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Resumo
Abstract
Sport has much importance in the sociocultural context in which we live, because it is constantly
associated with the individual promotion of physical and social well being. Therefore, with the
investigation of the self-concept level of the MMA athletes, it is intended to discuss the
importance of developing a good self-concept, especially for those who are required
continuously to proide good performance in sport competitions. 31 male athletes participated in
this study. It was also used the Self-concept Factorial Scale, which was developed by Tamayo.
The ethical-moral factor has higher score than the other factors, demonstrating that in the
martial arts, the basic principle is respect. Respect for those who are involved directly or
indirectly in the martial arts. Besides, it has been found a correlation between the participants'
educational background and the somatic factor, that is, athletes with higher educational level
obtained higher results in self-concept than other athletes with lower educational level. Due to
the few publications of scientific articles involving self-concept and MMA athletes, we suggest
for future studies that other factors be included, not only the educational factor, that may be
involved in the development of the athletes’ self-concept.
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[a] Graduandos em Psicologia pelo Centro Universitário do Triângulo – UNITRI
[b] Mestre em Lingüística pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU, professora do Curso de Psicologia – UNITRI
[c] Mestre em Educação pelo Centro Universitário do Triângulo – UNITRI, professora do Curso de Psicologia – UNITRI
[d] Mestre em Psicologia Aplicada pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU, professora do Curso de Psicologia – UNITRI
Introdução
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Rodrigues et al (2010), cita dois motivos pelos quais os psicólogos
sociais passaram a estudar o autoconceito: o primeiro motivo, é que nosso
autoconceito é formado em grande parte pela comparação com outras
pessoas; o segundo motivo, refere-se ao fato de que o nosso autoconceito é de
extrema relevância em uma diversidade de situações sociais. A formação do
nosso autoconceito se dá através das nossas próprias percepções, isto é,
nosso sexo, as características de nossas famílias, nossas preferências, etc., e
da percepção de como nos relacionamos e nos comparamos aos outros.
Deaux (1993, apud Rodrigues et al, 2010) afirma que possuímos um eu
real e um eu ideal. O eu real consiste do conhecimento que temos de como
somos; já o eu ideal indica o que gostaríamos de ser. Sendo assim,
desenvolvemos nosso autoesquema que seriam estruturas de conhecimentos
que temos sobre nós mesmos, baseadas em experiências passadas e que nos
ajudam a entender, explicar e prever nossas próprias ações.
O autoconceito é descrito por Niedenthal e Beike (1997, apud Tamayo et
al, 2001), como as representações, as características pessoais utilizadas pelo
individuo para a definição de si mesmo e para a regulação de seu
comportamento. As representações mentais citadas pelos autores também são
definidas como esquemas cognitivos denominados autoesquemas, que
correspondem às construções que resumem as nossas vivências passadas e
que permitem aos indivíduos entenderem as suas próprias experiências sociais
e organizar a ampla variedade de informações que possuem sobre si mesmos.
Para medir o autoconceito, utiliza-se em diferentes pesquisas a Escala
Fatorial de Autoconceito, instrumento este desenvolvido por Tamayo (1981,
apud Sernaglia, Duarte & Dalla Déa, 2010). Esta escala avalia as dimensões,
que segundo Tamayo compõem o autoconceito do indivíduo, são eles: self
somático, self pessoal, self social e self ético-moral. Duas dessas dimensões
apresentam subestruturas, o self pessoal subdivide-se em autoconfiança e
autocontrole, e o self social em atitude social e receptividade social.
O self pessoal pode ser entendido como a percepção de si mesmo,
envolvendo características e habilidades de cada sujeito. Este self possui duas
subestruturas: segurança e autocontrole. A segurança demonstra a confiança
que o indivíduo tem em si, sua estabilidade e firmeza emocional; já o
autocontrole, baseia-se na forma como o atleta disciplina as suas ações, suas
relações e a sua interação com o mundo, isto é, traduzirá o domínio que o
atleta tem sobre seu comportamento.
O self somático corresponde à forma de como o sujeito percebe sua
aparência física e o seu estado físico. Relaciona-se a este self as qualidades
de valor que são vivenciadas e percebidas pelos indivíduos no contexto
esportivo.
