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Apostila 2012 Teste
Apostila 2012 Teste
Engenharia Mecânica
Elementos da comunicação
Língua * Linguagem * Comunicação
Resposta
1 – Maria foi à estação ferroviária à noite desse mesmo dia;
2 – Reservou um lugar no trem das 8h da manha do dia
seguinte;
3 – O gerente perdeu o trem e o negócio.
OS SEGREDOS
Elementos da Comunicação
CONTEXTO
DESTINATÁRIO MENSAGEM DESTINADOR
CONTACTO
CÓDIGO
FUNÇÕES DA LINGUAGEM
REFERENCIAL
EMOTIVA POÉTICA CONATIVA
FÁTICA
METALINGUÍSTICA
Funções da Linguagem
Função emotiva ou expressiva
3
Esta função ocorre quando se destaca o emissor. A mensagem centra-se nas opiniões,
sentimentos e emoções do emissor, sendo um texto completamente subjetivo e pessoal. A
ideia de destaque do locutor dá-se pelo emprego da 1ª pessoa do singular, tanto das formas
verbais, quanto dos pronomes. A presença de interjeições, pontuação com reticências e
pontos de exclamação também evidenciam a função emotiva ou expressiva da linguagem.
Os textos que expressam o estado de alma do locutor, ou seja, que exemplificam melhor
essa função, são os textos líricos, as autobiografias, as memórias, a poesia lírica e as cartas
de amor.
Por exemplo:
Características
neutralidade do emissor;
objetividade e precisão;
conteúdo informacional;
uso da 3ª pessoa do singular (ele/ela).
Função poética
É aquela que põe em evidência a forma da mensagem, ou seja, que se preocupa mais em
"como dizer" do que com "o que dizer". O foco recai sobre o trabalho e a construção da
mensagem. A mensagem é posta em destaque, chamando a atenção para o modo como foi
organizada. Há um interesse pela mensagem através do arranjo e da estética, valorizando as
palavras e suas combinações. Essa função aparece comumente em textos publicitários,
provérbios, músicas, ditos populares e linguagem cotidiana. Nessa função pode-se observar
o intensivo uso de figuras de linguagem, como o Neologismo , quando se faz necessária a
criação de uma nova palavra para exprimir o sentido e alcançar o efeito desejado. Quando a
mensagem é elaborada de forma inovadora e imprevista, utilizando combinações sonoras e
rítmicas, jogos de imagem ou de idéias, temos a manifestação da função poética da
linguagem. Essa função é capaz de despertar no leitor prazer estético e surpresa. É
explorada na poesia e em textos publicitários.
Características
subjetividade;
figuras de linguagem;
brincadeiras com o código.
] Função Metalinguística
Caracterizada pela preocupação com o código. Pode ser definida como a linguagem que
fala da própria linguagem, ou seja, descreve o ato de falar ou escrever. A linguagem (o
código) torna-se objeto de análise do próprio texto[1]. Os dicionários e as gramáticas são
repositórios de metalinguagem.Exemplos:
“Lutar com palavras é a luta mais vã. Entretanto lutamos mal rompe a manhã. São muitas,
eu pouco. Algumas, tão fortes como o javali. Não me julgo louco. Se o fosse, teria poder de
encantá-las. Mas lúcido e frio, apareço e tento apanhar algumas para meu sustento num dia
de vida. Deixam-se enlaçar, tontas à carícia e súbito fogem e não há ameaça e nem há
sevícia que as traga de novo ao centro da praça.” Carlos Drummond de Andrade
Nesse poema, Drummond escreve um poema sobre como escrever poemas. Ou seja, a
criação literária fala sobre si mesma.
Um outro exemplo é quando um cartunista descreve o modo como ele faz seus desenhos
em um próprio cartum; ele demonstra o ato de fazer cartuns e como são feitos
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DESVENDANDO OS SEGREDOS...
O BILHETE:
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MORAL DA HISTÓRIA:
Não basta ter uma boa ideia... tem de ser uma boa mensagem, pois escrever bem é
uma questão de sobrevivência.
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QUE É TEXTO?
TODO ORGANIZADO
DELIMITADO POR DOIS BRANCOS
PRODUZIDO POR UM SUJEITO NUM DADO ESPAÇO E NUM DETERMINADO
TEMPO
Martha Medeiros
Recebo e-mails de pessoas com idades e profissões diversas. Outro dia, chegou a
mensagem de um sujeito muito gentil, fazendo comentários elogiosos à coluna. Cometeu
alguns erros gramaticais comuns, como acontece com meio mundo, mas o que me
surpreendeu foi que ele se despediu dizendo: "Desculpe por não escrever o português
corretamente, mas sabe como é, sou engenheiro". O raciocínio era que se ele fosse escritor,
jornalista ou professor, escrever certo seria obrigatório, mas sendo engenheiro, estava
liberado desta fatura.
