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Caracterização da Vivacidade
3ª Jornada – 2018AGT25 / Estádio da Luz / 19’00’’
Árbitro Principal: Luís Godinho
Torna-se por isso indispensável demonstrar a importância da evolução das bases de uma
organização desportiva em que treino e competição se disponham num quadro de respeito pela
civilidade e desenvolvimento dos Atletas afectos aos quadros profissionais do Sporting Clube de
Portugal, bem como dos seus Associados e Adeptos.
Não raramente somos confrontados (os Associados e Adeptos) com um rol de erros cometidos na
preparação dos jogos (competição) de Futebol, cujas implicações não estão ainda devidamente
esclarecidas:
Recurso a métodos convencionais procurando-se o ensino das técnicas para jogar Futebol
(competir, ao mais alto nível), em detrimento do ensino do jogo baseado na sua
compreensão (princípios básicos do jogo – capacidades motoras, psicológicas e culturais);
Programação das UT’s (unidades de treino) realizada exclusivamente em função dos quadros
competitivos, sem ter-se em consideração a tipologia dessas mesmas competições…etc.;
Quadros competitivos desajustados, colocando-se em confronto directo, adversários de
nível abissalmente desigual e latos períodos de tempo sem actividade competitiva (veja-se
a pré-época desportiva, realizada pela Equipa Profissional do Sporting Clube de Portugal);
O processo de treino visa induzir alterações no comportamento dos seus praticantes. Como tal, na
sua actividade quotidiana, o Técnico procura desenvolver nos Atletas à sua disposição, modelos de
comportamento considerados positivos (gestão de recursos humanos e técnicos). O problema
central que se coloca é o de sabermos como viabilizar uma capacitação eficaz, baseada na
compreensão e na harmonização das capacidades para treinar e jogar Futebol.
A eficiência da constituição de uma Equipa de Futebol Profissional decorre, cada vez mais, de um
procedimento comunicacional, a vários níveis, e de tal modo que, para satisfizer a sua função, o
treino dos Atletas deve fundar-se em pilares estruturantes, dos quais se salientam os praticantes
(Atletas), os Associados e Adeptos, o Técnico, o Clube a família e o ambiente sócio-cultural e sócio-
económico.
Para além das concepções preconizadas e das metodologias adotadas, a busca do prazer pelo treino
e pelo jogo deve ser uma preocupação da qual o Técnico não deve abdicar, sob pena de ver
comprometida a continuidade dos Atletas (e dos seus Associados e Adeptos), numa vivência
desportiva, que lhes é cara. De facto, o Técnico deve transmitir-lhes a paixão pelo jogo e ensinar-
lhes o gosto pelo treino, pela superação, pelo aperfeiçoamento, sem que se confunda prazer ou
motivação com ausência de princípios orientadores, ou com prática pouco responsável e não
dirigida.
As sementes devem lançar-se com a terra mole, pronta a recebê-las. Por isso as aprendizagens
importantes são feitas na pré-época, resultando claro, que o processo de aquisição das
competências técnicas, tácticas, físicas, psicológicas e mentais, deve ser perspectivado, na história
da vida desportiva de cada Atleta, como uma circunstância basilar.
Para quando uma organização desenhada à medida daqueles que queremos formar e competir
em conjunto com os seus Associados e Adeptos?!
O jogo teve, uma duração final, de 100”! Ao longo deste tempo, foram resultando os mais
incompreensíveis comportamentos individuais e colectivos. Qualquer Técnico, tem por
incumbência das suas funções, conceber e impor a melhor estratégia em função do adversário e da
própria envolvência sócio-desportiva que a competição a este nível sempre trás. Adaptando-a, de
acordo com as precisões urgentes da Equipa e dos seus Atletas! Sob pena, de se irem amontoando
erros técnico-tácticos. Bem como, a dúvida natural, de quem se sente acossado de forma
ininterrupta, com níveis de intensidade e ritmos de jogo suficientemente elevados.
Se, não vejamos:
1. Alcançámos apenas 33% de posse de bola;
2. Obtivemos 64% de passes errados, com 247 no seu total;
3. O nosso adversário conseguiu 471, com 79% de eficácia;
4. Acções disciplinares – 5 Cartões Amarelos;
5. Rematamos à baliza 7 vezes! Só 3 dos remates foram enquadrados (sem qualquer perigo)
com a mesma, incluindo o pontapé da marca de grande penalidade, que nos deu o golo.
6. Conseguimos 1 canto a favor, contra 11 do adversário;
7. 17 Faltas, algumas delas grosseiras e que deram origem às acções disciplinares;
8. Isto são, apenas, alguns dados, daquilo que foi o jogo jogado.
JEFFERSON NANI
MARCOS ACUÑA
ANDRÉ PINTO
RISTOVSKI RAPHINA
O jogo em si caracterizou-se desde o seu início, pelos duelos individuais, num combate incessante
pela posse da bola e pelo jogo espacial. Na maioria, desses confrontos, os mesmos foram-nos
desvantajosos, obrigando-nos a uma energia titânica e, a uma dedicação colectiva e individual, digna
de registo. Os nossos jogadores jamais se denunciaram superados … combateram até à exaustão,
mas era uma batalha digamos dissemelhante, considerando as estratégias perfilhadas e, que, em
nada, favoreceram as nossas cores.
