Você está na página 1de 112

SISTEMAS ELÉTRICOS DE POTÊNCIA

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS


Prof. Methodio Godoy
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

ÍNDICE

 CONCEITOS BÁSICOS.
 CAUSAS E OCORRÊNCIAS DAS FALTAS.
 CLASSIFICAÇÃO DAS FALTAS.
 FATORES QUE INFLUENCIAM A INTENSI-
DADE DAS FALTAS.
 MÉTODOS DE CÁLCULO DAS FALTAS

2
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS FALTAS

CONCEITOS BÁSICOS
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CONCEITOS BÁSICOS

FALTAS

 FALTAS – são condições não usuais de opera-


ção de um sistema elétrico.
 Exemplos : uma fase conectada diretamente a
outra ou a terra, uma fase aberta, duas ou três
fases curto circuitadas....

Porque é necessário
estudar e calcular faltas?

4
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CONCEITOS BÁSICOS

FALTAS

 As faltas precisam ser determinadas para que


se avaliar se os equipamentos, componentes e
instalações estão aptos a suportar os esforços
produzidos pelas sobrecorrentes e/ou sobre-
tensões ou precisa serem adequadamente
protegidos.
 Os relés conseguem “enxergar” as sobre-
correntes para que a proteção atue correta-
mente?

5
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CONCEITOS BÁSICOS

SOBRECORRENTE

 É qualquer corrente que exceda um valor de


corrente nominal de um equipamento ou a
capacidade de condução de corrente de um
condutor.
 As sobrecorrentes podem ser classificadas em
dois tipos:
• Correntes de Sobrecarga,
• Correntes de Curto Circuito

6
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CONCEITOS BÁSICOS

CORRENTES DE SOBRECARGA

 As correntes de sobrecarga usualmente


ocorrem causadas por:
• Subdimensionamento de circuitos;
• Substituição de equipamentos de utilização
por outros de maior potência ou ainda a
inclusão de equipamentos de utilização não
previstos inicialmente.
• Motores elétricos que estejam acionando
cargas excessivas para sua potência nomi-
nal.
7
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CONCEITOS BÁSICOS

CORRENTES DE SOBRECARGA
 Correntes de partida de motores de indução, (5 a 7
vezes a corrente nominal), porém, com duração
limitada a uns poucos segundos.
 As lâmpadas de descarga, especialmente as de alta
pressão, apresentam sobrecorrentes de partida de
duas ou três vezes a corrente nominal, por alguns
minutos.
 As lâmpadas incandescentes, que apresentam
correntes de partida extremamente elevadas, cerca de
doze vezes a corrente nominal com tempo de partida
de alguns milésimos de segundo.

8
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CONCEITOS BÁSICOS

CORRENTES DE SOBRECARGA
 São correntes de pequena intensidade enquanto que
as correntes de curto circuito são de grande
intensidade.
 Porém:
• Motores de indução podem absorver, quando
sobrecarregados, correntes muito elevadas,
• Curtos-circuitos nas extremidades de linhas muito
longas podem dar origem a correntes de curto-
circuito muito baixas.

9
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CONCEITOS BÁSICOS

CORRENTES DE CURTO CIRCUITO


 São correntes usualmente de elevada inten-
sidade que surgem quando da ocorrência de
um contato ou arco acidental entre partes
condutoras sob potenciais diferentes.
 Tal contato pode ser direto (metálico, franco)
ou indireto (através de arco voltaico).
 As correntes de curto circuito são usualmente
produzidas por faltas.

10
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CONCEITOS BÁSICOS

CORRENTES DE CURTO CIRCUITO

11
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CONCEITOS BÁSICOS

EFEITOS DAS SOBRECORRENTES

 A ocorrência de sobrecorrentes nos sistemas


elétricos podem provocar nos materiais,
componentes e equipamentos os seguintes
efeitos:
• EFEITOS TÉRMICOS (AQUECIMENTO),
• EFEITOS DINÂMICOS (ESFORÇOS MECÂ-
NICOS).