Assim como ele, inúmeras pessoas acreditam que escrever não está na lista das cem
coisas que se deva aprender a fazer direito na vida. Antes de aprender a escrever bem,
esforçam-se em aprender a falar um inglês fluente, a jogar golfe e a utilizar o hashi num
restaurante japonês. Escrever bem? Não parece tão necessário, já que a gente acaba sendo
compreendido igual. "Espero não lhe encomodar com este e-mail, é que fasso jornalismo e
queria umas dicas". O recado foi dado.
É preciso dizer que não há ninguém que seja imune a erros. Todo mundo se engana,
todo mundo tem dúvidas. Não conheço um único escritor que não trabalhe com o dicionário
ao lado. De minha parte, sempre tenho uma consulta a fazer no Aurélio, nunca estou 100%
segura, e mesmo tomando todos os cuidados, erro. Acidentes acontecem. O que não pode
acontecer é a gente se lixar para a aparência das nossas palavras.
Escrever bem ─ não estou falando de escrever com estilo, talento, criatividade,
apenas de escrever certo - deveria ser considerado um hábito tão fundamental quanto tomar
banho ou escovar os dentes. Um texto limpo também faz parte da higiene. Bilhetes, e-mails,
cartões de agradecimento, tudo isso diz quem a gente é. Se você não sai de casa com um
botão faltando na camisa, por que acharia natural escrever uma carta com as letras fora do
lugar?
Sábado, 23 de abril, foi o Dia Mundial do Livro, data instituída pela Unesco. Sei
que todos estão carecas de saber a importância da leitura na vida de uma pessoa, mas não
custa lembrar que, quem não lê, corre muito mais riscos de dar vexame por escrito, e isso
não é algo a ser desconsiderado só porque se trabalha numa profissão que, aparentemente,
não exige familiaridade com as palavras. Ninguém precisa ser expert, mas ser cuidadoso
não mata ninguém. Meu irmão, outro dia, me escreveu um e-mail rápido para recomendar
um disco e nunca vi meia dúzia de frases tão bem colocadas. Nem parecia um engenheiro.
Zero Hora, 24 de abril de 2005.
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Textualidade
Coerência
Vamos partir de exemplos de incoerências, mais simples de perceber, para mostrar o que é
coerência:
“Lá dentro havia uma fumaça formada pela maconha e essa fumaça não deixava que nós
víssemos qualquer pessoa, pois ela era muito intensa.
Meu colega foi à cozinha e fiquei observando as pessoas que lá estavam. Na festa havia
pessoas de todos os tipos: ruivas, brancas, pretas, amarelas, altas, baixas, etc.”
Quando se defende o ponto de vista de que o homem deve buscar amor e a amizade, não se
pode dizer em seguida que não se deve confiar em ninguém e que por isso é melhor o
homem viver isolado.
1- Muitas expressões carecem de lógica; examine as que são dadas a seguir, corrigindo-as.
As frases foram adaptadas de coluna do Jornal do Brasil, da responsabilidade de
Sérgio Nogueira Duarte, citando pesquisa de um leitor.
As partes de um texto devem concorrer para o objetivo que se tem em vista com ele. A
clareza de um texto é resultado de sua unidade e coerência. A coerência de um texto
depende de:
manter uma referência tematizada; as partes devem estar inter-relacionadas;
expor uma informação nova e expandir o texto;
não apresentar contradições entre as ideias;
apresentar um ponto de vista, uma nova visão de mundo.
Era uma vez uma Rã que queria ser uma rã autêntica e todos os dias se esforçava para
isso.
No começo, ela comprou um espelho onde se olhava longamente procurando sua
almejada autenticidade.
Algumas vezes parecia encontrá-la e outras não, de acordo com o humor desse dia e
da hora, até que se cansou disso e guardou o espelho no baú.
Finalmente, ela pensou que a única maneira de conhecer seu próprio valor estava na
opinião das pessoas, e começou a se pentear e a se vestir e a se despir (quando não lhe
restava nenhum outro recurso) para saber se os outros a aprovavam e reconheciam que era
uma Rã autêntica.
Um dia observou que o que mais admiravam nela era seu corpo, especialmente suas
pernas, de forma que se dedicou a fazer exercícios e a pular para ter ancas cada vez
melhores, e sentia que todos a aplaudiam.
