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DIREITO PENAL

DOCENTE: DR. DIAS MATUSSANDA


3º ANO
Nº ESTUDANTE: 161028
NOME: EDIVALDO FARO

PRESSUPOSTOS DA INFREÇÃO PENAL E PRESSUPOSTOS DA PENA.


Direito Penal tem o objectivo de proteger valores de extrema importância para a
sociedade, são alguns desses valores a vida, a liberdade e outros direitos fundamentais.
A sanção penal é a resposta do estado a sociedade em relação ao indivíduo que cometeu
uma infracção penal, no exercício do “jus puniendi” respeitando o princípio do devido
processo legal. Essa sanção é subdividida em dois tipos: Pena e Medida de segurança.
Porém, o tema em consideração, leva-nos a configurar o conflito de ideias que alguns
estudantes e penalistas vêm a debater-se no seu dia-a-dia. Assim, o princípio da
culpabilidade, ao lado do princípio da legalidade, constitui-se um dos mais importantes
instrumentos garantidores da dignidade da pessoa humana num Estado Democrático de
Direito.

Na Teoria da Infracção Penal que a posição da definição do crime é uma posição


categorial ou funcional. O crime começou por ser uma acção humana, voluntária,
conforme à vontade do homem. A acção tem que se encontrar tipificada na lei e é uma
tipicidade fechada (principio da legalidade) e tem que ser ilícita.

E, configura-se nos pressupostos seguintes:

 Os sujeitos: Activo e passivoi;


 O objecto: material ou jurídico (Imediato e mediato)ii;

A pena, têm como pressuposto a culpabilidadeiii, que é um dos elementos da


infracção penal. Isto é, a pena será aplicada somente quando for julgado culpado,
importando ressaltar alguns princípios constitucionaisiv como os artigos 67º/2 que
dispõe sobre a presunção de inocência, e 65º que dispõe o princípio da legalidade, (vide
art. 5º CP)v. Todavia, para se aplicar uma pena, tem que pré-existir alguém que comete
a infracção, neste caso um sujeito activo, tem que existir um titular de interesses
lesados, que será o sujeito passivo. Entre ambos, tem que existir um objecto
juridicamente tutelado sobre os quais incidem a acção. Mas, para existir uma pena, essa
relação tem que desembocar numa culpa. Que segundo o espanhol PÉREZ
MANZANO, a culpabilidade é o fundamento da imposição da pena a um indivíduo
concreto em face da dignidade da pessoa humana, cuja imputabilidade não pode ser
afastada.

Em conclusão, não é possível aplicar uma pena sem que haja culpabilidade, ao
passo que, na Infracção Penal poderá existir a possibilidade de causa exclusão da
culpabilidade ou circunstâncias desculpastes, que consequentemente poderá resultar na
impossibilidade de se aplicar uma pena em determinado agente.

i
Activo é aquele que a comete, é o agente da infracção cuja responsabilidade penal assenta na culpa. Passivo é o ofendido, aquele
que sofre os efeitos da infracção, o titular do interesse lesado. Pag. 89,p5e6. Apontamentos de Direito Penal – Orlando Rodrigues.
ii
O objecto, pessoas ou coisas, valores ou interesses e relações sociais, juridicamente tutelados pela norma penal, sobre os quais
incide a acção. Pag.89,p7. Apontamentos de Direito Penal – Orlando Rodrigues.
iii
A pena, Alexandra Matos Portella, Direito de Punir: Reflexões sobre os Pressupostos e os Fins da Pena.
iv
Constituição da República de Angola.
v
Código Penal Angolano.

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