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Bagé
2018
LUCAS FORGIARINI BOTELEIRO
Bagé
2018
Ficha catalográfica elaborada automaticamente com os dados fornecidos
pelo(a) autor(a) através do Módulo de Biblioteca do
Sistema GURI (Gestão Unificada de Recursos Institucionais).
B748a
Boteleiro, Lucas Forgiarini
A APLICABILIDADE DOS CONCEITOS DO LEAN MANUFACTURING
NA GESTÃO DE OPERAÇÕES DE PRODUTOS PERECÍVEIS: UM
ESTUDO DE CASO EM UMA REDE SUPERMERCADISTA LOCALIZADA
NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL / Lucas Forgiarini Boteleiro.
49 p.
Banca examinadora:
______________________________________________________
Prof. Lucas Schmidt Goecks
Orientador
UNIPAMPA – Campus Bagé
______________________________________________________
Prof. Dr. Ivonir Petrarca dos Santos
UNIPAMPA – Campus Bagé
______________________________________________________
Profª. Jéssica de Assis Dornelles
UNIPAMPA – Campus Bagé
RESUMO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................12
3 METODOLOGIA .................................................................................................................... 28
3.4 CRONOGRAMA.................................................................................................. 31
4 RESULTADOS ESPERADOS............................................................................................ 33
REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 34
ANEXOS ..................................................................................................................................... 34
1 INTRODUÇÃO
A crise econômica instalada no Brasil, que teve início na década passada, fez
com que o país passasse por uma das mais bruscas viradas econômicas da história.
Segundo Trevizan (2017) o Brasil passou de um crescimento, em 2010, registrado
no Produto Interno Bruto (PIB), de 7,5% a uma retração em 2016 de 3,6%. Dentro
desse cenário, os Supermercados também apresentavam retrocesso, conforme
dados da Associação Brasileira de Supermercados ABRAS (2018a) o índice de
vendas, com relação ao ano anterior, que estava aumentando 6% no ano de 2012,
caiu para 0,54% no ano de 2017. A expectativa é que o consumo volte aos valores
anteriores à crise, a previsão de crescimento de 3% do setor varejista faz com que
as empresas deste ramo tenham de se preparar para esse aumento de vendas de
forma inteligente. (SILVA; CAMPOS, 2012).
Os Supermercados estão cada vez mais buscando um diferencial competitivo
para garantir a satisfação e fidelização dos clientes, é necessário para isso
planejamento em todos os departamentos, principalmente na administração de
compras e nas operações de loja. Uma das questões de debate é o
desenvolvimento das categorias, que visa formas de programação para promover a
melhor gestão e lucratividade (MORITA; SOUZA, 2018). Inclusas nisso, a categorias
dos perecíveis (açougue, hortifrúti, fiambreria, refrigerados, congelados e padaria)
têm grade importância estratégica para os supermercadistas, visto que, o seu
desempenho afeta as vendas de outros departamentos, portanto exigem atenção
especial (POLESE, 2009).
Os consumidores sempre buscam preços baixos, promoções e ofertas, mas
devem ser destacados os formadores de imagem da qualidade nos Supermercados,
os perecíveis. Apesar de estar crescendo o valor de investimentos feitos para
melhoria dessas categorias, apenas 25% a 35% dos consumidores consideram
excelente a seção de perecíveis dos Supermercados que frequentam (MIRANDA,
2001; ROJO, 1998a). A concepção de qualidade é determinante no momento da
compra do cliente e está em fatores como: grandes filas, embalagens inadequadas,
má aparência, data de validade curta, pouca variedade, má conservação,
apresentação imprópria e falta de higiene (ROJO, 1998a).
Os cinco passos para o Lean Thinking em indústrias são citado por Costa et
al.(2010) como uma oportunidade de “pensar fora da caixa”, nesse sentido a
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Toyota de Produção (STP), o Just in time (JIT). O JIT busca a melhor utilização dos
recursos visando reduzir desperdícios e custos, o que é uma das principais
dificuldades dos supermercados. Naturalmente pelo caminho inverso é possível
utilizar essa filosofia que está implantada no Lean Manufacturing como base de
estudo para uma melhor gestão.
Azevedo et al. (2017) busca na sua proposta de trabalho otimizar a gestão de
estoques, informatizando a gestão de compras, já Santos et al. (2017) e Veiga et al.
(2014) analisam parâmetros do planejamento e estabelecem métodos para previsão
da demanda e gestão de estoques, enquanto Melo et al. (2013) propõe um modelo
de estruturado de maturidade em gestão da demanda, por fim Matos et al. (2013)
aplica uma técnica multivariada, chamada análise de agrupamentos, utilizada com o
intuito de classificar seus fornecedores, dando base de informações para que
possam ser estabelecidas novas políticas de melhorias de compras. Como indicado,
a maioria dos estudos relatam formas de melhorar o planejamento do
reabastecimento das lojas, prevendo a demanda ou problemas relacionados a falhas
externas, muitas vezes, com a utilização de cálculos em softwares, porém poucas
pesquisas abordam a discussão de como vai ser feito o controle da operação sobre
as novas políticas de compras ou sobre os dados gerados nestes softwares.