E assim continuava fazendo esforços até que, disposta a qualquer coisa para conseguir
que a considerassem uma Rã autêntica, deixava que lhe arrancassem as ancas, e os outros
as comiam, e ela ainda chegava a ouvir com amargura quando diziam: que ótima Rã, até
parece Frango.
Essa resposta confirma a unidade do texto: cada uma das partes do texto está ligada às
demais pelo fato de tratarem do mesmo tema e o conjunto articulado de todas elas forma
um todo único que pode se identificado em sua totalidade e em suas partes.
Leia, agora, o texto de Millôr Fernandes que tomamos como exemplo para a verificação da
progressão temática:
O julgamento
O julgamento é onde eles levam um homem pra ser julgado. O homem julgado fica
cabisbaixo, parece que ele não fez nada e é muito bonzinho, agora todas as outras pessoas
ficam com a cabeça bem dura e orgulhosa e os sete jurados olham bem pra frente para fazer
de conta que estão entendendo tudo do que não estão entendendo nada. O juiz fala uma
porção de coisas com ar de que aquilo já aconteceu muitas vezes como no videoteipe de gol
de Pelé, o promotor fala mais coisas ainda mostrando que homem terrível é o homem que
está de cabeça baixa, o advogado de defesa mostra que o homem é um pai de família
exemplar apesar de ser solteiro e no fim todos concordam que o cara merece dez anos de
cadeia e vão para casa discutindo que a decisão devia ser completamente ao contrário.
Atividades
HÁ
TRINTA ANOS
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QUE A GLOBO
VEM
DIFICULTANDO
O NOSSO TRABALHO
______________
O padrão de qualidade da TV Globo merece os melhores intervalos
Comerciais. Afinal, a gente não pode baixar o nível.
● aspecto ● então
● casualmente ● eventualmente
● circunstâncias ● fatores
● coisas ● mui respeitosamente
● conjuntura atual ● negócio
● efetivamente ● oportuno, oportunamente
● ensejo ● sobretudo
Coerência
Textualidade
Informatividade
Focalização
Intertextualidade
NARRATIVA
ARGUMENTATIVA
FIGURATIVA
TEMPORAL
ESPACIAL
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NÍVEL DE LINGUAGEM
COERÊNCIA INTRATEXTUAL-
ADEQUAÇÃO E NÃO CONTRADIÇÃO ENTRE OS ENUNCIADOS DO
TEXTO
INTERTEXTUALIDADE
SITUACIONALIDADE
FOCALIZAÇÃO
INTENCIONALIDADE
1- O mau uso dos anafóricos pode produzir ambiguidades que nos impedem de saber qual
foi a intenção do redator ao escrever seu texto. Comente as ambiguidades abaixo e
proponha formas de eliminá-las.
Coesão
Eu darei o primeiro lugar à modéstia entre todas as belas qualidades. Ainda sobre
inocência? Ainda, sim. A inocência basta uma falta para perder; da modéstia só culpas
graves, só crimes verdadeiros podem privar. Um acidente, um acaso podem destruir aquela,
a esta só uma ação própria, determinada e voluntária.
Almeida Garret. Viagens na minha terra. Rio de Janeiro. Ediouro, 1969,p.58.
Qualquer que tivesse sido seu trabalho anterior, ele o abandonara, mudara de
profissão e passara pesadamente a ensinar no curso primário: era tudo que sabíamos dele.
O professor era grande, gordo e silencioso, de ombros contraídos.
Clarice Lispector. A legião estrangeira. São Paulo, Ática, 1977, p11.
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1) Embora em geral um anafórico só possa ser utilizado se o termo que ele retomar estiver
explicitamente mencionado(por exemplo: falta coesão ao texto Ele é meu cunhado. Casou-
se com ela há pouco tempo, porque ela não retoma nada explicitamente dito), admite-se, em
casos em que o termo substituído for claramente inferido pelo contexto, que se faça uso de
um anafórico: Beth está namorando. Ele parece ser um cara legal. Nesse caso, ele retoma
namorado, que se infere do verbo namorar.
2)Em geral, o artigo indefinido serve para marcar a introdução de informações novas, que,
uma vez introduzidas, passam a ser acompanhadas pelo artigo definido, quando retomadas.
Não se pode usar pela primeira vez, por exemplo, o termo amigo em um texto, dizendo
Encontrei o amigo. Começa-se dizendo Encontrei um amigo. Quando for feita outra
referência a ele, diz-se O amigo, então, disse-me que...
3) Em função anafórica, o verbo fazer substitui verbos de ação, e o ser, verbos de estado:
Pedro, Ana e Carolina trabalham muito, André quase não o faz. (= trabalha)
De fato, ele ficou muito constrangido com a situação, mas não foi (=ficou) tanto quanto se
poderia esperar.
