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EDITORA JUSPODIVM

DIREITO TRIBUTÁRIO
12ª edição
Ricardo Alexandre
ERRATA

(1) Na página 108 (Capítulo 1), substituir texto tachado abaixo:

Já a segunda contribuição é, inequivocamente, um tributo, pois atende a todos os


elementos constantes da definição de tributo. Foi instituída por lei e é compulsória para
todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional,
ou de uma profissão liberal, em favor do Sindicato representativo da mesma categoria ou
profissão, ou, inexistindo este, à Federação correspondente à mesma categoria econômica
ou profissional (CLT, arts. 579 e 591).
Segundo o STJ, até mesmo os empregados públicos e servidores estatutários civis
são obrigados a pagar a contribuição de natureza tributária. No entanto, não estão sujeitos
à cobrança os aposentados, tendo em vista a inexistência do vínculo funcional com a
administração pública (REsp 1.225.944/RS).
Foi justamente por entender como tributo as contribuições ora estudadas, que o
Supremo Tribunal Federal as tratou como verdadeiras receitas públicas, de forma a
sujeitar as entidades sindicais beneficiárias à competência fiscalizadora do Tribunal de
Contas da União, o que, ainda no entender do STF, não representa violação à autonomia
sindical assegurada na Constituição (MS 28.465)
Sobre a contribuição sindical rural e a possibilidade de sua cobrança pela
Confederação Nacional de Agricultura – CNA, nos termos da Súmula 396 do STJ,
aconselha-se a leitura do item 5.7.1 desta obra.

Pelo seguinte (texto novo):

A segunda contribuição sindical era instituída em lei e cobrada de todos os


integrantes da categoria envolvida, independentemente da filiação ao respectivo
sindicato, detendo “inequívoco caráter tributário” (ADI 1.076-MC), pois atendia a todos
os elementos constantes do art. 3º do CTN. Contudo, com o advento da Lei 13.467/2017
(Reforma Trabalhista), o art. 579 da CLT foi alterado em sua essência, e o desconto da
contribuição sindical ficou condicionado “à autorização prévia e expressa dos que
participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma
profissão liberal”. Como consequência, cessada a compulsoriedade da exação, deixou ela
de ostentar natureza tributária.
Quando a contribuição sindical era considerada tributo, o Supremo Tribunal Federal
entendia que os valores arrecadados eram verdadeiras receitas públicas, o que tinha o
efeito de submeter as entidades sindicais beneficiárias à competência fiscalizadora do
Tribunal de Contas da União (MS 28.465/DF). Como a contribuição sindical não mais se
enquadra no conceito de tributo, também não mais é possível sustentar a competência
do TCU para fiscalização daquelas respectivas sindicais.
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Sobre a contribuição sindical rural e a possibilidade de sua cobrança pela


Confederação Nacional de Agricultura – CNA, nos termos da Súmula 396/STJ,
aconselha-se a leitura do item 5.7.1 desta obra.

(2) Nas páginas 355 a 357 (Capítulo 5), substituir texto tachado abaixo:

Aqueles que advogam o entendimento contrário alegam, como exemplo, que as


contribuições sociais corporativas instituídas em favor das entidades sindicais – conforme
previsto no final do art. 8.º – teriam tais entidades de direito privado como sujeito ativo.
Entretanto, uma breve leitura dos dispositivos legais que instituem a contribuição sindical
revela que, apesar de as entidades sindicais serem as destinatárias do produto da
arrecadação, quem aparece como sujeito ativo da contribuição é a União, por intermédio
do Ministério do Trabalho e Emprego (CLT, arts. 578 a 610). Ressalte-se que, apesar de
a execução fiscal por não pagamento da contribuição ficar a cargo das entidades sindicais,
a certidão de dívida ativa que comprova o débito deve ser expedida necessariamente pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, o que demonstra que a administração do tributo fica
a cargo da União, apesar de o destinatário da arrecadação possuir o ônus da cobrança
judicial.
É relevante registrar, contudo, que, em 2009, o STJ sumulou entendimento
aparentemente em sentido contrário ao aqui esposado, nos termos abaixo transcritos:

STJ – Súmula 396 – “A Confederação Nacional da Agricultura tem legitimidade ativa para a cobrança
da contribuição sindical rural”.