12
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CONCEITOS BÁSICOS

SOBRECORRENTES

13
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CONCEITOS BÁSICOS

FALHAS E DEFEITOS

 Ambos FALHAS e DEFEITOS podem produzir


FALTAS ou CURTOS.

FALHA
ou FALTA ou
CURTO CIRCUITO
DEFEITO

14
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CONCEITOS BÁSICOS

FALHA E DEFEITO

 Embora os termos falha e defeito sejam


utilizados em alguns textos como sinônimos de
faltas, têm definição distinta.
 DEFEITO - é alteração física que prejudica o
funcionamento de um componente.
 FALHA - é a situação que ocorre no funciona-
mento de um componente quando ele deixa de
cumprir sua finalidade em caráter permanente
ou temporário.

15
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

POSSÍVEIS CAUSAS

16
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

GATO COMO CAUSA DE CURTO


CIRCUITO

17
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

GATO COMO CAUSA DE CURTO


CIRCUITO

18
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

POSSÍVEIS CAUSAS

19
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

CURTO TRIFÁSICO

20
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

CONSEQÜÊNCIAS DAS FALTAS

21
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

CONSEQÜÊNCIAS DAS FALTAS

22
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

INCÊNDIOS PROVOCADOS POR ELETRICIDADE

Prédio da CESP

23
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

CONSEQÜÊNCIAS DAS FALTAS

24
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

INCÊNDIOS

25
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

INCÊNDIOS

26
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

CONSEQÜÊNCIAS DAS FALTAS

27
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

CONSEQÜÊNCIAS DAS FALTAS

28
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

CONSEQÜÊNCIAS DAS FALTAS

29
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

CONSEQÜÊNCIAS DAS FALTAS

30
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

INCÊNDIOS

31
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

EXPLOSÃO DE PARARRAIOS DE 500 KV

32
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

EXPLOSÃO DE PARARRAIOS DE 500 KV

33
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

EXPLOSÃO DE BATERIA DE GGE

34
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

EXPLOSÃO DE BATERIA DE GGE

35
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

ARCO ELÉTRICO

36
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS FALTAS

CAUSAS E OCORRÊNCIAS
DAS FALTAS
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

CAUSAS DAS FALTAS


 Inundações;
 Desmoronamentos;
 Descargas atmosféricas;
 Falhas mecânicas em cadeias de isoladores;
 Fadiga e/ou envelhecimento de materiais;
 Ação de vento, ou similares;
 Poluição (queimadas);
 Queda de árvores sobre redes;
 Vandalismo;
 Entrada de pequenos animais em equipamentos;
 Manobras incorretas...

38
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CAUSAS E OCORRÊNCIAS

ESTATÍSTICAS DE OCORRÊNCIAS
POR TIPO DE FALTA

 Referência : Livro: “Curto Circuito” de Geraldo Kinderman

39
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CAUSAS E OCORRÊNCIAS

ESTATÍSTICAS DE OCORRÊNCIAS
POR TIPO DE FALTA

 Referência : Livro: “Circuitos Polifásicos” de Wilson Gonçalves

40
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CAUSAS E OCORRÊNCIAS

ESTATÍSTICAS DE OCORRÊNCIAS POR


TRECHO DO SISTEMA ELÉTRICO

 Referência: Livro: “Curto Circuito” de Geraldo Kinderman

41
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS FALTAS

CLASSIFICAÇÃO DAS FALTAS


INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CLASSIFICAÇÃO

EM RELAÇÃO AO FLUXO DE POTÊNCIA

• FALTAS SHUNTS:
 Curto Circuito Trifásico,
 Curto Circuito Monofásico,
 Curto Circuito Bifásico com Terra,
 Curto Circuito Bifásico sem Terra,
• FALTAS SÉRIE:
 Abertura de um condutor,
 Abertura de dois condutores.
• FALTAS SIMULTÂNEAS: ocorrência de
dois tipos de faltas no mesmo instante.
43
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CLASSIFICAÇÃO

EM RELAÇÃO A SIMETRIA
 FALTAS SIMÉTRICAS : são faltas onde as
tensões e correntes são equilibradas. Exemplo:
curto circuito trifásico.
 FALTAS ASSIMÉTRICAS : são faltas onde as
tensões correntes são desequilibradas. Exemplo:
curto circuito monofásico. Necessitam do Método
das Componentes Simétricas para a sua solução.