O self social está ligado à forma como a pessoa interage com a
sociedade e relaciona-se com outras pessoas. Há um desejo de
reconhecimento daqueles que estão em seu meio social, devido à necessidade
de o indivíduo buscar a complementaridade de si com o outro. Este self está
dividido em duas subestruturas: a atitude social, que compreende a auto-
percepção do indivíduo sobre a maneira como ele se relaciona com os outros e
ainda ao tipo de relacionamento interpessoal e ao respeito ao outro, ou seja, as
reações que o sujeito utiliza em seus relacionamentos interpessoais; e a
receptividade social, que revela a abertura que o indivíduo dá às outras
pessoas, isto é, as suas habilidades de comunicar-se com as outras pessoas.
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Por fim, o self ético-moral, é a forma de como o sujeito se autoavalia e é
formado pelas percepções provenientes dos outros e que o sujeito acaba por
introjetá-las. A partir da imagem formada de sua dignidade moral, o indivíduo,
forma também sua imagem social, isto é, a forma como é percebido pelos
outros. No contexto competitivo, o self ético-moral evidencia as metas e ideais
esportivos, passados aos atletas com atribuições positivas e negativas.
De acordo com Rogers,
O auto-conceito evolui a partir da interação do indivíduo com outras
pessoas e com seu ambiente. Destarte, a capacidade do atleta em
observar seu próprio funcionamento e o comportamento de outras
pessoas permite-lhe organizar um padrão coerente de características
(atributos) percebidas do “eu” e, ao mesmo tempo, atribuir valores
(positivos ou negativos) a tais traços específicos. Destarte, considera-
se que o auto-conceito é socialmente construído, caracterizando-se
por um dinamismo e adaptabilidade de acordo com o ambiente social
e o ambiente profissional do indivíduo. (ROGERS, apud VIEIRA et al,
2010)
Tipo de Pesquisa
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avalia a veracidade no método quantitativo, cita-se: validade dos testes e
instrumentos usados para mensurar o fenômeno investigado, validade externa
(generalização dos achados), fidedignidade (estabilidade dos procedimentos
em teste, permitindo a replicação), objetividade, credibilidade (interpretações
fieis da experiência), adequação (os achados refletem os elementos típicos e
atípicos), verificabilidade (condição de replicação) e confirmação (quando
credibilidade, adequação e verificabilidade estão estabelecidas). Já os estudos
descritivos, segundo Campos (2008) consiste na descrição pelo observador
das características de determinada amostra. Possuem a vantagem de serem
rápidos e de baixo custo, contudo não há um grupo-controle, para que sejam
feitas comparações entre a população estudada e outras populações.
Participantes
Instrumento
Procedimento
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Conselho Nacional de Saúde. Após aprovação do projeto de pesquisa pelo
Comitê de Ética em Pesquisa, realizou-se contato com os competidores do
centro de treinamento de artes marciais. Foram esclarecidos os objetivos desta
pesquisa aos participantes, o caráter voluntário de sua participação e garantia
de sigilo quanto aos seus dados individuais. Após a leitura e assinatura do
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, aplicou-se individualmente o
Questionário Sociobiográfico e a Escala Fatorial de Autoconceito.
As respostas dos participantes foram codificadas numa planilha do
SPSS (StatisticalPackage for the Social Sciences), versão 15.0, programa por
meio do qual foram submetidas as estatísticas descritivas como médias,
frequências e desvio padrão.
Resultados e Discussão
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dos dados citados acima sobre a experiência profissional, que vem ocorrendo
nos últimos anos.
Em relação ao tempo de profissão foi encontrado, que 19,4% possuem
mais de 16 anos de profissão e os demais 12,9%, praticam a modalidade entre
cinco a sete anos. Muitos desses atletas não começaram especificamente suas
carreiras nas Artes Marciais Mistas (MMA). Alguns vieram do Judô, outros do
Caratê, há os que começaram no Boxe, na Capoeira e, muitos ainda, no Jiu-
Jitsu, entre outras modalidades vindas de outras partes do mundo. Portanto,
houve uma migração desses competidores de suas respectivas modalidades
para o MMA. De acordo com Mayeda e Ching (2008 apud Miranda, 2012), essa
“migração” atendia ao objetivo inicial do MMA, objetivo este que permanece até
os dias atuais, ou seja, colocar dois oponentes em situação de combate, para
que suas habilidades adquiridas a partir de seus estilos de luta (caratê, judô,
jiu-jitsu, muay thai e wrestling, por exemplo), fossem utilizadas de maneira
estratégica.
