade

IAD (baixados/cn) 135% 32,97 p.p. 67% -8,34 p.p. 105% -4,03 p.p. 100% -2,78 p.p.

Taxa de congestionamento 39% -2,81 p.p. 64% 2 p.p. 56% 1,2 p.p. 73% 0,16 p.p.

Taxa de congest. líquida 38% -2,19 p.p. 61% 1,19 p.p. 52% 0,94 p.p. 69% -0,71 p.p.

Indicadores de gestão

Índice de conciliação - - - - 0% -0,02 p.p. 12% 0,84 p.p.

Recorribilidade externa 19% 0,85 p.p. 9% -9,92 p.p. 7% -1,1 p.p. 13% -1,76 p.p.

Recorribilidade interna 7% -3,72 p.p. - - 26% -4,79 p.p. 8% -1,83 p.p.

Processos eletrônicos 36% 22,35 p.p. 0% 0 p.p. 85% 4,02 p.p. 70% 13,63 p.p.

Indicadores por magistrado

Casos novos 80 -9,4% 35 -9,5% 6.892 -2,9% 1.581 2,6%

Carga de trabalho 212 10,8% 91 -13,0% 19.030 -3,1% 6.696 -0,8%

Carga de trabalho líquida 207 11,9% 85 -15,0% 22.099 -3,6% 5.918 -3,6%

Processos Julgados 125 18,6% 37 -2,6% 8.176 -0,4% 1.829 7,2%

IPM (baixados) 124 18,2% 33 -17,6% 7.224 -6,2% 1.749 -1,2%

Indicadores por servidor da área judiciária

Casos novos 13 -17,9% 4 4,1% 157 -3,8% 126 6,0%

Carga de trabalho 36 0,3% 12 0,1% 432 -4,2% 533 2,5%

Carga de trabalho líquida 35 1,4% 11 -2,2% 418 -3,8% 472 -0,4%

IPS-Jud (baixados) 21 7,0% 4 -5,1% 164 -7,4% 139 2,0%

39
Relatório Justiça em Números 2017

Justiça Estadual
Despesa Total
R$ 48.101.235.820

Recursos Humanos Outras Despesas


R$ 42.868.563.484 (89,1%) R$ 5.232.672.336 (10,9%)

Pessoal e encargos Outras despesas correntes


35.279.472.296 4.146.697.753
82,3% 79,2%
Outras
1.966.019.201
4,6%

Estagiários
454.302.583
1,1% Despesas com capital
Terceirizados 1.085.974.583
Benefícios 1.938.844.575 20,8%
3.229.924.829 4,5%
7,5%
magistrado e servidor 14% 71% 15% Informática
cargo em comissão 32% 50% 17% R$ 1.141.257.701 (21,8%)
função comissionada 31% 44% 25%
2º grau 1º grau administrativo

Força de Trabalho

Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 15.939 Cargos Existentes: 209.166

3.547 12.392 55.190 154.271


Vagos Providos Vagos Providos

14% 86% 0% 11% 72% 18%


Total: 301.444 1º Grau
1º Grau
Magistrados: 12.392
Servidores: 178.971 20.205 Administrativa
2º Grau
1.381 -Efetivos: 153.264
(Juizados Especiais)

(Turmas Recursais)
2º Grau -Cedidos/Requisitados: 10.443
9.490 19.044 31.880
-Sem vínculo Efetivo: 15.264 113.624
(1º grau) (1º grau)

1.711 Auxiliares: 110.081

841
2.812 (Turmas Recursais)
(Juizados Especiais) Cargos em comissão
25% 56% 18%
Funções comissionadas
17% 57% 26%

*Alguns tribunais informaram haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.
40
Tempo médio do processo baixado na Justiça Estadual

Justiça Comum Juizados Especiais

2º grau Turmas Recursais


1 ano 8 meses

Execução Judicial Execução Judicial


1º grau Juizados Especiais
3 anos e 4 meses 1 ano e 4 meses

Conhecimento Execução Extrajudicial Conhecimento Execução Extrajudicial


1º grau 1º grau Juizados Especiais Juizados Especiais
3 anos e 1 mês 6 anos e 4 meses 2 anos e 3 meses 3 anos

Fiscal Não fiscal


6 anos e 8 meses 4 anos e 6 meses

Tempo da
Sentença

7 meses 7 meses
2 anos 1 mês 10 meses
5 anos 4 meses 1 ano 2 meses

Tempo da
Baixa

1 ano 8 meses
3 anos 1 mês 2 anos 3 meses
5 anos 9 meses 1 ano 8 meses

Tempo do
Pendente

2 anos 6 meses 2 anos 3 meses


5 anos 4 meses 2 anos 9 meses
7 anos 6 meses 5 anos 4 meses

2º Grau Turma Recursal


Conhecimento 1º Grau Conhecimento
Execução 1º Grau Execução
41
Relatório Justiça em Números 2017

Justiça do Trabalho
Despesa Total
R$ 17.046.594.014

Recursos Humanos Outras Despesas


R$ 15.934.088.401 (93,5%) R$ 1.112.505.613 (6,5%)

Pessoal e encargos Outras despesas correntes


14.304.429.117 960.874.254
89,8% Outras 86,4%
307.587.522
1,9%
Estagiários
36.337.352
0,2% Despesas com capital
Terceirizados 151.631.360
380.546.547 13,6%
Benefícios
2,4%
905.187.863
5,7%
magistrado e servidor 27% 53% 20% Informática
cargo em comissão 34% 50% 16% R$ 126.741.470 (11,4%)
função comissionada 25% 56% 19%
2º grau 1º grau administrativo

Força de Trabalho
Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 3.928 Cargos Existentes: 40.981

260 3.668 657 40.709


Vagos Providos Vagos Providos
15% 85% 19% 57% 23%

1º Grau
Total: 56.311 1º Grau
Magistrados: 3.668 Administrativa
2º Grau
Servidores: 41.942
2º Grau -Efetivos: 39.450
-Cedidos/Requisitados: 2.323 8.053 24.091 9.798
-Sem vínculo Efetivo: 169
559 3.109 Auxiliares: 10.701

Cargos em comissão
37% 44% 19%
Funções comissionadas
24% 56% 20%

*Alguns tribunais informaram haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.

42
Tempo médio do processo baixado na Justiça do Trabalho

2º grau
8 meses

Execução Judicial
1º grau
3 anos e 3 meses

Conhecimento Execução Extrajudicial


1º grau 1º grau
11 meses 4 anos e 11 meses

Fiscal Não fiscal


5 anos e 9 meses 4 anos e 2 meses

Tempo da Sentença Tempo da Baixa

4 meses 8 meses
7 meses 11 meses
2 anos 9 meses 3 anos 4 meses

Tempo do Pendente

8 meses
1 ano 2 meses
4 anos 10 meses

2º Grau Conhecimento 1º Grau Execução 1º Grau


43
Relatório Justiça em Números 2017

Justiça Federal
Despesa Total
R$ 10.526.437.088

Recursos Humanos Outras Despesas


R$ 9.603.259.639 (91,2%) R$ 923.177.449 (8,8%)

Pessoal e encargos Outras despesas correntes


8.373.951.366 740.600.133
87,2%
80,2%
Outras
152.338.192
1,6%
Estagiários
72.660.820
0,8%
Despesas com capital
Terceirizados 182.577.317
Benefícios 462.295.370 19,8%
542.013.891 4,8%
5,6%
magistrado e servidor 12% 67% 21% Informática
cargo em comissão 39% 41% 20% R$ 193.401.615 (20,9%)
função comissionada 32% 45% 23%
2º grau 1º grau administrativo

Força de Trabalho

Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 2.416 Cargos Existentes: 28.139

620 1.796 587 27.578


Vagos Providos Vagos Providos

8% 92% 13% 66% 21%

1º Grau
Total: 41.170
Magistrados: 1.796 1º Grau
Administrativa
Servidores: 28.559 2º Grau
-Efetivos: 27.578
2º Grau 1.128
(1º grau) -Cedidos/Requisitados: 1.985 15.215
3.598 5.955
138 -Sem vínculo Efetivo: 148 (1º grau)
814
(Juizados Especiais) Auxiliares: 10.815
9.358
(Juizados Especiais)
28
(Turmas Regionais de Uniformização) 845
(Turmas Recursais)
205
(Turmas Recursais)
Cargos em comissão
33% 51% 16%
Funções comissionadas
14% 63% 23%

44 *O TRF1 não informou o número de cargos existentes.


Tempo médio do processo baixado na Justiça Federal

Justiça Comum Juizados Especiais

2º grau Turmas Recursais


2 anos e 7 meses 1 ano e 7 meses

Execução Judicial Execução Judicial


1º grau Juizados Especiais
5 anos e 3 meses 4 meses

Conhecimento Execução Extrajudicial Conhecimento


1º grau 1º grau Juizados Especiais
3 anos e 4 meses 6 anos e 11 meses 1 ano e 2 meses

Fiscal Não fiscal


7 anos e 5 meses 4 anos e 3 meses

Tempo da
Sentença

1 ano 10 meses 1 ano 3 meses


2 anos 8 meses
6 anos 8 meses 0 meses

Tempo da
Baixa

2 anos 7 meses 1 ano 7 meses


3 anos 4 meses 1 ano 2 meses
6 anos 5 meses 4 meses

Tempo do
Pendente

3 anos 1 mês 3 anos 11 meses


4 anos 6 meses 1 ano 3 meses
7 anos 7 meses 1 ano 2 meses

2º Grau Turma Recursal


Conhecimento 1º Grau Conhecimento
Execução 1º Grau Execução
45
Relatório Justiça em Números 2017

Justiça Eleitoral
Despesa Total
R$ 5.230.329.082

Recursos Humanos Outras Despesas


R$ 4.591.212.522 (87,8%) R$ 639.116.560 (12,2%)

Pessoal e encargos Outras despesas correntes


3.974.727.379 513.111.130
86,6% 80,3%
Outras
56.013.080
1,2%
Estagiários
37.540.443
0,8% Despesas com capital
Terceirizados 126.005.430
214.440.858 19,7%
Benefícios
4,7%
308.490.762
6,7%
magistrado e servidor 13% 44% 43% Informática
cargo em comissão 28% 0% 72% R$ 188.666.019 (29,5%)
função comissionada 11% 56% 33%
2º grau 1º grau administrativo

Força de Trabalho
Magistrados Servidores*
Cargos Existentes: 3.230 Cargos Existentes: 14.931

0 3.230 418 14.663


Vagos Providos Vagos Providos

6% 94% 7% 57% 35%

1º Grau
Total: 34.604 1º Grau
Magistrados: 3.230 Administrativa
Servidores: 22.429 2º Grau
2º Grau -Efetivos: 14.221
-Cedidos/Requisitados: 8.112 1.663 12.860
194 3.036 7.906
-Sem vínculo Efetivo: 96
Auxiliares: 8.945

Cargos em comissão
28% 0% 72%
Funções comissionadas
8% 64% 29%

*Alguns tribunais informaram haver mais cargos providos do que existentes, nestes casos, o número de cargos vagos foi considerado nulo.
46
Tempo médio do processo baixado na Justiça Eleitoral

2º grau
11 meses

Conhecimento Execução Fiscal


1º grau 1º grau
4 meses 2 anos e 3 meses

Tempo da Sentença Tempo da Baixa

2 meses 11 meses
4 meses
2 anos 3 meses

Tempo do Pendente

2 anos 2 meses

2º Grau Conhecimento 1º Grau Execução 1º Grau

47
Relatório Justiça em Números 2017

Justiça Militar Estadual


Despesa Total
R$ 141.309.519

Recursos Humanos Outras Despesas


R$ 132.339.046 (93,7%) R$ 8.970.474 (6,3%)

Pessoal e encargos Outras despesas correntes


116.265.345 7.354.550
87,9% Outras 82%
4.518.659
3,4%
Estagiários
605.740
0,5% Despesas com capital
Terceirizados 1.615.923
2.201.556 18%
Benefícios
1,7%
8.747.745
6,6%
magistrado e servidor 25% 34% 41% Informática
cargo em comissão 37% 28% 35% R$ 2.673.278 (29,8%)
função comissionada 54% 31% 15%
2º grau 1º grau administrativo

Força de Trabalho
Magistrados Servidores
Cargos Existentes: 53 Cargos Existentes: 406

12 41 80 326
Vagos Providos Vagos Providos

51% 49% 25% 34% 41%


Total: 570
2º Grau 1º Grau
Magistrados: 41 1º grau Administrativa
2º grau
Servidores: 409
-Efetivos: 326
-Cedidos/Requisitados: 38
105 141 167
21 20 -Sem vínculo Efetivo: 49
Auxiliares: 120

Cargos em comissão
37% 28% 35%
Funções comissionadas
54% 31% 15%

48
Superior Tribunal de Justiça
Despesa Total
R$ 1.503.556.427

Recursos Humanos Outras Despesas


R$ 1.213.568.563 (80,7%) R$ 289.987.864 (19,3%)

Pessoal e encargos Outras despesas correntes


1.015.740.756
269.206.970
83,7%
Outras 92,8%
5.805.929
0,5%
Estagiários
5.649.939
0,5% Despesas com capital
Terceirizados 20.780.894
106.976.602 7,2%
Benefícios 8,8%
79.395.337
6,5%
Informática
R$ 44.591.068 (15,4%)

Força de Trabalho
Ministros Servidores
Cargos Existentes: 33 Cargos Existentes: 2.930

0 33 102 2.828
Vagos Providos Vagos Providos

Total: 5.000
Ministros: 33
Servidores: 2.927
-Efetivos: 2.698
-Cedidos/Requisitados: 168
-Sem vínculo Efetivo: 61
Auxiliares: 2.040

49
Relatório Justiça em Números 2017

Tribunal Superior do Trabalho


Despesa Total
R$ 920.639.469

Recursos Humanos Outras Despesas


R$ 818.446.595 (88,9%) R$ 102.192.874 (11,1%)

Pessoal e encargos Outras despesas correntes


649.484.145 66.941.876
79,4% 65,5%
Outras
20.334.142
2,5%

Estagiários
4.766.790
0,6% Despesas com capital
35.250.998
Terceirizados
34,5%
Benefícios 82.747.102
61.114.416 10,1%
7,5%
Informática
R$ 84.831.372 (83%)

Força de Trabalho
Ministros Servidores
Cargos Existentes: 27 Cargos Existentes: 2.124

0 27 68 2.056
Vagos Providos Vagos Providos

Total: 3.618
Magistrados: 27
Servidores: 2.258
-Efetivos: 1.876
-Cedidos/Requisitados: 341
-Sem vínculo Efetivo: 41
Auxiliares: 1.333

50
Tribunal Superior Eleitoral
Despesa Total
R$ 867.228.878

Recursos Humanos Outras Despesas


R$ 350.714.747 (40,4%) R$ 516.514.131 (59,6%)

Pessoal e encargos Outras despesas correntes


245.354.495 250.527.091
70,0% 48,5%
Outras
4.379.972
1,2%

Estagiários
946.472
0,3%
Despesas com capital
Terceirizados 265.987.040
Benefícios
77.282.598 51,5%
22.751.211
22,0%
6,5%
Informática
R$ 461.935.534 (89,4%)

Força de Trabalho
Ministros Servidores
Cargos Existentes: 14 Cargos Existentes: 897

0 14 0 933
Vagos Providos Vagos Providos

Total: 2.056
Ministros: 14
Servidores: 867
-Efetivos: 804
-Cedidos/Requisitados: 49
-Sem vínculo Efetivo: 14
Auxiliares: 1.175

51
Relatório Justiça em Números 2017

Justiça Militar da União


Despesa Total
R$ 509.604.256

Recursos Humanos Outras Despesas


R$ 436.397.208 (85,6%) R$ 73.207.048 (14,4%)

Pessoal e encargos Outras despesas correntes


382.166.798 71.511.326
87,6% Outras 97,7%
6.160.594
1,4%

Estagiários
Despesas com capital
1.267.114
1.695.722
0,3%
2,3%
Terceirizados
Benefícios 18.738.822
4,3%
28.063.881
6,4%
Informática
R$ 4.636.373 (6,3%)

Força de Trabalho
Magistrados Servidores
Cargos Existentes: 54 Cargos Existentes: 801

0 54 156 645
Vagos Providos Vagos Providos

28% 72% 21% 41% 38%


Total: 511
Auditorias Militares
Ministros: 15
Autitorias Militares Administrativa
Juízes: 39 STM
STM Servidores: 651
-Efetivos: 625
-Cedidos/Requisitados: 9 136 266 249
15 39
-Sem vínculo Efetivo: 17
Auxiliares: 111

Cargos em comissão
39% 22% 40%
Funções comissionadas
30% 70%

52
4 Recursos financeiros e humanos
Este capítulo apresenta dados sobre recursos orçamentários e humanos do Poder Judiciário, além de informações
sobre despesas, receitas e força de trabalho.

4.1 Despesas e receitas totais


No ano de 2016, as despesas totais do Poder Judiciário somaram R$ 84,8 bilhões, o que representou cres-
cimento de 0,4% em relação ao último ano e uma média de 3,9% ao ano desde 2011.7 O ano de 2016 foi o de menor
variação em toda a série histórica.
As despesas totais do Poder Judiciário correspondem a 1,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, ou a 2,5%
dos gastos totais da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Em 2016, o custo pelo serviço de
Justiça foi de R$ 411,73 por habitante, inferior ao valor do último ano, conforme apresentado na Figura 16.8
A despesa da Justiça Estadual, segmento mais representativo, que abarca 79% dos processos em tramitação,
responde por aproximadamente 57% da despesa total do Poder Judiciário (Figura 18).
A série histórica de cada segmento de Justiça pode ser verificada na Figura 17.
Figura 16: Série histórica das despesas por habitante

500

460

413,51 411,73
420
392,93 398,05
385,23
380 369,42

340 328,10
315,52

300
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

7 Para análise do crescimento das despesas, deve-se considerar o período de 2011 a 2016, tendo em vista que, nos anos anteriores a 2011, o SIESPJ ainda não
era regulamentado para a Justiça Eleitoral, a Justiça Militar, o STJ, o STM e o TSE.
8 Todas as variáveis de recursos financeiros calculadas neste Relatório estão deflacionadas segundo o IPCA, na data-base de 31/12/2016.
53
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 17: Séries históricas das despesas por habitante, por ramo de Justiça
Estadual Superiores
300 20

18,45
260 18 17,32 17,43
17,12 17,15
233,65 233,42
220 215,23 212,42218,96 16
193,26 15,72
187,88
180 174,86 14

140 12

100 10
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Trabalho Eleitoral
90 30

28,33
88 28 27,64

86
85,83 26 26,40 25,38
84,28 25,47
83,93
84 24
23,85
82,71
82,38
82 82,72 22
82,19 82,28

80 20
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

60 Federal 2,00 Militar Estadual


1,97

56 1,94

52,07
52 50,86 51,02 50,73 51,08 1,88
49,77 1,84 1,85
49,10 48,64 1,83
1,82
48 1,82

1,80
44 1,76

40 1,70
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

54
Figura 18: Despesa total por ramo de Justiça
Justiça Estadual
48.101.235.820
56,7%
Justiça Militar Estadual
141.309.519
0,2%

Tribunais Superiores
3.801.029.031
4,5%
Justiça Eleitoral
Justiça do Trabalho 5.230.329.082
Justiça Federal
17.046.594.014 6,2%
10.526.437.088
20,1%
12,4%

Os gastos com recursos humanos são responsáveis por aproximadamente 90% da despesa total e compreendem,
além da remuneração com magistrados, servidores, inativos, terceirizados e estagiários, todos os demais auxílios e
assistências devidos, tais como auxílio-alimentação, diárias, passagens, entre outros. Devido ao montante destas
despesas, elas serão detalhadas na próxima seção. Os 10% de gastos restantes referem-se às despesas de capital
(2,2%) e outras despesas correntes (8,3%), que somam R$ 1,9 bilhão e R$ 7 bilhões, respectivamente.
A série histórica de gastos com informática apresenta tendência de crescimento, com aumento de 10,7% no último
ano e de 17,1% ao ano desde 2009. As despesas de capital, no entanto, apresentam tendência de queda desde o ano
de 2012, com variação média de -10,8% ao ano. Essas despesas abrangem a aquisição de veículos, equipamentos
e programas de informática e demais bens permanentes, aquisição de imóveis ou bens de capital já em utilização e
outras inversões financeiras, conforme verificado na Figura 19.
Figura 19: Série histórica das despesas com informática e com capital
R$ 4,0

R$ 3,30
R$ 3,4
R$ 2,90
R$ 2,79 R$ 2,81
Bilhões de R$

R$ 2,8
R$ 2,49
R$ 2,25
R$ 2,14
R$ 2,2 R$ 2,05 R$ 2,03
R$ 1,86 R$ 1,87

R$ 1,53 R$ 1,87
R$ 1,6 R$ 1,90
R$ 1,13
R$ 1,02
R$ 1,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Despesas com informática


Despesas com capital

Apesar da expressiva despesa do Poder Judiciário, os cofres públicos receberam durante o ano de 2016, em
decorrência da atividade jurisdicional, cerca de R$ 39,04 bilhões, um retorno da ordem de 46% das despesas efe-
tuadas. Esse foi o terceiro maior montante aferido na série histórica (Figura 20) e o terceiro menor percentual quando
comparado à despesa total da Justiça.
A Justiça Federal é o segmento responsável pela maior parte das arrecadações, 48% do total arrecadado pelo
Poder Judiciário (Figura 21), sendo o único que retornou aos cofres públicos valor superior às suas despesas (Figura
22).

55
Relatório Justiça em Números 2017

Computam-se, nessa rubrica, os recolhimentos com custas, fase de execução, emolumentos e eventuais taxas
(R$ 9,4 bilhões, 24% da arrecadação), as receitas decorrentes do imposto causa mortis nos inventários/arrolamentos
judiciais (R$ 4,8 bilhões, 12,3%, da atividade de execução fiscal (R$ 22 bilhões, 56,2%), da execução previdenciária
(R$ 2,5 bilhões, 6,4%), da execução das penalidades impostas pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho
(R$ 22,3 milhões, 0,1%) e receita de imposto de renda (R$ 410,4 milhões, 1,1%).
Parte dessas arrecadações é motivada por uma cobrança do Poder Executivo, como ocorre, por exemplo, nos
processos de execução fiscal e nos impostos causa mortis, que podem, inclusive, incorrer extrajudicialmente, em
valores não computados neste Relatório.

Figura 20: Série histórica das arrecadações


R$ 60 80%
R$ 47,7
R$ 48 70%
R$ 39,4 R$ 38,8 R$ 39,0
R$ 32,9
Bilhões de R$

R$ 36 R$ 29,8 60%

R$ 31,0 R$ 31,9
R$ 24 50%

R$ 12 40%
65,3% 47,7% 46,3% 40,7% 50,1% 39,6% 56,4% 46,0%
R$ 0 30%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Percentual de receitas em relação às despesas


Total de receitas

Figura 21: Arrecadações por ramo de Justiça


Justiça Federal
18.881.005.267
48,4% Justiça Militar Estadual
1.928.606
0,0%
Tribunais Superiores
34.776.796
0,1%

Justiça do Trabalho
3.413.676.642
8,7%
Justiça Estadual
16.709.950.678
42,8%

Figura 22: Percentual de receitas em relação às despesas, por ramo de Justiça


Justiça Federal 179%
Justiça Estadual 35%
Justiça do Trabalho 20%
Justiça Militar Estadual 1%
Tribunais Superiores 1%
Poder Judiciário 46%

0% 50% 100% 150% 200%

56
4.2 Despesas com pessoal
Nesta seção são detalhadas as despesas com recursos humanos, responsáveis por 89,5% do gasto total do Poder
Judiciário. Observa-se, a partir da Figura 23, que os gastos com recursos humanos crescem proporcionalmente ao
gasto total do Poder Judiciário. O percentual gasto com pessoal permanece relativamente constante desde o ano de
2010, variando cerca de um ponto percentual (de 88,8% a 89,8%). As séries históricas por ramo de Justiça (Figura
25), indicam diminuição do percentual gasto com recursos humanos nos tribunais superiores.
O detalhamento desta rubrica mostra que 95% dos gastos destinam-se ao custeio de magistrados e servidores
ativos e inativos (incluindo remuneração, proventos, pensões, encargos, benefícios e outras despesas indenizatórias),
4,3% a gastos com terceirizados e 0,8% com estagiários (Figura 24).

Figura 23: Série histórica das despesas


R$ 100 110%
R$ 84,5 R$ 84,8
R$ 76,2 R$ 77,4 R$ 80,7
R$ 80 R$ 71,1 102%
R$ 62,6 R$ 75,4 R$ 75,9
R$ 60,4 R$ 72,3
Bilhões de R$

R$ 60 R$ 67,7 R$ 69,5 94%


R$ 63,8
R$ 54,5 R$ 56,0
R$ 40 86%

R$ 20 78%
90,1% 89,5% 89,7% 88,8% 89,8% 89,5% 89,2% 89,5%
R$ 0 70%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Percentual de gasto com RH


Despesa Total
Despesa com RH

Figura 24: As despesas com recursos humanos


Pessoal e encargos
64.341.591.696
84,7%
Outras
2.523.157.292
3,3%
Estagiários
614.077.252
0,8%
Terceirizados
3.284.074.029
Benefícios 4,3%
5.185.689.937
6,8%

57
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 25: Série histórica das despesas com recursos humanos, por ramo de Justiça
Estadual Superiores
90% 100%
89% 89% 89%
88% 95%
88% 88%
88% 94%
88%
88%
86% 88%
86%
83% 84%
84% 82%

82% 76% 74%


75%

80% 70%
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Trabalho Eleitoral
100% 90% 89%
89% 89%

98% 88%
88%

96% 95% 86%


95% 95%

94% 84% 85%


93% 93%
93%
92% 82% 82%
92% 92%

90% 80%
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Federal Militar Estadual


100% 100%

96% 96%
94%
93%
92%
92% 91% 92% 92%
91% 91%
91% 89%
91%
90%
88% 89% 88%
88%

84% 84%
83%

80% 80%
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

As despesas com cargos em comissão e funções comissionadas representaram aproximadamente 13,6% do total
de gastos com pessoal no Poder Judiciário. Os percentuais por tribunal podem ser visualizados na Figura 26, variando
de 3% no TJAC a 38% no TJMSP. A média mensal das despesas com pessoal foi de aproximadamente R$ 47,7 mil por
magistrado; R$ 13,7 mil por servidor; R$ 4 mil por terceirizado; e de R$ 871,14 por estagiário no ano de 2016. Esses
indicadores estão discriminados por tribunal, na Figura 27. Nesses valores estão computados benefícios e despesas
em caráter indenizatório (tais como diárias, passagens, auxílio moradia, entre outros), por essa razão, há diferenças
entre os segmentos de Justiça custeados pela União, nos quais os vencimentos são iguais.

58
No âmbito da Justiça Eleitoral o subsídio é pago pelo órgão de origem, restando apenas gratificações e despe-
sas eventuais a cargo dos TREs. O custo com promotores eleitorais foi computado nas despesas com magistrados.
Figura 26: Percentual de despesas com cargos e funções comissionadas em relação à despesa total com pessoal, por
tribunal
Estadual Eleitoral
TJSP 32,2% TRE−RS 8,3%
TJRS 13,8% TRE−PR 8,3%
TJPR 10,0% TRE−BA 7,9%
TJRJ 9,6% TRE−RJ 7,2%
TJMG 5,5% TRE−MG 6,7%
TJSC 26,3% TRE−SP 6,2%
TJMT 21,8% TRE−AM 14,9%
TJCE 17,0% TRE−CE 13,2%
TJBA 14,9% TRE−PE 11,8%
TJPA 14,8% TRE−GO 10,9%
TJMA 11,9% TRE−RN 10,8%
TJGO 10,3% TRE−MT 10,8%
TJPE 9,3% TRE−PI 10,4%
TJES 8,1% TRE−PA 9,9%
TJDFT 6,2% TRE−PB 9,1%
TJRO 35,3% TRE−MA 8,9%
TJAM 19,9% TRE−SC 8,8%
TJAL 15,6% TRE−RR 15,2%
TJTO 12,5% TRE−AP 14,5%
TJRR 11,6% TRE−AC 14,3%
TJAP 11,2% TRE−DF 14,0%
TJPB 8,3% TRE−RO 12,7%
TJPI 8,1% TRE−MS 12,5%
TJSE 7,7% TRE−SE 11,8%
TJRN 7,6% TRE−ES 11,5%
TJMS 7,4% TRE−TO 11,1%
TJAC 2,9% TRE−AL 10,9%
Estadual 16,3% Eleitoral 9,2%

0% 10% 20% 30% 40% 0% 5% 10% 15%

Trabalho Superiores
TRT3 9,2% TST 15,8%
TRT1 9,0%
TSE 11,8%
TRT15 8,5%
7,7% STJ 11,1%
TRT2
TRT4 7,5% STM 8,9%
TRT12 9,1% Superior 12,2%
TRT8 8,8%
TRT7 8,7% Federal
TRT11 8,6%
TRF3 22,2%
TRT5 8,5%
8,5% TRF5 9,7%
TRT6
TRT18 8,0% TRF2 9,3%
TRT10 7,9% TRF1 8,7%
TRT13 7,8% TRF4 8,3%
TRT9 7,6% Federal 12,2%
TRT19 12,4%
TRT16 9,5%
Militar Estadual
TRT23 9,5%
9,4% TJMSP 38,5%
TRT20
TRT14 9,1% TJMRS 18,7%
TRT22 9,1% TJMMG 15,6%
TRT24 8,9% Militar Estadual 26,7%
TRT17 8,6%
TRT21 7,9%
Trabalho 8,5% Poder Judiciário 13,6%

0% 5% 10% 0% 10% 20% 30% 40%

59
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 27: Despesa média mensal com magistrado e servidor, por tribunal
Estadual Eleitoral
Servidores Magistrados Servidores Magistrados
15.921 TJRJ 65.691 9.265 TRE−SP 9.913
13.610 TJMG 64.993 12.920 TRE−RJ 9.618
11.061 TJRS 45.740 18.265 TRE−PR 9.099
11.043 TJPR 44.539 13.414 TRE−RS 8.995
9.504 TJSP 42.951 16.497 TRE−MG 8.950
11.807 TJGO 70.573 11.476 TRE−BA 8.851
11.163 TJSC 57.623 8.286 TRE−CE 9.918
17.657 TJDFT 55.171 13.662 TRE−MA 9.483
13.083 TJMT 47.658 13.497 TRE−MT 9.357
15.876 TJBA 47.620 15.139 TRE−SC 9.349
9.870 TJPE 45.889 18.238 TRE−PB 9.328
10.016 TJES 44.398 13.022 TRE−AM 9.181
12.024 TJMA 42.675 11.349 TRE−PE 8.760
10.583 TJCE 35.980 14.043 TRE−GO 8.448
10.990 TJPA 31.038 13.017 TRE−PA 5.013
11.472 TJMS 95.895 15.273 TRE−PI 4.725
20.418 TJTO 68.967 14.018 TRE−RN 4.307
15.798 TJAM 55.833 14.538 TRE−AL 9.920
5.835 TJSE 53.987 18.168 TRE−AP 9.568
11.039 TJRO 49.854 13.918 TRE−RO 8.958
13.737 TJAP 46.405 17.154 TRE−TO 8.645
8.654 TJPB 44.180 14.065 TRE−SE 8.595
13.350 TJRR 43.454 17.725 TRE−RR 8.537
7.156 TJAC 41.941 14.592 TRE−ES 8.486
16.325 TJRN 34.328 12.868 TRE−MS 8.293
9.708 TJAL 25.104 12.396 TRE−DF 7.915
10.615 TJPI 23.387 16.935 TRE−AC 6.948
11.694 Estadual 49.093 12.946 Eleitoral 8.782

Trabalho Superiores
Servidores Magistrados Servidores Magistrados
19.230 TRT1 42.101 16.760 TST 42.146
17.875 TRT15 38.044 20.775 STJ 40.955
17.814 TRT4 37.810 18.582 TSE 14.923
18.785 TRT3 34.443 STM
15.832 TRT2 33.722 18.923 Superiores 41.502
20.465 TRT13 51.228
18.223 TRT9 47.850 Federal
17.962 TRT12 47.397
17.038 46.684 19.917 TRF3 58.237
TRT18
18.545 TRT5 44.681 19.677 TRF4 52.765
22.363 TRT10 43.425 17.451 TRF2 51.280
18.842 TRT8 41.866 17.246 TRF5 47.810
18.188 TRT11 36.364 18.408 TRF1 44.908
15.003 TRT7 34.465 18.657 Federal 50.876
17.689 TRT6 30.701
18.087 TRT24 47.713
17.106 TRT17 43.752 Militar Estadual
17.214 TRT14 43.625 13.866 TJMMG 59.692
16.618 TRT22 43.331 10.156 TJMRS 53.265
16.871 TRT19 43.071 13.049 46.476
TJMSP
19.018 TRT20 42.268 Militar
12.646 53.784
17.783 TRT23 41.772 Estadual
19.111 TRT16 38.470
17.472 TRT21 38.067 Poder
13.670 47.703
17.989 Trabalho 38.819 Judiciário

60
4.3 Quadro de pessoal
Na análise da força de trabalho são consideradas três categorias distintas: a) magistrados, que abrange os juízes,
os desembargadores e os ministros; b) servidores, incluindo o quadro efetivo, os requisitados e os cedidos de outros
órgãos, pertencentes ou não à estrutura do Poder Judiciário, além dos comissionados sem vínculo efetivo, excluindo-
se os servidores do quadro efetivo que estão requisitados ou cedidos para outros órgãos; e c) trabalhadores auxiliares,
que compreendem os terceirizados, os estagiários, os juízes leigos, os conciliadores e os colaboradores voluntários.

Figura 28: Diagrama da força de trabalho

Força de trabalho total


442.365

Servidores efetivos, Força de trabalho


Magistrados:
requisitados e comissionados: auxiliar:
18.011 (4,1%)
279.013 (63,1%) 145.321 (32,9%)

Tribunais Área judiciária: Área administrativa:


Superiores: 220.398 (79%) 58.615 (21%)
75 (0,4%)
Tribunais
2º grau:
Superiores:
2.429 (13,5%)
3.528 (1,6%)
1º Grau (varas,
juizados especiais e 2º grau:
turmas recursais): 32.487 (14,7%)
15.507 (86,1%)
1º grau, juizados
especiais e turmas:
184.383 (83,7%)

Figura 29: Total de magistrados por ramo de Justiça

Justiça Estadual
12.392
68,8% Auditoria Militar da União
39
0,2% Justiça Militar Estadual
41
0,2%
Tribunais Superiores
75
0,4%
Justiça Federal
Justiça do Trabalho 1.796
3.668 10,0%
20,4%

61
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 30: Magistrados por 100.000 habitantes, por ramo de Justiça

Justiça Estadual 5,66


Justiça do Trabalho 1,63
Justiça Eleitoral 1,57
Justiça Federal 0,80
Tribunais Superiores 0,04
Poder Judiciário 8,16

0 2 4 6 8 10

Ao final de 2016, havia 18.011 cargos de magistrados providos no Poder Judiciário, de um total de 22.450 cargos
criados por lei. Havia, portanto, 4.439 cargos vagos (19,8%), conforme Figura 31.
Os cargos existentes aumentaram em 2,8% de 2012 a 2016, enquanto o aumento dos cargos providos foi de
7,9%. Tal fenômeno proporcionou a redução gradual do percentual de cargos vagos, passando de 23,6% no ano de
2012 para 19,8% em 2016. Os maiores números de cargos não providos estão na Justiça Federal e na Justiça Militar
Estadual, com 26% e 23%, respectivamente (Figura 32).
Dentre os 18.011 magistrados, 75 são ministros (0,4%)9; 15.507 são juízes de direito (86,1%); 2.258 são desem-
bargadores (13%); e 171 são juízes substitutos de 2º grau (0,9%). Os cargos vagos são, em sua maioria, de juízes de
direito - enquanto no 2º grau existem 48 cargos de desembargadores criados por lei e não providos (1,9%), no 1º
grau há 4.391 (22,1%).
Considerando a soma de todos os dias de afastamento, obtém-se uma média de 1.187 magistrados que perma-
neceram afastados da jurisdição durante todo o exercício de 2016, representando um absenteísmo de 6,6%. Tais
afastamentos podem ocorrer em razão de licenças, convocações para instância superior, entre outros motivos. Para
esse cálculo, não foram computados períodos de férias e recessos. Isso significa que, em média, 16.824 magistrados
efetivamente atuaram na jurisdição durante o ano.
Além do número total de cargos de magistrados existentes e providos, outro indicador relevante é a média de
magistrados existentes a cada cem mil habitantes: 8,2 magistrados a cada cem mil habitantes em 2016. No período
de 2009 a 2016 esse índice variou pouco: a menor média se deu em 2015 (7,9) e a maior em 2010 (8,6).