44
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CLASSIFICAÇÃO

EM RELAÇÃO A DURAÇÃO

 PERMANENTES: São faltas que permanecem


após a atuação da proteção e restabelecimento
do sistema elétrico. Exemplo: falta provocada
por um dano na isolação sólido de um trans-
formador.
 TEMPORÁRIAS: São faltas que deixam de
existir após a atuação da proteção e restabele-
cimento do sistema elétrico. Exemplo: falta
provocada por descarga atmosférica.

45
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS FALTAS

FATORES QUE INFLUENCIAM A


INTENSIDADE DAS FALTAS
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS FATORES QUE INFLUENCIAM

FATORES QUE INFLUENCIAM


A INTENSIDADE DAS FALTAS

 A condição de carga, (Carga Máxima, Média e


Mínima e ao longo da semana, mês, ano...),
 A topologia do sistema elétrico,
 O perfil das tensões nas barras do sistema
elétrico no instante t=0- da falta,
 A ligação do ponto de neutro dos componentes
do sistema elétrico a terra (aterramento
funcional).

47
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS FALTAS

MÉTODOS DE
CÁLCULO DE FALTAS
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS MÉTODOS DE CÁLCULO

MÉTODOS DE CÁLCULO DE CURTO CIRCUITO

 Método de redução de redes ou da impedância


equivalente de THEVENIN.
 Método de cálculo digital ou das matrizes de
redes: YBUS e ZBUS.
 Método de simulação analógica ou digital.

49
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

SITUAÇÕES PRÁTICAS

50
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

SITUAÇÕES PRÁTICAS

51
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

SITUAÇÕES PRÁTICAS

52
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

SITUAÇÕES PRÁTICAS

53
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

ESTUDOS DE CURTO CIRCUITO

 São estudos realizados nos sistemas elétricos


para obter as CORRENTES DE CURTO
CIRCUITO e as TENSÕES PÓS-FALTA nos
mais diversos pontos desse sistema para UMA
DADA CONFIGURAÇÃO num DADO HORI-
ZONTE de tempo.
 Exemplo: Realizar os estudos de curto circuito
para um dado sistema elétrico e interligações
em 2018 na configuração de carga máxima.

54
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

ESTUDOS DE CURTO CIRCUITO

 Calcular as correntes de curto circuito em cada


barra e as respectivas contribuições para os
diversos tipos de faltas.
 Calcular a maior e a menor corrente de curto:
• Os equipamentos e materiais suportam?
• A proteção “enxerga” e atua corretamente?
• As cargas conectadas nas barras próximas
são afetadas?

55
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

EFEITOS DINÂMICOS

 H .dl = i
1 1

H1.2πd = i1
i1(t)

d i1
H1 =  B1 = µ 0 .H1
2πd
µ 0 .i1
B1 =
2πd

Campo Magnético produzido pela corrente passando pelo cabo

56
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

EFEITOS DINÂMICOS

F1 = i2 .lxB1
i2(t)

B1
F1

µ 0 .i1.i2
F1 =
d
i1(t)

2πd

Esforços mecânicos são proporcionais ao valor instantâneo das


duas correntes envolvidas

57
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

EFEITOS DINÂMICOS

i1(t) i1(t)
i2(t)
B2 B1
F2 B1 F2
F1
F1
B2 d i2(t)

Correntes de mesmo sentido produzem uma força de atração e


correntes de sentido contrário uma força de repulsão

58
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

ESTUDOS DE CURTO CIRCUITO

Esforços térmicos e dinâmicos nos equipamentos e materiais


59
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

EFEITOS TÉRMICOS

θR

θA

A corrente elétrica que circula por um condutor, inicialmente na


temperatura ambiente, produz devido a sua resistência uma
certa quantidade de calor. (devido ao Efeito Joule)