Dados obtidos através do questionário sociobiográfico mostraram em
relação ao nível de escolaridade que, 38,7% dos competidores têm o Ensino
Médio completo, outros 22,6% finalizaram a graduação (Ensino Superior), e
ainda, 12,9% concluíram algum Curso Técnico. Na mesma pesquisa realizada
por Miranda (2012), mostrou que em relação à escolaridade dos praticantes da
modalidade, dois atletas possuem o Ensino Superior completo, enquanto os
outros oitos atletas têm o Ensino Médio completo.
Em relação aos fatores que compõem o autoconceito, os dados
apresentaram-se com diferenças nas médias das seis dimensões. O fator ético
moral apresenta maior escore médio (5,98), enquanto o fator Atitude Social
apresenta menor escore médio (4,93), mas não caracterizou um Ponto Neutro.
Isto poderia ocorrer se algum atleta, ao se avaliar de forma neutra, sem
assumir o compromisso de colocar nos extremos da escala, estes se anulariam
considerando-se indiferente, sem expor suas opiniões sobre si, esquivando de
qualquer tipo de julgamento externo. O que pode sinalizar é que os atletas
participantes da pesquisa não foram influenciados pelos mecanismos de
defesa reguladores do autoconceito.
O fator “self” ético-moral apresentou escore superior aos demais,
podendo ser entendido que os atletas são preocupados com seus atos, e em
função disto se preocupam em realizar atos positivos e de acordo com as
normas sociais, ou seja, o self ético-moral corresponde a forma como o atleta
se autoavalia e é formado pelas percepções apresentadas pelos outros e que o
sujeito acaba por introjetá-las. Assim partindo da formação de sua dignidade
moral, o indivíduo (atleta), constrói também sua imagem social.
Para Rogers (1977, apud Vieira et al, 2010) de acordo com a teoria do
“self” do crescimento humano, para conseguir se autorrealizar, deve-se,
prosseguir e persistir sendo a única força para sua formação na qual se pode
confiar. Tal força pode estar presente nos achados de Vieira et al (2010),
quando foi observado que em relação ao gênero, tanto homens quanto
mulheres atletas, ambos estão preocupados com a questão ético moral. Estes
resultados sugerem que a prática esportiva contribui para a formação não
apenas do atleta, mas sim do ser humano, influenciando nas percepções e
valores auxiliando no desenvolvimento da moralidade, pois as regras do
esporte e as atitudes do atleta perante os adversários podem ser transferidos
para a vida na sociedade, tornando-se pessoas que seguem as normas sociais
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e vivem de acordo com o que é certo, ético, fortalecendo um “self” mais
congruente.
A segunda dimensão com maior média foi autocontrole, esta dimensão
demonstra a disciplina que o atleta possui em suas ações, suas relações e sua
interação com o mundo, ou seja, indica o domínio que o lutador tem sobre seu
comportamento. Logo após o autocontrole, encontrou-se a dimensão
segurança, com terceira maior méida. Esta dimensão representa a confiança
que o lutador tem em si, a sua estabilidade e firmeza emocional. O MMA é um
esporte que demanda horas de treinamento, além disso, o atleta precisa
superar a “pressão” para que conquiste vitórias. (VIEIRA et al, 2010)
A receptividade social, outra dimensão que compõe o autoconceito,
refere-se à forma como o indivíduo interage com as outras pessoas, ou seja,
revela a abertura que o atleta dá às outras pessoas. O sujeito põe em práticas
as suas habilidades de comunicar-se com outras pessoas. A atitude social
indica a auto-percepção que o atleta possui sobre a forma como se relaciona
com os outros. Mostrará, também, as reações que o indivíduo utiliza em seus
relacionamentos interpessoais. (SERNAGLIA, DUARTE & DALLA DEA, 2010)
Já o fator somático indica a percepção que o indivíduo tem de sua
aparência física e o seu estado físico. Tamayo et al (2001) ressalta sobre o
fator somático, que a exigência de um corpo atlético e com bom
condicionamento físico, pode ser explicado devido aos padrões culturais atuais
insistirem nessa imagem de corpo atlético. Os lutadores precisariam, também,
se adequarem a esses padrões culturais ou a essas exigências normativas da
estética do corpo. (VIEIRA et al, 2010)
De acordo com a pesquisa realizada por Vieira. et al. (2010), os atletas
do gênero masculino apresentaram seus fatores de Autoconceito semelhantes
aos achados da pesquisa aqui analisada, sendo assim, nas duas pesquisas os
atletas do gênero masculino pontuaram o fator Ético-moral como mais presente
na formação do seu auto conceito, seguido logo pelos fatores de Autocontrole,
Segurança. O fator Ético-moral fornece ao individuo uma imagem da sua
dignidade moral, tendo como base a forma como ele é percebido por aqueles
que fazem parte de sua rotina diária, que é interiorizada e integrada como parte
da sua própria percepção, isto é, o profissional de artes marciais devem
sempre respeitar os demais profissionais relacionados a este esporte,
diretamente ou indiretamente, com suas atividades profissionais.