Conforme analisado no item 1.4.6.5.1 desta obra, a contribuição sindical prevista na


parte final do art. 8.º, IV, da Constituição Federal é tributo da espécie contribuição
corporativa. No que concerne aos trabalhadores rurais, a cobrança tem sido feita pela
Confederação Nacional da Agricultura – CNA, uma pessoa jurídica de direito privado,
tendo em vista a sucessão de eventos analisados abaixo.
O art. 4.º do Decreto-lei 1.166/1971 atribuía a capacidade tributária ativa para
cobrança do tributo ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA),
autarquia federal. Com o advento da Lei 8.022/1990, a atribuição foi devolvida à União
que a exercia por intermédio da Secretaria da Receita Federal – SRF.
Posteriormente, foi editada a Lei 8.847, de 28 de janeiro de 1994, contendo, no seu
artigo 24, I, a seguinte regra:

“Art. 24. A competência de administração das seguintes receitas, atualmente arrecadadas pela
Secretaria da Receita Federal por força do artigo 1.º da Lei 8.022, de 12 de abril de 1990, cessará em
31 de dezembro de 1996:
I – Contribuição Sindical Rural, devida à Confederação Nacional da Agricultura – CNA e à
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, de acordo com o artigo 4.º, do
Decreto-lei 1.166, de 15 de abril de 1971, e o artigo 580 da Consolidação das Leis de Trabalho –
CLT”.

É pacífico que, com a edição da norma, cessou a competência da SRF para cobrar a
contribuição sindical rural. Entretanto, não ficou claro quem passaria a deter tal
atribuição: o INCRA, nos termos da legislação anterior; ou a própria CNA, por ser a titular
dos respectivos créditos.
Afirmar a capacidade ativa do INCRA seria reconhecer a repristinação tácita do
Decreto-Lei 1.166/1971, o que não é admitido no Brasil (Lei de Introdução às normas do
Direito Brasileiro, art. 2.°, § 3.°). Atribuir a cobrança à CNA aparentemente seria atribuir
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capacidade tributária ativa a pessoa jurídica de direito privado, o que está proibido pelo
art. 7.º do CTN.
Em 18.05.1998, SRF e CNA firmaram convênio estipulando que esta passaria a
cobrar a contribuição sindical rural. Muitos afirmaram que a SRF não podia delegar uma
competência que já não detinha, mas o STJ entendeu que a atribuição já seria
naturalmente da CNA, tendo em vista o disposto no art. 24 da Lei 8.847/1994,
anteriormente transcrito. Nesse sentido, transcreve-se o seguinte excerto da Ementa do
julgamento proferido pelo STJ nos autos do REsp 704.506, rel. Min. Eliana Calmon, j.
17.04.2008, DJ 06.05.2008:

“Com o advento da Lei 8.847⁄94, cessou a competência da SRF para a arrecadação


das contribuições sindicais devidas pelos produtores rurais e pelos trabalhadores
rurais, que passaram ao encargo dos órgãos titulares, respectivamente, CNA –
Confederação Nacional da Agricultura e CONTAG – Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura. Precedentes desta Corte.”

Há precedentes do STJ em que a mesma conclusão é fundamentada no convênio


celebrado entre SRF e CNA. A título de exemplo, ao julgar o REsp 712.965, o Tribunal
expressamente fez constar da Ementa que “Em face de convênio celebrado entre a Receita
Federal e a Confederação Nacional da Agricultura, esta última entidade jurídica passou a
exercer a função arrecadadora da contribuição sindical rural” (STJ, 1.ª T., REsp 712.965,
rel. Min. José Delgado, j. 12.04.2005, DJ 06.06.2005).
Em eventuais provas subjetivas de concurso público, aconselha-se que o candidato,
para fundamentar o entendimento constante da Súmula STJ 396, invoque os dois
fundamentos, quais sejam: a) o advento de nova lei revogando a competência da SRF; e
b) o convênio firmado entre esta e a CNA.
Analisando os precedentes que resultaram na edição da Súmula, percebe -se que o
STJ não chegou a se manifestar expressamente sobre a compatibilidade da cobrança do
tributo pela CNA com o disposto no art. 7.º do CTN, que somente permite a delegação da
capacidade ativa para pessoas jurídicas de direito público.
Apesar das opiniões divergentes, aconselha-se que, em prova de concurso público,
seja adotado o entendimento de que somente pessoas de direito público podem figurar
como sujeito ativo numa relação jurídicotributária, visto que esse posicionamento
encontra-se fundamentado em disposições expressas do Código Tributário Nacional. As
eventuais questões objetivas que venham a abordar a Súmula STJ 396 provavelmente o
farão de maneira literal, transcrevendo-se o enunciado antecedido de uma expressão como
“Segundo o STJ...”