60
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

EFEITOS TÉRMICOS – CONDUTOR ISOLADO

I .t ≤ K .S para t ≤ 5 seg
2 2 2

61
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

ISOLAÇÃO
EM PVC

62
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

ISOLAÇÃO
EM
EPR/XLPE

63
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

ESTUDOS DE CURTO CIRCUITO

 Calcular as tensões pós-falta nas barras


próximas a uma falta:
• Em fases sadias podem ocorrer sobreten-
sões temporárias durante curtos envolvendo
a terra.
• Durante o curto as tensões nas barras
próximas nas fases onde ocorreram o curto,
podem cair a valores que impeçam a
operação durante a eliminação do curto.

64
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

ESTUDOS DE CURTO CIRCUITO

65
BARRA 13,8 KV
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS
BARRA 1 BARRA 2 BARRA 3
SISTEMA
ELÉTRICO

PDE
S0

C1 Curto
Circuito

Medição
VPDE
1,02 pu

50/51
1,0 pu

0,72 pu D1

T1

C1

CCM 1

66
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

ESTUDOS DE CURTO CIRCUITO


PRATTWN7 April 01, 1997 at 07:49:04 GMT
Phase C-A Voltage Trigger
RMS Variation
120
110
Duration
100 0.083 Sec
% Volts

90 Min 62.96
80 Ave 82.36
70
60 Max 99.73
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35
Ref Cycle
Time (Seconds) 31273
100
75
50
25
% Volts

0
-25
-50
-75
-100
0 25 50 75 100 125 150 175 200
Time (mSeconds)
BMI/Electrotek
67
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

TIPOS DE SOBRETENSÕES

68
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS DEFINIÇÕES

ESTUDOS DE CURTO CIRCUITO

 PREMISSAS:
• HORIZONTE : 2024, 2045...
• CONDIÇÃO DE CARGA : carga mínima ou máxima.
• FINALIDADE : operação, planejamento, projeto ou
coordenação de proteção.
• CORRENTE DE CARGA : considerar ou não.
• MODELAGEM ADOTADA : representar elementos
shunts das linhas, tape fora do nominal, represen-
tação da carga...

69
ESTUDOS DE CURTO CIRCUITO E APLICAÇÕES

CORRENTE DE CURTO
CIRCUITO
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

TIPOS DE FONTES DE CORRENTE DE CURTO

Concessionária

Gerador
Síncrono

Motor de
Indução

Motor
Síncrono

71
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

FONTES DE CORRENTE DE
CURTO CIRCUITO

72
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

 Considere uma dada barra k de um sistema


elétrico onde ocorre um curto circuito trifásico:

73
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

74
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

SOLUÇÃO DA EQUAÇÃO
DIFERENCIAL HOMOGÊNEA

75
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

SOLUÇÃO PARTICULAR

76
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

CÁLCULO DA CONSTANTE K

77
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

COMPONENTES DA CORRENTE DE
CURTO CIRCUITO

78
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

COMPONENTES DA CORRENTE DE
CURTO CIRCUITO

 A corrente de curto circuito é decomposta em duas


parcelas uma componente alternada ou CA e outra
contínua ou DC.
 A componente DC é uma exponencial que decai com a
constante de tempo L/R, fisicamente ela surge no
circuito como uma reação indutiva a uma variação
brusca de corrente.

79
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

CORRENTE DE CURTO CIRCUITO


 É importante salientar que a componente DC
anula a componente CA em t=0, impedindo
que a corrente total varie entre t=0- e t=0+.

80
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

COMPONENTES DA CORRENTE DE
CURTO CIRCUITO

81
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

EQUAÇÃO GERAL DA
CORRENTE DE CURTO CIRCUITO

82
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

COMPONENTE DC DA CORRENTE DE CURTO

 É a reação indutiva do sistema elétrico a


variação brusca de corrente entre t=0- e t=0+.
 A componente DC anula a componente CA em
t=0, impedindo que a corrente varie entre t=0-
e t=0+.
 É uma exponencial que decai no tempo com
uma constante de tempo (L/R).
 Ela torna a componente CA assimétrica.