Quando um elemento anafórico está empregado num contexto tal que pode referir-
se a dois termos antecedentes distintos, isso rompe a coesão e, por conseguinte, provoca
ambigüidade.
Voltemos agora à questão da coesão por retomada com uma palavra lexical. No
exemplo Lia muito, toda espécie de livro. Policiais, então, nem se fala, devorava, o termo
livro é retomado por um hipônimo, policiais
A elipse, ou apagamento de um termo da frase, que puder ser recuperado pelo contexto, é
também um expediente de coesão.
a) Conexão
1) os que marcam seqüência temporal: dois meses depois, uma semana antes, um pouco
mais cedo etc.
2) os que marcam ordenação espacial: à esquerda, atrás, na frente etc.
3) os que servem para especificar a ordem dos assuntos no texto: primeiramente, em
seguida, a seguir, finalmente.
4)os que, na conversação, servem para introduzir um dado ema ou para mudar de assunto: a
propósito, por falar nisso, mas voltando ao assunto, fazendo um parêntese.
Atividades
a) O dono da fábrica negava-se a indenizar as famílias dos operários mortos com a explosão
de uma caldeira. Esse_____________ revoltou a população da cidade.
b) Vários automóveis foram arrastados pela correnteza. Alguns _____________ foram
encontrados muito longe do local onde haviam sido deixados por seus donos.
c) Cuidado com as bactérias com que você está lidando no laboratório. São __________
muitas vezes perigosos.
d) Grupos de refugiados chegam diariamente do sertão castigado pela seca. São ________
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2- Questões de 1 a 4
Nas questões de 1 a 4, apresentamos alguns segmentos de discurso separados por
ponto final. Retire o ponto final e estabeleça entre eles o tipo de relação que lhe parecer
compatível, usando para isso os elementos de coesão adequados.
Questão 1
O solo do Nordeste é muito seco e aparentemente árido. Quando caem as chuvas,
imediatamente brota a vegetação.
Questão 2
Uma seca desoladora assolou a região sul, principal celeiro do país. Vai faltar
alimento e os preços vão disparar.
Questão 3
Inverta a posição dos segmentos contidos na questão 2 e use o conectivo apropriado.
Questão 4
O trânsito em São Paulo ficou completamente paralisado dia 15, das 14 às 18 horas.
Fortíssimas chuvas inundaram a cidade.
Questões de 5 a 8
As questões de 5 a 8 apresentam problemas de coesão por causa do mau uso do
conectivo, isto é, da palavra que estabelece conexão. A palavra ou expressão conectiva
inadequada vem em destaque. Procure descobrir a razão dessa impropriedade de uso e
substituir a forma errada pela correta.
Questão 5
Em São Paulo já não chove há mais de dois meses, apesar de que já se pense em
racionamento de água e energia elétrica.
Questão 6
As pessoas caminham pelas ruas, despreocupadas, como se não existisse perigo
algum, mas o policial continua folgadamente tomando o seu café no bar.
Questão 7
Talvez seja adiado o jogo entre Botafogo e Flamengo, pois o estado do gramado do
Maracanã não é dos piores.
Questão 8
Uma boa parte das crianças mora muito longe, vai à escola com fome, onde ocorre o
grande número de desistências.
Ambiguidades: Identifique:
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1. Leia o trecho retirado de uma reportagem da Revista VEJA (22.03.06) e verifique sua
coesão, buscando os referentes dos anafóricos.
a) Anafóricos: nessas (l. 03); nas quais (l. 03); “o” transformou (l. 06)
CORRESPONDÊNCIA
Senhores:
Atenciosamente,
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Fulano de Tal,
Gerente de Contabilidade.
Senhores:
Fulano de Tal,
Gerente de Contabilidade.
Senhores:
Fulano de Tal,
Gerente de Vendas
EXERCÍCIOS
1- Separe com vírgulas os termos intercalados nas frases a seguir:
a) O governo a todo instante tomava medidas contraditórias.
b) O assunto a meu ver requer longa discussão.
c) Todos os atletas à tarde foram para o estádio coberto.
d)Muito nos esforçamos sem dúvida mas pouco recebemos em troca.
Exercício de pontuação
I- Nos exemplos a seguir, pontue convenientemente segundo as exigências de elementos
restritivos ou explicativos:
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2- No fundo da casa havia uma porta misteriosa. A porta que estava sempre trancada dava
margem a mil conjecturas.