Pelo seguinte (texto novo):

Os defensores do entendimento contrário costumavam apontar como exemplo as


contribuições instituídas por lei em favor das entidades sindicais – que antes da Lei
13.467/2017 (Reforma Trabalhista) possuíam caráter tributário – tendo por sujeitos ativos
essas mesmas entidades de direito privado. Entretanto, uma breve leitura dos dispositivos
legais que instituíam tal contribuição sindical revelava que, apesar de as entidades
sindicais serem as destinatárias do produto da arrecadação, quem aparecia como sujeito
ativo da contribuição corporativa era a União, por intermédio do Ministério do Trabalho
e Emprego. Apesar de a execução fiscal por não pagamento da contribuição ficar a cargo
das entidades sindicais, a certidão de dívida ativa que comprovava o débito era expedida
pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Portanto, cabia à União a administração do
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tributo União, ainda que o destinatário da arrecadação possuísse o ônus da cobrança


judicial.
É relevante registrar que, em 2009, o STJ sumulou entendimento aparentemente
oposto ao aqui esposado, nos termos abaixo transcritos:

STJ – Súmula 396 – “A Confederação Nacional da Agricultura tem legitimidade ativa para a cobrança
da contribuição sindical rural”.

Mesmo quando a contribuição sindical prevista na parte final do art. 8.º, IV, da
Constituição Federal era considerada tributo, a cobrança relativa aos trabalhadores rurais
era feita pela Confederação Nacional da Agricultura – CNA, uma pessoa jurídica de
direito privado, tendo em vista a sucessão de eventos analisados abaixo.
O art. 4.º do Decreto-lei 1.166/1971 atribuía a capacidade tributária ativa para
cobrança do antigo tributo ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA), autarquia federal. Com o advento da Lei 8.022/1990, a atribuição foi devolvida
à União, que a exercia por intermédio da Secretaria da Receita Federal – SRF.
Posteriormente, foi editada a Lei 8.847, de 28 de janeiro de 1994, contendo, no seu
artigo 24, I, a seguinte regra:

“Art. 24. A competência de administração das seguintes receitas, atualmente arrecadadas pela
Secretaria da Receita Federal por força do artigo 1.º da Lei 8.022, de 12 de abril de 1990, cessará em
31 de dezembro de 1996:
I – Contribuição Sindical Rural, devida à Confederação Nacional da Agricultura – CNA e à
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, de acordo com o artigo 4.º, do
Decreto-lei 1.166, de 15 de abril de 1971, e o artigo 580 da Consolidação das Leis de Trabalho –
CLT”.

Com a edição da norma, cessou a competência da SRF para cobrar a contribuição


sindical rural. Entretanto, não ficou claro quem passaria a deter tal atribuição: o INCRA,
nos termos da legislação anterior; ou a própria CNA, por ser a titular dos respectivos
créditos.
Afirmar a capacidade ativa do INCRA seria reconhecer a repristinação tácita do
Decreto-Lei 1.166/1971, o que não é admitido no Brasil (Lei de Introdução às normas do
Direito Brasileiro, art. 2.°, § 3.°). Atribuir a cobrança à CNA aparentemente seria atribuir
capacidade tributária ativa a pessoa jurídica de direito privado, o que está proibido pelo
art. 7.º do CTN.
Em 18.05.1998, SRF e CNA firmaram convênio estipulando que esta passaria a
cobrar a contribuição sindical rural. Muitos afirmaram que a SRF não podia delegar uma
competência que já não detinha, mas o STJ entendeu que a atribuição já seria
naturalmente da CNA, tendo em vista o disposto no art. 24 da Lei 8.847/1994,
anteriormente transcrito. Nesse sentido, transcreve-se o seguinte excerto da Ementa do
julgamento proferido pelo STJ nos autos do REsp 704.506, rel. Min. Eliana Calmon, j.
17.04.2008, DJ 06.05.2008:

“Com o advento da Lei 8.847⁄94, cessou a competência da SRF para a arrecadação das contribuições
sindicais devidas pelos produtores rurais e pelos trabalhadores rurais, que passaram ao encargo dos
órgãos titulares, respectivamente, CNA – Confederação Nacional da Agricultura e CONTAG –
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura. Precedentes desta Corte.”