83
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

COMPONENTE DC DA CORRENTE DE CURTO

 A componente DC é nula quando a


componente CA em t = 0 é nula.
 Quando não existe componente DC na
corrente de curto circuito, a corrente de curto
circuito é dita simétrica.
 A componente DC torna a corrente de curto
circuito assimétrica.
 Ela é diferente nas três fases, pois a
componente CA em t=0 é diferente das três
fases.
84
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

COMPONENTE DC DA CORRENTE DE CURTO

85
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

PARÂMETROS DA CORRENTE DE CURTO


 Valor de pico máximo da corrente de curto circuito.
 Valor eficaz da corrente de curto circuito em um dado
instante.
 Envoltórias e valor instantâneo da corrente de curto

86
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS CORRENTE DE C.C.

VALOR DE PICO MÁXIMO DA


CORRENTE DE CURTO

 O valor de pico máximo da corrente de curto circuito


não pode ser determinado usando as equações de
cálculo pois se trata de uma equação que não possui
solução algébrica.

87
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

VALOR DE PICO MÁXIMO DA CORRENTE


DE CURTO CIRCUITO
t

iCC (t) = 2 .I".sen(wt + α − θ) − 2 .I".e TA
.sen(α − θ)

T π
o pico máximo da corrente ocorre quando : t≅ e α−θ ≅ −
2 2

T
T T −
iCC   = − 2 .I". cos( w . ) + 2 .I".e TA .2
2 2

 1

 − .f
2 

X
  −
wR

iCC _ PICO ≅ 2 .I". 1 + e wR
= 2 .I". 1 + e . f .2 
X
  
   
 

2. π . f .R π .R
 −   − 
iCC _ PICO ≅ 2 .I". 1 + e X . f . 2  = 2 .I". 1 + e X 
  
    88
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

VALOR DE PICO MÁXIMO DA CORRENTE


DE CURTO CIRCUITO
T

T T
iCC   = − 2 .I". cos( w . + α − θ) + 2 .I".e TA .2
2 2

 −
1
f 
 X .2   −
wR

iCC _ PICO ≅ 2 .I". 1 + e wR 
 = 2 .I". 1 + e X . f .2 

   
 

2. π. f .R
 − 
iCC _ PICO 
≅ 2 .I". 1 + e X . f .2 

 

π.R
 − 
iCC _ PICO = 2 .I". 1 + e X 
  89
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

VALOR DE PICO MÁXIMO DA CORRENTE


DE CURTO CIRCUITO

πR πR
− −
iPICO = 2 .I".(1 + e X
) iPICO = 2 .I".(1 + e X
)

X X
= 12 = 17,83
R R

iPICO = 2,5.I" iPICO = 2,6.I"

90
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

VALOR DE PICO MÁXIMO QUANDO NÃO SE


TEM A RELAÇÃO X/R

πR

iPICO = 2 .I".(1 + e X
)

X
→∞
R

iPICO = 2,8.I"

91
ESTUDOS DE CURTO CIRCUITO E APLICAÇÕES

SUPORTABILIDADE DOS
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS
ELÉTRICOS A CORRENTE DE CURTO
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS SUPORTABILIDADE A C.C.

EFEITOS DAS SOBRECORRENTES

 As sobrecorrentes nos sistemas elétricos


provocam dois tipos de efeitos nos
componentes, equipamentos e instala-ções
elétricas:
• EFEITOS TÉRMICOS,
• EFEITOS DINÂMICOS.

93
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS SUPORTABILIDADE A C.C.

EFEITOS TÉRMICOS
 A passagem da corrente elétrica por um
condutor produz um aquecimento devido a
energia térmica deixada pela sobrecorrente
expressa pelo Efeito Joule R.I2.
 Esse aquecimento pode provocar danos
irreversíveis a isolação dos cabos, super
aquecimento dos condutores, aumento de
perdas, incandescência, queima e até fusão
dos materiais condutores.
 Provocam incêndios...