Figura 31: Série histórica dos cargos de magistrados


30.000 30%

22.314 22.421 22.360 22.450


24.000 20.722 21.210 21.829 26%
20.003
16.686 17.088 17.404 17.376 18.011
18.000 16.883 16.908 22%
15.946

12.000 18%

6.000 20,3% 18,5% 20,3% 23,6% 23,4% 22,4% 22,3% 19,8% 14%

0 10%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Percentual de cargos vagos


Cargos efetivos existentes
Cargos efetivos providos

9 Incluídos os 33 Ministros do STJ, os 27 Ministros do TST e os 15 Ministros do STM


62
Figura 32: Percentual de cargos vagos de magistrado, por ramo de Justiça
Justiça Federal 26%
Justiça Militar Estadual 23%
Justiça Estadual 22%
Justiça do Trabalho 7%
Auditoria Militar da União 0%
Poder Judiciário 20%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

A partir da Figura 33 é possível visualizar as intersecções existentes na jurisdição dos magistrados. Dos 15.507
juízes de direito, 13.786 atuam no juízo comum, sendo 10.476 (76%) de forma exclusiva, 2.236 (16,2%) com acúmulo
de função em juizados especiais e 1.074 (7,8%) em conjunto com turmas recursais. Magistrados exclusivos em juiza-
dos especiais são apenas 1.209, ou seja, correspondem a 7,8% dos juízes e a 33,3% daqueles que atuam em juizados
cumulativamente ou não (3.626), enquanto 181 (5%) acumulam com as turmas recursais. Dos que exercem jurisdição
em turmas recursais (1.586), 2,1% o fazem de forma exclusiva. Na Justiça Federal, 99,5% dos magistrados de turma
recursal são exclusivos e, na Justiça Estadual, apenas 9,2%.

Figura 33: Jurisdição dos magistrados

1º grau 2º grau
13.786
2.429
Turmas Juizados
Recursais Especiais
1.586 3.626
Tribunais
Superiores

75

Ao final de 2016, o Poder Judiciário possuía um total de 279.013 servidores, sendo 239.686 do quadro efetivo
(85,9%), 23.468 requisitados e cedidos de outros órgãos (8,4%) e 15.859 comissionados sem vínculo efetivo (5,7%).
Considerando o tempo total de afastamento, aproximadamente 12.429 servidores (4,5%) permaneceram afastados
durante todo o exercício de 2016.
Do total de servidores, 220.398 (79%) estavam lotados na área judiciária e 58.615 (21%) na área administrativa.
Entre os que atuam diretamente com a tramitação do processo, 184.383 (83,7%) estão no primeiro grau de jurisdição
(Figura 36), que concentra 85,5% dos processos ingressados e 94,2% do acervo processual. É importante lembrar
que a Resolução CNJ n. 219/2016 estabelece que a área administrativa deve ser composta por, no máximo, 30% da
força de trabalho. A Figura 35 demonstra essa distribuição por segmento de Justiça, na qual é possível observar que
esse percentual está sendo cumprido nas Justiças Estadual, Federal e Trabalhista.
Do total de servidores efetivos, cumpre informar a existência de 57.509 cargos criados por lei e ainda não pro-
vidos, que representam 19,1% dos cargos efetivos existentes, percentual com leve redução desde 2011 (Figura 37).
Cerca de 69,6% dos cargos vagos estão na Justiça Estadual.

63
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 34: Total de servidores por ramo de Justiça


Justiça Estadual
178.971 (64,1%)
Auditoria Militar
da União 266 (0,1%)
Justiça Militar
Estadual 409 (0,1%)
Tribunais Superiores
6.437 (2,3%)
Justiça Eleitoral
22.429 (8,0%)
Justiça Federal
Justiça do Trabalho
28.559 (10,2%)
41.942 (15,0%)

Figura 35: Percentual de servidores lotados na área administrativa, por ramo de Justiça
Tribunais Superiores 45%
Justiça Militar Estadual 41%
Justiça Eleitoral 35%
Justiça do Trabalho 23%
Justiça Federal 21%
Justiça Estadual 18%
Poder Judiciário 21%

0% 10% 20% 30% 40% 50%

Figura 36: Lotação dos servidores

Turmas
Tribunais Recursais
2º grau Superiores
1.686
32.459 3.528
1º grau
166.197

Turmas Regionais
zação
ação
de Uniformização
28 Administrativa
Juizados
J
58.615 Especiais
Es
Es
2
29.563

Figura 37: Série histórica dos cargos de servidores efetivos

400.000 30%

298.784 300.629 301.210 300.375 26%


320.000 291.956 294.468
240.711 245.279
240.000 22%
242.707 245.335 246.728 244.009
232.640 237.128
202.859 209.599 18%
160.000

80.000 14%
15,7% 14,5% 20,3% 19,5% 18,8% 18,4% 18,1% 18,8%
0 10%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Percentual de cargos vagos
Cargos efetivos existentes
Cargos efetivos providos

64
Figura 38: Percentual de cargos vagos de servidores, por ramo de Justiça
Justiça Estadual 26%
Justiça Militar Estadual 20%
Tribunais Superiores 8%
Justiça Federal 2%
Justiça Eleitoral 2%
Justiça do Trabalho 1%
Poder Judiciário 19%

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

O número de servidores manteve-se praticamente constante entre 2015 e 2016, com variação de 0,3% no último
ano e de 22,7% em toda a série histórica. O número de magistrados cresceu em 3,7% no último ano, com acúmulo
de 12,9% na série histórica.
O Poder Judiciário conta, ainda, com o apoio de 145.321 trabalhadores auxiliares, especialmente na forma
de terceirizados (47,6%) e estagiários (40,4%), conforme observado na Figura 39. Esses dois tipos de contratação
sofreram redução no ano de 2016, com queda de, respectivamente, 4,6% e 9,5%. Esse foi o primeiro ano da série
histórica em que houve redução, sendo que nos anos anteriores esses números vinham em constante crescimento.
Analisando o período de 2009-2016, verifica-se aumento de 77% no número de terceirizados e de 65,2% no número
de estagiários.
Figura 39: Força de trabalho auxiliar
1,5%
2,1% 1,4%
Auxiliares
6,9%
Conciliadores
Estagiários
Juízes leigos
145.321 Terceirizados
Trabalhadores de serventias privatizadas
47,6%
40,4% Voluntários

65
Relatório Justiça em Números 2017

5 Gestão judiciária e litigiosidade


Neste capítulo, são apresentados os dados gerais de movimentação processual e litigiosidade e os resultados dos
principais indicadores por segmento de justiça. O capítulo está dividido em três seções: 1) panorama geral: que traz
os indicadores consolidados referentes aos tribunais superiores, 2º grau, 1º grau, juizados especiais, turmas recursais
e turmas regionais de uniformização; 2) política de priorização do primeiro grau: comparando dados entre 1º e 2º
grau, considerando os juizados especiais e turmas recursais no 1º grau e as turmas regionais de uniformização no 2º
grau; e 3) gargalos da execução: comparando informações entre as fases de conhecimento e execução do 1º grau.
No decorrer das seções, são expostos os seguintes indicadores globais, por grau de jurisdição e por fase (conhe-
cimento e execução):
a)Casos Novos por Magistrado: indicador que relaciona o total de processos ingressados de conhecimento e
de execução extrajudicial com o número de magistrados em atuação, não sendo computadas as execuções
judiciais.
b)Casos Novos por Servidor: indicador que relaciona o total de processos ingressados de conhecimento e de
execução extrajudicial com o número de servidores da área judiciária em atuação, não sendo computadas
as execuções judiciais.
c)Carga de Trabalho por Magistrado: este indicador calcula a média de trabalho que cada magistrado tinha
para lidar durante o ano de 2016. É calculado pela soma dos processos baixados, dos casos pendentes, dos
recursos internos julgados, dos recursos internos pendentes, dos incidentes em execução julgados e dos
incidentes em execução pendentes. Em seguida, divide-se pelo número de magistrados em atuação. Cabe
esclarecer que, na carga de trabalho, todos os processos são considerados, inclusive as execuções judiciais.10
d)Carga de Trabalho por Servidor: mesmo procedimento do indicador anterior, porém com a divisão pelo
número de servidores da área judiciária.
e)IPM (Índice de Produtividade dos Magistrados): indicador que computa a média de processos baixados por
magistrado em atuação.
f)IPS-Jud (Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária): indicador que computa a média de
processos baixados por servidor da área judiciária.
g)IAD (Índice de Atendimento à Demanda): indicador que verifica se o tribunal foi capaz de baixar processos
pelo menos em número equivalente ao quantitativo de casos novos. O ideal é que esse indicador permaneça
superior a 100% para evitar aumento dos casos pendentes.
h)Taxa de Congestionamento: indicador que mede o percentual de casos que permaneceram pendentes de
solução ao final do ano-base, em relação ao que tramitou (soma dos pendentes e dos baixados).
i)Índice de Processos Eletrônicos: indicador que computa o percentual de processos ingressados eletronica-
mente (divisão do total de casos novos eletrônicos pelo total de casos novos, exceto as execuções judiciais).
j)Recorribilidade Interna: indicador que computa o número de recursos internos interpostos em relação ao
número de decisões terminativas e de sentenças proferidas.
k)Recorribilidade Externa: indicador que computa o número de recursos endereçados aos tribunais em relação
ao número de acórdãos e de decisões publicadas.
Cumpre esclarecer que, a partir de 2015, o critério de aferição dos afastamentos dos magistrados e dos ser-
vidores passou a ser mais preciso, considerando a soma de todos os dias de afastamento. Assim, o denominador
dos indicadores de carga de trabalho, IPM, IPS-Jud e casos novos por magistrado e servidor passou a considerar o
número médio de trabalhadores que permaneceu ativo durante todo o exercício de 2016. Até 2014, somente eram
considerados afastamentos por seis meses ou mais para os magistrados. No caso dos servidores, utilizava-se o total
em atividade no final de cada ano-base.

10 Ao contrário dos casos novos por magistrado, em que somente as execuções extrajudiciais e os casos novos de conhecimento são computados.
66
5.1 Panorama global
O Poder Judiciário finalizou o ano de 2016 com 79,7 milhões de processos em tramitação, aguardando alguma
solução definitiva. Desses, 13,1 milhões, ou seja, 16,4%, estavam suspensos ou sobrestados ou em arquivo provisório,
aguardando alguma situação jurídica futura.
Durante o ano de 2016, ingressaram 29,4 milhões de processos e foram baixados 29,4 milhões. Um crescimento
em relação ao ano anterior na ordem de 5,6% e 2,7%, respectivamente.
Mesmo tendo baixado praticamente o mesmo quantitativo ingressado, com Índice de Atendimento à Demanda
na ordem de 100,3%, o estoque de processos cresceu em 2,7 milhões, ou seja, em 3,6%, e chegou ao final do ano de
2016 com 79,7 milhões de processos em tramitação aguardando alguma solução definitiva.
É oportuno esclarecer que, conforme o glossário da Resolução CNJ n. 76/2009, consideram-se baixados os
processos:
• Remetidos para outros órgãos judiciais competentes, desde que vinculados a tribunais diferentes;
• Remetidos para as instâncias superiores ou inferiores;
• Arquivados definitivamente;
• Em que houve decisões que transitaram em julgado e iniciou-se a liquidação, cumprimento ou execução.
Os casos pendentes, por sua vez, são todos aqueles que nunca receberam movimento de baixa, em cada uma
das fases analisadas. Observe-se que podem existir situações em que autos já baixados retornam à tramitação sem
figurar como caso novo. São os casos de sentenças anuladas na instância superior, de remessas e retornos de autos
entre tribunais em razão de questões relativas à competência ou de devolução dos processos à instância inferior
para aguardar julgamento em matéria de recursos repetitivos ou de repercussão geral.
Tais fatores ajudam a entender o porquê de, apesar de se verificar um número de processos baixados quase
sempre equivalente ao número de casos novos, o estoque de processos no Poder Judiciário (79,7 milhões) continua
aumentando desde o ano de 2009, conforme demonstra a Figura 40. O crescimento acumulado no período foi de
31,2%, ou seja, acréscimo de 18,9 milhões de processos.
Os dados por segmento de Justiça demonstram que o resultado global do Poder Judiciário reflete quase direta-
mente o desempenho da Justiça Estadual, com 79,2% dos processos pendentes. A Justiça Federal concentra 12,6%
dos processos, e a Justiça Trabalhista, 6,8%. Os demais segmentos, juntos, acumulam 1,4% dos casos pendentes.
A série histórica dos processos novos aponta para aumento em quase todos os segmentos, à exceção dos tribu-
nais superiores e da Justiça Militar Estadual, que tiveram retração de 2,5% e 15,1%, respectivamente. A série histórica
mostra que, no período como um todo, o crescimento da demanda foi de 19,2%, apesar das reduções pontuais em
2010 e 2015.
O número de casos sentenciados registrou a mais alta variação da série histórica (Figura 41). Em apenas um
ano, entre 2015 e 2016, o número de sentenças e decisões cresceu em 11,4%, enquanto o crescimento acumulado
dos seis anos anteriores foi de 16,6%. Tal incremento da produtividade dos magistrados e servidores chegou a 30,8
milhões de casos julgados em 2016.
Chama atenção a diferença entre o volume de processos pendentes e o volume que ingressa a cada ano, con-
forme demonstra a Figura 42. Na Justiça Estadual, o estoque equivale a 3,2 vezes a demanda e na Justiça Federal,
a 2,6 vezes. Nos demais segmentos, os processos pendentes são mais próximos do volume ingressado, e em 2016,
seguiram a razão de 1,3 pendente por caso novo na Justiça do Trabalho e a 1,3 pendente por caso novo nos tribu-
nais superiores. Na Justiça Eleitoral e na Justiça Militar Estadual ocorre o inverso: o acervo é menor que a demanda.
Analisando o Poder Judiciário como um todo, tais diferenças significam que, mesmo que o Poder Judiciário fosse
paralisado sem o ingresso de novas demandas e mantida a produtividade dos magistrados e dos servidores, seriam
necessários aproximadamente 2 anos e 8 meses de trabalho para zerar o estoque.

67
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 40: Série histórica da movimentação processual


79,7
80 76,9
71,6 72,0
67,1
68 64,4
60,7 61,9

56
Milhões

44

32 28,5 29,0 28,7 29,4


28,0
25,3 24,1 26,1
28,4 29,4
27,7 28,1 27,8
20 24,6 24,0 25,8

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016


Casos pendentes
Processos baixados
Casos novos

Figura 41: Série histórica das sentenças e decisões


40,0

32,4 30,8
27,0 27,6
25,9
24,8
23,7 23,1 23,6
24,8
26,3
Milhões

22,6 22,9
20,7 21,9
17,2 20,0 19,8 20,7

9,6
3,4 3,6 3,5 3,8 4,0 3,8
2,7 3,0
2,0
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Total
Sentenças e decisoes de 1º grau
Decisões terminativas no 2º grau

68
Figura 42: Séries históricas da movimentação processual, por ramo de Justiça

Estadual Superiores
70 700 687,0
61,9 63,1 637,9
696,8
58,0 57,3
58 620 624,0
54,1
52,3 578,8 582,6
49,4 50,3
534,2 545,3 547,3
46 540 531,3
Milhões

535,6 522,5
469,4 469,0
496,5 495,7
34 460
458,3

20,7
22 18,3 17,5 18,6 19,8 20,5 20,3 20,1 380
19,1 19,4 19,9 19,4 19,8 369,7
17,8 17,1 18,1
10 300
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Trabalho Eleitoral
6,0 1.000 972,0

5,4 817,8
5,4 814
5,1

4,8 628 588,0


4,6
Milhões

4,5
4,2 4,3 4,3 453,8
4,2 4,0 442 417,8
4,0
3,7 3,9 4,2 438,7
4,0 4,0 4,1
3,7
3,4 3,8 140,1
3,6 3,4 256
3,4 360,1 109,5
3,3 100,8 144,5 80,5 118,9
3,3 3,3 3,4 82,0 103,1
3,0 70 74,3 109,1 80,6
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

20,0
Federal 8
Militar Estadual

7,2
6,9
16,6 7
6,5
6,4
6,3 6,0
13,2 6
5,6
Milhões

10,0 5,1
9,8 9,4 9,1 5 5,2
8,5 4,8
7,8 8,0 8,1 8,1 4,3
4,4
6,4 4 4,0 4,2
4,1 3,6
3,5 3,4 3,6 3,9 3,8 3,7 3,8 3,1 3,1
3,0 3,3 3,0 3,3 3,1 3,4 3,7 3,6 3,4 3 3,0
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Casos pendentes
Processos baixados
Casos novos

69
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 43: Séries históricas das sentenças e decisões, por ramo de Justiça

Estadual Superiores
30.000.000 700.000
641.964
621.427 619.207

24.200.000 22.153.891 560.000 522.698


19.606.839 499.192
19.098.920 19.764.376
17.486.823 16.347.008 18.137.114 408.515
18.400.000 16.629.226 17.038.136 420.000
16.952.530
16.690.253
15.821.258 15.898.240
12.600.000 14.794.173 14.812.930 280.000
14.278.511

6.800.000 140.000
1.835.053 2.225.206 2.408.667
2.654.309
1.665.565 2.068.497 2.238.874 2.389.515
1.000.000 0
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Trabalho Eleitoral
5.000.000 700.000
649.503
4.193.051
4.120.000 3.992.797
3.772.876 4.320.162564.000 509.576 608.206
4.055.719
3.262.798 3.788.693 3.411.768
3.211.364
3.240.000 3.467.270 3.457.994428.000 435.709
377.137
3.059.330 3.087.795 3.284.303
2.782.359
2.360.000 2.658.266 292.000 355.109
122.007
95.320
1.480.000 156.000
713.546 781.433 781.283 862.168 95.811
604.532 73.867 72.270 68.732
684.911 700.898 771.416 50.633
22.028 49.737 41.297
600.000 20.000 45.178 26.588
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Federal Militar Estadual


4.000.000 7.000
6.072 6.089 6.023
3.280.000 2.870.562 3.000.994 3.046.481 3.014.162
5.800
3.011.608 2.911.212 3.085.916
2.706.804 4.618 4.858
2.518.989 2.496.381
2.560.000 2.393.779 2.407.576 4.600 4.306
2.428.664 2.435.444 2.507.208
2.256.500 3.285
1.840.000 3.400 3.082 3.080 3.171
2.561
2.990 3.009 2.358
1.120.000 2.200 2.738
476.783 593.418 527.492
582.944 2.057 1.948
450.304 475.768 575.204 510.711
1.687
400.000 1.000
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Total
Sentenças e decisoes de 1º grau
Decisões terminativas no 2º grau

70
Figura 44: Casos novos, por ramo de Justiça Figura 45: Casos pendentes, por ramo de Justiça

Justiça Estadual Auditoria Militar da


Auditoria Militar Justiça Estadual
19.787.004 (67,4%) União 1.964 (0,0%)
da União 1.687 (0,0%) 63.093.494 ( 79,2%)
Justiça Militar
Justiça Militar Estadual Estadual 3.093 (0,0%)
3.581 (0,0%) Justiça Eleitoral
Tribunais Superiores 438.745 (0,6%)
522.486 (1,8%) Tribunais Superiores
Justiça Eleitoral 687.037 (0,9%)
972.032 (3,3%) Justiça do Trabalho
Justiça do Trabalho Justiça Federal Justiça Federal 5.394.420 (6,8%)
4.262.444 (14,5%) 3.801.911 (13,0%) 10.044.143 (12,6%)

Em média, a cada grupo de 100.000 habitantes, 12.907 ingressaram com uma ação judicial no ano de 2016. Neste
indicador são computados somente os processos de conhecimento e de execução de títulos extrajudiciais, excluindo,
portanto, da base de cálculo, as execuções judiciais iniciadas.

Figura 46: Casos novos por 100.000 habitantes, por ramo de Justiça

Justiça Estadual 8.788,1


Justiça do Trabalho 1.721,2
Justiça Federal 1.669,9
Justiça Eleitoral 471,7
Tribunais Superiores 253,5
Auditoria Militar da União 0,6
Poder Judiciário 12.906,6
0 5.000 10.000 15.000

71
Relatório Justiça em Números 2017

5.1.1 Indicadores de produtividade


Nesta seção, são apresentados os Índices de Produtividade e a carga de trabalho dos Magistrados e dos Servi-
dores da Área Judiciaria.
Os índices de produtividade dos magistrados (IPM) e dos servidores (IPS-Jud) são calculados pela relação entre
o volume de casos baixados e o número de magistrados e servidores na jurisdição, respectivamente. A carga de
trabalho revela o número de procedimentos pendentes e resolvidos no ano, incluindo não somente os processos
principais, como também os recursos internos e os incidentes julgados e em trâmite.
O IPM e o IPS-Jud variaram no último ano em -1,2% e 2%, respectivamente. As cargas de trabalho, por sua vez,
registraram decréscimo para os magistrados e crescimento para os servidores, na ordem de -0,8% e 2,5%, respec-
tivamente.
A Figura 47 apresenta a série histórica dos indicadores por magistrado, com o IPM e a carga de trabalho total e
líquida, sendo que, nessa última, desconsideram-se os processos suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório,
ou seja, o equivalente a 13,1 milhões (16,4% dos casos pendentes). Esses indicadores sofreram retração em 2016.
Houve também maior distanciamento entre a carga de trabalho líquida e total, o que indica aumento dos casos sus-
pensos, sobrestados e em arquivo provisório.
A Figura 48 traz a série histórica do IPM e da carga de trabalho por segmento de Justiça. A Figura 49 apresenta o
detalhamento de tais indicadores por tribunal. São notáveis as diferenças de produtividade dentro de cada ramo de
Justiça. Na Justiça Estadual, a maior produtividade está no TJRJ, com 3.388, enquanto a menor, no TJCE, com 929,
ou seja, uma diferença de 2.459 casos baixados por magistrado. Diferenças significativas também são encontradas
na Justiça Federal: a variação entre o TRF mais produtivo e menos produtivo é de 1.368 processos. Na Justiça do
Trabalho também existem diferenças, mas em menor magnitude. Nesse segmento, o maior valor foi alcançado no
TRT15: 1.584, e o menor, no TRT14: 775.

Figura 47: Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados

7.000 6.746 6.696


6.232 6.169
6.055
5.525 5.650
5.800 5.371
6.138
5.918

4.600

3.400

2.200 1.715 1.705 1.696 1.771 1.749


1.590 1.471 1.571

1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade

72
Figura 48: Séries históricas do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados, por ramo de Justiça

Estadual Superiores
8.000 20.000 19.630
7.605 19.030
7.364
6.927 6.876
6.666 17.063
6.292 7.204 16.553 18.378 17.701
6.600 6.151 5.970 16.800
6.775
13.862
5.200 13.600
12.408

3.800 10.400

7.703
7.224
2.400 7.200 6.448 6.438
1.817 1.773 5.719
1.635 1.491 1.585 1.701 1.703 1.733
4.509
1.000 4.000
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Trabalho Eleitoral
4.000 400

320
3.400 326
307
3.043 3.071

2.800 2.708 2.780 252


251
2.594
2.359 2.403 2.612 2.606
2.258 182
2.200 178 165
138

1.600 104 129 73


1.282 1.248 54 63
1.156 1.165 1.176 1.239
1.048 1.104 62
1.000 30 31 44 37
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Federal Militar Estadual


9.000 8.448 400
8.273 8.207
7.741 8.016
7.505 7.275 340
7.400 6.625 340 324

281
5.800 280
5.679 5.721
219 212
4.200 220
191
177 207
2.565 161 164 185
2.600 2.266 2.113 2.065 160
2.122
2.435 127 124
2.169
1.906 105
1.000 100
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade

73
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 49: Índice de produtividade dos magistrados, por tribunal

Estadual Eleitoral
TJRJ 3.388 TRE−SP 319
TJSP 2.192 TRE−RS 269
TJRS 2.134 TRE−BA 258
TJMG 1.881 TRE−RJ 124
TJPR 1.572 TRE−PR 107
TJMT 2.084 TRE−MG 18
TJSC 1.860 TRE−PB 295
TJGO 1.441 TRE−GO 290
TJBA 1.397 TRE−MT 277
TJPE 1.363 TRE−PA 259
TJPA 1.359 TRE−MA 255
TJES 1.206 TRE−RN 219
TJDFT 1.165 TRE−AM 190
TJMA 1.154 TRE−SC 95
TJCE 929 TRE−CE 76
TJMS 1.597 TRE−PE 73
TJRO 1.430 TRE−PI 43
TJRR 1.382 TRE−TO 345
TJSE 1.268 TRE−RO 263
TJAM 1.202 TRE−SE 237
TJTO 1.179 TRE−AC 236
TJAP 1.172 TRE−RR 216
TJAL 1.122 TRE−MS 214
TJPB 1.060 TRE−AL 166
TJAC 1.017 TRE−AP 126
TJPI 1.010 TRE−ES 69
TJRN 962 TRE−DF 39
Estadual 1.773 Eleitoral 182

0 1.000 2.000 3.000 4.000 0 100 200 300 400

Trabalho Superiores
TRT15 1.584 STJ 10.247
TRT2 1.467 TST 7.502
TRT3 1.399
TSE 391
TRT1 1.137
STM 72
TRT4 1.066
1.406 Superiores 7.224
TRT11
TRT12 1.405
TRT18 1.269 Federal
TRT9 1.261 TRF5 2.741
TRT7 1.250 TRF3 2.286
TRT6 1.154 TRF1 2.044
TRT8 1.129 2.025
TRF4
TRT5 1.110
TRF2 1.373
TRT10 1.059
786 Federal 2.065
TRT13
TRT22 1.323
TRT21 1.208
TRT19 1.164 Militar Estadual
TRT20 1.120 TJMRS 161
TRT16 1.017 TJMSP 126
TRT17 988 TJMMG 80
TRT24 810
Militar Estadual 124
TRT23 792
TRT14 775
Trabalho 1.248 Poder Judiciário 1.749

0 500 1.000 1.500 0 2.000 6.000 10.000

74
No que se refere aos indicadores de produtividade por servidor, durante o ano de 2016 cada servidor baixou,
em média, 139 processos - aumento de 2% na produtividade. A carga de trabalho foi de 533 casos, computados o
acervo, os recursos internos e os incidentes em execução. Mesmo desconsiderando os casos pendentes, que esta-
vam suspensos ou sobrestados ou em arquivo provisório, a carga de trabalho dos servidores se reduziu para 472,
ou seja, 62 casos a menos.
Na Justiça Estadual a produtividade por servidor aumentou 3,5%; na Justiça do Trabalho, a variação foi negativa,
em -1,3%; na Justiça Federal, a variação foi negativa, em -10,3%; e nos Tribunais Superiores, a variação foi negativa,
em -7,4%. Considerando as peculiaridades da Justiça Eleitoral, com realização de eleições municipais e presidenciais
a cada dois anos de forma intercalada, não faz sentido analisar a variação anual de seus indicadores, mas apenas a
cada ciclo de quatro anos. Nesse sentido, comparativamente ao ano de 2012, a produtividade aumentou em 26,1%.

Figura 50: Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária no Poder
Judiciário

600
520 533
490
500 470 464 472 474
452

473 472
400

300

200
141 129 131 129 130 137 139
126

100
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade

75
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 51: Séries históricas do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária, por
ramo de Justiça
Estadual Superiores
700 500
451
594 610 432
580 538 530 420 397 402
517 382 435
495 508 513 562 561 360 418
460 340

340 260

177 164
220 180 157 155 152
137 124 128 131 132 134 142 147 131
100 100
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Trabalho Eleitoral
400 80 74
71
340 328 335 66 61
291 300 281 284
280 275 51
261 254 257
40 42
220 37 34 32

15
160 22
134 138 136 17
16
121 119 123 124 126 14
10 9
100 8 8
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Federal Militar Estadual


800 60 57 57
714
657 652 644 640
660 631 652 50
46

520 571 40 37
456 433 36 36
31
35 35
380 30 27 27
22 21
221 20
240 198 181 190 20
169 178 174 156

100 10
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Carga de trabalho
Carga de trabalho líquida
Índice de produtividade

76
Figura 52: Índice de produtividade dos servidores da área judiciária, por tribunal

Estadual Eleitoral
TJRJ 215 TRE−RS 61
TJRS 207 TRE−BA 57
TJPR 195 TRE−SP 42
TJSP 158 TRE−PR 38
TJMG 137 TRE−RJ 21
TJSC 183 TRE−MG 5
TJGO 165 TRE−PB 152
TJMT 160 TRE−GO 74
TJPA 130 TRE−MA 66
TJBA 129 TRE−PA 61
TJES 125 TRE−MT 57
TJPE 111 TRE−AM 51
TJMA 108 TRE−RN 48
TJCE 100 TRE−PE 41
TJDFT 81 TRE−CE 38
TJAM 131 TRE−SC 25
TJMS 118 TRE−PI 13
TJRR 110 TRE−SE 122
TJRO 110 TRE−TO 75
TJPB 104 TRE−RR 62
TJAP 103 TRE−RO 58
TJTO 98 TRE−MS 51
TJAL 93 TRE−AC 48
TJRN 89 TRE−AL 41
TJSE 75 TRE−AP 32
TJPI 74 TRE−ES 19
TJAC 69 TRE−DF 5
Estadual 147 Eleitoral 42

0 50 100 150 200 250 0 50 100 150

Trabalho Superiores
TRT15 200 STJ 198
TRT2 165 TST
TRT3 129 153
TSE 33
TRT1 122
107 STM 8
TRT4
TRT12 143 Superiores 164
TRT7 141
TRT9 140 Federal
TRT11 131 TRF5 182
TRT6 130 176
TRF4
TRT5 126
TRF3 171
TRT8 125
TRF1 147
TRT10 122
118 TRF2 108
TRT18
71 Federal 156
TRT13
TRT22 154
TRT16 144
TRT20 135 Militar Estadual
TRT19 134 41
TJMRS
TRT21 129
TJMSP 15
TRT17 111
100 TJMMG 15
TRT24
Militar Estadual 21
TRT23 99
TRT14 91
Trabalho 136 Poder Judiciário 139

0 50 100 150 200 0 50 100 150 200

77
Relatório Justiça em Números 2017

5.1.2 Indicadores de desempenho e de informatização


Neste tópico são apresentados os indicadores de desempenho do Poder Judiciário, incluindo a de taxa de conges-
tionamento e o Índice de Atendimento à Demanda (IAD), além do percentual de processos eletrônicos nos tribunais. A
taxa de congestionamento mede o percentual de processos que ficaram represados sem solução, comparativamente
ao total tramitado no período de um ano. Quanto maior o índice, maior a dificuldade do tribunal em lidar com seu
estoque de processos. A taxa de congestionamento líquida, por sua vez, é calculada retirando do acervo os proces-
sos suspensos ou sobrestados ou em arquivo provisório. O IAD, por sua vez, reflete a capacidade das cortes em dar
vazão ao volume de casos ingressados. Quando o índice é inferior ao patamar de 100%, há aumento no número de
casos pendentes. Por fim, o nível de informatização dos tribunais na tramitação processual é calculado considerando
o total de casos novos ingressados eletronicamente em relação ao total de casos novos físicos e eletrônicos, des-
consideradas as execuções judiciais iniciadas. A Figura 53 apresenta a série histórica para esses quatro indicadores
simultaneamente, no período de 2009 a 2016.
Em toda a série histórica, a taxa de congestionamento do Poder Judiciário se manteve em altos patamares, sem-
pre acima de 70%. As variações anuais são sutis e, em 2016, houve aumento de 0,2 ponto percentual. Ao longo de 7
anos, a taxa de congestionamento variou em apenas 2,5 pontos percentuais
Entre os tribunais, todavia, observam-se maiores variações (Figura 55). Na Justiça Estadual, com taxa de con-
gestionamento de 75,3%, os índices variam de 46,8% (TJAP) a 83,9% (TJBA). Na Justiça do Trabalho, com taxa de
congestionamento de 56,2%, os índices vão de 43,6% (TRT11) a 67,3% (TRT16), e na Justiça Federal, com 74,6% de
congestionamento, a menor taxa está no TRF5 (59,1%) e a maior, no TRF3 (79,9%). Dentre esses três segmentos,
apenas na Justiça Estadual houve redução da taxa de congestionamento no último ano (-0,2 ponto percentual). Nas
demais, ao contrário, houve aumento (TRTs: 1,6 ponto percentual e TRFs: 3 pontos percentuais).
A taxa de congestionamento líquida é calculada excluindo-se os processos suspensos, sobrestados ou em arquivo
provisório. Em 2016, ela foi de 69,3%, ou seja, 3,7 pontos percentuais a menos que a taxa total (73%). Esse índice,
ao contrário da taxa bruta, se reduziu em 0,7 ponto percentual em relação ao ano de 2015. Os segmentos de Justiça
mais impactados pelo volume de processos suspensos são a Justiça Federal, com redução na taxa de congestiona-
mento bruta para líquida em 12,8 pontos percentuais, e a Justiça do Trabalho (redução de 8,5 pontos percentuais),
conforme consta na Figura 55 e na Figura 54.
Quanto ao Índice de Atendimento à Demanda (IAD), apesar de o indicador global no Poder Judiciário alcançar
100,3%, houve incremento do estoque, pelos motivos já explicitados no início do capítulo. A Justiça Eleitoral, a Justiça
Federal e a Justiça do Trabalho não alcançaram o mínimo desejável de 100% no IAD e, durante o ano de 2016, aten-
deram, respectivamente, o equivalente a 40,2%, 61,8% e 47,7% da demanda. Na Justiça Federal apenas um tribunal
baixou processos em quantidade superior ao ingresso, o TRF3 (IAD de 109,6%). Na Justiça Eleitoral, à exceção do
TRE-DF, todos os demais TREs tiveram IAD menor que 100%. Nesse caso, deve-se observar o comportamento cíclico,
representado na Figura 54, em que os dois anos de eleições municipais (2012 e 2016) são exatamente os dois com
baixo IAD. Isso se deve, provavelmente, ao fato de que a demanda processual nos TREs e nas zonas eleitorais ocorre
tipicamente no segundo semestre, e logo, parte dos processos de 2016 deverão ser baixados no curso do ano de 2017.
Durante o ano de 2016 apenas 29,9% do total de processos novos ingressaram fisicamente, isto é, 18,6 milhões
de processos novos eletrônicos em apenas um ano.
Nos oito anos cobertos pela série histórica, foram protocolados no Poder Judiciário 67,7 milhões de casos novos
em formato eletrônico. É notória a curva de crescimento do percentual de casos novos eletrônicos, sendo que no
último ano o incremento foi de 13,6 pontos percentuais e um dos maiores da série histórica, atrás apenas do regis-
trado entre os anos de 2013 e 2014 (14,9 pontos percentuais).
Destaca-se a Justiça Trabalhista, segmento com maior índice de virtualização dos processos, com 100% dos
casos novos eletrônicos no TST e 92,1% nos Tribunais Regionais do Trabalho, sendo 68,9% no 2º grau e 99% no
1º grau. Em contrapartida, na Justiça Eleitoral, apenas 0,1% dos processos judiciais foi iniciado eletronicamente. A
Justiça Militar Estadual iniciou a implantação do Processo Judicial Eletrônico (PJe) ao final de 2014 e chegou a 2016
78
com 36% dos processos novos em formato eletrônico. Outros quatro tribunais se destacam por possuir 100% de
processos eletrônicos nos dois graus de jurisdição: TJAL, TJAM, TJMS e TJTO.