Em alguns precedentes do STJ, a mesma conclusão foi fundamentada com base no


convênio celebrado entre SRF e CNA. A título de exemplo, ao julgar o REsp 712.965, o
Tribunal expressamente fez constar da Ementa que “Em face de convênio celebrado entre
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a Receita Federal e a Confederação Nacional da Agricultura, esta última entidade jurídica


passou a exercer a função arrecadadora da contribuição sindical rural” (STJ, 1.ª T., REsp
712.965, rel. Min. José Delgado, j. 12.04.2005, DJ 06.06.2005).
Em eventuais provas subjetivas de concurso público, aconselha-se que o candidato,
para fundamentar o entendimento constante da Súmula 396/STJ, ainda vigente, invoque
os dois fundamentos, quais sejam: a) o advento de lei revogando a competência da SRF;
e b) o convênio firmado entre esta e a CNA.
Analisando os precedentes que resultaram na edição da Súmula, percebe-se que o
STJ não chegou a se manifestar expressamente sobre a compatibilidade da cobrança do
antigo tributo pela CNA com o disposto no art. 7.º do CTN, que somente permite a
delegação da capacidade ativa para pessoas jurídicas de direito público.
Apesar das opiniões divergentes, aconselha-se que, em prova de concurso público,
seja adotado o entendimento de que somente pessoas de direito público podem figurar
como sujeito ativo numa relação jurídico-tributária, visto que esse posicionamento
encontra-se fundamentado em disposições expressas do Código Tributário Nacional. As
eventuais questões objetivas que venham a abordar a Súmula STJ 396 provavelmente o
farão de maneira literal, transcrevendo-se o enunciado antecedido de uma expressão como
“Segundo o STJ...”

(3) Na página 655 (Capítulo 13), substituir texto tachado abaixo:

I – mercadoria transportada a granel, cuja descarga deva se realizar diretamente


para terminais de oleodutos, silos ou depósitos próprios, ou veículos
apropriados;
II – mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresente características
de periculosidade;
III – plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos facilmente
perecíveis ou suscetíveis de danos causados por agentes exteriores;
IV – papel para impressão de livros, jornais e periódicos;
V – órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou
municipal, inclusive autarquias, empresas públicas, sociedades de economia
mista e fundações públicas; e
VI – mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre.

O parágrafo único do mesmo art. 17 da IN SRF 680/2006 permite o registro


antecipado da declaração de importação em outras hipóteses estabelecidas por normas
específicas, ou, em casos justificados, mediante prévia autorização do chefe da unidade
da Secretaria da Receita Federal de despacho.

Pelo seguinte (texto novo):

I – mercadoria transportada a granel, cuja descarga deva se realizar diretamente


para terminais de oleodutos, silos ou depósitos próprios, ou veículos
apropriados;
II – mercadoria inflamável, corrosiva, radioativa ou que apresente características
de periculosidade;
III – plantas e animais vivos, frutas frescas e outros produtos facilmente
perecíveis ou suscetíveis de danos causados por agentes exteriores;
EDITORA JUSPODIVM

IV – papel para impressão de livros, jornais e periódicos;


V – órgão da administração pública, direta ou indireta, federal, estadual ou
municipal, inclusive autarquias, empresas públicas, sociedades de economia
mista e fundações públicas;
VI – mercadoria transportada por via terrestre, fluvial ou lacustre;
VII – mercadoria importada por meio aquaviário, quando o importador for
certificado como operador econômico autorizado (OEA), nas modalidades
OEA – Conformidade Nível 2 ou OEA – Pleno, conforme disciplinado em
ato da Coana; e
VIII – outras situações ou mercadorias, a serem avaliadas pelo chefe da unidade
da RFB de despacho, mediante justificativa.

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