3- Nosso professor de Francês era muito exigente, tanto é que fazia três testes por mês. O
teste que foi feito na Semana Santa revelou nossa ignorância.
4- No ano passado um professor que se aposentou fez uma notável doação à Biblioteca da
Universidade. Os livros que foram devidamente registrados deverão ser muito consultados.
5- Quando embarquei para o sítio levava comigo dois livros: uma gramática descritiva e um
dicionário etimológico. O dicionário que estava sustentando uma cadeira não negou sua
utilidade.
IV- Pontuar de maneira que o narrador esteja apaixonado por (1) Íria, (2) Soledade, (3) Lia
e (4) indeciso entre as três:
Se consultar a razão Se consultar a razão
Digo que amo Soledade Digo que amo Soledade
Não Lia cuja bondade Não Lia cuja bondade
Ser humano não teria Ser humano não teria
Não aspiro a mão de Íria Não aspiro a mão de Íria
Que não tem pouca beldade. Que não tem pouca beldade.
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Antes de iniciar o estudo de um texto, esteja certo de que compreendeu qual é sua
incumbência. Pergunte-se que informação terá que encontrar e por que encontra-la,
ou que uso fará dela. Em alguns casos, a colocação dos problemas pode ser difícil;
mas você pode sempre se perguntar pelo menos: qual a relação deste tópico com a
unidade que eu estou estudando? Qual a relação deste tópico com outras unidades
que eu já estudei?
O bom leitor não lê palavra por palavra: ele lê conjunto de palavras que constituem
unidades de pensamento. Essas unidades de pensamento são naturais para a
compreensão de significados.
4. Você tem certeza de que o material que você leu está bem compreendido?
Esteja certo de que você compreende o material de leitura. Para isso, tente
descobrir as relações entre o que você está tentando aprender e o que você já sabe.
Traduza as passagens difíceis para sua própria linguagem (se preciso, use o
dicionário, a enciclopédia. Veja LER: GLOSSÁRIO, mais adiante). Tente explicar o
texto para você mesmo e para as outras pessoas: ao tentar explicar algo para outra
pessoa, você descobrirá em que pontos sua compreensão está falha e poderá se
concentrar mais nos pontos fracos.
3. Há um plano que possa ser seguido para que você possa grifar eficientemente?
Se você quer que o grifo seja eficiente, então é necessário que seja feito de acordo
com um plano. Tente, por exemplo, o plano seguinte, que tem sido empregado
com êxito por muitos:
a) Faça uma leitura do material sem grifar nada (só ler): você terá uma visão global
dele;
Antes de grifar o texto, você identificou as perguntas que se podem extrair dele.
Seria útil que você as escrevesse nas margens ; para mais tarde fazer uma revisão
rápida , ou um resumo escrito, ou uma resenha, ou um fichamento do que leu,
você terá as principais perguntas do texto escrita nas margens e suas respectivas
respostas grifadas nele.
Outra possibilidade é você redigir nas margens também as respostas; assim, você
terá a oportunidade de traduzir para suas próprias palavras as idéias centrais do
texto, garantindo que elas estão realmente bem compreendidas.
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1. Será necessário que você treine também a habilidade de resumir os textos que
você lê ?
b) memorizá-lo;
c) posteriormente, revê-lo.
O resumo do texto é uma síntese das idéias e não das palavras do texto. Não se
trata de uma “miniaturização” do texto, mas uma síntese fiel das idéias do autor.
Obs: É muito comum, antes de um resumo ou de uma resenha, colocar quais são as
palavras chaves do texto que compõe uma obra: só as palavras, sem colocar ao seu
lado seus significados. Quando se coloca a lista das palavras-chaves
acompanhadas de seus respectivos significados (conceito), tem-se um glossário.
- RESENHA:
Resenha é a descrição minuciosa de uma obra. Por isso, além do resumo dessa
obra, a resenha sempre vem acompanhada de uma posição crítica por parte de
leitor. Antes de mais nada, coloca-se o nome da obra na forma de referência
bibliográfica de acordo com as normas da ABNT, em seguida, a exposição objetiva
do seu conteúdo (=resumo) e, por fim, tece-se comentários críticos e
interpretativos, discutindo, comparando, avaliando a obra resenhada.
-FICHAMENTO:
Bibliografia:
1997.
4. ___________ Redação Científica . 3ª ed. . São Paulo : Atlas, 1997.
5. SEVERINO, Joaquim Antônio . Metodologia do Trabalho Científico . São Paulo :
Cortez Editora, 2001.