Figura 53: Série histórica da taxa de congestionamento, do índice de atendimento à demanda e do percentual de
processos eletrônicos

110% 102,9% 100,5% 103,0%


98,9% 98,8% 98,4% 98,0% 100,3%

90%

70,6% 72,0% 71,4% 70,8% 71,8% 71,7% 72,9% 73,0%


70% 70,1%
70,1% 69,3%

50% 56,4%

30,4% 45,3%
30%
18,4% 20,3%
11,2% 13,2%
10%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Índice de Atendimento à Demanda Taxa de Congestionamento líquida
Taxa de Congestionamento bruta Índice de Processos Eletrônicos

79
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 54: Séries históricas da taxa de congestionamento, do índice de atendimento à demanda e do percentual de
processos eletrônicos, por ramo de Justiça

Estadual Superiores
110% 110% 108,8%
102,8% 103,4% 104,7%
97,3% 98,1%
94,6% 104,5% 102,3%
97,8% 96,6%
88% 98%
74,3% 74,9% 75,5% 75,3% 91,1%
73,0%
73,1% 85,6% 85,3%
66% 74,6% 73,9% 74,2% 74,1% 69,9% 86% 81,2%
80,1% 82,2%
50,9% 78,8% 77,6%

44% 36,8% 74% 70,3%

22,3%
22% 13,8% 62% 59,0%
5,7% 10,9% 53,3%
55,7% 56,3% 54,5% 55,7%
4,2%
50,9% 51,8%
0% 50%
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Trabalho Eleitoral
110% 104,9% 290% 289,1%
100,4% 100,1% 98,5%
96,7% 105,5%
103,4% 92,1%
98,0%
88% 232%
77,0%

66% 56,9% 174%


54,7% 56,2%
49,7% 53,0%
47,7% 46,5% 47,7% 122,9% 128,0%
44% 49,4% 51,1% 52,1% 116% 115,4%
33,3%

55,5% 60,5%
22% 58% 42,4% 36,5% 40,4% 42,7%
13,4%
44,2% 20,7% 38,6% 40,2%
2,8% 2,1% 5,4% 0,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,1%
0% 0%
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Federal Militar Estadual


130% 140% 134,7%
124,4%
115,0% 114,4% 114,8%
112,4% 112,5%
114% 112%
108,0%
108,5% 87,0% 101,7%
98,2%
98% 84%
89,9%
91,3%
82% 56% 50,9%
70,2% 73,2% 74,6% 42,8% 39,1%
67,7% 71,6% 38,3% 37,4% 41,9%
68,9% 69,6% 69,2% 37,7%
65,9% 39,9% 36,0%
66% 71,7% 28%
68,4% 63,6% 13,7%
65,3% 65,3%
59,5% 64,6% 59,1% 61,8% 0,0% 0,0% 0,0% 0,2%
50% 0%
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Índice de Atendimento à Demanda Taxa de Congestionamento líquida
Taxa de Congestionamento bruta Índice de Processos Eletrônicos

80
Figura 55: Taxa de congestionamento total e líquida, por tribunal

Estadual Eleitoral
TJRJ 80,5% 80,8% TRE−RJ 47,7% 47,8%
TJSP 74,8% 78,1% TRE−PR 47,4% 53,4%
TJMG 67,5% 69,5% TRE−BA 46,9% 47,1%
TJPR 64,6% 68,4% TRE−MG 37,6% 38,6%
TJRS 57,9% 61,9% TRE−RS 35,6% 36,0%
TJBA 83,6% 83,9% TRE−SP 27,5% 37,0%
TJMA 74,4% 75,1% TRE−PI 73,9% 74,1%
TJSC 74,2% 78,8% TRE−CE 63,0% 63,5%
TJPE 73,5% 74,0% TRE−SC 61,2% 61,2%
TJCE 72,8% 74,1% TRE−PE 56,9% 59,1%
TJES 72,6% 73,7% TRE−AM 48,7% 49,1%
TJGO 70,8% 72,7% TRE−MT 43,5% 43,9%
TJPA 67,0% 69,5% TRE−RN 41,3% 42,2%
TJDFT 63,1% 65,0% TRE−PB 41,0% 41,2%
TJMT 61,5% 66,1% TRE−PA 39,8% 40,0%
TJAM 82,1% 83,7% TRE−GO 31,7% 32,4%
TJPI 75,2% 75,5% TRE−MA 13,7% 13,7%
TJAL 74,3% 77,2% TRE−ES 71,5% 72,0%
TJRN 73,5% 74,6% TRE−AL 49,3% 49,7%
TJMS 69,9% 73,9% TRE−DF 46,8% 48,1%
TJTO 67,2% 69,2% TRE−AC 44,2% 44,8%
TJPB 65,8% 67,4% TRE−AP 42,6% 42,6%
TJRO 59,7% 62,1% TRE−MS 39,0% 42,2%
TJAC 58,4% 61,8% TRE−SE 35,6% 37,0%
TJSE 57,3% 58,8% TRE−TO 33,2% 34,0%
TJRR 48,0% 52,4% TRE−RO 24,6% 31,6%
TJAP 46,7% 46,8% TRE−RR 12,6% 13,5%
Estadual 73,1% 75,3% Eleitoral 40,2% 42,7%

0% 18% 36% 54% 72% 90% 0% 16% 32% 48% 64% 80%

Trabalho Superiores
TRT15 51,8% 55,2%
STM 20,2%
TRT1 51,6% 60,4%
47,1% 58,6% TST 52,0% 60,4%
TRT4
TRT2 46,7% 58,7% STJ 51,8% 52,5%
TRT3 37,0% 49,6% TSE 44,1% 44,3%
TRT5 53,1% 59,3% Superiores 51,8% 55,7%
TRT7 52,1% 57,0%
TRT6 51,5% 53,3%
TRT10 50,4% 59,4% Federal
TRT12 46,9% 54,0% TRF3 67,8% 79,9%
TRT9 46,5% 58,4% TRF1 64,8% 77,2%
TRT13 46,1% 53,9%
TRF4 57,3% 70,6%
TRT11 40,8% 43,6%
TRF2 55,5% 73,1%
TRT18 39,9% 48,8%
30,8% 47,1% TRF5 52,9% 59,1%
TRT8
TRT16 63,4% 67,3% Federal 61,8% 74,6%
TRT24 56,3% 61,2%
TRT20 55,5% 60,5% Militar Estadual
TRT21 52,1% 53,7%
47,4% 53,9% TJMSP 47,0% 47,0%
TRT22
TRT19 47,0% 59,0% TJMMG 40,3% 46,0%
TRT17 41,8% 49,9% TJMRS 25,2% 25,2%
TRT14 40,5% 47,9% Militar Estadual 37,7% 39,1%
TRT23 31,1% 54,7%
Trabalho 47,7% 56,2% Poder Judiciário 69,3% 73,0%

0% 16% 32% 48% 64% 0% 18% 36% 54% 72% 90%

Taxa de congestionamento líquida Taxa de congestionamento total

81
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 56: Índice de Atendimento à Demanda, por tribunal

Estadual Eleitoral
TJRJ 112,0% TRE−MG 87,5%
TJSP 109,8% TRE−SP 65,4%
TJRS 108,4% TRE−RS 65,1%
TJMG 99,0% TRE−RJ 58,5%
TJPR 87,0% TRE−BA 56,9%
TJPA 163,8% TRE−PR 47,2%
TJPE 125,0% TRE−PB 66,9%
TJES 114,2% TRE−GO 66,7%
TJSC 111,3% TRE−PA 66,4%
TJGO 110,3% TRE−RN 66,3%
TJMT 102,9% TRE−MA 64,4%
TJCE 96,4% TRE−MT 62,8%
TJDFT 89,6% TRE−AM 58,1%
TJMA 81,3% TRE−PE 45,2%
TJBA 79,5% TRE−SC 41,8%
TJPB 125,7% TRE−CE 40,3%
TJRR 119,1% TRE−PI 28,5%
TJAP 113,1% TRE−DF 277,8%
TJAC 105,1% TRE−RR 94,5%
TJSE 101,3% TRE−RO 88,1%
TJTO 100,7% TRE−TO 70,4%
TJPI 100,3% TRE−MS 61,5%
TJAL 98,9% TRE−AC 60,6%
TJRN 95,9% TRE−SE 60,3%
TJAM 95,5% TRE−AL 53,7%
TJRO 92,7% TRE−AP 49,6%
TJMS 89,3% TRE−ES 31,2%
Estadual 104,5% Eleitoral 60,5%

0% 50% 100% 150% 200% 0% 50% 150% 250% 350%

Trabalho Superiores
TRT15 113,6% STM 127,9%
TRT2 101,9% TST 111,5%
TRT3 95,8%
STJ 101,1%
TRT4 91,3%
TSE 97,9%
TRT1 87,9%
TRT12 107,2% Superiores 104,7%
TRT5 102,1%
TRT9 100,9%
Federal
TRT10 100,6%
99,7% TRF3 109,6%
TRT6
TRT11 95,6% TRF2 92,1%
TRT7 93,7% TRF4 88,9%
TRT8 93,3% TRF5 85,4%
TRT18 91,2% TRF1 80,0%
TRT13 83,6% Federal 89,9%
TRT19 110,2%
TRT21 107,8%
TRT22 98,3% Militar Estadual
TRT20 94,8% TJMRS 285,5%
TRT14 93,3% TJMMG 124,0%
TRT23 92,3%
TJMSP 85,3%
TRT17 89,8%
84,8% Militar Estadual 134,7%
TRT24
TRT16 78,1%
Trabalho 98,5% Poder Judiciário 100,3%

0% 20% 60% 100% 0% 50% 150% 250% 350%

82
Figura 57: Percentual de casos novos eletrônicos, por tribunal

Estadual Eleitoral
TJSP 93,3% TRE−RS 0,1%
TJPR 89,2% TRE−SP 0,0%
TJRJ 78,9% TRE−RJ 0,0%
TJMG 29,1% TRE−PR 0,0%
TJRS 22,5% TRE−MG 0,0%
TJSC 90,8% TRE−BA 0,0%
TJBA 84,7% TRE−AM 0,4%
TJMT 67,2% TRE−PB 0,3%
TJMA 62,2% TRE−GO 0,3%
TJPE 57,4% TRE−SC 0,0%
TJCE 56,8% TRE−RN 0,0%
TJGO 55,4% TRE−PI 0,0%
TJDFT 19,8% TRE−PE 0,0%
TJPA 17,6% TRE−PA 0,0%
TJES 17,5% TRE−MT 0,0%
TJTO 100,0% TRE−MA 0,0%
TJMS 100,0% TRE−CE 0,0%
TJAL 100,0% TRE−TO 0,2%
TJAM 100,0% TRE−RO 0,0%
TJAC 99,8% TRE−SE 0,0%
TJAP 92,1% TRE−RR 0,0%
TJRO 85,6% TRE−MS 0,0%
TJSE 82,9% TRE−ES 0,0%
TJRR 71,8% TRE−DF 0,0%
TJPB 71,8% TRE−AP 0,0%
TJRN 60,6% TRE−AL 0,0%
TJPI 35,0% TRE−AC 0,0%
Estadual 69,9% Eleitoral 0,1%

0% 20% 40% 60% 80% 120% 0% 0% 0% 0% 0%

Trabalho Superiores
TRT1 94,4% TST 100,0%
TRT15 93,9% STJ
STM 77,5%
TRT3 92,4%
TSE 0,0%
TRT4 91,1%
Superiores 85,3%
TRT2 83,3%
TRT13 99,7%
TRT11 99,6% Federal
TRT9 99,5%
TRF4 96,8%
TRT7 98,0%
TRT18 97,3% TRF2 95,4%
TRT6 97,3% TRF5 88,6%
TRT5 92,5% TRF3 49,2%
TRT12 91,4% TRF1 33,0%
TRT10 83,5%
Federal 65,9%
TRT8 76,8%
TRT22 99,1%
TRT23 98,9% Militar Estadual
TRT14 98,8%
TJMMG 68,1%
TRT21 98,8%
TRT20 98,2% TJMSP 34,0%
TRT24 98,0% TJMRS 4,6%
TRT19 97,9% Militar Estadual 36,0%
TRT16 97,5%
TRT17 94,9%
Trabalho 92,1% Poder Judiciário 70,1%

0% 20% 40% 60% 80% 0% 20% 40% 60% 80% 120%

83
Relatório Justiça em Números 2017

5.1.3 Recorribilidade interna e externa


A recorribilidade externa reflete a proporção entre o número de recursos dirigidos a órgãos jurisdicionais de
instância superior ou com competência revisora em relação ao órgão prolator da decisão e o número de decisões
passíveis de recursos dessa natureza. São computados, por exemplo, recursos como a apelação, o agravo de ins-
trumento, os recursos especiais e extraordinários.
A recorribilidade interna é o resultado da relação entre o número de recursos endereçados ao mesmo órgão
jurisdicional prolator da decisão recorrida e o número de decisões por ele proferidas no período de apuração. Nesse
índice são considerados, por exemplo, os embargos declaratórios e infringentes, os agravos internos e regimentais.
O diagrama apresentado na Figura 58 ilustra o fluxo de funcionamento do sistema recursal do Poder Judiciário.
Os círculos correspondem às instâncias e aos tribunais que recebem processos judiciais. As linhas e suas as res-
pectivas setas indicam os caminhos possíveis que um processo pode percorrer na hipótese de recurso. Em cada
instância/Tribunal é demonstrado o número de casos novos originários e recursais, bem como os percentuais de
recorribilidade interna e externa.
Percebe-se que, quanto mais se aproxima das instâncias superiores, maiores são os índices de recorribilidade,
tanto externos quanto internos. Os tribunais superiores acabam se ocupando, predominantemente, de casos emi-
nentemente recursais, os quais correspondem a 89,4% de suas cargas de trabalho.
No primeiro grau, ao contrário, os índices de recorribilidade tendem a ser menores e variam significativamente
entre os segmentos de Justiça. Ainda assim, os tribunais de segunda instância também trabalham predominante-
mente com processos em grau de recurso.
A Justiça do Trabalho é o segmento com maior recorribilidade externa, com altos índices nas varas do trabalho
(44,8%) e nos TRTs (47%). Nos juizados especiais federais, verifica-se que, em média, 43% das decisões chegam
às turmas recursais.

84
Figura 58: Diagrama da recorribilidade e demanda processual

Supremo Supremo Tribunal Federal


77.165 (86%)
12.794 (14%)

Casos Novos originários


Casos Novos recursais Superior Tribunal Tribunal Superior Tribunal Superior Superior Tribunal
Recorribilidade interna de Justiça do Trabalho Eleitoral Militar
Recorribilidade externa 54.126 (16%) 672 (0%) 137 (2%) 273 (32%)
280.285 (84%) 180.962 (100%) 5.461 (98%) 570 (68%)
28% 7% 22% 34% 19% 26% 10%

Superiores

Tribunais de Tribunais Regionais Tribunais de Justiça Tribunais Regionais Tribunais Regionais


Justiça Federais Militar do Trabalho Eleitorais
473.609 (20%) 21.856 (5%) 280 (21%) 26.173 (3%) 8.351 (18%)
1.911.308 (80%) 456.431 (95%) 1.041 (79%) 779.910 (97%) 37.810 (82%)
19% 24% 35% 22% 9% 27% 18% 47% 12% 20%
2º grau

Varas Estaduais Varas Federais Auditorias Militares Varas do Trabalho Cartórios Eleitorais Auditorias
11.725.599 1.173.665 2.260 3.456.361 925.871 1.687
4% 6% 14% 20% 2% 16% 11% 45% 0% 4% - 9%

1º grau

Turmas Recursais Turmas Recursais


(Estadual) (Federal)
28.324 (4%) 11.422 (2%)
654.739 (96%) 451.225 (98%)
10% 12%

Juizados Especiais Juizados Especiais


(Estadual) (Federal)
4.993.425 1.680.116
4% 10% 3% 43%

85
Relatório Justiça em Números 2017

Os dados apresentados na Figura 59 apontam o aumento da recorribilidade externa entre 2009 e 2013, com
tendência de redução a partir de 2014, chegando em 2016 a um percentual de recursos às instâncias superiores por
sentenças e decisões proferidas de 12,7%. A recorribilidade interna segue crescente até 2012, declinando a partir
de 2013, verificando em 2016 o segundo menor percentual de decisões terminativas com recurso interno: 7,7%. Os
dados de recorribilidade apresentados na Figura 59 consideram tanto os recursos do 1º grau para o 2º grau quanto
os recursos do 2º grau para os tribunais superiores.
Os índices de recorribilidade externa e interna de cada segmento de Justiça (Figura 60) apresentaram redução
no último ano em todos os ramos, com exceção da recorribilidade externa da Justiça Militar Estadual.
Outro aspecto que chama atenção nos referidos índices é o universo de decisões consideradas. As variáveis
utilizadas no denominador das operações de cálculo das taxas de recorribilidade, externa e interna, são aferidas
por critérios distintos. Por exemplo, na Justiça Estadual, o número de sentenças e decisões passível de recurso
externo é imenso e equivale ao dobro das sentenças de conhecimento. Na Justiça Federal, excluem-se os recursos
não voluntários. Na Justiça do Trabalho, por sua vez, nem todas as sentenças de conhecimento são passíveis de
recurso externo e estão excluídas as sentenças homologatórias de acordo, que correspondem a 40% das sentenças
de conhecimento, diminuindo, assim, o denominador. Nota-se, ainda, que o resultado global do Poder Judiciário,
advém, especialmente, do comportamento da Justiça Estadual, que concentra a maioria dos processos.
A Figura 61 traz os índices de recorribilidade por tribunal, destacando-se o TRT14, que apresentou o maior índice
de recorribilidade externa do Poder Judiciário (61%), e o TJPI, que apresentou o menor índice (1%). Com relação à
recorribilidade interna, a maior taxa foi a do TSE (34%) e a menor foi novamente do TJPI (0,01%).

Figura 59: Série histórica dos índices de recorribilidade interna e externa

20%

15,8%
16% 14,6% 14,4%
12,7%
12,0%
10,9% 11,3%
12% 10,3%

9,9% 10,4% 9,9%


8% 9,8% 9,5%
7,9%
7,3% 7,7%
4%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Recorribilidade externa
Recorribilidade interna

86
Figura 60: Séries históricas dos índices de recorribilidade interna e externa, por ramo de Justiça

Estadual Superiores
20% 40%

16% 32% 30,4%


28,5%
26,7% 26,7% 25,6%
23,9%
12% 24%
10,3%
9,6% 9,4%
8,0% 7,7% 7,5% 8,0%
8% 7,4% 16%
7,1%
6,0% 6,6%
7,2% 7,2% 5,5% 9,9%
9,3% 9,4% 9,2%
5,3% 5,7% 7,9% 6,8%
4% 8%

0% 0%
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Trabalho Eleitoral
60% 57,4% 20%
55,6%
53,0% 17,0%
50,4% 50,2%
50% 45,6% 16%
49,8% 50,8%

40% 12%
8,6%
30% 8% 5,5% 6,2%
5,0% 7,8% 5,0%
20% 4% 3,6%
2,7% 2,8%
14,3% 14,0% 14,5% 15,7% 14,8% 13,9% 13,7% 13,0% 1,8% 1,1%

10% 0%
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Federal Militar Estadual


40% 30%
34,2%
32% 30,8% 30,4% 24%
28,3% 21,9% 21,4% 21,3%
27,5%
25,4% 18,1% 18,9%
24% 26,3% 26,7% 18% 16,1%

12,1%
16% 14,1% 15,0% 14,0% 13,8% 13,1% 12% 10,5%
11,9% 12,0% 9,3%
9,9% 6,8% 7,6% 6,7%
8% 6%

0% 0%
2009 2011 2013 2015 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Recorribilidade externa
Recorribilidade interna

87
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 61: Índices de recorribilidade interna e externa, por tribunal


Estadual Eleitoral
Recorribilidade interna Recorribilidade externa Recorribilidade interna Recorribilidade externa
5,6% TJRS 24,7% 14,6% TRE−MG 53,1%
10,9% TJPR 19,4% 1,6% TRE−BA 5,8%
7,5% TJMG 9,6% 2,2% TRE−PR 5,8%
0,6% TJRJ 8,0% 0,8% TRE−SP 3,9%
5,0% TJSP 7,1% 0,4% TRE−RS 3,7%
2,9% TJGO 11,8% 0,8% TRE−RJ 1,8%
9,4% TJSC 10,7% 1,3% TRE−RN 45,9%
1,9% TJES 7,4% 1,3% TRE−PE 17,1%
4,2% TJPA 3,7% 2,2% TRE−PI 14,1%
5,3% TJPE 3,6% 0,5% TRE−PB 7,1%
1,6% TJBA 2,8% 1,7% TRE−CE 6,0%
7,5% TJDFT 2,3% 1,4% TRE−SC 5,7%
2,0% TJCE 2,0% 0,8% TRE−GO 5,5%
5,4% TJMT 1,5% 1,2% TRE−AM 5,4%
26,6% TJMA 1,2% 0,9% TRE−MT 4,6%
4,4% TJAP 16,5% 1,1% TRE−MA 3,7%
4,2% TJPB 12,8% 0,6% TRE−PA 2,3%
2,7% TJAL 11,3% 1,2% TRE−AP 13,8%
4,4% TJRN 10,5% 5,8% TRE−DF 12,5%
4,2% TJMS 10,3% 4,7% TRE−RR 10,0%
5,0% TJTO 9,3% 1,2% TRE−MS 9,5%
4,1% TJRO 8,7% 2,1% TRE−SE 7,3%
9,7% TJSE 5,0% 0,3% TRE−RO 4,8%
2,2% TJAC 4,5% 1,2% TRE−ES 4,2%
1,6% TJRR 4,4% 0,2% TRE−AC 3,7%
19,1% TJAM 2,4% 1,2% TRE−AL 3,0%
0,0% TJPI 0,8% 0,2% TRE−TO 2,8%
5,5% Estadual 8,0% 1,1% Eleitoral 5,0%

Trabalho Superiores
Recorribilidade interna Recorribilidade externa Recorribilidade interna Recorribilidade externa
13,6% TRT2 55,5% 33,7% TSE 19,0%
12,9% TRT3 51,1% 25,6% STM 10,5%
10,7% TRT4 49,5% 27,5% 6,6%
STJ
12,4% TRT15 44,2%
22,0% TST
17,4% TRT1 43,1%
10,9% TRT12 46,4% 25,6% Superiores 6,8%
17,5% TRT9 46,2%
7,9% TRT8 44,3% Federal
12,2% TRT13 43,5%
17,1% 42,6% 8,3% TRF1 59,2%
TRT10
8,6% TRT18 41,9% 7,9% TRF5 30,8%
15,4% TRT5 38,2% 19,0% TRF3 26,8%
12,3% TRT6 37,5% 13,1% TRF4 23,2%
7,3% TRT7 29,2% 12,1% TRF2 10,5%
7,1% TRT11 27,0% 12,0% 30,4%
Federal
9,8% TRT14 60,6%
9,9% TRT23 51,9%
23,6% TRT17 49,3% Militar Estadual
9,2% TRT22 48,8% 13,0% TJMSP 21,7%
12,2% TRT21 45,2%
8,2% TJMMG 18,7%
11,0% TRT24 44,0%
8,0% 41,0% 2,2% TJMRS 14,1%
TRT19
Militar
21,0% TRT20 38,5% 6,7% Estadual 18,9%
7,9% TRT16 26,3%
13,0% Trabalho 45,6% 7,7% Poder 12,7%
Judiciário

88
5.2 Política de priorização do primeiro grau em números
O Conselho Nacional de Justiça instituiu a Política Nacional de Atenção Prioritária ao Primeiro Grau de Jurisdição
pela Resolução CNJ n. 194, de 26 de maio de 2014, com o objetivo de desenvolver, em caráter permanente, iniciativas
voltadas ao aperfeiçoamento da qualidade, da celeridade, da eficiência, da eficácia e da efetividade dos serviços
judiciários da primeira instância dos tribunais brasileiros.
Na mesma linha de atuação, o CNJ publicou outras duas resoluções:
• Resolução CNJ n. 195, de 3 de junho de 2014: determina que a distribuição do orçamento nos órgãos do Poder
Judiciário de primeiro e segundo grau seja proporcional à demanda e ao acervo processual;
• Resolução CNJ n. 219, de 26 de abril de 2016: determina que a distribuição de servidores, de cargos em comis-
são e de funções de confiança nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo grau seja proporcional à
demanda e cria critérios objetivos para cálculo da lotação paradigma das unidades judiciárias.
Esta seção tem como objetivo comparar os resultados do 1º grau11 e do 2º grau, a partir dos principais indicadores
de desempenho, segmentados de acordo com o porte de cada tribunal, buscando compreender como os recursos
humanos estão distribuídos nos tribunais e, ainda, como tal distribuição impacta os resultados globais.
O primeiro grau foi responsável por 86% dos processos ingressados e 94% do acervo processual do Poder Judi-
ciário em 2016.

5.2.1 Distribuição de recursos humanos


Os artigos 3º e 12 da Resolução CNJ n. 219/2016 determinam que a quantidade total de servidores das áreas de
apoio direto à atividade judicante e a alocação de cargos em comissão e de funções de confiança de 1º e de 2º grau
devem ser proporcionais à quantidade média de processos (casos novos) distribuídos a cada grau de jurisdição no
último triênio. A obrigatoriedade de implantação da redistribuição da força de trabalho teve início apenas em 1º de
julho de 2017, portanto seus impactos ainda não se fazem ver nesse relatório. Aqui verifica-se como esses cargos e
essas funções estavam distribuídos ao final do ano de 2016, por segmento de Justiça (Figura 85), comparando-se
os percentuais do 1º grau de jurisdição em relação aos percentuais do 2º grau nos seguintes aspectos: número de
servidores lotados nas áreas judiciárias, processos novos e em trâmite, despesas realizadas, cargos em comissão
e funções comissionadas.
O Poder Judiciário concentra, no 1º grau de jurisdição, 85% dos processos ingressados no último triênio, 84% dos
servidores lotados na área judiciária, 66% dos cargos em comissão (59% em valor das comissões) e 74% das funções
comissionadas (61% em valor das funções). Na Justiça Eleitoral, não há cargos em comissão no 1º grau, pois todos
estão alocados na área administrativa ou na área judiciária de 2º grau. Na Justiça Militar Estadual, apenas o TJM-RS
declarou possuir funções comissionadas, sendo 7 destinadas ao 2º grau, 4 ao 1º grau e 2 à área administrativa.
Todos os ramos de Justiça possuem demanda processual superior ao número de servidores, cargos e funções
alocadas no 1º grau de jurisdição. Com relação aos cargos em comissão, a diferença entre a demanda e a quantidade
de cargos é ainda maior.

11 Nesta seção, considera-se como 1º grau a soma do juízo comum, dos juizados especiais e das turmas recursais
89
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 62: Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no
primeiro grau de jurisdição, por ramo de Justiça
Funções comissionadas Cargos em comissão Servidores da área judiciária Média de Casos novos no triênio

89%
0%
Eleitoral
89%
90%

77%
69%
Estadual 87%
88%

81%
61%
Federal
84%
87%

70%
55%
Trabalho
75%
83%

36%

Militar 44%
Estadual 58%
64%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

5.2.2 Indicadores de produtividade


O 1º grau de jurisdição possui o maior quantitativo de casos novos, carga de trabalho e produtividade por magis-
trado e servidor da área judiciária. Nos indicadores de casos novos por magistrado e por servidor, os valores ainda
são próximos. As diferenças se acentuam quando as execuções passam a ser incluídas e, principalmente, quando o
acervo é considerado, como ocorre na carga de trabalho, em que o valor do 1º grau é mais do que o dobro do valor
do 2º grau.
Na Justiça Federal ocorre o inverso. Os indicadores por magistrado são maiores no 2º grau. É também o ramo de
Justiça com os maiores valores de casos novos por magistrado e por servidor, em ambos os graus de jurisdição. É
importante esclarecer que os indicadores de casos novos por servidor e de casos novos por magistrado apresentados
nas Figuras 63 a 66 desconsideram as execuções judiciais iniciadas, consoante critérios da Resolução CNJ n. 76/2016.
Tanto a produtividade dos magistrados quanto a dos servidores sofreram redução no 2º grau em relação ao ano
anterior. No 1º grau, ao contrário, observa-se aumento gradual do quantitativo de processos baixados desde o ano
de 2010, conforme verificado na Figura 72 e na Figura 73.
Ademais, houve redução no número de casos novos por magistrado e servidor, percebida especialmente no 1º
grau (Figura 64 e Figura 65). Apesar disso, a carga de trabalho permaneceu crescendo - possível reflexo do cons-
tante aumento do acervo processual.

90
Figura 63: Casos novos por magistrado, por tribunal
Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
927 TJRJ 3.495 883 TRE−SP 480
1.193 TJPR 1.766 488 TRE−BA 451
1.939 TJSP 1.755 262 TRE−RS 420
2.273 TJRS 1.735 376 TRE−PR 222
1.799 TJMG 1.619 456 TRE−RJ 205
553 TJBA 1.954 931 TRE−MG 2
1.418 TJMT 1.945 168 TRE−MT 473
1.061 TJSC 1.738 258 TRE−PB 457
844 TJMA 1.355 339 TRE−GO 440
923 TJGO 1.286 105 TRE−PA 427
1.460 TJDFT 1.076 219 TRE−MA 407
832 TJPE 1.048 194 TRE−RN 343
812 TJCE 919 181 TRE−AM 342
1.237 TJES 910 170 TRE−SC 232
817 TJPA 777 198 TRE−CE 189
1.240 TJMS 1.625 294 TRE−PE 155
932 TJRO 1.356 158 TRE−PI 152
569 TJAM 1.270 38 TRE−AC 599
536 TJRR 1.116 84 TRE−TO 571
689 TJAL 1.105 152 TRE−SE 441
721 TJPI 1.017 53 TRE−RR 381
343 TJAP 1.007 165 TRE−MS 372
1.578 TJSE 997 34 TRE−AP 371
1.392 TJTO 990 83 TRE−RO 342
1.227 TJRN 895 87 TRE−AL 338
440 TJAC 860 111 TRE−ES 233
1.218 TJPB 758 28 TRE−DF 10
1.394 Estadual 1.581 238 Eleitoral 305

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
1.692 TRT2 1.213
1.724 TRT3 1.165 2.563 TRF5 2.760
1.901 TRT15 1.038 5.065 2.086
TRF1
1.345 TRT1 1.023
1.555 TRT4 827 5.267 TRF4 1.981
945 TRT11 1.301 2.925 1.851
TRF3
1.617 TRT18 1.079
772 TRT7 1.070 1.661 TRF2 1.172
770 TRT8 1.059
3.518 Federal 1.948
1.458 TRT12 991
1.552 TRT9 904
1.258 TRT6 859
1.203 TRT10 750 Militar Estadual
1.499 TRT5 743
2º grau 1º grau
1.166 TRT13 702
992 TRT22 1.089 131 TJMSP 124
879 TRT16 1.066
992 14 TJMMG 123
TRT20 968
1.054 TRT21 839 44 TJMRS 50
851 TRT19 806
1.275 766 63 Militar 99
TRT17
1.182 716 Estadual
TRT24
1.196 TRT23 622
1.166 597 2º grau 1º grau
TRT14
1.442 977 1.533 Poder
Trabalho Judiciário
1.561

91
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 64: Série histórica de casos novos por magistrado

2.000

1.800

1.594 1.571 1.553 1.561


1.600 1.524
1.428 1.445
1.515 1.513 1.533
1.400 1.351 1.485
1.423
1.364
1.321 1.301
1.200

1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
1º Grau
2º Grau

Figura 65: Série histórica de casos novos por servidor da área judiciária

200

178

156

131
134 125 127
121 120 122 122
119

112 119
114
108
102 105
100 101
90 95
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

1º Grau
2º Grau

92
Figura 66: Casos novos por servidor da área judiciária, por tribunal

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
111 TJPR 232 54 TRE−BA 104
114 TJRJ 191 23 TRE−RS 102
275 TJRS 161 27 TRE−PR 91
220 TJSP 118 40 TRE−SP 66
140 TJMG 117 44 TRE−RJ 36
72 TJBA 170 37 TRE−MG 1
120 TJSC 166 37 TRE−PB 309
72 TJGO 158 21 TRE−PE 125
81 TJMT 157 35 TRE−GO 123
51 TJMA 134 20 TRE−MA 119
84 TJCE 99 23 TRE−CE 115
104 TJES 96 26 TRE−MT 102
56 TJPE 87 28 TRE−PA 99
76 TJDFT 81 45 TRE−AM 93
80 TJPA 74 26 TRE−RN 81
47 TJAM 146 32 TRE−SC 63
140 TJMS 112 16 TRE−PI 50
78 TJRO 103 41 TRE−SE 274
43 TJAL 96 11 TRE−TO 142
59 TJTO 92 10 TRE−AC 111
35 TJAP 87 7 TRE−AP 105
69 TJRN 87 19 TRE−RR 95
54 TJRR 85 53 TRE−MS 87
65 TJPB 80 18 TRE−AL 84
60 TJPI 73 17 TRE−RO 77
59 TJSE 62 71 TRE−ES 62
34 TJAC 57 5 TRE−DF 1
130 Estadual 128 30 Eleitoral 75

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
149 TRT15 146 88 197
TRF5
167 TRT2 141
88 TRT1 126 241 TRF4 186
136 TRT3 111
114 TRF3 158
111 TRT4 91
46 TRT11 163 195 TRF1 158
53 TRT7 141
85 122 62 TRF2 105
TRT9
77 TRT12 120 138 Federal 161
87 TRT8 117
87 TRT18 113
90 TRT6 106 Militar Estadual
87 TRT10 99
134 89 2º grau 1º grau
TRT5
43 TRT13 87 4 TJMMG 15
73 TRT16 175
64 169 20 TJMSP 13
TRT22
85 TRT20 133 11 TJMRS 13
63 TRT24 112
13 Militar 13
67 TRT21 108 Estadual
79 TRT17 106
70 TRT19 101
88 TRT23 85 2º grau 1º grau
86 TRT14 78 Poder
104 119 119 127
Trabalho Judiciário

93
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 67: Carga de trabalho do magistrado, por tribunal

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
1.419 TJRJ 23.145 1.175 TRE−SP 497
3.185 TJSP 11.620 630 TRE−BA 486
4.471 TJMG 6.660 289 TRE−RS 428
4.213 TJRS 6.055 715 TRE−RJ 226
3.311 TJPR 5.886 500 TRE−PR 224
2.614 TJSC 10.550 962 TRE−MG 12
1.745 TJBA 10.033 291 TRE−MT 522
2.970 TJMT 6.832 362 TRE−PB 517
1.948 TJGO 5.873 199 TRE−PA 465
2.514 TJPE 5.681 434 TRE−GO 431
1.676 TJMA 5.022 258 TRE−RN 393
2.774 TJES 4.925 275 TRE−AM 387
2.474 TJPA 4.748 371 TRE−MA 294
2.418 TJCE 3.807 212 TRE−SC 251
2.411 TJDFT 3.620 270 TRE−CE 207
3.208 TJAM 8.646 327 TRE−PE 174
1.982 TJMS 7.144 211 TRE−PI 166
2.728 TJAL 5.318 51 TRE−AC 654
1.876 TJPI 4.529 109 TRE−TO 607
3.307 TJRN 4.179 187 TRE−SE 421
2.678 TJRO 4.145 78 TRE−RR 419
2.897 TJTO 4.042 281 TRE−RO 411
1.147 TJRR 3.409 232 TRE−MS 391
2.344 TJPB 3.366 120 TRE−AL 360
4.078 TJSE 3.114 32 TRE−AP 323
1.097 TJAC 2.984 161 TRE−ES 258
775 TJAP 2.461 255 TRE−DF 23
2.836 Estadual 8.143 330 Eleitoral 320

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
2.490 TRT2 4.049 13.316 TRF3 11.567
3.400 TRT15 3.805
2.849 TRT1 3.235 26.114 TRF1 8.173
2.794 TRT3 3.067 7.228 6.956
TRF5
2.734 TRT4 2.827
1.514 TRT7 3.391 12.261 TRF4 6.818
2.539 TRT12 3.382 6.631 TRF2 5.292
2.949 TRT9 3.372
2.954 TRT5 3.053 13.688 Federal 7.971
2.208 TRT10 2.989
1.360 TRT11 2.961
2.150 TRT6 2.774 Militar Estadual
2.782 TRT18 2.617
1.283 TRT8 2.496 2º grau 1º grau
1.857 TRT13 1.844 233 TJMSP 272
2.039 TRT20 3.547
2.146 TRT16 3.478 87 TJMMG 253
1.959 TRT22 3.442 258 TJMRS 172
1.365 TRT19 3.287
2.031 TRT21 2.980 Militar
193 Estadual 234
1.975 TRT24 2.267
2.550 TRT17 2.198
2.144 TRT23 1.825 2º grau 1º grau
1.664 TRT14 1.574 Poder
Trabalho 3.384 7.192
2.522 3.181 Judiciário

94
Figura 68: Série histórica da carga de trabalho do magistrado

8.000
7.260 7.192
6.731 6.622
6.800 6.522
5.916 6.058
5.747 6.599
6.340
5.600

4.400

3.269 3.426 3.376 3.384


3.099 3.218
2.912 2.953
3.200
3.089 3.059
2.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
1º Grau 2º Grau
1º Grau (sem suspensos) 2º grau (sem suspensos)

