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DIREITO TRIBUTÁRIO
12ª edição
Ricardo Alexandre
ERRATA
(2) Nas páginas 355 a 357 (Capítulo 5), substituir texto tachado abaixo:
STJ – Súmula 396 – “A Confederação Nacional da Agricultura tem legitimidade ativa para a cobrança
da contribuição sindical rural”.
“Art. 24. A competência de administração das seguintes receitas, atualmente arrecadadas pela
Secretaria da Receita Federal por força do artigo 1.º da Lei 8.022, de 12 de abril de 1990, cessará em
31 de dezembro de 1996:
I – Contribuição Sindical Rural, devida à Confederação Nacional da Agricultura – CNA e à
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, de acordo com o artigo 4.º, do
Decreto-lei 1.166, de 15 de abril de 1971, e o artigo 580 da Consolidação das Leis de Trabalho –
CLT”.
É pacífico que, com a edição da norma, cessou a competência da SRF para cobrar a
contribuição sindical rural. Entretanto, não ficou claro quem passaria a deter tal
atribuição: o INCRA, nos termos da legislação anterior; ou a própria CNA, por ser a titular
dos respectivos créditos.
Afirmar a capacidade ativa do INCRA seria reconhecer a repristinação tácita do
Decreto-Lei 1.166/1971, o que não é admitido no Brasil (Lei de Introdução às normas do
Direito Brasileiro, art. 2.°, § 3.°). Atribuir a cobrança à CNA aparentemente seria atribuir
EDITORA JUSPODIVM
capacidade tributária ativa a pessoa jurídica de direito privado, o que está proibido pelo
art. 7.º do CTN.
Em 18.05.1998, SRF e CNA firmaram convênio estipulando que esta passaria a
cobrar a contribuição sindical rural. Muitos afirmaram que a SRF não podia delegar uma
competência que já não detinha, mas o STJ entendeu que a atribuição já seria
naturalmente da CNA, tendo em vista o disposto no art. 24 da Lei 8.847/1994,
anteriormente transcrito. Nesse sentido, transcreve-se o seguinte excerto da Ementa do
julgamento proferido pelo STJ nos autos do REsp 704.506, rel. Min. Eliana Calmon, j.
17.04.2008, DJ 06.05.2008:
STJ – Súmula 396 – “A Confederação Nacional da Agricultura tem legitimidade ativa para a cobrança
da contribuição sindical rural”.
Mesmo quando a contribuição sindical prevista na parte final do art. 8.º, IV, da
Constituição Federal era considerada tributo, a cobrança relativa aos trabalhadores rurais
era feita pela Confederação Nacional da Agricultura – CNA, uma pessoa jurídica de
direito privado, tendo em vista a sucessão de eventos analisados abaixo.
O art. 4.º do Decreto-lei 1.166/1971 atribuía a capacidade tributária ativa para
cobrança do antigo tributo ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(INCRA), autarquia federal. Com o advento da Lei 8.022/1990, a atribuição foi devolvida
à União, que a exercia por intermédio da Secretaria da Receita Federal – SRF.
Posteriormente, foi editada a Lei 8.847, de 28 de janeiro de 1994, contendo, no seu
artigo 24, I, a seguinte regra:
“Art. 24. A competência de administração das seguintes receitas, atualmente arrecadadas pela
Secretaria da Receita Federal por força do artigo 1.º da Lei 8.022, de 12 de abril de 1990, cessará em
31 de dezembro de 1996:
I – Contribuição Sindical Rural, devida à Confederação Nacional da Agricultura – CNA e à
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, de acordo com o artigo 4.º, do
Decreto-lei 1.166, de 15 de abril de 1971, e o artigo 580 da Consolidação das Leis de Trabalho –
CLT”.
“Com o advento da Lei 8.847⁄94, cessou a competência da SRF para a arrecadação das contribuições
sindicais devidas pelos produtores rurais e pelos trabalhadores rurais, que passaram ao encargo dos
órgãos titulares, respectivamente, CNA – Confederação Nacional da Agricultura e CONTAG –
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura. Precedentes desta Corte.”