6. Apostila sobre técnicas de leitura - PUC/SP - s/ data.
PARTE II
DESCRIÇÃO
Descrição objetiva
É a descrição exata, sem floreios, que não busca a emoção estética e trabalha
sobretudo com a função referencial. Esta sua principal característica: ela deixa de lado o
aspecto artístico da frase, preocupando-se com a eficácia e exatidão da comunicação. O
vocabulário será preciso, os pormenores serão exatos e a linguagem sóbria. Seu objetivo é
esclarecer, informar, comunicar. Mais que isso: deverá convencer pelos fatos que estampa.
NARRAÇÃO COMERCIAL
1. quem? Personagens;
2. quê? Atos, enredo;
3. quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
4. onde? O lugar da ocorrência;
5. como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos;
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Técnicas de narração
Relatório
Constam do relatório:
1. Título: Relatório.
2. Invocação: fórmula de tratamento, cargo ou função da autoridade a quem é
dirigido. Exemplos: Sr. Presidente; Exmo Sr. Governador:
3. Texto: exposição do assunto.
4. Fecho: fórmula de cortesia. Podem-se usar as mesmas fórmulas do ofício.
5. Local de data.
6. Assinatura: nome, cargo ou função da autoridade ou servidor que apresenta o
relatório.
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RELATÓRIO
fulano de tal,
presidente
DISSERTAÇÃO
Subsídios à dissertação
Qualquer enunciado pressupõe que alguém o tenha produzido, uma vez que
nenhuma construção lingüística surge sem que alguém a tenha elaborado. Os dois
enunciados acima pretendem transmitir o mesmo conteúdo: a inflação corrói o salário do
operário. Há, no entanto, uma diferença entre eles. No primeiro, o enunciador (aquele que
produz o enunciado) ausentou-se do enunciado, não colocando nele nem o eu, que indica
aquele que fala, nem um verbo que significa o ato de dizer. No segundo, ao contrário, ao
dizer “eu afirmo”, o enunciador inseriu-se no enunciado explicitando quem é o responsável
por sua produção. No primeiro caso, pretende-se criar um efeito de sentido de objetividade,
pois se enfatizam as informações a serem transmitidas; no segundo, o que se quer é criar
um efeito de sentido de subjetividade, mostrando que a informação veiculada é o ponto de
vista de um indivíduo sobre a realidade.
Usa-se um outro modo de construir os enunciados em função dos efeitos de sentido que se
quer criar. Há textos que são mais convincentes se forem elaborados de maneira a criar
efeitos de sentido de objetividade. Outros persuadem melhor se mostrarem um efeito de
subjetividade
As pessoas que sabem argumentar (justamente as que mais pensam) em geral têm
mais facilidade para redigir, porque escrever não é um ato de desenhar corretamente
palavras, não reside no conhecimento do s ou z, do ch ou x. Exige muito mais: é preciso
apresentar fatos, estabelecer relações de causa e efeito, argumentar com base num
raciocínio lógico.
Frase opinativa:
a) O argumento de autoridade
Apóia-se uma afirmação no saber notório de uma autoridade reconhecida num certo
domínio do conhecimento. É um modo de trazer para o enunciado o peso e a credibilidade
da autoridade citada.
Observe o enunciado que segue:
Conforme afirma Bertrand Russell, não é a posse de bens materiais o que mais
seduz os homens, mas o prestígio decorrente dela.
Segundo o mesmo autor, na China e no Japão, o saber é mais valorizado que a
riqueza exatamente porque, nessas sociedades, confere mais prestígio a quem o possui.
Quando se trata de um trabalho científico cuidadoso, mais formal, como uma tese
ou artigo a ser publicado numa revista especializada, deve-se fazer a citação textualmente,
dando todas as indicações bibliográficas. Ao fazer citações, o enunciador situa seus
enunciados na corrente de pensamento que ele considera mais aceitável para explicar certo
fenômeno.
b) O apoio na consensualidade
Há certos enunciados que não exigem demonstração nem provas porque seu
conteúdo de verdade é aceito como válido por consenso, ao menos dentro de um certo
espaço sociocultural. Inscrevem-se, nessa espécie, enunciados do tipo:
O investimento na Educação é indispensável para o desenvolvimento econômico de
um país.
ou,
As condições de saúde são mais precárias nos países subdesenvolvidos.
d) A fundamentação lógica
A argumentação pode basear-se em operações de raciocínio lógico, tais como as
implicações de causa e efeito, conseqüência e causa, condição e ocorrência, etc.
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Veja-se o exemplo:
Se se admite que a vida humana é o bem mais precioso do homem, não se pode
aceitar a pena de morte, uma vez que existe sempre a possibilidade de um erro jurídico e
que, no caso, o erro seria irreparável.