Figura 69: Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária

600 583
570
543
516 512 522 521
520 501
518 514

440

360

280 254 263


245
232 231 229
221 216
232 237
200
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

1º Grau 2º Grau
1º Grau (sem suspensos) 2º grau (sem suspensos)

95
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 70: Carga de trabalho do servidor da área judiciária, por tribunal


Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
174 TJRJ 1.265 70 TRE−BA 112
361 TJSP 780 26 TRE−RS 104
309 TJPR 772 35 TRE−PR 91
510 TJRS 563 53 TRE−SP 68
347 TJMG 480 70 TRE−RJ 40
295 TJSC 1.006 38 TRE−MG 4
228 TJBA 875 52 TRE−PB 349
151 TJGO 720 24 TRE−PE 141
170 TJMT 551 31 TRE−CE 126
234 TJES 520 45 TRE−GO 120
101 TJMA 498 45 TRE−MT 112
169 TJPE 473 53 TRE−PA 108
243 TJPA 451 69 TRE−AM 105
249 TJCE 412 35 TRE−RN 93
125 TJDFT 271 33 TRE−MA 86
263 TJAM 991 40 TRE−SC 69
223 TJMS 490 21 TRE−PI 55
169 TJAL 464 50 TRE−SE 262
186 TJRN 405 15 TRE−TO 151
124 TJTO 376 13 TRE−AC 121
125 TJPB 354 27 TRE−RR 105
156 TJPI 327 56 TRE−RO 93
225 TJRO 313 7 TRE−AP 91
115 TJRR 259 74 TRE−MS 91
80 TJAP 213 25 TRE−AL 90
85 TJAC 198 102 TRE−ES 68
154 TJSE 193 48 TRE−DF 3
264 Estadual 662 41 Eleitoral 79

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
267 TRT15 534 521 TRF3 990
245 TRT2 470
186 TRT1 399 560 TRF4 639
196 TRT4 311
TRT3 1.004 TRF1 620
221 293
161 TRT9 454 249 TRF5 497
103 TRT7 447
135 TRT12 409 249 TRF2 476
160 TRT10 396 537 Federal 660
66 TRT11 371
264 TRT5 365
153 TRT6 342 Militar Estadual
149 TRT18 275
145 TRT8 275 2º grau 1º grau
69 TRT13 228
TRT16
67 TJMRS 43
179 571
125 TRT22 533 25 31
TJMMG
175 TRT20 486
113 TRT19 411 35 TJMSP 28
129 TRT21 383
Militar
105 TRT24 355 41 Estadual 32
158 TRT17 305
157 TRT23 250 2º grau 1º grau
122 TRT14 206 Poder
182 Trabalho 387 263 583
Judiciário

96
Figura 71: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), por tribunal

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
905 TJRJ 4.210 822 TRE−SP 310
1.504 TJSP 2.333 215 TRE−RS 271
2.314 TJRS 2.096 461 TRE−BA 251
1.766 TJMG 1.899 639 TRE−RJ 110
1.447 TJPR 1.593 363 TRE−PR 99
1.273 TJMT 2.195 793 TRE−MG 2
878 TJSC 2.106 243 TRE−PB 300
605 TJBA 1.545 252 TRE−GO 292
1.177 TJGO 1.477 186 TRE−MT 288
769 TJPE 1.434 155 TRE−PA 272
738 TJPA 1.420 210 TRE−MA 258
740 TJES 1.249 214 TRE−RN 219
986 TJDFT 1.200 166 TRE−AM 193
754 TJMA 1.192 154 TRE−SC 92
947 TJCE 927 160 TRE−CE 71
1.050 TJMS 1.712 253 TRE−PE 65
668 TJRR 1.566 144 TRE−PI 37
878 TJRO 1.523 84 TRE−TO 397
307 TJAP 1.292 53 TRE−RR 358
724 TJAM 1.274 34 TRE−AC 356
2.105 TJSE 1.205 213 TRE−RO 273
656 TJAL 1.185 120 TRE−SE 260
1.188 TJTO 1.178 187 TRE−MS 218
643 TJAC 1.088 11 TRE−AP 187
552 TJPI 1.074 86 TRE−AL 176
1.054 TJPB 1.060 102 TRE−ES 65
1.300 TJRN 939 118 TRE−DF 15
1.270 Estadual 1.860 237 Eleitoral 179

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
767 TRT2 1.637 2.122 TRF5 2.789
1.545 TRT15 1.591
1.401 TRT3 1.398 2.950 TRF3 2.196
964 TRT1 1.171 4.565 1.890
TRF1
1.177 TRT4 1.043
578 TRT11 1.635 4.514 TRF4 1.824
1.176 TRT12 1.445
2.235 TRF2 1.277
777 TRT7 1.355
1.139 TRT9 1.281 3.348 Federal 1.948
703 TRT8 1.239
1.616 TRT18 1.217
1.112 TRT6 1.161 Militar Estadual
1.103 TRT5 1.111
855 TRT10 1.103 2º grau 1º grau
1.006 TRT13 744 123 TJMSP 130
947 TRT22 1.439
665 TRT19 1.264 52 TJMMG 120
772 TRT20 1.223
1.170 TRT21 1.217 247 TJMRS 61
756 TRT16 1.066
140 Militar 104
1.053 TRT17 973 Estadual
834 TRT23 787
1.011 TRT24 777 2º grau 1º grau
795 TRT14 772 Poder
1.052 Trabalho 1.287 1.347 Judiciário 1.788

97
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 72: Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM)

2.000

1.783 1.788
1.800 1.730 1.726 1.717
1.630
1.590
1.600 1.507
1.497 1.480
1.418 1.407
1.400 1.342 1.347
1.245 1.242

1.200

1.000
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

1º Grau
2º Grau

Figura 73: Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS-Jud)

200

178

156 150
145
140
134 136 134 135
132
134

113
112 105 105
101 101
98
94 94
90
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

1º Grau
2º Grau

98
Figura 74: Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS-Jud), por tribunal

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
111 TJRJ 230 19 TRE−RS 66
135 TJPR 209 51 TRE−BA 58
280 TJRS 195 37 TRE−SP 43
171 TJSP 157 26 TRE−PR 40
137 TJMG 137 62 TRE−RJ 19
99 TJSC 201 31 TRE−MG 1
91 TJGO 181 35 TRE−PB 202
73 TJMT 177 26 TRE−GO 81
73 TJPA 135 19 TRE−MA 75
79 TJBA 135 41 TRE−PA 63
62 TJES 132 29 TRE−MT 62
52 TJPE 119 41 TRE−AM 52
45 TJMA 118 18 TRE−PE 52
98 TJCE 100 29 TRE−RN 52
51 TJDFT 90 18 TRE−CE 44
59 TJAM 146 29 TRE−SC 25
67 TJRR 119 15 TRE−PI 12
118 TJMS 118 32 TRE−SE 162
74 TJRO 115 11 TRE−TO 99
32 TJAP 112 19 TRE−RR 89
56 TJPB 112 9 TRE−AC 66
51 TJTO 110 43 TRE−RO 62
41 TJAL 103 2 TRE−AP 53
73 TJRN 91 59 TRE−MS 51
46 TJPI 78 18 TRE−AL 44
79 TJSE 74 65 TRE−ES 17
50 TJAC 72 22 TRE−DF 2
118 Estadual 151 29 Eleitoral 44

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
121 TRT15 223 73 TRF5 199
76 TRT2 190
63 TRT1 144 115 TRF3 188
111 TRT3 134 206 171
TRF4
84 TRT4 115
28 TRT11 205 176 TRF1 143
53 TRT7 179
84 TRF2 115
62 TRT12 175
62 TRT9 173 131 Federal 161
62 TRT10 146
79 TRT6 143
79 TRT8 136 Militar Estadual
98 TRT5 133 2º grau 1º grau
87 TRT18 128
37 TRT13 92 64 TJMRS 15
61 TRT22 223
63 175 15 TJMMG 15
TRT16
66 TRT20 168
18 TJMSP 13
55 TRT19 158
74 TRT21 156 30 Militar 14
65 TRT17 135 Estadual
54 TRT24 122
61 TRT23 108 2º grau 1º grau
58 TRT14 101 Poder
105 145
76 Trabalho 156 Judiciário

99
Relatório Justiça em Números 2017

5.2.3 Indicadores de desempenho e de informatização


Como já ressaltado, o percentual de processos que ingressam eletronicamente no Poder Judiciário tem crescido
linearmente, em curva acentuada, desde 2012. Na série histórica apresentada na Figura 75, é possível constatar
que a curva do 1º grau está acima da curva do 2º grau em todo o período. Ambas as curvas vêm em ascendência,
seguindo taxa de crescimento semelhante, com a linha de tendência do 1º grau quase paralela à linha do 2º grau.
A Justiça do Trabalho destaca-se por apresentar 99% dos processos de 1º grau ingressados eletronicamente,
com apenas cinco tribunais abaixo do índice de 100%. Os Tribunais de Justiça dos Estados do Tocantins, de Mato
Grosso do Sul, de Alagoas e do Amazonas também se destacam por apresentar todos os processos de 1º e 2º grau
ingressados de forma eletrônica. Em contrapartida, na Justiça Eleitoral existem apenas cinco tribunais com processos
ingressados eletronicamente no ano de 2016, sendo todos no 2º grau (Figura 76).
A Figura 78 traz a comparação do Índice de Atendimento à Demanda (IAD) entre o 1º e 2º grau. Observa-se que
somente nos anos de 2012 e 2013 o indicador do 2º grau superou o do 1º grau, sendo que, em 2016, o 2º grau teve
o pior desempenho na série histórica, com um índice de atendimento à demanda de 88%. Na Justiça do Trabalho e
na Justiça Estadual somente o 1º grau consegue baixar mais processos que a demanda. Na Justiça Militar Estadual,
os processos baixados superam os casos novos apenas no 2º grau. Apesar de a série histórica apresentar muitas
oscilações no período, houve decréscimo em ambas as instâncias no último ano.
A Figura 79 apresenta os dados comparativos para a Taxa de Congestionamento, com diferenças significativas
entre as duas instâncias, tanto com relação à taxa bruta, quanto à líquida (em que não são computados casos suspen-
sos, sobrestados ou em arquivo provisório): na taxa bruta a diferença entre as instâncias é de 20 pontos percentuais
e na taxa líquida, de 22 pontos percentuais.
O 2º grau, com melhor resultado, possui taxa de congestionamento líquida de 49% e um estoque próximo à
demanda. Trata-se de situação bem mais favorável que a constatada no 1º grau, cujo estoque cresceu em 3,6% e
equivale a 3 vezes o quantitativo de casos novos.

Figura 75: Série histórica do índice de casos novos eletrônicos

80% 73,3%

64% 58,7%

46,9% 48,3%
48%
39,6%
31,1% 30,0%
32%
19,0% 21,0%
17,3%
12,8% 14,6%
16%
5,9% 7,6%
2,5%
0,2%
0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
1º Grau
2º Grau

100
Figura 76: Índice de casos novos eletrônicos, por tribunal

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
64% TJSP 100% 0% TRE−SP 0%
3% TJPR 99% 6% TRE−RS 0%
100% TJRJ 77% 0% TRE−RJ 0%
13% TJMG 32% 0% TRE−PR 0%
17% TJRS 24% 0% TRE−MG 0%
44% TJSC 98% 0% TRE−BA 0%
0% TJBA 89% 0% TRE−SC 0%
10% TJMT 73% 0% TRE−RN 0%
5% TJMA 66% 0% TRE−PI 0%
0% TJPE 63% 0% TRE−PE 0%
7% TJGO 60% 6% TRE−PB 0%
100% TJCE 53% 0% TRE−PA 0%
3% TJDFT 24% 0% TRE−MT 0%
0% TJES 20% 0% TRE−MA 0%
0% TJPA 19% 6% TRE−GO 0%
100% TJTO 100% 0% TRE−CE 0%
100% TJMS 100% 7% TRE−AM 0%
100% TJAL 100% 0% TRE−RO 0%
100% TJAM 100% 8% TRE−TO 0%
98% TJAC 100% 0% TRE−SE 0%
67% TJAP 93% 0% TRE−RR 0%
72% TJRO 87% 0% TRE−MS 0%
66% TJSE 85% 0% TRE−ES 0%
0% TJRR 81% 0% TRE−DF 0%
21% TJPB 79% 0% TRE−AP 0%
0% TJRN 66% 0% TRE−AL 0%
0% TJPI 38% 0% TRE−AC 0%
42% Estadual 74% 1% Eleitoral 0%

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
67% TRT3 100% 86% 99%
TRF4
75% TRT15 100%
75% TRT1 100% 86% TRF2 97%
70% TRT4 99%
66% TRF5 90%
37% TRT2 99%
98% TRT11 100% 7% TRF3 58%
86% TRT18 100%
28% TRF1 34%
86% TRT7 100%
58% TRT12 100% 47% Federal 69%
99% TRT13 100%
72% TRT5 100%
86% TRT6 100% Militar Estadual
36% TRT10 100%
2º grau 1º grau
100% TRT9 99%
67% TRT8 79% 257% TJMMG 39%
90% TRT24 100%
92% TRT20 100% 30% TJMSP 38%
82% TRT17 100% 2% TJMRS 8%
95% TRT21 100%
83% TRT16 100% 40% Militar 33%
89% TRT19 100% Estadual
96% TRT14 100%
97% TRT22 100% 2º grau 1º grau
97% TRT23 99% Poder
69% Trabalho 99% 48% 73%
Judiciário

101
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 77: Índice de Atendimento à Demanda (IAD), por tribunal

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
78% TJSP 116% 85% TRE−MG 109%
98% TJRJ 113% 82% TRE−RS 65%
102% TJRS 110% 93% TRE−SP 65%
98% TJMG 99% 94% TRE−BA 56%
121% TJPR 83% 140% TRE−RJ 53%
90% TJPA 171% 97% TRE−PR 44%
92% TJPE 128% 74% TRE−GO 66%
60% TJES 120% 94% TRE−PB 66%
83% TJSC 115% 110% TRE−RN 64%
127% TJGO 109% 148% TRE−PA 64%
90% TJMT 104% 96% TRE−MA 63%
117% TJCE 95% 111% TRE−MT 61%
68% TJDFT 94% 92% TRE−AM 56%
89% TJMA 81% 86% TRE−PE 42%
109% TJBA 78% 90% TRE−SC 39%
87% TJPB 131% 81% TRE−CE 38%
125% TJRR 119% 91% TRE−PI 25%
89% TJAP 114% 422% TRE−DF 154%
85% TJTO 103% 100% TRE−RR 94%
77% TJPI 103% 256% TRE−RO 80%
146% TJAC 102% 100% TRE−TO 70%
95% TJAL 99% 90% TRE−AC 60%
133% TJSE 98% 79% TRE−SE 59%
106% TJRN 95% 113% TRE−MS 59%
127% TJAM 93% 99% TRE−AL 52%
94% TJRO 92% 32% TRE−AP 50%
85% TJMS 90% 92% TRE−ES 28%
91% Estadual 106% 100% Eleitoral 59%

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
81% TRT15 121%
45% TRT2 119% 101% TRF3 111%
81% TRT3 99% 86% TRF4 90%
76% TRT4 96%
72% TRT1 91% 135% TRF2 87%
81% TRT12 113% 83% TRF5 86%
74% TRT5 110%
71% TRT10 108% 90% TRF1 79%
73% TRT9 107% 95% 89%
Federal
88% TRT6 102%
61% TRT11 101%
91% TRT8 94% Militar Estadual
101% TRT7 93%
2º grau 1º grau
100% TRT18 90%
86% TRT13 83% 377% TJMMG 88%
78% TRT19 115%
111% TRT21 107% 560% TJMRS 86%
68% TRT14 100%
94% TJMSP 79%
95% TRT22 99%
78% TRT20 99% Militar
223% Estadual 83%
70% TRT23 96%
83% TRT17 92%
86% TRT24 85% 2º grau 1º grau
86% TRT16 77% Poder
88% 102%
73% Trabalho 104% Judiciário

102
Figura 78: Série histórica do índice de atendimento à demanda
110%

104% 104%
104% 102%
101%
99% 100% 100% 99% 99%
98%
98% 99% 98%
95%
92% 94%
93%

86% 88%

80%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

1º Grau
2º Grau

Figura 79: Série histórica da taxa de congestionamento

80%
74,9% 74,6%
73,5% 73,1% 72,7% 73,6% 73,3%
72,0%
72%
72,3%
71,0%

64%

54,7%
56% 52,3%
51,2% 51,9%
49,7%
48,3% 47,8%
47,0%
48%
49,1%
42,1%
40%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
1º Grau 2º Grau
1º grau (sem suspensos) 2º Grau (sem suspensos)

103
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 80: Taxa de congestionamento, por tribunal

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
36% TJRJ 82% 6% TRE−MG 83%
46% TJSP 80% 21% TRE−PR 56%
55% TJMG 71% 4% TRE−RJ 51%
49% TJPR 70% 15% TRE−BA 48%
38% TJRS 65% 23% TRE−SP 37%
60% TJBA 85% 18% TRE−RS 36%
63% TJSC 80% 25% TRE−PI 78%
48% TJMA 76% 35% TRE−CE 65%
60% TJCE 75% 21% TRE−SC 63%
63% TJPE 75% 21% TRE−PE 62%
31% TJGO 74% 31% TRE−AM 50%
71% TJES 74% 30% TRE−MT 45%
68% TJPA 70% 13% TRE−RN 44%
48% TJMT 67% 26% TRE−PB 42%
54% TJDFT 66% 17% TRE−PA 41%
60% TJAM 84% 37% TRE−GO 32%
75% TJAL 77% 38% TRE−MA 12%
71% TJPI 76% 30% TRE−ES 75%
37% TJMS 76% 20% TRE−AL 51%
57% TJRN 76% 31% TRE−AC 45%
56% TJTO 70% 16% TRE−MS 44%
51% TJPB 68% 56% TRE−AP 42%
40% TJAC 63% 29% TRE−SE 38%
59% TJRO 62% 19% TRE−TO 35%
42% TJSE 60% 17% TRE−RO 33%
40% TJRR 53% 53% TRE−DF 33%
57% TJAP 46% 15% TRE−RR 13%
49% Estadual 77% 21% Eleitoral 44%

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
61% TRT1 60% 74% TRF3 81%
51% TRT4 60%
65% TRT2 58% 80% TRF1 77%
49% TRT15 56% 61% TRF2 75%
42% TRT3 51%
54% TRT10 60% 57% TRF4 72%
57% TRT5 60% 64% 59%
TRF5
55% TRT9 59%
43% TRT7 58% 72% Federal 75%
39% TRT13 57%
47% TRT12 55%
40% TRT6 55% Militar Estadual
36% TRT18 51% 2º grau 1º grau
38% TRT8 48%
52% TRT11 43% 2% TJMRS 64%
62% TRT16 68% 31% 52%
TJMMG
42% TRT24 64%
54% TRT20 61% 41% TJMSP 52%
46% TRT19 60%
37% TRT21 56% 21% Militar 55%
Estadual
43% TRT22 56%
57% TRT23 54%
48% TRT17 50% 2º grau 1º grau
48% TRT14 48% Poder
52% Trabalho 57% 55% Judiciário 75%

104
5.2.4 Recorribilidade interna e externa
A recorribilidade no Poder Judiciário é mais frequente na 2ª instância e nos Tribunais Superiores, comparati-
vamente à 1ª instância. A recorribilidade interna do 2º grau chega a ser 4 vezes mais frequente que a do 1º grau
(Figura 82).
Os embargos de declaração interpostos no 1º grau representam 5% das decisões, sendo mais aplicado no âmbito
da Justiça Trabalhista (11%). No 2º grau, os agravos, os embargos de declaração, os embargos infringentes, as argui-
ções de inconstitucionalidade e os incidentes de uniformização de jurisprudência são recursos internos. Dessa forma,
com outros mecanismos de contestação das decisões no mesmo grau de jurisdição e com o recurso submetido a
um órgão julgador diferente daquele que prolatou a decisão,12 a recorribilidade interna passa a ser de 20% no total
e chega a 35% nos TRFs (Figura 81).
Os recursos das decisões de 2º grau endereçados aos Tribunais Superiores (29% dos casos) correspondem a 2,6
vezes a recorribilidade identificada no 1º grau e endereçadas aos tribunais (11% dos casos), conforme demonstram
as Figuras 83 e 84. Além disso, observa-se que os índices de recorribilidade interna e externa no Poder Judiciário
vêm diminuindo desde o ano de 2013, tanto no 1º quanto no 2º grau.

12 Nos agravos internos e regimentais a reapreciação do recurso é feita por um órgão colegiado, ao qual o relator é vinculado. Nos embargos infringentes a maté-
ria é submetida a outro órgão colegiado do tribunal.
105
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 81: Recorribilidade interna, por tribunal

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
21,0% TJPR 9,5% 34,0% TRE−PR 0,9%
16,2% TJMG 5,7% 18,5% TRE−BA 0,6%
18,4% TJSP 3,0% 13,2% TRE−SP 0,3%
17,0% TJRS 1,6% 15,6% TRE−MG 0,3%
TJRJ 0,7% 10,1% TRE−RS 0,1%
17,5% TJMA 27,2% 9,7% TRE−RJ 0,0%
19,2% TJSC 7,7% 2,9% TRE−PE 1,0%
19,0% TJDFT 5,1% 9,2% TRE−SC 0,7%
21,9% TJMT 3,5% 17,4% TRE−RN 0,6%
8,4% TJPA 3,2% 14,2% TRE−MA 0,5%
26,6% TJPE 2,9% 10,1% TRE−GO 0,3%
TJCE 2,3% 13,3% TRE−CE 0,3%
14,2% TJGO 1,3% 12,8% TRE−PA 0,3%
21,2% TJES 0,2% 13,6% TRE−MT 0,2%
24,6% TJBA 0,0% 14,1% TRE−PI 0,1%
134,1% TJAM 8,3% 7,2% TRE−PB 0,0%
31,3% TJSE 6,5% 25,6% TRE−AM 0,0%
12,5% TJAP 4,1% 7,0% TRE−RR 2,4%
11,1% TJRN 3,7% 8,9% TRE−DF 1,6%
13,6% TJTO 3,2% 12,3% TRE−SE 1,1%
0,3% TJAL 3,1% 6,5% TRE−MS 0,6%
10,6% TJRO 3,1% 15,0% TRE−ES 0,6%
22,1% TJPB 2,0% 14,2% TRE−AL 0,5%
5,2% TJRR 1,1% 2,2% TRE−RO 0,0%
27,7% TJAC 0,9% 5,3% TRE−TO 0,0%
24,8% TJMS 0,5% 18,8% TRE−AP 0,0%
0,1% TJPI 0,0% 4,2% TRE−AC 0,0%
18,8% Estadual 3,8% 12,4% Eleitoral 0,4%

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
22,5% TRT1 15,9% 43,8% TRF3 11,2%
18,5% TRT2 12,2%
16,2% TRT3 11,6% 32,0% TRF4 8,3%
16,4% TRT15 10,9% 34,4% 7,1%
TRF2
16,3% TRT4 8,0%
19,8% TRT9 16,6% 35,1% TRF5 5,1%
24,9% TRT10 14,7% 31,1% 2,6%
TRF1
24,8% TRT5 12,3%
15,7% TRT6 11,4% 35,1% Federal 6,4%
23,9% TRT13 9,9%
16,9% TRT12 8,8%
12,1% TRT18 7,7% Militar Estadual
19,1% TRT8 5,9% 2º grau 1º grau
16,4% TRT7 5,6%
15,9% TRT11 5,5% 19,8% TJMSP 3,6%
28,9% TRT17 21,0%
26,3% TRT20 19,3% 2,5% TJMRS 0,6%
16,2% TRT21 11,0%
22,9% TJMMG 0,2%
9,3% TRT14 10,0%
14,4% TRT24 9,8% Militar
9,3% Estadual 1,6%
16,1% TRT23 8,2%
13,5% TRT16 6,7%
16,0% TRT19 6,5% 2º grau 1º grau
18,4% TRT22 6,3% Poder
18,2% Trabalho 11,3% 19,6% 4,9%
Judiciário

106
Figura 82: Série histórica da recorribilidade interna
30%

24,3% 24,3% 24,6%


23,6% 23,7% 23,4% 23,8%
24%
19,6%

18%

12%

6,0% 6,6% 6,2% 6,1% 5,4% 4,9%


6% 4,2% 4,5%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

1º Grau
2º Grau

Figura 83: Série histórica da recorribilidade externa

40% 36,4% 36,6%


35,0% 35,4% 35,8%
34,4%
30,9%
32% 29,2%

24%

16% 13,6% 12,5% 12,4%


10,3% 11,1%
8,5% 9,0% 9,4%
8%

0%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

1º Grau
2º Grau

107
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 84: Recorribilidade externa, por tribunal

Estadual Eleitoral
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
13% TJRS 28% 41% TRE−MG 81%
24% TJPR 19% 17% TRE−BA 5%
30% TJMG 8% 23% TRE−PR 4%
30% TJRJ 7% 13% TRE−RS 3%
27% TJSP 6% 31% TRE−SP 3%
19% TJGO 11% 7% TRE−RJ 1%
28% TJSC 9% 16% TRE−RN 66%
14% TJES 7% 34% TRE−PE 15%
6% TJPA 4% 12% TRE−PI 14%
25% TJPE 3% 12% TRE−PB 7%
17% TJBA 2% 20% TRE−GO 5%
TJCE 2% 13% TRE−AM 5%
14% TJMA 1% 16% TRE−MT 4%
35% TJDFT 1% 22% TRE−CE 4%
45% TJMT 0% 29% TRE−SC 4%
24% TJAP 16% 16% TRE−MA 3%
25% TJPB 12% 19% TRE−PA 2%
33% TJAL 11% 13% TRE−DF 12%
16% TJRN 10% 16% TRE−RR 9%
22% TJMS 9% 21% TRE−MS 9%
19% TJTO 9% 24% TRE−SE 6%
15% TJRO 8% 8% TRE−RO 4%
16% TJSE 5% 5% TRE−AC 4%
TJAC 5% 27% TRE−ES 4%
4% TJRR 4% 7% TRE−TO 3%
TJAM 0% 12% TRE−AL 3%
19% TJPI 11% TRE−AP
24% Estadual 7% 20% Eleitoral 4%

Trabalho Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
36% TRT2 66% 8% TRF1 71%
58% TRT3 48%
55% TRT4 47% 41% TRF5 30%
43% TRT15 45% 30% 26%
TRF3
40% TRT1 44%
49% TRT9 45% 24% TRF4 23%
50% TRT12 45% 24% 10%
TRF2
45% TRT10 42%
44% TRT18 41% 22% Federal 32%
51% TRT13 41%
35% TRT5 39%
37% TRT6 38% Militar Estadual
69% TRT8 36% 2º grau 1º grau
51% TRT7 24%
43% TRT11 24% 29% TJMSP 18%
74% TRT14 54% 35% TJMMG 16%
71% TRT23 46%
60% TRT17 44% 10% TJMRS 15%
44% TRT24 44%
27% Militar 16%
35% TRT19 44%
Estadual
36% TRT20 39%
86% TRT21 32%
90% TRT22 31% 2º grau 1º grau
31% TRT16 25% Poder
47% Trabalho 45% 29% 11%
Judiciário

108
5.3 Gargalos da execução
A cada ano, a publicação do Relatório Justiça em Números destaca o impacto negativo gerado pela fase de
execução nos dados de litigiosidade do Poder Judiciário brasileiro, que acumula alto volume processual e alta taxa
de congestionamento. Esse volume dificulta a efetivação da tutela jurisdicional.
O novo Código de Processo Civil contribuiu na direção da execução mais equilibrada, ao criar a necessidade de
dotar o credor de mecanismos ágeis e efetivos de satisfação de seus direitos com a menor onerosidade possível
para o devedor. Para ilustrar, o Poder Judiciário contava com um acervo de 80 milhões de processos pendentes de
baixa no final do ano de 2016, sendo que mais da metade desses processos (51,1%) se referia à fase de execução.
A Figura 85 traz os casos novos, pendentes e baixados de execução, incluindo execuções judiciais criminais (de
pena privativa de liberdade e pena não privativa de liberdade), execuções judiciais não criminais e execuções de
títulos executivos extrajudiciais, discriminadas entre fiscais e não fiscais.
A maior parte dos processos de execução é composta pelas execuções fiscais, que representam 75% do estoque.
Esses processos são os principais responsáveis pela alta taxa de congestionamento do Poder Judiciário, tendo em
vista que representam aproximadamente 38% do total de casos pendentes, apresentando congestionamento de 91%
em 2016 - a maior taxa entre os tipos de processos constantes desse Relatório.
O impacto da execução é significativo principalmente nos segmentos da Justiça Estadual, Federal e do Trabalho,
representando, respectivamente, 53%, 49%, e 42% do acervo total de cada ramo, conforme aponta a Figura 86.
A taxa de congestionamento na fase de execução é maior em quase todos os tribunais, com destaque para o
Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, com taxa de 66% de congestionamento na fase de conhecimento
e 94% na execução; para o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), com taxa de 40% no conhecimento e
91% na execução; e para o Tribunal Regional Federal da 3ª Região, com 62% de congestionamento no conhecimento
e 95% na execução (Figura 87).

109
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 85: Dados processuais do Poder Judiciário

Processos baixados Casos novos Pendentes


547.262
Tribunais Superiores 687.037
522.486
3.264.165
2º Grau 3.939.562
3.716.769
1.213.159
Turmas Recursais 1.145.710
1.713.587

7.476
Turmas Regionais de Uniformização 5.361
7.196

Conhecimento
2.140.909
Criminal 5.991.731
1.864.318
16.012.227
Não criminal 26.641.412
15.194.141
18.153.136 32.633.143
Total Conhecimento 17.058.459

Execução
3.010.985
Execução fiscal 30.441.220
3.241.399
Extrajudicial

685.793
Execução não fiscal 2.836.806
904.892
3.696.778
Total Execução Extrajudicial 33.278.026
4.146.291
144.608
Pena privativa de liberdade 984.511
271.983
184.811
Pena não privativa de liberdade 427.517
171.878
Judicial

2.681.700
Não criminal 2.310.373
5.994.152

2.545.564
Total Execução Judicial 7.406.180
2.754.234
6.242.342
Total Execução 40.684.206
6.900.525

110
Figura 86: Percentual de casos pendentes de execução em relação ao estoque total de processos, por tribunal

Estadual Eleitoral
TJSP 68% TRE−MG 5,9%
TJRJ 65% TRE−PR 0,9%
TJRS 42% TRE−SP 0,6%
TJPR 41% TRE−RS 0,4%
TJMG 35% TRE−BA 0,3%
TJDFT 59% TRE−RJ 0,0%
TJSC 54% TRE−MT 1,7%
TJPE 53% TRE−CE 1,2%
TJGO 43% TRE−MA 1,0%
TJBA 37% TRE−PA 0,7%
TJMT 36% TRE−PB 0,5%
TJPA 31% TRE−PE 0,5%
TJCE 25% TRE−AM 0,4%
TJES 23% TRE−SC 0,2%
TJMA 15% TRE−RN 0,1%
TJAM 58% TRE−PI 0,1%
TJMS 52% TRE−GO 0,0%
TJTO 42% TRE−DF 3,5%
TJRO 41% TRE−RR 3,2%
TJAC 41% TRE−SE 1,9%
TJSE 37% TRE−ES 1,0%
TJAL 35% TRE−AC 1,0%
TJRN 33% TRE−MS 0,9%
TJRR 32% TRE−RO 0,9%
TJAP 31% TRE−AP 0,8%
TJPB 20% TRE−TO 0,7%
TJPI 18% TRE−AL 0,5%
Estadual 53% Eleitoral 0,6%

0% 20% 40% 60% 80% 0% 1% 2% 3% 4% 5% 6% 7%

Trabalho Federal
TRT2 47% TRF2 58%
TRT4 45%
TRT3 44% TRF3 56%
TRT1 32% TRF5 53%
TRT15 25%
TRT7 64% TRF4 45%
TRT10 53%
TRF1 40%
TRT9 50%
TRT5 46% Federal 49%
TRT18 46%
TRT8 46%
TRT13 43% Militar Estadual
TRT12 37%
TRT6 36% TJMRS 38%
TRT11 34% TJMSP 27%
TRT19 69%
TJMMG 8%
TRT21 63%
TRT14 56% Militar Estadual 25%
TRT17 56%
TRT23 54%
TRT22 50% Poder Judiciário 51%
TRT16 48%
TRT20 41% 0% 10% 30% 50% 70%
TRT24 40%
Trabalho 42%

0% 20% 40% 60% 80%

111
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 87: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, na 1ª instância, por tribunal

Estadual Eleitoral
Conhecimento Execução Conhecimento Execução
66% TJRJ 94% 83% TRE−MG 85%
66% TJSP 87% 48% TRE−BA 85%
58% TJRS 80% 37% TRE−SP 85%
67% TJPR 79% 36% TRE−RS 84%
69% TJMG 74% 56% TRE−PR 81%
82% TJBA 90% 52% TRE−RJ 21%
70% TJSC 90% 50% TRE−AM 100%
68% TJGO 87% 12% TRE−MA 94%
74% TJMA 86% 44% TRE−MT 93%
48% TJDFT 86% 63% TRE−SC 86%
66% TJPE 84% 62% TRE−PE 85%
65% TJPA 84% 41% TRE−PA 81%
72% TJES 83% 78% TRE−PI 78%
62% TJMT 83% 65% TRE−CE 77%
73% TJCE 82% 42% TRE−PB 70%
75% TJAM 93% 44% TRE−RN 55%
71% TJAL 90% 32% TRE−GO 17%
73% TJPI 88% 28% TRE−DF 97%
68% TJMS 85% 75% TRE−ES 94%
72% TJRN 85% 37% TRE−SE 93%
65% TJPB 83% 42% TRE−AP 93%
64% TJTO 81% 44% TRE−MS 93%
58% TJAC 73% 45% TRE−AC 89%
48% TJRR 71% 34% TRE−TO 86%
56% TJSE 70% 33% TRE−RO 85%
60% TJRO 68% 51% TRE−AL 81%
43% TJAP 59% 13% TRE−RR 80%
68% Estadual 87% 44% Eleitoral 83%

Trabalho Federal
Conhecimento Execução Conhecimento Execução
40% TRT2 91% 62% TRF3 95%
53% TRT1 77%
65% TRF1 90%
38% TRT3 76%
50% TRT4 74% 65% TRF4 88%
55% TRT15 60%
44% TRT13 82% 58% TRF2 84%
37% TRT7 79% 42% TRF5 72%
45% TRT10 77%
48% TRT5 76% 61% Federal 89%
46% TRT9 76%
38% TRT18 75%
36% TRT8 74% Militar Estadual
47% TRT12 73% Conhecimento Execução
50% TRT6 65% 52% TJMRS 99%
36% TRT11 59%
35% TRT19 82% 39% TJMSP 93%
57% TRT16 82%
28% TRT17 80% 52% TJMMG 53%
55% TRT24 80%
52% TRT20 78% 46% Militar 89%
37% TRT23 77% Estadual
28% TRT14 75%
42% TRT22 74% Conhecimento Execução
38% TRT21 72% Poder
46% Trabalho 77% 64% 87%
Judiciário

112
5.3.1 Execuções fiscais
No quadro geral das execuções, o maior problema é a fiscal. O executivo fiscal chega a juízo depois que as tentati-
vas de recuperação do crédito tributário se frustraram na via administrativa, provocando sua inscrição na dívida ativa.
Dessa forma, o processo judicial acaba por repetir etapas e providências de localização do devedor ou patrimônio
capaz de satisfazer o crédito tributário já adotadas, sem sucesso, pela administração fazendária ou pelo conselho
de fiscalização profissional. Acabam chegando ao Judiciário títulos cujas dívidas já são antigas, e por consequência,
mais difíceis de serem recuperadas.
Os processos de execução fiscal representam, aproximadamente, 38% do total de casos pendentes e 75% das
execuções pendentes no Poder Judiciário. Os processos dessa classe apresentam alta taxa de congestionamento,
91%, ou seja, de cada cem processos de execução fiscal que tramitaram no ano de 2016, apenas 9 foram baixados.
Desconsiderando esses processos, a taxa de congestionamento do Poder Judiciário cairia de 73% para 65% em 2016
(redução de 8 pontos percentuais). A maior taxa de congestionamento de execução fiscal está na Justiça Federal
(95%), e a menor, na Justiça Eleitoral (83%). Observa-se, na Figura 91, que todos os Tribunais Regionais Federais
apresentaram taxa de congestionamento superior a 90%.
Cabe esclarecer que a Justiça do Trabalho e a Justiça Eleitoral concentram apenas 0,34% e 0,01%, respecti-
vamente, do acervo de execuções fiscais. A maioria dos processos está na Justiça Estadual, com 86% dos casos,
seguida da Justiça Federal, com 14%.
A série histórica dos processos de execução mostra crescimento gradativo na quantidade de casos, ano a ano,
desde 2009. No entanto, o aumento dos executivos fiscais em 2016 foi o menor da série histórica, com o incremento
de 326.873 casos (Figura 88). Tal fato aliado ao aumento de 15,5% nos processos baixados culminou na redução da
taxa de congestionamento em 1 ponto percentual (Figura 91).