Em relação à dimensão Somático, os resultados da presente pesquisa
mostraram certa relação entre o fator escolaridade do competidor e a dimensão
citada (somático). O resultado da Anova entre escolaridade e as dimensões do
autoconceito, evidenciaram que houve uma diferenciação na dimensão do self
somático (F=2,95; p<0,05).
Em relação ao nível de escolaridade, pode-se verificar que doze
indivíduos da amostra possuem nível de escolaridade no Ensino Médio
Completo, sete possuem Graduação Completa, quatro Graduação Incompleta,
quatro Curso Técnico, dois Fundamental Incompleto, um Ensino Médio
incompleto e apenas um indivíduo tem formação somente no Ensino
Fundamental Incompleto. Ao analisar a escolaridade enquanto grupo (A, B ou
C), os indivíduos de nível de escolaridade mais baixo sinalizaram o ponto
Neutro (A), os de nível intermediário (B) apontaram para o ponto Pouco, e por
fim, os de maior nível de escolaridade (C), sinalizaram para o ponto Médio.
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Os sujeitos do grupo A (menor escolaridade) sinalizaram para o ponto
neutro, contudo, há que se levar em consideração a quantidade de indivíduos
desse grupo em relação aos outros grupos. Foram analisadas as médias de
quatro indivíduos do grupo A, enquanto que o grupo B foi composto por
dezesseis indivíduos, e o grupo C por onze indivíduos.
A escolaridade parece influenciar no desenvolvimento do fator somático,
isto é, na forma como o indivíduo percebe sua aparência física e o seu estado
físico. Os indivíduos do grupo C (maior nível) sinalizaram para o ponto médio
da escala, o que parece indicar que os lutadores com nível mais alto de
escolaridade, tendem a perceber melhor sua aparência e estado físicos.
Barbosa e Carvalho (2008), em estudos realizados com 27 atletas do
Ipatinga Futebol Clube – MG, encontraram valores distintos para os níveis de
escolaridade, onde 63% da amostra tinham o Ensino Médio, 29.6% o Ensino
Fundamental e apenas 7.4% possuíam Ensino Superior. Wyllemann e Lavallee
(2004, apud Marques & Samulski, 2009) afirmam que jovens envolvidos em
esportes competitivos têm dificuldades de conciliar estudos e vida esportiva.
Na mesma pesquisa de Carvalho e Barbosa (2008), observamos que
sendo os atletas de faixa etária entre 20 a 25 anos, a maior parte deles
possuíam ensino médio completo, e que para eles o esporte não é como uma
fonte renda, mas como algo prazeroso, uma forma de poder competir. Muitos
desses atletas entraram no MMA pelo fato de gostarem da luta e já outros
migraram de outras modalidades, sendo a grande maioria competidores do
sexo masculino, a maior parte dele já tem uma fonte de renda e sua
escolaridade elevada, o que se pode observar na amostra.
Sendo o grupo A o ponto neutro com relação à dimensão do self
somático, esta pesquisa encontrou um índice menor no que diz respeito à
escolaridade.
A carreira esportiva de um atleta passa por diversas fases desde
iniciação ate a aposentadoria, passando por processo de adaptação e seleção,
longos períodos de formação envolvendo treinamento e competições,
socializam-se no ambiente esportivo alcançando ou não o alto nível da pratica
e o longo processo seletivo pelo qual estes jovens passam extremamente
conflituosos e, muitas vezes envolve uma série de obstáculos como a
separação da família e do meio social (amigos) e a dificuldade de terminar os
estudos, além disso, o alto grau de cobrança nos treinos e competições e a
incerteza quanto a continuidade da carreira esportiva.