Como se pode notar, ao introduzir o enunciado por um verbo de dizer (supõe) que
não indica certeza, reduz-se o enunciado a uma simples opinião.
Observe-se ainda outro exemplo:
O átomo foi considerado, por muito tempo, como a menor partícula constituinte da
matéria.
Desqualificação:
O dado estatístico apresentado é verdadeiro, mas o enunciado é inconsistente, pois
pressupõe uma relação de causa e efeito difícil de ser demonstrada, isto é, que o controle
demográfico seja capaz de produzir o desenvolvimento. O mais lógico é inverter a relação:
o desenvolvimento gera o controle demográfico, e não o contrário.
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Exercícios
Em suma, numa sociedade que tem horror ao diferente, que submete a diversidade
do real à uniformidade da ordem racional-científica, que funciona pelo princípio da
equivalência abstrata entre seres que não têm denominador comum, a loucura é uma
ameaça sempre presente.O que a história da loucura nos revela, pondo em questão toda a
cultura ocidental moderna, é que o louco é excluído porque insiste no direito à
singularidade e, portanto, à interioridade. E, com efeito, se a loucura é nesse mundo
patologia ou anormalidade é porque a coexistência de seres diferenciados se tornou uma
impossibilidade. Diante disso restam ainda muitas questões. Entre elas: poderá o psiquiatra,
enquanto profissional médico, promover o reencontro da loucura com a cultura que a
excluiu? Pode o saber médico encontrar alternativa para a sua prática, no sentido da
libertação radical da loucura, fora dos limites circunscritos pela sociedade que o permitiu?
De qualquer modo, ainda que um dia nossa interioridade venha a ser resgatada, gostaria de
lembrar aqui mais algumas palavras de Marcuse – “Nem mesmo o supremo advento da
liberdade poderá redimir aqueles que morrem na dor”.
(FRAYSE-PEREIRA, João. O que é loucura. São Paulo:
Brasiliense, 1982. p.102-4)
Esse texto procura, seguindo uma corrente científica atual, rediscutir o conceito de
loucura. Considera que a loucura não é uma doença (patologia) nem uma anormalidade,
mas é uma diferença que afronta a uniformidade a que a sociedade quer reduzir os seres
humanos. Assim, o louco é o ser que insiste radicalmente no direito à singularidade, em não
seguir os comportamentos prescritos para todos. O que está em questão é o próprio conceito
de normalidade.
Questão 1
Como se nota, esse texto discute um tema abstrato e genérico e não um fato
concreto e individual. Trata-se, portanto, de um texto dissertativo. Qual é basicamente o seu
tema?
Questão 2
Levando em conta o esquema argumentativo do texto, tente responder qual a razão
básica por que a sociedade exclui o louco.
Questão 3
Se a loucura é considerada uma patologia e uma anormalidade, em que consiste a
saúde e a normalidade para os padrões da sociedade?
Questão 4
O texto faz alusão à “ordem racional-científica”, afirmando que ela se baseia no
princípio da “equivalência abstrata”. Em que consiste esse princípio?
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Questão 5
O texto dissertativo de caráter científico apresenta vários procedimentos específicos
de criação de efeitos de sentido, estudados na introdução desta lição. Muitos deles
estão presentes no texto que estamos analisando. Assinale a alternativa que contenha
um desses procedimentos não presente no fragmento que acabamos de ler.
(a) Afirmação de verdades genéricas e abstratas.
(b) Omissão de verbos de dizer, que indicam opinião do produtor do texto.
(c) Esquema argumentativo baseado em relações lógicas entre os enunciados.
(d) Utilização de citação para reforçar os pontos de vista aí defendidos.
(e) Comprovação das afirmações gerais por meio de dados concretos da experiência
quotidiana.
Questão 6
Lendo o texto, podemos concluir que :
(a) a loucura não é uma patologia nem uma anormalidade, segundo a visão da
sociedade ocidental;
(b) não há sociedades que não considerem a loucura como fato anormal;
(c) a loucura, na sociedade em que vivemos, é inadmissível porque esse tipo
de sociedade não consegue conviver com seres diferenciados;
(d) a loucura não tem inconveniente algum;
(e) a história da loucura mostra que os loucos não colocam em risco os indiví-
duos que com eles convivem.
Leia com atenção o trecho abaixo extraído de artigo publicado no jornal O Estado de São
Paulo.
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Qual é o argumento utilizado para reforçar a afirmação de que o Brasil ainda é grande
desastre social?
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Partes do parágrafo
Tópico frasal sintetiza o conteúdo do parágrafo; enuncia a idéia tópico que será
então desenvolvida.