113
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 88: Total de execuções fiscais pendentes, por tribunal

Estadual Eleitoral
TJSP 11.494.305 TRE−SP 509
TJRJ 6.390.552 TRE−PR 248
TJPR 788.712 TRE−MG 235
TJMG 690.708 TRE−BA 167
TJRS 589.232 TRE−RS 105
TJBA 1.250.178 TRE−RJ 14
TJSC 1.126.412 TRE−MT 244
TJPE 806.517 TRE−CE 205
TJGO 517.809 TRE−PA 148
TJDFT 275.239 TRE−PB 91
TJMT 240.352 TRE−PE 82
TJPA 216.580 TRE−AM 53
TJCE 161.783 TRE−MA 50
TJES 133.114 TRE−SC 38
TJMA 57.092 TRE−RN 18
TJAM 491.147 TRE−PI 18
TJMS 259.001 TRE−GO 9
TJRN 157.900 TRE−ES 121
TJAL 117.972 TRE−SE 115
TJTO 85.040 TRE−MS 88
TJPB 61.185 TRE−AL 52
TJPI 57.008 TRE−TO 51
TJRO 46.971 TRE−RO 47
TJSE 42.595 TRE−DF 38
TJAC 12.309 TRE−AC 31
TJRR 4.956 TRE−RR 16
TJAP 2.653 TRE−AP 14

0 4.000.000 10.000.000 0 100 200 300 400 500 600

Trabalho Federal
TRT3 10.127
TRF3 1.666.408
TRT2 8.802
TRT15 8.518 TRF1 1.108.225
TRT1 6.656
4.766 TRF4 643.466
TRT4
TRT10 11.933 TRF2 495.722
TRT9 9.563
5.482 TRF5 345.172
TRT7
TRT18 5.137
0 500.000 1.500.000
TRT12 4.019
TRT5 3.409
TRT8 2.287
TRT6 1.266
TRT11 925
TRT13 919
TRT17 3.630
TRT16 2.674
TRT19 2.524
TRT22 1.899
TRT23 1.805
TRT24 1.724
TRT20 1.659
TRT21 1.391
TRT14 983
0 2.000 6.000 10.000 14.000

114
Figura 89: Série histórica das execuções iniciadas e pendentes

40,0

32,4 30,1 30,4


28,4
26,5 27,3
25,7
24,0 24,5
24,8
Milhões

17,2

9,7 10,2
8,0 8,7 8,9 8,8
9,6 7,8
6,2
3,5 3,8 2,8 3,7 3,6 3,4 3,6 3,7
3,1 2,3 2,9 3,2
2,0 2,6 2,9 3,3 3,2
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Execuções Fiscais Pendentes Execuções Fiscais Novas


Demais Execuções Pendentes Demais Execuções Novas

Figura 90: Série histórica do impacto da execução fiscal na taxa de congestionamento

100%

91,3% 91,3% 92,0% 91,0%


92% 89,7% 89,6% 90,1%
86,8%

84%

76%

68% 64,2% 65,1%


62,9% 63,2% 62,9% 63,9% 62,9%
62,3%

60%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Sem Execução Fiscal


Execuçao Fiscal

115
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 91: Taxa de congestionamento na execução fiscal, por tribunal

Estadual Eleitoral
TJRJ 96% TRE−MG 85%
TJSP 89% TRE−BA 85%
TJPR 87% TRE−SP 85%
TJRS 86% TRE−RS 84%
TJMG 80% TRE−PR 81%
TJMT 93% TRE−RJ 21%
TJDFT 93% TRE−AM 100%
TJSC 92% TRE−MA 94%
TJGO 91% TRE−MT 93%
TJBA 91% TRE−SC 86%
TJPA 90% TRE−PE 85%
TJMA 89% TRE−PA 81%
TJES 87% TRE−PI 78%
TJPE 84% TRE−CE 77%
TJCE 83% TRE−PB 70%
TJAM 95% TRE−RN 55%
TJAC 95% TRE−GO 17%
TJAL 91% TRE−DF 97%
TJPI 91% TRE−ES 94%
TJMS 90% TRE−SE 93%
TJRN 89% TRE−AP 93%
TJPB 86% TRE−MS 93%
TJSE 85% TRE−AC 89%
TJTO 84% TRE−TO 86%
TJRR 80% TRE−RO 85%
TJRO 77% TRE−AL 81%
TJAP 76% TRE−RR 80%
Estadual 90% Eleitoral 83%

0% 20% 40% 60% 80% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Trabalho Federal
TRT2 98% TRF3 97%
TRT1 92%
TRT4 92% TRF1 96%
TRT3 91% TRF2 94%
TRT15 66%
TRT10 97% TRF5 93%
TRT18 94% TRF4 91%
TRT12 91%
TRT13 91% Federal 95%
TRT9 88%
TRT5 87%
TRT7 87%
TRT8 85%
Poder Judiciário 91%
TRT11 83%
TRT6 83% 0% 20% 40% 60% 80% 100%
TRT17 100%
TRT24 95%
TRT19 95%
TRT16 93%
TRT14 93%
TRT22 91%
TRT23 90%
TRT20 84%
TRT21 70%
Trabalho 89%
0% 20% 40% 60% 80% 100%

116
5.3.2 Índices de produtividade
Este tópico destina-se à comparação de indicadores de produtividade entre as fases de conhecimento e de
execução no primeiro grau. Cabe esclarecer que, ao contrário da seção anterior, considera-se aqui apenas as varas
e os juizados especiais, excluídas as turmas recursais.
Como o mesmo magistrado pode atuar no processo tanto na fase de conhecimento, quanto na de execução, não
é possível calcular a real produtividade em cada fase. A produtividade na fase de conhecimento corresponde ao
total de processos baixados nessa fase em relação ao total de magistrados de 1º grau; e a produtividade na fase de
execução diz respeito ao número de processos baixados nessa fase em relação aos mesmos magistrados de 1º grau.
Dessa forma, o indicador total sempre corresponderá à soma dos indicadores nas duas fases.
Verifica-se que o quantitativo de processos baixados é sempre maior na fase de conhecimento que na fase de
execução, tanto na série histórica (Figura 93), quanto por tribunal (Figura 92). O IPM e o IPS-Jud na fase de conhe-
cimento equivalem a aproximadamente o triplo do valor desses indicadores na fase de execução.

117
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 92: Índice de produtividade do magistrado nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal

Estadual Eleitoral
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
804 TJRJ 3.235 0 TRE−SP 310
469 TJRS 1.526 0 TRE−RS 271
921 TJSP 1.362 0 TRE−BA 250
594 TJMG 1.252 0 TRE−RJ 109
441 TJPR 1.016 0 TRE−PR 98
360 TJMT 1.710 0 TRE−MG 2
521 TJSC 1.557 1 TRE−PB 299
201 TJPA 1.205 0 TRE−GO 292
289 TJGO 1.136 0 TRE−MT 288
91 TJMA 1.071 0 TRE−PA 272
351 TJBA 1.032 0 TRE−MA 258
168 TJES 1.026 0 TRE−RN 219
438 TJPE 977 0 TRE−AM 193
258 TJDFT 910 0 TRE−SC 92
166 TJCE 745 0 TRE−CE 71
253 TJRR 1.260 0 TRE−PE 64
485 TJMS 1.178 0 TRE−PI 37
168 TJAL 994 0 TRE−TO 397
86 TJPI 968 0 TRE−RR 357
268 TJAP 962 0 TRE−AC 356
284 TJAM 932 0 TRE−RO 273
98 TJPB 930 0 TRE−SE 260
554 TJRO 887 0 TRE−MS 218
300 TJTO 850 0 TRE−AP 187
313 TJSE 827 0 TRE−AL 176
302 TJAC 736 0 TRE−ES 65
175 TJRN 725 0 TRE−DF 15
502 Estadual 1.290 0 Eleitoral 178

Trabalho Federal
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
115 TRT2 1.522 316 TRF3 1.544
370 TRT15 1.221
231 TRT3 1.167 1.065 TRF5 1.503
194 TRT1 977 383 1.279
TRF1
289 TRT4 755
328 TRT11 1.307 347 TRF4 1.109
268 TRT12 1.178
495 TRF2 678
200 TRT8 1.039
353 TRT7 1.002 458 Federal 1.227
217 TRT18 999
327 TRT9 954
299 TRT6 862 Militar Estadual
272 TRT5 839
Execução Conhecimento
306 TRT10 797
100 TRT13 644 5 TJMSP 125
350 TRT22 1.088
254 TRT20 969 11 TJMMG 109
302 TRT19 961
172 TRT17 800 0 TJMRS 61
266 TRT16 800
5 Militar 99
429 TRT21 788
Estadual
153 TRT24 625
153 TRT14 619 Execução Conhecimento
173 TRT23 613 Poder
249 Trabalho 1.039 446 1.268
Judiciário

118
Figura 93: Série histórica do índice de produtividade dos magistrados (IPM)

2.000
1.783 1.788
1.730 1.726 1.717
1.630 1.590
1.660 1.497

1.234 1.258 1.268


1.320 1.215 1.220
1.155 1.113 1.132

980

640
434 412 438 455 434 446 446
340
300
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Conhecimento
Execução
1º grau

Figura 94: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária (IPS-Jud)

200

166
150 145
136 140
134 132 134 135
132
106 103
100 97 96 99
94 94
98

64
39 35
30 34 34 35 34 34
30
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Conhecimento
Execução
1º grau

119
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 95: Índice de produtividade do servidor da área judiciária nas fases de execução e conhecimento, no primeiro
grau, por tribunal

Estadual Eleitoral
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
42 TJRJ 177 0 TRE−RS 66
42 TJRS 142 0 TRE−BA 58
57 TJPR 133 0 TRE−SP 43
62 TJSP 91 0 TRE−PR 40
43 TJMG 90 0 TRE−RJ 19
50 TJSC 149 0 TRE−MG 1
35 TJGO 139 0 TRE−PB 202
28 TJMT 138 0 TRE−GO 81
19 TJPA 115 0 TRE−MA 75
18 TJES 108 0 TRE−PA 63
9 TJMA 106 0 TRE−MT 62
29 TJBA 90 0 TRE−AM 52
36 TJPE 81 0 TRE−PE 52
18 TJCE 81 0 TRE−RN 52
19 TJDFT 68 0 TRE−CE 43
33 TJAM 107 0 TRE−SC 25
10 TJPB 98 0 TRE−PI 12
19 TJRR 96 0 TRE−SE 161
15 TJAL 87 0 TRE−TO 99
22 TJAP 83 0 TRE−RR 89
33 TJMS 81 0 TRE−AC 66
28 TJTO 79 0 TRE−RO 62
17 TJRN 70 0 TRE−AP 53
6 TJPI 70 0 TRE−MS 51
41 TJRO 67 0 TRE−AL 44
19 TJSE 51 0 TRE−ES 17
20 TJAC 49 0 TRE−DF 2
40 Estadual 105 0 Eleitoral 44

Trabalho Federal
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
13 TRT2 177 24 TRF3 132
52 TRT15 171
24 TRT1 120 64 TRF5 107
22 TRT3 111 29 104
TRF4
32 TRT4 83
41 TRT11 164 24 TRF1 97
32 TRT12 142 40 TRF2 61
46 TRT7 132
44 TRT9 129 33 Federal 102
22 TRT8 114
37 TRT6 106
41 TRT10 106 Militar Estadual
23 TRT18 105 Execução Conhecimento
33 TRT5 100
0 TJMRS 15
12 TRT13 80
54 TRT22 168 1 13
TJMMG
35 TRT20 133
44 TRT16 131 0 TJMSP 13
38 TRT19 120
24 TRT17 111 1 Militar 13
Estadual
55 TRT21 101
24 TRT24 98
24 TRT23 84 Execução Conhecimento
20 TRT14 81 35 Poder 103
30 Trabalho 126 Judiciário

120
5.3.3 Indicadores de desempenho
Neste tópico são comparados os indicadores de desempenho entre as fases de conhecimento e de execução no
primeiro grau, considerando a Taxa de Congestionamento e o Índice de Atendimento à Demanda (IAD).
O índice de atendimento à demanda na fase de conhecimento tem sido superior a 100% desde o ano de 2009,
enquanto na fase de execução tem sido sempre inferior, conforme observado na Figura 96. Dessa maneira, os casos
pendentes de execução tendem sempre a aumentar, uma vez que o quantitativo de processos baixados nesta fase
não supera o montante de casos novos. Os indicadores por tribunal podem ser visualizados na Figura 97.

Figura 96: Série histórica do índice de atendimento à demanda

110% 108% 107%


107% 106% 106%

104% 104% 102% 102%


101%
104%
102%
99% 101%
98%
99% 99% 99%
98%
93%
92% 90%
92% 92%
90%
86%
87% 87%

80%
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Conhecimento
Execução
1º grau

121
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 97: Índice de Atendimento à Demanda nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal

Estadual Eleitoral
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
63% TJRJ 140% 800% TRE−MG 104%
101% TJSP 129% 95% TRE−RS 65%
119% TJRS 107% 76% TRE−SP 65%
119% TJMG 93% 91% TRE−BA 55%
106% TJPR 73% 248% TRE−RJ 53%
117% TJPA 188% 126% TRE−PR 44%
104% TJPE 144% 105% TRE−GO 66%
78% TJES 128% 355% TRE−PB 65%
106% TJSC 123% 100% TRE−RN 64%
96% TJGO 114% 94% TRE−PA 64%
85% TJMT 109% 25% TRE−MA 63%
65% TJDFT 109% 63% TRE−MT 61%
83% TJCE 98% 0% TRE−AM 56%
53% TJMA 86% 94% TRE−PE 42%
64% TJBA 77% 21% TRE−SC 39%
134% TJPB 132% 161% TRE−CE 38%
90% TJRR 127% 56% TRE−PI 24%
126% TJAP 114% 10% TRE−DF 161%
93% TJAC 108% 100% TRE−RR 94%
98% TJTO 106% 57% TRE−RO 80%
70% TJAL 106% 133% TRE−TO 70%
87% TJSE 104% 50% TRE−AC 60%
106% TJPI 104% 67% TRE−SE 59%
101% TJRN 94% 33% TRE−MS 59%
85% TJMS 91% 150% TRE−AL 52%
174% TJAM 83% 3% TRE−AP 51%
117% TJRO 83% 80% TRE−ES 28%
95% Estadual 111% 94% Eleitoral 59%

Trabalho Federal
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
67% TRT2 126% 43% TRF3 146%
132% TRT15 119%
94% TRT3 101% 45% TRF1 94%
73% TRT1 96% 79% 91%
TRF2
109% TRT4 92%
90% TRT12 119% 70% TRF4 88%
98% TRT5 114% 98% 80%
111% TRT10 107% TRF5
109% TRT9 106% 62% Federal 99%
101% TRT11 101%
104% TRT6 101%
73% TRT8 99% Militar Estadual
89% TRT7 94% Execução Conhecimento
77% TRT18 93%
51% TRT13 92% 2% TJMRS 120%
102% TRT19 120% 12% TJMSP 101%
58% TRT17 105%
83% TRT14 105% 86% TJMMG 88%
94% TRT22 101% Militar
93% TRT20 101% 19% 100%
Estadual
88% TRT23 99%
142% TRT21 94%
Execução Conhecimento
74% TRT24 88% Poder
81% TRT16 76% 90% 106%
Judiciário
95% Trabalho 107%

122
A série histórica da taxa de congestionamento apresentada na Figura 98 aponta para valores relativamente estag-
nados ao longo dos anos, com sutil decréscimo em 2016. Desconsiderados os processos de execução, a taxa de con-
gestionamento do 1º grau do Judiciário cairia dos atuais 75% para 64%. Retirando também os processos suspensos,
sobrestados e em arquivo provisório, a taxa líquida de congestionamento chegaria a 62%na fase de conhecimento.
Em todos os segmentos de Justiça, a taxa de congestionamento da fase de execução supera a da fase de conhe-
cimento, com uma diferença que chega a 23 pontos percentuais no total e que varia de 5 pontos percentuais no TJMG
a 52 pontos percentuais no TRT17, desconsiderando as justiças Eleitoral e Militar Estadual.
Figura 98: Série histórica da taxa de congestionamento
90% 87,2% 86,9% 86,7%
85,4% 85,5% 85,2% 85,9%
83,6%
84%
85,8% 84,9%
83,8% 83,7% 83,4% 84,2% 83,9%
81,8%
78%
74,9% 74,6%
73,5% 73,1% 73,6% 73,3%
72,0% 72,7%
72%

66% 64,6% 64,3%


63,7%
62,7% 62,1% 62,3%
61,7% 61,6%

60% 62,5% 61,6%


2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Conhecimento Execução 1º grau


Conhecimento líquida Execução líquida

123
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 99: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal

Estadual Eleitoral
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
74% TJMG 69% 85% TRE−MG 83%
79% TJPR 67% 81% TRE−PR 56%
87% TJSP 66% 21% TRE−RJ 52%
94% TJRJ 66% 85% TRE−BA 48%
80% TJRS 58% 85% TRE−SP 37%
90% TJBA 82% 84% TRE−RS 36%
86% TJMA 74% 78% TRE−PI 78%
82% TJCE 73% 77% TRE−CE 65%
83% TJES 72% 86% TRE−SC 63%
90% TJSC 70% 85% TRE−PE 62%
87% TJGO 68% 100% TRE−AM 50%
84% TJPE 66% 93% TRE−MT 44%
84% TJPA 65% 55% TRE−RN 44%
83% TJMT 62% 70% TRE−PB 42%
86% TJDFT 48% 81% TRE−PA 41%
93% TJAM 75% 17% TRE−GO 32%
88% TJPI 73% 94% TRE−MA 12%
85% TJRN 72% 94% TRE−ES 75%
90% TJAL 71% 81% TRE−AL 51%
85% TJMS 68% 89% TRE−AC 45%
83% TJPB 65% 93% TRE−MS 44%
81% TJTO 64% 93% TRE−AP 42%
68% TJRO 60% 93% TRE−SE 37%
73% TJAC 58% 86% TRE−TO 34%
70% TJSE 56% 85% TRE−RO 33%
71% TJRR 48% 97% TRE−DF 28%
59% TJAP 43% 80% TRE−RR 13%
87% Estadual 68% 83% Eleitoral 44%

Trabalho Federal
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
60% TRT15 55% 90% TRF1 65%
77% TRT1 53%
74% TRT4 50% 88% TRF4 65%
91% TRT2 40% 95% TRF3 62%
76% TRT3 38%
65% TRT6 50% 84% TRF2 58%
76% TRT5 48% 72% 42%
TRF5
73% TRT12 47%
76% TRT9 46% 89% Federal 61%
77% TRT10 45%
82% TRT13 44%
75% TRT18 38% Militar Estadual
79% TRT7 37% Execução Conhecimento
59% TRT11 36% 99% 52%
TJMRS
74% TRT8 36%
82% TRT16 57% 53% TJMMG 52%
80% TRT24 55%
78% TRT20 52% 93% TJMSP 39%
74% TRT22 42%
89% Militar 46%
72% TRT21 38% Estadual
77% TRT23 37%
82% TRT19 35%
75% TRT14 28% Execução Conhecimento
80% TRT17 28% Poder
87% Judiciário 64%
77% Trabalho 46%

124
6 Índice de conciliação
O índice de conciliação abrange o percentual de sentenças e decisões resolvidas por homologação de acordo em
relação ao total de sentenças e decisões terminativas proferidas. Observa-se a partir da Figura 101 que 11,9% das
sentenças e decisões proferidas no Poder Judiciário em 2016 foram homologatórias de acordo.
A tendência é que esses percentuais aumentem, tendo em vista a entrada em vigor em março de 2016 do novo
Código de Processo Civil (Lei n. 13.105, de 16 de março de 2015), que prevê a realização de uma audiência prévia
de conciliação e mediação como etapa obrigatória, anterior à formação da lide, como regra geral para todos os
processos cíveis.13 Ainda não houve crescimento considerável do índice de conciliação, uma vez que o aumento em
relação ao ano anterior foi de apenas 0,8 ponto percentual. Há de se considerar que na medição do indicador não
são considerdas as conciliações feitas em fase pré-processual.
A conciliação é uma política adotada pelo CNJ desde 2006, com a implantação do Movimento pela Conciliação
em agosto daquele ano. Há nove anos o Conselho promove as Semanas Nacionais pela Conciliação, momento em
que os tribunais são incentivados a juntar as partes e promover acordos nas fases pré-processual e processual.
Ademais, por intermédio da Resolução CNJ n. 125/2010, foram criados os Centros Judiciários de Solução de Conflitos
e Cidadania (CEJUSCs).
Na Justiça Estadual, havia, ao final do ano de 2016, 905 CEJUSCs instalados. A Figura 100 indica o número de
CEJUSCs em cada Tribunal de Justiça.

Figura 100: Centros Judiciários de Solução de Conflitos na Justiça Estadual, por tribunal

TJSP 191
TJMG 93
TJPR 70
TJRS 32
TJRJ 27
TJCE 112
TJBA 97
TJMT 35
TJGO 32
TJSC 22
TJDFT 18
TJMA 15
TJPE 7
TJPA 7
TJES 7
TJRO 26
TJAC 26
TJAP 21
TJPB 17
TJTO 16
TJMS 9
TJRR 8
TJAM 7
TJRN 5
TJAL 3
TJSE 1
TJPI 1

0 50 100 150 200

13 As únicas exceções, a teor do artigo 334, seriam os casos nos quais a petição inicial não preenche os requisitos essenciais ou nos processos em que seja
possível decidir, desde logo, pela improcedência liminar do pedido.
125
Relatório Justiça em Números 2017

A Justiça que mais faz conciliação é a Trabalhista, que consegue solucionar 26% de seus casos por meio de acordo
- valor que aumenta para 40% quando apenas a fase de conhecimento de primeiro grau é considerada. O TRT19
apresentou o maior índice de conciliação do Poder Judiciário, com 36% de sentenças homologatórias de acordo.
Na fase de conhecimento dos juizados especiais, o índice de conciliação foi de 16%, sendo de 19% na Justiça
Estadual e de 6% na Justiça Federal. Na execução, os índices são menores e alcançam 5%.
No 1º grau, a conciliação foi de 13,6%. No 2º grau, a conciliação é praticamente inexistente, apresentando índices
muito baixos em todos os segmentos de justiça (Figura 102), sendo que as sentenças homologatórias de acordo
representaram, em 2016, apenas 0,4% do total de processos julgados.
Não houve variações significativas no indicador de conciliação no 2º e 1º grau em relação ao ano anterior, obser-
vando-se, respectivamente, aumento de 0,1 ponto percentual e 0,6 ponto percentual
Para completar os dados que compõem o indicador de conciliação, foram separadas as fases de conhecimento e
de execução (Figura 103). Observa-se que a conciliação ocorre mais frequentemente na fase de conhecimento (17%),
sendo pouco frequente na execução (5%). A Justiça mais conciliadora, a trabalhista, consegue solucionar 40% de
seus casos de conhecimento por meio de conciliação. A Justiça Federal apresenta percentuais mais próximos entre
ambas as fases (6% no conhecimento e 8% na execução).

126
Figura 101: Índice de conciliação, por tribunal

Estadual Eleitoral
TJMG 15,3% TRE−RJ 0,5%
TJRJ 13,0% TRE−PR 0,1%
TJRS 10,3% TRE−RS 0,0%
TJPR 8,4% TRE−SP 0,0%
TJSP 6,4% TRE−MG 0,0%
TJCE 25,0% TRE−BA 0,0%
TJMA 23,1% TRE−PB 1,3%
TJSC 14,4% TRE−PA 1,2%
TJES 14,4% TRE−AM 1,0%
TJBA 14,1% TRE−GO 0,4%
TJMT 14,0% TRE−CE 0,1%
TJPA 13,8% TRE−MT 0,1%
TJPE 13,5% TRE−PE 0,0%
TJGO 13,4% TRE−RN 0,0%
TJDFT 11,3% TRE−SC 0,0%
TJSE 20,3% TRE−PI 0,0%
TJRN 17,6% TRE−MA 0,0%
TJRR 16,6% TRE−MS 11,1%
TJAL 16,5% TRE−AC 5,8%
TJMS 15,7% TRE−RO 1,2%
TJAC 15,6% TRE−AL 0,7%
TJAP 15,5% TRE−SE 0,4%
TJPB 13,9% TRE−RR 0,2%
TJTO 13,5% TRE−AP 0,2%
TJAM 12,5% TRE−ES 0,1%
TJRO 12,3% TRE−DF 0,1%
TJPI 5,7% TRE−TO 0,0%
Estadual 10,9% Eleitoral 0,5%
0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 0% 2% 4% 6% 8% 10% 12%

Trabalho Federal
TRT2 28,5% TRF5 8,7%
TRT15 26,0%
TRF1 4,9%
TRT3 25,7%
24,5% TRF2 4,1%
TRT4
TRT1 24,0% TRF4 3,5%
TRT12 30,7% TRF3 2,1%
TRT9 30,5% Federal 4,4%
TRT7 30,0%
TRT18 28,4%
TRT6 28,3%
TRT8 24,7% Poder Judiciário 11,9%
TRT13 22,2%
TRT11 20,6% 0% 2% 4% 6% 8% 12%
TRT5 20,2%
TRT10 18,7%
TRT19 35,9%
TRT23 31,4%
TRT24 28,5%
TRT16 23,5%
TRT14 22,3%
TRT22 17,7%
TRT21 17,4%
TRT17 16,6%
TRT20 14,5%
Trabalho 25,8%
0% 10% 20% 30% 40%

127
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 102: Índice de conciliação por grau de jurisdição, por tribunal

Estadual Trabalho
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
0,1% TJMG 17,0% 0,1% TRT2 35,0%
0,1% TJRJ 13,9% 0,5% TRT3 33,7%
0,8% TJRS 12,4% TRT4 33,3%
0,3% TJPR 9,1% 0,1% TRT15 32,9%
0,5% TJSP 6,9%
1,1% TJCE 27,2% 0,5% TRT1 29,4%
0,1% TJMA 24,3% 0,1% TRT12 39,1%
0,0% TJSC 16,0% 0,5% TRT9 38,8%
0,0% TJPA 15,8% 0,0% TRT18 34,6%
0,0% TJMT 15,1% 0,3% TRT6 34,2%
0,2% TJES 15,0% 4,1% TRT7 33,4%
0,3% TJBA 14,8% 0,1% TRT8 28,4%
0,2% TJGO 14,6% 0,4% TRT13 25,8%
1,5% TJPE 14,2%
0,3% TRT5 24,7%
0,2% TJDFT 12,7%
0,3% TJSE 22,0% 0,5% TRT11 23,6%
1,5% TJRN 18,8% 0,1% TRT10 23,3%
0,3% TJRR 18,3% 1,9% TRT19 41,4%
0,6% TJAL 17,9% 0,0% TRT23 38,9%
0,0% TJMS 17,1% 1,8% TRT24 36,6%
0,5% TJAC 15,9% 0,0% TRT14 29,8%
0,3% TJAP 15,8% 0,2% TRT16 27,3%
1,1% TJPB 15,2% 0,0% TRT17 22,5%
0,1% TJTO 15,1%
1,5% TJRO 13,3% 0,2% TRT22 21,9%
0,8% TJAM 13,1% 0,0% TRT21 21,0%
1,3% TJPI 5,9% 0,4% TRT20 18,1%
0,4% Estadual 11,9% 0,3% Trabalho 32,2%

Federal Poder Judiciário


2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
Poder
0,0% TRF5 9,4% 0,4% Judiciário 13,6%
1,3% TRF1 5,7%
0,0% TRF2 4,8%
0,4% TRF4 4,1%
0,1% TRF3 2,6%
0,6% Federal 5,1%

128
Figura 103: Índice de conciliação nas fases de execução e de conhecimento, no primeiro grau, por tribunal

Estadual Trabalho
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
1,1% TJRJ 21,1% 2,0% TRT2 44,6%
9,3% TJMG 20,3% 5,1% TRT15 42,7%
5,4% TJRS 15,6% 5,9% TRT4 42,6%
4,2% TJPR 11,6% 8,4% TRT3 39,5%
3,4% TJSP 8,2%
8,9% TJCE 31,0% 4,5% TRT1 35,2%
41,4% TJMA 24,5% 10,0% TRT9 49,0%
2,0% TJPE 20,7% 6,9% TRT12 48,2%
5,4% TJSC 20,6% 5,2% TRT7 43,6%
0,0% TJBA 19,8% 8,7% TRT18 40,4%
4,4% TJES 18,3% 4,4% TRT6 40,0%
10,1% TJMT 16,8% 6,7% TRT8 32,2%
11,9% TJPA 16,7% 9,0% TRT5 31,8%
9,9% TJGO 16,4%
3,2% TRT13 30,5%
7,7% TJDFT 15,1%
3,1% TJRN 23,6% 6,8% TRT10 28,2%
7,3% TJMS 21,5% 7,0% TRT11 27,2%
6,2% TJRR 20,8% 13,9% TRT19 46,2%
32,6% TJSE 20,7% 9,2% TRT23 45,0%
1,6% TJTO 20,5% 18,1% TRT24 40,8%
6,1% TJAL 19,6% 14,4% TRT14 33,6%
4,3% TJAC 19,5% 9,6% TRT16 32,8%
0,6% TJRO 19,2% 3,7% TRT17 29,6%
13,6% TJAP 17,8%
0,2% TJAM 17,7% 2,9% TRT22 28,6%
6,2% TJPB 17,1% 3,3% TRT21 28,2%
0,2% TJPI 6,5% 6,2% TRT20 21,3%
4,5% Estadual 14,8% 6,0% Trabalho 39,7%

Federal Poder Judiciário


Execução Conhecimento Execução Conhecimento
12,0% TRF1 6,7% Poder
4,9% Judiciário 17,0%
22,0% TRF5 6,6%
1,6% TRF4 6,5%
9,7% TRF2 4,7%
1,6% TRF3 3,6%
8,1% Federal 5,9%

129
Relatório Justiça em Números 2017

7 Tempo médio de tramitação dos


processos
Os tempos de tramitação dos processos são apresentados neste capítulo a partir de três indicadores: o tempo
médio até a sentença, o tempo médio até a baixa e a duração média dos processos pendentes em 31/12/2016.
Essas estimativas guardam limitações metodológicas. A principal delas está no uso da média como medida
estatística para representar o tempo. A média é fortemente influenciada por valores extremos e, ao resumir em uma
única métrica os resultados de informações que sabemos serem extremamente heterogêneas, torna-se uma medida
limitada. Para análise de tempo mais adequada, seria necessário recorrer aos quantis e às curvas de sobrevivência,
por exemplo, sempre considerando o agrupamento de processos semelhantes, segundo classe e assunto. Para
possibilitar essas análises, seria preciso recorrer aos dados de cada processo individualmente. O CNJ, por meio do
Selo Justiça em Números, já recebe essas informações de alguns tribunais, e, a partir de 2017, o encaminhamento
dos dados processuais individuais passou a ser obrigatório, de acordo com a Portaria n. 46/2017, aperfeiçoando o
Sistema de Estatísticas do Poder Judiciário.
A divisão da aferição do tempo do processo por fases processuais faz sentido na medida em que os marcos tem-
porais usados para os cálculos são bem claros. Assim, na apuração do tempo médio dos processos até a sentença
de mérito, sabe-se exatamente quando o processo começa (protocolo) e qual o termo final de apuração (última
sentença proferida). Importante esclarecer que a apuração dos tempos médios se deu pela avaliação da duração em
cada fase ou instância. Por exemplo, na execução, conta-se o tempo a partir do início da execução ou liquidação ou
cumprimento, até a data da última sentença em execução. No conhecimento, conta-se a partir da data do protocolo.
No 2º grau, conta-se a partir do protocolo do processo no tribunal, e assim por diante.
A dificuldade de se calcular o tempo total do processo pode ser explicada a partir da complexidade do próprio
dado em análise. Há imensa gama de processos cujo tempo de duração é extremamente exíguo, como aqueles que,
verificada a falta de uma condição da ação ou pressuposto processual, ensejam a prolação de uma sentença termi-
nativa sem resolução de mérito, que acaba sendo a única e última a ser computada. Por outro lado, há processos
nos quais mais de uma sentença é proferida, como ocorre com aqueles que, submetidos à revisão no 2º grau de
jurisdição, voltam ao juízo de origem para prolação de novas decisões. Saber exatamente que processos seguem
um ou outro padrão de duração é uma tarefa extremamente minuciosa, ainda por ser realizada.
O diagrama apresentado na Figura 104 demonstra o tempo em cada uma das fases, e em cada uma das instâncias
do Poder Judiciário. Pode-se verificar que são muitas as variáveis que interferem nesse tipo de delimitação. É impor-
tante ter em mente que nem todos os processos seguem a mesma trajetória, e, portanto, os tempos não podem ser
simplesmente somados. Por exemplo, alguns casos ingressam no primeiro grau e lá mesmo são finalizados. Outros,
recorrem até a última instância possível; uns passam, e outros não, pela fase de execução.
Em geral, o tempo médio do acervo (processos não baixados) é maior que o tempo da baixa, com poucos casos
de inversão desse resultado. As maiores faixas de tempo estão concentradas no tempo do processo pendente, em
específico na fase de execução da Justiça Federal (7 anos e 6 meses) e da Justiça Estadual (7 anos e 5 meses).
Importante esclarecer que as execuções penais foram excluídas do cômputo, já que a execução penal visa justamente
ao cumprimento da pena.