94
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS SUPORTABILIDADE A C.C.

EFEITOS TÉRMICOS
 Todos os componentes instalados em série
com o fluxo de potência do sistema elétrico
como barramentos, disjuntores, cabos, chaves
seccionadoras, fusíveis, TC’s, transformado-
res de potência, quadros …
 Todos os componentes paralelos tais como
pára-raios, TP´s…
 Componentes como malha de terra, condutor
de aterramento, cabos pára-raios...

95
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS SUPORTABILIDADE A C.C.

EFEITOS TÉRMICOS

96
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS SUPORTABILIDADE A C.C.

EFEITOS TÉRMICOS

97
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS SUPORTABILIDADE A C.C.

EFEITOS TÉRMICOS

98
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS SUPORTABILIDADE A C.C.

EFEITOS TÉRMICOS

99
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS SUPORTABILIDADE A C.C.

EFEITOS DINÂMICOS
 São esforços mecânicos submetidos aos com-
ponentes, equipamentos e instalações elétricas
relacionados aos valores instantâneos das
sobrecorrentes.
 Barramentos, Disjuntores, Cabos, Chaves
Secionadoras, TC’s, transformadores de
potência, quadros …
 Eles podem provocar deformações, fadigas de
materiais e até mesmo ruptura mecânica.

100
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS SUPORTABILIDADE A C.C.

EFEITOS DINÂMICOS

101
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS SUPORTABILIDADE A C.C.

EFEITOS DINÂMICOS

102
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS SUPORTABILIDADE A C.C.

EFEITOS DINÂMICOS

103
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS REVISÃO

EFEITOS DAS CORRENTES DE CURTO

 As correntes de curto nos sistemas elétricos


provocam dois tipos de efeitos nos compo-
nentes, equipamentos e instalações elétricas:
• EFEITOS TÉRMICOS relacionados ao VALOR
EFICAZ da corrente de curto circuito (efeito Joule),
• EFEITOS DINÂMICOS relacionados ao VALOR DE
PICO MÁXIMO da corrente de curto circuito (força
proporcional ao quadrado do valor de pico máxi-
mo).

104
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS REVISÃO

VALOR DE PICO MÁXIMO DA CORRENTE


DE CURTO CIRCUITO

 O pico máximo da corrente de curto circuito


ocorre quando se tem a maior assimetria.
 A maior assimetria está associada a maior
componente DC.
 Como a componente DC anula a componente
CA em t = 0, a componente DC é máxima em
t=0 quando a componente CA está no seu
valor máximo negativo.

105
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS REVISÃO

CORRENTE MÁXIMA DE CURTO PASSANTE

T1 T2

ICCMAX = 11,3 KA D1 D2 ICCMAX = 11,3 KA


Fase = -89,00 Fase = -89,00

230 kV

D3 D4 D5

ICCMAX = 8,3 KA ICCMAX = 5,1 KA ICCMAX = 9,5 KA


Fase = -63,00 Fase = -72,00 Fase = -52,00 106
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS REVISÃO

CORRENTE MÁXIMA DE CURTO PASSANTE


T1 T2

T1 T2 Barra 2

D3 D6
ICCMAX = 11,3 KA D1 D2 ICCMAX = 11,3 KA
Fase = -89,00 Fase = -89,00

230 kV
D2 D5 D8

D3 D4 D5 D1 D4 D7

Barra 1
ICCMAX = 8,3 KA ICCMAX = 5,1 KA ICCMAX = 9,5 KA
Fase = -63,00 Fase = -72,00 Fase = -52,00

LT1 LT2 LT3

107
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS REVISÃO

CORRENTE MÁXIMA DE CURTO PASSANTE

108
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS REVISÃO

ARRANJOS DE SUBESTAÇÕES

109
Methodio Godoy
e-mail: mgodoy @br.inter.net
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

MINI-DISJUNTORES

111
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FALTAS

MINI-DISJUNTORES

112

Você também pode gostar