Tópico frasal corresponde ao sujeito (o de que se vai tratar no parágrafo), e o
desenvolvimento, ao predicado (o que o sujeito pratica).
O TF consiste na frase inicial, que expressa, de maneira sucinta, a idéia tópico do
parágrafo; o desenvolvimento é formado pelas frases esclarecedora da idéia central
discutindo-a com detalhes; a conclusão (opcional) está contida numa frase final que enuncia
a parte mais interessante ou clímax do parágrafo ou, ainda, sintetiza o seu conteúdo.
Exercícios de aplicação:
Exercícios de aplicação
O parágrafo pode ser desenvolvido por definição, por exemplos, por comparação
e contraste, por causa e efeito, por fatos e detalhes específicos, por análise e
classificação.
Exercícios de aplicação
Exercícios de aplicação
Acrescente às frases seguintes uma causa que as torne eficientes como Tfs:
a) Qual o motivo pelo qual Passarinho (Jarbas Passarinho), ministro da educação em 1986,
devolveu a carta ao reitor?
Por que o erro lingüístico, sobretudo certo tipo como esse, funciona como contra-
argumento
Como já foi visto anteriormente, um texto deve formar um todo. Pra isso, deve ter coesão e
coerência. Um texto coeso é o que se apresenta bem concatenado em suas partes. Um texto
coerente é o que se apresenta adequado e verossímil em suas informações.
Vamos analisar se o texto abaixo é coeso e coerente.
- Use nos espaços em branco: mal / mau / mas / mais / más / males
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1 – Eram pessoas tão _____________ que faziam tudo ____________ de ficarem juntas.
( afim – a fim)
2 – Não se preocupe. Ela saiu de lá __________ . estará aqui daqui __________. (Há – à –
a – uma hora)
3) _______________ dezesseis anos ocorreu aquele acidente desagradável onde morreram
Atividades
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1) Complete as frases seguintes utilizando a forma apropriada dentre as que são fornecidas
entre parênteses.
d) _____________ você quer saber? É __________ sua curiosidade é maior que sua
inteligência? (por que / porque / por quê / porquê).
e) Você que saber _____________ ? Não lhe direi __________ . (por que / porque / por
quê / porquê).
i) Não gosto muito dela, ________________ tenho que admitir que é ____________
inteligente do que supunha. (mas / mais)
j) Comportou-se ___________ durante a reunião. Não creio que seja um ________ sujeito,
porém. (mal / mau)
l) Às vezes, penso que o _______________ anda vencendo o bem de goleada neste nosso
mundo. Isso é tão ____________. (mal / mau)
p) muitas pessoas têm opiniões que vêm _____________________ minhas, o que não
chega a me desanimar. (ao encontro de / de encontro a)
q) _______ anos não nos vemos. E só poderei reencontrá-lo daqui _________ dois meses!
(há / a)
v) ____________se fizer alguma coisa, o país escorregará para o caos. E ainda há quem
não faça nada ____________ perseguir privilégios. (se não / senão)
b- Haviam
13- Antigamente ---------poucas pessoas interessadas. a- existiam
b- existia
14- O carro e o ônibus----- no rio. a- caíram
b- caiu
c- caiu/ caíram
15- -----no rio o carro e o ônibus. a- Caiu
b- caíram
c- caiu/caíram
16- ----muitos anos que não o vejo. a- Faz
b- Fazem
17- Hoje ---- 25 de outubro. a- São
b- é
c- são/é
18- -----15 horas no relógio da praça. a- Deram
b- Deu
19- O relógio---- 15 horas. a- Deu
b- Deram
b) Choveu garrafas na cabeça do árbitro; aliás, estava chovendo até pilhas de rádio.
REDAÇÃO OFICIAL
1.1 Introduções
1.2 Fechos
1.2.1Fechos antigos
- Com os protestos de estima e apreço...
- Com os protestos de elevada estima e distinta consideração.
- Aproveitamos o ensejo para reafirmar a V. Sa. nossos protestos de estima e
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apreço.
- Aproveitamos o ensejo para apresentar a V. Sa. votos de estima e apreço.
1.2.2Fechos atuais
- Atenciosas saudações.
- Respeitosas saudações.
- Atenciosamente.
- Respeitosamente.
01 - PLATÃO, Francisco Savioli & FIORIN, José Luiz. Lições de Texto: Leitura e
redação 2 ed. Ática, São Paulo, 1997.
02 - CAMPEDELLI, Samira Yousseff & BARBOSA, Jésus Souza. Produção de textos &
Uso da Linguagem, Curso de Redação 1 ed. Saraiva, São Paulo 1998.