130
Figura 104: Diagrama do tempo de tramitação do processo

Tribunais Superiores
Superior Tribunal de Justiça sentença baixa pendente

11m 1a e 1m 1a e 8m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tribunal Superior do Trabalho

1a e 2m 1a e 7m 2a e 5m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tribunal Superior Eleitoral

4m 7m 8m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

2º Grau
Tribunais de Justiça Estaduais sentença baixa pendente

7m 1a 2a e 6m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Tribunais Regionais Federais

1a e 10m 2a e 7m 3a e 1m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tribunais Regionais do Trabalho

4m 8m 8m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tribunais Regionais Eleitorais

2m 1 ano 2a e 2m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Tribunais de Justiça Militares

3m 6m 8m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Turmas Recursais
Turma Recursal Estadual sentença baixa pendente

7m 8m 2a e 3m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Turma Recursal Federal

1a e 3m 1a e 7m 3a e 11m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

131
Relatório Justiça em Números 2017

1º Grau
sentença baixa pendente
Varas Estaduais

Execução 5a e 4m 5a e 9m 7a e 5m

Conhecimento 2a e 1m 3a e 1m 5a e 4m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Varas Federais

Execução 6a e 5m 6a e 7m 7a e 6m

Conhecimento 2a 3a e 4m 4a e 6m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Varas do Trabalho

Execução 2a e 9m 3a e 4m 4a e 10m

Conhecimento 7m 11m 1a e 2m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Zonas Eleitorais

3m 4m 7m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Auditorias Militares Estaduais

Execução 1a e 1m 1a e 3m 1a e 7m

Conhecimento 1a 1a e 2m 1a e 3m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Juizados Especiais
Juizados Especiais Estaduais sentença baixa pendente

Execução 1a e 2m 1a e 8m 5a e 4m

Conhecimento 10m 2a e 3m 2a e 9m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

Juizados Especiais Federais

Execução 4m 1a e 2m

Conhecimento 8m 1a e 2m 1a e 3m

Anos 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

132
Destaca-se que a fase de conhecimento, na qual o juiz tem de vencer a postulação das partes e a dilação probatória
para chegar à sentença, acaba sendo mais célere que a fase de execução, que não envolve atividade de cognição,
mas somente de concretização do direito reconhecido na sentença ou no título extrajudicial.
A Figura 106 ilustra esse paradoxo, sendo observável para a maior parte dos tribunais. Para receber uma sentença
no Poder Judiciário, o processo leva, desde a data de ingresso, quase o triplo de tempo na fase de execução (4 anos
e 6 meses) comparada à fase de conhecimento (1 ano e 4 meses). Esse dado é coerente com o observado na taxa
de congestionamento, 87% na fase de execução e 64% na fase de conhecimento.
Figura 105: Tempo médio da sentença: 2º grau x 1º grau
Estadual Trabalho
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
4m TJRJ 4a e 4m 4m TRT15 1a e 8m
TJSP 3a e 8m 4m TRT4 1a e 4m
7m TJPR 3a e 1m 5m TRT1 1a e 2m
6m TJRS 2a e 10m 2m 1a e 2m
6m TJMG 2a e 7m TRT3
7m TJBA 4a e 3m 3m TRT2 9m
11m TJPE 3a e 4m 5m TRT5 1a e 8m
5m TJMT 3a e 2m 4m TRT7 1a e 1m
4m TJGO 3a 4m TRT10 11m
10m TJSC 2a e 11m 2m TRT6 10m
1a e 11m TJPA 2a e 7m 7m TRT9 10m
1a e 2m TJCE 2a e 7m 5m TRT11 8m
5m TJES 2a e 2m 4m 7m
TRT12
4m TJDFT 1a e 11m
2m TRT8 7m
7m TJMA 1a e 9m
11m TJAL 2a e 11m 3m TRT18 7m
1a e 5m TJPI 2a e 9m 6m TRT13 6m
6m TJPB 2a e 9m 3m TRT19 1a e 3m
10m TJMS 2a e 8m 3m TRT17 1a e 1m
6m TJAM 2a e 7m 4m TRT24 10m
8m TJTO 2a e 4m 2m TRT22 10m
10m TJRN 2a e 1m 5m TRT20 7m
11m TJRO 1a e 10m 9m 7m
6m TJRR 1a e 5m TRT16
5m TJAC 1a e 3m 5m TRT23 6m
5m TJSE 1a e 2m 3m TRT14 5m
6m TJAP 1a e 2m 4m TRT21 3m
7m Estadual 3a e 2m 4m Trabalho 1a

Eleitoral Federal
2º grau 1º grau 2º grau 1º grau
2m TRE−BA 9m 1a e 8m 4a e 8m
2m TRE−RS 3m TRF3
1m TRE−RJ 2m 1a e 2m TRF4 4a e 3m
1m TRE−PR 2m
3m TRE−SP 1m 1a e 5m TRF2 4a e 3m
3m TRE−MG 1m
3m TRE−CE 11m 7m TRF5 4a
4m TRE−GO 5m 2a e 8m 3a e 7m
TRF1
3m TRE−PI 4m
2m TRE−PE 2m 1a e 10m Federal 4a e 2m
9m TRE−RN 2m
4m TRE−PA 2m
2m TRE−SC 2m
6m TRE−PB 2m Militar Estadual
6m TRE−AM 2m 2º grau 1º grau
5m TRE−MT 2m
4m TRE−MA 1m 2m TJMRS 1a e 6m
1a e 7m TRE−DF 1a e 4m
7m TRE−AP 6m 3m TJMMG 1a e 3m
9m TRE−RO 2m
6m TRE−RR 2m 3m TJMSP 7m
6m TRE−ES 2m
Militar
5m TRE−AL 2m 3m 1a
Estadual
6m TRE−AC 2m
6m TRE−TO 2m
3m TRE−SE 1m 2º grau 1º grau
2m TRE−MS 1m Poder
2m Eleitoral 3m 9m 2a e 7m
Judiciário
133
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 106: Tempo médio da sentença nas fases de execução e conhecimento, no 1º grau

Estadual Trabalho
Execução Conhecimento Execução Conhecimento
2a e 7m TJMG 1a e 7m 2a e 8m TRT1 10m
4a e 4m TJPR 1a e 6m 3a e 4m TRT4 9m
5a e 9m TJSP 1a e 6m 1a e 3m TRT2 8m
4a TJRS 1a e 6m 5a e 2m 8m
6a e 8m 1a e 4m TRT15
TJRJ 4a e 2m 5m
2a e 2m TJES 2a e 10m TRT3
3a e 4m TJPA 2a e 4m 1a e 6m TRT6 9m
3a e 8m TJCE 2a e 1m 1a TRT9 9m
4a e 3m TJPE 2a e 1m 3a e 12m TRT5 8m
3a e 4m TJMT 1a e 10m 1a e 3m TRT10 8m
4a e 6m TJSC 1a e 8m TRT12 7m
4a e 7m TJGO 1a e 8m 1a e 2m TRT18 5m
5a e 2m TJBA 1a e 6m 1a e 5m 5m
TRT8
3a e 4m TJMA 1a e 5m
1a e 9m TRT11 5m
2a e 7m TJDFT 1a e 2m
5a e 5m 2a e 2m 2a e 11m TRT7 5m
TJPB
5a e 1m TJPI 2a e 1m 1a e 8m TRT13 4m
4a e 4m TJAL 2a e 1m 6m TRT17 1a e 2m
2a e 11m TJTO 1a e 7m 1a e 5m TRT24 9m
2a e 10m TJRN 1a e 4m 10m TRT20 6m
3a e 7m TJMS 1a e 4m 11m TRT16 6m
3a e 7m TJAM 1a e 4m 1a e 11m 6m
TRT22
2a e 4m TJRR 11m 4a e 12m 6m
1a e 2m 11m TRT19
TJAP 1a e 6m 5m
2a e 6m TJRO 11m TRT23
1a e 2m TJAC 10m 1a e 9m TRT14 3m
1a TJSE 9m 5m TRT21 3m
4a e 8m Estadual 1a e 7m 2a e 9m Trabalho 7m

Federal Militar Estadual


Execução Conhecimento Execução Conhecimento
5a e 8m TRF2 1a e 1m 1a e 4m TJMRS 1a e 6m
6a e 6m TRF1 1a e 1m 10m TJMMG 1a e 3m
5a e 12m TRF3 1a
11m TJMSP 7m
7a e 8m TRF4 10m Militar
1a e 1m 1a
Estadual
1a e 5m TRF5 8m
6a e 3m Federal 11m
Execução Conhecimento
4a e 6m Poder 1a e 4m
Judiciário

O indicador do tempo de baixa apura o tempo efetivamente despendido entre o protocolo e o primeiro movimento
de baixa do processo em cada fase. Também, aqui, verifica-se desproporção entre os processos na fase de conhe-
cimento e de execução. A baixa do conhecimento é caracterizada, inclusive, pela entrada do processo na execução,
ao passo que a baixa na execução somente ocorre quando, de fato, o jurisdicionado tem seu conflito solucionado
perante a Justiça.
É possível que o tempo da baixa seja inferior ao tempo da sentença. Isso ocorre porque os dados são represen-
tados por médias de eventos ocorridos em um ano específico, aqui 2016. Mas nem todos os processos baixados
em 2016 foram necessariamente sentenciados em 2016, ou seja, o universo de processos objeto de análise do
tempo médio até a sentença não é, de forma alguma, o mesmo universo daqueles analisados até a baixa. O fato de
os tempos observados serem semelhantes demonstra apenas que a baixa, em geral, ocorre logo após a sentença,
sem grandes delongas.
O tempo do processo baixado no Poder Judiciário é de 1 ano e 9 meses na fase de conhecimento e de 4 anos e
10 meses na fase de execução no 1º grau de jurisdição e de 8 meses no 2º grau.

134
No que se refere ao tempo de duração dos processos que ainda estão pendentes de baixa, o termo final de cálculo
foi 31 de dezembro de 2016. Observa-se que o Poder Judiciário apresentou tempo do estoque superior ao da baixa
tanto no 2º grau, com 2 anos e 5 meses de duração (3,6 vezes superior ao tempo de baixa), quanto no 1º grau, nas
fases de conhecimento, com 4 anos e 4 meses (2,5 vezes superior ao tempo de baixa), e de execução, com 7 anos
e 4 meses (1,5 vez superior ao tempo de baixa).

Figura 107: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados no 2º grau e nos tribunais superiores
Estadual Eleitoral
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
1a e 2m TJPR 7a e 10m 2a e 12m TRE−BA 3a e 5m
10m TJMG 2a e 4m 4m TRE−SP 1a
6m TJRJ 1a e 2m 5m TRE−PR 10m
7m TJRS 7m 12m TRE−MG 7m
TJSP 4m TRE−RS 6m
10m TJES 5a e 2m 11m TRE−RJ 3m
4a e 7m TJCE 3a e 6m 5m TRE−AM 1a e 12m
4a e 9m TJPA 2a 6m TRE−CE 1a e 10m
1a e 4m TJPE 1a e 11m 7m TRE−PB 1a e 9m
1a e 1m TJSC 1a e 8m 1a e 1m TRE−RN 1a e 8m
2a e 2m TJBA 1a e 8m 1a e 6m TRE−MA 1a e 2m
9m TJGO 1a e 7m 3m TRE−SC 1a e 1m
10m TJMA 11m 9m TRE−PA 1a e 1m
9m TJMT 11m 10m TRE−MT 1a e 1m
7m TJDFT 9m 10m TRE−PI 11m
11m TJRR 3a e 1m 4m TRE−GO 7m
1a e 10m TJPI 2a e 2m 2m TRE−PE 5m
1a e 4m TJAL 2a 1a e 9m TRE−DF 4a e 8m
1a e 7m TJAM 1a e 11m 2a e 1m TRE−RR 1a e 11m
10m TJSE 1a e 9m 9m TRE−ES 1a e 8m
9m TJAP 1a e 9m 6m TRE−MS 1a e 1m
1a e 2m TJMS 1a e 6m 10m TRE−RO 10m
1a e 8m TJAC 1a e 6m 8m TRE−AC 9m
1a e 3m TJRN 1a e 5m 5m TRE−AL 9m
1a e 3m TJRO 1a e 1m 2m TRE−AP 9m
9m TJPB 1a 8m TRE−SE 8m
10m TJTO 10m 6m TRE−TO 1m
1a Estadual 2a e 6m 11m Eleitoral 2a e 2m

Trabalho Superiores
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
10m TRT1 12m 1a e 7m TST 2a e 5m
9m TRT15 7m 1a e 1m STJ 1a e 8m
5m TRT3 7m
7m 4m
TSE
10m TRT2 6m
8m TRT4 STM
6m TRT8 11m 1a e 3m Superiores 2a
11m TRT5 10m
6m TRT6 9m Federal
Baixados Pendentes
10m TRT7 9m
3a e 12m TRF3 3a e 11m
8m TRT9 8m
8m TRT13 7m 3a e 5m TRF1 3a e 4m
7m TRT11 7m 2a e 3m TRF2 2a e 1m
8m TRT18 6m 1a e 2m TRF5 1a e 9m
8m TRT10 6m 1a e 4m TRF4 1a e 4m
7m TRT12 2a e 7m Federal 3a e 1m
6m TRT23 1a e 9m
1a e 1m TRT16 1a
6m TRT24 12m
Militar Estadual
8m TRT22 8m Baixados Pendentes
6m TRT14 7m 5m TJMMG 6m
8m TRT20 7m 8m TJMSP 6m
7m TRT19 6m 1a e 2m TJMRS 2m
6m TRT17 6m 8m Militar 6m
10m TRT21 4m Estadual
8m Trabalho 8m Baixados Pendentes
Poder
8m 2a e 5m
Judiciário

135
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 108: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de conhecimento de 1º grau

Estadual Trabalho
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
3a e 3m TJSP 2m 1a e 6m TRT1 1a e 7m
2a e 11m TJRJ 3a e 1m 11m TRT15 1a e 5m
1a e 6m TJMG 2a e 2m 9m TRT2 1a e 5m
1a e 8m TJRS 2a e 2m 7m 1a e 1m
1a e 7m 1a e 4m TRT3
TJPR 1a 10m
2a e 5m TJBA 4a e 1m TRT4
3a e 7m TJPE 3a e 8m 11m TRT6 1a e 1m
2a e 5m TJCE 3a e 7m 1a e 2m TRT5 1a
2a e 4m TJSC 3a e 7m 10m TRT7 10m
2a e 10m TJPA 3a e 6m 8m TRT18 10m
2a e 7m TJMA 3a e 1m 1a e 1m TRT9 9m
2a e 3m TJGO 2a e 12m 6m TRT8 8m
11m TJDFT 2a e 10m 9m 7m
TRT10
2a e 3m TJMT 2a e 10m
4m TRT13 7m
6a e 4m TJES 2a e 6m
3a e 8m 4a e 4m 7m TRT11 7m
TJPI
2a e 10m TJAL 3a e 7m TRT12
1a e 5m TJMS 3a e 4m 9m TRT19 1a e 4m
1a e 11m TJRN 3a e 2m 10m TRT20 1a e 1m
1a e 7m TJAM 2a e 12m 1a e 10m TRT17 11m
2a e 4m TJTO 2a e 8m 11m TRT24 11m
2a e 10m TJPB 2a e 5m 5m 9m
TRT14
1a e 6m TJRR 2a e 1m 12m 8m
1a e 2m 2a TRT16
TJSE 6m 8m
1a e 1m TJAC 1a e 10m TRT23
1a e 2m TJRO 1a e 8m 1a e 4m TRT22 8m
1a e 5m TJAP 1a e 7m 3m TRT21 4m
2a e 9m Estadual 4a e 10m 11m Trabalho 1a e 2m

Eleitoral Federal
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
5m TRE−MG 1a e 2m 1a e 1m TRF5 4a e 5m
12m TRE−BA 10m 3a e 9m 2a e 12m
3m 5m TRF3
TRE−RJ
1m 4m 1a e 2m TRF2 1a e 11m
TRE−PR
2m TRE−RS 4m 1a e 3m TRF4 1a e 10m
2m TRE−SP 3m 1a e 4m TRF1 1a e 8m
2m TRE−MA 1a e 5m 1a e 10m Federal 2a e 7m
3m TRE−RN 10m
11m TRE−CE 10m
3m TRE−PB 9m
10m 7m
Militar Estadual
TRE−PI
4m TRE−AM 7m Baixados Pendentes
3m TRE−PE 6m 1a e 6m TJMRS 1a e 9m
3m TRE−MT 6m
4m 4m 1a e 9m TJMMG 1a e 7m
TRE−PA
3m TRE−GO 4m 8m TJMSP 6m
3m TRE−SC 3m Militar
2a e 8m 8a e 5m 1a e 2m 1a e 3m
TRE−DF Estadual
1a e 8m TRE−RR 3a e 2m
8m TRE−AP 7m
3m TRE−AL 6m Baixados Pendentes
3m TRE−TO 5m Poder
3m TRE−AC 5m 1a e 9m 4a e 4m
Judiciário
2m TRE−MS 4m
4m TRE−RO 4m
5m TRE−ES 3m
2m TRE−SE 2m
4m Eleitoral 7m

136
Figura 109: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de execução de 1º grau

Estadual Trabalho
Baixados Pendentes Baixados Pendentes
6a e 1m TJSP 9a e 4m 3a e 6m TRT4 6a e 2m
7a e 4m TJRJ 6a e 2m 5a e 11m TRT15 5a e 2m
3a e 10m TJRS 4a e 11m 3a e 2m TRT2 5a
3a e 5m TJPR 4a e 1m 3a e 4m 4a e 9m
3a e 5m TJMG 3a e 12m TRT3
5a e 10m TJPE 6a e 9m 4a e 2m TRT1 4a e 7m
4a e 6m TJSC 6a e 4m 1a e 6m TRT8 5a e 11m
4a e 9m TJGO 5a e 10m 1a e 2m TRT9 5a e 9m
3a e 5m TJMT 5a e 8m 1a e 3m TRT10 5a e 1m
4a e 9m TJCE 5a e 5m 2a e 10m TRT7 4a e 3m
4a e 8m TJES 5a e 3m 4a e 6m TRT5 3a e 11m
3a e 11m TJDFT 4a e 7m 1a e 8m TRT18 3a e 8m
5a e 11m TJBA 4a e 7m 1a e 7m 2a e 7m
TRT6
4a e 5m TJMA 4a e 6m
1a e 11m TRT11 2a e 5m
5a e 8m TJPA 3a e 5m
8a e 5m TJPI 8a e 4m 2a e 5m TRT13 1a e 6m
6a e 1m TJPB 6a e 9m TRT12
4a TJMS 6a e 4m 5a e 7m TRT19 6a e 6m
7a TJAL 6a e 3m 3a e 4m TRT24 5a e 8m
3a e 9m TJAM 6a e 1m 2a e 7m TRT14 4a e 10m
3a e 10m TJTO 4a e 5m 8m TRT23 4a e 8m
2a e 12m TJRN 3a e 9m 1a e 1m TRT16 3a e 7m
1a e 7m TJAC 3a e 6m 2a e 7m 2a e 7m
2a e 1m TJRO 3a e 4m TRT22
3a e 1m TJRR 3a e 3m 1a e 5m TRT20 2a e 7m
1a e 6m TJSE 2a e 5m 2a e 10m TRT17 2a e 5m
1a e 7m TJAP 2a e 2m 3a e 3m TRT21 4m
5a e 2m Estadual 7a e 5m 3a e 4m Trabalho 4a e 10m

Federal Militar Estadual


Baixados Pendentes Baixados Pendentes
4a e 8m TRF3 9a e 1m 9m TJMMG 2a e 9m
2a e 11m TRF2 7a e 6m 2a e 2m TJMRS 1a e 4m
3a e 3m TRF1 6a e 8m 1a e 10m TJMSP 4m
8a e 6m TRF4 6a e 1m 1a e 3m Militar 1a e 7m
Estadual
1a e 5m TRF5 5a e 11m
4a e 3m Federal 7a e 6m Baixados Pendentes
4a e 10m Poder 7a e 4m
Judiciário

137
Relatório Justiça em Números 2017

8 Justiça criminal
No ano de 2016, ingressaram no Poder Judiciário 3 milhões de casos novos criminais, sendo 1,9 milhão (62,9%)
na fase de conhecimento de 1º grau, 443,9 mil (15%) na fase de execução de 1º grau, 18,4 mil (0,6%) nas turmas
recursais, 555,2 mil (18,7%) no 2º grau e 80,6 mil (2,7%) nos tribunais superiores.
Se a Justiça Estadual já é o segmento com maior representatividade de litígios no Poder Judiciário, com 67,4%
da demanda, na área criminal tal representatividade aumenta para 92,8%. Assim, os dados aqui apresentados repro-
duzem as informações da Justiça Estadual.
A Figura 110 mostra que em 2016 houve redução de 1,8% no quantitativo de processos de conhecimento criminais
em relação ao ano de 2015. Apesar disso, o acervo cresceu em 3,3%.
Os casos pendentes equivalem a 2,7 vezes a demanda. As informações sobre os quantitativos de casos novos e
pendentes por tribunal podem ser visualizadas na Figura 111.

Figura 110: Série histórica dos casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais

7
6,5
6,1 6,2
5,8
6
5,4 5,4 5,5
5,4

5
Milhões

4
3,2 3,2 3,3 3,2
2,8 2,9 2,8
3 2,8
3,1 3,1 3,1
2,8 3,0
2,5 2,6 2,5
2
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Casos pendentes criminais
Casos novos criminais
Processos baixados criminais

138
Figura 111: Casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais, por tribunal

Estadual Eleitoral
Novos Pendentes Novos Pendentes
450.534 TJSP 1.979.513 186 TRE−MG 1.369
232.473 TJMG 509.807 257 TRE−RJ 673
250.973 TJRJ 480.605 279 TRE−BA 623
307.608 TJRS 326.443 294 TRE−SP 441
161.616 TJPR 290.901 177 TRE−RS 370
79.698 TJBA 354.028 173 TRE−PR 237
135.671 TJSC 290.169 1.016 TRE−GO 1.547
66.532 TJES 235.666 182 TRE−RN 1.031
51.680 TJPE 197.909 492 TRE−PB 820
60.287 TJCE 193.245 247 TRE−MA 479
57.933 TJGO 191.108 162 TRE−CE 425
38.400 TJPA 182.339 66 TRE−PE 414
46.355 TJMT 119.713 87 TRE−MT 287
58.910 TJMA 104.257 150 TRE−SC 249
77.223 TJDFT 77.317 81 TRE−PA 205
47.442 TJMS 119.126 86 TRE−PI 150
24.522 TJAM 104.205 41 TRE−AM 127
22.686 TJRN 68.451 103 TRE−MS 252
21.678 TJPI 67.346 36 TRE−SE 172
22.539 TJPB 62.399 90 TRE−TO 130
16.566 TJAL 59.202 104 TRE−ES 119
14.918 TJSE 39.583 35 TRE−RO 86
20.019 TJTO 39.131 30 TRE−AC 59
25.828 TJRO 37.318 75 TRE−AL 52
11.810 TJAC 22.065 14 TRE−RR 41
4.909 TJRR 11.533 13 TRE−DF 33
8.850 TJAP 11.340 22 TRE−AP 20

Federal Militar Estadual


Novos Pendentes Novos Pendentes
54.270 TRF1 83.796 1.102 TJMSP 553

12.231 TRF3 45.545 459 TJMMG 522

28.461 TRF4 33.805 488 TJMRS 389

11.352 TRF2 18.689

6.273 TRF5 12.038


Superiores
Novos Pendentes
79.443 STJ 70.179

843 STM 273

295 TSE 250

Ao final de 2016, havia 1,4 milhão de execuções penais pendentes, sendo que as execuções iniciadas têm aumen-
tado gradativamente e totalizaram 444 mil processos em 2016, com mais da metade delas implicando pena privativa
de liberdade, 272 mil (61,3%), conforme observado na Figura 112. Entre as não privativas de liberdade, 9 mil (5,1%)
ingressaram nos juizados especiais e 163 mil (94,9%) no juízo comum.

139
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 112: Série histórica das execuções penais

984.511
1.000.000 938.551
871.338
841.857
820.000 736.101
708.436 709.581
650.007
640.000

426.330 427.517
460.000
356.467 368.695
317.520 320.149 293.760 307.393
250.158 255.929 271.983
280.000 218.267
175.578 182.320 182.245
148.144
100.000 158.922 181.209 171.878
129.017 121.413
102.386 106.009 112.749
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Pendente de Pena Privativa de Liberdade Pendente de Pena Não Privativa de Liberdade


Iniciada de Pena Privativa de Liberdade Iniciada de Pena Não Privativa de Liberdade

Os resultados dos tempos médios dos processos baixados no ano de 2016 por tribunal, indicam que há no 2º
grau cenários distintos. Por exemplo, enquanto nas Justiças Estadual e Militar Estadual não há diferença significativa
entre os tempos de baixa dos processos criminais e não criminais, na Justiça Federal o processo não criminal dura
em média o dobro do tempo do criminal e, na Justiça Eleitoral, ocorre o inverso (Figura 113). No 1º grau, entretanto,
o tempo do processo criminal é maior que o do não criminal em todos os ramos de Justiça, com exceção de oito
tribunais, nos quais se verifica o contrário (Figura 114).
No capítulo anterior, não foram contabilizadas nos tempos de duração dos processos de execução as execuções
penais, uma vez que o processo permanece em tramitação até o término do cumprimento da pena e, por isso, são
analisadas à parte.
Os processos referentes às execuções judiciais criminais privativas de liberdade baixados no ano de 2016 pos-
suem tempo médio de baixa de 3 anos e 9 meses na Justiça Estadual e de 2 anos e 6 meses na Justiça Federal
(Figura 115). Ressalte-se que esses tempos são ligeiramente maiores que a média até a baixa do processo na fase de
conhecimento, ou seja, até o início da execução penal ou até a remessa do processo em grau de recurso para o 2º
grau, que foi de 3 anos e 2 meses na Justiça Estadual, e de 2 anos e 4 meses na Justiça Federal. Acrescenta-se que,
enquanto o processo tramita em conhecimento ou em grau de recurso, o réu pode permanecer preso em situação
provisória, cumprindo assim, previamente, parte de sua pena antes da condenação.

140
Figura 113: Tempo médio de tramitação dos processos criminais baixados no 2º grau e nos tribunais superiores, por
tribunal
Estadual Eleitoral
Não criminal Criminal Não criminal Criminal
1a e 3m TJPR 11m 11m TRE−MG 2a e 7m
7m TJRS 9m 4m TRE−SP 1a e 8m
11m TJMG 8m 5m TRE−PR 1a e 4m
6m TJRJ 6m 11m TRE−RJ 1a e 4m
TJSP 4m TRE−RS 6m
4a e 7m TJPA 5a e 5m 2a e 12m TRE−BA 2m
1a e 3m TJBA 4a e 10m 6m TRE−CE 3a e 6m
4a e 11m TJCE 3a e 5m 5m TRE−AM 3a e 4m
1a e 5m TJPE 1a e 4m 1a TRE−RN 3a e 3m
10m TJES 8m 8m TRE−PA 2a e 11m
10m TJMA 8m 7m TRE−PB 2a e 6m
10m TJGO 7m 10m TRE−PI 1a e 7m
1a e 3m TJSC 7m 1a e 7m TRE−MA 11m
10m TJMT 6m 4m TRE−GO 11m
8m TJDFT 4m 3m TRE−SC 10m
1a e 4m TJAL 1a e 5m 10m TRE−MT 9m
1a e 10m TJAC 1a e 5m 2m TRE−PE 8m
1a e 1m TJMS 1a e 4m 2a TRE−RR 6a e 5m
1a e 5m TJRN 10m 1a e 9m TRE−DF 4a e 3m
9m TJPB 10m 7m TRE−AC 3a
2a e 8m TJPI 9m 10m TRE−RO 2a e 8m
11m TJRR 9m 9m TRE−ES 2a e 7m
9m TJAP 7m 5m TRE−AL 2a e 5m
2a e 1m TJAM 7m 6m TRE−MS 2a e 2m
11m TJTO 7m 6m TRE−TO 1a e 9m
11m TJSE 5m 1m TRE−AP 11m
1a e 6m TJRO 5m 8m TRE−SE 9m
1a Estadual 1a e 1m 11m Eleitoral 1a e 9m

Superiores Federal
Não criminal Criminal Não criminal Criminal
1a e 2m STJ 11m 4a e 1m TRF3 1a e 9m
7m TSE 7m 3a e 6m TRF1 1a e 6m

STM 1a e 2m TRF5 1a e 3m

TST 2a e 3m TRF2 1a e 2m
1a e 1m Superiores 11m 1a e 4m TRF4 10m
2a e 7m Federal 1a e 3m

Militar Estadual Poder Judiciário


Não criminal Criminal Não criminal Criminal
1a e 2m 1a e 2m 1a e 5m Poder 1a e 1m
TJMRS Judiciário
9m TJMSP 7m
5m TJMMG 4m

8m Militar 9m
Estadual

141
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 114: Tempo médio de tramitação dos processos criminais baixados na fase de conhecimento do 1º grau, por
tribunal
Estadual Eleitoral
Não criminal Criminal Não criminal Criminal
2a e 8m TJSP 6a e 11m 3m TRE−RJ 3a e 4m
2a e 12m TJRJ 2a e 5m 2m TRE−SP 3a e 2m
1a e 2m TJMG 2a e 2m 3m TRE−MG 2a e 7m
1a e 7m TJPR 1a e 11m 12m TRE−BA 7m
1a e 9m TJRS 1a e 3m 2m TRE−RS 4m
3a e 7m TJPE 3a e 10m 1m TRE−PR 4m
2a e 6m TJMA 3a e 8m 3m TRE−PE 4a e 9m
2a e 4m TJBA 3a e 4m 8m TRE−CE 3a e 7m
2a e 3m TJCE 3a e 3m 2m TRE−MA 3a e 6m
6a e 6m TJES 3a e 3m 3m TRE−RN 3a e 5m
2a e 1m TJGO 3a e 2m 10m TRE−PI 3a e 5m
2a e 11m TJPA 2a e 8m 3m TRE−GO 3a e 4m
2a e 2m TJMT 2a e 5m 3m TRE−MT 3a e 1m
2a e 5m TJSC 2a e 2m 4m TRE−PA 3a
11m TJDFT 11m 4m TRE−AM 2a e 4m
3a e 5m TJPI 5a e 10m 3m TRE−SC 2a e 2m
1a e 2m TJAM 4a 3m TRE−PB 1a e 11m
2a e 9m TJAL 3a e 8m 8m TRE−AP 4a e 4m
1a e 3m TJRR 3a e 1m 3m TRE−AL 4a e 1m
2a e 9m TJPB 2a e 12m 1a e 7m TRE−RR 3a e 11m
1a e 9m TJRN 2a e 12m 4m TRE−ES 3a e 5m
1a e 3m TJMS 2a e 4m 3m TRE−TO 2a e 11m
2a e 4m TJTO 2a e 3m 2m TRE−MS 2a e 7m
1a TJSE 2a e 3m 2m TRE−SE 2a e 4m
12m TJRO 1a e 11m 4m TRE−RO 2a e 1m
1a e 4m TJAP 1a e 10m 3m TRE−AC 1a e 11m
12m TJAC 1a e 8m 2a e 8m TRE−DF
2a e 8m Estadual 3a e 2m 3m Eleitoral 2a e 2m

Federal Militar Estadual


Não criminal Criminal Não criminal Criminal
3a e 8m TRF3 6a 11m TJMMG 2a e 1m
1a e 1m TRF5 2a e 4m TJMRS
6m 1a e 6m
1a e 1m TRF2 2a e 2m
1a TJMSP 5m
1a e 3m TRF4 1a e 7m
12m Militar 1a e 3m
1a e 4m TRF1 1a e 6m Estadual
1a e 9m Federal 2a e 4m Não criminal Criminal
2a e 5m Poder 3a e 1m
Judiciário

142
Figura 115: Tempo médio de tramitação dos processos de execução penal baixados do 1º grau, por tribunal
Estadual Federal
Não privativa de liberdade Privativa de liberdade Não privativa de liberdade Privativa de liberdade
3a e 1m TJRS 7a e 11m 3a TRF4 2a e 11m
3a e 5m TJRJ 6a e 3m
2a e 3m TJPR 2a e 4m 7a e 10m TRF1 1a e 8m
1a e 11m TJMG 1a
1a e 10m TRF5 1a e 2m
1a TJSP 1a
2a TJBA 9a e 10m 2a e 11m TRF3 11m
4a e 5m TJDFT 5a e 6m
2a e 9m TRF2 0m
2a e 12m TJPE 5a e 3m
3a e 8m TJES 5a e 2m 2a e 11m TRF 2a e 6m
4a e 5m TJGO 4a e 12m
3a e 2m TJCE 4a e 8m
3a e 2m TJPA 4a e 1m
3a e 3m TJMA 3a e 9m
2a e 4m TJSC 2a e 9m
2a e 2m TJMT 2a e 7m
2a TJRR 5a e 11m
3a e 4m TJMS 5a
4a e 2m TJPB 4a e 11m
1a e 3m TJAP 4a e 2m
2a e 9m TJTO 3a e 4m
2a e 3m TJPI 3a e 1m
2a e 4m TJAC 3a
2a e 4m TJSE 2a e 9m
3a TJAL 2a e 3m
1a e 8m TJRO 2a e 2m
2a e 9m TJAM 1a e 10m
1a e 6m TJRN 10m
2a e 4m Estadual 3a e 9m

143
Relatório Justiça em Números 2017

9 Índice de Produtividade Comparada


da Justiça: IPC-Jus
O Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-Jus) é um indicador criado pelo CNJ que resume os dados
recebidos pelo SIESPJ em uma única medida, de modo a refletir a produtividade e a eficiência relativa dos tribunais.
Trata-se de metodologia que compara a eficiência otimizada com a aferida em cada unidade judiciária, a partir da
técnica de Análise Envoltória de Dados, do inglês Data Envelopment Analysis (DEA), conforme especificado no
segundo capítulo, referente à metodologia.
Esse método permite comparações entre tribunais do mesmo ramo de Justiça, independentemente do porte,
pois considera o que foi produzido a partir dos recursos ou insumos disponíveis para cada tribunal. A respeito dos
insumos, o índice agrega informações de litigiosidade, como, por exemplo, o número de processos que tramitaram no
período, bem como de recursos humanos (magistrados, servidores efetivos, comissionados e ingressados por meio
de requisição ou cessão) e de recursos financeiros (despesa total da Justiça excluídas as despesas com inativos e
com projetos de construção e obras). Como produto, o índice avalia a quantidade de processos baixados.
A aplicação do modelo DEA tem por resultado um percentual que varia de 0 (zero) a 100%, sendo essa a medida
de eficiência do tribunal, denominada por IPC-Jus. Quanto maior seu valor, melhor o desempenho da unidade, sig-
nificando que ela foi capaz de produzir mais, com menos recursos disponíveis. Os tribunais com melhor resultado,
considerados eficientes, se tornam a referência do ramo de Justiça. Os outros tribunais, por sua vez, são comparados
aos mais semelhantes a eles, de forma ponderada. Portanto, o IPC-Jus do tribunal será a razão entre seu desempenho
e o quanto ele deveria ter produzido para atingir 100% de eficiência.
Cabe esclarecer que a obtenção de eficiência de 100% não significa que um tribunal não precise melhorar, mas
apenas que tal tribunal foi capaz de baixar mais processos quando comparado com os demais, com recursos seme-
lhantes.
Para melhor compreensão dos resultados do IPC-Jus sugere-se visualizar os gráficos que trazem o cruzamento,
dois a dois, dos principais indicadores de produtividade que influenciam no cálculo da eficiência relativa. Cada um dos
indicadores relaciona a variável de output (baixados) com uma de input. Os gráficos apresentam, simultaneamente,
quatro dimensões distintas, pois, além dos dois indicadores, também demonstram a classificação de cada tribunal em
relação aos de seu porte, por meio da forma do símbolo, e o nível de eficiência, pelo tamanho. Mais detalhes sobre
a interpretação desse tipo de gráfico podem ser encontrados no segundo capítulo desse Relatório.
A aplicação do IPC-Jus ainda mensura o quanto o tribunal deveria ter baixado em número de processos para
que, em 2016, pudesse alcançar a eficiência máxima. Dessa forma, esta seção destina-se a apresentar o resultado
real e a simulação com os principais indicadores de desempenho, sendo o resultado simulado construído a partir da
hipótese de que todos os tribunais são eficientes e alcançam 100% no IPC-Jus.
O comparativo será produzido com base no Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), no Índice de Produ-
tividade dos Servidores (IPS), na Despesa Total do Tribunal e na Taxa de Congestionamento (TC).
Os resultados e os cenários do IPC-Jus foram calculados para as justiças Estadual, do Trabalho e Federal.

144
9.1 Justiça Estadual

9.1.1 Resultados
O resultado do IPC-Jus de cada tribunal da Justiça Estadual, considerando 1º e 2º grau e área administrativa,
pode ser verificado na Figura 116. Os resultados obtidos pela área judiciária do 1º e 2º grau constam na Figura 117.
Verifica-se, a partir desses gráficos, que somente o TJRS (grande porte) obteve IPC-Jus de 100%, tanto no IPC-
Jus total (Figura 116), como quando se considera somente a área judiciária.
O TJGO (médio porte) obteve índice de 100% no 2º grau. Já no 1º grau aparecem como mais eficientes os tribu-
nais do Rio de Janeiro (grande porte), do Paraná (grande porte), do Mato Grosso (médio porte), de Sergipe (pequeno
porte), de Roraima (pequeno porte) e do Amapá (pequeno porte).
Apesar de o TJMS ter apresentado indicador de 96% no 2º grau, no 1º grau seu IPC-Jus foi de 76%. Em todo o
Poder Judiciário, o 2º grau apresentou indicador inferior ao do 1º, com IPC-Jus de, respectivamente, 81% e 85%.