Por ser justo e coerente, não posso deixar de louvar a excepcional exibição do nosso Guarda-redes
ROMAIN SALIN – experiência, grandes níveis de concentração competitiva, elasticidade,
flexibilidade, rapidez de reflexos, velocidade na execução do gesto técnico, foram alguns e bons
predicados que apresentou e que um Guarda-redes de top terá que ter! E, neste jogo, todas estes
quesitos técnicos, foram profusamente revelados. Como na última “análise” e alusiva ao jogo
“Sporting vs Vitória de Setúbal”, dei a entender a minha insatisfação pelo seu erro técnico individual.
Hoje terei, que lhe agradecer e reconhecer sem retroactividade do elogio, que só não fomos
vencidos e por números que poderiam ter sido históricos, por sua, boa culpa!
Quanto, aos restantes elementos de sector, não se pode suportar um golo daquela forma: COATES,
ANDRÉ PINTO e PETROVIC, estavam todos ao primeiro poste. Como, se uma conferência sobre
futebol estivesse a ser ali debatida! Não satisfazendo isso, JEFFERSON que deveria realizar a
cobertura defensiva e encurtar o espaço, atacando a bola, embaraçando ao máximo a acção
individual do seu adversário, limitou-se a dar 2 ou 3 passos para trás e colocar os braços atrás das
costas num posicionamento incompatível com a linha da bola. São erros primários, que não podem
ocorrer, limitando-se, a exemplo dos restantes companheiros de sector a despejar bolas para as
“couves”.
A linha intermédia esteve muito bem! BATAGLIA fez, um enorme jogo…pelo menos e de
consonância com a própria caracterização do jogo e, por certo, imbuído de instruções nesse sentido,
procurou destruir e complicar ao máximo as acções dos seus adversários, nas mais variadas zonas
do campo. Foi de uma entrega e espírito de sacrifício notáveis! Pena, é, que não consiga e não
busque realizar acções de construção, mas esse não é o seu ADN. Incansável, nos desdobramentos
e nas entreajudas e coberturas, sempre atrás da linha da bola, ocupando bem os espaços terrenos
e aéreos. PETROVIC entrou, fez quatro faltas seguidas, levou cartão amarelo e tem
responsabilidades directas no golo do seu opositor. Más coberturas, maus posicionamentos (o não
saber jogar sem bola, é, um problema, de difícil resolução)! Não é, definitivamente, jogador de
futebol!
ACUÑA outra boa exibição…empenhado, competitivo quanto baste. Bem, na condução da bola e
nos duelos individuais, muito bem também, nas coberturas e apoios defensivos, em especial a
Jefferson e também nas coberturas ofensivas e apoios frontais a Bruno Fernandes, que poderiam
ter dado alguns frutos nos primeiros 20’’ de jogo.
BRUNO FERNANDES salvo uma melhor opinião, foi aquele que menos produção de jogo teve! Penso,
que este modelo não lhe é benéfico, atentando às suas particularidades e grandíssima valia técnica!
Mas, a mim, parece-me mais uma questão do foro mental! Mostra-se, algo triste e algo distanciado
da Equipa e da bola que é, o que mais gosta de ter. Bem sei, que o jogo não dava para belezas
técnicas ou estéticas. Mas, o passado recente principia a germinar as suas consequências
impiedosas na sua imagem enquanto Homem e Atleta. Os reflectidos (irreflectidos) técnicos deverão
ter, uma apreensão acrescentada, com este Atleta… carece de ser acarinhado e auxiliado a superar
o trauma que perpetuamente ficou das suas acções individuais.
FREDY MONTERO outra deliciosa contribuição! Sempre muito desembaraçado, em missão ingrata e
muitíssimo desgastante. Aquele lugar, não é a sua praia…o seu, autêntico lugar, é na posição 10,
onde gosta e sabe reter a bola, em uniões assertivas com o 9 ou com os corredores exteriores. Foi
infatigável, na ajuda no seu meio campo defensivo, desdobrando-se nos três corredores em apoios
directos e algumas recuperações de bolas. Pena foi, que a estratégia implementada e muito mal
cuidada, para esta jogo, não apreciasse o ataque rápido e a construção de jogo de trás para a frente.
Acolheu, sempre a bola, em más conjunturas e sem os obrigatórios apoios e coberturas. Mesmo
assim, conquistou uma falta para grande penalidade. Solitário como estava, a mais não era
obrigado, nem humanamente lhe seria exigível.
Como, já afirmei, este jogo teve muitas vilezas e controvérsias estéreis, com um frenesim
persistente e sem materialização … onde, o subterfúgio à falta (mais de 30) foi contínua, por parte
das duas Equipas. Como se assevera de forma insensata, não existem faltas “úteis ou necessárias”,
a falta de recursos técnicos e os maus posicionamentos em relação à bola e ao adversário é, que
leva, a cometer esses erros, porque é disso que verdadeiramente se trata!
Mais uma vez e não desejando ser polémico, usufruímos da competência na baliza, o Esforço, a
Dedicação e a Devoção, de todos os Atletas! Não faltou, também, a estrelinha da sorte e
abandonámos Carnide de “Alma Lavada”. Mas não, totalmente purificada e saciada.