Se o controle operacional não for feito de forma adequada, as informações
sistêmicas, que servirão de base da previsão de compras, estarão incorretas,
tornando os gastos com melhorias ineficazes. Para isso é necessário colaboradores
treinados e motivados, e o uso de algumas que ferramentas provenientes do lean
podem proporcionar subsídios para que se tornem alcançáveis essas afirmativas. Ao
final desta pesquisa é buscado alinhar conceitos do Lean Manufacturing às
operações supermercadistas e então verificar a aplicabilidade de ferramentas que
proporcionem melhoria contínua na gestão de produtos perecíveis em uma rede de
supermercados, de forma que a melhoraria da qualidade da empresa seja percebida
pelos seus clientes.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO
2.4 PADRONIZAÇÃO
]
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2.6.1 Kaizen
Em 1930 o estatístico Walter Shewhart criou o ciclo PDCA, muito utilizado por
W. Edwards Deming, que serviu posteriormente para dar suporte às ferramentas
agrupadas em 1950, pelo engenheiro químico Kaoru Ishikawa, que fez este estudo
com a finalidade de ajudar operadores a obter informações que melhorassem os
processos nas empresas em que estavam (WERKEMA, 2011). Segundo Seleme e
Stalder (2012) as ferramentas da qualidade são metodologias utilizadas para
identificar e eliminar falhas de processos, podendo levar as organizações a uma
melhoria considerável da qualidade. Essas ferramentas e técnicas estão resumidas
na Figura 6 para melhor entendimento.
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2.6.3.2 5W2H
Figura 8 – 5W2H
É uma ferramenta que estabelece uma relação 20/80, onde os 80% dos
valores pertencem a 20% dos casos, consequentemento 20% dos valores
pertencem aos outros 80% dos casos. Nesse sentido o gráfico da Figura 9 permite
que sejam identificados os problemas que devem corrigidos primeiramente. Ao se
priorizar os maiores problemas, a organização aloca recursos em direção à melhoria
da qualidade (SELEME; STADLER, 2012). A Figura 9 demonstra o gráfico de
Pareto.
2.6.4 O Programa 5S
O programa 5S teve origem no Japão no início dos anos 1950 e tem o intuito
de reorganizar de forma a manter a limpeza e organização nos locais de trabalho. A
sigla 5S é derivada de cinco palavras japonesas que começam com a letra S
(RODRIGUES, 2013; WERKEMA, 2011). Os chamados cinco sensos e suas
definições são destacados abaixo:
identificando atividades que agregam e que não agregam valor ao produto final
(FRANÇA, 2013; WERKEMA 2011). Esta ferramenta é dividida em quatro etapas
conforme mostrado no fluxograma da Figura 8 (ROTHER; SHOOK, 2003). O MFV
auxilia no: entendimento do fluxo de toda a organização; gera consenso sobre o
verdadeiro estado da organização; identifica o relacionamento entre as atividades,
informações e fluxos de materiais que afetam o lead time das operações; localiza e
separa as atividades que agregam e não agregam valor aos clientes e elabora um
plano de utilização das ferramentas lean mais adequadas (WERKEMA, 2011). As
quatro etapas para construção do MFV são definidas a seguir:
aos clientes finais, ou seja, são os que têm a melhor fonte de informação relacionada
ao consumidor e seus hábitos. Apesar dessa proximidade, a imprevisibilidade da
demanda faz com que o progresso, na luta para melhorar o nível de atendimento,
continue vagaroso (SANTOS; GOMES; PIRES, 2017).
a) Classe A: itens muito importantes, 10% a 15% dos itens representam 70% a
80% do faturamento;
b) Classe B: itens com importância intermediária, 25% a 35% dos itens
representam 20% a 30% do faturamento;
c) Classe C: itens com pouca importância, 45% a 55% dos itens representam
3% a 5% do faturamento.
3 METODOLOGIA
A partir da coleta dos dados, deve ser construído o mapa do estado atual que
envolve todos os processos da operação. Identificando os principais gargalos, os
processos que agregam valor e os que não agregam valor. Após poderá ser
construído o mapa do estado futuro, para então definir quais ferramentas
provenientes do lean poderão ser usadas para alcançar a melhoria continua dos
processos identificados.
3.4 CRONOGRAMA
4 RESULTADOS ESPERADOS
REFERÊNCIAS
BRITO, D. Qual o formato correto de sua loja. SuperHiper, v.24, n.77, p.74-77,
set. 1998.
GIL, A. C. Como elaborar projeto de pesquisa. 4a ed. São Paulo: Editora Atlas
S.A, 2002.
JONES, Daniel T.; WOMACK, James P. A mentalidade enxuta nas empresas. Rio
de Janeiro: Campus, 2004.
MORITA, A.; SOUZA, V. Acelera 2018. Supermercado Moderno, p. 68, jan. 2018.
2009.
ANEXOS