Figura 116: Resultado do IPC-Jus por tribunal (incluída a área administrativa)

TJRS 100%
TJRJ 100%
TJPR 89%
TJMG 86%
TJSP 85%
TJMT 95%
TJDFT 78%
TJSC 77%
TJPA 76%
TJGO 71%
TJPE 67%
TJES 67%
TJCE 65%
TJMA 62%
TJBA 60%
TJRR 100%
TJAP 100%
TJSE 94%
TJRO 88%
TJAC 78%
TJPB 75%
TJAM 73%
TJMS 73%
TJTO 72%
TJRN 62%
TJPI 59%
TJAL 59%
Estadual 82%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

145
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 117: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância e tribunal


2º grau 1º grau
100% TJRS 100%
96% TJRJ 100%
80% TJPR 100%
76% TJMG 87%
85% TJSP 84%
81% TJMT 100%
76% TJSC 91%
100% TJGO 87%
50% TJPA 81%
70% TJDFT 75%
45% TJES 72%
55% TJPE 71%
75% TJMA 66%
62% TJCE 65%
61% TJBA 63%
94% TJSE 100%
88% TJRR 100%
63% TJAP 100%
63% TJRO 89%
74% TJPB 79%
96% TJMS 76%
88% TJAC 75%
69% TJTO 73%
59% TJAM 67%
39% TJAL 65%
68% TJRN 60%
44% TJPI 60%
81% Estadual 85%

É possível salientar a eficiência resultante do modelo em cada indicador de forma separada, a partir da relação
entre a taxa de congestionamento e, respectivamente, a produtividade dos magistrados (Figura 118), a produtividade
dos servidores (Figura 119) e a despesa total (Figura 120). Os tribunais que mais se aproximam da linha de fronteira
(linha azul nessas figuras) são os mais eficientes, e os mais distantes dessa linha, os menos eficientes. Os Tribunais
de Justiça do Rio Grande do Sul (grande porte) e do Amapá (pequeno porte) estão na fronteira de eficiência em
todos os casos, enquanto o TJRJ (grande porte) apresentou o melhor desempenho no indicador produtividade por
magistrado. O TJRR se encontra, nas três situações, muito próximo da fronteira.
Os tribunais no segundo quadrante das figuras de produtividade e no terceiro quadrante da figura de despesa
são aqueles com melhor desempenho, pois combinaram altos indicadores de produtividade e baixos de despesa
com baixa taxa de congestionamento. Já os que se encontram no quarto quadrante dos gráficos de produtividade
e no primeiro quadrante do de despesa estão mais distantes da fronteira e associam alta taxa de congestionamento
com baixos níveis de produtividade ou alto volume de despesa. Os tribunais nesse quadrante são, majoritariamente,
pertencentes à região Nordeste do país.
Os Tribunais de Justiça do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, do Paraná e do Mato Grosso estão no quadrante
de melhor performance em todos os gráficos, sendo os três primeiros de grande porte e o último de médio porte. Já
TJPI (pequeno porte), TJRN (pequeno porte) e TJMA (médio porte) se localizam no quadrante de menor desempenho.

146
Figura 118: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados
4.000

RJ
Índice de Produtividade do Magistrado

3.000

RS
SP
MT
2.000

MG TJ SC
RO PR GO MS
PA PE BA
AP DF MA AM
RR ES
SE AL
TO PI
1.000

AC PB RN
Grande porte CE
Médio porte
Pequeno porte
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Taxa de congestionamento

Figura 119: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores


200

RS
RJ
PR
Índice de Produtividade do Servidor

150

GO SC
AM
MG TJ SP
MT
BA
ES
100

PA
PE
MS
CE
MA
RR RO TO AL
AP PB RN PI
SE
50

Grande porte DF
AC
Médio porte
Pequeno porte
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Taxa de congestionamento

147
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 120: Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados
Despesa total (exceto inativos) por baixados

DF
5.000

AC TO
RN
AP
PI
RR PB MS MA
3.000

RO
ES
SE PA GO CE AL AM
MT PE SC BA
MG
PR TJ
SP RJ
Grande porte RS
1.000

Médio porte
Pequeno porte
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Taxa de congestionamento

9.1.2 Análises de cenário


Nessa seção são apresentadas análises de cenário para estimar quanto os tribunais deveriam ter baixado de
processos em 2016 para que pudessem alcançar eficiência máxima, ou seja, 100% no IPC-Jus. A análise de cenário
é baseada em simulações para o Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), o Índice de Produtividade dos Ser-
vidores (IPS) e a Taxa de Congestionamento (TC), baseadas na hipótese de que todos os tribunais tenham alcançado
100% de eficiência nesses indicadores.
Esses cenários não significam que a situação hipotética alcançada seja a ideal. Por exemplo, no caso do TJRJ
não se pode dizer que a taxa de 81% seja satisfatória, mas sim que, em relação aos demais tribunais e aos seus
insumos, o TJRJ baixou, comparativamente, alto quantitativo de processos. Se todos os tribunais conseguirem baixar
significativamente a cada ano mais processos, o ótimo alcançado pela curva de eficiência se tornará cada vez mais
próximo do ótimo subjetivo, que seria, de fato, um patamar mais satisfatório de taxas de congestionamento para o
Poder Judiciário.
Os números da Figura 121 e da Figura 122 indicam quantos processos cada servidor e cada magistrado necessita-
riam baixar para que os tribunais atingissem 100% de eficiência, em comparação ao quanto efetivamente foi baixado.
A Figura 123, por sua vez, demonstra o resultado que tais realizações provocariam na taxa de congestionamento no
ano de 2016.
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro destaca-se quanto aos Índices de Produtividade dos Magis-
trados (IPM), de Produtividade dos Servidores (IPS) e Taxa de Congestionamento (TC). Esse Tribunal apresentou no
ano de 2016 o maior IPM, o segundo maior IPS e, mesmo assim, atingiu a terceira maior taxa de congestionamento
da Justiça Estadual. Tais indicadores apontam que, mesmo com alta produtividade, o TJRJ não conseguiu diminuir
o resíduo processual de anos anteriores. Já o Tribunal de Justiça do Estado do Amapá obteve o IPC-Jus de 100%,
com a menor taxa de congestionamento da Justiça e estoque próximo ao quantitativo de casos novos (99,5% do
número de casos novos).
Caso os tribunais atingissem o índice de 100% no IPC-Jus do ano de 2016, as maiores alterações nos indicado-
res seriam as dos Tribunais de Justiça do Piauí, do Rio Grande do Norte e do Maranhão, uma vez que suas taxas de
congestionamento próximas a 75% poderiam ser reduzidas para patamares em torno de 59%.

148
Figura 121: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%

TJRJ 3.388 3.388


TJSP 2.192 2.593
TJRS 2.134 2.134
TJMG 1.881 2.192
TJPR 1.572 1.773
TJMT 2.084 2.191
TJSC 1.860 2.415
TJGO 1.441 2.017
TJBA 1.397 2.313
TJPE 1.363 2.035
TJPA 1.359 1.793
TJES 1.206 1.810
TJDFT 1.165 1.502
TJMA 1.154 1.863
TJCE 929 1.425
TJMS 1.597 2.187
TJRO 1.430 1.625
TJRR 1.382 1.382
TJSE 1.268 1.354
TJAM 1.202 1.643
TJTO 1.179 1.636
TJAP 1.172 1.172
TJAL 1.122 1.918
TJPB 1.060 1.421
TJAC 1.017 1.304
IPM Realizado
TJPI 1.010 1.717
IPM Estimado
TJRN 962 1.556
Estadual 1.773 2.160

0 800 1.600 2.400 3.200

149
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 122: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%

TJRS 179 179


TJRJ 173 173
TJPR 159 179
TJSP 127 150
TJMG 117 136
TJSC 136 177
TJGO 126 176
TJMT 115 121
TJBA 107 178
TJES 99 148
TJPA 92 121
TJPE 84 125
TJCE 82 126
TJMA 80 128
TJDFT 56 72
TJAM 131 179
TJMS 83 113
TJRN 77 125
TJAL 76 131
TJRR 74 74
TJTO 73 102
TJRO 71 81
TJAP 67 67
TJPB 66 89
IPS Realizado
TJPI 61 104
55 58 IPS Estimado
TJSE
TJAC 47 60
Estadual 116 141

0 60 120 180

150
Figura 123: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus
de 100%

TJRJ 81% 81%

TJSP 74% 78%

TJMG 64% 69%

TJPR 64% 68%

TJRS 62% 62%

TJBA 73% 84%

TJSC 73% 79%

TJMT 64% 66%

TJGO 62% 73%

TJPE 61% 74%

TJES 61% 74%

TJCE 60% 74%

TJMA 60% 75%

TJPA 60% 69%

TJDFT 55% 65%

TJAM 78% 84%

TJMS 64% 74%

TJAL 61% 77%

TJRN 59% 75%

TJPI 58% 76%

TJTO 57% 69%

TJRO 57% 62%

TJPB 56% 67%

TJSE 56% 59%


TC Estimado
TJRR 52% 52%
TC Realizado
TJAC 51% 62%

TJAP 47% 47%

Estadual 70% 75%

0% 18% 36% 54% 72% 90%

151
Relatório Justiça em Números 2017

9.2 Justiça do Trabalho

9.2.1 Resultados
A Figura 124 demonstra o IPC-Jus de cada Tribunal Regional do Trabalho. Verifica-se que o TRT15 e o TRT3
(grande porte), o TRT11 e o TRT8 (médio porte) se destacaram pelo alcance de 100% no índice. No cálculo por grau
de jurisdição, observa-se que apenas o TRT15 atingiu 100% no 1º e 2º grau (Figura 125). Outros quatro tribunais foram
100% eficientes no 1º grau (TRT2, TRT1, TRT11 e TRT22), e mais dois tribunais foram eficientes no 2º grau (TRT3 e
TRT18). O IPC-Jus, de modo geral, apresentou comportamento próximo na comparação das instâncias, com índice
de 82% no 2º grau e de 87% no 1º grau.

Figura 124: Resultado do IPC-Jus por tribunal

TRT15 100%

TRT3 100%

TRT2 93%

TRT4 82%

TRT1 81%

TRT11 100%

TRT8 100%

TRT18 99%

TRT12 94%

TRT6 91%

TRT7 90%

TRT9 86%

TRT13 82%

TRT5 81%

TRT10 80%

TRT22 96%

TRT14 92%
TRT17 92%
TRT21 90%
TRT19 83%
TRT23 83%
TRT20 79%
TRT24 74%
TRT16 70%
Trabalho 90%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

152
Figura 125: Resultado do IPC-Jus da área judiciária por instância e tribunal
2º grau 1º grau
100% TRT15 100%
65% TRT2 100%
64% TRT1 100%
100% TRT3 86%
82% TRT4 70%
75% TRT11 100%
97% TRT8 90%
84% TRT12 88%
100% TRT18 86%
90% TRT7 84%
71% TRT9 81%
93% TRT6 79%
96% TRT13 75%
72% TRT10 71%
83% TRT5 70%
89% TRT22 100%
82% TRT14 91%
82% TRT17 86%
73% TRT20 82%
69% TRT23 79%
64% TRT16 78%
85% TRT19 77%
99% TRT21 76%
91% TRT24 63%
82% Trabalho 87%

A eficiência resultante do modelo pode ser constatada a partir da relação entre a taxa de congestionamento versus:
a) a produtividade dos magistrados (Figura 126); b) a produtividade dos servidores (Figura 127); e c) a despesa total
(Figura 128). Os tribunais que mais se aproximam da linha de fronteira (linha azul no gráfico) são os mais eficientes, e
os mais distantes, os menos eficientes. Verifica-se que os Tribunais Regionais do Trabalho da 15ª (grande porte) e da
11ª Região (médio porte) situam-se na fronteira de eficiência em todos os casos. A 8ª Região (médio porte) aparece
na fronteira na relação despesas x taxa de congestionamento. O TRT3 aparece sempre muito próximo da fronteira.
Os Tribunais Regionais do Trabalho da 15ª, 3ª, 12ª e 22ª Região ocupam o quadrante de melhor performance (2º
quadrante para os indicadores de produtividade e 3º para o de despesa) em todos os gráficos, sendo os dois primeiros
de grande porte, o terceiro de médio e o último de pequeno porte. Já os tribunais da 20ª, 6ª, 16ª e 24ª Regiões estão
no quadrante de menor desempenho (4º quadrante para os indicadores de produtividade e 1º para o de despesa).

153
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 126: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados

TRT15
Índice de Produtividade do Magistrado

TRT2
1.500

TRT11 TRT3 TRT12


TRT22
TRT18 TRT TRT9
TRT21 TRT7TRT19
TRT8 TRT1
TRT6 TRT5 TRT20
TRT4 TRT16
1.000

TRT10
TRT17
TRT13
TRT24
TRT14 TRT23
500

Grande porte
Médio porte
Pequeno porte
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Taxa de congestionamento

Figura 127: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores

TRT15
Índice de Produtividade do Servidor

150

TRT2

TRT3 TRT22 TRT9


TRT
TRT8 TRT12 TRT7 TRT16
100

TRT11 TRT19
TRT1
TRT5
TRT6 TRT10
TRT20
TRT18 TRT21 TRT4
TRT17
TRT23 TRT24
50

TRT14
Grande porte TRT13
Médio porte
Pequeno porte
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Taxa de congestionamento

154
Figura 128: Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados
8.000
Despesa total (exceto inativos) por baixados

TRT13

TRT14
6.000

TRT24
TRT23
TRT11 TRT5
TRT10
4.000

TRT17
TRT21 TRT9TRT20
TRT4
TRT18 TRT1 TRT16
TRT6TRT TRT19
TRT8 TRT12
TRT3 TRT7
TRT22
TRT2
2.000

Grande porte
TRT15
Médio porte
Pequeno porte
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Taxa de congestionamento

9.2.2 Análises de cenário


Nas simulações apresentadas a seguir são calculados o Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), o Índice
de Produtividade dos Servidores (IPS) e a Taxa de Congestionamento (TC), baseadas na hipótese de que todos os
tribunais tivessem alcançado 100% de eficiência, em contraste com os valores reais.14
Os Tribunais Regionais do Trabalho da 13ª e da 14ª Região apresentam atualmente os menores indicadores de
produtividade por magistrado e por servidor. Nesses casos seria necessário aumentar muito pouco seus respectivos
desempenhos para que se tornassem eficientes (Figuras 129 a 131).
Já o TRT16 (Maranhão) apresentou situação diversa: mesmo tendo apresentado a quinta maior produtividade por
magistrado e a segunda maior produtividade por servidor dentre os tribunais de pequeno porte, seria necessário
que alcançasse o terceiro maior IPM da Justiça do Trabalho ou o 2º maior IPS (de 95 para 136 processos baixados
por servidor). Mesmo com essas produtividades, a taxa de congestionamento teria sido reduzida de 67% para 53%
- percentual que seria o sétimo menor.

14 Vide mais explicações na seção Análises de cenário da Justiça Estadual


155
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 129: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%

TRT15 1.584 1.584

TRT2 1.467 1.584

TRT3 1.399 1.405

TRT1 1.137 1.399

TRT4 1.066 1.300

TRT11 1.406 1.406

TRT12 1.405 1.502

TRT18 1.269 1.287

TRT9 1.261 1.460

TRT7 1.250 1.394

TRT6 1.154 1.267

TRT8 1.129 1.129

TRT5 1.110 1.372

TRT10 1.059 1.318

TRT13 786 962

TRT22 1.323 1.376

TRT21 1.208 1.338

TRT19 1.164 1.394

TRT20 1.120 1.412

TRT16 1.017 1.454

TRT17 988 1.071

TRT24 810 1.097 IPM Realizado


TRT23 792 952 IPM Estimado
TRT14 775 838

Trabalho 1.248 1.386

0 600 1.200 1.800

156
Figura 130: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%

TRT15 162 162

TRT2 126 136

TRT3 101 102

TRT1 90 110

TRT4 86 104

TRT9 107 124

TRT12 97 104

TRT7 91 102

TRT8 90 90

TRT5 88 109

TRT6 88 97

TRT10 87 109

TRT18 86 87

TRT11 85 85

TRT13 47 58

TRT22 105 109

TRT16 95 136

TRT19 90 107

TRT20 87 110

TRT21 84 93

TRT17 78 85

TRT24 73 99 IPS Realizado


TRT23 70 85 IPS Estimado

TRT14 53 57

Trabalho 100 111

0 60 120 180

157
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 131: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus
de 100%

TRT2 55% 59%

TRT15 55% 55%

TRT1 51% 60%

TRT4 49% 59%

TRT3 49% 50%

TRT7 52% 57%

TRT9 52% 58%

TRT12 51% 54%

TRT5 50% 59%

TRT10 50% 59%

TRT6 49% 53%

TRT18 48% 49%

TRT8 47% 47%

TRT11 44% 44%

TRT13 44% 54%

TRT16 53% 67%

TRT22 52% 54%

TRT19 51% 59%

TRT20 50% 60%

TRT21 49% 54%

TRT24 47% 61%

TRT17 46% 50%

TRT23 46% 55% TC Estimado


TRT14 44% 48% TC Realizado
Trabalho 51% 56%

0% 16% 32% 48% 64%

158
9.3 Justiça Federal

9.3.1 Resultados
Os mesmos indicadores utilizados no modelo de eficiência relativa da Justiça Estadual e da Justiça do Trabalho
foram aplicados à Justiça Federal. No entanto, por se tratar de um segmento de Justiça com apenas cinco tribunais,
para viabilizar o cálculo do IPC-Jus utilizando a Análise Envoltória de Dados (DEA), as informações foram desagrega-
das por seção judiciária15. O IPC-Jus consolidado dos tribunais resulta do cálculo dos valores obtidos separadamente
para o 1º e 2º grau, e por essa razão nenhum tribunal apresentou indicador global de 100%, diferentemente do que
ocorre nos demais ramos de Justiça. No caso da Justiça Federal, as comparações são realizadas tendo como base
as seções judiciárias e as estruturas de 2º grau, considerando o que foi produzido a partir dos recursos ou insumos
disponíveis para cada unidade.
A Figura 132 indica que o Tribunal Regional Federal da 5ª Região obteve o maior IPC-Jus da Justiça Federal, com
87%, com as seções judiciárias do Rio Grande do Norte, de Alagoas e de Sergipe as mais eficientes, em contraste
com a seção de Pernambuco que apresentou o menor indicador da região, 79%. Por outro lado, o TRF da 2ª Região
apresentou o menor IPC-Jus da Justiça Federal (56%), com índice de 80% no 2º grau, de 53% na seção judiciária do
Rio de Janeiro e de 50% na do Espírito Santo.
O TRF da 1ª Região abrange aproximadamente 80% da área do território nacional, 46% dos municípios, 37% da
população e 30% das varas e juizados da Justiça Federal. Essa abrangência causa grandes disparidades entre suas
seções judiciárias: o Maranhão apresenta IPC-Jus de 100% e o Distrito Federal de 38% (Figura 134).

Figura 132: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por tribunal

TRF5 87%

TRF4 71%

TRF3 60%

TRF2 56%

TRF1 62%

TRF 66%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Figura 133: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância e tribunal


2º grau 1º grau
74% TRF5 88%

100% TRF4 67%

65% TRF3 59%

80% TRF2 52%

100% TRF1 59%

83% TRF 63%

15 Vide detalhes da metodologia no segundo capítulo desse relatório.


159
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 134: Resultado do IPC-Jus, por seção judiciária

TRF5 − RN 100%
TRF5 − AL 100%
TRF5 − SE 100%
TRF5 − CE 86%
TRF5 − PB 82%
TRF5 − PE 79%
TRF4 − RS 70%
TRF4 − SC 67%
TRF4 − PR 62%
TRF3 − SP 61%
TRF3 − MS 33%
TRF2 − RJ 53%
TRF2 − ES 50%
TRF1 − MA 100%
TRF1 − PI 82%
TRF1 − PA 76%
TRF1 − AP 68%
TRF1 − TO 67%
TRF1 − AC 65%
TRF1 − BA 64%
TRF1 − GO 59%
TRF1 − RO 56%
TRF1 − MT 53%
TRF1 − RR 51%
TRF1 − MG 47%
TRF1 − AM 46%
TRF1 − DF 38%
TRF − 1º Grau 63%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

A taxa de congestionamento comparada com a produtividade dos magistrados (Figura 135), com a produtividade
dos servidores (Figura 136) e com a despesa total (Figura 137), mostra que a seção judiciária do Rio Grande do Norte
foi a única na fronteira de eficiência em todos os indicadores. O 2º grau dos TRFs da 1ª e da 4ª Região ficaram na
linha de fronteira na comparação da taxa de congestionamento com produtividade dos magistrados. No 1º grau, a
seção judiciária de Sergipe destacou-se quanto à produtividade dos servidores, e as seções judiciárias de Alagoas
e do Maranhão, no quesito despesas totais.
O bom desempenho das seções judiciárias que integram o TRF da 5ª Região - no quadrante de melhor perfor-
mance (2º quadrante para os indicadores de produtividade e 3º para o de despesa) - sobressai nos três gráficos.
Por outro lado, as seções judiciárias da 4ª Região ficaram, predominantemente, no quadrante de pior desempenho
(4º quadrante para os indicadores de produtividade e 1º para o de despesa).

160
Figura 135: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados
5.000

2º Grau
2º Grau

Índice de Produtividade do Magistrado

MA
AL
PI PA
2º Grau
3.000

RN CE PB
TO SP
2º Grau BA
TRF1 SE 2º Grau RS total
RO
● SC GO
TRF2 PE ●
● RR MT
TRF3 AP RJ AM
PR MG
● TRF4 AC ES DF
1.000

TRF5 MS
TRF
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Taxa de congestionamento

Figura 136: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores

SE
400
Índice de Produtividade do Servidor

MA
AL
300

RN PI
2º Grau PB PA SP
200

TRF1 SC 2º Grau
CE RS TO BA
TRF2 GO
PE PR ES
TRF3 AC RJ total
2º Grau MG
RO MT DF
100

TRF4 2º Grau AP MS
AM
TRF5 RR
2º Grau
TRF
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%


Taxa de congestionamento

161
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 137: Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados
8.000
Despesa total (exceto inativos) por baixados

2º Grau
6.000

2º Grau

MS
RR
4.000

RJ ES DF
TRF1 AP AM
TRF2 totalGrau2º

RO MG
AC PR MT Grau
PE
TRF3 RN SE CE SC GO SP
TO
2.000

2º Grau RS
TRF4 PI BA
PB
TRF5 PA
AL
TRF MA
0

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Taxa de congestionamento

9.3.2 Análises de cenário


Nas simulações apresentadas a seguir, são calculados o Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), o Índice
de Produtividade dos Servidores (IPS) e a Taxa de Congestionamento (TC) baseados na hipótese de que todos os
tribunais teriam alcançado 100% de eficiência. Os números nas Figuras 138 e 139 indicam quantos processos cada
magistrado necessitaria baixar para que o tribunal atingisse 100% de eficiência. Analogamente, nas Figuras 140 e
141, é feita a comparação da produtividade do servidor. Por fim, as Figuras 142 e 143 demonstram o impacto que
tais suposições teriam na taxa de congestionamento no ano de 201616.
A seção judiciária do Maranhão (TRF1) destaca-se quanto aos Índices de Produtividade dos Magistrados (IPM),
de Produtividade dos Servidores (IPS) e Taxa de Congestionamento (TC), tendo atingido no ano de 2016 o maior IPM
da Justiça Federal; o segundo maior IPS; e ainda, a menor taxa de congestionamento da 1ª Região. Em contrapartida,
a seção judiciária do Distrito Federal, pertencente ao mesmo Tribunal, poderia ter alcançado o índice de 100% de
eficiência se tivesse tido a quarta maior produtividade por magistrado ou a segunda maior produtividade por servidor
do Tribunal. Em tal cenário, a consequência seria a redução de sua taxa de congestionamento de 85% para 60%.
A seção judiciária do Mato Grosso do Sul (TRF3) possui situação semelhante à do DF, uma vez que reduziria sua
taxa de congestionamento de 85% para 55%, mesmo com índices de produtividade por magistrado e por servidor
em patamares inferiores aos registrados na seção judiciária de São Paulo, que pertence ao mesmo Tribunal.

16 Vide mais explicações na seção Análises de Cenário da Justiça Estadual.


162
Figura 138: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%

TRF5−2º Grau 2.122 2.886


TRF4−2º Grau 4.514 4.514
TRF3−2º Grau 2.950 4.518
TRF2−2º Grau 2.235 2.799
TRF1−2º Grau 4.565 4.565
IPM Estimado
TRF−2º Grau 3.348 4.025 IPM Realizado

0 1.200 2.400 3.600 4.800

Figura 139: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%
TRF5−AL 3.270 3.270

TRF5−RN 2.902 2.902

TRF5−PB 2.563 3.128

TRF5−SE 2.525 2.525

TRF5−CE 2.425 2.820

TRF5−PE 2.100 2.668

TRF4−RS 1.948 2.790

TRF4−SC 1.854 2.753

TRF4−PR 1.622 2.615

TRF3−SP 2.351 3.846

TRF3−MS 775 2.318

TRF2−RJ 1.277 2.412

TRF2−ES 1.276 2.552

TRF1−MA 4.244 4.244

TRF1−PI 2.997 3.664

TRF1−PA 2.932 3.849

TRF1−TO 2.331 3.486

TRF1−BA 2.125 3.316

TRF1−RO 2.035 3.646

TRF1−GO 1.934 3.251

TRF1−AP 1.722 2.535

TRF1−MT 1.721 3.270

TRF1−AM 1.480 3.226

TRF1−AC 1.414 2.164

TRF1−RR 1.384 2.732


IPM Estimado
TRF1−MG 1.377 2.953
IPM Realizado
TRF1−DF 991 2.587

TRF−1º Grau 1.917 3.023

0 1.000 2.000 3.000 4.000


163
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 140: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%
TRF5−2º Grau 73 100
TRF4−2º Grau 206 206
TRF3−2º Grau 115 177
TRF2−2º Grau 84 105 IPS Estimado
TRF1−2º Grau 176 176 IPS Realizado
TRF−2º Grau 131 158

0 60 120 180 240

Figura 141: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus
de 100%

TRF5−SE 412 412

TRF5−AL 291 291

TRF5−RN 219 219

TRF5−PB 194 237

TRF5−CE 186 216

TRF5−PE 152 193

TRF4−SC 182 270

TRF4−RS 181 259

TRF4−PR 152 245

TRF3−SP 194 317

TRF3−MS 100 299

TRF2−ES 131 263

TRF2−RJ 112 212

TRF1−MA 305 305

TRF1−PI 216 265

TRF1−PA 199 261

TRF1−BA 154 240

TRF1−TO 153 229

TRF1−GO 148 248

TRF1−AC 122 187

TRF1−MG 114 245

TRF1−MT 111 211

TRF1−RO 111 199

TRF1−DF 104 270

TRF1−AP 94 139
IPS Estimado
TRF1−AM 94 205
IPS Realizado
TRF1−RR 72 142

TRF−1º Grau 161 254

0 100 200 300 400

164
Figura 142: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus
de 100%
TRF5−2º Grau 51% 64%
TRF4−2º Grau 57% 57%
TRF3−2º Grau 61% 74% TC Estimado
TRF2−2º Grau 51% 61% TC Realizado
TRF1−2º Grau 80% 80%
TRF−2º Grau 66% 72%

0% 18% 36% 54% 72% 90%

Figura 143: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus
de 100%

TRF5−AL 55% 55%


TRF5−SE 54% 54%
TRF5−PB 54% 63%
TRF5−CE 53% 59%
TRF5−PE 52% 62%
TRF5−RN 51% 51%
TRF4−RS 60% 72%
TRF4−SC 59% 72%
TRF4−PR 56% 73%
TRF3−SP 68% 80%
TRF3−MS 55% 85%
TRF2−ES 53% 77%
TRF2−RJ 51% 74%
TRF1−MA 65% 65%
TRF1−PI 63% 70%
TRF1−PA 62% 71%
TRF1−MG 61% 82%
TRF1−DF 60% 85%
TRF1−BA 60% 75%
TRF1−MT 60% 79%
TRF1−GO 60% 76%
TRF1−TO 58% 72%
TRF1−AM 56% 80%
TRF1−RO 56% 75%
TRF1−AC 54% 70%
TC Estimado
TRF1−AP 51% 67%
TC Realizado
TRF1−RR 51% 75%
TRF−1º Grau 61% 75%

0% 20% 40% 60% 80%

165
Relatório Justiça em Números 2017

10 Demandas mais recorrentes


segundo as classes e os assuntos
Neste capítulo, apresentam-se os quantitativos de processos ingressados no ano de 2016 segmentados por
classes e assuntos, segundo as tabelas processuais unificadas, instituídas pela Resolução CNJ n. 46, de 18 de
dezembro de 2007.
Cabe esclarecer que existem diferenças conceituais entre os processos ingressados por classe/assunto e o
total de casos novos informados nas demais seções do presente Relatório. No cômputo do total de casos novos do
Poder Judiciário, algumas classes são excluídas, como é o caso dos precatórios judiciais, requisições de pequeno
valor, embargos de declaração, entre outras. Contudo, como o objetivo aqui é conhecer a demanda para cada uma
dessas classes em separado, todas são consideradas. Com relação aos assuntos, é comum o cadastro de mais de
um assunto em um mesmo processo. Quando isso ocorre, todos são contabilizados. Assim, os números apresen-
tados não refletem a quantidade de processos ingressados no Poder Judiciário, mas tão somente a quantidade de
processos cadastrados em determinada classe e/ou assunto.
As informações dos assuntos e classes mais recorrentes são apresentadas conforme os cinco grupos com maiores
quantitativos de processos de cada segmento de Justiça e por grau de jurisdição: 2º grau, 1º grau exclusivo (somente
justiça comum), turmas recursais e juizados especiais.

10.1 Assuntos mais recorrentes


As tabelas processuais unificadas possuem seis níveis hierárquicos de assuntos. Exemplificando: no grande
grupo que aglomera as matérias de “Direito Tributário” (nível 1), há a segmentação em outros grupos de assuntos,
entre eles o grupo “Crédito Tributário” (nível 2). Esse grupo, por sua vez, é desmembrado em outros grupos, entre
eles o grupo “Extinção do Crédito Tributário” (nível 3), também segmentado, dando origem, por exemplo, ao grupo
“Prescrição” (nível 4). Esse último grupo também é desmembrado em outros grupos de assuntos entre eles o grupo
“Suspensão” (nível 5) que, por fim, é segmentado em diversos assuntos, tais como “Arquivamento Administrativo -
Crédito de Pequeno Valor” (nível 6).
As informações apresentadas a seguir abrangem do primeiro ao terceiro nível hierárquico. Para detalhamento
mais completo de todos os assuntos demandados na justiça, é necessário acessar os painéis eletrônicos do CNJ,
disponíveis em paineis.cnj.jus.br.
As Figuras 144 a 148 indicam que, a Justiça Estadual, com aproximadamente 67% do total de processos ingressa-
dos no Poder Judiciário, reúne grande diversificação de assuntos. O tema Direito Civil aparece entre os cinco assun-
tos com maiores quantitativos de processos em todas as instâncias da Justiça Estadual, destacando-se, também,
o elevado número de processos de Direito Penal no 2º grau, de Direito Tributário na justiça comum e de Direito do
Consumidor nos juizados especiais e turmas recursais.
Na Justiça do Trabalho, com 15% do total de processos ingressados, há uma concentração no assunto “verbas
rescisórias de rescisão do contrato de trabalho” - o maior quantitativo de casos novos do Poder Judiciário.

166
Figura 144: Assuntos mais demandados

1. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Verbas Rescisórias 5.847.967 (11,51%)


Trabalho

2. DIREITO DO TRABALHO−Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 833.466 (1,64%)


3. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário / Diferença Salarial 636.148 (1,25%)
4. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Seguro Desemprego 538.757 (1,06%)
5. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Adicional 375.092 (0,74%)
1. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 65.177 (0,13%)
Superiores

2. DIREITO DO TRABALHO−Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 18.325 (0,04%)


3. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Verbas Rescisórias 17.629 (0,03%)
4. DIREITO PENAL−Crimes Previstos na Legislação Extravagante/Crimes de Tráfico Ilícito e Uso Indevido de Drogas 16.641 (0,03%)
5. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário / Diferença Salarial 13.138 (0,03%)
1. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Serviço Militar e o Dever Militar/Deserção 660 (0,00%)
Militar União

2. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra Incolumidade Pública/Contra a Saúde 467 (0,00%)


3. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Patrimônio/Furto 211 (0,00%)
4. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Patrimônio/Estelionato e outras fraudes 117 (0,00%)
5. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Administração Militar/Desacato e da Desobediência 117 (0,00%)
Militar Estadual

1. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa/Lesão Corporal e Rixa 1.158 (0,00%)


2. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Processo Administrativo Disciplinar / Sindicância 868 (0,00%)
3. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Atos Processuais 666 (0,00%)
4. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar 457 (0,00%)
5. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Regime 454 (0,00%)
1. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário 612.613 (1,21%)
2. DIREITO TRIBUTÁRIO−Dívida Ativa 489.280 (0,96%)
Federal

3. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 395.635 (0,78%)


4. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−/FGTS/Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 261.726 (0,51%)
5. DIREITO TRIBUTÁRIO−Contribuições/Contribuições Sociais 251.402 (0,49%)
1. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 1.944.996 (3,83%)
2. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral 1.760.905 (3,46%)
Estadual

3. DIREITO TRIBUTÁRIO−Dívida Ativa 1.151.179 (2,27%)


4. DIREITO CIVIL−Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral 1.001.889 (1,97%)
5. DIREITO CIVIL−Família/Alimentos 853.049 (1,68%)
1. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Candidatos 1.449.299 (2,85%)
2. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Cargos 993.706 (1,96%)
Eleitoral

3. DIREITO ELEITORAL−Eleições 608.892 (1,20%)


4. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Prestação de Contas 536.625 (1,06%)
5. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Recursos Financeiros de Campanha Eleitoral 403.350 (0,79%)

167
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 145: Assuntos mais demandados no 2º grau

1. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Verbas Rescisórias 717.983 (7,57%)


Trabalho

2. DIREITO DO TRABALHO−Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 155.869 (1,64%)


3. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário / Diferença Salarial 142.299 (1,50%)
4. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Seguro Desemprego 72.919 (0,77%)
5. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Adicional 72.794 (0,77%)

1. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Processo Administrativo Disciplinar / Sindicância 345 (0,00%)
Militar Estadual

2. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa/Homicídio 301 (0,00%)


3. DIREITO PENAL MILITAR−Parte Geral /Penas Acessórias 218 (0,00%)
4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Jurisdição e Competência/Competência 199 (0,00%)
5. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa 171 (0,00%)

1. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário 129.913 (1,37%)


2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Pedidos Genéricos Relativos aos Benefícios em Espécie/Concessão 70.128 (0,74%)
Federal

3. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 69.909 (0,74%)


4. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Tempo de Contribuição (Art. 55/6) 62.819 (0,66%)
5. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Idade (Art. 48/51) 56.317 (0,59%)

1. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 562.660 (5,94%)


Estadual

2. DIREITO PENAL−Crimes Previstos na Legislação Extravagante/Crimes de Tráfico Ilícito e Uso Indevido de Drogas 256.239 (2,70%)
3. DIREITO DO CONSUMIDOR−Contratos de Consumo/Bancários 254.530 (2,69%)
4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Processo e Procedimento/Antecipação de Tutela / Tutela Específica 191.130 (2,02%)
5. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Servidor Público Civil/Sistema Remuneratório e Benef. 155.660 (1,64%)

1. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Candidatos 52.757 (0,56%)


2. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Cargos 25.083 (0,26%)
Eleitoral

3. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Propaganda Política − Propaganda Eleitoral 18.495 (0,20%)


4. DIREITO ELEITORAL−Eleições 7.583 (0,08%)
5. DIREITO ELEITORAL−Partidos Políticos/Órgão de Direção Partidária 6.540 (0,07%)

168
Figura 146: Assuntos mais demandados no 1º grau (varas)

1. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Verbas Rescisórias 5.129.984 (16,29%)


Trabalho

2. DIREITO DO TRABALHO−Responsabilidade Civil do Empregador/Indenizaçao por Dano Moral 677.597 (2,15%)


3. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário / Diferença Salarial 493.849 (1,57%)
4. DIREITO DO TRABALHO−Rescisão do Contrato de Trabalho/Seguro Desemprego 465.838 (1,48%)
5. DIREITO DO TRABALHO−Remuneração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Adicional 302.298 (0,96%)
1. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Serviço Militar e o Dever Militar/Deserção 457 (0,00%)
Militar União

2. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra Incolumidade Pública/Contra a Saúde 278 (0,00%)


3. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra o Patrimônio/Furto 95 (0,00%)
4. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Administração Militar/Falsidade 57 (0,00%)
5. DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa/Lesão Corporal e Rixa 53 (0,00%)
1. MILITAR DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa/Lesão Corporal e Rixa 1.075 (0,00%)
Militar Estad.

