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CONCEITOS INICIAIS
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Direito a uma prestação é o poder jurídico, conferido a alguém, de exigir de outrem
o cumprimento de uma prestação (conduta), que pode ser um fazer, um não-fazer,
ou um dar - prestação essa que se divide em dar dinheiro e dar coisa distinta de
dinheiro. Os direitos a uma prestação relacionam-se aos prazos prescricionais que,
como prevê o art. 189 do CC, começam a correr da lesão/inadimplemento - não
cumprimento pelo sujeito passivo do seu dever. Como a autotutela é, em regra,
proibida, o titular desse direito, embora tenha a pretensão, não tem como, por si,
agir para efetivar o seu direito. Busca, portanto, a tutela jurisdicional executiva.
CONCEITO DE EXECUÇÃO
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a) Processo autônomo de execução: a efetivação é objeto de um processo
autônomo, instaurado com essa preponderante finalidade. Nesse contexto, havia
a necessidade de dois processos para a obtenção da certificação/efetivação do
direito: o primeiro destinava-se apenas à certificação do direito, objetivando o
segundo à sua efetivação. Ainda remanesce o processo autônomo de execução de
sentença para as hipóteses de sentença penal condenatória transitada em julgado,
de sentença arbitral, de sentença estrangeira homologada pelo STJ, da decisão
interlocutória estrangeira e do acórdão que julgar procedente revisão criminal.
CLASSIFICAÇÃO
EM RELAÇÃO AO PROCEDIMENTO
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b) Extrajudicial: por exemplo, o Decreto 70/1966 prevê a execução extrajudicial de
cédula hipotecária (art. 31), e a execução extrajudicial do contrato de alienação
fiduciária de bem imóvel (arts. 26 e 27 da Lei. 9.514). Evidentemente, a execução
extrajudicial fica sujeita a controle jurisdicional. No procedimento de execução de
título extrajudicial, há processo autônomo.
Importante ressaltar que, quando o título judicial se formar sem prévio processo
de conhecimento, como no caso da sentença penal condenatória, da sentença
arbitral e da decisão homologatória de decisão estrangeira pelo STJ, não há que se
falar em fase de cumprimento de sentença, razão pela qual, nestes casos, tais
títulos judiciais serão excepcionalmente executados por meio de ação própria e
processo autônomo. Todavia, esclarece-se ainda que, apesar de formalmente a
execução se dar por processo autônomo, adotam-se no seu curso as regras do
cumprimento de sentença.
III. Expropriação: típico das execuções para pagamento de quantia, por meio
do qual algum bem do patrimônio do devedor é expropriado para
pagamento do crédito. Ex. adjudicação, alienação judicial ou apropriação de
frutos e rendimentos de empresa ou de estabelecimentos e de outros bens.
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de compeli-lo (multa, prisão civil) ou incentivá-lo (sanção premial) a cumprir a
ordem judicial. Nesses casos, o Estado-juiz busca promover a execução com a
"colaboração" do executado. Podendo ser:
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natureza patrimonial. Tal exigência legal tem por objetivo garantir eventual
prejuízo do executado oriundo de futura modificação da decisão recorrida, sendo
dispensadas nas hipóteses do art. 521, quais sejam: crédito de natureza alimentar,
independente de sua origem; o credor demonstrar situação de necessidade;
pender agravo em REsp ou RE, fundado nos incisos II e III do art. 1.042; sentença
estiver em consonância com súmula do STF ou do STJ, ou com acórdão proferido
em julgamento de casos repetitivos. O cumprimento provisório da sentença será
requerido pelo exequente mediante petição escrita perante o juízo competente. E,
não sendo eletrônicos os autos, tal petição deverá estar acompanhada de cópia
dos documentos previstos no art. 522, parágrafo único, cuja autenticidade poderá
ser certificada pelo próprio advogado, sob sua responsabilidade. Tal exigência se
justifica para fins de formação de autos apartados, já que os autos principais
subirão ao órgão ad quem para o julgamento do recurso.
QUANTO A EXTENSÃO
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Por enquanto, permanece em vigor o procedimento previsto nos arts.
748 e ss do CPC/1973.
PRINCÍPIO DA EFETIVIDADE
Diante dessa inarredável realidade, que ora se impõe ao Poder Judiciário, é que se
tema ampliado os poderes do magistrado no sentido de poder promover,
independentemente de provocação, as medidas executivas adequadas ao caso
concreto. Trata-se da consagração do chamado poder geral de efetivação.
Exemplos: tutela específica (arts. 497 c/c 536; e 537, NCPC).
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necessariamente os tipificados em lei, que julgar necessários para tal mister (§1º
do art. 536). (elasticidade do regime e confiança na atuação do juiz).
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danos se o autor o requerer ou se impossível a tutela específica ou a obtenção de
tutela pelo resultado prático equivalente”
Tal princípio pressupõe que os diversos meios sejam igualmente eficazes (princípio
da efetividade deve ser respeitado). Assim, se há dois bens, penhora deverá recair
sobre aquele que gerar situação menos gravosa (ex. não se deve executar os
instrumentos necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado). O juiz
pode aplicá-lo de oficio, ou seja, se o credor optar pelo meio mais gravoso, poderá
o juiz
determinar que a execução se faça pelo meio menos oneroso. No entanto, ficando
inerte o juiz e o executado, no primeiro momento que lhe couber falar nos autos,
não se pronunciar acerca dessa onerosidade excessiva, haverá preclusão.
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É manejada quando houver colisão entre os demais princípios, adotando a solução
mais razoável, adequada e proporcional. É muito comum o choque entre a
dignidade da pessoa humana do executado, que lhe garante a impenhorabilidade
de alguns bens, e a efetividade da execução.
Existem diversos artigos que demonstram a sua aplicação, como o art. 774, V,
NCPC, em que o executado tem o dever de indicar seus bens à penhora. Outros
dispositivos são os arts. 525, §4° e o 917, §3º do NCPC, em que o executado que
pretende impugnar ou embargar o valor da execução, que apresente desde logo o
valor que entenda devido.
O CPC prevê que o oficial de justiça tem dever de localizar patrimônio apto para
responder pelas dívidas do executado (523, §3º e 829, §1º) mas impõe ao
executado o dever de, mediante ordem do juiz, indicar bens que podem sujeitar-se
a penhora, com sua localização, valor, prova de propriedade, etc. O
descumprimento acarreta imposição de multa ou outra medida necessária para
efetivar a determinação judicial (139, IV e 773 c/c 772, III). via de regra, não há
privacidade a proteger o executado, tudo o que puder interessar à execução deve
estar acessível.
REQUISITOS DA EXECUÇ ÃO
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admissibilidade. sua demonstração é questão de mérito. Tal afirmação impulsiona
o interesse de agir do exequente.
CARACTERÍSTICAS
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