Nos achados da pesquisa de Marques & Samulski (2009), o fator
escolaridade mostrou que a maioria dos atletas estava defasada com relação à
série escolar correspondente à idade e mais da metade em algum momento
parou de estudar para se dedicar aos treinos. A dificuldade dos atletas em
conciliar escola e vida esportiva aumenta a responsabilidade social dos clubes
em oferecerem alternativas que facilitem e estimulem a continuação dos
estudos para que eles tenham uma opção vocacional futura.
A ação educacional voltada para jovens atletas nos clubes de pequeno e
grande porte ainda são raríssimas e isso se reflete também na escassa
produção bibliográfica sobre as relações entre a formação educacional e
esportiva desses indivíduos. Dessa forma, o trabalho possui relevância ao
tentar avançar num campo científico ainda carente de literatura sobre o tema
da socialização de jovens no esporte de alto rendimento para fins de
profissionalização.
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O estudo priorizou uma abordagem quantitativa, a carreira de esportista
é muito específica se comprada às outras carreiras convencionais, na qual os
jovens são inseridos nas modalidades ainda muito jovens e alcançam a
profissionalização em geral entre os dezessete e os vinte anos (DAMO, 2007,
APUD CORREIA, 2012).
Consequentemente sua aposentadoria em média também é precoce
ainda antes dos trinta e cinco anos, desde o início da carreira, o jovem atleta
participa de árduos treinamentos nos clubes, realiza repetições de movimentos,
internaliza esquemas táticos e submete-se a trabalhos físicos extenuantes, o
que requer tempo e dedicação para a construção de um capital esportivo.
Nesse processo de aperfeiçoamento dos capitais esportivos as
competições desempenham grande papel, pois põe a prova todo o período de
treinamento, com isso, um calendário durante o ano todo, e disputas esportivas
que integram regiões do país evidenciam que esses atletas precisam viajar
algumas vezes por ano para competir como a formação dos esportistas difere
muito de uma modalidade para outra no que tange as expectativas
educacionais e as características de conciliação entre a escola e o esporte.
Considerações Finais
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pesquisa. Demonstrando que nas artes marciais o respeito deve ser encarado
como o princípio básico a todos àqueles que estão relacionados, direta ou
indiretamente, às artes marciais. Constata-se que o fator ético-moral, ancorado
no princípio de respeito ao próximo, pode ser levado para além do esporte.
Neste caso, o esporte serve de aprendizado para a vida, contribuindo assim,
para a formação pessoal e profissional de um atleta; além disso, para a
construção da cidadania da pessoa-atleta.
Esta pesquisa verificou que há relação entre escolaridade e o
autoconceito, conforme encontrado na dimensão somático, ou seja, atletas com
melhor escolaridade obtiveram resultados de autoconceito mais altos, do que
atletas com grau de escolaridade mais baixo. O sucesso e/ou fracasso escolar,
na medida em que está relacionado com o autoconceito do indivíduo, pode
refletir-se nos mais variados aspectos da sua vida, como na escolha
profissional, na motivação para o estudo, entre outros. Especificamente na
escolaridade, algumas pesquisas parecem revelar que uma melhoria no
autoconceito poderá levar a uma melhoria no rendimento do esporte. O
autoconceito e a escolaridade parecem, por isso, apresentar uma relação
positiva.
Devido à escassez de publicações na área envolvendo o autoconceito e
atletas de MMA, sugerimos para futuras pesquisas, a realização de estudos
que envolvam outros fatores, além da escolaridade, que podem estar
envolvidos no desenvolvimento do autoconceito do atleta. Além disso, seria de
suma relevância incluir na população estudada as lutadoras, visto que tem
aumentado o número de competidoras nesse esporte.
Referências
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CORREIA, C. A. J. Tornar-se Atleta: Uma Discussão Acerca da Escolarização
de Jovens Esportistas no Rio de Janeiro. In: Colóquio Internacional Diálogos
Juvenis: Diminuindo Distâncias entre Narradores e Pesquisadores, 1., 2012,
Fortaleza, Anais... Fortaleza, Universidade Federal do Ceará, 2012, p. 1-11.
Disponível em: < http://www.lajusufc.org/coloquio/pdf/GT1/Carlus-Augustus-
Jourand-Correia.pdf >. Acesso em Junho de 2014.
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TAMAYO, A. et al. A Influência da Atividade Física Regular Sobre o
Autoconceito. Estudos de Psicologia, v. 6, n. 2, p. 157-165, 2001. Disponível
em: < http://www.scielo.br/pdf/epsic/v6n2/7270.pdf>. Acesso em Novembro de
2014.
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