2. MILITAR DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Atos Processuais 666 (0,00%)


3. MILITAR DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−Militar/Processo Admin. Disciplinar / Sindicância 523 (0,00%)
4. MILITAR DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Administração Militar/Crimes contra o dever funcional 392 (0,00%)
5. MILITAR DIREITO PENAL MILITAR−Crimes contra a Pessoa/Crimes contra a Liberdade 341 (0,00%)

1. DIREITO TRIBUTÁRIO−Dívida Ativa 446.695 (1,42%)


2. DIREITO TRIBUTÁRIO−Contribuições/Contribuições Sociais 214.272 (0,68%)
Federal

3. DIREITO TRIBUTÁRIO−Contribuições/Contribuições Corporativas 124.961 (0,40%)


4. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Objetos de cartas precatórias/de ordem 88.554 (0,28%)
5. DIREITO TRIBUTÁRIO−Impostos/IRPJ/Imposto de Renda de Pessoa Jurídica 87.398 (0,28%)

1. DIREITO TRIBUTÁRIO−Dívida Ativa 1.103.625 (3,50%)


Estadual

2. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 1.000.549 (3,18%)


3. DIREITO CIVIL−Família/Alimentos 768.224 (2,44%)
4. DIREITO TRIBUTÁRIO−Impostos/IPTU/ Imposto Predial e Territorial Urbano 451.617 (1,43%)
5. DIREITO CIVIL−Família/Casamento 419.068 (1,33%)

1. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Candidatos 1.396.542 (4,44%)


2. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Cargos 968.623 (3,08%)
Eleitoral

3. DIREITO ELEITORAL−Eleições 601.309 (1,91%)


4. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Prestação de Contas 535.040 (1,70%)
5. DIREITO ELEITORAL−Eleições/Recursos Financeiros de Campanha Eleitoral 398.201 (1,26%)

Figura 147: Assuntos mais demandados nas turmas recursais


1. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário 77.270 (6,38%)
2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 57.421 (4,74%)
Federal

3. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Idade (Art. 48/51) 34.413 (2,84%)


4. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Benefício Assistencial (Art. 203,V CF/88) 30.839 (2,55%)
5. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Tempo de Contribuição (Art. 55/6) 22.133 (1,83%)
1. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral 144.754 (11,95%)
2. DIREITO CIVIL−Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral 58.421 (4,82%)
Estadual

3. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 43.037 (3,55%)


4. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Material 40.159 (3,32%)
5. DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO TRABALHO−Liquidação / Cumprimento / Execução/Obrigação de Fazer / Não Fazer 32.474 (2,68%)

169
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 148: Assuntos mais demandados nos juizados especiais


1. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Auxílio−Doença Previdenciário 394.972 (4,85%)
2. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Invalidez 259.449 (3,18%)
Federal

3. DIREITO ADMIN. E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO−/Fundo de Garantia por Tempo de Serviço 223.844 (2,75%)
4. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Benefício Assistencial (Art. 203,V CF/88) 119.593 (1,47%)
5. DIREITO PREVIDENCIÁRIO−Benefícios em Espécie/Aposentadoria por Idade (Art. 48/51) 117.233 (1,44%)
1. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Moral 1.234.983 (15,15%)
2. DIREITO CIVIL−Responsabilidade Civil/Indenização por Dano Moral
Estadual

554.922 (6,81%)
3. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Títulos de Crédito 345.149 (4,23%)
4. DIREITO CIVIL−Obrigações/Espécies de Contratos 338.750 (4,16%)
5. DIREITO DO CONSUMIDOR−Responsabilidade do Fornecedor/Indenização por Dano Material 268.834 (3,30%)

Os diagramas de redes apresentados nas Figuras 149 a 154 permitem a identificação dos assuntos mais recor-
rentes por tribunal. Os dados são mais facilmente visualizados via web, no link e QR-Code dispostos em cada página.
Na navegação livre é possível mover os objetos de forma iterativa.
No diagrama da Justiça Estadual (Figura 149) é possível observar, por exemplo, que os principais assuntos
cadastrados no TJ-BA, TJ-MA e TJ-PE diferem dos casos mais recorrentes nos outros tribunais, uma vez que eles
se situam nos extremos da figura. Na maioria dos casos os assuntos referem-se ao direito cível e de família, sendo
que “Obrigações/Espécies de Contratos” é um nó central dentro do mapa, o que significa que, em quase todos os
tribunais é uma causa frequentemente acionada na Justiça. Chama a atenção a incidência de uma questão criminal,
sobre “Violência Doméstica Contra a Mulher”, entre os casos mais recorrentes do TJ-AC e do TJ-TO.
Na Justiça Federal o nó central está nos assuntos de “Benefícios em Espécie / Aposentadoria por Invalidez” e
“Benefícios em Espécie / Auxílio-Doença Previdenciário”, ambos recorrentes nos cinco TRFs.
A Justiça do Trabalho tem padrão mais homogêneo, com muitos tribunais vinculados aos mesmos assuntos. Os
principais são: “Rescisão do Contrato/Seguro Desemprego”, “Rescisão do Contrato/Verbas Rescisórias”, “Remu-
neração, Verbas Indenizatórias e Benefícios/Salário/Diferença Salarial” e “Responsabilidade Civil do Empregador/
Indenização por Dano Moral”.
Na Justiça Eleitoral, a maioria dos casos vincula-se à realização de Eleições com questões principais suscitadas
sobre os candidatos, prestação de contas e os cargos.
Na Justiça Militar dos Estados os assuntos mais frequentes são distintos em cada um dos três tribunais, com
poucas ligações entre eles.

170
Figura
g 149: Assuntos mais demandados p
por tribunal da Justiça
ç Estadual

http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/je.html

171
172
Figura 150: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Federal

http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/jf.html
Relatório Justiça em Números 2017
Figura 151: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça do Trabalho

http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/jt.html

173
174
Figura 152: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Eleitoral

http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/jl.html
Relatório Justiça em Números 2017
Figura 153: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Militar Estadual

http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/jm.html

175
176
Figura 154: Assuntos mais demandados por tribunal superior

http://rsa.cnj.jus.br/assuntos/sup.html
Relatório Justiça em Números 2017
10.2 Classes mais recorrentes
As tabelas processuais unificadas possuem seis níveis hierárquicos de classes. No grande grupo que aglomera
os “processos cíveis e do trabalho”17 (nível 1), há a segmentação entre, por exemplo, “processos de conhecimento”,
“processos de execução”, “recursos”, entre outros (nível 2). No próximo nível, no grupo de classes “processos de
conhecimento”, é possível saber o tipo de procedimento, se é de conhecimento, de cumprimento de sentença, de
liquidação etc. (nível 3). Após, os procedimentos de conhecimento são segregados pelo tipo, como procedimento
do juizado especial cível ou ordinário ou sumário ou especial (nível 4). No próximo nível, são classificados os pro-
cedimentos especiais, como de jurisdição contenciosa ou voluntária ou regidos por outros códigos, leis esparsas e
regimentos (nível 5). Chegando ao sexto e último nível, é possível saber se o processo é uma reclamação, uma ação
civil pública, um habeas corpus, um mandado de injunção, etc.
As informações apresentadas a seguir abrangem do primeiro ao terceiro nível hierárquico. Para um detalhamento
mais completo de todos as classes demandadas na justiça, é possível acessar os painéis eletrônicos do CNJ, dis-
poníveis em paineis.cnj.jus.br.
Observa-se que, diferentemente do observado na consideração dos assuntos, a Justiça Estadual apresenta a
classe com o maior quantitativo de processos. A classe procedimentos de conhecimento da matéria processo cível
e do trabalho obteve o maior quantitativo de processos nas Justiças Federal e do Trabalho (Figuras 155 a 159).

17 Apesar da nomenclatura, tal grupo de classes abrange apenas processos de natureza cível nos casos das Justiças Estadual, Federal, Eleitoral e Militar.
177
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 155: Classes mais demandadas

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 2.738.482 (7,62%)


Trabalho

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recursos Trabalhistas 846.767 (2,36%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Embargos 75.945 (0,21%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 59.331 (0,17%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Embargos 18.608 (0,05%)
1. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA−Agravo em Recurso Especial 196.770 (0,55%)
Superiores

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recursos Trabalhistas 180.818 (0,50%)


3. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA−Recurso Especial 67.196 (0,19%)
4. SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA−Habeas Corpus 37.833 (0,11%)
5. PROCESSO ELEITORAL−Recursos Eleitorais/Recurso Especial Eleitoral 21.464 (0,06%)
1. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Procedimentos Investigatórios 2.504 (0,01%)
Militar União

2. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Ação Penal Militar − Procedimento Ordinário 813 (0,00%)


3. PROCESSO CRIMINAL−Procedimentos Investigatórios/Auto de Prisão em Flagrante 528 (0,00%)
4. PROCESSO CRIMINAL−Execução Criminal/Execução da Pena 461 (0,00%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Recursos/Apelação 435 (0,00%)
1. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Procedimentos Investigatórios 9.449 (0,03%)
Militar Estad.

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 1.374 (0,00%)


3. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Ação Penal Militar − Procedimento Ordinário 568 (0,00%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento 515 (0,00%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Recursos 436 (0,00%)
1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 1.691.040 (4,70%)
2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução Fiscal 576.862 (1,60%)
Federal

3. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Requisição de Pequeno Valor 476.462 (1,33%)


4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recurso Inominado 369.412 (1,03%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação 242.659 (0,67%)
1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 8.962.607 (24,93%)
Estadual

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução Fiscal 2.316.270 (6,44%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Agravos 2.155.297 (5,99%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação 2.066.723 (5,75%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 1.036.193 (2,88%)
1. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Prestação de Contas 603.774 (1,68%)
Eleitoral

2. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Registro de Candidatura 521.739 (1,45%)


3. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição 81.447 (0,23%)
4. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Representação 52.464 (0,15%)
5. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Processo Administrativo 40.791 (0,11%)

178
Figura 156: Classes mais demandadas no 2º grau

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recursos Trabalhistas 846.760 (10,36%)


Trabalho

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Embargos 22.088 (0,27%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 19.855 (0,24%)
4. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Processo Administrativo 16.424 (0,20%)
5. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Precatório 5.740 (0,07%)

1. PROCESSO CRIMINAL−Recursos 436 (0,01%)


Militar Estad.

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação 366 (0,00%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos 326 (0,00%)
4. PROCESSO CRIMINAL−Recursos/Apelação 304 (0,00%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Medidas Garantidoras/Habeas Corpus 152 (0,00%)

1. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Requisição de Pequeno Valor 476.462 (5,83%)


Federal

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação 242.659 (2,97%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Agravos 103.755 (1,27%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação / Remessa Necesária 71.688 (0,88%)
5. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Precatório 40.489 (0,50%)

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Agravos 2.142.518 (26,21%)


Estadual

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação 2.066.715 (25,28%)


3. PROCESSO CRIMINAL−Medidas Garantidoras/Habeas Corpus 564.617 (6,91%)
4. PROCESSO CRIMINAL−Recursos/Apelação 363.837 (4,45%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Apelação / Remessa Necesária 183.342 (2,24%)
1. PROCESSO ELEITORAL−Recursos Eleitorais/Recurso Eleitoral 35.921 (0,44%)
Eleitoral

2. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Processo Administrativo 11.667 (0,14%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 2.836 (0,03%)
4. PROCESSO ELEITORAL−Recursos Eleitorais 2.603 (0,03%)
5. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Prestação de Contas 2.192 (0,03%)

179
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 157: Classes mais demandadas no 1º grau (varas)

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 2.718.627 (14,01%)


Trabalho

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 59.330 (0,31%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Embargos 53.857 (0,28%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Embargos 18.608 (0,10%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Processo de Execução Trabalhista 15.977 (0,08%)
1. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Procedimentos Investigatórios 2.476 (0,01%)
Militar Estad. Militar União

2. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Ação Penal Militar − Procedimento Ordinário 813 (0,00%)


3. PROCESSO CRIMINAL−Procedimentos Investigatórios/Auto de Prisão em Flagrante 528 (0,00%)
4. PROCESSO CRIMINAL−Execução Criminal/Execução da Pena 461 (0,00%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Cartas/Carta Precatória Criminal 386 (0,00%)
1. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Procedimentos Investigatórios 9.449 (0,05%)
2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 1.248 (0,01%)
3. PROCESSO MILITAR−PROCESSO CRIMINAL/Ação Penal Militar − Procedimento Ordinário 568 (0,00%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento 488 (0,00%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Execução Criminal 353 (0,00%)

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução Fiscal 576.862 (2,97%)


2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 289.147 (1,49%)
Federal

3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 109.669 (0,57%)


4. PROCESSO CRIMINAL−Procedimentos Investigatórios/Inquérito Policial 56.892 (0,29%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução de Título Extrajudicial 49.148 (0,25%)

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 4.695.216 (24,20%)


Estadual

2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução Fiscal 2.316.266 (11,94%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 898.887 (4,63%)
4. PROCESSO CRIMINAL−Cartas/Carta Precatória Criminal 848.641 (4,37%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Procedimentos Investigatórios/Inquérito Policial 558.793 (2,88%)
1. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Prestação de Contas 601.582 (3,10%)
2. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Registro de Candidatura
Eleitoral

520.824 (2,68%)
3. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição 81.233 (0,42%)
4. PROCESSO ELEITORAL−Procedimentos Relativos a Realização de Eleição/Representação 51.285 (0,26%)
5. PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS−Processo Administrativo 29.124 (0,15%)

Figura 158: Classes mais demandadas nas turmas recursais

1. FEDERAL:PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recurso Inominado 369.412 (42,91%)


2. FEDERAL:PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recurso de Medida Cautelar 6.984 (0,81%)
Federal

3. FEDERAL:PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 5.008 (0,58%)


4. FEDERAL:PROCESSO CRIMINAL−Recursos/Recurso de Medida Cautelar 2.120 (0,25%)
5. FEDERAL:PROCESSO CRIMINAL−Recursos 866 (0,10%)
1. ESTADUAL:PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Recurso Inominado 380.614 (44,21%)
Estadual

2. ESTADUAL:PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 26.775 (3,11%)


3. ESTADUAL:PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Embargos 22.126 (2,57%)
4. ESTADUAL:PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Recursos/Agravos 12.768 (1,48%)
5. ESTADUAL:PROCESSO CRIMINAL−Recursos/Apelação 10.760 (1,25%)

180
Figura 159: Classes mais demandadas nos juizados especiais

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 1.393.115 (20,01%)


2. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução de Título Judicial 32.219 (0,46%)
Federal

3. PROCEDIMENTOS PRÉ−PROCESSUAIS DE RESOLUÇÃO CONSENSUAL DE CONFLITOS−Reclamação Pré−processual 4.871 (0,07%)


4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 4.849 (0,07%)
5. PROCESSO CRIMINAL−Petição 2.809 (0,04%)

1. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Conhecimento 4.124.934 (59,26%)


Estadual

2. PROCESSO CRIMINAL−Procedimentos Investigatórios/Termo Circunstanciado 470.488 (6,76%)


3. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Execução/Execução de Título Extrajudicial 351.578 (5,05%)
4. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Outros Procedimentos/Cartas 136.511 (1,96%)
5. PROCESSO CÍVEL E DO TRABALHO−Processo de Conhecimento/Procedimento de Cumprimento de Sentença/Decisão 117.693 (1,69%)

181
Relatório Justiça em Números 2017

11 Considerações finais
As despesas totais do Poder Judiciário no ano de 2016 foram de R$ 84,8 bilhões, o que corresponde a 1,4% do Produto
Interno Bruto (PIB) nacional, representando um crescimento de 0,4% com relação ao último ano. Esse foi o ano de menor
crescimento dos gastos considerando a série histórica abrangida no relatório (2009 a 2016). A média de crescimento
nesse período foi de 3,9% ao ano18.
Esses gastos são necessários para manter o funcionamento da Justiça, movida pelo trabalho de 442.365 funcionários,
sendo 18.011 magistrados, 279.013 servidores e 145.321 trabalhadores auxiliares (terceirizados, estagiários, juízes leigos
e conciliadores). Pela primeira vez, na série histórica, houve enxugamento no quantitativo da força auxiliar.
Esses magistrados e servidores atuam em noventa tribunais, disseminados em 16.053 unidades judiciárias de primeiro
grau instaladas em todo o território nacional. Dos 5.570 municípios brasileiros, 2.740 (49,2%) são sedes de Comarcas
da Justiça Estadual. A Justiça do Trabalho, por sua vez, está presente em 624 municípios, e a Justiça Federal, em 276.
As 16.053 unidades judiciárias dividem-se em: 10.433 varas e juizados especiais estaduais, 3.040 zonas eleitorais, 1.572
varas do trabalho e 976 varas e juizados especiais federais.
O número de processos em tramitação não parou de crescer, e, novamente, houve aumento no estoque de processos
que aguardam por alguma solução definitiva. Ao final do ano de 2009 tramitavam no judiciário 60,7 milhões de proces-
sos. Em sete anos o quantitativo cresceu para quase 80 milhões de casos pendentes, variação acumulada no período
de 31,2%, ou crescimento médio de 4,5% a cada ano. A demanda pelos serviços de justiça também cresceu esse ano,
numa proporção de 5,6%, não se verificando a tendência de redução esperada pela retração de 4,2% observada em 2015,
comparativamente a 2014. Em 2016, ingressaram na justiça 29,4 milhões de processos - o que representa uma média de
14,3 processos a cada 100 habitantes.
A taxa de congestionamento permanece em altos patamares e quase sem variação em relação ao ano de 2015, tendo
atingido o percentual de 73,0% em 2016. Isso significa que apenas 27% de todos os processos que tramitaram foram
solucionados. Mesmo se fossem desconsiderados os casos que estão suspensos, sobrestados ou em arquivo provisório
aguardando alguma situação jurídica futura, a taxa de congestionamento líquida é de 69,3% (3,7 pontos percentuais a
menos que a taxa bruta).
Isso não significa que os juízes brasileiros produzem pouco. Pelo contrário, o Índice de Produtividade dos Magistrados
(IPM) foi de 1.749 processos. Considerando apenas os dias úteis do ano de 2016, excetuadas as férias, tal valor implica
a solução de mais de sete processos ao dia. O Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária cresceu 2%, o
que significa uma média de dois casos a mais baixados por servidor em relação à 2015.
A alta taxa de produtividade da justiça brasileira fica evidenciada também a partir do índice de atendimento à demanda,
que foi de 100,3% em 2016 - ou seja, o Judiciário concluiu quantidade de processos ligeiramente superior à quantidade
de casos novos ingressados.
O primeiro grau de jurisdição concentra 94,2% dos casos pendentes, 85,5% dos casos novos, 83,6% dos servidores
e 86,1% dos magistrados. A Resolução CNJ n. 219/2016º determinou que os tribunais devem, até o dia 1º de julho de
2017, revisar o número de servidores lotados no primeiro grau de jurisdição de forma a guardar proporção com o número
de processos ingressados. Pretende-se, com tal determinação, que a produtividade das instâncias possa se tornar mais
equivalente, pois, em 2016, a diferença na taxa de congestionamento entre elas chegou a 24 pontos percentuais (78,8%
no 1º grau e 54,7% no 2º grau).
Observou-se em 2016 que, apesar de o novo código de processo civil tornar obrigatória a realização de uma audiência
prévia de conciliação e mediação, a resolução de casos por meio de conciliação ainda apresenta desempenho tímido, sendo
que das 30,7 milhões de sentenças e decisões terminativas, apenas 11,9% foram homologatórias de acordo - crescimento
de menos de 1 ponto percentual em relação ao ano de 2015. Os índices de conciliação aumentam um pouco quando se
18 Restrito ao período de 2011-2016, pois até 2010 a Justiça Eleitoral, a Justiça Militar Estadual, o STJ, o TSE e o STM ainda não integravam o Relatório Justiça
em Números. Os valores estão corrigidos monetariamente.
182
observa apenas a fase de conhecimento do primeiro grau de jurisdição: 17,4% no juízo comum e 16,0% nos juizados espe-
ciais. A Justiça do Trabalho é a que mais conciliou, com índice de 39,7%.
A política do CNJ de incentivo à virtualização dos processos judiciais, por sua vez, tem obtido resultados constantes.
O percentual de processos autuados eletronicamente passou de 56,4% em 2015 para 70,1% em 2016, ou seja, apenas
29,9% dos casos novos ingressaram em forma de papel. O percentual de processos eletrônicos no 1º grau (73,3%) é maior
que no 2º grau (48,3%), mas ambos estão crescendo.
A análise do tempo médio de tramitação aponta onde está a morosidade da Justiça: na fase de execução. O tempo
médio das sentenças de 1º grau proferidas em 2016, na fase de execução, foi de quatro anos e seis meses. Já as senten-
ças na fase de conhecimento levaram uma média de um ano e quatro meses da autuação ao julgamento de mérito, o que
representa mais de três anos de diferença entre as fases.
O 2º grau também é mais célere que o 1º grau. No 2º grau o tempo médio da decisão terminativa foi de nove meses,
e no 1º grau, de dois anos e sete meses. Tais diferenças foram observadas em quase todos os segmentos de Justiça. Na
Justiça Estadual, o 1º grau apresentou média de três anos e dois meses e o 2º grau, sete meses. Na Justiça Federal o 1º
grau teve média de quatro anos e dois meses e 2º grau, um ano e dez meses. Na Justiça do Trabalho o 1º grau teve média
de um ano e o 2º grau, quatro meses. Na Justiça Militar Estadual o tempo médio no 1º grau foi de um ano e no 2º grau,
três meses. Já na Justiça Eleitoral a diferença foi menor: três meses no 1º grau e dois meses no 2º grau.
Nos tribunais superiores o tempo médio até a sentença foi de 11 meses no STJ, um ano e dois meses no TST e oito
meses no TSE. Há de se considerar que o volume de processos novos originários nos tribunais superiores e no 2º grau é
relativamente baixo (16% no STJ; 0,4% no TST; 2% no TSE; 5% nos TRFs; 3% nos TRTs e 20% nos TJs).
Os processos criminais representam 10,1% das ações do Poder Judiciário e 13,9% das ações da Justiça Estadual. Estão
pendentes 6,5 milhões de processos, tendo havido um aumento de 3,3% com relação ao ano de 2015. As execuções penais
iniciadas têm aumentado gradativamente, e totalizaram 444 mil processos em 2016, sendo que mais da metade delas
foram privativas de liberdade (272 mil, 61,3%).
A duração de um processo criminal em conhecimento é apenas um pouco maior do que a duração na fase de execução.
Considerando todos os segmentos de Justiça com competência criminal, o tempo médio de duração na fase de conhe-
cimento é de três anos e um mês. Já as execuções penais privativas de liberdade duram uma média de três anos e nove
meses, e as não privativas, dois anos e quatro meses. Cabe lembrar que, enquanto o processo tramita em conhecimento
ou em grau de recurso, o réu pode permanecer preso provisoriamente, cumprindo assim, previamente, parte de sua pena
antes da condenação, que, posteriormente, acaba por ser deduzida do tempo da execução penal propriamente dito. Isso
pode explicar porque o tempo da execução penal é próximo ao tempo da fase de análise do mérito.
Na média geral, o processo criminal é mais célere do que o não criminal quando tramita em 2º grau, mas é mais moroso
quando tramita em 1º grau.
Outro aspecto característico da esfera criminal diz respeito ao percentual de processos originários. No 2º grau, 35,1%
dos casos novos criminais são originários. Nos casos não criminais, tal percentual é reduzido para 9,8%. No STJ, os casos
originários representam 49,0% dos casos novos criminais e apenas 5,9% dos não criminais.
Por fim, os dados globais de litigiosidade, despesa e recursos humanos foram consolidados em um único indicador com
o intuito de permitir comparações entre os tribunais, verificando o que foi produzido no ano em relação aos insumos que
possuem, considerando o mesmo ramo de Justiça. Os tribunais avaliados como eficientes nesse índice de produtividade
comparada, denominado IPC-Jus, apresentam percentual de 100%. Destacaram-se em 2016, entre os mais eficientes, os
Tribunais de Justiça do Rio Grande do Sul, do Rio de Janeiro, de Roraima e do Amapá, os Tribunais Regionais do Trabalho
da 15ª, 3ª, 11ª e 8ª Regiões e Seções Judiciárias do Rio Grande do Norte, de Alagoas, de Sergipe e do Maranhão.
O conjunto de indicadores apresentados na edição de 2017 do Relatório Justiça em Números sumariza a realidade
da justiça brasileira, propiciando a identificação de avanços, como o incremento da informatização, e dos gargalos ainda
existentes na busca por maior eficiência e qualidade na prestação jurisdicional, como a demora na fase de execução, os
baixos índices de conciliação e o constante congestionamento processual.

183
Relatório Justiça em Números 2017

12 Referências
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BRASIL. Lei nº 9,099, de 26 de setembro de 1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras
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do Sistema de Estatística do Poder Judiciário, estabelece seus indicadores, fixa prazos, determina penalidades e
dá outras providências. Disponível em: http://www.cnj.jus.br///images/atos_normativos/resolucao/resolu-
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tica Judiciária Nacio¬nal de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e
dá outras providências. Disponível em: http://www.cnj.jus.br///images/atos_normativos/resolucao/resolu-
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Atenção Priori¬tária ao Primeiro Grau de Jurisdição e dá outras providências. Disponível em: http://www.cnj.jus.
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BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ nº 195, de 3 de junho de 2014. Dispõe sobre a distribuição de
orçamento nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo graus e dá outras providências.Disponível em: http://
www.cnj.jus.br///images/atos_normativos/resolucao/resolucao_195_03062014_04062014170258.pdf.

184
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução CNJ nº 219, de 26 de abril de 2016. Dispõe sobre a distribuição de
servidores, de cargos em comissão e de funções de confiança nos órgãos do Poder Judiciário de primeiro e segundo
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185
Relatório Justiça em Números 2017

13 Anexos
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Classificação dos tribunais da Justiça Estadual segundo o porte, ano base 2016 32
Tabela 2 - Classificação dos tribunais da Justiça do Trabalho segundo o porte, ano base 2016 33
Tabela 3 - Classificação dos tribunais da Justiça Eleitoral segundo o porte, ano base 2016 34

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Tipologia dos dados de litigiosidade, conforme os anexos da Resolução CNJ n. 76/2009 12
Figura 2: Fluxo do Relatório Justiça em Números 13
Figura 3: Exemplo de uso do Diagrama de Venn 15
Figura 4: Exemplo da representação de um gráfico de quadrantes e de fronteira 21
Figura 5: Unidades judiciárias de 1º grau, por ramo de Justiça 28
Figura 6: Diagrama do número de unidades judiciárias de 1º grau, por ramo de Justiça 28
Figura 7: Unidades judiciárias de 1º grau da Justiça Estadual, por competência 29
Figura 8: Habitantes por unidade judiciária 29
Figura 9: Habitantes por vara e juizado especial estadual 30
Figura 10: Habitantes por zona eleitoral 30
Figura 11: Habitantes por vara do trabalho 30
Figura 12: Habitantes por vara e juizado especial federal 30
Figura 13: Distribuição territorial dos Tribunais de Justiça segundo o porte 31
Figura 14: Distribuição territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho segundo o porte 32
Figura 15: Distribuição territorial dos Tribunais Regionais Eleitorais segundo o porte 32
Figura 16: Série histórica das despesas por habitante 51
Figura 17: Séries históricas das despesas por habitante, por ramo de Justiça 52
Figura 18: Despesa total por ramo de Justiça 53
Figura 19: Série histórica das despesas com informática e com capital 53
Figura 20: Série histórica das arrecadações 54
Figura 21: Arrecadações por ramo de Justiça 54
Figura 22: Percentual de receitas em relação às despesas, por ramo de Justiça 54
Figura 23: Série histórica das despesas 55
Figura 24: As despesas com recursos humanos 55
Figura 25: Série histórica das despesas com recursos humanos, por ramo de Justiça 56
Figura 26: Percentual gasto das despesas com cargos e funções comissionadas em relação à despesa total com pessoal,
por tribunal 57
Figura 27: Despesa média mensal com magistrado e servidor, por tribunal 58
Figura 28: Diagrama da força de trabalho 59
Figura 29: Total de magistrados por ramo de Justiça 59
Figura 30: Magistrados por 100.000 habitantes, por ramo de Justiça 60
Figura 31: Série histórica dos cargos de magistrados 60
Figura 32: Percentual de cargos vagos de magistrado, por ramo de Justiça 61
Figura 33: Jurisdição dos magistrados 61
Figura 34: Total de servidores por ramo de Justiça 62
Figura 35: Percentual de servidores lotados na área administrativa, por ramo de Justiça 62
Figura 36: Lotação dos servidores 62
Figura 37: Série histórica dos cargos de servidores efetivos 62

186
Figura 38: Percentual de cargos vagos de servidores, por ramo de Justiça 63
Figura 39: Força de trabalho auxiliar 63
Figura 40: Série histórica da movimentação processual 66
Figura 41: Série histórica das sentenças e decisões 66
Figura 42: Séries históricas da movimentação processual, por ramo de Justiça 67
Figura 43: Séries históricas das sentenças e decisões, por ramo de Justiça 68
Figura 44: Casos novos, por ramo de Justiça 69
Figura 45: Casos pendentes, por ramo de Justiça 69
Figura 46: Casos novos por 100.000 habitantes, por ramo de Justiça 69
Figura 47: Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados 70
Figura 48: Séries históricas do índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados, por ramo de Justiça 71
Figura 49: Índice de produtividade e da carga de trabalho dos magistrados, por tribunal 72
Figura 50: Série histórica do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária no Poder Judiciário 73
Figura 51: Séries históricas do índice de produtividade e da carga de trabalho dos servidores da área judiciária, por ramo de Justiça 74
Figura 52: Índice de produtividade e carga de trabalho dos servidores da área judiciária, por tribunal 75
Figura 53: Série histórica da taxa de congestionamento, do índice de atendimento à demanda e do percentual de
processos eletrônicos 77
Figura 54: Séries históricas da taxa de congestionamento, do índice de atendimento à demanda e do percentual de processos
eletrônicos, por ramo de Justiça 78
Figura 55: Taxa de congestionamento total e líquida, por tribunal 79
Figura 56: Índice de Atendimento à Demanda, por tribunal 80
Figura 57: Percentual de casos novos eletrônicos, por tribunal 81
Figura 58: Diagrama da recorribilidade e demanda processual 83
Figura 59: Série histórica dos índices de recorribilidade interna e externa 84
Figura 60: Séries históricas dos índices de recorribilidade interna e externa, por ramo de Justiça 85
Figura 61: Índices de recorribilidade interna e externa, por tribunal 86
Figura 62: Proporção de casos novos, servidores da área judiciária, cargos em comissão e funções comissionadas no
primeiro grau de jurisdição, por ramo de Justiça 88
Figura 63: Casos novos por magistrado, de acordo com tribunal 89
Figura 64: Série histórica de casos novos por magistrado 90
Figura 65: Série histórica de casos novos por servidor da área judiciária 90
Figura 66: Casos novos por servidor da área judiciária, por tribunal 91
Figura 67: Carga de trabalho do magistrado, por tribunal 92
Figura 68: Série histórica da carga de trabalho do magistrado 93
Figura 69: Série histórica da carga de trabalho do servidor da área judiciária 93
Figura 70: Carga de trabalho do servidor da área judiciária, por tribunal 94
Figura 71: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM), por tribunal 95
Figura 72: Série histórica do Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) 96
Figura 73: Série histórica do Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS-Jud) 96
Figura 74: Índice de Produtividade dos Servidores da Área Judiciária (IPS-Jud), por tribunal 97
Figura 75: Série histórica do índice de casos novos eletrônicos 98
Figura 76: Índice de casos novos eletrônicos, por tribunal 99
Figura 77: Índice de Atendimento à Demanda (IAD), por tribunal 100
Figura 78: Série histórica do índice de atendimento à demanda 101
Figura 79: Série histórica da taxa de congestionamento 101
Figura 80: Taxa de congestionamento, por tribunal 102
Figura 81: Recorribilidade interna, por tribunal 104
Figura 82: Série histórica da recorribilidade interna 105
Figura 83: Série histórica da recorribilidade externa 105
Figura 84: Recorribilidade externa, por tribunal 106
187
Relatório Justiça em Números 2017

Figura 85: Dados processuais do Poder Judiciário 108


Figura 86: Percentual de casos pendentes de execução em relação ao estoque total de processos, por tribunal 109
Figura 87: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, na 1ª instância, por tribunal 110
Figura 88: Total de execuções fiscais pendentes, por tribunal 112
Figura 89: Série histórica das execuções iniciadas e pendentes 113
Figura 90: Série histórica do impacto da execução fiscal na taxa de congestionamento 113
Figura 91: Taxa de congestionamento na execução fiscal, por tribunal 114
Figura 92: Índice de produtividade do magistrado nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal 116
Figura 93: Série histórica do índice de produtividade dos magistrados (IPM) 117
Figura 94: Série histórica do índice de produtividade dos servidores da área judiciária (IPS-Jud) 117
Figura 95: Índice de produtividade do servidor da área judiciária nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau,
por tribunal 118
Figura 96: Série histórica do índice de atendimento à demanda 119
Figura 97: Índice de Atendimento à Demanda nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal 120
Figura 98: Série histórica da taxa de congestionamento 121
Figura 99: Taxa de congestionamento nas fases de execução e conhecimento, no primeiro grau, por tribunal 122
Figura 100: Centros Judiciários de Solução de Conflitos na Justiça Estadual, por tribunal 123
Figura 101: Índice de conciliação, por tribunal 125
Figura 102: Índice de conciliação por grau de jurisdição, por tribunal 126
Figura 103: Índice de conciliação nas fases de execução e de conhecimento, no primeiro grau, por tribunal 127
Figura 104: Diagrama do tempo de tramitação do processo 129
Figura 105: Tempo médio da sentença: 2º grau x 1º grau 131
Figura 106: Tempo médio da sentença nas fases de execução e conhecimento, no 1º grau 132
Figura 107: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados no 2º grau e nos tribunais superiores 133
Figura 108: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de conhecimento de 1º grau 134
Figura 109: Tempo médio de tramitação dos processos pendentes e baixados na fase de execução de 1º grau 135
Figura 110: Série histórica dos casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais 136
Figura 111: Casos novos e pendentes criminais, excluídas as execuções penais, por tribunal 137
Figura 112: Série histórica das execuções penais 138
Figura 113: Tempo médio de tramitação dos processos criminais baixados no 2º grau e nos tribunais superiores, por tribunal 139
Figura 114: Tempo médio de tramitação dos processos criminais baixados na fase de conhecimento do 1º grau, por tribunal 140
Figura 115: Tempo médio de tramitação dos processos de execução penal baixados do 1º grau, por tribunal 141
Figura 116: Resultado do IPC-Jus por tribunal (incluída a área administrativa) 143
Figura 117: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância e tribunal 144
Figura 118: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados 145
Figura 119: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores 145
Figura 120: Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados 146
Figura 121: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 147
Figura 122: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 148
Figura 123: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100% 149
Figura 124: Resultado do IPC-Jus por tribunal 150
Figura 125: Resultado do IPC-Jus da área judiciária por instância e tribunal 151
Figura 126: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados 152
Figura 127: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores 152
Figura 128: Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados 153
Figura 129: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 154
Figura 130: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 155
Figura 131: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tri-bunal atingisse IPC-Jus de 100% 156
Figura 132: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por tribunal 157
Figura 133: Resultado do IPC-Jus da área judiciária, por instância e tribunal 157
188
Figura 134: Resultado do IPC-Jus, por seção judiciária 158
Figura 135: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos magistrados 159
Figura 136: Taxa de congestionamento x Índice de produtividade dos servidores 159
Figura 137: Taxa de congestionamento x Despesa total (exceto inativos) por processos baixados 160
Figura 138: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 161
Figura 139: Índice de Produtividade dos Magistrados (IPM) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 161
Figura 140: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 162
Figura 141: Índice de Produtividade dos Servidores (IPS) realizado X necessário para que cada tribunal atinja IPC-Jus de 100% 162
Figura 142: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100% 163
Figura 143: Taxa de Congestionamento (TC) realizada X resultado da consequência se cada tribunal atingisse IPC-Jus de 100% 163
Figura 144: Assuntos mais demandados 165
Figura 145: Assuntos mais demandados no 2º grau 166
Figura 146: Assuntos mais demandados no 1º grau (varas) 167
Figura 147: Assuntos mais demandados nas turmas recursais 167
Figura 148: Assuntos mais demandados nos juizados especiais 168
Figura 149: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Estadual 169
Figura 150: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Federal 170
Figura 151: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça do Trabalho 171
Figura 152: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Eleitoral 172
Figura 153: Assuntos mais demandados por tribunal da Justiça Militar Estadual 173
Figura 154: Assuntos mais demandados por tribunal superior 174
Figura 155: Classes mais demandadas 176
Figura 156: Classes mais demandadas no 2º grau 177
Figura 157: Classes mais demandadas no 1º grau (varas) 178
Figura 158: Classes mais demandadas nas turmas recursais 178
Figura 159: Classes mais demandadas nos juizados especiais 179

189
Departamento de Pesquisas Judiciárias
Conselho Nacional de Justiça
www.cnj.jus.br

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